Apostila Memorial Descritivo Orçamento e Cronograma Fisico Financeiro

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TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL2010  VOLUME - B

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PROF. DR. JOSÉ ANTONIO DE MILITOPREFÁCIO

É grande a importância do planejamento em todas as fases de umempreendimento.

Esta apostila mostra os conceitos que poderão ser aplicados, para minimizar os imprevistos e garantir uma obra planejada e sem riscos. Ela define, em primeirolugar, a descrição do empreendimento, depois como orçar e finalmente, através decontroles gráficos, planejar.

O planejamento é bem sucedido, quando se conhece todos os materiais, osmétodos executivos e se mantém um controle constante durante toda a duração daobra. Não se concebe planejar no papel e deixar guardado na gaveta.

Espero que esta apostila possa fornecer aos alunos, os subsídios necessáriosao correto planejamento e controle de obras.

JOSÉ ANTONIO DE MILITO

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SUMÁRIO

1 - Memorial Descritivo 04

Memorial Descritivo – Modelo 01 08Memorial Descritivo – Modelo 02 23Memorial Descritivo – Modelo 03 29

2 - Caderno de Encargos 31

3 - Orçamento 373.1 – Tipos de Orçamento 37

3.1.1 - Orçamento por estimativa 373.1.2 - Orçamento Preço Composto (sintético) 383.1.3 -Orçamento Detalhado (analítico) 38

3.2 - Considerações sobre Orçamento 403.2.1 - Custo Direto 403.2.2 - Custos Indiretos 433.2.3 - Despesas Indiretas 433.2.4 - Cálculo do BDI 46

3.3 - Planilha Orçamentária e quantificação dos serviços 503.3.1 - Preenchimento da Planilha do Orçamento 503.3.2 - Cálculo da quantidades 54

4 - Controle Gráfico das Construções 644.1 - Diagrama de Gantt 64

4.2 - Gráfico de Andamento 67

4.3 - Técnicas de Caminho Crítico 694.3.2 - Diferenças entre PERT e CPM 70

4.4 - PERT 704.4.1 – Definição 704.4.2 – Etapas no preparo do PERT 71

4.4.3 – Primeira Etapa – Planejamento 714.4.4 – Segunda Etapa – Programação 774.4.5 – Conclusão 94

5 - Anexos 99

6 - Bibliografia 106

MEMORIAL DESCRITIVO, ORÇAMENTO E CRONOGRAMA FÍSICOFINANCEIRO.

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1 - MEMORIAL DESCRITIVO

Para elaborar um orçamento é imprescindível que tenhamos em mãos dadosda construção, que nos oriente nos momentos de quantificar, qualificar os materiais,os sistemas construtivos, etc.; bem como de coletar os custos.

O projetista, ao elaborar um trabalho, deve ao seu final, executar umadescrição do mesmo, de maneira que o executor (construtor) tenha em mãos de quemaneira o projeto deve ser executado, bem como os materiais a serem utilizadospara que o mesmo saia a cópia fiel do projeto elaborado, com isso, todos ostrabalhos desenvolvidos devem ser acompanhados dos chamados "MemorialDescritivo", ou ainda "Caderno de Encargos", "Caderno Técnico", etc.

O Memorial Descritivo nada mais é do que a "descrição" completa de todos osmateriais, formas de execução, tipos de serviços de um determinado projeto. Quantomais detalhado for, melhor será a execução bem como seu orçamento, pois nosfornece grandes subsídios.

O Memorial Descritivo é composto por um cabeçalho contendo os dados daobra, os itens a serem descritos e finalizar com a assinatura do responsável técnicoe do proprietário.

Segue uma orientação com alguns tópicos mínimos a serem abordados nadescrição dos itens.

MEMORIAL DESCRITIVO

CONSTRUÇÃO: ____(tipo de construção, residencial, comercial...)_______ LOCAL: _______________________________________________ PROPRIETÁRO: _______________________________________________ 

1 - Condições Locais:- Topografia do Terreno: % de inclinação aproximada;- Benfeitorias Públicas: água, luz, esgoto, asfalto, etc;

- Terrenos Vizinhos: se estão edificados ou não.

2 - Serviços Preliminares:- Sondagens: nº de furos, posição, etc;- Limpeza do Terreno; (descrever)- Marcação da Obra; (qual o sistema utilizado)- Canteiro de Obras. (tipo de construção, materiais utilizados)

3 - Fundação:- Tipo de Fundação; (sapata, estaca...)- Profundidades Mínimas;

- Traço do Concreto utilizado;- Abertura das Valas: dimensões, preparo, etc;- Alvenaria de embasamento; (material)- Impermeabilização. (tipo, locais da aplicação)

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4 - Alvenaria:  - Elemento utilizado;

- Assentamento: argamassa, tipo de assentamento, etc;

- Reforços: vergas, cinta de amarração, etc; 5 - Estrutura:

- Concreto: traço, fck, lançamento;- Aço; tipo, estocagem do aço- Fôrmas: tipo de madeira, travamentos, etc.

 6 - Forros:  - tipo: laje pré, madeira, PVC, etc;

- concreto: agregados, traço;- revestimento interno.

7 - Cobertura:- madeira utilizada;- telha: tipo, caimento;- beiral; (forma de beiral)- calhas, rufos e pingadeiras; (tipo e espessura de chapa, corte)- condutores.

  8 - Revestimento Interno:- chapisco: traço, locais; (formas de aplicação)- emboço: traço, espessura, tipo de areia:

- reboco: traço ou tipo de massa pronta:- azulejo: tipo, assentamento, rejuntamento*locais de aplicação dos revestimentos.

9 - Revestimento Externo:- chapisco: traço, locais;- emboço: traço, espessura, tipo de areia:- reboco: traço ou tipo de massa pronta:*locais de aplicação dos revestimentos

10 - Preparação para pisos:

- nivelamento: (do solo)- apiloamento: (do solo)- concreto: traço, espessura, impermeabilização;- argamassa de regularização.

  11 - Pisos:- material, espessura, traço, assentamento, rejuntamento;- tipos de junta de dilatação* locais de aplicação.

  12 - Rodapés, Soleiras e Peitoris:

- tipo de material;- dimensões; (altura dos rodapés largura das soleiras e peitoris)* locais de aplicação.

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  13 - Esquadrias de Madeira:- dimensões;- tipo de madeira;- acabamentos;

* locais de colocação. 14 - Esquadrias Metálicas:

- tipos;- materiais;* locais de colocação.

  15 - Ferragens:- tipos;- materiais.

  16 - Instalação Hidráulica:- água fria: reservatórios, tipo de tubulação, pontos d'água;- água quente: tipo de tubulação, pontos d'água, tipo de aquecedor;- esgoto: tipo de tubulação, local de captação e despejo, ventilação,

caixa de gordura, caixa de inspeção:- águas pluviais: tipo de tubulação, acessórios, local de descarga.

17 - Aparelhos Sanitários:- tipo de peças;- válvula de descarga; (ou caixa acoplada)- cor;

- tanque, pia, etc.

  18 - Instalação Elétrica:- caixa de entrada;- materiais de condutores;- conduites- poste;- caixa de distribuição.

  19 - Pisos Externos e Muros:

  - contrapiso;- tipo de piso;- material para o muro;- altura do muro;- acabamento.

  20 - Pintura:- tipo de tinta;- tratamento da base;* locais de aplicação.

  21 - Vidros:  - tipos;

- espessuras;

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- cor;* locais de aplicação.

  22 – Calçada:

- preparo da base;- tipo de piso; (cerâmica, pedra, cimentado...)

  23 – Piscina:- tipo construtivo;- profundidade, impermeabilização, revestimento;- acabamento da borda e piso externo.

  24 - Limpeza:  - citar o tipo de limpeza que será efetuada.

 __________________________ __________________________  Autor e responsável pela obra Proprietário

OBS.: Além dos itens expostos acima, podemos acrescentar outros tais como:

- Marcenaria - Piscina- Serralheria - Sauna- Escadas - Paisagismo- Ar Condicionado, Etc.

Caso seja necessário, podemos acrescentar ou suprimir itens de acordo comcada tipo de projeto; esses itens devem se possíveis, ser seguidos no Orçamento enos Controles Gráficos das Construções.

Compilamos a seguir, três modelos de Memoriais Descritivos, um mais

completo e outro mais simplificado, que servirão somente como base para futurosmemoriais, pois cada projeto deve ter seu próprio Memorial Descritivo.

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*MEMORIAL DESCRITIVO (Modelo: 1)

Obra: ______________________________________________________________ Local: ______________________________________________________________ 

Propr.: _____________________________________________________________ 

01.00-CONDIÇÕES LOCAIS:

1.0 Terreno:

O terreno apresenta um leve aclive para o fundo de aproximadamente 5%,estando o mesmo coberto por vegetação rasteira.O terreno é servido por todas as benfeitorias públicas tais como: asfalto,água, esgoto, telefone e rede de energia elétrica.Todos os terrenos vizinhos são edificados, sendo as edificações laterais

térreas e a de fundo assobradada.Todas as edificações vizinhas estão a mais de 1,5m da divisa.

02.00-SERVIÇOS PRELIMINARES:

2.1 Sondagens do subsolo:

Deverão ser executados 03 furos de sondagens locados desalinhados,próximo as divisas. A sondagem deverá ser do tipo à percussão com determinação do SPT(Standart Penetration Test) de metro em metro e executada com

equipamentos e metodologias padronizadas pela ABNT. A profundidade dos furos deverá ser até atingir a camada impenetrávelconforme normas.

2.2 Limpeza do terreno e Movimento de terra:

 A limpeza do terreno deverá ser executada de maneira a retirar toda acamada superficial de terra vegetal, utilizando equipamento mecânico deporte apropriado. As áreas deverão ficar completamente limpas e desprovidasde tocos, raízes etc. O entulho removido deverá ser transportado para localaprovado pela Prefeitura Municipal.

Será efetuada uma escavação aproveitando a inclinação do terreno, conformeindicado no projeto.

02.03 Locação da obra:

Será procedida a locação, planimétrica e altimétrica, com os devidosinstrumentos de acordo com a planta de locação.O lançamento das medidas será sobre gabarito, nivelado e executado compontaletes e sarrafos firmemente travados e pregados.Serão aferidas as dimensões, alinhamentos, ângulos e quaisquer outrasindicações constantes no projeto com as reais condições encontradas no

local. Havendo discrepância, a ocorrência deverá ser comunicada aoprojetista para as devidas providências.

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Será mantido, em perfeitas condições, todas e quaisquer referências de nível(RN) e de alinhamento, o que permitirá reconstituir ou aferir a locação emqualquer tempo e oportunidade.

