apostila macroeconomia (hugo meza)

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FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ – INOVE ESPECIALIZAÇÃO EM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E NEGÓCIOS GLOBAIS MACROECONOMIA GLOBAL Professor: MSc HUGO EDUARDO MEZA PINTO 2004

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Macroeconomia para complementação dos cursos de graduação.

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MACROECONOMIA GLOBAL

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DDDD FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ – INOVE

ESPECIALIZAÇÃO EM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E NEGÓCIOS GLOBAIS

MACROECONOMIA GLOBAL

Professor: MSc HUGO EDUARDO MEZA PINTO

2004

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SUMÁRIO

MINI CURRÍCULO DO PROFESSOR ...............................................................................................................4 PROGRAMA DA DISCIPLINA ...........................................................................................................................5

FORMA DE AVALIAÇÃO: ............................................................................................................................6 BIBLIOGRAFIA: ............................................................................................................................................6

1. CONCEITOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE SOCIAL...............................................................................7 1.1 ANTECEDENTES.............................................................................................................................7 1.2 PIB, PNB; CONCEITO E RELAÇÕES COM AS CONTAS EXTERNAS..........................................7

1.2.1 Produto Nacional Bruto:....................................................................................................................7 1.2.2 PNB Nominal Vs. PNB Real: ............................................................................................................7 1.2.3 Inflação: ............................................................................................................................................7 1.2.4 Crescimento Econômico:..................................................................................................................7 1.2.5 Emprego E Desemprego: .................................................................................................................7 1.2.6 Inflação, Crescimento e Desemprego: .............................................................................................7 1.2.7 O Ciclo de Negócios e o Hiato do Produto.......................................................................................8 1.2.8 Oferta e Demanda Agregadas..........................................................................................................8 1.2.9 Política Macroeconômica..................................................................................................................8 1.2.10 Contabilidade Nacional...................................................................................................................8

1.3 DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL.............................................................................................8 1.3.1 Produto Nacional Bruto e Produto Nacional Líquido........................................................................8 1.3.2 O PNB e o Produto Interno Bruto (PIB)............................................................................................9 1.3.3 Problemas no Cálculo do PNB .........................................................................................................9 1.3.4 Índices de Preços .............................................................................................................................9 1.3.5 PNB e Renda Pessoal Disponível ..................................................................................................10

1.4 IDENTIDADES CONTÁBEIS: COMPONENTES DA DEMANDA AGREGADA (DA)............................10 1.4.1 Os Componentes da Demanda: .....................................................................................................10 1.4.2 Uma Economia Simples (sem Governo e sem comércio internacional). .......................................10 1.4.3 Introduzindo O Governo e o Comércio Internacional .....................................................................10 1.4.4 Poupança, Investimento, Orçamento do Governo e Comércio Internacional ................................11 1.4.5 Renda e Gastos..............................................................................................................................11 1.4.6 A Função Consumo e a Demanda Agregada.................................................................................11

2. MACROECONOMIA DE ECONOMIAS FECHADAS .............................................................................13 2.1 O MERCADO DE BENS E A CURVA IS ...............................................................................................13

2.1.1 A Determinação da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços (Curva IS) ...................13 2.1.2 O Deslocamento da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços....................................13 2.1.3 Pontos Fora da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços (Curva IS)..........................14

2.2 OS MERCADOS DE ATIVOS E A CURVA LM .....................................................................................14 2.2.1 A Determinação da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM..............14 2.2.2 O Deslocamento da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM.............15 2.2.3 Pontos Fora da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM ....................15

2.3 O EQUILÍBRIO IS-LM ............................................................................................................................16 2.4 POLÍTICAS FISCAL, MONETÁRIA E EFEITO DESLOCAMENTO E A COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS 17

Estudo De Caso 1: A Unificação da Alemanha e a Combinação das Políticas Macroeconômicas no País ....................................................................................................................................................17 Estudo de Caso 2: Clinton E Greenspan: A Mistura De Políticas Macroeconômicas Na Economia Americana (1991-1998) ..........................................................................................................................18

3. MACROECONOMIA DE ECONOMIAS ABERTAS................................................................................19 3.1 ELEMENTOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS ............................................................................19

3.1.1 O Balanço de pagamentos e as taxas de câmbio..........................................................................19 3.1.2 Taxas de Câmbio............................................................................................................................19

3.2 COMÉRCIO DE BENS, EQUILÍBRIO DO MERCADO E BALANÇA COMERCIAL ..............................20 3.3 MOBILIDADE DE CAPITAL...................................................................................................................20

3.3.1 O Balanço de Pagamentos e os Fluxos de Capital ........................................................................20 3.3.2 Equilíbrio Interno e Externo ............................................................................................................21

3.4 O MODELO IS-LM COM SETOR EXTERNO COM PERFEITA MOBILIDADE DO CAPITAL (MODELO MUNDEL-FLEMING)..................................................................................................................22

3.4.1 Política Fiscal e Política Monetária com Taxas De Câmbio Fixas .............................................22 3.4.2 Política Fiscal e Política Monetária com Taxas de Câmbio Flexíveis ........................................23 Estudo de Caso 3: Os Impactos dos Atentados de 11 de setembro na Economia Americana:....25

4 A MACROECONOMIA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..........................................................26

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4.1 A IMPORTÂNCIA DA MACROECONOMIA PARA A ANÁLISE DO CENÁRIO EXTERNO...........26 4.1.1 Fator dos Ciclos Econômicos. ........................................................................................................28 4.1.2 Fator de Políticas Macroeconômicas. ............................................................................................28 4.1.3 Fator Financeiro e de Capitais........................................................................................................28 4.1.4 Fator de Políticas Industriais. .........................................................................................................29

4.2 SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS .........................................................................................................29 Estudo de Caso 4: A Alca da Gerdau ..................................................................................................30

4.3 DESENVOLVIMENTO DE RELATÓRIOS MACROECONÔMICOS ..............................................32 4.3.1 Parâmetros do Relatório Macroeconômico para O Planejamento Estratégico..............................32

4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA MACROECONOMIA PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .............................................................................................................32

TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA ..............................................................................................................33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................................33

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MINI CURRÍCULO DO PROFESSOR

PROFESSOR: MSc. Hugo Eduardo Meza Pinto [email protected][email protected] http://www.hugomeza.com FORMAÇÃO: Pós-graduação

Instituição: Universidade de São Paulo – Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina (Prolam)

Curso: Doutorado em Integração Latino-americana Período: 2002-2005

Instituição: Universidade Federal do Paraná Curso: Mestrado em Desenvolvimento Econômico Período: 1996-1999 Defesa da dissertação de Mestrado: 30 de Novembro de 1999, título: “Elementos para uma Estratégia de Desenvolvimento regional: O caso da Selva Central peruana”.

Graduação:

Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Curso: Bacharel em Ciências Econômicas Período: 1990-1994 Título da monografia: “O setor informal na economia peruana: notas para um debate”.

Experiência Profissional:

Instituição: Faculdades Santa Cruz Cargo: Coordenador do curso de Ciências Econômicas e Professor Disciplinas Lecionadas: Macroeconomia, Elaboração e Análise de Projetos, Mercado de Capitais e História Econômica Geral

Instituição: UNICENP - Centro Universitário Positivo Cargo: Professor Adjunto Disciplinas Lecionadas: Macroeconomia, Economia e Economia Monetária.

Instituição: UNIANDRADE Cargo: Professor Adjunto Disciplinas Lecionadas: Mercado de Capitais, Introdução à Economia, Economia Monetária e Microeconomia.

Empresa: Instituto de Desenvolvimento Econômico do Ministério da Presidência do Peru Cargo: Gerente de Projetos Econômicos e Sociais Função: Elaboração de estudos e projetos econômicos para o desenvolvimento da Selva

