Apostila LEITURA E TEMAS AFINS
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8/18/2019 Apostila LEITURA E TEMAS AFINS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – ICHLDEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA PORTUGUESA – DLLPAUTORIZAÇÃO Resoluço !"#$%RECONHECIMENTO De&'e(o ))*+,- .e +" .e /e0e'e1'o .e +2)$
PLANO DE ENSINO
+* IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA3Língua Portuguesa I
+*+ NOMENCLATURA3C4DIGO CARGA HOR* CR5DITOS PR56RE7UISITO SEMESTRE LETIVO
IHP!%+ $!H T8 O$ P8 6 IHP!9+ "!+9#+:
+*" HOR;RIOS TURMA DIA DA SEMANA TIPO DE AULA HOR;RIO
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Interessa a todos saber *ue procedimento se adotar para tirar o maior rendimento possí&el da leitura de um texto./as não se pode responder a essa per#unta sem antes destacar *ue não existe para ela uma solução má#ica( o *ue não*uer di)er *ue não exista solução al#uma. Jenericamente( pode=se afirmar *ue uma leitura pro&eitosa pressup0e( além do con,ecimento lin#3ístico propriamente dito( um repert$rio de informaç0es exteriores ao texto( o *ue se costuma c,amar de con,ecimento demundo. A título de ilustração( obser&e a *uestão se#uinte( extraída de um &estibular da -7ICA/+%
Ks &e)es( *uando um texto é ambí#uo( é o con,ecimento de mundo *ue o leitor tem dos fatos *ue l,e permite
fa)er uma interpretação ade*uada do *ue se l'. -m bom exemplo é o texto *ue se#ue%"As vídeo locadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende auma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de enores, !ue proíbe !ue as casas de vídeoaluuem, expon#am e vendam fitas pornor$ficas a menores de 1% anos. A portaria proíbe ainda osmenores de 1% anos de irem a mot&is e rodeios sem a compan#ia ou autoriza'ão dos pais" ()ol#aSudeste, *+*+9-.
o con,ecimento lin#uístico *ue nos permite recon,ecer a ambi#3idade do texto em *uestão 6pela posição em*ue se situa( a expressão sem a compan,ia ou autori)ação dos pais permite a interpretação de *ue com a compan,ia ouautori)ação dos pais os menores podem ir a rodeios ou motéis:. /as o nosso con,ecimento de mundo nos ad&erte de*ue essa interpretação é estran,a e s$ pode ter sido produ)ida por en#ano do redator. muito pro&á&el *ue ele ten,atido a intenção de di)er *ue os menores estão proibidos de ir a rodeios sem a compan,ia ou autori)ação dos pais e defre*uentarem motéis.
Como se &'( a compreensão do texto depende também do con,ecimento de mundo( o *ue nos le&a 4 conclusão de*ue o aprendi)ado da leitura depende muito das aulas de +ortu#u's( mas também de todas as outras disciplinas semexceção.
A qualidade da leitura1
1. " *ue é leituraGA escrita não pode ser considerada des&inculada da leitura. 7ossa forma de ler e nossas experi'ncias com
textos de outros redatores influenciam de &árias maneiras nossos procedimentos de escrita. +ela leitura &amosconstruindo uma intimidade muito #rande com a lín#ua escrita( &amos internali)ando as suas estruturas e as suasinfinitas possibilidades estilísticas.
7osso con&í&io com a leitura de textos di&ersos consolida também a compreensão do funcionamento de cada#'nero em cada situação. Além disso( a leitura é a forma primordial de enri*uecimento da mem$ria( do senso crítico edo con,ecimento sobre os di&ersos assuntos acerca dos *uais se pode escre&er.
A leitura & um processo complexo e abranente de decodifica'ão de sinos e de compreensão eintelec'ão do mundo !ue faz riorosas exincias ao c&rebro, / mem0ria e / emo'ão. ida com a capacidade simb0lica e com a #abilidade de intera'ão mediada pela palavra. 2 um trabal#o !ue envolve sinos, frases, senten'as, arumentos, provas formais e informais, ob3etivos, inten'4es, a'4es e motiva'4es. 5nvolveespecificamente elementos da linuaem, mas tamb&m os da experincia de vida dos indivíduos.
"s procedimentos de leitura podem &ariar de indi&íduo para indi&íduo e de ob2eti&o para ob2eti&o. Luandolemos apenas para nos di&ertir( o procedimento de leitura é bem espontMneo. 7ão precisamos fa)er muito esforço paramanter a atenção ou para #ra&ar na mem$ria al#um item. /as( em todas as formas de leitura( muito do nossocon,ecimento pré&io é exi#ido para *ue ,a2a uma compreensão mais exata do texto. >rata=se de nosso con,ecimento pré&io sobre%
6 a línua6 os neros e os tipos de texto6 o assunto
les são muito importantes para a compreensão de um texto. preciso compreender simultaneamente o
&ocabulário e a or#ani)ação das frases; identificar o tipo de texto e o #'nero; ati&ar as informaç0es anti#as e no&as+ GARCEZ Lu&l1< Hele?< .o C
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sobre o assunto; perceber os implícitos( as ironias( as relaç0es estabelecidas com o nosso mundo real. sse é o 2o#o*ue torna a leitura produti&a.
Texto e Gramática
Gramática e Língua
Arone BentesA #ramática não de&e ser confundida com a lín#ua% esta é dinMmica e a*uela é estática. A lín#ua ao se reali)ar na fala( transforma=se durante a a)áfama das relaç0es sociais( nas situaç0es do cotidiano. A #ramática( por ser resultado de con&enç0es( mantém=se imutá&el até *ue se decida modificá=la 6pois estran,a e $b&ia *ue possa parecer essa delcaraçãoN:.
"s membros de uma comunidade lin#3ística estão acostumados a entender #ramática como sendo o manual dalín#ua( como um comp'ndio a *ue se recorre todas as &e)es *ue se pretende falar corretamenteB( de acordo com o padrão estabelecido pelos falantes. mbora ,a2a necessidade de uma padroni)ação O e a #ramática constitui a personificação dessa padroni)ação O( existem al#umas orientaç0es #ramaticais *ue não condi)em com o *ue ocorre naefeti&a operacionali)ação da lín#ua. Eessa forma( é extremamente importante para o trabal,o docente *ue cada professor entenda *ue a #ramática 67ormati&a: não é a lín#ua. sim uma su#estão do *ue de&eria ocorrer na lín#ua.
+ode=se falar em pelo menos duas #ramáticas% a natural( resultado das interaç0es com o meio lo#o *ue secomeça a usar a lín#ua( *uando criança; e a artificial ou ad*uirida( *ue nos é apresentada nos anos de formaçãoescolar( *ue orienta o uso da lín#ua e *ue estabelece padr0es e condutas para a articulação oral ou escrita da lín#ua.
Ao c,e#ar 4 escola( a criança fala fluentementeB sua lín#ua pátria. la articula a lín#ua de acordo com asinformaç0es *ue capta ao lon#o de suas relaç0es com os falantes 6dessa lín#ua:. Assim( conforme +erine 6apud5AJ7"( ?1 p.1?: nosso con,ecimento da lín#ua é ao mesmo tempo altamente complexo( incri&elmente exato eextremamente se#uroB. 7essa experi'ncia( ob&iamente( a criança se afasta da prescrição da Jramática 7ormati&a(contudo( na maioria das &e)es conse#ue atin#ir seu maior ob2eti&o *ue é comunicar. " professor( então( &ai condu)ir oestudo da lín#ua. Fai mostrar 4s crianças al#o encantador *ue é o funcionamento da lín#ua. Fai explicitar osmecanismos; num sentido metaf$rico( &ai abrir o capô do &eículo e mostrar=l,e o motor( as en#rena#ens( os sistemas
elétricos e ,idráulicos etc. A criança( o 2o&em ou adulto iletrado irão perceber *ue a Jramática 67ormati&a: 2amaisde&e ser concebida como camisa de força( mas como elo entre os indi&íduose seus pares. Conforme +erine 6apud5AJ7"( ?1( p.1?:%
H... *ual*uer falante de portu#u's possui um con,ecimento implícito altamente elaborado da lín#ua( muito emboranão se2a capa) e explicitar esse con,ecimento. H... esse con,ecimento não é fruto de instrução recebida naescola( mas foi ad*uirido de maneira tão natural e espontMnea *uanto nossa ,abilidade de andar. /esmo pessoas*ue nunca estudaram #ramática c,e#am a um con,ecimento implícito perfeitamente ade*uado da lín#ua. ãocomo pessoas *ue não con,ecem a anatomia e a fisiolo#ia das pernas( mas *ue andam( dançam( nadam e pedalamsem problemas.
A #ramática possui uma função re#uladora( 2amais de&e ser&ir para determinar o *ue é certo e o *ue é erradona articulação da lín#ua. A lín#ua é uma ,erança ad*uirida( não um mero saber secundário( mecMnico.
A LINGUAGEM, A LÍNGUA E A ALA
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!in#ua#em e lín#ua são condiç0es de possibilidade da !ala ou do discurso% A fala ou discurso é autili)ação indi&idual da lín#ua( é um ato indi&idual de seleção e de atuali)açãoB. 65art,es( apud%+roença. 18@D( p.% :
A !in#uística é a ci'ncia *ue se preocupa com o estudo da lín#ua como fato social. ela *ue se encarre#a de perscrutar as alteraç0es 6ou adaptaç0es: *ue os falantes fa)em nos mecanismos da lín#ua( nas inPmeras interaç0essociais de *ue participam. K !in#uística interessa a lín#ua como lin#ua#em( e a fala como operacionali)ação dalín#ua. Assim( os estudos lin#uísticos ocorrem sobre os mecanismos da lín#ua( sobre as estruturas 6fonol$#icas(
morfol$#icas( sintáticas( semMnticas: *ue( ao mesmo tempo em *ue sustentam e mant'm a lín#ua( dão a ela o caráter de c$di#o or#ani)ado.+articularmente( interessa=nos recorrer aos princípios da !in#uística em função de sua preocupação com o *ue
ocorre na articulação da lín#ua e na crítica *ue fa) ao tradicionalismo #ramatical. Con&ém( então( expor as definiç0esde lín#ua( lin#ua#em( fala e de #ramática para posteriormente associarmos o *ue prop0e a !in#uística ao *ue seobser&a nos cursos de #raduação no *ue tan#e 4 lín#ua portu#uesa no contexto da comunicação *ue o ambiente deensino e aprendi)a#em exi#e. Qeito isso( poderemos propor inter&enç0es peda#$#icas para um trabal,o didático mais preciso e de resultados mais concretos.
1. Linguagem
Lual*uer manifestação compreensí&el de idéias eou sentimentos constitui lin#ua#em.
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se afirmar *ue a lin#ua#em colo*uial está para a fala e a Culta ou +adrão 6adlo*uial: para a escrita( emboraocasionalmente em al#uns textos escritos ,a2a a predominMncia de lin#ua#em colo*uial em função da pr$prianature)a do texto ou da situação em *ue este2a inserido.
A lin#ua#em Culta ou +adrão 6adlo*uial: pode se apresentar como formal ou oficial e artística ou literária. 7alin#ua#em Culta 6adlo*uial:( formal( as orientaç0es oficiais da lín#ua de&em ser se#uidas( pre)ando=se pelouso da pala&ra com seu si#nificado Pnico( não=su#esti&o em função da necessidade de comunicar. 7a
lin#ua#em Culta 6adlo*uial: artística ou literária( a finalidade é essencialmente poética( procura expressar o belo( su#erindo mais do *ue determinando( usando a pala&ra em seu sentido fi#urado( sem a intenção dedefinir a mensa#em. " resultado dessa experi'ncia de produção textual usando a lin#ua#em culta é um certoencantamento por parte do leitor( pro&eniente de uma certa introspecção por parte do redator( *ue produ) artetendo como matéria prima a pala&ra( a expressão plurissi#nificati&a( isto é( o &ocábulo c,eio de si#nificados.
