Apostila MDF

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE UNIÃO DA VITÓRIA CADEIRA DE PAINÉIS DE MADEIRA PROCESSO PRODUTIVO DE PAINÉIS MDF Compilado por: Prof. Roberto Pedro bom UNIÃO DA VITÓRIA - PR 2008

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  • CENTRO UNIVERSITRIO DE UNIO DA VITRIA

    CADEIRA DE PAINIS DE MADEIRA

    PROCESSO PRODUTIVO DE PAINIS MDF

    Compilado por: Prof. Roberto Pedro bom

    UNIO DA VITRIA - PR

    2008

  • ENGENHARIA INDUSTRIAL DA MADERIAENGENHARIA INDUSTRIAL DA MADERIAENGENHARIA INDUSTRIAL DA MADERIAENGENHARIA INDUSTRIAL DA MADERIA

    CONTEDO I. HISTRICO ................................................................ 4

    1.1 ORIGEM ............................................................................... 4 1.2 MATRIA PRIMA ............................................................... 5

    1.2.1. Pinus ........................................................................................... 6 1.2.2. Eucalipto ..................................................................................... 8

    II. PROCESSO DE PRODUO ...................................... 11

    2.1 PTIO DE TORAS ...................................................................13 2.1.1 Estocagem de toras. ..................................................................... 14 2.1.1.1 Elementos que interferem no fator de empilhamento. .................. 15 2.1.1.2 Proteo contra incndio em ptios de toras. ............................. 16 2.1.1.3. Principais controles da madeira em estoque. ............................. 16

    2.1.2. Descascador ............................................................................... 16 2.1.3. Picador ...................................................................................... 18 2.1.4. Mesa imantada ........................................................................... 20 2.1.5 Estoque de cavacos ..................................................................... 21

    2.2 PRODUO DE FIBRAS ..........................................................21 2.2.1 Lavagem de cavacos ................................................................... 22 2.2.2. Desfibrador ................................................................................ 25 2.2.2.1. Processo Mecnico................................................................. 26 2.2.2.2. Processo Termo-mecnico (Asplund) ........................................ 26 2.2.2.3. Processo Qumico-mecnico .................................................... 27 2.2.3.4. Processo de Exploso ou Masonite ........................................... 27

    2.2.3. Armazenagem ............................................................................ 28 2.2.4. Aplicao de adesivos .................................................................. 29 2.2.4.1 Adesivos .............................................................................. 31 2.2.4.2 Classificao Dos Adesivos .................................................... 33

    2.3. PROCESSO DE PRODUO ....................................................35 2.3.1. Alimentao da esteira (Luciano Scheid) ........................................ 36 2.3.2. Formao do colcho ................................................................... 36 2.3.3. Cilindros formadores ................................................................... 38 2.3.4. Corte das chapas ........................................................................ 38 2.3.5. Carrossel de descanso ................................................................. 39 2.3.5.1 Resfriamento e Climatizao .................................................... 39

    2.3.6. Classificao ............................................................................... 39 TIPOS DE MDF ...............................................................................40

    III. ARMAZENAMENTO DE PAINIS ............................. 41

    IV. PRODUTOS ............................................................. 44

    4.1 MADEFIBRA (CHAPAS CRUAS) ...............................................44 4.2 MADEFIBRA BP (CHAPAS COM REVESTIMENTO LAMINADO DE BAIXA PRESSO) ........................................................................45

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    4.3 MADEFIBRA DESIGN .............................................................46

    V. CONSIDERAES FINAIS ........................................ 47

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    I. HISTRICO

    1.1 ORIGEM

    Medium-density fiberboard um material derivado da madeira e

    internacionalmente conhecido por MDF. Em portugus a designao correcta

    placa de fibra de madeira de mdia densidade.

    O MDF fabricado atravs da aglutinao de fibras de madeira com resinas

    sintticas e outros aditivos. O material moldado em painis lisos sob alta

    temperatura e presso. Para a obteno das fibras, a madeira cortada em

    pequenos cavacos que, em seguida, so triturados por equipamentos denominados

    desfibradores.

    Produto relativamente recente, foi fabricado pela primeira vez no incio dos

    anos 60 nos Estados Unidos. Em meados da dcada de 70, chegou Europa,

    quando passou a ser produzido na antiga Repblica Democrtica Alem e,

    posteriormente (1977), foi introduzido na Europa Ocidental atravs da Espanha. No

    Brasil, a primeira indstria iniciou sua produo no segundo semestre de 1997.

    O MDF possui consistncia e algumas caractersticas mecnicas que se

    aproximam s da madeira macia. A maioria de seus parmetros fsicos de

    resistncia so superiores aos da madeira aglomerada, caracterizando-se, tambm,

    por possuir boa estabilidade dimensional e grande capacidade de usinagem.

    A homogeneidade proporcionada pela distribuio uniforme das fibras

    possibilita ao MDF acabamentos do tipo envernizado, pinturas em geral ou

    revestimentos com papis decorativos, lminas de madeira ou PVC. Podem tambm

    ser executadas junes com vantagens em relao madeira natural, j que no

    possui ns, veios reversos e imperfeies tpicas do produto natural. um material

    com vrias aplicaes e substitui com vantagens o aglomerado e a prpria madeira

    em muitas delas.

    Existe uma preocupao quanto ao uso de formaldedo nas resinas

    empregadas na confeco de MDF e os riscos de sade envolvidos. Por esse motivo

    h pesquisas em andamento para o desenvolvimento de novas resinas menos

    nocivas.

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    1.2 MATRIA PRIMA

    O Brasil apresenta condies favorveis para se tornar um importante

    produtor mundial de painis de madeira, isto porque possui tecnologia que

    possibilita o uso de resduos de processamento da madeira em diversas reas. A

    produo de painis base de madeira de relevante importncia para a economia

    brasileira, pois possibilita gerao de divisas e empregos. Entretanto, para que haja

    desenvolvimento, preciso investir em tecnologias voltadas para melhorar a

    produo de painis derivados de madeira, especialmente em pinus e eucalipto.

    Enquanto alguns produtos de madeira esto em declnio ou crescendo a

    taxas bastante reduzidas, a produo mundial de painis vem crescendo a taxas

    mdias superiores a 3% ao ano e, em alguns pases, como o caso do Brasil

    projeta-se para a prxima dcada taxas anuais de crescimento acima de 6%,

    segundo a Abipa Associao Brasileira da Indstria de Painis de Madeira. Uma

    grande parte dos novos investimentos em unidades de produo de painis est

    sendo orientada para pases emergentes. Em princpio, disponibilidade de matria-

    prima e existncia de um mercado local so fatores importantes no processo

    decisivo para a localizao dos novos e substanciais investimentos.

    A produo de painis ainda ir pertencer aos principais produtores atuais

    por um tempo, mas o crescimento da produo nos pases em desenvolvimento

    ser decorrncia de uma srie de fatores, entre elas a disponibilidade de matria-

    prima em quantidade e qualidade adequada, a competitividade resultante de

    menores custos operacionais, e a abertura destes novos mercados.

    O Brasil tem grandes perspectivas de se tornar um grande produtor de

    painis. O novo perfil dos painis reconstitudos no Brasil, representado atualmente

    pelo MDF e, mais recentemente pelo OSB (Oriented Strand Board), mudaro o

    perfil de consumo no Brasil. A tendncia ainda a agregao de valores. Painis

    revestidos com lminas e papis melamnicos, e ainda os pr-cortados vm sendo

    obtidos diretamente nas linhas de produo das grandes fbricas de painis,

    agregando valor ao produto acabado.

    O MDF amplamente utilizado pelas indstrias de mveis e gabinetes, pois a

    solidez e a uniformidade garantem resultados satisfatrios no uso de tcnicas

    convencionais, e tambm, suas caractersticas de resistncia mecnica permitem

    sua utilizao at em painis estruturais.

    Resultados obtidos em seu estudo na fabricao de MDF empregando fibras

    de Eucaliptus saligna mostraram que praticamente todas as propriedades

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    mecnicas dos painis atenderam as exigncias mnimas especificadas no ANS-AHA

    e no Euro MDF Board. As fibras longas das conferas alm de possurem colorao

    clara, muito similar madeira serrada, possuem a vantagem de ter fibras longas

    que favorecem a obteno de produtos com boa resistncia mecnica, graas ao

    bom entrelaamento entre elas. O comprimento das fibras favorece a estabilidade

    dimensional do MDF, pois com o aumento das ligaes entre as fibras decresce a

    possibilidade de movimentao das mesmas. Uma pesquisa que produziu chapas

    de madeira aglomerada e painis MDF a partir de Pinus taeda, tanto das partes

    interna como externa no encontrou diferenas significativas no mdulo de

    elasticidade (MOE) e de ruptura (MOR), adeso, inchamento e absoro de gua

    em espessura. No entanto, outro estudo constatou que o MDF produzido com fibras

    de Eucalipto exigiu maior porcentagem de adesivo para alcanar as mesmas

    propriedades mecnicas que apresentam MDF produzidos com fibras de Pinus.

    Entretanto, quanto s propriedades fsicas de inchamento e absoro MDF

    produzidos com fibras de Eucalipto com mesmo teor de adesivo do MDF produzido

    com Pinus apresentou melhores valores.

    1.2.1. Pinus

    Espcies de Pinus vm sendo introduzidos no Brasil h mais de um sculo

    para variadas finalidades. Muitas delas foram trazidas pelos imigrantes europeus

    como curiosidade, para fins ornamentais e para produo de madeira. As primeiras

    introdues de que se tem notcia foram de Pinus canariensis, proveniente das Ilhas

    Canrias, no Rio Grande do Sul, em torno de 1880.