Central do Peru. Local: Pampa del Carmen s/n - Chanchamayo - Junin - Peru

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PROGRAMA DA DISCIPLINA

EMENTA: conceitos básicos da contabilidade social; macroeconomia fechada; macroeconomia aberta e macroeconomia e o planejamento econômico. OBJETIVOS EDUCACIONAIS: fornecer aos discentes conceitos de macroeconomia (aberta e fechada) fundamentais para a elaboração do planejamento estratégico. Conteúdo Programático: 1. CONCEITOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE SOCIAL 1.1 ANTECEDENTES 1.2 PIB, PNB; CONCEITO E RELAÇÕES COM AS CONTAS EXTERNAS 1.2.1 Produto Nacional Bruto 1.2.2 PNB Nominal Vs. PNB Real 1.2.3 Inflação 1.2.4 Crescimento Econômico 1.2.5 Emprego E Desemprego 1.2.6 Inflação, Crescimento e Desemprego 1.2.7 O Ciclo de Negócios e o Hiato do Produto 1.2.8 Oferta e Demanda Agregadas 1.2.9 Política Macroeconômica 1.2.10 Contabilidade Nacional 1.3 DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL 1.3.1 Produto Nacional Bruto e Produto Nacional Líquido 1.3.2 O PNB e o Produto Interno Bruto (PIB) 1.3.3 Problemas no Cálculo do PNB 1.3.4 Índices de Preços 1.3.5 PNB e Renda Pessoal Disponível 1.4 IDENTIDADES CONTÁBEIS: COMPONENTES DA DEMANDA AGREGADA (DA) 1.4.1 Os Componentes da Demanda: 1.4.2 Uma Economia Simples (sem Governo e sem comércio internacional). 1.4.3 Introduzindo O Governo e o Comércio Internacional 1.4.4 Poupança, Investimento, Orçamento do Governo e Comércio Internacional 1.4.5 Renda e Gastos 1.4.6 A Função Consumo e a Demanda Agregada 2. MACROECONOMIA DE ECONOMIAS FECHADAS 2.1 O MERCADO DE BENS E A CURVA IS 2.1.1 A Determinação da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços (Curva IS) 2.1.2 O Deslocamento da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços 2.1.3 Pontos Fora da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços (Curva IS) 2.2 OS MERCADOS DE ATIVOS E A CURVA LM 2.2.1 A Determinação da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM 2.1.2 O Deslocamento da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços................................................. 2.2.3 Pontos Fora da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM 2.3 O EQUILÍBRIO IS-LM 2.4 POLÍTICAS FISCAL, MONETÁRIA E EFEITO DESLOCAMENTO E A COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS Estudo De Caso 1: A Unificação da Alemanha e a Combinação das Políticas Macroeconômicas no País Estudo de Caso 2: Clinton E Greenspan: A Mistura De Políticas Macroeconômicas Na Economia Americana (1991-1998) 3. MACROECONOMIA DE ECONOMIAS ABERTAS 3.1 ELEMENTOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 3.1.1 O Balanço de pagamentos e as taxas de câmbio 3.1.2 Taxas de Câmbio 3.2 COMÉRCIO DE BENS, EQUILÍBRIO DO MERCADO E BALANÇA COMERCIAL 3.3 MOBILIDADE DE CAPITAL 3.3.1 O Balanço de Pagamentos e os Fluxos de Capital 3.3.2 Equilíbrio Interno e Externo 3.4 O MODELO IS-LM COM SETOR EXTERNO COM PERFEITA MOBILIDADE DO CAPITAL (MODELO MUNDEL-FLEMING) 3.4.1 Política Fiscal e Política Monetária com Taxas De Câmbio Fixas

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3.4.2 Política Fiscal e Política Monetária com Taxas de Câmbio Flexíveis Estudo de Caso 3: Os Impactos dos Atentados de 11 de setembro na Economia Americana: 4 A MACROECONOMIA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 4.1 A IMPORTÂNCIA DA MACROECONOMIA PARA A ANÁLISE DO CENÁRIO EXTERNO 4.1.1 Fator dos Ciclos Econômicos. 4.1.2 Fator de Políticas Macroeconômicas. 4.1.3 Fator Financeiro e de Capitais. 4.1.4 Fator de Políticas Industriais. 4.2 SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS Estudo de Caso 4: A Alca da Gerdau 4.3 DESENVOLVIMENTO DE RELATÓRIOS MACROECONÔMICOS 4.3.1 Parâmetros do Relatório Macroeconômico para O Planejamento Estratégico 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA MACROECONOMIA PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FORMA DE AVALIAÇÃO: Sínteses da bibliografia, participação em sala de aula, análises de casos, trabalho escrito em formato publicável. BIBLIOGRAFIA: BLANCHARD, O. Macroeconomia: Teoria e Política Econômica. 2da. Ed. RJ. Campus, 2001. DORNBUSCH, R. E FISCHER, S. Macroeconomia. 5º Edição. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1991. FROYEN R. Macroeconomia. Ed. Saraiva São Paulo 1999. SACHS, Jeffery & LARRAIN, Felipe B. Macroeconomia. SP: Makron Books, 1994. DE OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico: Conceitos, Metodologias e Práticas. 18º Edição: Atlas 2002.

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1. CONCEITOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE SOCIAL 1.1 ANTECEDENTES

A macroeconomia trata do comportamento da economia como um todo – com períodos de

recuperação e recessão, a produção total de bens e serviços da economia e o crescimento do produto, as taxas de inflação e desemprego, a balança de pagamentos e as taxas de câmbio. A Macroeconomia lida com o aumento no produto e no emprego no decorrer de longos períodos de tempo – isto é crescimento econômico – e ainda com as flutuações em curto prazo que constituem o ciclo de negócios. Entendendo os problemas Econômicos: • Desemprego • Inflação • Recessão x Crescimento Econômico x Desenvolvimento econômico • Déficit • Desvalorização da Moeda • Crise Financeira • “Desaquecimento” da economia • etc. Para que servem as políticas Macroeconômicas? 1.1.1 O Governo e as Políticas Econômicas • Política Fiscal • Política Monetária • Política Cambial Políticas Macroeconômicas Locais ou Globais?

1.2 PIB, PNB; CONCEITO E RELAÇÕES COM AS CONTAS EXTERNAS

1.2.1 Produto Nacional Bruto: O Produto Nacional Bruto (PNB) é o valor de todos os bens finais e serviços produzidos na economia em um dado período de tempo (trimestral ou anual), o PNB é a medida básica da atividade econômica. 1.2.2 PNB Nominal Vs. PNB Real: o PNB nominal mede o valor do produto aos preços prevalecentes no período durante o qual o produto é efetuado, enquanto o PNB Real mede o produto efetuado em qualquer período aos preços de algum ano-base; uma outra medida do PNB Real observa a renda per capita, ajustando o valor do produto através do tamanho da população. 1.2.3 Inflação: A taxa de inflação é a taxa percentual do aumento do nível de preços de uma determinada cesta de produtos durante um dado período. Existem dois tipos de inflação: i) de Demanda (aumento de preços ocasionado pelo aumento da demanda e consumo e ii) de Custos (que significa o aumento dos preços forçado pelo aumento dos custos de produção) 1.2.4 Crescimento Econômico: A taxa de crescimento da economia é a taxa à qual cresce o PNB Real. Fatores que fazem crescer o PNB real: 1. Volume disponível de recursos na economia (K e L), 2. Eficiência com o qual os fatores de produção trabalham. 1.2.5 Emprego E Desemprego: Outra fonte de variação do PNB Real é uma variação no emprego. A taxa de desemprego é a fração de força de trabalho que não consegue empregos. 1.2.6 Inflação, Crescimento e Desemprego:

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O desempenho macroeconômico é julgado por três grandes medidas que introduzimos: i) Inflação ii) Crescimento e iii) Desemprego.

A taxa de crescimento do PNB per capita é o mais importante dos indicadores macroeconômicos pelos quais julgamos a performance a longo prazo da economia. 1.2.7 O Ciclo de Negócios e o Hiato do Produto O Ciclo de negócios é um padrão mais ou menos regular de expansão (recuperação) e de contração (recessão) da atividade econômica em torno de uma trajetória tendencial de crescimento. O Hiato do produto mede o hiato entre o produto real e o produto que a economia poderia produzir com o pleno emprego dos recursos existentes. O produto de pleno emprego é também chamado de produto potencial.

Lei de Okun: A lei de Okun diz que a taxa de desemprego declina quando o crescimento estiver acima da taxa tendencial de 2,5%. A Curva de Phillips, descreve uma relação entre salários e preços, inflação e desemprego: quanto mais alta a taxa de desemprego, menor a taxa de desemprego. 1.2.8 Oferta e Demanda Agregadas Os principais conceitos-chave na análise do produto, inflação, crescimento, e no papel das políticas econômicas são a oferta e a demanda agregadas.

1.2.9 Política Macroeconômica A política macroeconômica expande ou contrai a demanda. A política Monetária é controlada pelo Banco Central (BACEN). Os Instrumentos da política monetária são variações no estoque de moeda, variações na taxa de juros –taxa de redesconto-, pela qual o BACEN empresta moeda a outros Bancos, e alguns controles sobre o sistema bancário. A política Fiscal está sob o controle do congresso e usualmente do poder executivo. Os instrumentos da política fiscal são as alíquotas de impostos e os gastos do governo. As políticas de estabilização são políticas fiscal e monetária designadas para moderarem flutuações da economia – especialmente flutuações nas taxas de crescimento, inflação e desemprego.