03.00-FUNDAÇÕES:

3.1 Perfuração das estacas:

 A perfuração das estacas moldadas “In Loco” deverá obedecer à locação ediâmetros especificados no projeto. A perfuração deverá ser feita preferencialmente por equipamento mecânico,somente admitindo-se perfuração manual quando previamente consultado ocalculista estrutural e aprovado pelo engenheiro responsável. A profundidade deverá obedecer ao mínimo estipulado em projeto e ser executada até a ocorrência de camada de solo resistente, previamente

detectada, através de sondagem. As perfurações deverão ser executadas perfeitamente a prumo.

3.2 Concretagem das estacas:

 As estacas, onde indicadas serão armadas de acordo com o projeto defundações.O fck do concreto deverá ser o estipulado em projeto e suas característicasquanto ao preparo transporte e lançamento deverá obedecer ao itemespecífico (concreto para infra-estrutura).No caso de ocorrência de águas ou solos agressivos, serão adotadas

medidas especiais de proteção ao concreto das estacas.Sobre as estacas blocos de coroamento ligados entre si por vigas baldramesde concreto armado, de conformidade com indicações em projeto.Quanto da concretagem deverá se feito o acompanhamento do consumo realde concreto pelo volume teórico, visando detectar possíveisestrangulamentos, desbarrancamentos e vazios.

3.3 Abertura de valas:

O movimento de terra a ser executado obedecerá rigorosamente às cotas eperfis previstos no projeto.

 Após a conclusão das escavações, o fundo das valas, blocos e vigasbaldrames deverão ser devidamente apiloados manualmente com soquetesou mecanicamente com compactador.O fundo das valas deverá ser perfeitamente nivelado, a fim de se obter umplano de apoio adequado para a colocação do concreto.Os trabalhos de aterro e reaterro de cavas de fundação serão executadoscom materiais escolhidos, isentos de materiais orgânicos e entulhos, emcamadas sucessivas de 20 (vinte)cm, molhados e energicamente apiloados,de modo a serem evitadas posteriores fendas, trincas e desníveis por recalque das camadas aterradas.

3.4 Formas das vigas baldrames:

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 As formas serão executadas com tábuas, sarrafos de pinho ou cedrilho. As formas deverão adaptar-se exatamente as dimensões indicadas no projetoe devem ser construída de modo a não se danificarem pela ação da carga,especialmente a do concreto fresco.

 As passagens de tubulações devem ser executadas preferencialmente naalvenaria de embasamento, caso haja necessidade de passar pelas vigasdeverão obedecer rigorosamente às determinações do projeto.

3.5 Armação:

 As execuções das armações deverão obedecer rigorosamente ao projetoestrutural no que se referem à posição, bitolas, dobramento e recobrimento.Para execução das armações, os ferros deverão ser limpos e endireitadossobre pranchões de madeira.Recomenda-se que o corte e o dobramento das barras de aço sejam feitas a

frio e não se admitirá o aquecimento em hipótese alguma.Não serão admitidas emendas de barras não previstas em projeto, e nacolocação das armaduras, as formas deverão estar limpas.

3.6 Concreto:

Todos os blocos de fundação e outras peças em contato direto com o solo,terão lastro de concreto não estrutural ( 1:3:6 ou 1:4:8) com espessuramínima de 05(cinco)cm sobre solo previamente compactado e isento deimpurezas.O concreto deverá ter um consumo mínimo e 200 kg/m3 de concreto.

O traço de concreto a ser utilizado, poderá ser apresentado pelo engenheiro.responsável em função dos agregados disponíveis, das resistências e doslocais de aplicação, conforme definição do projeto.

3.7 Alvenaria de Embasamento:

 As alvenarias de embasamento serão executadas com tijolos maciços,conforme especificado e obedecerão as dimensões e os alinhamentosdeterminados no projeto.Os tijolos serão umedecidos e assentados com uma argamassa mista decimento cal e areia grossa no traço 1:2:3 em volume.

 As fiadas serão perfeitamente em nível, alinhadas e aprumadas. As juntasterão a espessura máxima de 1,5cm.Os tijolos comuns de barro serão de argila, textura homogênea, bem cozidos,duros, isentos de fragmentos calcários ou outros corpos, arestas vivas e facesplanas sem fendas, porosidade máxima admissível de 20% e taxa de cargade ruptura a compressão de 4,0 Mpa.Deverá ser observada a impermeabilização de acordo com item especifico(13:00).

04.00 – ALVENARIA DE VEDAÇÃO:

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 As alvenarias de vedação serão de blocos cerâmicos executados conformeadiante especificado e obedecerão as dimensões e os alinhamentosdeterminados no projeto.Se as dimensões dos tijolos a empregar obrigarem a pequena alteração

dessas espessuras, o mesmo só poderá ser aplicado com prévia aprovação.Os blocos deverão ser molhados antes da sua colocação, e para o seuassentamento será utilizado argamassa mista de cimento, cal e areia grossacomum no traço 1:2:8 em volume. Como opção, poderá ser utilizadoargamassa pré-fabricada. As fiadas serão perfeitamente em nível, alinhadas e aprumadas. As juntasterão a espessura máxima de 1,5 cm, e o excesso da argamassa deassentamento retirado para que o emboço adira fortemente.O encontro das alvenarias com superfícies de concreto será chapiscada comargamassa de cimento e areia no traço 1:3, sendo que nos pilares deverãoser deixados ferros de amarração de 5,0mm a cada no máximo 60cm.

Todo parapeito, platibanda, guarda corpo, parede baixa ou alta nãoencunhada na parte superior deverá ser reforçada com cintas de concretoarmado e pilaretes embutidos.Os vãos das portas e janelas levarão vergas de concreto armado na partesuperior e contra vergas na parte inferior das janelas, devendo passar nomínimo para cada lado 30 cm.

05.00 – SUPERESTRUTURA:

5.1 Formas:

 A – Formas comuns:

 As formas serão executadas com tábuas e sarrafos de pinho ou cedrinho,pontalete de eucalipto chapa de madeira resinada ou madeira aparelhada.Deverão adaptar-se exatamente as dimensões indicadas no projeto e devemser construída de modo a não se danificarem pela ação de cargas,especialmente a do concreto fresco. As formas e escoramentos deverão ser construídos de modo tal que astensões neles provocados, quer pelo seu peso próprio, pelo peso doconcreto, ou pelas cargas acidentais que possam atuar durante a execução

da concretagem, não ultrapassem os limites de segurança para os materiaisque são feitos.Os pontaletes de eucalipto devem ter diâmetro no mínimo de 10 cm devendoser devidamente contraventados e as tábuas deverão ter espessura mínimade 2,5cm.Evitar as emendas nos pontaletes, caso seja necessário nunca poderá ter mais do que uma emenda (preferencialmente no primeiro terço do pontalete)travada por talas e os topos dos pontaletes devem ser planos e normais aoeixo das peças. As passagens de tubulações através das vigas ou outros elementos dasformas deverão obedecer rigorosamente às determinações do projeto, não

sendo permitidas mudanças da posição das mesmas.Nos painéis de laje deverá haver cuidado de se prever contraflexas nasformas.

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B – Forma para concreto aparente:

 As formas deverão obedecer às especificações e detalhes contidos noprojeto.

 As formas e escoramentos apresentarão resistências suficientes para não sedeformarem sensivelmente sob a ação das cargas e das variações detemperatura e umidade. As formas serão de madeira compensada plastificada e suas laminas deverãoser coladas com cola fenólica e não cola branca.É vedado o emprego de óleo queimado como agente protetor, bem como, ouso de outros produtos que, posteriormente venham a prejudicar auniformidade de coloração do concreto aparente. A aplicação do agente protetor de formas será efetuada antes da colocaçãodas armaduras e precederá de quatro horas, no mínimo, ao lançamento doconcreto.

Para garantir a estanqueidade das juntas, poderá ser empregado mata juntade madeira e fita adesiva nos painéis verticais. A ligação das formas internas e externas será efetuada por meio de tubosseparadores, preferencialmente de plástico, e tensores atravessando aestrutura de concreto.

5.2 Armação:

 A execução das armações deverá obedecer rigorosamente ao projetoestrutural no que se referem à posição, bitolas, dobramento e recobrimento.Para a execução das armaduras, os ferros deverão ser limpos e endireitados

sobre pranchões de madeira.O corte e o dobramento das barras de aço serão feitos a frio e não se admitiráo aquecimento em hipótese alguma.Não serão admitidas emendas de barras não previstas em projeto. Nacolocação de armaduras, as formas deverão estar limpas, isentas dequalquer impureza capaz de comprometer a boa qualidade dos serviços. Aarmação será separada da forma por meio de espaçadores (pastilhas).

5.3 Concreto:

O concreto usinado deverá obedecer ao indicado no projeto estrutural, e a

sua execução será de responsabilidade integral da Contratada.O concreto não poderá ser usado após 2:30min. Quando o período exceder aeste tempo, deverá ser previsto com antecedência a colocação de aditivos.O lançamento deverá ser de forma a reduzir o choque produzido sobre omolde e no lugar exato de seu emprego. A concretagem deverá obedecer aum plano de lançamento, com especiais cuidados na localização dos trechosde interrupção diária.Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser devidamente vibrado, por meio de vibradores de imersão. A agulha dovibrador deverá ficar no meio da peça, não sendo permitido o apoio damesma entre a forma e as armaduras.

Todo concreto deverá receber cura cuidadosa. As superfícies deverão ser mantidas úmidas, por meio de irrigação periódica, recobrimento da superfíciecom sacos de aniagem, mantas ou lâmina d’agua.

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 A desmoldagem deverá ser efetuada respeitando os prazos a forma eseqüência fixada pelo calculista. A retomada de concretagem em peças que não foram previstas juntas dedilatação só poderá ocorrer após 72 horas. A superfície deverá ser limpa

isenta de partículas soltas e poderá ser utilizado adesivo estruturalrecomendado pelo calculista.Todos os serviços de concretagem deverão ser acompanhados por equipeespecializada em controle tecnológico, devendo promover todos os ensaiosnecessários.

06.00 – FORROS:

 A laje utilizada será a treliçada e suas dimensões deverão obedecer aoprojeto estrutural.

06.01 - Escoramento: - Todos os vãos deverão ser escorados com tábuascolocadas em espelho (guias), exceto nos escoramentos destinados àsnervuras de travamento, onde deverão ser colocados “horizontalmente”, epontaletadas. O escoramento deverá ser contraventado em duas direções, ospontaletes sobre calços com cunhas e as guias sobre chapuz.

06.02 - Colocação da laje treliçada: - Para o perfeito espaçamento entre asvigas treliçadas, deverão ser colocados as lajotas nas duas extremidades, aslajotas restantes deverão ser colocadas de modo a que não fiquem folgas eque não saiam do esquadro.

 A primeira carreira de blocos deve ser apoiada de um lado sobre a parede edo outro sobre a primeira viga treliçada.