    Por volta de 1936, foram iniciados os primeiros ensaios de introduo de

    Pinus para fins silviculturais, com espcies europias. No entanto, no houve

    sucesso, em decorrncia da m adaptao ao nosso clima. Somente em 1948,

    atravs do Servio Florestal do Estado de So Paulo, foram introduzidas, para

    ensaios, as espcies americanas conhecidas nas origens como "pinheiros amarelos"

    que incluem P. palustris, P. echinata, P. elliottii e P. taeda. Dentre essas, as duas

    ltimas se destacaram pela facilidade nos tratos culturais, rpido crescimento e

    reproduo intensa no Sul e Sudeste do Brasil. Desde ento um grande nmero de

    espcies continuou sendo introduzido e estabelecido em experimentos no campo

    por agncias do governo e empresas privadas, visando ao estabelecimento de

    plantios comerciais.

  • 7

    Pinus taeda foi o principal destaque nos plantios na regio do planalto do Sul

    e Sudeste. Esta uma espcie de ampla distribuio geogrfica no Leste e Sudeste

    dos Estados Unidos. Apesar do rpido crescimento inicial, o fuste costuma ser de

    baixa qualidade devido a tortuosidades, bifurcaes e um grande nmero de ramos

    grosseiros. Essas eram as caractersticas dos primeiros plantios comerciais com

    esta espcie, visto que foram formados com semente importada, em sua maioria

    sem qualquer controle de qualidade gentica, adquiridas de fornecedores inidneos.

    Esta espcie altamente varivel, inclusive quanto resistncia geada e

    temperatura requerida para o seu processo de crescimento. Assim que, aps

    intensos estudos sobre variaes geogrficas nos materiais genticos introduzidos

    no Brasil, as procedncias da plancie costeira do estado da Carolina do Sul ficaram

    conhecidas como as de maior produtividade e melhor qualidade de fuste no Sul e

    Sudeste do Brasil, em locais onde as geadas no so to severas. Para os locais

    mais frios, como nas serras gachas e no planalto catarinense, as procedncias de

    locais mais frios como da Carolina do Norte tm demonstrado maior produtividade.

    Atualmente, com uso de semente geneticamente melhorada, no s

    aumentou a produtividade de madeira mas, tambm, melhorou, substancialmente,

    a qualidade do fuste. Adotando-se o devido manejo, podem ser formados

    povoamentos de alta qualidade, com rvores de fuste reto, baixa incidncia de

    defeitos e ramos finos. Alm disso, caractersticas internas como a densidade da

    madeira tambm passvel de melhoramento, seja no sentido de aumentar, de

    reduzir ou de uniformizar entre as rvores. Essas caractersticas so fundamentais

    para a formao de madeira de alta qualidade e de alto rendimento nas indstrias.

    A madeira de P. taeda utilizada para processamento mecnico na produo de

    peas serradas para estruturas, confeco de mveis, embalagens, molduras e

    chapas de diversos tipos. Para esses usos, a qualidade da matria-prima aumenta

    medida que aumenta a densidade da madeira, dentro dos limites normais da

    espcie.

    O Pinus elliottii se destacou como espcie vivel em plantaes comerciais

    para produo de madeira e resina no Brasil. A regio ecolgica ideal para o seu

    desenvolvimento coincide, em grande parte, com a de P. taeda. Porm, por ser de

    ambiente com caractersticas mais prximas ao tropical, ele perde em crescimento

    para P. taeda nas partes mais frias do planalto sulino. Por outro lado, ele pode ser

    plantado com grande sucesso em ambientes caractersticos de Cerrado das Regies

    Sul e Sudeste, bem como na plancie costeira.

  • 8

    O Pinus caribaea uma espcie que abrange trs variedades naturais:

    caribaea, bahamensis e hondurensis. A variedade hondurensis est entre os Pinus

    tropicais mais plantados no mundo. Isto pode ter relao com a grande amplitude

    de condies ambientais nas suas origens, na Amrica Central. Sua distribuio

    natural abrange altitudes desde o nvel do mar at 1.000 m, que propicia a gerao

    de variabilidade gentica ligada adaptao a variadas condies ecolgicas. Entre

    as variaes geogrficas mais importantes esto as procedncias litorneas e as

    das montanhas, no interior do continente. As litorneas localizam-se em reas

    castigadas, anualmente, por furaces e tempestades tropicais. Assim, o material

    gentico selecionado, naturalmente, ao longo de milnios nesse ambiente, haveria

    que apresentar maior resistncia aos ventos e menor propenso quebra de fuste

    do que as procedncias do interior do continente. Essas diferenas ficaram

    evidentes nos experimentos de campo no Sudeste do Brasil onde, aps a ocorrncia

    de ventanias, somente as rvores das procedncias litorneas permaneceram

    ilesas. No Brasil, esta variedade plantada exclusivamente na regio tropical, visto

    que no toleram geadas.

    Na maioria dos plantios de Pinus no Brasil, o material gentico em uso

    costuma no ser o mais adequado para o seu propsito nesse local, visto que, na

    melhor das hipteses, as sementes ou mudas so provenientes de pomares

    formados com gentipos selecionados em uma regio distante, para atender os

    requisitos de um segmento industrial distinto. Especialmente em operaes

    florestais envolvendo plantios regulares de pelo menos 200 ha / ano, torna-se

    indispensvel um programa de melhoramento gentico, especificamente para

    atender os seus objetivos.

    1.2.2. Eucalipto

    O eucalipto uma espcie vegetal de porte arbreo, que tem origem

    identificada a Austrlia. Da Famlia Mirtaceae, com nome de batismo - Gnero

    Eucaliptus e sobrenomes diversos espcies, como grandis, dunii, saligna,

    tereticornis, robusta, urophila, entre outras 660 espcies. Sua famlia Mirtaceae

    tem parentes prximos de origem brasileira, como a pitangueira, a cerejeira, a

    uvaieira, a jaboticabeira, o guabijuzeiro e outras tantas frutferas silvestres. O

    eucalipto foi colocado no centro de uma grande polmica, que esta mexendo com

    as opinies de todos. Vrias entidades o hostilizaram, dando-lhe adjetivos

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    pejorativos como: degradador do solo, poluidor do ar, bebero de gua, entre

    outros.

    No a toa que o Eucalipto migrou pela mo do homem a 18 pases, se

    adaptando as diversas situaes edafo-climticas e ganhou status de estrela

    econmica e social, cobrindo 10 milhes de hectares. At o momento, no foi

    expulso ou execrado de nenhum destes pases. No Brasil, juntamente com o

    Gnero Pinus, so as espcies florestais mais plantadas, chegando a 3,4 milhes de

    hectares, enquanto o Pinus a 1,8 milhes de hectares. Atualmente, so

    responsveis pelo fornecimento de 70% de todos os produtos madeirveis

    utilizados para os mais diversos fins econmicos. Os adjetivos pejorativos lhes

    atribudos no tem qualquer fundamentao tcnica e cientfica, pois:

    a) nenhuma rvore e muito menos o eucalipto degrada os solos. Pelo

    contrrio, ele especialista em buscar os minerais no subsolo, levando-os s

    folhas, ramos, cascas e madeira, e depositando-os na superfcie, enriquecendo o

    solo com matria orgnica, cumprindo assim o ciclo de nutrientes. Tudo depende

    do manejo florestal adotado;

    b) no bebero, vindo a sugar toda a gua do solo, pois tem mestrado na

    infiltrao de gua das chuvas no solo pelo seu volumoso sistema radicular,

    fixando-as em suas razes pelo sistema de vaso-capilaridade, contribuindo para

    abastecer o lenol fretico (vide estudos sobre escorrimento superficial da gua em

    campos e pastagens, lavouras e florestas nativas e exticas). Tambm, tm

    mestrado pela sua eficientssima converso da gua, minerais, energia e gs

    carbnico em matria seca, tida como uma das mais altas entre as rvores. Possui

    crescimento exuberante, entre 50 a 80 metros cbicos por hectare e por ano,

    enquanto nossas espcies nativas nobres no passam de 30 m3/ ha / ano. Devemos

    culp-lo por sua evoluo e pela imensa eficincia perante outros vegetais? Vale

    lembrar que outras culturas anuais, como cana de acar, batata, arroz, consome

    muito mais gua que o eucalipto em seu sistema produtivo;

    c) nem polui o ar, pois tem doutorado no seqestro de carbono e liberao

    de oxignio em sua fase de crescimento, podendo chegar ao seqestro de at 11

    toneladas por hectare e por ano. Por enquanto, um dos vegetais mais eficientes

    capturadores de carbono, evitando o famoso efeito estufa to prejudicial ao

    planeta Terra e a sobrevivncia dos seres vivos;

    d) e tambm, ps-doutorado na produo de mltiplos produtos

    madeirveis que fornecem calor pela lenha e carvo vegetal; moradia pelo uso de

    sua madeira na construo civil (casas, escolas, creches, pontilhes, etc.); e

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    utenslios e mveis; bens para construes rurais (tramas, palanques, moires,

    esteios e postes); e de produtos no madeirveis, como fototerpicos medicinais

    pelos leos essenciais extrados de suas folhas; mel pelo plen e nctar; e alimento

    e remdio pela produo de cogumelos.

    Por todos estes atributos amplamente positivos que beneficiam o ser

    humano, h de se defender e respeitar este excepcional e exemplar cidado

    vegetal, chamado eucalipto. O corte de eucalipto para industrializao ocorre

    normalmente aos 7 anos de idade, num regime que permite at 3 rotaes

    sucessivas e econmicas, com ciclo final de at 21 anos. Os reflorestamentos

    tradicionais de eucalipto so representados por densos macios florestais,

    plantados em espaamentos regulares e normalmente com uma nica espcie.