" mundo está( pois( repleto de lin#ua#ens. "s seres ,umanos( a cada dia( otimi)am suas relaç0es criandono&as formas de comunicar=se. " diálo#o entre o ,omem e seus pares parece intensificar=se atra&és dasima#ens( dos #estos( dos inPmeros sinais espal,ados pelas ruas( praças( &ias( rádios( t&s e pelas mídiasmodernas. >odo profissional *ue trabal,a com o ensino de&e ter informação sobre essas maneiras deexpressar=se a fim de con&erter esses princípios em instrumentos para o bom desempen,o de seu trabal,o.Ric,er 6?( p.18: di) *ue as teorias de a*uisição da lin#ua#em estão li#adas a tr's maneiras diferentes deexplicar o con,ecimento ,umano. +odem( então( ser di&ididas em tr's #ruposB%
1. 7o primeiro #rupo( situam=se as teorias *ue defendem a experi#ncia como fonte básica de con,ecimento.>odas as idéias &'m da experi'ncia com o mundo material( e a mente s$ as or#ani)a. " mundo exterior e suasconex0es não dependem da mente para serem o *ue são. sta posição te$rica( também con,ecida por al#unscomo Associacismo é( a*ui( denominada 5e,a&iorismo.?. 7o se#undo #rupo( encontramos teorias *ue atribuem 4 mente o papel mais importante no con,ecimento.As idéias são inatas( e a experi'ncia pouco importante. " r$tulo para esta posição te$rica é Inatismo.D. 7o terceiro #rupo( estão as teorias *ue e&itam separar mente e experi'ncia. +ara tanto( ,á duas soluç0es
importantes( *ue não se excluem. -ma é admitir *ue a mente s$ pode con,ecer uma realidade social. "u se2a(s$ posso &er a realidade com os ol,os do meu #rupo 6&isão comumB:. "utra é constatar *ue con,ecemosob2etos representadosBH... +or exemplo( o rosto de uma pessoa determina a*uele *ue sai na foto H... Aexperi'ncia moldaB indiretamente a consci'ncia.
A lon#a citação dá uma idéia da dimensão do assunto. Compreender como os seres ,umanos lidam com tãoimportante instrumento *ue é a lin#ua#em é mais *ue rele&ante( é &ital para *ue a ducação se processe comoformadora de caracteres a2ustados a um modo de &ida tolerante com as diferenças( com as diferentes maneiras de &er omundo( não com a i#norMncia( com o preconceito ou com *ual*uer forma de dominação.
" tema lin#ua#em tem forte relação com um processo lPdico de representaç0es e intenç0es. A lin#ua#em
reali)a=se e( conse*3entemente( torna=se efeti&a ao incidir sobre o outro( sobre o destinatário( sobre o *ue ou&e( o *ue&'( o *ue sente. 7esse 2o#o( o contexto( o ambiente em *ue se reali)a é fundamental. As interaç0es entre *uem di) e*uem ou&eB( entre locutor e interlocutor fundam=se sobre a si#nificação; o uni&erso em *ue essas interaç0es ocorrem&ai contribuir para *ue ,a2a efeti&amente compreensão. ntão( o exercício da lin#ua#em re*uer interação( pressup0etroca( uma estrutura social( um ambiente( um contexto( as pessoas e as idéias *ue elas t'm de seu derredor. 7ão é al#ofec,ado( concluído. Qa)=se e torna=se a ser feita( influenciando os su2eitos en&ol&idos no processo( num 2o#o derepresentaç0es e si#nificaç0es.
ssas si#nificaç0es alteram=se 4 medida *ue as situaç0es de comunicação &ão=se alternando. As express0esusadas na lin#ua#em &erbal( por exemplo #an,amB si#nificaç0es no&as se usadas em contextos diferentes. 5aTtin618U9: di) *ue a lin#ua#em apresenta duas faces%
7a realidade( toda pala&ra comporta duas facesB. la é determinada tanto pelo fato de *ue procede deB al#uém( como pelo fato de *ue se diri#e paraB al#uém. la constitui 2ustamente
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o produto da interação do locutor e do ou&inteB. >oda pala&ra ser&e de expressão a umB emrelação ao outroB. Atra&és da pala&ra( defino=me em relação ao outro( isto é( em Pltimaanálise( em relação 4 coleti&idade6...: A pala&ra é o territ$rio comum do locutor e dointerlocutor. 6p.11D:
xiste( e&identemente( uma relação entre lin#ua#em e saber. 5em como entre lin#ua#em e poder. 7o *uetan#e ao saber( ela produ) saber( é construída pelo saber e proporciona condiç0es para *ue o saber se2a reprodu)ido.
em nen,um rodeio( lin#ua#em é poder. Eomine=se a lin#ua#em dos &ários estratos sociais( entenda=se como secomunicar com o outro( *uem *uer *ue se2a esse outro( e ,a&erá uma força influenciadora sobre esse outro.m sala de aula( a lin#ua#em será estabelecida sob a re#'ncia do professor. Considerando *ue *ual*uer
instrumento depara comunicação constitui lin#ua#em( o professor definirá *uais instrumentos usará a fim de&iabili)ar o contato com a turma. Aliás( esse é o ob2eti&o dessas orientaç0es te$ricas% ampliar a capacidade decomunicação do professor( a#uçar sua sensibilidade para compreender seus alunos( a2udando=os em suas descobertas(a2udando=os na construção do con,ecimento. xercícios são lin#ua#ens( pois di)em o *ue se *uer da turma; adisposição das carteiras em sala é lin#ua#em( pois di) *uem ensina e *uem aprende( re&elam *ue para o processoocorra a contento de&e ,a&er ,ierar*uia; o tom de &o) do professor é lin#ua#em( di) se o professor é dado ao diálo#oou se é ditador; se orienta as descobertas ou pressiona noci&amente. " ol,ar dos alunos é lin#ua#em( pois di) de seustemores e anseios; suas dificuldades de aprendi)a#em são lin#ua#ens( re&elam suas dificuldades de adaptação *uer na&ida acad'mica *uer na social. Ao professor de&e interessar a construção de um a#rupamento de lin#ua#ens *ueefeti&amente otimi)e o processo de ensino e aprendi)a#em. isso não é difícil de ocorrer( basta uma certaaproximação da turma( entender *ue ensinar é aproximar=se respeitosamente dos *ue dese2am aprender.
7osso tempo é também con,ecido como o do ad&ento das mídias. /ídias são canais; lu#ares nos *uais se&eiculam mensa#ens. " tele&isor( o computador( os autom$&eis( os c,amados outdoors( enfim( absolutamente tudo*ue se torne um &eículo de comunicação torna=se mídia. As inPmeras mídias exi#em lin#ua#ens ade*uadas. Atele&isão( por exemplo( ao lidar com as ima#ens exi#e uma relati&a sincronia entre estas e os textos. >al ade*uaçãode&e ser imperati&a nas relaç0es de aprendi)a#em.
?. Língua
A lín#ua é um c$di#o estruturado( um con2unto or#ani)ado de relaç0es adotado para permitir o exercício dalin#ua#em entre os ,omens. o sistema de expressão falada particular de tal ou *ual comunidade ,umanaB ou( emoutros termos( é todo o sistema de sons &ocais por *ue se processa numa dada comunidade ,umana o uso dalin#ua#emB 6/A>>"" CS/ARA apud +roença Qil,o( 188( p.%1:.
Al#uns te$ricos( ao proporem suas definiç0es para lín#ua( explicitam a t'nue marca *ue separa a lín#ua comoterminolo#ia da lin#ua#em( cu2as definiç0es &imos anteriormente. +ara Celso Cun,a( a lín#ua é um sistema #ramatical pertencente a um #rupo de indi&íduos. +ara aussure( é a lin#ua#em menos a fala( a parte social da lin#ua#em.+roença Qil,o 6188( p.1 e 1V: ar#umenta *ue a lín#ua pode ser entendida como a reali)ação de uma lin#ua#em( umsistema de si#nos *ue permite confi#urar e tradu)ir a multiplicidade de &i&'ncias caracteri)adoras do modo de ser decada um no mundo. Fi&e em permanente mutação( acompan,a as mudanças da sociedade *ue a ele#e como
instrumento primeiro de comunicação. n&ol&e uma dimensão social. Ee acordo com suas pr$prias pala&ras%H... A lín#ua é um sistema de signos( ou se2a( um con2unto or#ani)ado de elementosrepresentati&os. Como tal( é re#ida por princípios or#ani)at$rios específicos e marcados por alto índice de complexidade% en&ol&e dimens0es fônicas( morfol$#icas( sintáticas esemMnticas *ue( além das relaç0es intrínsecas( peculiares a cada uma( são tambémcaracteri)ados por um si#nificati&o interrelacionamento. A ri#or( a lín#ua( mais do *ue umsistema( é um con2unto de subsistemas *ue a inte#ram.
A lín#ua pode então ser entendida como a reali)ação de uma lin#ua#em ,umana% s$ existe lín#ua se ,ou&er seres ,umanos *ue a falem. +ara o estudo de lín#ua portu#uesa nas #raduaç0es( especificamente nos cursos de
licenciaturas( essas definiç0es t'm profunda rele&Mncia( uma &e) *ue a lín#ua é( antes de tudo( uma reali)ação,umana( uma ati&idade psí*uica *ue como tal precisa ser tratada. ela ainda o instrumento primeiro nas relaç0es de
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ensino( o al#o de *ue precisam os professores para se expressarem( para estabelecerem acordos didáticos( para&eicularem( num primeiro momento( as ati&idades( as aborda#ens necessárias para a construção do con,ecimento.
Considerar o contexto em *ue se processa o estudo da lín#ua é fundamental. em as de&idas consideraç0es( ,áum enorme risco de se mecani)ar o processo% temos de fa)er um #rande esforço para não incorrer no erro de estudar alín#ua com uma coisa morta( sem le&ar em consideração as pessoas &i&as *ue a falam.B 65AJ7"( ?1( p. 8:.
+ara alunos das c,amadas ci'ncias exatas( isso soa estran,amente( tal&e). Como as práticas específicas dessescursos são &oltadas para expedientes mecMnicos *ue exi#em capacidade de efetuar cálculos considerando f$rmulas(
ima#ina=se *ue o estudo da lín#ua e sua articulação se efetue totalitariamente de tal forma. /as não é assim *ue ascoisas se processam.+rimeiramente( con&ém entender *ue *ual*uer das ci'ncias depende( para *ue se2a compreendida plenamente(
da capacidade de interpretação do aprendi)( do in&esti#ador. em isso( essas ci'ncias correm o risco de se tornarem práticas despro&idas de si#nificação( práticas sobre as *uais o aluno não consi#a er#uer relaç0es com o *ue ocorreefeti&amente ao seu redor.
A lín#ua é notadamente dinMmica. uas estruturas são fre*3entemente abaladas em função da rapide) em *uese processam as interaç0es ,umanas. mbora se de&esse pre)ar por um certo ri#or formal( constantemente os falantesse des&iam da normati)ação. o fa)em por( pelo menos( tr's moti&os% pelo simples descon,ecimento do padrãoestabelecido entre os membros da comunidade lin#3ística; pelo contexto das situaç0es de comunicação; pela intençãode atin#ir a mente do receptor *ue( por sua &e)( descon,ece o padrão estabelecido.