06.03 - Armadura de distribuição e negativa: - As armaduras deverão ser distribuídas de acordo com as indicações de bitola e quantidade anotadas noprojeto estrutural. Para a armadura de distribuição serão usadas telassoldadas e remontadas uma malha nas emendas.O ferro negativo deverá estar posicionado no meio da espessura da capa deconcreto conforme projeto estrutural.

06.04 - Concretagem: - A resistência do concreto deverá obedecer 

rigorosamente à indicação do fck contida no projeto estrutural. A laje deveráser bem umedecida antes do início da concretagem.

O lançamento deverá ser de forma a reduzir o choque produzido sobre a lajee sempre no lugar exato de seu emprego. O concreto deverá ser lançado logoapós o amassamento não sendo permitido entre o início e o fim dolançamento intervalo superior à uma hora. A cura deverá ser efetuada durante no mínimo três dias, por meio de irrigaçãoperiódica, recobrimento da superfície com sacos de aniagem, mantasumedecidas ou lâminas d’água.

06.05 - Desforma e cuidados especiais: - Para caminhar sobre a laje treliçadadurante o lançamento deverão ser utilizadas tábuas apoiadas nas vigastreliçadas. Não é aconselhável o trânsito de pessoas sobre a laje recémconcretada.

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 A desforma do escoramento somente poderá ser executada passados os 21dias do lançamento do concreto, salvo recomendação do calculista. Oescoramento deverá ser retirado do centro para as extremidades.

07.00: COBERTURA:

07.01 - Telhas - As telhas utilizadas serão de cimento amianto ondulada de6,0mm de espessura.

07.02 - Estrutura de madeira: - A estrutura de madeira será executada emperoba rosa com peças de bitolas comercias, as emendas das peças demadeira deverão ser efetuadas com chanfros a 45º posicionadas próximasaos apoios, tomando-se o cuidado de fazê-las à compressão. Caso sejamtracionadas as emendas deverão ser reforçadas com chapas metálicas.

07.03 - Telhamento:  A montagem e fixação deverão obedecer as indicaçõesdo fabricante. Como acessórios deverão constar parafusos e ganchosespeciais, arruelas, mastigue, etc.; e como peças complementares, peças dearremates e concordância de cimento amianto, tais como, pingadeiras,cumeeiras, rufos, etc. As ferragens de fixação serão de ferro galvanizado dimensionadas efornecidas conforme instrução do fabricante.O transporte, carga, descarga, armazenamento e montagem deverá observar as instruções do fabricante. O recobrimento lateral será de ¼ de onda e ascumeeiras do tipo articulada.

08.00 – ESQUADRIAS DE MADEIRA:

08.01 – Estrutura de madeira: As esquadrias de madeira deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização, execução e dimensão. Asindicações do projeto arquitetônico e respectivos desenhos e detalhesconstrutivos.Todas as esquadrias e guarnições deverão receber acabamento com vernizfosco internamente e externamente em pintura conforme especificado noprojeto de arquitetura (ver especificação de pintura) e somente serão

consideradas entregues após meticulosa vistoria.Toda madeira a ser empregada deverá ser seca e isenta de defeitos quecomprometam a sua finalidade. Serão sumariamente recusadas todas aspeças que apresentem sinais de empenamento, deslocamento, rachaduras,lascas, desigualdade de madeira ou outros defeitos.Os batentes serão assentados com espuma expansiva no prumo e em nível edeverão ser protegidos contra choques ou abrasão. As guarnições deverão ser da mesma madeira dos batentes ou folha,molduras aparelhadas, pregadas aos batentes com pregos 12 x 12 semcabeça.

08.02 – Ferragens: As ferragens que serão usadas nas esquadrias deverãoobedecer aos modelos e marcas estipuladas no projeto de arquitetura, e suamontagem somente deverá ser feita após a conclusão dos serviços de pinturae protegidas até a entrega da obra.

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Todas as dobradiças deverão ser adequadas às folhas, batentes e outrosdetalhes, deverão ser de 3”x 31/2”, com duas juntas articuladas ourolamentos de esfera.

09.00 – ESQUADRIAS METÁLICAS:

09.01 - As esquadrias metálicas deverão obedecer rigorosamente, quanto asua localização, dimensão e execução, as indicações do projeto arquitetônicoe detalhes construtivos.Todas as esquadrias serão fornecidas montadas completas, incluindodobradiças, fechos, baguetes, arremates, contra-marcos, vedação etc. As esquadrias deverão ser limpas de toda a ferrugem e escamas delaminação através de processo químico ou mecânico, e posteriormenteprotegidos com pintura anti-ferruginosa ( ver especificações de pintura).

 As esquadrias terão dispositivos que permita a drenagem de água que por ventura possa penetrar no interior dos perfis. A justaposição da folha com asguarnições será estanque a água de chuva, não tendo frestas que permitam apassagem de corrente de ar.Os vidros serão assentados em graxetas de neoprene embutidos nosmontantes, a fim de os vidros não venham a ser afetados por pressões ouvibrações dos montantes. As esquadrias para serem assentadas em alvenarias, serão fixadas nos vãospor meio de chumbadores previamente soldados. Para vãos de concretoaparente a fixação deverá ser com parafusos em buchas.

09.02 – Ferragens: As ferragens que serão usadas nas esquadrias, deverãoobedecer aos modelos e marcas estipuladas no projeto de arquitetura, e suamontagem somente deverá ser feita após a conclusão dos serviços de pinturae protegidas até a entrega da obra.Todas as dobradiças deverão ser adequadas as folhas, batentes e outrosdetalhes, deverão ser de 3” x 31/2” , com duas juntas articuladas ourolamentos de esfera.

10.00 – REVESTIMENTOS:

10.01 - Chapisco: - Todas as superfícies destinadas a receber chapiscodeverão ser limpas retirando as partes soltas e umedecidas antes de receber a aplicação do mesmo.O chapisco deverá ser de cimento e areia grossa no traço 1:3 em volume esua cura deverá ser de 3 dias no mínimo.

10.02 - Emboço: - O emboço deverá ser aplicado após completa pega dochapisco, das argamassas de assentamento das alvenarias, depois de

colocados os batentes, embutidas as canalizações e concluída as coberturas.O emboço deverá ser fortemente comprimido contra as superfícies e deveráapresentar acabamento rústico para aderência dos demais revestimentos.

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Para a perfeita uniformização dos painéis deverá ser executado taliscas emestras possibilitando uma espessura média entre 1,5 a 2,0cm.O emboço deverá ser de argamassa mista de cimento cal e areia média notraço 1:2:8. E nos locais em contato com o solo uma argamassa de cimento e

areia média no traço 1:4 e acabamento alisado, sua cura se dará no mínimoem 7 dias.

10.03 - Reboco: - O reboco somente deverá ser iniciado após completa curado emboço, cuja superfície deverá ser limpa isenta de partículas soltas eumedecida.O reboco deverá ser de argamassa pré fabricada de marca previamenteaprovada e sua aplicação deverá ser feita com desempendeira, após aargamassa estar descansada por no mínimo 3 dias, e uniformizada comdesempenadeira de espuma. A cura do reboco é de no mínimo 30 dias.

10.04 - Azulejo: - Os azulejos deverão ser de primeira qualidade,classificação extra, de acordo com o tipo indicado no projeto quanto a cor edimensões e assentados com cimentcola nos WCs, cozinha e lavanderia.O assentamento dos azulejos será feito de forma que se obtenham juntassuperficiais a prumo iguais de 2,0mm e nos painéis que excederem a 24m2 e32m2, externamente e internamente respectivamente, deverão ser previstos juntas de movimentação de no mínimo 8,0mm. As arestas salientes levarão cantoneiras de alumínio conforme detalheconstrutivo.Os azulejos serão batidos até a perfeita acomodação, de forma a não ficaremocos ou desnivelados com os demais azulejos do painel.

O rejuntamento será após 5dias, com rejunte de cor branca, bordas limpas esecas, retirando-se o excesso de pasta. Antes da entrega deverá ser feita uma inspeção do serviço ( a percussão)para verificação da existência de vazio sob os azulejos, a superfície acabadadeve ficar completamente plana e a prumo.

11.00 – PISOS:

11.01 – Nivelamento e apiloamento do terreno: - Todo o terreno destinado areceber piso deverá estar obrigatoriamente livre de impurezas, nivelado edeverá ser apiloado mecanicamente ou manualmente.Para o nivelamento deverá ser seguido os níveis propostos no projetodescontando para tal a espessura do contrapiso, argamassa de regularizaçãoou assentamento, e a espessura do piso. Os aterros deverão ser executadosem camadas de no máximo 20 cm com material de boa qualidade eapiloados. Na execução do apiloamento, o solo deverá estar nem comexcesso, nem com umidade abaixo do normal.

11.02 – Contra piso: - Todos os contra pisos deverão ser executados comconcreto não estrutural, com consumo mínimo de 200kg/m3, sobre o terreno

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previamente nivelado e apiloado e após a execução de todas as instalaçõesque passarem sob os mesmos e devidamente testadas. A espessura do contrapiso deverá ser de no mínimo 5,0cm para as áreasinternas e de 8,0cm para as rampas e garagens, e para a sua execução

deverá ser utilizado taliscas e guias previamente niveladas.O contra piso deverá ser concretado em panos de no máximo 3,0 x 3,0 m,ficando a dilatação como juntas secas.

11.03 – Pisos internos: - Os pisos só deverão ser executados após concluídosos revestimentos das paredes e tetos e vedadas as aberturas externas.Os pisos deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização, tipo,dimensão e execução, as indicações do projeto arquitetônico e detalhesconstrutivos.

• Cerâmica: Assentada com cimento cola sobre base regularizada com

argamassa de cimento e areia no traço 1:4 e acabamento desempenado.Deverá ser efetuadas juntas de dilatação superficial de no mínimo 3,0mme juntas de movimentação quando os painéis excederem a 24m2. As juntas de movimentação deverão coincidir com as juntas do contra piso. Após no mínimo cinco dias da colocação dos pisos as juntas superficiaisserão rejuntadas com rejunte industralizado e as juntas de movimentaçãocom mastique elástico.• Madeira: Tacão de ipê para assentamento com cola sobre baseregularizada com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 aplicadoseca “farofa” alisada sem queimar.Tábua corrida de ipê aparafusada sobre barrote fixado no contrapiso com

argamassa de cimento e areia no traço 1:3. Deverão ser colocados doisparafusos por seção e a cada 50cm. Após no mínimo cinco dias os pisos serão raspados e calafetados parareceber o acabamento final.

11.04 – Piso externo:• Pedras: - O assentamento das pedras deverá ser executada por equipe especializada, que fornecerá os colocadores e suas ferramentas.Na circulação externa será assentado pedra miracema com umaargamassa mista de cimento cal e areia no traço 1:0,5:4 e rejuntamentofeito com pó de mármore e cimento no traço 1:3, o excesso deverá ser 

retirado imediatamente para garantir a não aderência do rejuntamentosobre as pedras.