    Entretanto, nas propriedades rurais, alm dessa possibilidade de plantio, as rvores

    tambm podem ser plantadas de forma integrada com as atividades agrcolas e

    pecuria ou, ainda, como prestadoras de servios como quebra-ventos, cercas

    vivas, proteo de animais sem, no entanto esquecer seu potencial para gerar

    produtos de potencial econmico. Para que se tenha sucesso nesse

    empreendimento, precisa-se considerar o espaamento da espcie florestal. Nesses

    sistemas normalmente so usadas menores densidades de plantio e diferentes

    arranjos espaciais das espcies florestais em campo. Plantios mais adensados

    resultam na produo de um elevado numero de rvores com pequenos dimetros,

    as quais normalmente so utilizadas para fins menos nobres como lenha, carvo,

    celulose, engradados e estacas pra cercas.

    Espaamentos amplos resultam num nmero menor de plantas por unidade

    de rea, tornando mais fcil o acesso de maquinas para o plantio e tratos culturais.

    Facilitam tambm a retirada da madeira e empregam menos mo-de-obra alm de

    permitirem a produo de madeira de melhor valor comercial (postes, vigas,

    esteios e serrarias). Como desvantagens h maior necessidade de tratos culturais e

    menor derrama natural.

    Na produo de madeira de alta qualidade, para serraria, necessrio que

    os espaos entre as plantas sejam superiores ao normal. Assim, o manejo florestal

    deve ser baseado em podas freqentes e rigorosas, de forma a alcanar um

    mercado com maiores preos mediante uma mercadoria de maior valor agregado.

    Praticas de manejo em eucalipto, caracterizadas por espaamentos iniciais

    largos, desbastes precoces pesados e podas altas, revelam-se superiores aos

    tradicionais, como a produo de madeira de boa qualidade, com bons resultados

    econmicos. Alm disso, permite a penetrao de altos nveis de radiao no sub-

  • 11

    bosque, o que, por sua vez, favorece o desenvolvimento satisfatrio de outras

    espcies, tambm com valor econmico, associadas.

    II. PROCESSO DE PRODUO

    O MDF um produto homogneo, uniforme, estvel, de superfcie plana e

    lisa que oferece boa trabalhabilidade, alta usinabilidade para encaixar, entalhar,

    cortar, parafusar, perfurar e moldurar, alm de apresentar tima aceitao para

    receber revestimentos com diversos acabamentos.

    Dentre as vrias vantagens que justificam o emprego dos painis de MDF,

    pode-se destacar a boa resistncia especfica, elevada disponibilidade de matria-

    prima, associada ao aspecto renovvel da fonte, reciclabilidade e menor demanda

    energtica para a produo, transporte e instalao.

    A maioria dos defeitos inerentes anatomia da madeira, como ns, presena

    de medula, gr desalinhada e tenses de crescimento, podem ser eliminados

    durante o processo de fabricao dos painis obtendo-se um produto final com

    caractersticas dependentes apenas das variveis envolvidas no processo de

    fabricao. Alm disso, outras propriedades desejveis podem ser adicionadas ao

    material, como por exemplo, resistncia ao fogo e a biodeteriorao, expandindo a

    gama de aplicaes do produto.

    O processo de produo de MDF inclui:

    Descascamento - para a obteno de fibras, o tamanho da tora no

    influencia, podendo apresentar dimenses mais limitadas.

    Fragmentao - aps o descascamento, as toras passam por uma operao

    de fragmentao, onde so gerados cavacos, ou partculas, a partir de picadores.

    Classificao dos cavacos - No processo produtivo, no possvel obter

    cavacos de tamanhos uniformes. Com esta irregularidade dimensional dos cavacos,

    os maiores so separados por baterias de peneiras, e em seguida, retornam ao

    picador.

    Armazenamento de cavacos - so armazenados em silos com volume

    equivalente a 24 horas de operao. Como na maioria das vezes os cavacos ficam

    expostos atmosfera, antes do processamento feita uma seleo por peneiras.

  • 12

    Lavagem de cavacos - os cavacos so lavados para retirar areia (slica) da

    madeira, que prejudica a qualidade final do produto;

    Tratamento de cavacos - nesta etapa os cavacos so amolecidos para

    facilitar a operao do desfibrador na formao da polpa, reduzindo seu consumo

    energtico.

    Desfibramento - as fibras podem ser obtidas por desfibradores mecnicos ou

    por meio de tcnicas de aumentos de presso, que um mtodo menos utilizado.

    Mistura de resina - adicionada resina, o catalisador e, em alguns casos,

    certos aditivos, e mistura-se a matria-prima. As resinas mais utilizadas so base

    de uria-formaldedo, melanina-uria-formaldedo e tanino-formaldedo.

    Secagem das fibras - o elevado teor de umidade das fibras acarreta uma

    srie de problemas quando a manta formada prensada a quente.

    Armazenamento das fibras - o silo de fibras, tambm chamado de tanque

    "pulmo", tem a funo de acumular um volume adequado de fibras para a

    formao das mantas (entrelaamento), sem que ocorra uma provvel interrupo

    em funo de distrbios na linha de fluxo das fibras.

    Produo do colcho de fibras - colcho a seco formado a partir de uma

    suspenso das fibras ao ar. A altura do colcho delimitada por um cilindro

    dentado acoplado a um tubo seccionador de fibra excedente.

    Seccionamento - o sistema de seccionamento muda conforme o tipo de linha

    de formao, que o conjunto de equipamentos cujas operaes do a forma final

    ao MDF. Quando o processo de secagem intermitente, a manta cortada por

    lminas circulares no-dentadas e, em seguida, encaminhada s operaes de pr-

    prensagem e prensagem a quente.

    Prensagem - a pr-prensagem evita possveis desmanchamentos e

    deslizamentos das fibras da manta durante a prensagem a quente. Para cada

    sistema de prensagem, existe um tipo de linha de formao.

    Resfriamento - efetuado para evitar variaes dimensionais da chapa aps

    o aquecimento. Normalmente, so resfriadas temperatura ambiente, protegidas

    das intempries, onde o tempo depende do tipo de linha de formao utilizada.

    Corte, lixamento e revestimento - o corte feito procurando estabelecer a medidas

    dos painis de MDF, conforme padres estabelecidos. O lixamento est diretamente

    relacionado preparao da superfcie das chapas, para acabamentos finais.

  • 13

    2.1 PTIO DE TORAS

    O lay-out do ptio de toras deve levar em considerao uma srie de fatores,

    tais como:

    Forma na qual a tora recebida;

    Meio, volume e freqncia de fornecimento;

    Tipo e nmero de espcies;

    Preparao da tora requerida;

    Meio escolhido para o manuseio do resduo;

    rea disponvel e sua topografia.

    Nesse sentido, h necessidade de um projeto especifico para cada instalao,

    de modo a permitir uma maior flexibilidade nas operaes.

    Os principais tipos de ptio de toras podem ser classificados como:

    Recebimento de toras;

    Estocagem de toras.

    A recepo de toras feita com o objetivo de conhecer a procedncia das

    toras selecionar as toras, medir as toras em relao ao peso e volume, destinar as

    toras ao ptio, controlar a entrada, o consumo e a sada das toras.

    Anlises devem ser feitas nas toras com o objetivo de verificar se a mesma

    est dentro do padro de qualidade necessria para a industrializao.

    Imagens de Ptio de Toras

  • 14

    2.1.1 Estocagem de toras.

    Aps recebimento, as toras, que no tem consumo direto, so estocadas para o

    processo de gerao de energia, dependendo do destino fornecido pelo recebimento.

    Como regra geral as toras devem permanecer o menor tempo possvel em

    estoque, todo estoque superior a oito semanas vem a ser prejudicial para madeira

    independentemente da forma que se encontra, se no for tratado ou seca.

    A estocagem das toras em forma de pilhas feitas com o comprimento

    desejado e uma altura mxima de 3m, com a cabeceira feita com as prprias toras,

    s que tranada proporcionando equilbrio, facilidade de empilhamento e

    aproveitamento de espao. Entre as pilhas deve haver um espao para permitir

    ventilao e acesso, e estas devero ser dispostas de tal forma que recebam sol a

    maior parte do dia para melhor conservao.

    Gruas Florestais Estacionrias 30.80 S

    As gruas estacionrias trazem um novo conceito em equipamentos florestais

    no Brasil, pois tem menor peso, mais capacidade e maior alcance. Fixada sobre

    bloco de concreto. recomendada no trabalho em ptio de toras para alimentao

    das esteiras do picador ou na descarga direta dos caminhes.

  • 15

    Grua Florestal Estacionria Modelo: 30.80 S

    ESPECIFICAES TCNICAS:

    Momento mx. da grua inclusive

    valor da carga dinmica 650 KNm

    Momento de Carga 302 KNm

    Fora de Giro 45 KNm

    Velocidade de Giro 6 U/min

    Alcance Mximo da Lana 8007 mm

    ngulo de Giro contnuo

    Altura Prpria 2875 mm

    Presso de Trabalho 1270 Bar

    Vazo Hidrulica 2x80

    L/min

    Potncia de Acionamento Hidrulico

    estimado 80 KW

    Comprimento Telescpico NT

    2.1.1.1 Elementos que interferem no fator de empilhamento.

    Irregularidades das toras;

    Compactao da pilha;

    Comprimento e dimetro das toras quanto maior for o dimetro e o

    comprimento, menor sero os espaos vazios;

  • 16

    Quantidade de casca nas toras o volume slido efetivo para a

    fabricao de MDF a madeira sem casca;

    Dimenses do standart onde as toras so empilhadas quanto

    maiores forem a altura e o cumprimento, maior ser o volume slido

    da madeira.