A lín#ua tem a &er com a &ida em sociedade. um tema político por excel'ncia. >ratá=la na escola como umassunto lon#e da &ida dos indi&íduos é promo&er uma espécie de alienação( é enclausurar o ,omem( é confundir=l,e amente uma &e) *ue em sua &ida fora da academia acostumou=se a usá=la sem aperreios. Eaí a necessidade de umano&a postura como professor *ue trabal,a tendo como referencial a lín#ua; daí a importMncia de se produ)ir 6e nãoapenas reprodu)irN: um con,ecimento sobre a lín#ua.
$onceitos Linguísticoserdinand de %aussure &'(')*
A línua não se confunde com a linuaem7 & somente uma parte determinada, essencial dela. 2 ao mesmo
tempo, um produto social da faculdade de linuaem e um con3unto de conven'4es necess$rias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. A linuaem & multiforme e #eter0clita7 a línua, aocontr$rio, & um todo por si e um princípio de classifica'ão. 5la & a parte social da linuaem, exterior ao indivíduo.
Mi+ail Ba+tin &'(-(* A verdadeira subst8ncia da línua não & constituída por um sistema abstrato de formas linísticas nem pela
enuncia'ão monol0ica e isolada, nem pelo ato psicofisiol0ico de sua produ'ão, mas pelo fen:meno social daintera'ão verbal. A línua vive e evolui #istoricamente na comunica'ão verbal concreta, não no sistema linísticoabstrato das formas da línua nem no psi!uismo individual dos falantes.
Ed.ard %apir &'(-(* A linuaem & um m&todo puramente #umano e não instintivo de se comunicarem id&ias, emo'4es e dese3os
por meio de símbolos voluntariamente produzidos.
Noam $oms+/ &'(01* A linuaem & um con3unto (finito ou infinito- de senten'as, cada uma finita em seu comprimento e construída
a partir de um con3unto finito de elementos.Noam $oms+/ &-222*
A linuaem & um componente da mente+c&rebro #umanos especificamente dedicada ao con#ecimento e usoda línua. A faculdade da linuaem & o 0rão da linuaem. A línua & então um estado dessa faculdade.
$arlos ranci &'(11* A línua & atividade constitutiva.
+ela di&ersidade dos posicionamentos apresentados acerca da definição de lín#ualin#ua#em( percebemos *uea lin#3ística é marcada pela constante discussão e retomada do seu ob2eto de estudo. ssas posiç0es sinali)am( além
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do marco te$rico defendido por seus autores( uma postura filos$fica sobre o papel da lin#ua#em na &ida dos seres,umanos. Eo con2unto de definiç0es( percebemos *ue a lín#ua ora se apresenta como um sistema de representação darealidade( ora como um instrumento de comunicação( ora como uma forma de ação social. ssas concepç0es orientama escol,a de uma definição te$rica de lin#ua#em. Concepç0es de !in#ua#emW !in#ua#em como representação do pensamento e do con,ecimentoW !in#ua#em como um c$di#o para a comunicação
W !in#ua#em como uma forma de ação interati&a
A 3I%45 6E76E%ENTATI3A 8A LINGUAGEM &7E6%7E$TI3A %AU%%U6EANA*
A lin#uística estruturalista tem como pai recon,ecido o lin#uista suíço Qerdinand aussure e seus estudos ereflex0es te$ricas propostas no famoso Cours de linuisti!ue &n&rale( publicado em 1819. 7o entanto( esta é umaobra p$stuma de aussure. As circunstMncias de sua publicação são sin#ulares% o li&ro não foi escrito por aussure(mas por al#uns de seus alunos da -ni&ersidade de Jenebra( *ue usaram suas notas de aula durante os anos de 18@ a1811. +or isso( o li&ro é criticado por não expressar o &erdadeiroB pensamento do mestre.
Ainda assim( o li&ro ser&iu como base te$rica para os estudos sincrônicos praticados intensamente no século
XX( em contraste com os estudos ,ist$ricos anteriores. " pro2eto de aussure consistia de cortes nos estudoslin#uísticos para *ue se tratasse da uma ci'ncia autônoma exclusi&amente da lin#ua#em( esta considerada em simesma e por si mesma. Assim( al#umas consideraç0es foram necessárias%
= a lín#ua de&e ser tratada como forma( li&re de substMncias;
= a forma consiste de um 2o#o sist'mico de relaç0es de oposição;
= as lín#uas ,umanas são totalidades or#ani)adas;
= a lín#ua é estudada em si mesma( e por si mesma;
= a lín#ua é concebida como uma totalidade or#ani)ada( em *ue o elemento s$ fa) sentido no con2unto;
= a lín#ua é um sistema autônomo de si#nos.
" conceito de lín#ua adotado pelo lin#3ista suíço aussure instaura( no século XX( a autonomia da !in#3ísticacomo ci'ncia. aussure define lín#ua por oposição 4 lin#ua#em e 4 fala. " conceito de ci'ncia nesse período eramarcado pela busca de teorias capa)es de explicar *ual*uer fenômeno de modo uni&ersal. A lin#ua#em não ser&iriacomo bom ob2eto para a no&a ci'ncia por*ue era multiforme e ,eter$clitaB( isto é( o con,ecimento da lin#ua#emen&ol&eria a in&esti#ação de sua nature)a mental( abstrata( psicofisiol$#ica( o *ue extrapolaria os limites dalin#3ística. +or outro lado( a fala( como fenômeno indi&iduali)ado não se prestaria 4 elaboração de uma teoria capa)de explicar todas as lín#uas. ur#e( então( o conceito de lín#ua( como um recorte feito pelo autor( para explicar ocaráter concreto( ,omo#'neo e ob2eti&o do fenômeno lin#3ístico. A noção adotada por aussure aponta para lín#uacomo um sistema( ou se2a( uma estrutura formal passí&el de classificação em elementos mínimos *ue comp0em um
todo. sses elementos se or#ani)am por princípios de distribuição e associação( &erificá&eis em todas as lín#uasnaturais.
Fe2amos a se#uir al#uns desdobramentos dessas consideraç0es.
Língua e ala
+ara entendermos as propostas de aussure( tril,aremos seus camin,os metaf$ricos sobre experi'ncias de um 2o#o de xadre) como processo interati&o das pessoas. aussure utili)a essa metáfora para contrapor duas dimens0es%uma se relaciona aos inPmeros desen&ol&imentos *ue se podem pre&er a partir da re#ra do 2o#oB; outra se relaciona aum con2unto sempre limitado de 2o#adas *ue efeti&amente se reali)am *uando o 2o#o de fato acontece.
+ara aussure( interessa a primeira dimensão% a idéia de *ue no 2o#o de xadre) são possí&eis certas 2o#adas( eoutras não. +or exemplo( a torre pode atacar *ual*uer peça ad&ersária( mas tem *ue fa)'=lo deslocando=se no sentido perpendicular aos lados do tabuleiro. Aproximando a metáfora do 2o#o ao estudo da lin#ua#em( &alori)a=se o *ue não
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se obser&a( ou se2a( a re#ra do 2o#oB( encarada como o *ue é possí&el de se reali)ar( ou uma condição decomunicação. +or esse camin,o metaf$rico( podemos c,e#ar 4 distinção mais fundamental de aussure% a *ue seestabelece entre lín#uaB 6lan#ue: e falaB 6parole:( ou se2a( entre o sistema e os possí&eis usos do sistema lin#uístico.
" *ue podemos entender a partir disso é *ue aussure opôs o sistema lin#uístico 6lín#ua: aos epis$dioscomunicati&os ,istoricamente reali)ados 6fala: e ele#eu o sistema lin#3ístico 6lín#ua: como o le#ítimo ob2eto deestudos da pes*uisa lin#uística. "u se2a( aussure define a !in#uística como a ci'ncia *ue estuda o sistema( as re#rasdo 2o#oB( em oposição aos atos lin#uísticos( ou as mensa#ens as *uais o sistema ser&e de suporte.
"utra consideração importante de aussure nos estudos da lin#ua#em é a distinção entre lín#ua e fala( em *uea dimensão da lín#ua é social( en*uanto a dimensão da fala é indi&idual. +ara( aussure os indi&íduos utili)am alin#ua#em sempre de uma maneira pessoal( mas sua ação &erbal 6fala: s$ tem efeito se o sistema do *ual fa) uso6lín#ua: é compartil,ado com outros membros da sua comunidade lin#uística%
e pudéssemos abarcar a totalidade das ima#ens &erbais arma)enadas em todos os indi&íduos(atin#iríamos o liame social *ue constitui a lín#ua. >rata=se de um tesouro depositado pela prática da falaem todos os indi&íduos pertencentes 4 mesma comunidade( um sistema #ramatical *ue existe&irtualmente em cada cérebro ou( mais exatamente( nos cérebros dum con2unto de indi&íduos( pois alín#ua não está completa em nen,um( e s$ na massa ela existe de modo completo. Com o separar alín#ua da fala( separa=se ao mesmo tempo% o *ue é social do *ue é indi&idual; o *ue é essencial do *ue éacess$rio e mais ou menos acidental.
A lín#ua não constitui( pois( uma função do falante% 6i: é o produto *ue o indi&íduo re#istra passi&amente; 6ii: não sup0e 2amais premeditação( e a reflexão nela inter&ém somente para a ati&idadede classificação( da *ual trataremos 6...: a fala é( ao contrário( um ato indi&idual de &ontade einteli#'ncia( no *ual con&ém distin#uir% 6i: as combinaç0es pelas *uais o falante reali)a o c$di#o dalín#ua no prop$sito de exprimir seu pensamento pessoal; 6ii: o mecanismo psico=físico *ue l,e permiteexteriori)ar essas combinaç0es. 6aussure( 188V( p. ?1=??:
Assim( aussure conceitua a lín#ua e determina sua identidade( como meio de comunicação e expressão(como uma espécie de instituição social( *ue é coleti&a e supra=indi&idual. "u se2a( a lín#ua é al#o criado pelasociedade e( de certa forma( imposta aos indi&íduos. +or fim( o lin#uista é incisi&o ao di)er *ue para solucionar essadicotomia lín#ua x fala nos estudos da lin#ua#em( de&emos nos colocar primeiramente no terreno da lín#ua e tomá=lacomo norma de todas as outras manifestaç0es da lin#ua#em.
A 3I%45 8EM5N%T6ATI3A 8A LÍNGUA &7E6%7E$TI3A BEN3ENI%TIANA*
/iT,ail 5aT,tin( fil$sofo e lin#3ista russo( concebe o fenômeno lin#3ístico de modo bastante diferente deaussure. +ara este autor( a discussão sobre o caráter abstrato ou indi&idualista da lin#ua#em é simplesmenteinade*uada. " *ue constitui a lín#ua é sua nature)a s$cio=ideol$#ica( isto é( o complexo de relaç0es existentes entrelín#ua e sociedade. ssas relaç0es se materiali)am no discurso( perceptí&el nos enunciados proferidos pelos falantes(em situaç0es comunicati&as concretas. 5aT,tin destaca o papel das relaç0es intersub2eti&as entre o falante e o YoutroZ
como instaurador de uma concepção ade*uada de lin#ua#em( pri&ile#iando a ação dial$#ica no curso da ,ist$ria( emuma sociedade.