11.05 – Calçada:• Mosaico Português: - As pedras empregadas será o basalto preto e ocalcáreo branco, quebradas na obra manualmente no formato de cubosem torno de 4,0 cm, serão assentados sobre colchão de cimento e areiano traço 1:6 seco na espessura de 3,0cm, deverão ser molhados eapiloados.

12.00 – RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS:

12.01 – Rodapé de madeira: - Será aplicado nos ambientes definidos noprojeto ou tabelas de acabamento, serão de ipê com dimensões de 7,5cm.

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 A madeira usada para a confecção do rodapé deverá estar seca e isenta dedefeitos que possam prejudicar o acabamento do mesmo. A fixação será por parafusos com bucha de 0,50 em 0,50m e seus encontroscolados. Um cordão de raio igual a 1,5cm deverá ser colado e pregado no

encontro com o piso.

12.02 – Peitoril de granito: - Os peitoris deverão ser da cor cinza andorinha eser assentados de modo a deixar uma pingadeira de 2,0cm para a faceexterna da parede, com uma argamassa mista de cimento cal e areia no traço1:0,5:4.Para a proteção de infiltração na junta com os caixilhos e alvenarias, deverãoser preenchidos os espaços com silicone ou equivalente e o peitoril deveráTer uma inclinação mínima de 1% para a fase externa.

12.03 – Soleiras de granito: - As soleiras de granito deverão ser da cor cinza

andorinha e ter a mesma largura dos batentes das portas em casos internos.Em casos de aberturas com desnível as soleiras deverão contar compingadeiras de 2,0cm para a face externa da alvenaria, e serão assentadascom argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:0,5:4.

 Antes da entrega deverá ser feita uma inspeção do serviço (a percussão)para verificação da existência de vazios sob as soleira e peitoris.

13.00 – IMPERMEABILIZAÇÃO:

13.01 – Impermeabilização da alvenaria de embasamento: - Será realizado norespaldo do alicerce com uma argamassa de cimento e areia no traço 1:3com espessura média de 1,5cm alisada sem pó de cimento dobrandolateralmente 15cm. Sobre esta argamassa umedecida aplicar 2 demãos decimento cristalizante semi-flexível, após a cura, aplicar duas demãos de tintabetuminosa.

13.02 – Impermeabilização da alvenaria externa: - O revestimentoimpermeável, nas superfícies externas das paredes perimetrais, deverá ser executado até a altura de 60 cm acima do piso externo. Após ter sido aalvenaria umedecida aplicar duas demãos de cimento cristalizante semi

flexível.

14.00 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

 A posição das tubulações, peças e acessórios deverão obedecer ao projetoelétrico e seus memoriais.Todos os materiais utilizados deverão estar de conformidade com o

especificado noProjeto bem como as recomendações das normas da ABNT. A aplicação das tubulações de PVC e acessórios, bem como das caixas de

passagem deverão obedecer as exigências e indicações do fabricante. As ligações com a rede pública deverá ser de acordo com as exigências daconcessionária local.

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15.00 – INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS:

 A posição das tubulações, peças e acessórios deverão obedecer ao projetohidráulico e seus memoriais.

 As instalações hidráulicas só serão aceitas quando entregues em perfeitascondições de funcionamento e ligadas com a rede pública.O fundo das valas para tubulações enterradas deverão ser bem apiloadasantes do assentamento. O reaterro da vala será feito usando-se material deboa qualidade, em camadas de 20 cm sucessivas e cuidadosamenteapiloadas.O assentamento de tubos de ponta e bolsa será feito de jusante paramontante, com as bolsas voltadas para o ponto mais alto. As tubulações passarão a distância convenientes de quaisquer baldrames oufundações. A junta na ligação de tubulação, deverá ser executada de maneiraa garantir perfeita estanqueidade.

Na ligação de tubulação de PVC rígido com metais em geral, deverão ser utilizadas conexões com bucha de latão rosqueada e fundida diretamente napeça. Antes do início de qualquer tipo de revestimento as instalações hidráulicasque vierem ficar embutidas nas alvenarias ou concretos deverão ser testadas.

15.01 - Água fria: - As canalizações de água fria não poderão ser assentadasem valas de canalização de esgoto.Evitar fazer curvas em tubos de PVC bem como bolsas, utilizar conexõesadequadas.

15.02 - Esgoto: - A declividade será uniforme entre as sucessivas caixas deinspeção, evitando depressões que possam formar depósitos no interior dascanalizações.Todos os aparelhos deverão ser instalados de modo a permitir fácil limpeza eremoção, bem como evitar a possibilidade de contaminação de água potável.Os tubos de queda deverão ser verticais com uma única prumada, se houver necessidade de mudança de prumada, deverá ser feito com conexões de raiolongo. As caixas de gordura deverão ter paredes lisas, a tampa removível e o fundouma declividade mínima de 10%.

15.03 – Ventilação: - A canalização de ventilação deverá ser instalada deforma que não tenha acesso a ela qualquer despejo de esgoto, e suaextremidade no mínimo 40cm sobre os telhados e encimada por te.

15:04 - Água quente: - Deverão ser utilizados tubo de cobre sem costura, e oseu acoplamento realizado com conexões de cobre ou bronze, através desoldagem.

16.00 – INSTALAÇÕES E APARELHOS

16.01 Aparelhos sanitários: - A louça para os diferentes tipos de aparelhossanitários e acessórios será de grês banco ( grês porcelânico )O material cerâmico ou louça deverá satisfazer as Normas EB-44 e aoMB111/ABNT.

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 As peças serão bem cozidas, sem deformações e fendas, duras, sonoras,resistentes e impermeáveis. O esmalte será homogêneo, sem manchas,depressões, granulações ou fendilhamentos

16.02 – Metais e acessórios: - Os artigos de metal para equipamento sanitárioserão de pereita fabricação, esmerada usinagem e cuidadoso acabamento;as peças não poderão apresentar quaisquer defeitos de fundição ouusinagem; as peças móveis serão perfeitamente adaptáveis às suas bases,não sendo tolerado qualquer empeno, vazamento, defeito de polimento,acabamento ou marca de ferramentas.O acabamento dos metais será perfeito, não se admitindo qualquer defeito napelícula de recobrimento, especialmente falta de aderência com a superfíciede base.

17.00 – MUROS E GRADIS:

17.01 – Muros:Os muros de divisa serão executados com bloco cerâmico de 11,5 x 14,0 x24,0 assentados com argamassa mista no traço 1:2:8 sobre vigas baldramesapoiadas em brocas de 20cm de diâmetro e profundidade mínima de 2,0m acada 2,5m. No respaldo do alicerce deverá ser feito uma argamassaimpermeável pintada com material betuminoso. Pilares a cada 2,5m e todo omuro revestido com chapisco emboço e reboco internamente e chapisco depeneira externamente. Tudo conforme projeto e detalhamentos.

17.02 – Gradis: A divisa de frente da construção deverá receber uma grade metálica comaltura de 2,0m e portão da garagem de correr. A grade será construída deperfis tubular do tipo metalon com as extremidades tampadas.Grades de ferro maciço nas janelas e vitrôs. Tudo conforme projetosconstrutivos e decorativos.

18.00 – PINTURA:

18.01 – Paredes e tetos internas: - Todas as paredes e tetos internasindicadas no projeto deverão ser pintadas com no mínimo duas demãos delatéx PVA, sobre massa corrida previamente lixada e limpa e com uma demãode selador. A superfície na qual será aplicada a pintura deverá ser limpa e isenta depoeira ou partículas soltas. Eventuais manchas de óleo, graxa ou mofo,deverão ser removidas.18.02 – Esquadrias de madeira: - As esquadrias de madeira serãoenvernizadas internamente com verniz poliuretano e as externas com verniz

filtro solar brilhante. As superfícies serão lixadas e aplicado uma demão de selador para madeirae lixadas novamente. A cada nova demão de verniz deverá ser lixada pararetirar o brilho.

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18.03 – Esquadrias metálicas: - As esquadrias metálicas serão pintadas comtinta esmalte sobre fundo antiferruginoso. A cada demão de tinta deverá ser lixada para retirar o brilho.

OBS:• Não pintar o reboco antes que o mesmo esteja seco e curado.• Não aplicar massa corrida PVA em superfícies externas.• Não utilizar massa corrida diluída com água como se fosse uma tintade fundo.

18.04 – Paredes externas: - As pares externas serão pintadas com nomínimo duas demãos de tinta latéx acrílica sobre base preparada com texturaacrílica na cor branca. A superfície na qual será aplicada a pintura deverá ser limpa e isenta de

poeira ou partículas soltas. Eventuais manchas de óleo, graxa ou mofo,deverão ser removidas.

19.00 – VIDROS:

19.01 – Vidro liso transparente: - Os vidros deverão ser planos,transparentes, incolores, isentos de bolhas, lentes, ondulações e ranhuras.Os vidros deverão ser assentados em rebaixo aberto ou fechado com largurae altura mínima de 16 mm, com folga de bordo e laterais de no mínimo 5 mm.Os vidros deverão ser fixados com graxeta de neoprene, quando o rebaixo for 

fechado, e baguetes e massa de vidraceiro, quando o rebaixo for aberto.Os vidros lisos serão assentados nos dormitórios, estar, jantar, escritório.

19.02 – Vidro canelado: - Os vidros canelados deverão Ter espessura igual a4 mm.Os vidros deverão ser assentados em rebaixo aberto ou fechado com largurae altura mínima de 16 mm, com folga de bordo e laterais de no mínimo 5mm.Os vidros deverão ser fixados com graxeta de neoprene, quando o rebaixo for fechado, e baguetes e massa de vidraceiro, quando o rebaixo for aberto.Serão assentados nos WCs e área de serviço.

20.00 – LIMPEZA:

Todas as superfícies aparentes ( pavimentações, revestimentos, cimentados,azulejos, cerâmicas, vidros, aparelhos sanitários, etc...), deverão ser limposabundantemente e cuidadosamente lavados de modo a não seremdanificadas outras partes da obra por estes serviços de limpeza. A lavagem do piso deverá ser feita com sabão neutro perfeitamente isento deálcalis e ácidos.Deverá haver particular cuidado em remover quaisquer detritos ou salpicos deargamassa endurecida das superfícies, sobretudo com concretos aparentes.

Todas as manchas de salpicos de tinta deverão ser cuidadosamenteremovidas dando-se especial atenção a perfeita execução dessa limpeza nosvidros e ferragens das esquadrias, que também deverão ser lubrificadas naspartes móveis.

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Deverão ser procedidas cuidadosas verificações para verificar as perfeitascondições de funcionamento e segurança de todas as instalações de água,esgotamento, águas pluviais, elétrica, aparelhos sanitários etc.Todo o entulho da obra deverá ser retirado.