1.2.10 Contabilidade Nacional A contabilidade social congrega instrumentos de mensuração capazes de aferir o movimento da economia de um país em um determinado período de tempo: quanto se produziu, quanto se consumiu, quanto se investiu, quanto se vendeu para o exterior, quanto se comprou do exterior. 1.3 DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL 1.3.1 Produto Nacional Bruto e Produto Nacional Líquido

Nível de Preços

Prod

Demanda Agregada

Oferta Agregada

Y*

P

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Como se calcula o PNB? a) Bens Finais e Valor Adicionado O PNB é o valor dos bens finais e serviços produzidos Exemplo: Pneus – carro Trigo – pão. - Bens intermediários não são incluídos dentro do cálculo. - Trabalha-se com o valor adicionado: a cada estágio de produção de um bem, somente o valor

adicionado ao bem de aquele estágio é considerado como parte do PNB. (O valor do trigo produzido pelo fazendeiro é considerado como sendo o valor adicionado do moleiro).

b) Produção Corrente O PNB consiste no valor do produto produzido corretamente , portanto, ele exclui transações de mercadorias já existentes. Exemplo: casas, quadros já existentes. c) Preços De Mercado O PNB avalia os bens aos preços de mercado. O preço de mercado de muitos bens incluem impostos diretos, como IPI, imposto sobre produtos industrializados, e ICM, impostos sobre circulação de mercadorias, etc., e portanto, o preço de mercado dos bens não é o mesmo preço recebido pelos vendedores dos mesmos bens. 1.3.2 O PNB e o Produto Interno Bruto (PIB) O PIB é o valor dos bens finais produzidos em um país * A diferença entre PNB e PIB: parte do PNB é ganho no exterior, enquanto que o PIB é só produção ganha no interior do país. Se: O PNB > PIB = Os habitantes do país estão ganhando mais no exterior. 1.3.3 Problemas no Cálculo do PNB Os dados do PNB estão longe de ser medidas perfeitas tanto da produção econômica como do bem-estar: i. Algumas produções são medidas de maneira precária porque elas não são comercializadas; ii. É difícil mensurar corretamente melhorias na qualidade dos produtos; iii. Algumas atividades medidas, como acréscimo ao PNB real, representam de fato o uso de recursos para

evitar ou conter “roubos” ou riscos ao patrimônio nacional. 1.3.4 Índices de Preços a. Os Índices de Preços ao Consumidor (IPC) O índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede o custo da compra de uma cesta básica de bens e serviços que representa as compras de consumidores urbanos. b. O Índice de Preços por Atacado (IPA) Este Índice além de incluir os elementos medidores do IPC, mede também as matérias-primas e bens semi-acabados. c. O Deflator do PNB.- É a razão do PNB nominal em um dado ano em relação ao PNB real e é uma medida da inflação a partir do período para o qual a base de cálculo dos preços do PNB real seja considerado como período vigente. * Os dois principais índices usados para computar a inflação são o Deflator e o IPC.

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1.3.5 PNB e Renda Pessoal Disponível A renda pessoal disponível é o nível de renda disponível para gastos e poupança das famílias na economia.

RPD = PNB – depreciação – lucros retidos + transferências – impostos. * A alocação da RPD das famílias é feita basicamente no setor consumo e na poupança. * O Produto Nacional Líquido (PNL) é definido como sendo o PNB menos a depreciação. 1.4 IDENTIDADES CONTÁBEIS: COMPONENTES DA DEMANDA AGREGADA (DA) 1.4.1 Os Componentes da Demanda: a. Gastos de consumo das famílias; b. Gastos com Investimento efetuado pelas empresas e famílias; c. Compras de bens e serviços efetuadas pelo governo (federal, estadual e municipal) e; d. Demanda Externa. 1.4.2 Uma Economia Simples (sem Governo e sem comércio internacional).

Y = C + I (i) (Poupança e Consumo)

Y = S + C (ii) (i e ii)

C + I = Y = S + C (iii) (Subtraindo o Consumo)

I = Y - C = S (iv)

1.4.3 Introduzindo O Governo e o Comércio Internacional GOVERNO = G IMPOSTOS = TA TRANSFERÊNCIAS AO SETOR PRIVADO (INCLUÍDO JUROS)= TR EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS (EXPORTAÇÕES MENOS IMPORTAÇÕES)=NX

Y ≡ C + I + G + NX (i)

Componentes adicionais da demanda.

YD ≡ Y + TR – TA (ii)

Renda disponível do setor privado.

YD ≡ C + S (iii)

Renda disponível é usada em consumo e poupança.

C + S ≡ YD ≡ Y + TR – TA

ii e iii (a)

C ≡ YD - S ≡ Y + TR – TA - S

(b)

S – I ≡ (G + TR – TA) + NX

Substituindo o lado direito de (b) em (i)

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1.4.4 Poupança, Investimento, Orçamento do Governo e Comércio Internacional Em (b), G + TR – TA = É o déficit orçamentário do governo (é o excesso de gastos do governo acima das suas receitas). Composição Das Contas Nacionais De Um País

NX I

TA-TR

TA-TR

G S

C

Y

YD

C

1.4.5 Renda e Gastos • que é a demanda? • Que acontece quando existe um aumento da demanda? - As empresas produziram mais - As empresas irão aumentar mais os preços - As empresas irão vender o que possuem em estoque Na macroeconomia a pergunta seria: - O que acontece se houvesse um aumento na DA, no volume total de bens de bens e serviços

demandados na economia?

1.4.6 A Função Consumo e a Demanda Agregada A Função Consumo: A demanda por consumo aumenta com o nível de Renda C = bY 0<c<1 Sendo que c é a propensão marginal a consumir. Propensão Marginal a Consumir: É o aumento no consumo por unidade de aumento na renda. - A PMgC determina a inclinação da curva de DA Consumo e Poupança: S ≡ Y – C S ≡ Y – C ≡ Y – bY ≡ (1-b) Y Propensão Marginal a Poupar: s ≡ 1 – b Investimento Planejado e Demanda Agregada: Os gastos planejados em Investimento estão em um nível constante I DA ≡ C + I

Demanda Agregada: A D.A. é o volume total de bens demandados na economia. Produto de Equilíbrio: O produto está no seu nível de equilíbrio quando a quantidade de produto produzido é igual à quantidade demandada.

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≡ bY + I ≡ A + bY - Parte da DA A = I, é independente do nível de renda, ou é autônoma. - A Curva da DA é obtida a partir da soma do nível de gasto autônomo em investimento ao consumo a

cada nível de renda.

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2. MACROECONOMIA DE ECONOMIAS FECHADAS 2.1 O MERCADO DE BENS E A CURVA IS 2.1.1 A Determinação da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços (Curva IS)

2.1.2 O Deslocamento da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços

Y1 Y2 Y0

i1 e1

Y2 Y1

DA

Y

e1

e2

DA = A + by – si1

DA = A´+ by – si1

O deslocamento da curva de equilíbrio do mercado de bens e serviços (IS) se dá perante a variação dos Gastos Autônomos (A) a qual afetará à Demanda Agregada. No exemplo, houve um aumento dos gastos autônomos (A) a qual deslocou a curva de Demanda Agregada para cima, aumentando o nível de renda de equilíbrio Y1 para Y2, porém, sob a mesma taxa de juros i1. Esta variação provocará um deslocamento da curva IS para cima e direita com um nível Y2 de renda de equilíbrio.

0

H1 = A aumenta

i

e2

IS1 IS2

45º

A – si1

A’ – si1

Y1 Y2 Y0

i2

i1

e2

e1

Y2 Y1

DA

Y

e1

e2

DA = A + by – si1

DA = A + by – si2

A determinação da curva de equilíbrio do mercado de bens e serviços (IS) parte da variação da demanda agregada. No exemplo, houve uma diminuição da taxa de juros de equilíbrio de i1 para i2, o que propiciou um deslocamento da curva da demanda agregada e um aumento do nível de renda de equilíbrio. Estas alterações (nos juros e renda) determinaram a curva de equilíbrio do mercado de bens e serviços.

0

H1 = i diminui

i

IS1

45º

A – si1

A – si2

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2.1.3 Pontos Fora da Curva de Equilíbrio do Mercado de Bens e Serviços (Curva IS)

2.2 OS MERCADOS DE ATIVOS E A CURVA LM 2.2.1 A Determinação da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM

Y1 Y2 Y0

i2

i1

e2

e1

Y2 Y1

DA

Y

e1

e2

DA = A + by – si1

DA = A + by – si2

Pontos abaixo da curva de equilíbrio do mercado de bens e serviços (IS), são pontos de excesso de demanda por bens e serviços (EDB). Pontos acima da curva de equilíbrio do mercado de bens e serviços (IS), são pontos de excesso de oferta por bens e serviços (EOB).

0

i

IS1

45º

e3

e4

e3

e4

EDB

EDB

EOB

EOB

H1 = i diminui

A – si1

A – si2

Y1 Y2 Y0

i1

i2

e1

e2

H1 = Y Aumenta

i LM

M/P

i

L

e1

e2

0

L2

L1

i2

i1

A curva de equilíbrio do mercado de ativos (monetário) é determinada pelo equilíbrio do mercado monetário (oferta e demanda por moeda) dadas as combinações de taxas de juros e renda de equilíbrios.