    2.1.1.2 Proteo contra incndio em ptios de toras.

    A estocagem deve estar no mnimo 8m de predios, 10m de campos, 12m de

    florestas e os blocos de pilhas devem ser separados por uma distncia de 4 a 6 m,

    formando-se uma rua, por onde deve passar uma rede de hidrantes.

    2.1.1.3. Principais controles da madeira em estoque.

    O tempo de permanncia de cada pilha no ptio controlada atravs de

    placas para que seja possvel manter um rodzio constante e perfeito. Faz-se ento,

    o controle da quantidade de matria-prima disponvel, informando o setor de

    compras. Tambm feito o controle do destino de cada carga que sai do ptio para

    facilitar o clculo do custo industrial.

    2.1.2. Descascador

    Descascamento o recebimento de toras de madeira (principalmente Pinus),

    que passam pelo descascador para separar a casca da madeira. Sendo uma

    operao comum do fluxo operacional das indstrias de produtos base de

    madeira. obteno de fibras, o tamanho da tora no influencia, podendo

    apresentar dimenses mais limitadas. Aproximadamente 10% do peso das toras

    recebidas relativa s cascas que, uma vez retiradas no descascador, so levadas

    para esteiras mecnicas at um forno para serem queimadas, de forma a gerar

    energia utilizada no processo produtivo.

    A quantidade admissvel de casca que poder ser incorporada juntamente

    com a madeira na produo de painis de fibras depende de dois fatores:

    Densidade do painel.

    Limitaes relacionadas qualidade superficial do painel, controle de

    ph, propriedades fsico-mecnicas e coeso das fibras.

    Os equipamentos utilizados na remoo da casca podem ser:

  • 17

    Sistema abrasivo.

    Sistema hidrulico.

    Sistema mecnico.

    Sistema abrasivo

    Consiste em tambor rotativo, aberto nas extremidades para entrada e sada

    de toras, e o descascamento se processa atravs de atrito entre os mesmos e as

    paredes do tambor. Outra variao desse sistema consiste em trs ou quatro

    compartimentos giratrios para movimentao das toras e auxiliado pela asperso

    contnua de gua para lavagem e remoo final da casca.

    Sistema abrasivo (compartimentos mltiplos)

    Sistema hidrulico

    um sistema misto, dotado de dois cilindros giratrios com ranhuras, com

    funo abrasiva e de movimentao das toras, e com aplicao de jato dgua a

    alta presso (30 a 105 Kgf/cm) para remoo da casca.

  • 18

    Sistema mecnico

    Utiliza facas rotativas para remoo da casca, atravs do mtodo de

    cisalhamento de cmbio.

    Sistema de cisalhamento

    2.1.3. Picador

    Produo de cavacos: uma vez descascadas, as toras passam por um

    picador, que as transforma em cavacos, com dimenses definidas por meio de um

    picador. Os cavacos so transportados atravs de esteiras mecnicas para serem

    armazenadas em silos. Um dos picadores utilizados na produo de MDF o Picador

    a Disco Inclinado, que produz cavacos a partir de costaneiras e destopos

  • 19

    provenientes de serrarias. Sua alimentao horizontal, forada atravs de rolos

    alimentadores tracionados, com ngulo de corte de 45, permitindo a produo de

    cavacos prprios para uso em processos de fabricao de MDF e outros painis de

    fibra de madeira. O ajuste das facas e contrafacas efetuado por regulagens

    milimtricas, com calos de metal patente, e a extrao dos cavacos pode ser feita

    por exausto pneumtica ou gravidade. O acionamento principal por motor

    eltrico e correias trapezoidais, e a alimentao atravs de motorredutores,

    determinando assim a granulometria dos cavacos. Possui base sobre chassi

    monobloco, o que o torna firme e slido.

    Fluxo de produo do Cavaco

    Picador de Disco

  • 20

    2.1.4. Mesa imantada

    As mesas imantadas ou mesas magnticas so formadas por placas ou

    peneiras magnticas de separao. So utilizadas na separao automtica de

    impurezas ferrosas que contaminam produtos diversos, tais como: acar,

    cermicas, madeiras, etc. Podem ser construdas em ao inoxidvel e outros

    materiais, c/ ms de Ferrite, Neodmio ou Terras Raras. A capacidade magntica do

    Ferrite de 1500 Gauss e a do Neodmio de at 15000 Gauss. No processo de

    produo do MDF so instaladas aps os picadores para separar as impurezas

    ferrosas da madeira picada. E evitando que esses metais prossigam no processo

    produtivo e causem avarias e problemas na linha produtiva, mais precisa e

    especificamente no que se diz respeito ao desfibrador que o processo em que

    esses metais podem ocasionar maiores problemas no processo e principalmente a

    maquina. As mesas podem ser de vrios tipos, variando de acordo com a

    necessidade bsica de cada processo. As mais utilizadas so:

    As de peneira magnticas onde os cavavos de madeira caem sobre uma peneira

    constituda de material eletromagntico, onde ficam retidos os materiais

    ferrosos, bem como os pedaos de madeira que possuam materiais ferrosos em

    seu interior. Embora esse processo no seja especificamente uma mesa para

    separao, mas os mtodos so os mesmos.

    Os separadores de mesa propriamente ditos, onde os mais utilizados, so os que

    possuem uma placa eletromagntica suspensa onde passa uma esteira

    transportadora de cavacos logo abaixo desta placa. A placa desenvolve um fluxo

    eletromagntico de cima para baixo atraindo os materiais ferrosos e os cavacos

    de madeira que contenham impregnados junto a eles partculas de materiais

    ferrosos, essas impurezas so atradas pela placa magntica e eliminadas do

    processo de produo.

    O desenho abaixo demonstra um exemplo de mesa imantada.

    Detalhamento de Mesa Imantada

  • 21

    2.1.5 Estoque de cavacos

    Os cavacos podem ser estocados em ptios que devem possuir, para se

    evitar a mistura de materiais no desejados ao cavaco, piso.

    A alimentao desse ptio feita por correias transportadoras que trazem os

    cavacos dos picadores e os lanam por sobre o ptio formando pilhas. A capacidade

    de estocagem deve garantir que no haja interrupo no abastecimento da linha de

    produo.

    A movimentao do cavaco necessria para que o mesmo no entre em

    combusto espontnea devido ao aquecimento e fermentao no centro da pilha.

    Para este trabalho se dispe de carregadeiras de rodas que executam os

    seguintes servios:

    -Movimentao de material como cavacos e biomassa nos ptios;

    -Movimentao dos resduos do sistema de peneiramento.

    Do ptio de estocagem os cavacos seguem por uma esteira transportadora

    que dispe de um equipamento magntico para remoo de possveis materiais

    (pregos, grampos) que possam danificar o desfibrador.

    2.2 PRODUO DE FIBRAS

    As fibras de madeira podem ser obtidas a partir de madeira em toras ou de

    cavacos proveniente de resduos de outras indstrias da madeira.

  • 22

    Layout de um sistema de produo de fibras

    Como processo genrico pode-se adotar:

    A madeira descascada;

    A madeira cortada em pedaos formando-se cavacos;

    O cavaco separado sendo aproveitada apenas a de tamanho adequado;

    O cavaco lavado;

    O cavaco cozido;

    O cavaco desfibrado.

    2.2.1 Lavagem de cavacos

    A etapa da lavagem de cavacos surge no processo de fabricao do MDF logo

    aps o picador, na etapa de produo de partculas, onde as partculas de madeira

    so formadas em tamanhos praticamente uniformes.

    Porm, esta partcula geralmente contm terra, areia, etc. que so materiais

    que contem grandes quantidades de slica, ou pode ser considerada slica pura. Os

    cavacos so lavados para retirar a areia (slica) da madeira, que prejudica a

    qualidade final do produto;

  • 23

    Os principais prejuzos principalmente na afiao de serras, devido s

    partculas serem extremamente abrasivas, e no somente s indstrias de painis

    em si, mas s indstrias que fazem o beneficiamento destes painis para o

    consumidor final, principalmente as fbricas de mveis e marcenarias. Tambm

    atrapalham nas etapas seguintes do processo de produo, principalmente na

    aplicao de resinas e aditivos, onde as fibras de madeira so umedecidas ou

    embebidas neste material, onde a areia se une s fibras se permanecer no

    processo. Outro detalhe a ser observado o aumento na corroso da tubulao por

    onde so conduzidas as fibras at a peneira e silo de fibras, e, o principal efeito

    sendo na formao do colcho, onde a slica atrapalha na aglutinao das fibras.

    Dependendo da necessidade de qualidade do produto final, existe uma

    grande variedade e grandes capacidades de processamento dos sistemas de

    lavagem de resduos de madeira e cavacos.

    A alta performance do sistema envolve alta presso do jato de gua e alto

    poder se suco. Partculas de areia em especial, so removidas sendo separadas

    das partculas de madeira ou cavacos maiores. As partculas finas de madeira (p

    de serra ou moagem) tambm so expulsos no sistema de lavagem por serem

    materiais que se confundem com a poeira ou areia contida nas superfcies das

    toras. Estes sistemas so eficientes maquinas de lavagem de material. Alguns

    sistemas de lavagem tambm separam as partculas metlicas, onde so

    obsorvidas por eletromagnetismo.

    As partculas de slica e outros minerais vo para o curso de descarte ou

    resduo. As partculas minerais so removidas por frico dos cavacos ou pelo jato

    contnuo e suco.

  • 24

    Incio do processo de produo do MDF.

    .

    Na figura acima esto representadas as etapas seguintes, onde os cavacos

    so desfibrados e ocorre a aplicao da resina.