MEMORIAL DESCRITIVO( Modelo - 02)

Obra:........................................Local:.......................................Proprietário:..............................

I) Condições Locais: -

a) Terreno com declive para os fundos de cerca de 8%;b) Na rua existe rede de água;c) Na rua não existe rede de esgoto;d) Existe posteamento com rede elétrica;

e) Não existe iluminação na rua;f) Todas as ruas possuem asfalto;g) Os terrenos limítrofes ainda não se acham edificados, havendo necessidade defechamento do terreno com muros nas partes confrontadas;h) Não haverá necessidade de tapume.

II) Serviços Preliminares: -

a) O terreno será limpo de vegetação e convenientemente preparado para receber a construção e dar escoamento às águas superficiais, sendo nivelado de acordo

com o projeto.b) Será feita uma escavação (corte no terreno) aproveitando o caimento, conformeindica o projeto, para situar no subsolo (garagem e recreação);

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c) A marcação do prédio será feita pelo sistema de tábuas corridas perfeitamenteniveladas:d) Será construído no canteiro de obra um barracão fechado, oferecendo segurançapara depósito de materiais e ferramentas.

III) Alicerces: -

Os alicerces serão executados da seguinte forma:a) Fundações com brocas de concreto 1:3:6 de 8" de diâmetro, executadas commáquinas ou trado manual com profundidade média aproximada de 4,00m; asposições dessas brocas assim como a quantidade serão dados pelo cálculoestrutural;b) Sobre as brocas serão moldadas vigas baldrames que servirão de base paratodas as paredes, tanto externas como internas; essas vigas serão concretadas

aproximadamente no nível do solo de permitir o assente de 5 a 6 fiadas de tijolossobre eles, até o respaldo do alicerce, que desta forma ficará 40 cm acima do níveldo solo;c) Abertura de valas com largura e profundidade variáveis para paredes, muros emuretas;d) Todos os alicerces serão impermeabilizados com impermeabilizantes gordurosos,revestindo o respaldo dos alicerces na parte superior e dobrando lateralmente com10 cm, para cada lado. Depois será aplicado duas demãos cruzadas de tintabetuminosa sobre esta camada. As duas fiadas de tijolos das paredes serãoassentadas com essa argamassa.

 IV) Alvenaria:

 As paredes externas serão em alvenaria de tijolos aparentes sendo, portantonecessário o emprego de tijolos comuns de primeira qualidade e escolhidos. Ostijolos serão assentados com argamassa de cal e areia, observando a mesmaespessura de 1cm, nas juntas. As paredes internas serão levantadas com tijoloscomuns sem ter, no entanto, rigor na espessura da argamassa de assentamento,tendo em vista que serão as mesmas revestidas com massa grossa e fina. Aexecução será rigorosamente seguida pela planta respeitando alinhamento,espessura e vãos; e receberão os seguintes reforços;

a) verga sobre os vãos;b) verga sob os vãos;c) cinta de amarração no respaldo do telhado;d) no respaldo da laje de piso, não haverá cinta de amarração

porque a laje e vigas de concreto armado representam tal função. Algumas paredes terão tijolos à vista exigindo para tanto tijolos de primeiraqualidade.Os muros de fechamento serão levantados de tijolos comuns assentados com cal eareia, com colunas e vigas cintas em concreto para amarração.

V) Estrutura: - 

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Todas as peças de concreto armado, baldrames, vigas, pilares, escadas, etc.; serãoarmadas e dimensionadas de acordo com os cálculos estruturais, podendo seantecipar a necessidade de laje de concreto maciço para o piso do pavimentosuperior e laje pré-fabricada para o forro deste pavimento. Em algumas partes do

pavimento superior, as lajes do forro serão em concreto maciço para oaproveitamento do espaço oferecido pelo tipo de cobertura (grande altura decumeeira) para um possível sótão.O concreto será de traço 1:3:4, as armaduras serão de ferro CA-50 e CA-60 e asformas serão de tábuas de terceira, travadas com sarrafos de pinho e escoradascom pontaletes de pinho ou de eucalipto.

VI) Forros: -

O forro do pavimento térreo será a própria laje de piso revestida. O forro do

pavimento superior será a própria laje pré-fabricada de forro revestida. As lajes de tijolos furados e vigas pré-moldadas serão concretadas com pedras nº 1,areia e cimento, constituindo uma camada protetora com 4 cm de espessura.Todos os forros serão revestidos com duas demãos de argamassa (emboço ereboco).

VII) Telhados: -

a) madeiramento em peróba, utilizando bitolas comerciais:vigotas de 6x16 ou 6x12;

caibros de 5x6;ripas de 5x1.Constituindo as tesouras e a trama que levarão as ferragens necessárias (estribos,braçadeira, chapas de emenda, etc...);b) trabalho de carpinteiro contratado por metro quadrado de projeção horizontal; nadependência do contrato com o empreiteiro de mão de obra de pedreiro, poderá ser incluído nesta sub-empreitada;c) cobertura com telhas de barro, tipo Paulista (canal e capa) de boa qualidade,sendo observado na sua colocação o perfeito alinhamento e nivelamento;

VIII) Revestimento: -

a) chapisco com argamassa de cimento e areia 1:3 em tetos e em peças deconcreto;b) massa grossa e fina (emboço e reboco) com argamassa de cal e areia; massagrossa com areia média e cal 1:4; massa fina com areia peneirada e cal 1:2. Estetipo de revestimento será aplicado em todas as paredes internas e forros, comexceção daquelas superficiais onde forem indicados revestimentos especiais,especificados no sub-item "c". Nas partes internas os revestimentos de parede terãosuas argamassas além de desempenadas, alisadas com feltro, lixadas, para aaplicação de massa corrida que por sua vez será também lixada para receber apintura.

c) Azulejos: -- Na lavanderia serão colocados azulejos brancos até o teto em todas as paredes;- No W.C. da empregada, azulejos brancos até o teto.

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- Na cozinha serão colocados azulejos lisos coloridos até o teto, inclusive no interior dos armários .- No lavabo, lisos de cor, até o teto.- Nos banheiros (social e privativo), lisos de cor até o teto.

OBS.: Os azulejos serão de boa qualidade assentados com cimento colante, pelosistema de juntas e prumo, com rejuntamento de pasta de cimento branco ealvaiade; serão aplicados com arame delgados para obter juntas estreitas. Todos osazulejos serão submetidos a uma triagem por bitolas, assegurando com isso umaperfeita colocação.

IX) Preparação para pisos: -

a) Internamente nos pavimentos inferior e térreo todas as superfícies do solo terão

preparação para receberem os pisos definitivos. Sendo:

- nivelamento;- apiolamento para uniformização;- camada de concreto magro 1:3:5 com 5cm. de espessura;

b) Internamente nos pavimentos superiores (inclusive sala) onde não haveránecessidade de preparação, servindo a própria laje; onde esta tiver rebaixo paraencanamento de banheiro o enchimento será com tijolos furados, recobertos comcamada de concreto 1:3:5, com 4cm. de espessura.c) Externamente, as superfícies serão aplainadas com caimento necessário para oescoamento das águas pluviais e de lavagem.

 X) Pisos: -

Serão os seguintes:a) De tacos de Ipê, em desenho simples, assentados com cola. Serão de tamanhogrande no hall de entrada, na sala de visitas, no hall da escada e na sala íntima; ede tamanho pequeno (7x21) no pavimento superior compreendendo todos osquartos e circulação e no quarto de empregada;b) De ladrilhos de cerâmica na copa, cozinha, W.C., lavabo e banheiros (social eprivativo);

OBS.: Todos os pisos de banheiro, lavabo e W.C. sofrerão um rebaixoaproximadamente de 2cm;

c) De cimento liso em todas as calçadas externas, passagem de autos, etc.

 XI) Rodapés: - a) Em todos os pisos revestidos com tacos serão colocados rodapés envernizadoscom 10cm. de altura com mata-juntas abauladas no encontro do rodapé com o piso,para dar melhor acabamento;

b) Nas partes que têm pisos revestidos com cerâmica serão do próprio material.

 XII) Soleiras e Peitoris: -

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a) Soleiras de portas externas serão de mármore; as soleiras das partes internasserão do mesmo material que reveste os pisos correspondentes;b) Peitoris - os peitoris de todas as janelas serão de mármore.

 XIII) Escadas: -

a) Internas, em madeira, incluindo estrutura e acabamento;b) Externa, em concreto, revestidas de granilite.

  XIV) Esquadrias de Madeira: -

Serão colocadas as seguintes:a) Portas - constituídas de batentes de peroba, guarnições de cedro e folhas decedro; para portas externas e de embuía para as portas internas. Cada folha levará3 dobradiças de 3 x 3 1/2", cromadas, e fechaduras de boa qualidade, de tambor 

para portas externas e comum para internas.Na passagem da sala de visitas para o hall da escada será colocada porta de correr.b) Portões - serão colocados 2 portões de peróba escurecidos com verniz, nosmuros da frente e de trás da casa;c) Janelas - serão colocadas em todos os quartos do pavimento superior. serão emperoba escurecida e terão duas folhas de venezianas e duas folhas com vidros emcaixilhos de abrir. As suas dobradiças serão em tamanho grande para permitir aabertura total das suas folhas;d) Armários Embutidos - Constituídos de batentes de peróba, guarnições em cedro efolhas lisas de embúia com 3cm. de espessura . As folhas serão dotadas dedobradiças cromadas de 3", puxadores, trincos e fechaduras.

OBS.: As dimensões e posições dessas esquadrias estão indicadas em planta.

 XV) -Esquadrias Metálicas:

Serão colocadas as seguintes:a) Vitrôs de correr, em vãos grandes, na sala de visitas, na copa, na sala íntima, nacozinha e no quarto de empregada;b) Vitrôs basculantes, com vãos grandes, no lavabo e nos banheiros (social eprivativo);c) Vitrôs fixos, na circulação do pavimento superior e na sala íntima ao lado da

lareira.

 XVI) Vidros: -

Serão colocados vidros nacionais com espessura conforme o vão dos caixilhoscomo segue:a) Lisos transparentes em todos os caixilhos das janelas de madeira dos quartos dopavimento superior, na copa, na sala de visitas e na cozinha;b) Fantasia canelado, nos banheiros (social e privativo), no quarto da empregada, nasala íntima e no lavabo;

c)Fantasia caleidoscópio, nos caixilhos fixos da sala íntima, na circulação dopavimento superior e na parte que separa a sala de visitas do hall da escada.

 XVII) Instalações Hidráulicas: -

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a) -água: a água será recebida da canalização da Concessionária local e passandopelo hidrômetro fixado no cavalete de entrada do terreno, irá alimentar duas caixasde 1.000 litros cada uma, instaladas no forro do pavimento superior, ligadas por 

sistema de vasos comunicantes; providas de bóias e ladrões.A tubulação de entradaalimentará 6 torneiras situadas em vários pontos do quintal e jardim.