+ara o antrop$lo#o=lin#3ista estadunidense( de ori#em alemã( d[ard apir( o conceito de lin#ua#em perpassaa representação *ue uma determinada comunidade fa) de sua cultura( atra&és dos símbolos *ue utili)a. A lín#ua é( portanto( uma cate#ori)ação simb$lica or#ani)ada. \untamente com seu associado( 5en2amin ],orf( apir defende a,ip$tese de *ue n$s recortamos a nature)a( a or#ani)amos em conceitos e atribuímo=l,es si#nificaç0es por*uecon&encionamos culturalmente or#ani)á=la dessa forma. ssa con&enção fa) parte de um contrato *ue se mantématra&és de nossa comunidade lin#3ística e está codificado nos padr0es de nossa lín#ua. apir e ],orf defendem *uenosso uni&erso mental é determinado pelas estruturas da lín#ua *ue falamos( e estas estruturas são um recortearbitrário da realidade
;A l0ica natural diz
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não verbalmente. A formula'ão & um processo independente, denominado pensamento e considerado muito escassamente tribut$rio do car$ter particular dasdiferentes línuas. = relativismo linístico modifica o veredicto do Sen#or SensoComum. 5m vez de dizer >as frases são diferentes por!ue evocam fatos diferentes?,
passa a dizer >os fatos são diferentes? para os locutores cu3o pano de fundo linísticoatribui a esses fatos uma formula'ão diferente@ (B=), 19D*, p. 11E7 1*F-.
endo fortemente influenciada por aussure( a >eoria da nunciação criada por 5en&eniste( poderíamos
pensar *ue forma e sentido são um espel,o das relaç0es lín#uafala( estabelecidos por aussure. Ao se abordar ocapítulo A forma e o sentido na lin#ua#emB de +roblemas de lin#uística #eral( &olume II( de 1899( decorrente de umacomunicação a fil$sofos( *ue analisa detidamente forma e sentido( percebe=se o en#ano. +ara tratarmos dessa *uestão(é necessário retomar as ideias expostas por 5en&eniste em 189?( no estudo "s ní&eis da análise lin#uística( &olume I.
7esse estudo( 5en&eniste apresenta um método de análise para a definição do fato lin#uístico( tra)endo anoção essencial de ní&el( obtido por operaç0es de se#mentação e substituição para a descrição da nature)a articuladada lin#ua#em e para a determinação do sentido de seus elementos. A lín#ua é &ista por 5en&eniste( nessa data( comosistema or#Mnico de si#nos lin#uísticos 6+!J II( p. 118:( cu2os elementos se delimitam atra&és das relaç0es *ue osunem( tanto no eixo do sinta#ma *uanto no eixo do paradi#ma. A lín#ua compreende assim diferentes ní&eis,ierar*uicamente constituídos( os fonemas( seus traços distinti&os( a pala&ra( a frase( tornando=se o sentido a condiçãofundamental para *ue uma unidade de *ual*uer ní&el ten,a status lin#uístico.
As unidades lin#uísticas admitem relação com elementos de mesmo ní&el 6relaç0es distribucionais: e com
elementos de ní&eis diferentes 6relaç0es inte#rati&as:. sses dois tipos de relação são 2ustificados pelo fato de *ue umsi#no é função dos elementos *ue o constituem e o Pnico meio de definir esses elementos como constituti&os é pelafunção inte#rati&a. ntão( essas duas relaç0es são interdependentes( 2á *ue uma unidade s$ é distinti&a se for inte#rante do ní&el superior. " ní&el mais alto é o da frase e o inferior é o dos merismas.Assim( a frase s$ se define por seus constituintes. /as( se per#unta 5en&eniste( *ue função se atribui 4 distinção entre constituinte e inte#ranteG
Gensamos encontrar aí o princípio racional !ue overna, nas unidades dos diferentes níveis, a rela'ão da forma e do sentido 6+!J I( p. 1?9:. " ní&el da dissociação da unidade em constituintes de ní&el inferior corresponde 4 forma; oda inte#ração dessa unidade em um ní&el superior le&a 4s unidades si#nificantes.
Com essa afirmação( 5en&eniste retorna 4 *uestão da !in#uística de sua época *ue é por ele colocada noinício do capítulo% o da necessidade de descre&er a lín#ua como estrutura formal( associada 4 construção do método para definir o ob2eto a ser estudado. +rop0e( então( a noção de ní&el como sendo essencial na análise da lín#ua &istacomo sistema de si#nos. " método delimita os elementos da lín#ua( por meio da relação *ue se estabelece entre eles.
A análise é feita atra&és de duas operaç0es% a de se#mentação e a de substituição. +elo método de distribuiçãodefinem=se os elementos por seus contextos( por meio das relaç0es sinta#máticas e paradi#máticas. 7í&eis sãoestabelecidos entre as unidades lin#uísticas% entre elementos de mesmos ní&eis são relaç0es distribucionais; entreelementos de ní&eis diferentes( as relaç0es são inte#rati&as. -ma unidade em um ní&el é distinti&a se ela é inte#rantedo ní&el superior. A frase ( *ue s$ se define por seus constituintes( é o limite superior; o inferior é o merisma *ue é s$inte#rati&o. A distinção entre constituinte 6ní&el formal: e inte#rante 6ní&el das unidades si#nificantes: é o princípio*ue estabelece a relação entre forma e sentido. +ara *ue uma unidade ten,a estatuto lin#uístico( uma condição éindispensá&el% o sentido. A passa#em de uma unidade de um ní&el para o ní&el superior se fa) por meio do sentido.5en&eniste introdu) assim na análise formal o sentido *ue o método distribucional procurou e&itar. Qorma e sentido s$se definem um pelo outro e de&em 2untos se articular em toda a extensão da lín#ua 6+!J I( p. 1?9:. " sentido é assima capacidade de uma unidade de inte#rar o ní&el superior. -m outro aspecto da noção de sentido é o fato de *ue umaunidade é si#nificante. Isso decorre de sua propriedade de ser distinti&a( opositi&a( delimitada por outras unidades erecon,ecida pelos falantes da lín#ua.
A frase é o Pltimo ní&el da análise( não se inte#ra em outro mais alto. Como tal( define 5en&eniste( é a pr$pria&ida da lin#ua#em em ação 6+!J I( p. 1?8:. Com ela entra=se em um domínio no&o% deixa=se o domínio da lín#uacomo sistema e c,e#a=se ao da lín#ua como instrumento de comunicação( expresso pelo discurso. ssa afirmaçãoencontra 2ustificati&a em dois fatos% 61: o de *ue a frase( além de sentido( tem também refer'ncia 4 situação em *ue seinscre&e( o *ue fundamenta a comunicação; 6?: a de *ue as tr's modalidades de frase 6asserti&a( interro#ati&a eimperati&a: refletem a atitude do falante em relação a seu interlocutor.
+ercebe=se( nesse estudo de 5en&eniste( a preocupação com o método de análise( com a incid'ncia do pontode &ista assumido pelo lin#uista para a definição do seu ob2eto( o *ue 2á se encontra em aussure. "bser&a=sei#ualmente( deri&ada do método( a definição de lín#ua( não em oposição 4 fala( como propôs aussure( mas a partir danoção mesma de lín#ua( como sistema de si#nos. stabelecendo ní&eis de análise e ,ierar*ui)ando=os( em decorr'ncia
do Pltimo ní&el( 5en&eniste concebe a lín#ua como instrumento de comunicação. Aí começa a lin#ua#em 6+!J I( p.1D1:( afirma ele.Al#umas obser&aç0es podem ser feitas em decorr'ncia dessa colocação. A primeira é a de *ue( en*uanto
aussure( em termos metodol$#icos priori)a o estudo da lín#ua( recortando=a como ob2eto de análise( 5en&eniste(
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partindo da análise formal( tal como foi preconi)ado por aussure( atribui um lu#ar especial ao sentido e c,e#a aodiscurso( 4 lin#ua#em. "utra obser&ação é a de *ue a preocupação de 5en&eniste( como a de aussure( émetodol$#ica( e ambos se situam em relação aos estudos lin#uísticos da época em *ue &i&eram( *uestionando=os.aussure( procurando encontrar na lín#ua ra)0es para defini=lo como ob2eto de estudo; 5en&eniste( contrastando coma !in#uística centrada na forma( tra) de &olta o sentido e( atra&és de uma metodolo#ia de análise da forma( estabeleceum no&o domínio% o do discurso. -ma Pltima obser&ação é a de *ue ambos concebem duas lin#uísticas separadas(embora seus camin,os 6o das lin#uísticas: se cru)em 6+!J I( p. 1D:( como escre&e 5en&eniste.
/as esse é um momento da reflexão de 5en&eniste. A *uestão da forma e do sentido na lin#ua#em é retomada
em um estudo de 1899( no &olume II de +roblemas de lin#uística #eral. 5en&eniste &olta a falar do abandono( em suaépoca( do estudo do sentido( mencionando lin#uistas *ue trata&am desse estudo com certo despre)o( taxando=os dementalistasB. " problema é( assim( recolocado em contexto semel,ante ao do estudo de 189?.
A per#unta inicial *ue ele se fa) é% o !ue & sinifica'ãoG /ostrando *ue a lin#ua#em é a ati&idadesi#nificante por excel'ncia( 5en&eniste afirma *ue a si#nificação não é al#o acrescentado 4 lín#ua; ao contrário( é seu pr$prio ser. /as a lín#ua tem também um caráter diferente( o de sua reali)ação por meios fônicos( subordinado aosentido. Concordando com aussure( ele continuará a definir a lín#ua como um sistema de si#nos( mas pretendendo ir além de aussure." si#no como unidade semi$tica de&e ser entendido do ponto de &ista da forma e do sentido( 2á *ue é constituído deum si#nificante e um si#nificado. " si#nificante( explica 5en&eniste( é o aspecto formal do si#no( é a forma sonora*ue condiciona e determina o si#nificado 6+!J II( p. ??:. A si#nificação do si#no é definida pela comunidade de fala. no uso da lín#ua *ue um si#no tem exist'ncia 6+!J II( p. ???:. ntão( tudo o *ue se relaciona ao semi$tico pode ser
identificado no seio e no uso da lín#ua. emi$tico é intralin#uístico. er distinti&o( num si#no( é ser si#nificati&o.5en&eniste retoma frase( função comunicati&a da lín#ua( e entende *ue si#no e frase t'm descriç0es distintas. 7a lín#ua ,á o sentido e a forma( o semMntico e o semi$tico( as funç0es de comunicar e de si#nificar. " semMntico é alín#ua em uso( descrição e raciocínio( não mais o si#nificado do si#no( mas do intentado.
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A*ui( diferentemente de aussure( lín#ua e fala não se op0em. A ideia de aparel,o formal de enunciação incluia delín#ua e a de fala e não se es#ota nelas( 2á *ue o aparel,o seria simultaneamente das duas. " aparel,o é uma condiçãoda exist'ncia de ambas( lo#o da ordem da lin#ua#em( para usar o termo saussuriano.
+arece( então( possí&el considerar *ue a dicotomia lín#uafala( embora presente( tem outro estatuto na teoria ben&enistiana. 7ão se trata mais de oposição( mas de &er *ue a lín#ua comporta a fala e &ice=&ersa. ( *uem sabe( issoeste2a( mesmo *ue de forma embrionária( no pr$prio C!J( *uando aussure aborda as relaç0es sinta#máticas como pertencentes ao discurso( no capítulo F da e#unda parte.
>al&e) ten,a sido precisamente esse realin,amento das noç0es de lín#uafala *ue 5en&eniste ten,a feito a partir da leitura do C!J. e aussure concedia 4 lín#ua um status de maior rele&Mncia para o estudo( 5en&enistecoloca de no&o na ordem do dia a interdepend'ncia lín#uafala( ao conceber *ue não ,á um Pnico aspecto dalin#ua#em *ue se2a um dado fora dos outros e *ue se possa pôr acima dos outros como anterior e primordialmenteexistente. é o pr$prio aussure *uem autori)a esse ol,ar( ao conceber lín#ua e fala como dois planos constituintes dalin#ua#em.