    Na imagem abaixo o sistema de lavagem de cavacos, onde as partculas

    entram no sistema pela tubulao superior, sendo aplicado o jato de alta presso.

    Logo aps ocorre a separao das partculas por suco, onde as partculas

    maiores permanecem no sistema devido ao seu tamanho ser maior que o das

    partculas de terra ou areia, no sendo sugados e ficando retidos na bandeja

    transportadora.

    A etapa de lavagem dos cavacos acontece aps a classificao de partculas pelo classificador de agitao ou peneiras.

  • 25

    Sistema Compacto de Lavagem de Cavacos.

    Maier cleaning-technology

    Exemplo do compact-cleaning-system da Maier Alemanha.

    2.2.2. Desfibrador

    Primeiramente, antes de ocorrer o desfibramento, os toretes so

    transformados em cavacos, atravs de picadores de disco ou de cilindro, os cavacos

    produzidos passam por peneiramento para homogeneizao das dimenses e por

    detector de metais. Os cavacos maiores passam por um moinho de martelo para a

    reduo em dimenses aceitveis pelo processo, visando uma melhor qualidade e

    um maior rendimento.

    Os cavacos so pr-aquecidos num digestor pressurizado para uma hidrlise

    parcial e suave da hemicelulose e lignina. Um parafuso cnico alimentador

    comprime e descarrega os cavacos no digestor e recebem vapor a uma

    Entrada dos cavacos no sistema de alta presso.

    Suco da gua, onde ser reutilizada no processo aps decantao e tratamento.

    Sada de micro partculas de areia ou minerais para

    o rejeito. Retorno dos cavacos para o

    processo seguindo pela tubulao at o desfibrador.

  • 26

    temperatura de 170 a 180C por um perodo de 2 a 5 minutos, antes de serem

    enviados ao desfibrador por meio de um parafuso alimentador.

    Existem quatro processos diferentes utilizados no desfibramento da madeira:

    mecnico; termo-mecnico; qumico-mecnico; e de exploso.

    2.2.2.1. Processo Mecnico

    Para o processo mecnico existem dois mtodos de desfibramento. No

    primeiro mtodo os toretes so pressionados diretamente sobre rebolo em contato

    com a gua; atravs da ao abrasiva, a madeira desfibrada, resultando na

    formao de suspenso de fibras e gua; e no segundo mtodo os toretes so

    primeiramente transformados em cavacos e posteriormente passam por moinho de

    disco para o desfibramento.

    A elevada temperatura gerada do contato da madeira com o rebolo amolece

    as ligninas e as polioses da lamela mdia, facilitando o desfibramento. A produo

    pode variar na faixa de 20 a 50 ton./dia.

    2.2.2.2. Processo Termo-mecnico (Asplund)

    No mtodo convencional, os cavacos passam por aquecimento a vapor, a uma

    temperatura de 150-180C e presso de cinco kgf./cm por um perodo de 30

    minutos, para posterior desfibramento em moinhos de discos.

    Num outro mtodo, os cavacos passam por um tratamento a temperatura de

    170-190C e presso de 7-11,5 kg/cm por um perodo de 20 a 60 segundos, para

    posterior desfibramento em moinhos de discos. Devido ao menor tempo de

    exposio da madeira ao vapor, as perdas em fibras so menores, com rendimento

    maior (90 a 93%), e as fibras obtidas so mais flexveis, melhorando as

    propriedades de formao e resistncias das chapas produzidas.

    Processo Asplund um processo desenvolvido especialmente para indstrias

    de chapas de fibras e que se caracteriza por utilizar s propriedades termo-plstico

    de material a base de lignocelulose. O equipamento construdo num sistema

    integrado, composto de cilindro para aquecimento a vapor dos cavacos e

    desfibrador a discos, evitando o resfriamento dos cavacos.

    O refinador a disco possui as seguintes caractersticas:

    - dimetro dos discos.........0,6-1,0 m;

    - rotao dos discos.......... 400-1200 RPM;

  • 27

    - material............................ao cromo-nquel;

    - produo..........................10-50 ton./dia

    Equipamentos mais modernos trabalham com discos de 152 cm de dimetro e

    produo diria de at 120 toneladas de fibras secas. No processo chamado

    Asplund apresenta vantagens decorrentes da operao continua num sistema

    integrado, tais como:

    - menor custo de converso com menor custo de consumo de potncia e

    vapor;

    - maior rendimento;

    - uniformidade da polpa;

    - qualquer matria-prima lignocelulsica pode ser processada

    2.2.2.3. Processo Qumico-mecnico

    Os cavacos passam por tratamentos base de hidrxido de sdio ou sulfito

    neutro, num digestor e seguem posteriormente para o desfibramento em moinho

    de discos. O rendimento do processo est na faixa de 70 a 85%. Apresenta

    problemas da ao corrosiva de agentes qumicos no digestor. A adio de

    substncias alcalinas pode neutralizar a ao de componentes cidos produzidos

    durante o tratamento de cavacos.

    2.2.3.4. Processo de Exploso ou Masonite

    Os cavacos so submetidos ao tratamento no digestor sob presso de 42

    kg/cm, por um minuto, e a seguir, a presso elevada para 70-80 kg/cm sob

    uma temperatura de 290C, por um perodo de 5 segundos e, ento, ocorre uma

    despressurizao repentina, o que resulta em exploso dos cavacos e seu

    desfibramento. O cilindro do digestor possui um dimetro de 50 a 60 cm e altura de

    150 a 180 com. O rendimento do processo na ordem de 80-85%.

  • 28

    Desfibrador de disco duplo

    Desfibrador andritz (processo termo-mecnico

    2.2.3. Armazenagem

    A mistura fibra /resina vai para o secador, onde a madeira sofre uma

    reduo de 80% para 10% em sua umidade. Ento resina passa por um processo

    de cura, reforando suas caractersticas de cola.

    Aps sarem do secador, as fibras passam por peneiras e so armazenadas

    no tanque pulmo. Os tanques pulmes so silos, onde so depositadas as fibras

    com a mistura da resina. O armazenamento das fibras realizado visando a

    necessidade do acumulo de um volume adequado desse material, para que, quando

    houver o abastecimento da mesa formadora, para a formao das mantas

  • 29

    (entrelaamento), no haja problemas de interrupo do fluxo, devido a falta de

    abastecimento de fibras por eventuais distrbios no processo.

    Segue a baixo o fluxograma de produo onde se pode analisar o processo

    de armazenagem das fibras:

    2.2.4. Aplicao de adesivos

    No processo de adeso, o adesivo deve umedecer as fibras. Em seguida,

    deve fluir de modo controlado durante a prensagem e, finalmente, adquirir forma

    slida. Uma tima ligao requer ntimo contato entre o adesivo e a fibra. Isto

    realizado usando presso e aquecimento, ajustando a viscosidade do adesivo,

    transferindo fluxo atravs dos pontos de ligao, enquanto deforma a madeira para

    conseguir melhor contato na superfcie. A adeso ou colagem pode ser entendida

    como um fenmeno que prov um mecanismo de transferncia de tenses entre a

    madeira e a resina, atravs de processos moleculares.

    Essencialmente, um adesivo necessita aderir (ligar-se) superfcie de um

    slido, possuir fora de coeso adequada. Segundo Watai, as principais teorias de

    adeso podem ser classificadas de uma forma geral em:

    Teoria mecnica o mecanismo de adeso se daria atravs de

    enganchamento (interlocking) mecnico. A fluidez e penetrao do

    adesivo em substratos porosos levariam formao de ganchos

    fortemente presos ao substrato aps solidificao deste.

    Teoria da difuso de polmeros a adeso se daria atravs da difuso

    de segmentos de cadeias de polmeros. As foras de adeso podem ser

    visualizadas como as mesmas produzidas na adeso mecnica, s que

    agora em nvel molecular. No entanto, as aplicaes desta teoria tambm

    so limitadas. A mobilidade de longas cadeias de polmeros bastante

    restrita, limitando severamente a interpenetrao molecular proposta

    nesta teoria.

    Teoria de adeso qumica a adeso se daria atravs de ligaes

    primrias (inicas, covalentes, coordenadas e metlicas) e/ou atravs

    das foras secundrias intermoleculares (foras de Kaeson, Debye e

    London). Acredita-se, atualmente, que a adeso na interface, do ponto

    de vista molecular, deve-se ao das foras secundrias, com exceo

  • 30

    de casos especficos. A adeso ocasionada por foras secundrias

    intermoleculares tambm conhecida por Adeso Especfica.

    Independente das teorias envolvidas na adeso pode-se dizer que o

    desenvolvimento de uma boa colagem depende essencialmente de trs requisitos:

    adequado umedecimento proporcionado pelo adesivo lquido;

    solidificao do adesivo lquido;

    suficiente capacidade de modificao da forma por parte do adesivo j

    solidificado.

    Durante o processo de colagem podem-se atribuir ao adesivo as seguintes funes

    de movimento e mobilidade:

    Fluidez refere-se ao escoamento da massa lquida do adesivo no plano da

    superfcie do substrato;

    Transferncia refere-se ao movimento pelo qual o adesivo se transfere

    para o substrato;

    Penetrao movimento do adesivo no sentido de penetrar a estrutura

    capilar e porosa do substrato;

    Umedecimento movimento do adesivo no sentido de recobrir a estrutura

    submicroscpica do substrato, adquirindo maior proximidade e contato

    molecular;

    Solidificao movimentos envolvidos na mudana do estado lquido,

    incluindo a migrao/evaporao do solvente, orientao molecular,

    polimerizao e cross-linking.

    Conforme a teoria qumica da adeso, as ligaes ou colagens resultam das

    atraes qumicas e eltricas entre o adesivo e o substrato, quando se consegue

    suficiente proximidade entre suas estruturas atmicas e moleculares.