 XVIII  ) Aparelhos Sanitários: -

a) Nos banheiros (social, privativo e lavabo), serão instalados conjuntos completosde louça sanitária em cor, marca Celite; serão instaladas válvulas Hidra de 1 1/2" emacabamento cromado liso. serão colocados jogos de metais cromados de marcaDeca, nos bidés, lavatórios e banheira. Os lavatórios dos banheiros social e privativoserão do tipo gabinete, espelhos de cristal fixados sobre a parede. No lavabohaverá bacia, lavatório e será colocado um espelho de cristal em cima do lavatório,

além de saboneteira, 3 cabides e porta- toalha. No W.C. da empregada haverãoessas mesmas peças, em louça branca e um espelho comum;

b) Na cozinha será instalada uma mesa de granito natural de 3cm. de espessura,com bacia de aço inoxidável, com sifões niquelados ou cromados e jogos de metalcromados. Haverá um ponto de água para filtro e um suporte de granito para a talha.c) Na lavanderia, será instalado um tanque de lavar roupa de tamanho grande emaço inoxidável. Será deixada instalação para máquina de lavar roupa. O tanque serátipo duplo de aço inoxidável.

 XIX) Instalação Elétrica: - 

Será executada de acordo com as exigências da companhia concessionária local. Aentrada de luz será aérea, através dos postes de cimento e a caixa de chapagalvanizada para a colocação dos medidores e chaves, será colocada embutida namureta lateral. A instalação será feita com barras de conduíte de plástico colocadosembutidos nas paredes juntamente com as caixinhas de luz: os conduítes terãobitolas adequadas para a passagem folgada dos fios plásticos. serão feitos várioscircuitos independentes para a melhor distribuição de energia. serão deixados ospontos de luz e tomadas que forem necessários. Será feito instalação para telefonee televisão (antena), campainha, e deverá seguir a NB-3.

 XX) Pintura: - 

a) Silicone em paredes de tijolos a vista;b) Látex em paredes revestidas com massa fina interna eexternamente, em tetos e nos muros pela face interna;c) Esmalte fosco em esquadrias metálicas;d) Verniz em esquadrias de madeira, em beirais do telhado e emrodapés de madeira.

 XXI) Limpeza Geral: - 

Todo o entulho será retirado da obra. Os pisos taqueados serão raspados,calafetados e sintecados. serão lavados todos os demais vidros, aparelhossanitários e pisos.

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 ___________________________ __________________________ Proprietário Engenheiro

CREA:

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MEMORIAL DESCRITIVO ( modelo - 03)

Para: Construção Residencial

Local:_____________________________________________________________ Proprietário:________________________________________________________ 

 Alicerces:Serão com vigas baldrames de acordo com o projeto, apoiadas em brocas de 25 cmde diâmetro à profundidades variáveis, sobre as vigas baldrames serão assentadostijolos maciços com argamassa mista e impermeabilizante, finalizando com umacinta de amarração no respaldo do alicerce, e uma capa de materialimpermeabilizante isolando as paredes do alicerce.

Paredes:De alvenaria de tijolos maciços com espessura de acordo com a planta, assentescom argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:2:8

Revestimento Interno:Chapisco, emboço e reboco nos dormitórios, circulação e azulejos até o teto nacozinha, copa, W.C., lavanderia.

Revestimento Externo:Chapisco, emboço e reboco em toda a residência e muros.

Estrutura:Toda estrutura necessária será de concreto armado.

Telhado:Telhas tipo plan, cimento de 25% apoiadas em estrutura de peróba e beiral aparenteem toda residência.

Forros:serão de laje pré moldada e revestidos em todos os cómodos até o reboco.

Janelas:

Porta balcon nos dormitórios, suíte e sala de estar, vitrôs do tipo maximoar nos: -dormitórios de empregada, W.C. da empregada, despensa e escritório.

Portas:Serão de madeira, e suas dimensões estão descritas em legendas na planta daprefeitura, exceto a porta da sala de jantar que será de vidro.

Pisos:Lajota: garagem, escritório, deposito, estar, jantar, varanda sala de TV;Cerâmica: W.C., cozinha, A.S., despensa;Tacos: dormitórios, closet e circulação.

Instalação Elétrica:Deverá seguir o projeto elétrico, conforme a NB - 3.

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Instalação Hidráulica:Será de PVC para água fria, tendo 2 reservatórios de 1000 litros cada, a instalaçãoserá provida de torneiras para jardim, filtro, pia, lavadora de roupa, lavatórios, baciassanitárias e chuveiros.

 A tubulação de água será de cobre e fornecerá água para os banheiros e cozinha. Oaquecimento será central de tipo solar. O esgoto será ligado a rede pública e seráprovido de ventilação e caixas de inspeção. As águas pluviais serão coletadas até a via publica, tudo conforme o projetohidráulico.

Pintura:Será dada uma demão de massa corrida em toda a alvenaria que será pintada comlátex. As esquadrias de madeira serão escurecidas e envernizadas. As esquadrias metálicas terão um tratamento a base de zarcão e depois pintadas

com tinta esmalte.

Vidros:Serão utilizados vidros lisos e transparentes nas portas balcão, vidros temperado nasala de TV, escada, lavabo e nos demais compartimentos, vidros lisos.

Limpeza:No termino da obra, será efetuada a limpeza e os entulhos serão retirados.

Muros e Gradis: A residência será murada até a altura de 2,5m.

__________________________ ______________________________ Proprietário Engenheiro:

CREA:

Como podemos observar o Memorial Descritivo orienta de forma sucintatodas as etapas de uma construção.

Se tivermos a necessidade de descrever com muito mais detalhes podemosentão realizar o chamado Caderno Técnico ou Caderno de Encargos.2 - CADERNO DE ENCARGOS:

O Caderno de Encargos reúne as obrigações do construtor, no que se refereás especificações e as normas da ABNT, bem como o regime de construção,recebimento das obras, etc.

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Inúmeras são as finalidades do caderno de encargos como:

- complementação dos desenhos;

- fornecer subsídios para um orçamento correto;- orientar na escolha, aquisição, utilização ou ampliação de materiais,equipamentos, instalações, etc.

O caderno de encargos esclarece e define determinados assuntos ligados aconstrução, que muitas vezes ficam com seu conceito indefinido pelos engenheiros earquitetos.

Exemplos de descrição de alguns itens do caderno de encargos:

01 - Pisos

1.1 Piso de Madeira tipo Parquete:

- Material: serão secos em estufas, com teor de umidade entre 8 a 12% ,compatível com as condições climáticas do local, fabricadas em placas, compostaspor damas agrupadas sobre papel.

O parquete deverá ser da Indusparket, em placas de 50cm x 50 cm,compostas por 16 damas 12,5cm x 12,5cm com 8mm de espessura em AmareloCetim, Angelim-Pedra, Ipê-Tabaco Mesclado, Pequiá, Sucupira e Tatajuba.

- Execução: As placas são fixadas com adesivo especial (cola de madeira)da marca Cascola, sobre base constituída por cimentado simples com as seguintescaracterísticas:

Os cimentados, sempre que possível, serão obtidos pelo simplessarrafeamento, desempeno e moderado alisamento. A superfície de aplicação docimentado será perfeitamente limpa e abundantemente lavada, no momento dolançamento da argamassa, será polvilhado cimento para auxiliar na aderência,deverá ser divididas em painéis, salvos exceções, por sulcos profundos até a basede concreto.

Os cimentados terão espessura de cerca de 2,0cm o qual não poderá ser, emnenhum ponto, inferior a 1,0cm. A superfície do cimento deverá se apresentar 

perfeitamente desempenada, alisado a colher (sem emprego de pó de cimento). A argamassa deverá ser do tipo "farofa" para não exudar água e enfraquecer a superfície.

 As chapas de paquetes só poderão ser coladas 20 dias após concluído ocimentado.

O paquete poderá ser lixado cinco dias após sua colocação, sendo vedadonessa operação, o emprego de água ou óleo, para amolecer a madeira. (GUEDES,1982)2 - Vidros:

2.1 - Temperados Incolores:

Material: vidros planos, lisos, transparentes, incolores, superfíciesperfeitamente polidas, apresentando alta resistência conferida por processo térmicode têmpera.

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Espessuras nominais de 6,8 a 10mm.deverão ser utilizados vidros da Cia. Vidraria Santa Marina, sob as marcasTemperite ou Santa Lúcia Cristais Blindex Ltda, sob marca Blindex.

- Execução: tendo em vista a impossibilidade de conter a perfuração daschapas no canteiro, deverão ser minuciosamente executados e detalhadas osdispositivos de assentamento.

Quando assentes em caixilhos, para evitar quebras, adotar graxetas oubaguetes de fixação com altura pequena.

Toda serralheria será inoxidável ou cuidadosamente protegida da oxidação, afim de evitar pontos de ferrugem que provocariam a quebra do vidro. As placas nãodeverão repousar sobre toda extensão de sua borda, mas somente sobre doiscalços, devendo ficar a cerca de 1/3 das extremidades.

 Assegurar folgas da ordem de 3 a 5 mm entre o vidro e a esquadria.(GUEDES, 1982)

Se houver necessidade podemos acrescentar desenhos, croquis para melhor entendimento do item como o Catálogo Técnico do FDE (Fundação para odesenvolvimento da Educação), que detalha de forma precisa vários serviços daconstrução civil como, por exemplo:

3 – PM – Porta de madeira sarrafeada com pintura/batente de madeira L=0,82cm.

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4 – FD-14 – Fechamento de divisa/bloco de concreto/sem revestimentoh=1,85m com broca.

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Como podemos observar, o caderno de encargos difere e muito dosmemoriais descritivos, pois cada item será descrito com profundidade, incluindo

desenhos detalhados se forem necessários, especificações de materiais,metodologia de aplicação, como deverá ser efetuada as medições, etc, facilitando oacompanhamento dos serviços, garantindo com isso elevado padrão de obra.

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3 - ORÇAMENTO:

É a determinação do custo de uma obra antes de sua realização, elaboradocom base em vários documentos como, memoriais descritivos, cadernos de

encargos, projetos arquitetônicos, projetos complementares; considerando-se todosos custos diretos e indiretos, leis sociais e tudo o que pode influenciar no custo total.Podemos efetuar vários tipos de orçamento dependendo do grau de

detalhamento dos custos que necessitamos de uma obra. Assim sendo, dependendodo caso, elaboramos um orçamento por estimativas, sintético ou analítico.