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2.2.2 O Deslocamento da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM

2.2.3 Pontos Fora da Curva de Equilíbrio do Mercado de Ativos (Monetário) – Curva LM

Y1 Y0

i2

i1

e1

e2

H1 = OM Aumenta

i LM2

M/P

i

L

e2

e1

0

L1

i1

i2

A curva de equilíbrio do mercado de ativos (monetário) se desloca quando existe uma variação da oferta monetária (políticas monetárias expansionistas ou restritivas).

LM1

M´/P

Y1 Y2 Y0

i1

i2

e1

e2

H1 = Y Aumenta

i LM

M/P

i

L

e1

e2

0

L2

L1

i2

i1

Pontos acima da curva de equilíbrio do mercado de ativos (monetário) são pontos de excesso de oferta de moeda (EOM). Pontos abaixo da curva de equilíbrio do mercado de ativos (monetário) são pontos de excesso de demanda de moeda (EDM).

e3

e4

e3

e4

EDMEDM

EOM EOM

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2.3 O EQUILÍBRIO IS-LM

O EQUILÍBRIO IS-LM

Y1 Y2 Y0

i2

i1

e2

e1

Y2Y1

DA

Y

e1

e2

DA = A + by – si1

DA = A + by – si2

0

i

IS1

45º

e3

e4

e3

e4

EDB

EDB

EOB

EOB

M/P

i

L

e1

e2

0

L2

L1

i2

i1

e3

e4

EDM

EOM

EOM

EDM

A – si1

A – si2

IS

LM

0

e

i*

Y*

i

Y

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2.4 POLÍTICAS FISCAL, MONETÁRIA E EFEITO DESLOCAMENTO E A COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS

O deslocamento das curvas IS e LM dependem do tipo de política macroeconômica a ser instaurada. Cabe a cada governo a combinação destas políticas de acordo com os objetivos propostos.

Estudo De Caso 1: A Unificação da Alemanha e a Combinação das Políticas Macroeconômicas no País

Em 1990, as Alemanhas Ocidental e Oriental tornaram-se de novo um único país. Embora ambas as

partes apresentassem um nível quase comparável de desenvolvimento econômico antes da Segunda Guerra Mundial, não era esse mais o caso por volta de 1990. A Alemanha Ocidental era muito mais rica e produtiva do que a Alemanha Oriental. As conseqüências econômicas da reunificação foram muitas.

As empresas dos Länder orientais (ex-República Democrática da Alemanha) simplesmente não era mais competitiva. Muitas tinham de ser fechadas, no todo ou em parte, enquanto que outras precisavam de equipamentos novos e mais modernos. Logo tornou-se óbvio que a transição exigiria um grande aumento nos gastos do governo com nova infra-estrutura, com a limpeza dos danos ao ambiente, com benefícios-desemprego para os trabalhadores que perdiam seus empregos e com subsídios para manter as empresas até que elas concluíssem o processo de reestruturação.

Os dados da mostram que, mesmo antes da reunificação, a Alemanha experimentava uma forte expansão. O crescimento do PIB em 1988 e 1989 foi de quase 4%. O investimento crescia muito. E como a receita tributária depende da atividade econômica, o forte crescimento do PIB foi a fonte das altas receitas governamentais em 1989, o que levou ao superávit fiscal de 0,2% do PIB daquele ano. Os efeitos da reunificação aumentariam o demanda agregada ainda mais provocando a preocupação do Bundesbank (Baco central Alemão). Preocupado com que o crescimento estivesse muito elevado e que isso resultasse em inflação o banco central concluiu que o crescimento deveria ser desacelerado inserindo uma política de aumento de juros.

Encima desse estudo de caso, no modelo IS-LM, pede-se: 1) Representar graficamente as políticas macroeconômicas instauradas na unificação alemã. 2) Explicar passo a passo os impactos de cada política. 3) Apresentar uma política alternativa à adotada, que melhor possa atingir resultadosmacroeconômicos. Fonte: Blanchard 2001.

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Estudo de Caso 2: Clinton E Greenspan: A Mistura De Políticas Macroeconômicas Na Economia Americana (1991-1998)

Quando Bill Clinton foi eleito presidente, em fins de 1992, enfrentou um sério problema econômico. O déficit do orçamento federal (G-T) era 4,5% do PIB e havia um consenso de que algo deveria ser feito ao respeito. Na mesma época, a economia dos Estados Unidos estava acabando de sair da recessão de 1990-1991; embora agora saibamos que o crescimento do produto foi positivo em 1992, muitos economistas, naquele momento, pensavam que a recessão não terminaria. O problema com que Clinton se deparava era claro: por mais desejável que fosse uma redução do déficit, implementá-la poderia levar a uma queda na demanda e, quem sabe, levar os Estados Unidos de volta à recessão.

Contudo, cinco anos mais tarde, em 1998, o déficit federal desaparecera, substituído por um superávit de 0,8% do PIB e a economia dos EUA estava no sétimo ano de expansão sustentado (ver tabela em anexo). Como é que Clinton conseguiu isso? Ele fez com a ajuda de Alan Greenspan e com um pouco de sorte.

Mesmo antes da eleição, Alan Greenspan deixara claro que estava preocupado com a magnitude do déficit fiscal. Quando Clinton foi eleito, Greenspan indicou que estava disposto a ajudar. Embora não dizendo explicitamente, deu indicações de que se Clinton embarcasse numa rota de redução do déficit, o Banco Central Americano (Fed) estaria disposto a compensar os efeitos adversos de uma contração fiscal sobre a atividade econômica por meio de uma política monetária mais expansionista. O Fed concordou (implicitamente, nada foi assinado ou posto no papel) que, se houvesse uma redução do déficit (provocando um deslocamento da curva IS), o Fed deslocaria a curva LM. Assim este concordou em compensar os efeitos adversos da contração fiscal sobre a atividade.

Com base neste entendimento implícito, em fevereiro de 1993, Clinton enviou ao Congresso um plano para a redução do déficit. O plano pretendia reduzir gradualmente o déficit para 2,5% em 1998. A redução estava dividida igualmente, em termos aproximados, entre aumentos de impostos (T) e reduções da despesa (G). A grandeza limitada da redução do déficit devia-se à preocupação com o fato de que a redução do déficit viesse a provocar uma recessão. Como o pacote de redução do déficit foi implementado, o Fed cumpriu sua promessa implícita: as taxas de juros (i), que já tinham sido reduzidas em 1991 e 1992, foram ainda mais diminuídas em 1993 e 1994. Em 1994 a taxa de juros tinha caído, de 7,3% em 1991, para 3,3%. O resultado desta combinação de políticas (contração fiscal e expansão monetária) foi uma firme expansão do produto na vigência de redução do déficit.

A expansão do produto registrada no período de 1992 a 1998 foi apenas a conseqüência de uma combinação inteligente de políticas? Não, também foi favorecida pela sorte. Especialmente, a partir de 1995, vários fatores, de uma confiança incomumente firme por parte de consumidores e empresas a um mercado de ações forte, provocaram deslocamentos favoráveis da curva IS e, por sua vez, a um crescimento continuado do produto. Isso teve duas implicações: 1. O Fed não precisou reduzir novamente a taxa de juros, os deslocamentos para a direita da curva 15 foram

suficientes para sustentar a atividade econômica. 2. O efeito mecânico desta forte expansão foi uma redução ainda maior do déficit: quando uma economia

cresce, a receita tributária (que depende diretamente do produto) tende a aumentar, enquanto as despesas praticamente não são afetadas. Assim o efeito mecânico do crescimento sustentado foi uma redução maior do déficit do que aquela prevista, mesmo pela administração Clinton. VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SELECIONADAS – EUA – 1991-1998

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Déficit orçamentário (% do PIB) -3,3 -4,5 -3,8 -2,7 -2,4 -1,4 -0,3 0,8 % de Crescimento do PIB -0,9 2,7 2,3 3,4 2,0 2,7 3,9 3,7 Taxa de Juros (%) 7,3 5,5 3,7 3,3 5,0 5,6 5,2 4,8

Tendo em vista este caso: i. Represente graficamente no equilíbrio IS-LM as políticas adotadas pelo Governo Clinton e

pelo presidente do FED americano Alan Greenspan. ii. Explique passo a passo cada deslocamento das curvas em questão, identificando as

etapas de cada uma delas. Fonte: Blanchard 2001.