A enunciação de 5en&eniste busca( poderíamos di)er( exatamente ser uma !in#uística da lin#ua#em( pois( aoincluir no seu escopo ambas( lín#ua e fala( inclui também lin#ua#em.
Admitido esse raciocínio( o ob2eto da lin#uística de 5en&eniste aparece como não redutí&el 4 lín#ua comosistema( mas também não identificado 4 fala como o uso indi&idual do sistema. As cate#orias de tempo( espaço e pessoa( por exemplo( não são elementos *ue se somam 4 lín#ua( mas *ue a constituem sem( no entanto( existiremindependentemente do uso *ue se fa) delas.
Como podemos &er( as noç0es de lín#ua e lin#ua#em O mas também a de lín#uas O são de suma importMnciano pensamento de 5en&eniste e todas são rele&antes para o autor. 5en&eniste interessa=se pela lin#ua#em( pela lín#uae pelas lín#uas simultaneamente.
>omemos apenas um exemplo% o estudo Ea sub2eti&idade na lin#ua#emB( datado de 18VU( presente no +!JII. A intersub2eti&idadesub2eti&idade ali estudada inclui a ordem da lin#ua#em O o título 2á atesta isso O( a ordem dalín#ua O 2á *ue a análise conclui em fa&or de uma #enerali)ação sist'mica da oposição pessoa não=pessoa O e aordem das lín#uas O 2á *ue ,á análises de inPmeras lín#uas 6o franc's( certamente( mas também as lín#uas do xtremo"riente das *uais 5en&eniste era profundo con,ecedor:. >al&e)( então( o mais ade*uado se2a supor *ue 5en&enistefala em ,omem na lín#uaB( mas também na lin#ua#emB( 2á *ue isso é sobe2amente mostrado nas análises *ue fa)das lín#uasB.
Ee certa forma( poderíamos di)er *ue temos a*ui mais uma diferença do *ue uma semel,ança entre aussuree 5en&eniste. e para 5en&eniste lín#ua( lin#ua#em e lín#uas t'm i#ual importMncia( mesmo *ue se2am de diferentes
estatutos( então isso o afastaria de aussure( 2á *ue( como se sabe( este teria pri&ile#iado a lan#ue 7ão pensamos assim. Ao contrário( acreditamos *ue a lin#uística de 5en&eniste conser&a muitos aspectos
oriundos da lin#uística saussuriana. " principal deles é( sem dP&ida( a noção de sistema e( por essa( a noção de &alor. 7o con2unto da obra de mile 5en&eniste( de um lado( ,á textos *ue criticam a confusão( corrente 4 época(
entre a noção de estrutura e a de sistema. xemplos dessa crítica são os capítulos YstruturaZ em lin#uísticaB( de189?( e struturalismo e lin#uísticaB( de 189U( presentes em +roblemas de lin#uística Jeral I e II( respecti&amente.Ee outro lado( percebe=se em 5en&eniste #rande interesse pelo método estruturalista( em especial pelo *ue ele poderiareno&ar do comparati&ismo.
A distinção entre sistema e estrutura é cara a 5en&eniste e( em seus trabal,os relati&os 4 enunciação(encontramos #rande 'nfase na noção de sistema( a Pnica realmente utili)ada por aussure. +ara os trabal,os sobrenunciação é o conceito de sistema *ue mais interessa a 5en&eniste( mesmo *ue( para os trabal,os li#ados aocomparati&ismo( percebamos forte influ'ncia da noção p$s=saussuriana de estrutura.
" *ue nos interessa dessa reflexão é situar uma interdepend'ncia entre lín#ua e fala *ue( em 5en&eniste(recebe a forma de um princípio% o de *ue se de&e partir dos fatos da fala para atin#ir o sistema da lan#ue e *ue nestaestá contido o uso *ue a*uela promo&e.
Isso é perceptí&el em &árias passa#ens da obra de 5en&eniste. Foltemos a A forma e o sentido na lin#ua#em(em *ue 5en&eniste di)( a respeito do si#no e do ní&el semi$tico%
H... o *ue o si#no si#nifica não dá para ser definido. +ara *ue um si#no exista( ésuficiente e necessário *ue ele se2a aceito e se relacione de uma maneira ou de outracom os demais si#nos. A entidade considerada si#nificaG A resposta é sim( ou não. esim( tudo está dito e re#istre=se; se é não( re2eitemo=la e tudo está dito também.C,apéuB existeG im. C,améuB existeG 7ão. 6+!J II( p. ???:
7esse caso( a exist'ncia ou não do si#no e de seu sentido está diretamente na depend'ncia de *ue ele possa ser usado por a*ueles *ue falam a lín#ua( a*ueles para *uem uma lín#ua é a lín#ua( ou se2a( para o su2eito% e este sim ounão s$ pode ser pronunciado por a*ueles *ue manuseiam a lín#ua( a*uele para os *uais esta lín#ua é a lín#ua e nadamaisB 6+!J II( p. ???:.
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m 5en&eniste( o si#nificado do si#no lin#uístico comporta o uso da lín#ua( lo#o o &alor( inerente ao sistema(decorre da influ'ncia *ue o uso tem sobre esse sistema. Ei) ele% 7$s eri#imos( desta forma( a noção de uso e decompreensão da lín#ua como um princípio de discriminação( um critérioB 6+!J II( p. ??@:.
5en&eniste c,e#a( por esse &iés( 4 noção de uso da lín#ua( ou se2a% é no uso da lín#ua *ue um si#no temexist'ncia; o *ue não é usado não é si#no; e fora do uso o si#no não existe. 7ão ,á está#io intermediário; ou está nalín#ua( ou está fora da lín#ua( Ytertium non daturZB 6+!J II( p. ???:.
A NATU6E;A %5$IAL 8E $5N%T6U?45 8A LÍNGUA &7E6%7E$TI3A BA@al leitura não é uma tarefasimples( mas sim desafiadora( pois re*uer atenção e ousadia para ir recompondo uma construção ar*uitetada emmPltiplas &estimentas( em diferentes textos e épocas. >al&e) se2a por isso *ue ainda existam muitos espaços a seremexplorados nessa teoria.
Assim sendo( tendo em &ista a multiplicidade de possibilidades para ol,ar a teoria baT,tiniana e nelaencontrar respostas possí&eis para o procurado( temos o ob2eti&o( nesta reflexão( de tra)er para debate característicassobre a concepção de lin#ua#em a partir de dois eixos básicos( o dialo#ismo e o plurilin#3ismo. stas noç0es( semdP&ida al#uma( &'m sendo desen&ol&idas por diferentes estudiosos da teoria em foco. A primeira principalmente(como marco da teoria dial$#ica( &em sendo explorada a partir de &ariadas articulaç0es. A se#unda noção( no entanto(se comparada 4 primeira( ainda tem sido pouco desen&ol&ida no *ue se refere aos estudos lin#3ístico=discursi&os e( emconse*3'ncia( na reflexão sobre a concepção de lin#ua#em. !o#o( a possibilidade de articulação entre ambas(dialo#ismo e plurilin#3ismo( para refletir sobre a lin#ua#em apresenta=se como um campo fértil *ue nos insti#a aempreender esforços no sentido de desen&ol&er um percurso te$rico *ue( desencadeando em uma análise de umasituação concreta( se2a promissor para a reflexão sobre a lin#ua#em. +ara res#atar esse percurso te$rico( como 2áadiantamos( não é possí&el( e nem fa) parte de nossas aspiraç0es( restrin#irmo=nos a uma ou outra noção( 2á *ueambas são por si s$ complexas e abran#entes. +or isso( a partir dos dois eixos em enfo*ue( or#ani)amos uma reflexãomais ampla *ue le&a ao desen&ol&imento do ob2eti&o proposto. 7essa perspecti&a( recuperamos a concepção delin#ua#em a partir de *uatro momentos interdependentes( se#uidos das consideraç0es finais. 7o primeiro momento(Eialo#ismo e relaç0es de sentido( tra)emos para discussão o dialo#ismo como princípioB constituti&o das reflex0esda teoria baT,tiniana( em especial da lin#ua#em. 7o se#undo( +or uma aborda#em enunciati&o=discursi&a(desen&ol&emos um espaço de entremeio de noç0es inter=relacionais( *ue auxiliam no entendimento da lin#ua#em em5aT,tin. 7o terceiro( +lurilin#3ismo e &o)es discursi&as( recuperamos a noção de plurilin#3ismo não s$ como umadi&ersidade de &o)es sociais( mas principalmente como a dialo#i)ação de tais &o)es O plurilin#3ismo dialo#i)ado. A partir de então( no *uarto momento( A lin#ua#em como ati&idade responsi&a% obser&ando uma situação concreta(analisamos um processo interacional oriundo da esfera 2urídico=trabal,ista( refletindo sobre a concepção de lin#ua#emna teoria dial$#ica do discurso.
5utras concep9es +ara o lin#3ista A&ram 7oam C,omsT (̂ a lin#ua#em ,umana baseia=se em uma propriedade elementar biolo#icamente isolada na espécie ,umana% a infinitude discreta. sta propriedade é compará&el 4*uela dos nPmeros
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Qi#ura 1 O sse é um cac,imbo. Ceci nZest pás um pipe
René /a#ritte,ttp%blo#dofa&re.i#.com.br
A fala é para al#uns a pro&a de *ue a lín#ua modifica=se constantemente. 7os seres ,umanos( a primeiramanifestação concreta da lín#ua é a fala( é ela *ue( muitas &e)es( &ai determinar as alteraç0es na lín#ua( as *uais a#ramática não conse#ue acompan,ar.
. Gramática 7o contexto deste curso( é importante entender *ue Jramática constitui a con&enção adotada por falantes de
uma mesma comunidade lin#3ística para o uso da lín#ua. um tratado *ue exp0e as re#ras da lín#ua. Interessa=l,e a
,ist$ria( o re#istro 6Jramática
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F!gura 23 Fo(o'
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Figura 5 - Rosário católico.
htt""fmmissionarios.#logsot.com
#"!!2c!%c!+c %ímDolo% é um si#no *ue se refere ao ob2eto *ue denota em &irtude de uma lei( normalmente uma associação de
idéias #erais *ue opera no sentido de fa)er com *ue o símbolo se2a interpretado como se referindo 4*uele ob2etoB6p.D:. ão exemplos% todas as pala&ras( frases( li&ros e outros si#nos con&encionais( como a balança simboli)ando 2ustiça( a cor branca indicando pa) etc.
+eirce defende a ideia de *ue a relação entre ndices( cones e ímbolos pode estar presente em *ual*uer enunciado( sendo impossí&el encontrar uma sentença( por mais simples *ue se2a *ue não utili)e pelo menos doisdesses tipos de si#nos.
7o início do século XX( mais precisamente meados dos anos ?( foi publicada em !enin#rado uma obra *uese tornou bastante pol'mica por*ue alia&a ideias *ue seriam consideradas inicialmente contradit$rias% as ideiasmarxistas e as ideias lin#uísticas. ra o arxismo e filosofia da linuaem( obra de importMncia decisi&a para osestudos sobre a lin#ua#em( sendo refer'ncia na área até os dias atuais.
sta obra foi tão surpreendentemente ori#inal *ue antecipou muitos estudos contemporMneos( tan#endodisciplinas como a ociolin#uística e a Análise do Eiscurso. " li&ro( ,o2e considerado um clássico indispensá&el( é aobra em *ue 5aT,tin mais assume uma perspecti&a marxista.