3.1 – Tipos de orçamento

3.1.1 - Orçamento por Estimativas:

Ocorre muitas vezes, que para se ter um estudo de viabilidade de um projeto,só se tem em mãos o projeto arquitetônico ou somente uma idéia do que sepretende fazer, as especificações técnicas por serem definidas e ainda os projetoscomplementares por serem elaborados. Nestes casos fica difícil se executar um bomorçamento, nem se tem tempo para tal. Executam-se o que chamamos deorçamento por estimativas, que podemos fazer de algumas maneiras:

- 1ª utilizando o custo do m2 da construção pronta, que é obtido de revistastécnicas, sindicatos da construção civil, etc.; e multiplicando-se pela áreaproposta para o projeto assim obtemos o custo estimado.

Exemplo: Área a ser construída de aproximadamente 200 m2

Valor do metro quadrado de construção R$ 1000,00 (mil reaispor metro quadrado) temos:

Valor estimado de: = R$200.000,00 (duzentos mil reais)

- 2ª utilizando o custo unitário para os principais itens e serviços deconstrução. Exemplo:

- Movimento de Terra: pode ser estimado com base numa estimativa em

volume de escavação mecânica multiplicado pelo preço unitário do m3 deescavação.

- Fundação: custo unitário do concreto armado multiplicado pelo volumeestimado de concreto para a fundação.

- Alvenaria: custo unitário da alvenaria multiplicando pela área total dealvenaria.

Somando todos os itens e serviços orçados têm o valor total estimado.

3.1.2 - Orçamento Preço Composto (Sintético):

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Nestes casos temos o projeto arquitetônico, o memorial descritivo e muitasvezes já os projetos completamente elaborados, mas necessitamos de um custorápido e sem muitos detalhes. Para tanto, utilizamos os custos unitários compostos(material + mão-de-obra + leis sociais já existentes no mercado para os principais

itens, subitens e serviços da construção (podemos ter como base os itens dosmemoriais) e multiplicá-los pelos seus quantitativos (tirado do projeto).O ideal é montar uma planilha (Planilha Orçamentária) conforme

exemplificada no item 3.7 desta apostila, que deverá ser preenchida com aquantidade e custo unitário

Os custos unitários compostos (material + mão-de-obra + Leis Sociais) sãoobtidos de revistas técnicas ou de listas de preço composto. Exemplo:

Tabela 3.1 - Planilha Orçamentária Sintética

Serviços Quant. Unid. R$ unit. R$ Total   Alvenaria de bloco de concreto(14x19x39)

150,00 m2

Preço unitário composto obtido de revistas

Quantificado do projeto

O valor deste serviço somado com os demais itens (fundação, estrutura, cobertura,

revestimento etc.) vai fornecer o custo total da obra.

Portanto para realizarmos um orçamento sintético temos que:• Realizar uma lista de serviços a ser orçada;• Quantificar os serviços; (projeto)• Obter o preço unitário composto (revistas técnicas, listas etc.)

OBS.: O custo unitário composto já está incluído todos os materiais, a mão-de-obrae as leis sociais necessárias para a execução do item.

3.1.3- Orçamento Preço Composto (Analítico):

É sem dúvida, a mais importante ferramenta para o acompanhamento doscustos da construção bem como o seu planejamento, nestes casos, devemos ter:

Projeto arquitetônico completo;Projetos complementares (Estrutura, Hidráulica, Elétrica);Memoriais descritivos, e:

• Realizar uma lista de serviços a ser orçada;• Quantificar os serviços; (projeto)

• Obter o preço unitário composto (você tem que compor utilizando uma Tabelade Composição de Preço para orçamento como, por exemplo, o TCPO daEditora PINI)

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Tomando o mesmo exemplo do item anterior Alvenaria de bloco de concreto(14x19x39):

- quantidade: 150,00m2

Vamos procurar no TCPO a composição do custo unitário por metro quadrado paraalvenaria de bloco de concreto 14x19x39 (Tabela 3.2),

Tabela 3.2 - Planilha Orçamentária Analítica - Alvenaria de bloco de concreto14x19x39Componentes Consumos R$Unit. R$Mat. R$ M.O. R$Totalcimento 1,95kgcal 0,49kg

areia 0,013m3bloco 13,13un.pedreiro 0,70hservente 0,81hleis sociais

TOTAL (a)

TCPOPesquisa de mercado

e cotar com os fornecedores o custo de todos os insumos deste serviço completar aTabela 3.2 e calcular:

Cimento: R$_____________o sacoCal: R$_____________o saco Areia R$_____________o metro cúbicoBloco R$_____________o milheiroPedreiro R$_____________a horaServente R$_____________a horaLeis Sociais

Custo total do serviço=150,00m2

x (a) _____________=R$____________________ O valor deste serviço somado com os demais itens (fundação, estrutura, cobertura,revestimento etc.) vai fornecer o custo total da obra.

Neste tipo de orçamento, além dos custos unitários mais precisos, pois refleteos custos reais da região onde se está elaborando o projeto, ainda temos apossibilidade de obtermos o consumo total de cada material a ser empregado naobra e o nº de funcionários necessários para a execução da mesma etc....

Portanto, o orçamento é uma peça importante na verificação prévia do custo

de um empreendimento, e os seus custos distribuídos segundo um cronogramafísico - financeiro (que veremos a nesta apostila) permitem uma programação desuprimento de materiais e de recursos.

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3.2 – Considerações sobre orçamento:

Os orçamentos são compostos pelos custos dos materiais, custos de mão-de-

obra incluindo as leis sociais, equipamentos e por um adicional proveniente dasdespesas indiretas.Para melhor entendimento esclareceremos a seguir o que vem a ser custo,

despesa e preço em um orçamento.• Custo é todo o gasto envolvido na produção de uma obra (são os insumos

como: matérias, mão-de-obra, equipamentos bem como canteiro de obra,administração local, mobilização e desmobilização, etc.);

• Despesa é todo o gasto necessário para comercialização do produto (gastoscom a administração central, financeiro etc.);

• Preço é o valor monetário do custo acrescido do BDI (também conhecidocomo preço de venda).

Resumindo o orçamento é composto:

• Custo Direto;• Custo Indireto;• Despesas Indiretas e Lucro: BDI - Benefício e Despesas Indiretas (é uma

taxa que se adiciona ao Custo Direto para determinar o valor do Orçamento)

3.2.1 – Custo Direto

É o resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários para aconstrução da edificação. Os gastos que compõe o custo direto são os custos comos materiais, a mão-de-obra, as Leis Sociais e os equipamentos.

A - Custos dos Materiais: são obtidos através da cotação de preços e devemosconsiderar os ônus ou encargos que sobre eles incidem. As perdas de materiais sãoencargos importantes que devem ser considerados, e seu valor geralmente éexpresso em % da quantidade obtida do projeto e sua magnitude é determinadapela prática, de acordo com o tipo de material e de seu manuseio, como por exemplo:

areia, pedra britada, cimento, tintas ----------------------- 5 a 10 %condutores elétricos, aço, tábuas, etc---------------------- 5 %tijolos, azulejos, telhas, etc--------------------------------- 5 a 10 %materiais do tipo: ferragens, aparelhos, interruptores, esquadrias --- 0

%

 Além das perdas, os materiais sofrem outros encargos como: transporte,manuseio (carga e descarga), armazenamento, impostos e taxas.OBS: Em muitos casos, estes encargos já estão incluídos nos preços dos materiais,portanto devemos verificar.

B - Custos de mão-de-obra: é constituído pelos produtos de tempos (h), pelossalários respectivos. Os valores obtidos são onerados por vários encargos legais"leis sociais e riscos de trabalho".

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C - Encargos Sociais sobre a mão-de-obra: São encargos obrigatórios exigidospelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultados de acordos sindicaisadicionados aos salários dos trabalhadores e dividem-se em três níveis:

• Encargos Básicos e Obrigatórios;• Encargos Incidentes e Reincidentes;• Encargos Complementares.

Tabela 3.3 - Taxas de Leis Sociais e riscos de trabalho. (%)DESCRIÇÃO Horista Mensal A1- Previdência Social A2 – Fundo de Garantia por tempo de Serviço A3 – Salário Educação A4 – Serviço Social da Indústria (Sesi) A5 – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) A6 – Serviço de Apoio a Pequena e Média Empresa (Sebrae) A7 – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) A8 – Seguro contra acidentes de trabalho (INSS) A9 – Seconci ( aplicável as empresas constantes do III grupo daCLTA – Total dos Encargos Sociais Básicos

20,008,002,501,501,000,600,203,001,0037,80

20,008,002,501,501,000,600,203,001,0037,80

B1 – Repouso semanal e feriadoB2 – Auxilio enfermidadeB3 – Licença paternidadeB4 – 13º salárioB5 – Dias de chuva, faltas justificadas, acidentes de trabalho,

greves, outras dificuldadesB – Total dos Encargos que recebem as incidências de A

22,90(*) 0,79(*) 0,3410,57

(*) 4,5739,17

8,22

8,22C1 – Depósito por despedida injusta 50% sobre [A2+(A2 + B)]C2 – Férias (indenizadas)C3 – Aviso-prévio (indenizado)C – Total dos Encargos Sociais que não recebem asincidências globais de A

5,5714,06(*)13,12

32,74

4,3310,93(*)10,20

25,46D1 – Reincidência de A sobre BD2 – Reincidência de A2 sobre C3D – Total das Taxas das reincidências

14,811,0515,86

3,110,823,93

Subtotal Total 125,58 75,40

Deve ser acrescentado sobre os encargos básicos e obrigatórios, e encargosincidentes e reincidentes os chamados encargos complementares, compostos decustos com o transporte, fornecimento de EPI, alimentação e outras regaliasaprovadas nos dissídios coletivos da categoria ficando, portanto:

Tabela 3.4 – Encargos Complementares. (%)Total de Leis Sociais 125,58 75,40

Os Encargos Complementares são:E1 – Vale transporte1 – aplicar a fórmula 10,34 10,34E2 – Refeição Mínima2 – aplicar a fórmula 8,42 8,42

E3 – Refeição – Almoço3 – aplicar a fórmula 31,75 31,75E4 – Refeição – Jantar – aplicar a fórmula -------- ------E5 – EPI (Equipamento de Proteção Individual) aplicar a fórmula 5,0 5,0

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E6 – Ferramentas manuais – aplicar a fórmula 2,0 2,0E – Total de taxas complementares 57,51 57,51

Total dos encargos 183,09 132,91

OBS: o cálculo das taxas de E1 a E6 foi baseado em custos vigentes em São Paulo.Fórmulas básicas para o cálculo dos encargos complementares:

Vale transporte – VT=

Sx xN  xC  )06,0(2 1 x 100 =

Vale café da manhã – VC=

 x xSx xN C  01,0)22033,0(2 x 100 =

Vale almoço ou jantar – VR= S  xNxC  95,03 x 100 =

Sendo:C1 = tarifa de transporte urbano; C2 = custo do café da manhã;C3 = vale refeição N = número de dias trabalhados no mês;S = salário médio mensal dos trabalhadores.