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3. MACROECONOMIA DE ECONOMIAS ABERTAS 3.1 ELEMENTOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Nesta parte da Macroeconomia apresentam-se as relações principais entre as economias abertas. Uma economia está ligada ao resto do mundo través de dois canais externos: o comércio (de bens e serviços) e o financiamento. Portanto o modelo IS – LM básico da determinação da renda deve ser emendado para incluir os efeitos internacionais. 3.1.1 O Balanço de pagamentos e as taxas de câmbio O BP é o registro das transações dos residentes de um país com o resto do mundo, existem 2 contas principais no BP a conta corrente e a conta de capital. A BP poderia ser representada da seguinte maneira: Balança Comercial = Debito Crédito Importações Exportações Balança de Serviços = Debito Crédito

Fretes pagos a navios estrangeiros Fretes recebidos por navios brasileiros

Prêmios de seguros de companhias Prêmios de seguro de estrangeiras companhias brasileiras

Juros de empréstimos estrangeiros

Lucros remetidos ao exterior Lucros recebidos do exterior

A balança comercial e a balança de serviços, consideradas conjuntamente, formam o chamado saldo de transações correntes. Balança de Capitais = São registrados o capital das firmas estrangeiras que ingressam no país, o capital estrangeiro que ingressa sob a forma de empréstimos, os empréstimos de outros governos ao Brasil, os empréstimos do FMI, etc. 3.1.2 Taxas de Câmbio Ë o meio pelo qual os bancos centrais, através de suas transações oficiais, financiam ou fornecem meios de pagamento para os superávits ou déficits de balanços de pagamentos. a) Taxa de Câmbio Fixa: Em um sistema de taxas de câmbio fixas, os bancos centrais estrangeiros ficam

a postos para comprar e vender suas moedas a um preço fixo em termos de dólares. Reservas: Os Bancos centrais detêm reservas – estoques de dólares e ouro que podem ser vendidos em dólares – que eles vendem no mercado quando há um excesso de demanda por dólares. Por outro lado quando há um excesso de oferta de dólares, eles compram. Esta atividade chama-se intervenção monetária.

b) Taxas de Câmbio Flexível: Neste sistema os bancos centrais permitem que a taxa de câmbio se ajuste para equacionar a oferta e demanda por moeda estrangeira. Flutuação com o sem intervenção:

- Em um sistema de flutuação limpa, os BACEN ficam totalmente de fora e permitem que as taxas de câmbio sejam determinadas livremente nos mercados de câmbio estrangeiro.

- Sob flutuação controlada, os bancos centrais intervêm para comprar e vender moedas estrangeiras na tentativa de influencias as taxas de câmbio.

Taxa de Câmbio Real: Mede a competitividade de um país no comércio internacional. Ela é dada pela razão dos preços dos bens estrangeiros, medidos em dólares, em relação aos preços dos bens domésticos:

R = ePf/ P

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3.2 COMÉRCIO DE BENS, EQUILÍBRIO DO MERCADO E BALANÇA COMERCIAL O comércio internacional se ajusta à curva IS. Em uma economia aberta, parte da produção doméstica é vendida a estrangeiros (exportações) e parte dos gastos domésticos recai em bens estrangeiros (importações). • A mudança mais importante é sobre o conceito de que os gastos domésticos não determinam a

produção doméstica. Ao contrário os gastos em bens domésticos determinam a produção doméstica. • Os gastos dos residentes domésticos em parte recaem em bens domésticos mas também em parte em

Importações. Gastos em bens domésticos = (C + I + G) + NX NX = Superávit comercial de bens e serviços ou exportações líquidas.

• Desta maneira a renda é determinada por: A = A(Y,i) Sendo: A = Gastos domésticos Y = Renda i = Taxa de Juros.

• Além disso, supomos agora que as exportações líquidas dependem: - Da nossa renda, que afeta os gastos com importação, - Depende da renda estrangeira Yf, que afeta a demanda externa pelas nossas exportações - E, depende da taxa de câmbio real R.

NX = X(Yf,R) – Q(Y,R) = NX (Y, Yf, R)

Podemos estabelecer 3 importantes resultados:

1) Um aumento na renda externa, permanecendo inalterados outros fatores, melhora a balança comercial do país analisado e aumenta a demanda agregada,

2) Uma depreciação real promovida pelo país melhora a balança comercial e aumenta a demanda agregada,

3) Um aumento na renda doméstica aumenta os gastos com importações piora a Balança comercial.

3.3 MOBILIDADE DE CAPITAL O capital é perfeitamente móvel internacionalmente quando os investidores podem comprar ativos em qualquer país que escolherem, rapidamente, com custos de transação baixos e em volumes ilimitados. 3.3.1 O Balanço de Pagamentos e os Fluxos de Capital - Do ponto de vista do BP um declínio relativo nas taxas de juros – um declínio das nossas taxas de

juros em relação às taxas de juros estrangeiras – piorará o BP por causa da saída de capital resultante dos empréstimos ao exterior efetuados pelos residentes.

- O reconhecimento de que as taxas de juros afetam os fluxos de capital e o BP tem importantes implicações para a política de estabilização:

NX(Y, R, Yf)

NX

Y 0

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• Primeiro, devido às políticas monetária e fiscal afetarem as taxas de juros, as políticas têm que Ter um efeito sobre o capital e sobre o balanço de pagamentos

• A Segunda implicação é que o caminho no qual as políticas monetária e fiscal trabalham para afetar a economia doméstica e o balanço de pagamentos varia quando há fluxos de capital internacional.

Portanto:

BP = NX (Y, Yf, R) + CF (i – if) O superávit do BP, é igual ao superávit comercial, NX, mais o superávit da conta capital, CF. Na equação:

• Uma elevação na renda piora a balança comercial e um aumento na taxa de juros acima do nível mundial promove entradas de capital e melhora a conta de capital. Ou seja mesmo que a renda aumente, o menor incremento nas taxas de juros é suficiente para manter o equilíbrio completo do BP: o déficit comercial será financiado pela entrada de capital.

3.3.2 Equilíbrio Interno e Externo O pleno emprego é obtido no nível de produção Y* . A curva do equilíbrio interno é uma linha vertical. Ao longo de BP = 0 o BP está equilibrado. Os pontos acima da curva BP correspondem a superávits (Vice-versa). Com perfeita mobilidade de capital, o BP pode estar equilibrado somente quando taxas de juros domésticas forem iguais às taxas de juros do resto do mundo.

O equilíbrio interno e externo de um país se dará no ponto de encontro das curvas do Balanço de Pagamentos (BP), Curva de Equilíbrio de Bens e Serviços (IS) e Curva de Equilíbrio do Mercado Monetário (LM). No seguinte gráfico o equilíbrio interno e externo se dá nesse ponto, tendo como referencia a perfeita mobilidade do capital.

E4 Superávit do

BP desemprego

E2 Déficit do BP

Superemprego

E1 Déficit do BP desemprego

E3 Superávit do

BP superemprego

Taxa de juros

if

Y*

BP = 0

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3.4 O MODELO IS-LM COM SETOR EXTERNO COM PERFEITA MOBILIDADE DO CAPITAL (MODELO

MUNDEL-FLEMING) O modelo Mundell-Fleming analisa a estrutura de uma economia aberta e suas reações perante o tipo de câmbio adotado e as políticas macroeconômicas realizadas. Nesse mesmo sentido, este modelo também observa as implicações de variações econômicas mundiais na economia doméstica. 3.4.1 Política Fiscal e Política Monetária com Taxas De Câmbio Fixas

O gráfico acima mostra uma política fiscal expansionista sob taxas de câmbio fixas. Nesse caso, com uma política fiscal expansionista (aumento dos Gastos do Governo (G), aumento das transferências do Governo (TR) ou diminuição da carga tributária (TA)) a curva IS se desloca para direita aumentando a taxa de juros interna (i) em relação à taxa de juros externa (if). Este aumento provocará uma entrada de capitais internacionais de curto prazo os quais provocarão um aumento pela procura da moeda local valorizando-a. Como a taxa de câmbio praticada é a fixa, o Banco Central do país intervirá comprando moeda estrangeira (política monetária expansionista) deslocando a curva LM até o ponto inicial da taxa de juros (i*). Os resultados desta combinação de políticas podem ser notados no aumento significativo da renda passando de Y1, para Y2 e Y3.

IS

LM

0

e

i*=iF

Y*

i

Y

BP = 0

IS1

LM1

0

e1

i*= if

Y1

i

Y

BP = 0

IS2

e2

Y2

i2

LM2

e3

Y3

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Nesse caso, observa-se que sob taxas de câmbio fixas, a política fiscal é muito efetiva para ativar a renda da economia. A estrutura gráfica para mostrar o aumento de renda externa pode ser a mesma mostrada no gráfico anterior. Ainda sob taxas de câmbio fixas, uma política monetária expansionista (aumento da oferta monetária) pode ser representada no seguinte gráfico:

Observa-se que em uma política monetária expansionista (deslocamento da curva LM para à direita) ocorrerá uma diminuição da taxa de juros interna a qual provocará uma saída de capitais que procurarão moeda estrangeira, desvalorizando assim a taxa de câmbio. Nesse caso, o Banco Central será obrigado a intervir na economia ofertando moeda estrangeira, provocando assim, uma retração da curva LM até o ponto inicial (política monetária restritiva), mantendo, dessa maneira, a taxa de câmbio fixa. 3.4.2 Política Fiscal e Política Monetária com Taxas de Câmbio Flexíveis A política de taxas de câmbio flexíveis ou flutuantes, se caracteriza pela utilização do mercado de câmbio para determinar a taxa. São a demanda e oferta por moeda nacional que determinarão o câmbio. Teoricamente o Banco Central do país não deverá intervir nessa política adotada. Na realidade, é muito difícil a não intervenção do Bacen, isto por que são muitas variáveis econômicas que dependem da taxa de câmbio, como a dívida externa e contratos dentro da economia. A intervenção do Bacen sob taxas de cambio flexíveis é conhecida como “intervenção suja”. No gráfico seguinte pode-se observar a adoção de uma política fiscal expansionista sob taxas de câmbio flexíveis. Neste caso, por exemplo, um aumento dos Gastos do Governo (G) desloca a curva IS para à direita provocando um aumento da renda interna e da taxa de juros nacional. O aumento da taxa de juros interna provocará uma entrada de capitais internacionais ocasionando uma valorização da taxa de câmbio. Esta ação desencadeará um aumento de demanda por produtos importados deixando a balança comercial deficitária. Os impactos disso se reverterão na diminuição da produção interna e, portanto, uma volta da curva IS para esquerda, equalizando as taxas de juros e de cambio da economia. Este tipo de política sob taxas de câmbio flexíveis mostra-se inócua para ativar a renda. Os efeitos sobre a produção e renda serão nulos.