é com base nessa perspecti&a *ue 5aT,tin desen&ol&e a ideia de *ue a lín#ua é um produto s$cio=,ist$rico eo mundo das ideias não existe fora dos *uadros da lin#ua#em. +ara o fil$sofo( o estudo da ideologia não pode prescindir do estudo do si#no; todo si#no é ideol$#ico e sem o si#no não existe ideolo#ia( a ideolo#ia se materiali)aatra&és do si#no. a pala&ra( si#no &erbal( é a instMncia pri&ile#iada em *ue se podem perceber as tens0es da
sociedade( fi#urando como uma espécie de arena dos conflitos sociais. m outras pala&ras( a pala&ra é o fenômenoideol$#ico por excel'ncia e o meio mais puro e sensí&el de interação social.
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Ao c,e#ar 4 escola( a criança fala fluentementeB sua lín#ua pátria. la articula a lín#ua de acordo com asinformaç0es *ue capta ao lon#o de suas relaç0es com os falantes 6dessa lín#ua:. Assim( conforme +erine 6apud5AJ7"( ?1 p.1?: nosso con,ecimento da lín#ua é ao mesmo tempo altamente complexo( incri&elmente exato eextremamente se#uroB. 7essa experi'ncia( ob&iamente( a criança se afasta da prescrição da Jramática 7ormati&a(contudo( na maioria das &e)es conse#ue atin#ir seu maior ob2eti&o *ue é comunicar. " professor( então( &ai condu)ir oestudo da lín#ua. Fai mostrar 4s crianças al#o encantador *ue é o funcionamento da lín#ua. Fai explicitar osmecanismos; num sentido metaf$rico( &ai abrir o capô do &eículo e mostrar=l,e o motor( as en#rena#ens( os sistemas
elétricos e ,idráulicos etc. A criança( o 2o&em ou adulto iletrado irão perceber *ue a Jramática 67ormati&a: 2amaisde&e ser concebida como camisa de força( mas como elo entre os indi&íduose seus pares. Conforme +erine 6apud5AJ7"( ?1( p.1?:%
H... *ual*uer falante de portu#u's possui um con,ecimento implícito altamente elaborado dalín#ua( muito embora não se2a capa) e explicitar esse con,ecimento. H... esse con,ecimentonão é fruto de instrução recebida na escola( mas foi ad*uirido de maneira tão natural eespontMnea *uanto nossa ,abilidade de andar. /esmo pessoas *ue nunca estudaram #ramáticac,e#am a um con,ecimento implícito perfeitamente ade*uado da lín#ua. ão como pessoas*ue não con,ecem a anatomia e a fisiolo#ia das pernas( mas *ue andam( dançam( nadam e pedalam sem problemas.
A #ramática possui uma função re#uladora( 2amais de&e ser&ir para determinar o *ue é certo e o *ue é erradona articulação da lín#ua. A lín#ua é uma ,erança ad*uirida( não um mero saber secundário( mecMnico.E%$6E3EN85Leia a tira a seguir, de Laerte, e responda Hs "uestes de ' e -F
?. 7a
se#unda tira( o ,umor é construído a partir dasobreposição de duas áreas do con,ecimento% uma científica e outra técnica.
a: Luais são essas áreasG
b: Lue relação existe entre os papéis *ue as persona#ens estão desempen,ando na tira e as pala&ras escritasna parte de trás de sua roupa.
D. A piada *ue se#ue constitui uma situação comunicati&a entre duas pessoas. !eia=a e responda ao *ue se pede%" médico ao consulente%
= " *ue o sen,or temG= >en,o uma casa com dois *uartos e uma sala.= stou l,e per#untando o *ue sente.
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+* O u=o' .< '1=e1'< (1'< &o?s('u.o <
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= A,N into falta de uma &aranda e de um bom *uintal.Ba: "bser&e a primeira per#unta do texto. Considerando o papel social dos interlocutores 6médico e paciente:( o *ue omédico pretende saberG b: Como o paciente compreende a per#untaG
c: 7essa primeira troca &erbal( a comunicação se reali)ou com sucessoG +or *ue isso aconteceuG
d: m sua se#unda fala( o médico c,ama a atenção do paciente sobre sua intenção ao fa)er a per#unta inicial.Isso foi suficiente para o cliente compreender a &erdadeira intenção do médicoG Lue efeito a insist'ncia do paciente pro&oca no textoG 6(U:
. Identifi*ue os si#nos usados nos textos abaixo. +ara isso use% 61: ícone; 6?: índice; 6D: símbolo. 6?(:
e: 6 : b: 6 : c: 6 :
d: 6 : e: 6 : f: 6 :
V. "bser&e a C,ar#e%
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As .1/e'e?(es es/e'
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9. !eia o texto%
a: Abaixo do trec,o lido na *uestão 1( lemos o enunciado e uma bolin,a de papel não merece isso(ima#ine a cidade mais bonita do mundoB. K *ual cidade o enunciado se refereG Lue elementos do texto(&erbais e não &erbais( permitem c,e#ar a essa conclusãoG
!e&ante ,ip$teses% A *ue se refere o pronome I" em não merece issoBG Como é comum nos anPncios publicitários( ,á um cuidadoso trabal,o com as lin#ua#ens &erbal e não&erbal. Lual a ima#em *ue está em primeiro plano na fotoG Lual está em se#undo planoG
b: possí&el considerar *ue ,á uma in&ersão de foco no desta*ue dado 4s ima#ens da foto. >al escol,a
pro&oca um efeito de sentido entre os dois planos da foto. xpli*ue esse efeito.
c: 7a parte inferior do anPncio( aparece o sloan de uma campan,a% Rio% eu amo( eu cuido. Amar é pouco.CuideB. Lual é a finalidade principal dele como um todoG
.@. numere os tipos de lin#ua#em *ue &oc' obser&a no tra2eto de sua casa para seu trabal,o ou faculdade.
U. !eia o texto abaixo e a se#uir tradu)a=oB.Uma istria em mineir#s
6ste texto de&e ser lido em &o) alta e de&a#ar:
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+eu sono era ser u0 or!ga0!
V101 ?u=< 'es=< .e
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apassado( era sessetembro. >a&eu na cu)in,a tomando uma pincumel e cu)in,ando um Tidicarne cummastumate pra fa)er uma macorronada com #alin,a assada.Luascaí de susto *uando ou&i um barui &indo de dendoforno( parecendo um tidi#uerra. A receita mandapô midipipocadentro da #alin,a prassá. " forno is*uentô( o mistorô e a #alin,a ispludiuN 7ossin,oraN Qi*uei *uinein um lidileite. Qoium trem doidimaisN Luascaí dendapiaN Qi*uei sensab' donco&im( pronco&ô( oncotô. "iproce&' *uelucuraN Jra)adeusnin#uém simaxucôN
1. Pontos &e a$o!o+*+* P
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+ u.aitiano( dar .inismo( b/roniano
D* em si#las( símbolos e unidades de medida de usointernacional
@ !/( >A;@ 6potássio:;+ m 6*uilômetro:( + 6*uilo[att:
c* em pala&ras estran#eiras de uso corrente no portu#u's
k art ( k it ( k un fu( s#ow( web( windsurf, pla ybo y( pla y round
5 Trema
6egra Exce9:o
J eliminado na língua portuguesa xemplos%a#uentar( ar#uição( ar#uir( a*uífero( bilín#ue( cin*uenta( delin*uente(elo*u'ncia( ensan#uentado( e*uestre( fre*u'ncia( lin#ueta( lin#uiça(*uin*u'nio( se*uestro( subse*uente( tran*uilo
7ermanece nas palaras deriadasde nomes prprios estrangeiros xemplos%,K bneriano( de
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distraí da( distraí =la( e#oí smo( faí sca( ,eroí smo( 2uí )es( paí s( paí ses( paraí so( raí )es( ruí na( saí da( saí ste6s:(sanduí c,e( suí no(alaPde( amiPde( AraP 2o( ataPde(
balaPstre( baP( ciPme( embaP ba( #raPdo( mantePda(miPdo( saPde( saP&a( &iP&a
S " acento é eliminado nos diton#os EI e 5I das paroxítonas
xemplos% Assembleia( boleia( colmeia( Cor eia( dispneico( estr eia( ideia( epopeico( europeia( panaceia( plateia(
proteico alcaloide( apoio 6&erbo:( aster oide( boia( ,er oico( intr oito( 2iboia( 2oia( paranoico( tramoia
ATEN?45F5 acento permanece
a* Nas paroxítonas terminadas em 6 ExemplosFDl#i)er( cont#iner( destr ier( ##iser( /ier
D* Nas monossílaDas tRnicas e nasoxítonas xemplos% mis( r is( di( mi( sis( anis(
papis( pastis( ,er i( constr i( corr i( far is( remi
0 " acento é eliminado nas pala&ras com acento diferencial
5 acento eliminado emF Exemplos
coa, coas O formas do &erbo C"AR la ainda coa café em coador de pano.>u coas mos*uitos( mas en#oles camelos.
para O forma do &erbo +ARARC,u&a para o trMnsito na cidade.
7in#uém para para o pedestre passar.
pela, pelas O formas do &erbo +!AR ou substanti&o
le pela de medo de passar pela trinc,eira.se de
pRde O forma do pretérito perfeito do indicati&o do &erbo+"ER le pRde estudar e apro&eitou a oportunidade.
pode O forma do presente do indicati&o do &erbo+"ER le pode a#ora conse#uir um bom empre#o.
pRr O &erbo " aluno &ai pRr em prática o *ue aprendeu no curso.
por O preposição " direito tem por finalidade a pacificação social.
ATEN?45F
5 acento !acultatio em7ara di!erenciar>se de
!orma ou !Rrma O substanti&o( no sentido de molde ssa !Rrma 6ou !orma: é pe*uena para o bolo.
!orma O do &erbo Q"R/AR ou substanti&o 7ossa escola !orma bons profissionais. Josto mais de bolo com a !orma redonda.
) " acento é eliminado em determinadas formas dos &erbos arguir e redarguir
J eliminado o acento no U tRnico de GUE e GUI
Arguir ar#uo( ar#uis( ar#ui( ar#uímos( ar#uís( ar#uem
6edarguir redar#uo( redar#uis( redar#ui( redar#uímos( redar#uís( redar#uem
Aten9:oFQuando, na se"u#ncia do iato UI , a ogal mais !orte !or I , este acentuado
xemplo% Ar#uí todas as circunstMncias do fato. 6>u ar#uí ste( n$s ar#uí mos:
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1 " uso do acento é determinado pela pronPncia no caso de al#uns &erbos. "s &erbos do tipo aguar,apaniguar apaiguar, apropin"uar, aeriguar, desaguar( enxaguar, oDli"uar e delin"uir podem ser escritosde duas !ormas( de acordo com a pronPncia.Fe2a( por exemplo( a con2u#ação dos &erbos aguar e aeriguar.%e o erDo !or pronunciado com as ogais A ou I mais !ortes, estas s:o acentuadas
A#uar A&eri#uar
6eu: á#uo 6*ue eu: á#ue 6eu: a&er í #uo 6*ue eu: a&er í #ue
6tu: á#uas 6*ue tu: á#ues 6tu: a&er í #uas 6*ue tu: a&er í #ues6ele: á#ua 6*ue ele: á#ue 6ele: a&er í #ua 6*ue ele: a&er í #ue
6n$s: a#uamos 6*ue n$s: a#uemos 6n$s: a&eri#uamos 6*ue n$s: a&eri#uemos
6&$s: a#uais 6*ue &$s: a#ueis 6&$s: a&eri#uais 6*ue &$s: a&eri#ueis
6eles: á#uam 6*ue eles: á#uem 6eles: a&er í #uam 6*ue eles: a&er í #uem
%e o erDo !or pronunciado com a ogal U mais !orte, esta N45 acentuada
A#uar A&eri#uar
6eu: a#uo 6*ue eu: a#ue 6eu: a&eri#uo 6*ue eu: a&eri#ue
6tu: a#uas 6*ue tu: a#ues 6tu: a&eri#uas 6*ue tu: a&eri#ues6ele: a#ua 6*ue ele: a#ue 6ele: a&eri#ua 6*ue ele: a&eri#ue
6n$s: a#uamos 6*ue n$s: a#uemos 6n$s: a&eri#uamos 6*ue n$s: a&eri#uemos
6&$s: a#uais 6*ue &$s: a#ueis 6&$s: a&eri#uais 6*ue &$s: a&eri#ueis
6eles: a#uam 6*ue eles: a#uem 6eles: a&eri#uam 6*ue eles: a&eri#uem
5
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*uando o se#undo termogtem autonomiag
pré=,ist$ria( pré=&estibular( pr$=africano( pr$=,omem( pr$=satisfação
sob r sob=roda
sub b( ,( r sub=base( sub=bibliotecário( sub=,epático( sub=,umano(
sub=ramo( sub=re#ião
aero( a#ro( ante( anti( ar*ui(auto( bio( contra( eletro(entre( extra( #eo( ,idro(
infra( intra( macro( maxi(micro( mini( multi( neo(
proto( pseudo( retro( semi(sobre( supra( ultra( etc.