    Caractersticas e propriedades da madeira que afetam os mecanismos de adeso e

    colagem.

    A formao de uma colagem adequada e seu desempenho depende de uma

    srie de parmetros relacionados s caractersticas fsico-qumicas do adesivo,

    caractersticas do substrato (material a ser colado), procedimentos de colagem e as

    condies da matria-prima a ser utilizada.

    Segundo Kollman, algumas das principais caractersticas da madeira que

    afetam a adeso e colagem esto apresentadas de forma detalhada a seguir.

  • 31

    Variabilidade as maiores variaes acontecem entre espcies, sendo que

    algumas delas apresentam maior facilidade de colagem que outras. A

    natureza biolgica da madeira causa adicionalmente amplas variaes entre

    rvores de uma mesma espcie, e mesmo no material de uma mesma

    rvore. Esta variabilidade atinge uma srie de propriedades (peso especfico,

    textura, permeabilidade, etc), que por sua vez so definidas no processo de

    adeso e na desempenho da colagem.

    Densidade colagens feitas em madeiras de densidade mais alta degradam-

    se mais rapidamente do que as efetuadas em madeiras de mais baixa

    densidade. Madeiras mais densa, normalmente possuem maior resistncia

    mecnica. A densidade da espcie est diretamente relacionada com a sua

    porosidade e permeabilidade, influenciando assim o grau de rugosidade e as

    funes de mobilidade, fatores determinantes na formao da ligao

    adesivo-substrato.

    Porosidade e permeabilidade o tamanho, a disposio e a freqncia de

    cavidades celulares e poros na estrutura da madeira afetam diretamente a

    penetrao do adesivo. As interaes da porosidade e permeabilidade com a

    migrao do solvente tambm interferem na viscosidade da resina, afetando

    suas funes de mobilidade, o que acarreta mudanas na qualidade da

    colagem, ocorrendo mais ou menos vazios.

    Capacidade tampo e pH a maior parte das espcies de madeira apresenta

    pH cido. As variaes de pH e a capacidade tampo afetam diretamente a

    cura e a solidificao do adesivo, uma vez que estes processos ocorrem

    somente em faixas relativamente estreitas de pH.

    Contedo de umidade na colagem com os tradicionais adesivos sintticos

    base de uria, melamina, fenol e resorcinol, so imprescindvel que a

    madeira seja previamente seca at teores de umidade normalmente entre

    5% e 20%. Teores de umidade mais altos podem ocasionar formao de

    bolhas.

    2.2.4.1 Adesivos

    O uso de adesivos pelo homem tem registros de mais de dois mil anos antes

    de Cristo. Informaes dizem que os egpcios foram um dos primeiros povos a

    usarem adesivos. Eles empregavam a goma arbica retirada de essncias florestais

    e, resinas de algumas rvores, bem como do ovo e da borracha. Uma cola feita

  • 32

    com pasta de farinha foi usada para confeccionar os primeiros papiros compostos

    por lminas finas, justapostas e coladas.

    At o incio do sculo XX ocorreu pouca evoluo no estudo dos adesivos. At

    a primeira guerra mundial, o predomnio acontecia por parte dos adesivos base

    de protenas animais. Aps a Primeira Guerra comearam a surgir novos tipos de

    adesivos com caractersticas de serem empregados temperatura ambiente e com

    certa resistncia gua. Esses adesivos so empregados at hoje em vrios pases,

    na colagem de peas estruturais de madeira para uso interno. Tambm foram

    criados adesivos base de albumina sangnea com elevada resistncia ao da

    gua, porm com cura a quente.

    Por volta de 1930, comeou a ser empregada em escala industrial a primeira

    resina sinttica base de fenol-formaldedo. Nesta mesma poca tambm comeou

    a ser empregado o adesivo base de uria-formaldedo, na produo de mveis e

    madeira compensada para uso interno. Este adesivo base de uria apresentava

    pouca resistncia gua quando comparado s resinas fenlicas, entretanto, a cura

    era processada em temperatura mais baixa e menor custo.

    Aps a Segunda Guerra Mundial, novos adesivos foram desenvolvidos,

    podendo destacar o resorcinol-formaldedo, com custo maior que os citados

    anteriormente, porm com cura temperatura ambiente e maior resistncia

    gua. Tambm surgiram os primeiros adesivos poliuretanos e as emulses de

    acetato de polivinila comearam a substituir adesivos base de protena animal.

    Segundo Mantilla Carrasco, foi o estudo de qumica das macromolculas com

    melhores caractersticas quanto ao seu desempenho como adesivo, que possibilitou

    grande expanso das indstrias de adesivos base de resinas vinlicas, polister,

    poliuretanas, entre outras e as aplicaes de colagem com vrias finalidades.

    Butterfield , comenta que, durante a reduo da espessura de um colcho de

    fibras, estas se orientam, preferencialmente, no sentido horizontal ao plano do

    painel, resultando em uma considervel presso das fibras, umas sobre as outras,

    provocando amplo contato entre as paredes destas fibras e a resina.

    Com o surgimento dos adesivos sintticos foi notrio que estes

    impulsionaram a indstria de painis base de madeira. A partir de 1930, a

    disponibilidade de resinas lquidas, base de uria-formaldedo e fenol-formaldedo,

    permitiram a fabricao de painis de melhores qualidades.

    Os principais adesivos empregados na fabricao de painis base de

    madeira so os adesivos sintticos, destacando-se o fenol-formaldedo, o

    resorcinol-formaldedo, a uria-formaldedo e a melamina-formaldedo. Estas quatro

  • 33

    resinas compem, aproximadamente, 90% de todas as resinas adesivas em painis

    de madeira, sendo todas elas derivados de combustveis fsseis. O fenol e o

    resorcinol so derivados do benzeno, que sintetizado a leo, e a uria, a

    melamina e o formaldedo so todos derivados do petrleo. Apresentam como

    principais propriedades sua resistncia umidade e imunidade ao ataque de

    microorganismos. Devido a estas propriedades, essas resinas so amplamente

    empregadas na indstria madeireira. Os adesivos sintticos geralmente so

    classificados de acordo com sua termo-estabilidade, Koch et al.

    Um adesivo termo-estvel pode ser definido como aquele que possui

    capacidade de se solidificar atravs de reaes qumicas ativadas por calor ou

    catalisadores, resultando em uma colagem resistente a umidade e calor. Um

    adesivo termo-plstico aquele capaz de ser, repentinamente, amolecido por

    aquecimento e endurecido por resfriamento. A classe dos adesivos termoestveis

    representada, principalmente, pelas resinas de origem fenlica.

    2.2.4.2 Classificao Dos Adesivos

    Os adesivos podem ser classificados a partir de diferentes parmetros como:

    origem dos componentes primrios, temperatura de cura, resistncia umidade,

    composio qumica, entre outros. Neste trabalho, a classificao ser feita a partir

    da composio qumica do adesivo, podendo os mesmos ser inorgnicos ou

    orgnicos.

    Adesivos inorgnicos

    O emprego de adesivos sob presso e temperatura permite a fabricao de

    chapas com larguras muitas vezes superiores ao dimetro da rvore que fornece a

    matria-prima. A fabricao de painis base de madeira, alm de praticamente

    eliminar as limitaes de tamanho, permite o aumento da resistncia lateral (eixo

    transversal), atravs da disposio das lminas na fabricao do compensado, ou

    atravs da orientao das fibras e partculas na produo de chapas de fibra e

    chapas de madeira aglomerada, contribuindo significativamente para diminuir os

    efeitos da anisotropia da madeira. Para a fabricao do MDF, as resinas naturais

    existentes na madeira no so suficientes para agregar as fibras. Ento, passa a

    ser necessrio adicionar algum tipo de elemento ligante. A adeso entre as fibras

    da madeira e o adesivo, depende de interao fsico-qumica. Os adesivos realizam

    trs fases distintas durante o processo de ligao. Inicialmente o adesivo deve

  • 34

    umedecer as fibras; em seguida, deve fluir de modo controlado durante a

    prensagem e, finalmente, adquirir forma slida. Se ocorrerem falhas em algumas

    destas etapas, certamente a qualidade da colagem ser afetada. Uma tima ligao

    requer ntimo contato entre o adesivo e a fibra. Isto realizado usando presso e

    temperatura, ajustando tambm a viscosidade do adesivo, transferindo o fluxo

    atravs dos pontos de ligao, enquanto, acomoda-se a madeira para conseguir

    melhor contato na superfcie.

    Os principais adesivos que empregados na produo de MDF so: uria-

    formaldedo e melamina-formaldedo. Os adesivos base de uria-formaldedo

    podem ser formulados para curar temperatura ambiente (20C) ou para

    aquecimento atravs de prensas quentes a temperaturas que variam at 160C. O

    uso de extensores base de farinha de cereais, juntamente com a resina, realiza

    colagens perfeitas. A farinha e o excesso de cola retardam a velocidade de cura da

    cola e, para compensar este fenmeno, adiciona-se mistura um catalisador.

    Existem vrios tipos de catalisadores adaptveis s condies especficas do

    emprego. Para prensagem a frio existe um tipo, enquanto para prensagem

    quente utiliza-se outro tipo de catalisador. O adesivo uria-formaldedo apresenta

    colorao clara. Possui como desvantagem liberao de formaldedo na

    prensagem a quente, e vem sendo muito combatido por rgo de controle

    ambiental, porque o formaldedo altamente txico.