IS1

LM1

0

e1

i*= if

Y1

i

Y

BP = 0

e2

Y2

i2

LM2

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No caso de uma política monetária sob taxas de câmbio flexíveis, os impactos sobre a renda e produção são positivos. No caso do Banco central do país decidir emitir moeda (política monetária expansionista) a curva LM deslocara-se para à direita, provocando uma queda na taxa de juros nacional a que desencadeará uma fuga de capitais de curto prazo do país. Esta ação provocará uma procura iminente de moeda estrangeira desvalorizando assim a taxa de câmbio. Do ponto de vista produtivo haverá um incremento da renda dado o aumento das exportações. Este incremento deslocará a curva IS para direita mostrando que a renda aumenta consideravelmente. Ao mesmo tempo, as taxas de câmbio e de juros se equalizarão no patamar inicial.

Este tipo de política, sob taxas de câmbio flexível, é muito efetiva para gerar renda e emprego no país. Um ponto importante para analisar, dentro do modelo Mundell-Fleming, é que nem sempre as variáveis econômicas agem de maneira previsível. Isto por que existem outros aspectos importantes que afetam a economia como: expectativas dos empresários e especuladores, possibilidade de ataques especulativos, crises política e econômicas mundiais, mudanças nas políticas econômicas das economias dominantes etc.

IS1

LM1

0

e1

i*= if

Y1

i

Y

BP = 0

IS2

e2

Y2

i2

IS1

LM1

0

e1

i*= if

Y1

i

Y

BP = 0

e2

Y2

i2

LM2

IS2

e3

Y3

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Outro ponto importante que o modelo onera é a rigidez dos preços. No modelo os preços não reagem a mudanças nas políticas macroeconômicas. Apesar dessas limitações, o modelo serve para prever impactos macroeconômicos em diferentes cenários produtivos. Estudo de Caso 3: Os Impactos dos Atentados de 11 de setembro na Economia Americana: Depois dos atentados em 11 de setembro de 2001, o governo americano adotou uma série de medidas macroeconômicas com a tentativa de ativar a economia que, antes dos atentados, já dava sinais recessivos. Estas medidas foram por ordem de acontecimentos: 3.4.2.1.1.1.1.1.1 Aumento dos Gastos do Governo em: infra-estrutura, segurança e defesa; 3.4.2.1.1.1.1.1.2 Aumento dos subsídios em investimentos; 3.4.2.1.1.1.1.1.3 Diminuição da carga tributária; 3.4.2.1.1.1.1.1.4 ii. Incentivo ao investimento e consumo interno. Tendo em vista que a taxa de câmbio americana é flexível e seguindo o modelo Mundell-Fleming com perfeita mobilidade do capital, pede-se: 1. Representar graficamente o cenário traçado, 2. Explique os impactos destas políticas na economia americana e, principalmente, nas Balanças de

Pagamentos e Comercial.

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4 A MACROECONOMIA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 4.1 A IMPORTÂNCIA DA MACROECONOMIA PARA A ANÁLISE DO CENÁRIO EXTERNO Um dos pontos fundamentais para a elaboração do Planejamento Estratégico é o diagnóstico. Nesse contexto, De Oliveira (2002) apresenta as seguintes premissas para a elaboração do diagnóstico: • Deve-se considerar o ambiente e suas variáveis relevantes no qual está inserida a empresa, • Esse ambiente proporcionará à empresa oportunidades que deverão ser usufruídas e ameaças que

deverão ser evitadas; • Para enfrentar essa situação ambiental, a empresa deverá ter pleno conhecimento dos seus pontos

fortes e fracos; e • Esse processo de análise interna e externa deverá ser integrado, contínuo e sistêmico. Para elaborar um diagnóstico eficiente é necessário entender os diversos ambientes da firma e os componentes que a afetam direta ou indiretamente.

Na figura acima se observam os três tipos de ambiente que cercam à firma:

i) O ambiente geral, formado pelos componentes econômico, tecnológico, legal, político e social,

ii) O ambiente operacional constituído pelos fornecedores, a mão-de-obra, concorrência, clientes e

substitutos,

iii) O ambiente interno composto pela organização, o marketing, o setor de finanças, recursos humanos

e o produtivo.

Análise de ambiente

Ambiente Geral

Componente

Econômico

Componente

Social

Componente Político

Componente Tecnológico

Componente Legal

Ambiente

OrganizaçãoMarketing Finanças

RH Produção

Ambiente Operacional

Fornecedores

Mão-de-obra Clientes

Concorrência

Substitutos

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Nesse contexto, dentro do componente econômico podemos ver a importância da análise e mensuração

dos condicionantes macroeconômicos.

Os condicionantes macroeconômicos são decisivos para o crescimento da firma. Nesse contexto são quatro

os condicionantes que influenciam a expansão da firma:

O primeiro fator está ligado às fases do ciclo econômico (nacional e internacional), tanto as fases de

expansão ou depressão determinam a taxa de expansão efetiva.

O segundo é a intervenção do Estado, por meio da política setorial, da regulamentação da atividade

econômica, das políticas de câmbio e tarifárias e as políticas monetárias.

O terceiro fator é o grau de desenvolvimento financeiro e de capitais para o aporte de recursos de terceiros

e o investimento produtivo, seja por meio de bancos de investimento, seja pelo mercado de capitais.

O quarto e o último fator externo é o progresso tecnológico via políticas industriais. As políticas industriais

instauradas por um governo influenciarão a tomada de decisões da firma.

A partir destes eixos é possível analisar a importância do ambiente macroeconômico para o Planejamento

Estratégico das empresas.

BOX 1 : IMPACTO DAS VARIÁVEIS MACREOCONÔMICAS NA ECONOMIA CRÉDITO Após elevação da Selic, taxa média aumenta tanto para as pessoas físicas como para as jurídicas entre agosto e setembro Juro volta a subir para empresa e consumidor DA FOLHA ONLINE 15/10/2004 DA REDAÇÃO O consumidor já sentiu no bolso os efeitos da decisão do mês passado do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), que elevou a Selic para 16,25% ao ano. A taxa média de juros cobrada do consumidor, que era de 140,58% ao ano em agosto, passou para 142,20% em setembro.Com esse movimento, a taxa média interrompeu a trajetória de queda verificada nos meses de julho e agosto. Ela reflete a decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros (usada como referência na economia) em 0,25 ponto percentual.

Os dados foram divulgados ontem pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças). Segundo a entidade, o avanço pode ser explicado pelo aumento da taxa média mensal de juros cobrada no cheque especial e no empréstimo pessoal concedido por financeiras.

A taxa média do cheque especial passou de 7,76% ao mês em agosto para 8,28% ao mês em setembro. Foi a maior taxa cobrada para essa modalidade de crédito desde junho. Anualizada, a taxa passou de 145,18% para 159,76%.

Também subiu a taxa média dos empréstimos de financeiras, que passou de 12,07% ao mês em agosto para 12,15% ao mês setembro. Foi a maior taxa já cobrada desde julho de 2004. Em bases anuais, essa modalidade de crédito passou de 292,53% para 295,91%.

Já os juros médios cobrados no comércio, no cartão de crédito, no CDC (Credito Direto ao Consumidor) bancário e nos empréstimos concedidos por bancos caíram em relação a agosto.Apesar do recuo, os juros cobrados seguem em patamares altos. A taxa média em operações com cartão de crédito recuou de 218,32% ao ano para 213,84%.

A taxa média de juros cobrada de pessoas jurídicas (empresas) também avançou, de agosto para setembro, passando de 66,88% ao ano para 67,27%. Embora operações de capital de giro, desconto de duplicatas e desconto de cheque tenham ficado menos onerosa, houve um salto nos juros cobrados nas atividades chamadas de conta garantida -uma espécie de cheque especial para empresas. Os juros dessas operações passaram de 90,34% ao ano para 94,05%.