,
aero=,idroterapia( a#ro=,idrone#$cio( ante=,ist$rico(anti=,i#i'nico( ar*ui=,ipérbole( auto=,ipnose( bio=
,istoriador( contra=,abitual( eletro=,idráulico( entre=
,ostil( extra=,umano( #eo=,ist$ria( ,idro=,aloisita(infra=,epático( intra=,ist$rico( macro=,ist$rico( micro=,ist$rico( mini=,umano( multi=,abilidade( neo=
,elenismo( proto=,ist$ria( pseudo=,er$i( retro=,ist$ria(semi=,idratado( sobre=,umano( supra=,umano( ultra=
,umano
a mesma ogal com *uetermina o prefixo
ante=estreia( anti=inflamat$rio( ar*ui=inimi#o( auto=ônibus( contra=anunciar( eletro=$tica( entre=escutar(extra=ama)ônico( infra=assinado( intra=abdominal(
macro=or#ani)ação( micro=ondas( mini=içador( pseudo=or#ani)ação( semi=inconsciente( sobre=edificar( supra=
atmosférico( ultra=apressado
D* 7ão se usa o ,ífen
Quando o primeiro termo!or
E o segundo termoiniciar>se com
Exemplos
não( *uase *ual*uer letra não a#ressão( não fumante( *uase delito( *uase irmão
an( des( in *ual*uer letra
analfabeto( anar*uia( anat$xico( desa#lomerar(desconsiderar( desfa)er( inapto( insatisfeito
"bs.% Luando a se#unda pala&ra começa com (ocorre a eliminação dessa letra( como em anepático(
anist$rico( desumano( inumano.
co( re *ual*uer letra
coabitar( coautor( coerdeiro( coparticipação(
cooperar( rea&er( reeleição( rebril,ar "bs% Luando a se#unda pala&ra começa com r e s(ocorre a#lutinação e essas letras duplicam=se( como em%correfer'ncia( cossi#natário( rerratificação( resse#uro.
pos( pre( pro 6átonos: *ual*uer letra posfácio( preMmbulo( preenc,er( preeleito( pro$tico(
proposição
aero( a#ro( ante( anti( ar*ui(auto( bio( contra( eletro(entre( extra( #eo( ,idro(infra( intra( macro( maxi(micro( mini( multi( neo(
pluri( proto( pseudo( retro(
semi( sobre( supra( tele(ultra( etc.
ogal di!erente da *uetermina o prefixo
aeroespacial( a#roindPstria( anteaurora( antiácido(ar*uiabade( autoescola( coadaptação( contraordem(eletroacPstico( entreato( extraoficial( infraestrutura(
intraepidérmico( macroanálise( microacPstico(miniônibus( plurianual( pseudoá#ata( semiaberto(
sobrea*uecido( supraescapular( teleator( ultraeconômico
$onsoante( exceto aerole&antamento( a#rone#$cio( antepro2eto(infra&ermel,o( antimonar*uista( ar*uimosteiro(autocon,ecimento( bioluminesc'ncia( contraproposta(
eletrocardio#rafia( entrenoite( extracontinental(#eopolítica( ,idrometalPr#ico( infraconsumo(
intranuclear( macrocosmo( maxi&estido( microfauna(minibiblioteca( multiprocessador( neomexicano(
pluricultura( protobiolo#ia( pseudolatim( retrocontrole(semidoméstico( sobrepo&oamento( suprapartidário(
tele2ornal( &asodilatador( ultra&ioleta"bs% Luando a se#unda pala&ra começa com r e s(
ocorre a#lutinação e essas letras duplicam=se( como em%aerossol( a#rossocial( antessala( antirracional(
antissimb$lico( ar*uirri&al( ar*uissenador(autorrefer'ncia( autossufici'ncia( biorritmo( biossatélite( contrarraciocínio( contrasse#urar(
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eletrossiderur#ia( extrarre#imental( extrassemMntico(#eorreferenciamento( #eossistema( ,idrorrepelente(
infrarracional( infrassônico( intrarracial( intrassub2eti&o(macrorre#ional( maxirre#ata( microrre#ião(
microssocial( minirreforma( minissaia( multirreli#ioso(neorrealismo( neossocialismo( plurirracial(
plurissetorial( protorrenascença( protossatélite( pseudorreação( retrosse#uir( semirreta( semissintético(
sobrerrealismo( sobressaturado( suprarre#ional(
suprassumo( telerre#ula#em( telessinali)ação(ultrarradical( ultrassono#rafia
c* " uso do ,ífen é opcional
Quando o primeiro termo!or
E o segundo termoiniciar>se com
Exemplos
bi( carbo( )oo ,
bi=,ebdomadário e biebdomadário( carbo=,emo#lobina ecarboemo#lobina( carbo=,idrato e carboidrato( )oo=,ematita e)ooematita( )oo=,ematina e )ooematina.
"bs.% Luando não se usa o ,ífen( ocorre a eliminação daletra do se#undo termo.
- Eemais Casos
a* -sa=se o ,ífen
6egra Exemplos 5Dsera9:o
7as pala&ras compostas "ue n:o t#melemento de liga9:o e cu2os termos sãoconstituídos por substanti&o( ad2eti&o(
numeral ou &erbo
afro=brasileiro( an#lo=saxão( a)ul=
escuro( bel=pra)er( boa=fé( conta=#otas(decreto=lei( força=tarefa( #uarda=c,u&a(indo=europeu( mesa=redonda( pala&ra=
c,a&e( para=raios( se#unda=feira(se#uro=desempre#o( tenente=coronel(tio=a&ô( &a#a=lume( &ale=transporte
xceç0es% #irassol( madressil&a(
mandac,u&a( para*uedas( para*uedista( pontapé e outras *ue(
pela tradição orto#ráfica( 2á sãoa#lutinadas( como% cantoc,ão(claraboia( passatempo( rodapé(
&arapau
7os gentílicos ou adetiospátrioscompostos
belo=,ori)ontino( costa=marfinense(cru)eirense=do=sul( norte=americano(
mato=#rossense=do=sul=
7as denomina9es geográ!icas compostas*ue%
= se iniciam com &erbo= são formadas pelos ad2eti&os #rã( #rão
= cont'm arti#o
= Abre=Campo( +assa=>empo= Jrã=5retan,a( Jrão=+ará
= 5aía de >odos=os=antos( >rás=os=/ontes
7ão se usa o ,ífen nas demaisdenominaç0es #eo#ráficas
compostas( como em h#uas
Qormosas( 5elo imor !este.xceção% Juiné=5issau.
7as pala&ras compostas *uedesi#namespcies DotVnicas ou oolgicas
andorin,a=do=mar( bem=te=&i( bico=de= papa#aio( cou&e=flor( er&a=de=santa=
catarina( pimenta=do=reino
7ão se usa o ,ífen em pala&ras *uet'm a mesma #rafia das espécies botMnicas ou )ool$#icas( mas
si#nificado diferente.xemplo% bico de papa#aio 6com o
sentido de nariz adunco oude salincia 0ssea:.
7as pala&ras *ue ocasionalmenteformamse"u#ncias ocaDulares
a ponte Rio=7iter$i( o tra2eto 5elo
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Antes de sufixos como a9u( gua9u e mirim(de ori#em tupi=#uarani( *ue representam
formas ad2eti&as( *uando%= o primeiro termo termina com oxítona
acentuada= a pronPncia exi#ir a distinção #ráfica dos
dois elementos
= amoré=#uaçu( ana2á=mirim( Ceará=/irim= capim=açu
TraDalador mirim escre&e=se semo ,ífen( pois( neste caso( mirim é
ad2eti&o 6e não sufixo:.
ntre o anti#o arti#o el e o substanti&o rei ão \oão del=Rei =
7as pala&ras compostas em *ue ,á oempre#o do apstro!o
caixa=dZá#ua( estrela=dal&a( mãe=dZá#ua( mestre=dZarmas( ol,o=dZá#ua(
pau=dZal,o( pau=dZarco=
D* 7ão se usa o ,ífen
6egra Exemplos 5Dsera9:o
7as locu9es de *ual*uer tipo
4 toa( 4 &ontade( cão de #uarda( cor decafé com leite( dia a dia( fim de
semana( ponto e &ír#ula( sala de 2antar(tão somente( bumba meu boi( disse medisse( maria &ai com as outras( tomara
*ue caia
xceç0es%4 *ueima=roupa( ao deus=dará(
á#ua=de=colônia( arco=da=&el,a(cor=de=rosa( mais=*ue=perfeito(
pé=de=meia
Sinopse da nova ortografia
Trema
trema foi e!tinto"
Exce9:oF o trema permanece em nomes estran#eiros e nos seus deri&ados.ExemplosF /3ller( m3lleriano
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Antes Agora
abençôo abençoo
dôo doo
en2ôo en2oo
ma#ôo ma#oo
perdôo perdoo
&ôos &oos
)ôo )oo
7erdem o acento as palaras com o iato EE
Antes Agora
cr'em creem
d'em deem
l'em leem
&'em &eem
pre&'em pre&eem
Nada muda no plural de TE6 e 3I6 e seus deriatios
ExemplosF
le >/ um carro.les >k/ dois carros.
la F/ ,o2e.las Fk/ ,o2e.
le /A7>/ a pala&ra.les /A7>k/ a pala&ra.
la E>/ a força.las E>k/ a força.
la I7>RF/ na aula.las I7>RFk/ na aula.