    J os adesivos base de melamina-formaldedo so normalmente do tipo de

    cura quente (115C a 160C), similar uria-formaldedo. A emisso de

    formaldedo causada pelo excesso de formaldedo liberado pelos adesivos. A

    liberao ocorre pela quebra das ligaes na resina devido a grande exposio

    umidade. Devido aos processos de produo, o custo da resina melamina bem

    mais alto que a resina de uria. Basicamente, as reaes de condensao da uria

    e da melamina so iguais. Tambm a reao melamina-formaldedo, interrompe-se

    por meio de neutralizao quando os produtos de condensao ainda esto

    suficientemente solveis em gua. As resinas melamnicas so comercializadas sob

    a forma de p, porque em solues aquosas a sua vida til curta. A cura, ao

    contrrio das resinas uria-formaldedo, pode ser efetuada sem catalisadores

    cidos, mas simplesmente atravs do calor. Possui algumas vantagens como: maior

    resistncia gua, possibilidade de cura sem catalisador. E como desvantagens:

    alto custo de produo, pequena vida til em soluo aquosa e impossibilidade de

    prensagem a frio.

  • 35

    2.3. PROCESSO DE PRODUO

    Produo do colcho de fibras - aps a secagem, a mistura fibra /resina vai

    para a linha de formao, onde concebido o colcho de fibras. Tal

    equipamento distribui as fibras de maneira uniforme. O processo de

    formao do colcho um processo seco, no qual no se acrescenta gua.

    Entrelaamento das fibras -colcho a seco formado a partir de uma

    suspenso das fibras ao ar. A altura do colcho delimitada por um cilindro

    dentado acoplado a um tubo seccionador de fibra excedente.

    Seccionamento - o sistema de seccionamento muda conforme o tipo de linha

    de formao, que o conjunto de equipamentos cujas operaes do a

    forma final ao MDF. Quando o processo de secagem intermitente, a manta

    cortada por lminas circulares no-dentadas e, em seguida, encaminhada

    s operaes de pr-prensagem e prensagem a quente.

    Prensagem - o colcho de fibras transformado em chapas de MDF atravs

    do processo mecnico de prensagem e do processo termo-qumico de cura

    das resinas com as fibras, ambos contnuos . Prensagem - a pr-prensagem

    evita possveis desmanchamentos e deslizamentos das fibras da manta

    durante a prensagem a quente. Para cada sistema de prensagem, existe um

    tipo de linha de formao.

    Climatizao - aps a prensagem, as chapas so submetidas ao processo de

    climatizao, durante o qual ocorre a consolidao da chapa de fibras no que

    se refere a seus aspectos de estabilidade dimensional e cura de resina.

    Resfriamento - efetuado para evitar variaes dimensionais da chapa aps

    o aquecimento. Normalmente, so resfriadas temperatura ambiente,

    protegidas das intempries, onde o tempo depende do tipo de linha de

    formao utilizada.

    Acabamento - nesta etapa retirado o refilo das chapas, proporcionando o

    acabamento nas bordas. Tambm se determina a dimenso final da chapa -

    comprimento e largura. Corte, lixamento e revestimento - o corte feito

    procurando estabelecer a medidas dos painis de MDF, conforme padres

    estabelecidos. O lixamento est diretamente relacionado preparao da

    superfcie das chapas, para acabamentos finais.

  • 36

    Fluxo de Produo das Chapas de MDF

    2.3.1. Alimentao da esteira (Luciano Scheid)

    2.3.2. Formao do colcho

  • 37

    A mquina formadora do colcho baseada no princpio empregado no

    processo de formao do papel e chapas duras, o tipo fourdrinier.

    Recentemente, foi desenvolvido um novo equipamento denominado do

    formador rando-wood mdf, com a tcnica derivada da indstria txtil.

    Esquema de funcionamento do formador randowood mdf.

    Na figura anterior, pode-se observar que as fibras resinadas so fornecidas

    para o alimentador por meio de um sistema de expedio mecnico ou

    pneumtico, o qual assegura um constante e uniforme suprimento de material para

    cada estao formadora. As fibras entram na unidade formadora por meio de

    um separador pneumtico, onde so separadas. Por sistema de ar-transportador e

    mantidas em uma calha transportadora fixa para o primeiro estgio do

    equipamento formador. Um sistema misturador, consistindo de um par de rolos com

    cravos, desintegra eventuais pores de fibras aglutinadas, e proporcionam um

    fornecimento uniforme atravs da largura do colhedor aps a passagem por rolos

    misturadores, uma quantidade de umidade pode ser adicionada s fibras, para

    ajuste do teor de umidade. As fibras caem sobre uma esteira mvel horizontal, que

    transporta para uma esteira, inclinada e equipada com pinos e sarrafos

    especialmente projetados que suspende a massa de fibras para o rolo espanador a

    queda livre das fibras tambm influenciada pela presso de ar negativa,

    desenvolvida na seo formadora do colcho, onde h uma ponte de ar, com uma

    seo transversal tipo cunha. As fibras so compactadas pela presso de suco do

  • 38

    sistema condensador. como os condensadores so rotacionados para adiante, o

    movimento da superfcie, combinado com a presso de suco, causa o movimento

    das fibras para frente na ponte de ar.

    Onde houver uma pequena aglutinao de fibras, um forte fluxo de ar

    estabelecido, e as fibras so imediatamente sugadas para o interior deste,

    formando, desta forma, um colcho denso e uniforme o rendimento do formador

    determinado volumetricamente e pode ser controlado pela velocidade superficial

    da condensadora, atravs do aumento ou reduo da distncia transversal da

    entrada e, tambm, pelo aumento ou reduo da velocidade da seo alimentadora

    das esteiras de suprimento.

    2.3.3. Cilindros formadores

    Antes da prensagem a quente, o colcho de fibras passa pela pr-prensagem

    nos cilindros formadores, com o objetivo de reduzir a altura do colcho e melhorar

    a consistncia da mistura, facilitando o processo de carregamento da prensa

    quente.

    O rendimento do cilindro formador determinado volumetricamente e pode

    ser controlado pela velocidade superficial da condensadora, atravs do aumento ou

    reduo da distncia transversal da entrada e, tambm, pelo aumento ou reduo

    da velocidade da seo alimentadora das esteiras de suprimento. Cada cilindro

    formador produz um colcho de uma simples camada, com arranjo entrelaado de

    fibras.

    O colcho formado assentado sobre uma esteira transportadora para

    conduzi-lo linha de prensagem. Para colches espessos, pode ser empregado

    mais de um cilindro formador composto em srie, formando uma laminao

    mltipla de colches finos.

    Um formador pode assentar at 150 toneladas de colcho por dia, com

    largura mxima de 2,54 m.

    2.3.4. Corte das chapas

    Nesta etapa retirado o refilo das chapas, proporcionando o acabamento nas

    bordas. Tambm se determina a dimenso final da chapa - comprimento e largura.

  • 39

    2.3.5. Carrossel de descanso

    2.3.5.1 Resfriamento e Climatizao

    Aps a prensagem, as chapas so submetidas a um processo de

    resfriamento , este processo efetuado para evitar as variaes das chapas aps o

    aquecimento, normalmente as chapas so resfriadas temperatura ambiente e

    protegidas de intempries. Na climatizao ocorre a consolidao da chapa de

    fibras no que se refere a seus aspectos de estabilidade dimensional e cura de

    resina.

    Esta etapa dura em media de 72 horas de descanso dependendo do tipo de

    linha e da formao utilizada.

    Resfriador Estrela

    2.3.6. Classificao

    Os materiais caractersticos deste grupo so:

    Hardboard

    Mediumboard

    Softboard

    Tambm conhecidos pelas siglas:

    HDF - High Density Fiberboard - placas de alta densidade (at 1050 kg por m.)

    MDF- Medium Density Fiberboard placas de densidade mdia (at 800 kg por m.)

  • 40

    LDF - Low Density Fiberboard - placas de baixa densidade (at 650 kg por

    m.).

    As diferenas de densidade ditada pelo mbito de aplicao das chapas: HDF

    utilizado obter produtos mais sofisticados com um elevado perfil operacional carga,

    MDF - artigos para profiling mdia complexidade ou de produtos com um perfil

    simples, mas suficiente carga (mobilirio painel) e LDF - no caso de produtos com

    um simples e de perfil de baixa carga (parede painis, mobilirio elementos com

    uma fraca carga).

    Tipos de MDF

    As chapas de MDF so fabricadas com diferentes caractersticas, que variam

    em funo de sua utilizao final. Como exemplo citamos, alm das chapas

    standard, as chapas FR (resistentes ao fogo) e as chapas MR (resistentes

    umidade, que so usadas em ambientes externos). Existem tambm chapas de

    maior resistncia mecnica (HD), fabricadas com maior quantidade de fibras e

    resinas, o que lhes permite aplicaes que requeiram maior resistncia flexo ou

    ao impacto.

    As espessuras das chapas variam de 3 mm at 60 mm, sendo as mais

    grossas utilizadas em elementos estruturais ou decorativos de arquitetura e mveis

    (ps torneados para mesas, por exemplo).

    O MDF oferecido ao mercado basicamente com trs acabamentos: chapas

    cruas, chapas com revestimento laminado de baixa presso e chapas com

    revestimento finish foil:

    As chapas cruas so fornecidas ao usurio in natura de forma que possa ser

    realizado o acabamento das peas atravs de pintura, revestimento com PVC

    ou hot stamping;

    As chapas com revestimento com laminado de baixa presso so produzidas

    atravs da sobreposio de uma folha de papel especial, impregnada com

    resina melamnica, que fundida atravs de presso e temperatura ao painel

    de MDF, resultando em uma chapa j acabada. Pode-se revestir apenas uma

    das faces, permitindo ao usurio usinar a face no revestida e acab-la

    atravs de pintura ou revestimento PVC, e

    As chapas com revestimento finish foil so produzidas por adio de uma

    pelcula de papel colada chapa, resultando em um produto j acabado.