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4.1.1 Fator dos Ciclos Econômicos. No contexto de internacionalização do capital, este fator é fundamental. Ajuda a perceber as possibilidades de expansão ou retração dos mercados. Os ciclos econômicos são previsíveis e estão ligadas às variáveis: - Produto Interno Bruto, - Renda Nacional Disponível, - Nível de investimentos e, - Nível de poupança. Vale lembrar que a análise dessas variáveis deverá ser dada em nível nacional e internacional. 4.1.2 Fator de Políticas Macroeconômicas. Este fator está ligado diretamente ao tipo de política macroeconômica (fiscal, monetária, cambial e de renda). Políticas expansionistas, favorecerão o aquecimento econômico e, portanto, o aumento da produção. Políticas restritivas afetarão diretamente o nível de preços porém, diminuirão o setor produtivo. Políticas externas, principalmente de centros dominantes (Estados Unidos, Japão, Inglaterra etc) serão significativamente influenciadoras no diagnóstico do planejamento estratégico da firma, especialmente, quando exista forte participação no processo de internacionalização dos capitais. Políticas adotadas de diminuição ou aumento de investimentos de uma Empresa Multinacional (EM), por exemplo, dependerão de decisões globais da matriz e das políticas macroeconômicas locais. 4.1.3 Fator Financeiro e de Capitais. É outro elemento viabilizador de ações estratégicas. O nível e o fluxo de recursos financeiros em um país serão importantes para alavancar investimentos. A facilidade no acesso ao mercado de capitais dos países também será crucial para a firma. Economias com grandes barreiras para a mobilidade do capital desencorajarão a alocação de Investimentos Diretos (ID). Este fator está ligado diretamente ao fator de políticas macroeconômicas, dado que o Governo regulamentará e viabilizará o setor financeiro de um país. Por outro lado, as taxas de risco dos países, também influenciarão os fundamentos econômicos e, portanto, o Planejamento Estratégico da Empresa. BOX 2: Entenda o que é o Risco Brasil e os principais impactos nos preços dos títulos da dívida externa. Fonte: Banco Itaú - http://ww14.itau.com.br/personnaliteinvestnet/fundos/home.asp

O que é Risco Brasil? O Risco Brasil é uma tentativa de quantificar o risco de se investir no país. Este risco é expresso em pontos ou em taxa ao ano, dado pela diferença entre o que se recebe para investir no Brasil (através de seus diversos títulos) em relação aos títulos do tesouro dos EUA, considerados os ativos mais seguros do mundo. Tome como exemplo o investidor internacional comprando um título da dívida externa do Brasil no mercado internacional. Desta forma, quanto maior for esta medida, maior o risco percebido e maior são os retornos requeridos para se aplicar em ativos do país (e vice-versa). O risco é determinado levando-se em consideração diversos indicadores financeiros e políticos do país, tais como déficit fiscal, crescimento da economia, solidez das instituições, etc. Qual a influência do Risco Brasil nos títulos da dívida externa? Na verdade, são os títulos da dívida externa, com seus preços e juros, que expressam de forma direta o nível do Risco Brasil. Dessa forma, quanto menor o preço dos títulos da dívida, maior o Risco Brasil, e vice-versa. Exemplo: O C-Bond é o título da dívida externa brasileira mais negociado no exterior, de maior liquidez. Ele paga juros em US$. Quando os investidores acreditam que as perspectivas da economia brasileira são boas, pagamos juros menores. Quando são ruins, pagamos juros maiores. Por isso, os juros pagos pelo C-Bond são uma boa medida de risco país. Mas, como avaliar se os juros são altos ou baixos? O mercado compara a taxa paga pelo C-Bond com a taxa que remunera os títulos da dívida pública dos Estados Unidos, ou Treasuries, consideradas livre de risco.

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Dessa forma, o Spread Over Treasury do C-Bond é a diferença entre os juros pagos por ele e os juros pagos pela Treasury de mesmo prazo. Quanto maior a diferença (ou spread) maior o risco Brasil. Esse spread é medido em pontos básicos. 100 pontos básicos = 1%

4.1.4 Fator de Políticas Industriais. As políticas industriais pautarão o grau de ação das firmas. Elas influenciarão nos custos de produção e de alocação de recursos. Políticas industriais destinadas à formação de uma base tecnológica local serão importantes para influenciar o nível de competitividade. 4.2 SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS Para a formação de um diagnóstico eficaz no Planejamento Estratégico, a simulação de cenários macroeconômicos será fundamental. Esta simulação será vital para o mapeamento do ambiente geral. A elaboração da simulação será baseada em séries históricas de variáveis macroeconômicas. As previsões deverão ser realizadas em três níveis: Conservador, Moderado e, Agressivo. BOX 3: PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS DO BANCO REAL

FONTE: DEPARTAMENTO ECONÔMICO DO BANCO REAL AGOSTO DE 2004. Além da análise de variáveis tangíveis (inflação, PIB, taxa de juros, taxa de câmbio, superávit fiscal etc) a mensuração de variáveis intangíveis (expectativas, credibilidade, entorno político, riscos) é necessária. Isto requer uma grande recopilação de informações políticas que afetam indiretamente as variáveis tangíveis.

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Estudo de Caso 4: A Alca da Gerdau Revista Veja Edição 1872 . 22 de setembro de 2004 Empresas A Alca do Gerdau Grupo siderúrgico amplia aquisições nas Américas, dribla protecionismo e torna-se a mais internacional das empresas privadas brasileiras Carlos Rydlewski e Carina Nucci Bia Parreiras

Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo Gerdau: "Vamos continuar a expansão" A julgar pela presença externa tradicionalmente insignificante do setor privado brasileiro, o grupo siderúrgico Gerdau conseguiu um feito histórico: entrou para o seleto time das multinacionais que têm capacidade de produção no exterior maior que no próprio país de origem. No começo de setembro, o grupo assinou o contrato que prevê a compra de mais quatro usinas produtoras de aço nos Estados Unidos. Quando o negócio entre o Gerdau e a North Star Steel, da Cargill, for aprovado pelas autoridades antitruste americanas, o que está previsto para acontecer até o fim do ano, as usinas do grupo nos EUA, Canadá, Chile e Uruguai terão condições de produzir 8,9 milhões de toneladas de aço por ano, 17% mais que as localizadas no Brasil. O plano é aumentar ainda mais a presença do grupo no exterior. Por isso, o Gerdau negocia a entrada em um novo país sul-americano e a aquisição de uma usina na Argentina, onde tem o controle de uma laminadora. Já que a prioridade continua sendo o fortalecimento da presença no mercado da América do Norte, novos negócios nos EUA nos próximos meses não estão descartados. No México, há duas alternativas. Uma é construir ou comprar uma usina e a outra é investir pesadamente numa estrutura comercial. Para ampliar a capacidade de produção no Brasil em mais de 2,2 milhões de toneladas de aço, os planos de investimento entre 2004 e 2006 são da ordem de 1 bilhão de dólares. "Decidimos nos adiantar à implantação oficial da Área de Livre Comércio das Américas (Alca)", diz Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo. A velocidade com que o Gerdau se expandiu contrasta com a lentidão das negociações para a criação da Alca, que se arrastam desde 1994 e têm sido obstruídas pela união entre forças protecionistas americanas e a resistência ideológica de setores oficiais que norteiam a política externa brasileira. Nos últimos anos, o Gerdau foi um dos produtores de aço que mais cresceram em todo o mundo. No ranking global, já é o 16º maior. Há apenas dez anos, ocupava a 61ª posição. No Brasil, está em 3º lugar, atrás do grupo Usiminas/Cosipa e da Arcelor, a maior do mundo, que controla a Acesita/CST/Belgo. A previsão mais aceita no mercado mundial é que em cerca de uma década haverá menos de dez megagrupos com capacidade de produção superior a 100 milhões de toneladas por ano. A estratégia do Gerdau é escapar desse fatalismo da consolidação. Para não ser engolido, pretende ser grande nos principais mercados das Américas. Hoje no continente americano já é o maior produtor de aços longos, usados na construção civil. O Gerdau é o grupo privado mais internacionalizado do Brasil, de acordo com um estudo da Unctad, órgão das Nações Unidas responsável pelo comércio e pelo desenvolvimento. E o fato de ter produção no exterior é o diferencial. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, com 109 dentre as maiores empresas de capital nacional, 73% mantêm algum tipo de atuação fora do país. A exportação direta é a forma mais comum. A instalação de fábricas é um recurso utilizado apenas por 11%. O Gerdau colocou o pé fora do Brasil pela primeira vez em 1980 com a compra de uma siderúrgica no