A#ento Agudo
7erdem o acento as 7A65WÍT5NA% com os ditongos aDertos EI e 5IGra!a>se $oreia, plateia, assemDleia
Antes Agora Antes Agora
andr$ide androide est$ico estoico
ap$ia 6&erbo apoiar: apoia estréia estreia
assembléia assembleia #eléia #eleia
aster$ide asteroide ,er$ico ,eroico
b$ia boia idéia ideia
celul$ide celuloide 2ib$ia 2iboia
clarab$ia claraboia 2$ia 2oia
colméia colmeia odisséia odisseia
Coréia Coreia paran$ia paranoia
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debil$ide debiloide platéia plateia
epopéia epopeia tram$ia tramoia
N5 ENTANT5, continuam sendo acentuadas as 5WÍT5NA% terminadas em Ji, Ju e =I, inclusie no plural
,er$i 6s: troféu 6s: an)$is
céu 6s: c,apéu 6s: papéis
réu 6s: anéis
7erdem o acento as paroxítonas com I e U tRnicos depois de ditongo %:o casos rarosF
Antes Agora
feiPra feiura
feiPme feiume
baiPca baiuca
bocaiP&a bocaiu&a
reiPno reiuno
7erde acento o U tRnico das !ormas "ueX"ui e gueXgui de erDos como apaiguar, arguir, aeriguar, redarguir, oDli"uar
Antes Agora
apa)i#Pe 6s: apa)i#ue 6s:
ar#Pem ar#uem
a&eri#Pe 6s: a&eri#ue 6s:
obli*Pem obli*uem
5Dsera9:o% Luando( na se*u'ncia do ,iato UI( a &o#al mais forte for I( este é acentuado.x.% Ar#uí todas as circunstMncias do fato. 6>u ar#uíste( n$s ar#uímos:
$%fen
7re!ixos comuns &pr, ps, pr, ice, ex, sem*
5 í!en mantido com os pre!ixosF
Além p$s recém
a*uém pré sem
x pr$ &ice
ExemplosF
sem=terra p$s=#raduação
ex=senador pré=&estibular &ice=#o&ernador pr$=reitor
recém=nascido além=mar
7alaras compostasF
5 í!en aDolido "uando se perdeu a no9:o de "ue a palara composta, e mantido em todos os demais casos
Antes Agora
pára=*uedas para*uedas
manda=c,u&a mandac,u&a
pára=brisa parabrisa
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se í!en com os pre!ixosF ,iper O inter O superapenas "uando comDinados com elementos iniciados por 6
ExemplosF
,iper=re*uintado inter=relacionado
inter=racial super=re&ista
%uD
7alaras com o pre!ixo suD receDem í!en apenas "uando comDinadas com elementos iniciados por B e 6
ExemplosF
ssub=re#ra sub=reptício
ssub=bibliotecário
ATEN?45
7em todos os pontos do Acordo "rto#ráfico da !ín#ua +ortu#uesa são claros. +or isso( al#umas dP&idas sobre o empre#o dasnormas somente de&em ser esclarecidas pela publicação do no&o Focabulário "rto#ráfico da !ín#ua +ortu#uesa( da Academia5rasileira de !etras 6A5!:.
Letra <
$om pre!ixos, usa>se sempre o í!en diante de palara iniciada por
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3ogal Y ogal igual
Usa>se í!en se o pre!ixo termina em ogal e o segundo elemento come9a pela mesma ogal
Antes Agora
antiimperialista anti=imperialista
contra=ata*ue contra=ata*ue
microondas micro=ondas
microônibus micro=ônibus
microor#Mnico micro=or#Mnico
semi=inte#ral semi=inte#ral
3ogal Y ogal di!erente
5 í!en deixa de ser usado "uando o pre!ixo termina em ogal e a segunda palara come9a com ogal di!erente
Antes Agora
auto=escola autoescola
auto=estrada autoestradaextra=oficial extraoficial
infra=estrutura infraestrutura
semi=analfabeto semianalfabeto
A#ordo rtogr&fi#o
5xercícios < ista 1
' Identi!i"ue a alternatia em "ue á um ocáDulo cua
gra!ia n:o atende aopreisto no Acordo 5rtográ!icoF
a: a#uentar O tran*uilidade O delin*uente O ar#uir Oa&eri#uemos;
b: cin*uenta O a#uemos O lin#uística O e*uestre Oelo*uentemente;c: apa)i#uei O fre*u'ncia O ar#uição O delin*u'ncia Ose*uestro;d: a&eri#uei O inconse*uente O bilín#ue O lin#uiça O*uin*u'nio;e: se*u'ncia O redar#3imos O lin#ueta O fre*uentemente O
bilín#ue.
- Assinale a op9:o em "ue !igura uma !orma erDalgra!ada, consoante a noa ortogra!ia, erroneamenteF
a: &erbo ter%tem detém contém mantém retémt'm det'm cont'm mant'm ret'm
b: &erbo &ir%&em ad&ém con&ém inter&ém pro&ém&'m ad&'m con&'m inter&'m pro&'m
c: &erbos ler e crer%l' rel' cr' descr'l'em rel'em creem descr'em
d: &erbos dar e &er%d' desd' &' re&' pro&'deem desdeem &'em re&'em pro&'m
e: &erbos deri&ados de ter%abstém atém obtém entretémabst'm at'm obt'm entret'm
O Identi!i"ue a alternatia em "ue um dos ocáDulos,segundo o Acordo 5rtográ!ico, receDeu indeidamenteacento grá!icoF
a: céu O réu O &éu; b: c,apéu O il,éu O incréu;c: anéis O fiéis O réis;d: m$i O ,er$i O 2$ia;e: an)$is O far$is O lenç$is.
S As se"u#ncias aDaixo cont#m paroxítonas "ue,segundo determinada regra do Acordo 5rtográ!ico, n:os:o acentuadas 8edua "ual essa regra e assinale aalternatia a "ue ela n:o se aplicaF
a: aldeia O baleia O lampreia O sereia; b: fla&onoide O ,eroico O reumatoide O prosopopeia;c: apoia O corticoide O 2iboia O tipoia;d: Assembleia O ideia O ateia O boleia;e: Crimeia O neias O !eia O Cleia.
0 Identi!i"ue a op9:o em "ue todas as palarascompostas est:o gra!adas de acordo com as noasregrasF
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a: anti=,i#i'nico O antiinflamat$rio O antiácido Oantioxidante O anti=colonial O antirradiação O antissocial;
b: anti=,i#i'nico O anti=inflamat$rio O antiácido Oantioxidante O anticolonial O antiradiação
O anti=social;c: anti=,i#i'nico O anti=inflamat$rio O antiácido Oantioxidante O anticolonial O antirradiação O antissocial;
d: anti=,i#i'nico O anti=inflamat$rio O anti=ácido O anti=oxidante O anticolonial O antirradiação O antissocial;e: anti=,i#i'nico O anti=inflamat$rio O anti=ácido O anti=oxidante O anti=colonial O antirradiação O antissocial.
) $on!orme o Acordo 5rtográ!ico, os pre!ixos ps>,pr> e pr>, "uandoátonos, aglutinam>se com o segundo elemento do termocompostoMar"ue a alternatia em "ue, segundo as noas regras,á erro de ortogra!iaF
a: posdatar O predatar O proamericano O pro#ermMnico; b: predefinir O predestinar O predi)er O preexist'ncia;c: pre2ul#ar O prelecionar O prenomear O preordenar;d: preanunciar O prea*uecer O preconcebido O preco#nição;e: preposto O procônsul O procriação O prolação.
1 5 uso do acento di!erencial, consoante as noasregras, !acultatio nosseguintes casos, exceto emF
a: fôrma 6si#nificando molde:
b: pôde 6no pretérito perfeito do indicati&o:;c* cantámos &no pretrito per!eito do indicatio*Zd: amámos 6no pretérito perfeito do indicati&o:;e* d#mos 6no presente do sub2unti&o:.
[ Identi!i"ue a alternatia em "ue todas as palarascompostas est:o gra!adas de acordo com as noasregrasFa: mini*uadro O minissubmarino O minirretrospecti&a Omini=saia;
b: sub=bibliotecário O sub=,umano O sub=,epático O sub=re#ião;c: infra=assinado O infra=estrutura O infra=,epático O
infra&ermel,o;d: ,iperácido O ,iperespaço O ,iper=,umano O ,iperrealista;e: contra=acusação O contra=indicação O contraespiona#em O contra=,armônico.
5xercícios < ista
' Todos os termos compostos est:o corretamentegra!ados na op9:oF
a: ultraconfiança O para*uedas O reestruturar O sub= bibliotecário O super=,omem;
b: ,iperati&o O rerratificar O subsecretário O semi=,ipnoti)ado O manda=c,u&a;c: interre#ional O macroeconmia O pontapé O ressinteti)ar Osub=,ori)ontal;
d: supera#asal,ar O ar*uimilionário O interestadual O passa=tempo O sub=ro#ar;e: para*uedístico O panamericano O mini=,er$i O neo=,ebraico O sem=teto.
- 8eeriam ter sido acentuadas as palaras alistadasna op9:oF
a: a)aleia O estreia O colmeia O #eleia O pi#meia;
b: ben)oico O dicroico O ,eroico O >roia O urbanoide;c: c,apeu O coroneis O ,eroi O il,eu O lençois;d: alcaloide O reumatoide O tabloide O tifoide O tipoia;e: apneia O farmacopeia O odisseia O pauliceia O tra*ueia.
O 5 í!en !oi indeidamente empregado emF
a: capim=açu; b: ana2á=mirim;c: abaré=#uaçu;d: tamanduá=açu;e: trabal,ador=mirim.
S Assinale a se"u#ncia integralmente corretaF
a: sino=2apon's O sinorrusso; b: ,ispano=árabe O ,ispano=marro*uino;c: teutoamericano O teutodescendente;d: an#lo=brasileiro O an#lo=descendente;e: an#loamericano O an#lofalante.
0 Mar"ue a op9:o em "ue uma das !ormas erDais estáincorretaF
a: a&erí#uo O a&eri#uo; b: a&erí#uas O a&eri#uas;c: a&erí#ua O a&eri#ua;d: a&erí#uamos O a&eri#uamos;e: a&erí#uam O a&eri#uam.
) Mar"ue a op9:o em "ue amDos os termos est:oincorretamente gra!adosF
a: coabitar O coerdeiro; b: coexist'ncia O coindicado;c: cofundador O codominar;d: co=ordenar O co=obri#ar;
e: corresponsá&el O cossi#natário.
1 7aramdico gra!ado sem í!en, da mesma !orma"ueF
a: parabactéria; b: parabrisa;c: parac,o*ue;d: paralama;e: para&ento.
[ 7ara>raios gra!ado com í!en, da mesma !orma
"ueF
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a: para=biolo#ia; b: para=psicolo#ia;c: para=lin#ua#em;d: para=normal;e: para=c,u&a.
( Uma das palaras está gra!ada de !orma incorreta naop9:oF
a: pr$=ati&o O proati&o; b: pr$=$tico O pro$tico;c: pré=eleição O preeleição;d: pré=demarcar O predemarcar;e: pré=eleito O preeleito.
'2 Identi!i"ue a alternatia em "ue á erro deortogra!iaF
a: predelinear; b: predestinar;c: pré=*uestionar;
d: preexist'ncia;e: proembrionário
'' As !ormas erDais a seguir est:o corretamentegra!adas, excetoF
a: ar#uiamos; b: ar#uiríamos;c: ar#uíssemos;d: ar#uímos;e: ar#uirmos.
'- Assinale a op9:o em "ue á erro de ortogra!iaF
a: arco e flec,a; b: arco de triunfo;c: arco de flores;d: arco da c,u&a;e: arco da &el,a.
5xercícios M ista K
' $onsiderando a lista aDaixo, "ue contm adetiospátrios compostos, mar"ue a alternatia corretaF
1 austro=,Pn#aro ? #reco=romano D fino=brasileiro nipo=americano V ítalo=#ermMnicoa: estão corretamente #rafados todos os termos compostos; b: está incorretamente #rafado o termo composto da opção ;c: está incorretamente #rafado o termo composto da opção ?;d: está incorretamente #rafado o termo composto da opção 1;e: está incorretamente #rafado o termo composto da opção D.
- Leando em conta a lista a seguir, "ue contm n:oapenas adetios pátrios compostos, mas tamDmsuDstantios, mar"ue a alternatia corretaF
1 euro=centrismo ? euro=siberiano D euro=di&isa euro=mercado V euro=asiáticoa: estão corretamente #rafados todos os termos compostos;
b: está corretamente #rafado o termo composto da opção V;
c: estão corretamente #rafados os termos compostos dasopç0es ? e V;d: estão corretamente #rafados os termos