    Essa pelcula pode ser impressa com padres madeirados ou em cores.

  • 41

    III. ARMAZENAMENTO DE PAINIS

    A carga aplicada aos painis quando os mesmos esto colocados

    horizontalmente, pode ocasionar deformaes temporrias ou permanentes.

    Depende tambm de outros fatores para ocorrer s deformaes, como, o sol e a

    umidade relativa que esto submetidos os mesmos, e durante a aplicao da

    carga, da sua espessura, do mdulo de elasticidade e da distncia existente entre

    os separadores em que se apia os painis.

    Para evitar as deformaes permanentes durante o armazenamento no

    depsito ou na obra, se incluem algumas recomendaes para o acondicionamento

    do mesmo. Os painis devem ser acondicionados separados da umidade do piso,

    colocados horizontalmente e com uma quantidade adequada de separadores.

    Devero evitar-se distncias variveis e demasiadas grandes entre os

    separadores. Os separadores devem estar alinhados verticalmente e igualmente

    espaados horizontalmente, evitando-se uma distncia excessiva entre o ltimo

    separador e o canto dos painis. No caso que devam permanecer ao tempo (por

    exemplo, durante a execuo de obras), devem proteger-se adequadamente do sol

    e das chuvas, e mantendo uma adequada ventilao entre os mesmos.

    Na figura 3.1 temos como exemplo, os benefcios de um correto

    armazenamento, mostrando-se direita as deformaes que podem ocorrer devido

    a um armazenamento incorreto.

    Orientao para Armazenamento

  • 42

    Os painis de MDF devero ser armazenados se possvel na posio

    horizontal. Conforme a figura abaixo

    Armazenamento correto das chapas

    Se o espao de armazenamento reduzido, se recomenda um empilhamento

    oblquo, com um ngulo que no supere os 20 em relao vertical. E somente

    para painis de 9 mm ou mais. Exemplo na figura abaixo:

    Armazenamento correto das chapas

    Em ambos os casos, a superfcie de apoio de ser lisa e completamente isenta

    de umidade. Os painis devem manter-se separados do solo, sobre suportes

    (pallets ou tacos) de igual bitola com uma distncia mxima de 80 cm entre eles. A

    exemplo na figura 3.4. No caso de painis de espessura de 3,2 a 9 mm, deve-se

  • 43

    considerar 60 cm como distncia mxima entre apoios e um painel de 18 mm como

    suporte. Em igual no transporte, os painis devem ser perfeitamente alinhados

    para evitar danos nos cantos.

    Armazenamento correto das chapas

    Ao se armazenar, uma pilha de painel sobre outra, necessrio considerar a

    posio dos separadores, que devem sempre se encontrar em perfeita

    verticalidade. Como na figura abaixo:

    Uso de Separadores no Armazenamento

    A bitola mnima dos separadores de 3 x 3 e a quantidade mnima

    requerida demonstrada na tabela abaixo:

  • 44

    ESPESSURA DO PAINEL QUANTIDADE DE SEPARADORES

    Menor ou Igual a 9 mm 4

    Superior a 9 mm 3

    IV. PRODUTOS

    4.1 MADEFIBRA (CHAPAS CRUAS)

    Painel de madeira de mdia densidade sem revestimento. Matria-prima que

    oferece vrias possibilidades de aplicao e acabamento. Ideal para mobilirio,

    molduras e revestimentos no geral. As peas podem ser fabricadas com cantos

    retos ou utilizando solues mais elaboradas, como usinagens e torneados. O

    acabamento acompanha a criatividade do profissional, o painel pode ser

    apresentado no seu aspecto natural, recebendo apenas a aplicao de um verniz,

    ou ser base para pinturas e outros revestimentos. As chapas cruas so fornecidas

    ao usurio in natura de forma que possa ser realizado o acabamento das peas

    atravs de pintura, revestimento com PVC ou hot stamping.

    Ficha tcnica dos painis Dimenses

    Espessura (mm)* Dimenses (mm)*

    Pinus 3 / 6 / 9/ 12 / 15 / 18 / 20 / 25 / 30 1830 x 2750

    Eucalipto 9/ 12 / 15 / 18 / 20 / 25 / 30 / 35

    1830 x 2440 / 2100 x 2750 / 2130 x 2750 / 2440 x 2750

    Aplicaes

    Residenciais Comerciais

    Porta e caixa de armrio; frente e lateral de gaveta; prateleira; tampo e estrutura de mesa; estante; painel decorativo; cabeceira de cama; gabinete de pia; porta interna e revestimento de parede.

    Painel divisrio, display, tampo de balco, frente de balco, estrutura de balco, gndola e aparador.

    Acabamentos

    De Possibilita

  • 45

    Fbrica

    Cru e Liso Entalhe, Torneamento, Pintura, Verniz, Tingimento e Revestimento. * outras medidas sob encomenda

    4.2 MADEFIBRA BP (CHAPAS COM REVESTIMENTO LAMINADO DE BAIXA PRESSO)

    As chapas com revestimento com laminado de baixa presso so produzidas

    atravs da sobreposio de uma folha de papel especial, impregnada com resina

    melamnica, que fundida atravs de presso e temperatura ao painel de MDF,

    resultando em uma chapa j acabada. Pode-se revestir apenas uma das faces,

    permitindo ao usurio usinar a face no revestida e acab-la atravs de pintura ou

    revestimento PVC. Disponvel em diversos padres e texturas. Ideal para

    mobilirio, e revestimentos no geral. Suas principais vantagens so a agilidade no

    processo de fabricao e a resistncia da superfcie acabada, principalmente

    quando comparado a acabamentos convencionais, como a pintura e a lmina de

    madeira.

    Ficha tcnica do Paineis Dimenses

    Espessura (mm)* Dimenses (mm)*

    Pinus 6 / 9 / 15 / 18 1830 x 2750 / 2200 x 2750 **

    Eucalipto 6 / 9 / 15 / 18 ** 1830 x 2750 / 2200 x 2750

    Aplicaes

    Residenciais Comerciais

    Porta, fundo e caixa de armrio; frente, fundo e lateral de gaveta; prateleira; tampo e estrutura de mesa; estante; painel decorativo; cabeceira de cama; gabinete de pia; porta interna e revestimento de parede.

    Painel divisrio, display, tampo de balco, frente de balco, estrutura de balco, gndola e aparador.

    Acabamentos

    De Fbrica

    Revestido em 1 face, Revestido em 2 faces, Liso, Texturado, Padres madeirados e Padres cromticos.

  • 46

    * outras medidas sob encomenda * padres sob consulta

    4.3 MADEFIBRA DESIGN

    Painel de madeira revestido nas duas faces com laminado melamnico que

    reproduz na face principal, atravs da mais avanada tecnologia, os veios naturais

    da madeira. Ideal para reas externas das peas de mobilirios e revestimentos no

    geral. So produzidas por adio de uma pelcula de papel colada chapa,

    resultando em um produto j acabado. Essa pelcula pode ser impressa com

    padres madeirados ou em cores.

    Ficha tcnica

    Dimenses

    Espessura (mm)* Dimenses (mm)*

    Eucalipto 15 / 18 / 25 1830 x 2750

    Aplicaes

    Residenciais Comerciais

    Porta e caixa de armrio; frente e lateral de gaveta; prateleira; tampo e estrutura de mesa; estante; painel decorativo; cabeceira de cama; gabinete de pia; porta interna e revestimento de parede.

    Painel divisrio, display, tampo de balco, frente de balco, estrutura de balco, gndola e aparador.

    Acabamentos

    De Fbrica

    Revestido em 2 faces, Texturado e Padres Madeirados.

    * outras medidas sob encomenda

    Uso e Aplicaes

    O MDF destina-se, principalmente, indstria moveleira. O uso do MDF

    freqente como componente de mveis para partes que requerem usinagens

    especiais. Destaca-se a fabricao de p de mesa, caixas de som, componentes

  • 47

    frontais, internos e laterais de mveis, fundos de gaveta e tampos de mesa. Na

    construo civil, pode ser utilizado como pisos finos, rodaps, almofadas de portas,

    divisrias, portas usinadas, batentes, balastres e peas torneadas. A principal

    matria-prima utilizada pelas fbricas de MDF a madeira. No Brasil, esta obtida

    de reflorestamento, utilizando-se espcies selecionadas de pinus em funo do

    melhor rendimento agro-industrial. Alm desse aspecto, as fibras de pinus

    proporcionam uma chapa de cor clara, mais valorizada pelo mercado.

    V. CONSIDERAES FINAIS

    O MDF com o passar dos anos, na economia mundial atual onde preo e

    qualidade so fundamentais para a competitividade, passou a ser um produto

    largamente explorado. Como o acabamento alcanado por meio da evoluo do

    MDF superior ao da madeira slida, o produto passou a ser uma excelente

    alternativa para a indstria moveleira. Apesar de um alto custo para uma empresa

    se instalar para a fabricao do MDF, a grande vantagem o aumento ano a ano

    pela procura do produto.

    Apesar de apresentar algumas desvantagens sobre a madeira como a

    resistncia umidade, estudos atuais esto avanados com relao a esse sentido,

    trabalhando muito a parte de resinas.

    O conceito do MDF vem aumentando conseqentemente devido sua

    qualidade e tambm pela m fama que o aglomerado deixou no mercado. Mas

    devido sua trabalhabilidade com relao ao produto final isso vem agradando cada

    vez mais o consumidor.

    6. REFERNCIA (Marlos Paulo/Thiago)

    http://german-woodworking-machinery.com/pt/Fdimter.html