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Uruguai, mas o processo de internacionalização passou a ser uma prioridade anos mais tarde. O ímpeto partiu de Frederico, irmão mais moço de Jorge e responsável pela área financeira. Com a estagnação do mercado brasileiro nos anos 80, ficou claro que era preciso sair para crescer. Além disso, a participação de mercado no Brasil estava chegando perto do teto. Como vender no mercado interno estava difícil e exportar era uma opção limitada pelo protecionismo, a solução foi sair e comprar. A aquisição da North Star Steel revela uma estratégia alternativa e exemplar para driblar as restrições impostas pelo governo americano ao aço brasileiro. A empresa adquirida pelo Gerdau foi justamente uma das quatro que, em 2001, acusaram a indústria siderúrgica brasileira de prática desleal de comércio. Ao elevar sua capacidade de produção nos EUA, o grupo brasileiro contorna as tensões recorrentes do protecionismo americano. A experiência no exterior também tem outros ensinamentos. Entre eles, o de ilustrar bem as dificuldades de fazer negócio no Brasil. O custo de captação do Gerdau no país é cinco vezes maior que no Chile. A carga fiscal sobre os investimentos é dez vezes maior que no Canadá. A estrutura do grupo nos EUA é semelhante à da matriz, mas o número de pessoas destacadas para cuidar da burocracia fiscal é totalmente diferente. São 89 no Brasil contra três nos EUA. As vantagens de atuar em países com sistema capitalista mais adiantado ficam claras na análise dos investimentos. O Gerdau entrou na América do Norte e investiu cerca de 150 milhões de dólares em capitais próprios. Melhorou os resultados das usinas que passou a operar, teve acesso a crédito e hoje controla ativos superiores a 2 bilhões de dólares. No Chile, os números foram mais modestos, mas o princípio foi o mesmo. "O grau de endividamento do Gerdau é confortável e permite conseguir crédito com facilidade", avalia Marcelo Aguiar, especialista em recursos naturais da consultoria Merrill Lynch. Nos EUA e no Canadá, as relações com fornecedores e clientes não causaram estranheza. O maior choque cultural foi com os funcionários, que, em geral, resistem a vestir a camisa da empresa. Como contam com uma oferta maior de emprego, adotam uma postura mais independente e menos suscetível à emoção. Por isso, as técnicas de motivação que funcionam no Brasil não têm o mesmo efeito com americanos e canadenses. Por enquanto, a produtividade na América do Norte ainda é mais baixa que no Brasil. Preconceito contra empresários brasileiros, pelo menos, não existe. "Não faz a menor diferença se vamos ter patrão brasileiro, russo ou japonês", diz Mike Wodaszewski, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Siderúrgicos em Minnesota, onde fica uma das usinas compradas pelo Gerdau. No Brasil, Jorge Gerdau Johannpeter sempre esteve próximo do poder. Desde João Goulart conheceu todos os presidentes. Manteve relações amistosas com Emílio Garrastazu Médici, que foi seu chefe quando prestou o serviço militar, e com Fernando Henrique Cardoso, em quem também deixou boa impressão. "O Gerdau não é um capitão de indústria. É um homem de visão que compreende os desafios do mundo moderno", diz FHC. É na política que aparece uma das contradições do empresário. A mesma pessoa que está entre os maiores apoiadores do Instituto de Estudos Empresariais, de Porto Alegre, de forte orientação liberal, faz contribuições para campanhas de políticos como Roberto Requião, o governador do Paraná, que tentou descumprir o contrato com as concessionárias das estradas. "Não faço contribuições com a motivação de empreiteiro. Não quero retorno. Trabalho para que não me incomodem", defende-se o empresário. A trajetória de sucesso do grupo não o torna imune a contestações. Dois sindicatos da construção civil de São Paulo acusam o Gerdau, a Belgo Mineira e a Barra Mansa de formação de cartel e esperam o julgamento perante o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em 2000, a paixão do empresário pelo Grêmio o colocou numa outra confusão, mas de ordem pessoal: a Polícia Federal descobriu que ele havia sido envolvido num esquema de sonegação fiscal que incluía a negociação no exterior de passes de jogadores de seu clube de coração. Concluiu-se que o empresário era dono dos passes desses atletas e não tinha pago imposto sobre as transações. Autuado pela Receita Federal, pagou uma multa de 400 000 reais. Nas altas-rodas de Porto Alegre, onde fica a sede do grupo, um dos assuntos prediletos é a sucessão, que deve acontecer nos próximos dois anos. Na linha de frente estão André, filho de Jorge, e Cláudio, seu sobrinho. André é o segundo na hierarquia da operação americana. Cláudio, por sua vez, é um dos principais executivos no Brasil. Dentro do grupo, ninguém duvida que Jorge, Klaus, Germano e Frederico, os quatro irmãos que foram os principais responsáveis pelo crescimento das últimas duas décadas, vão fazer uma escolha objetiva. Com 103 anos de história e quatro gerações de empreendedores no currículo, uma raridade no Brasil, o Gerdau tem experiência em sucessão. "Nessa hora, o compromisso com o grupo pesa mais que as relações entre pais e filhos", diz Carlos Petry, um dos quatro vice-presidentes. No Rio Grande do Sul, o nome Jorge Gerdau Johannpeter é quase unanimidade. Diz a escritora e colunista de VEJA Lya Luft, amiga do empresário há quarenta anos e madrinha de Karina, a filha mais nova do empresário: "Se o Brasil pudesse contar com vinte homens como Jorge, o país certamente seria muito melhor".

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Tendo em vista este estudo de caso, desenvolva as seguintes perguntas: 1. Qual foi a leitura da Gerdau sobre o ambiente geral? 2. No que se refere às variáveis macroeconômicas, quais foram as que mais influenciaram no processo de internacionalização da Gerdau? Justifique. 3. Quais são as variáveis macroeconômicas que freiam a expansão da Gerdau? Justifique. 4. Faça uma breve previsão do ambiente geral da empresa. 4.3 DESENVOLVIMENTO DE RELATÓRIOS MACROECONÔMICOS A elaboração de relatórios macroeconômicos para o Planejamento Estratégico depende do tipo de empresa. Nesse contexto, são importantes as seguintes características: i. Setor econômico, ii. Grau de abertura econômica, iii. Dependência financeira, iv. Dependência política, v. Tamanho, vi. Prazo de ação (curto, médio ou longo). 4.3.1 Parâmetros do Relatório Macroeconômico para O Planejamento Estratégico São dois os parâmetros importantes para a elaboração de um relatório macroeconômico: i. Cenário Mundial e ii. O Cenário Nacional. A adaptação das variáveis que compõem estes dois grupos dependerão da característica da empresa a ser diagnosticada.

i) Cenário Mundial: a. Ambiente Político (tendências dos governos hegemônicos e situação geopolítica) b. Ambiente Econômico (PIB mundial, políticas macroeconômicas dominantes, comércio

internacional; mercados consumidores etc) ii) Cenário Nacional:

a. Ambiente Político (expectativas, credibilidade, sustentação, reformas e governabilidade) b. Ambiente econômico:

i. Fundamentos (contas públicas, taxa de juros, inflação, arrecadação, necessidade de endividamento público e PIB)

ii. Comércio Internacional (taxa de câmbio; grau de abertura comercial, balança comercial e de pagamentos, inserção econômica internacional e Investimentos Diretos)

iii. Oferta Agregada (nível de produção empresarial setorizado, nível de investimentos, nível de endividamento privado e grau de modernização econômico)

c. Comércio Local (taxa de inadimplência, volume de cheques sem fundo, taxa de juros do comércio, expectativas comerciais e de investimentos).

4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA MACROECONOMIA PARA O

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Todo planejamento estratégico coeso deverá ter uma eficiente análise macroeconômica. O processo de internacionalização do capital no qual se inserem as empresas, demanda um amplo conhecimento e previsão de fatores econômicos. É impossível acreditar que um processo de planejamento estratégico seja bem sucedido se este releva as possibilidades de influencia dos fatores econômicos, sejam estes, nacionais ou internacionais. Esta análise adota a mesma magnitude de importância do entendimento do ambiente

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interno. Na maior parte das vezes, as variáveis macroeconômicas podem ser catalogadas como exógenas à firma. Porém, isto não significa que deva haver uma passividade na previsão dos impactos negativos ou possibilidades de oportunidade de novos negócios das variáveis macroeconômicas.

TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA Com base nos parâmetros do relatório macroeconômico para o Planejamento Estratégico, elabore um Relatório para os anos de 2005 e 2006 para uma empresa (escolha livre) de qualquer setor econômico e tipo de produção ou serviço. Normas: - ABNT - Máximo de 15 páginas - A análise deverá ser gráfica e por extenso. - Data de entrega: impreterivelmente 08/11/2004 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLANCHARD, O. Macroeconomia: Teoria e Política Econômica. 2da. Ed. RJ. Campus, 2001. DORNBUSCH, R. E FISCHER, S. Macroeconomia. 5º Edição. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1991. FROYEN R. Macroeconomia. Ed. Saraiva São Paulo 1999. SACHS, Jeffery & LARRAIN, Felipe B. Macroeconomia. SP: Makron Books, 1994. DE OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico: Conceitos, Metodologias e Práticas. 18º Edição: Atlas 2002.