Equipamentos de Proteção Individual – EPI=

 N 

 F  P  F  P  F  P n

nn∑ ++1

2211 .......

x 100 =

Ferramentas Manuais – FM=

 N 

 F  P  F  P  F  P n

nn∑ ++1

2211 .......

x 100 =

Sendo:N = número de trabalhadores na obra; S = salário médio mensal;P1, P2 Pn = custo de cada EPI ou ferramentas manuais;F1, F2.......Fn = fator de utilização do EPI ou ferramentas manuais, dado pela fórmula:

F=VU 

sendo t = tempo de permanência do EPI ou da ferramenta em meses na obra e VU = Vida útildo EPI ou ferramenta manual em meses.

OBS:. -As taxas se alteram em função das mudanças nos percentuais, portanto,devemos sempre que possível atualizá-las.3.2.2 Custos Indiretos

Os Custos Indiretos (não confundir com Despesas indiretas que irão compor oBDI) são os custos da Administração Local (obra), do canteiro de obra e damobilização e desmobilização da obra. Portanto Custo Indireto são todos os custos

necessários para a produção da edificação que não estão incorporados na mesma.

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A - Administração Local: são despesas de apoio técnico, administrativo e desupervisão no próprio local da obra. Tais como:

- vigilâncias diversas;- segurança e primeiros socorros;

- aluguéis e despesas diversas ( água, luz, comunicação, placas,ferramentas manuais etc.);- pessoal ligado diretamente à execução da obra e não considerado

no cálculo dos custos diretos ( engenheiros, mestres, encarregados,agrimessores, apontadores, almoxarife e pessoal administrativo)

- controle tecnológico, licenças, seguros etc.

Comentários: As despesas de Administração Local, ao contrário das relativas á Administração Central, já podem, com certas reservas, ser adotadas genericamentecom base em experiência anterior. Isto quer dizer que há uma taxa de AdministraçãoLocal mais ou menos igual para todas as empresas. Ainda assim, devemos

considerar que o tipo de obra a ser executada é uma variável controlada e queimpede a prefixação dessa taxa.

B – Canteiro de Obra: São despesas para a instalação do canteiro de obra como:• preparação do terreno;• cerca ou muro de proteção;• construção do escritório;• construção dos vestiários, sanitários, cozinha e refeitórios;• alojamento;• oficina...etc.

C – Mobilização e desmobilização: Consiste nas despesas para preparação dainfra-estrutura operacional da obra e a sua retirada no final do contrato ecorresponde:

• Transporte, carga e descarga de materiais para montagem do Canteiro deobra. Montagem e desmontagem de equipamentos fixos de obra;

• Transporte, hospedagem e alimentação do pessoal que prepara a infra-estrutura;

•  Aluguel de equipamentos para carga e descarga....etc.

3.2.3 - Despesas Indiretas: 

 Após o cálculo dos custos diretos e dos custos indiretos advindos da própriaexecução e produção dos serviços, há necessidade de uma previsão de custosindiretos envolvidos na administração do negócio da empresa executante. Talprevisão geralmente é feita com base na aplicação de uma taxa sobre o total doscustos diretos (mão-de-obra, leis sociais inclusive, materiais e equipamentos).

 A taxa aplicada é chamada BDI - Benefício e Despesa Indireta, e poderá ounão incluir o lucro.

 A aplicação genérica desta taxa de BDI acarreta, no entanto, algumasdistorções. Na definição do preço total a ser cobrado por determinada empresa,pode-se, inclusive, partir-se da situação em que algumas despesas já estejam

cobertas. É evidente que o grau de concorrência do mercado deverá influir noresultado desse processo.

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Dessa forma, cada empresa, em função de seu desempenho técnico,econômico e administrativo deve definir um BDI próprio, que é a relação entre asdespesas operacionais e faturamento alcançado.

Podemos de modo geral, classificar as despesas indiretas de uma construtora

como segue:

A - Administração Central: são despesas com o apoio técnico, supervisão eadministração, incluindo o relacionamento com contratantes, fornecedores, bancos,governo e sociedade geral, e compreendem os itens de:

- rateio das despesas com escolha e suprimento de materiais eequipamentos;

- pessoal técnico e administrativo ligado diretamente à obra;- comunicação e locomoção do pessoal do escritório à obra,

alimentação, hospedagem etc.;- rateio das despesas com pessoal ligado parcialmente `a obra:

contabilidade, diretoria, oficina central de equipamentos, depósitocentral, assessoria jurídica etc.;- rateio das despesas gerais do escritório central: aluguéis,

manutenção e operação do escritório, impostos e taxas gerais etc.;Comentários: As despesas com Administração Central, como podemos notar, sãocustos indiretos não passíveis de generalizações para todas as empresas e obras.Qualquer taxa adotada, sem um estudo do caso particular em que seria aplicada,teria as seguintes limitações:

- o número de obras que estão sendo executadas ao mesmo tempopela empreiteira, quanto maior esse número, menores as despesasindiretas em relação ao custo direto total;

- o tamanho da empresa, quanto maior a empresa maior o custoindireto de administração central- a distância da obra em relação à sede central.

Resumindo: A Administração Central corresponde ao rateio dos custos da sede daconstrutora que deverá ser absorvido pelos contratos em andamento da empresa.

OBS: Para facilitar o cálculo e realizar uma distribuição mais justa entre as obraspodemos adotar para o rateio da administração central de 4 a 7% sobre aadministração local de cada obra. Desta maneira as obras menores contribuem commenos e as maiores com mais.

B - Despesa Financeira: são passíveis de serem calculados previamente paratodas as empresas concorrentes em uma determinada obra, os custos financeirosque decorrem de condições contratuais relativas aos cronogramas de execução dosserviços e de pagamento do contratante a contratada ( descontadas as cauções).

 Assim definidos, em termos de prazos de recebimentos e desembolsos, oscustos financeiros são apenas uma parte do total que uma empresa precisaconsiderar. A outra parte decorre de atrasos nos recebimentos previstos, decondições de financiamentos de equipamentos, da comparação entre custo deestocagem e custo de compra, do uso e das fontes dos recursos financeiros àdisposição da empresa, do custo de oportunidade envolvido no negócio da empresa.Essa outra parte, portanto, não pode ser prevista a não ser dentro da própria

empresa.Sugere-se a adoção da seguinte fórmula:

DF = [(1 + t ÷ 100)n ÷ 30 – 1] x 100

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Onde:t = é a taxa de juros de mercado ou de correção monetária, em porcentagem aomês.n = é o número de dias decorrido entre o desembolso e o recebimento contratual.

C - Despesas Comerciais:  são aqueles decorrentes das atividades de venda dosserviços, isto é, preparo de concorrências, viagens ao local das obras, montagem de“stands” de vendas, publicidade, corretagem etc.

D - Tributos:• Federais: são tributos que incidem sobre o faturamento ou lucro das

empresas dependendo da sua opção contábil (Lucro Real ou LucroPresumido) que são: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS.

Tabela 3.5 – Tributos Federais. (%)

TRIBUTOSFEDERAIS COM MATERIAL SEM MATERIALPRESUMIDO LUCRO REAL PRESUMIDO LUCRO REALPIS 0,65 1,65 (*) 0,65 1,65 (*)

COFINS 3,00 7,60 (*) 3,00 7,60 (*)IRPJ 1,20 (**) 4,80 (**)CSSL 1,08 (**) 2,88 (**)

(*) Descontar os créditos com os materiais

(**) aplicar as alíquotas de 15,0% e 9,0%, respectivamente, sobre o valor da taxa do lucro considerado no BDI ou adotar as taxas

do Lucro Presumido.

• Municipais: são tributos cobrados na prestação de serviço no local deexecução da obra ou serviço, chamado ISS.O ISS pode variar de 2,0% a 5,0% sobre a despesa da mão-de-obra em cadamunicípio.

OBS: Para as faturas dos contratos de obras ou serviços com fornecimento demateriais a alíquota é aplicada somente sobre a parcela da mão-de-obrautilizada no município onde o serviço é prestado. Portanto se a sede da empresafica em outro município deve ser descontado do BDI.Taxas como ICMS, IPI, nãosão aplicadas uma vez que estes deverão estar inclusos no preço dos materiais.

E - Riscos ou Eventuais:  Nos dias de hoje onde a competitividade é grande,admitir tal acréscimo é inviável. No entanto quando não estão disponíveis asinformações necessárias para o cálculo detalhado do orçamento, podemos adotar um acréscimo devido aos riscos, visando cobrir a parcela de custo desconhecida emfunção da falta de informação. Essa taxa é determinada em percentual sobre o custodireto.

F - Benefício: é um valor em percentual a ser aplicado sobre o valor final doorçamento. Fica a cargo da construtora determinar este valor em cada licitação.É comum a adoção de percentuais entre 5 e 10% do valor global do orçamento.

3.2.4 - Cálculo do BDI

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 Através dos conceitos acima podemos montar planilhas para auxiliar nocálculo do BDI. Segue abaixo um exemplo prático utilizando o modelo de cálculo doBDI retirado do livro Engenharia de Custos do Eng. Paulo Roberto Vilela Dias.

Tabela 3.6 - Exemplo prático utilizando o modelo de cálculo do BDI retirado dolivro Engenharia de Custos do Eng. Paulo Roberto Vilela Dias.

CÁLCULO DO BDIITEM DESCRIMINAÇÃO R$ %A CUSTO DIRETO TOTAL 195.550,00 100,00

B CUSTO e DESPESA INDIRETA ( 1+2+3+4+5+6) 51.129,601 - Mobilização/Desmobilização da Obra (tabela 3.6.1) 589,752 - Administração da Obra (tabela.3.6.2; 3.6.3; 3.6.4; 3.6.5) 46.189,853 - Administração Central * 3.500,004 - Encargos Financeiros 850,00

5 – Despesas Comercias --------6 - Riscos e Eventuais --------C TOTAL DO CUSTO (Direto + Indireto A+B) 246.679,60

D IMPOSTO SOBRE O FATURAMENTO (Tabela. 3.6.6) 8,93

E LUCRO ** 6,00

F TOTAL DE IMPOSTOS + LUCRO 14,93

G PREÇO FINAL (Venda) * * * 287.840,84

H PERCENTUAL DE BDI * * * * 47,20* Valor das despesas do escritório central rateados pelos contratos em andamento (valor estimado entre 4 e 7% sobre o valor da Administração da Obra)** Valor estimado entre 5 a 12%

*** G = C ÷ [ 1- (F ÷ 100)]

****BDI=oCustoDiret 

eçoFinal Pr - 1

Tabela 3.6.1 – Mobilização e desmobilização da obraObra: Data Março/10Descrição Unidade Quantidade Custo R$

Unitário TOTALTransporte e diária de pessoal viagem 10 30,00 300,00

Transporte em veículos-leve km 200,00 0,42 84,00-Caminhão basculante h 1 44,99 44,99

Transporte de materiais, utensílios etc-Em caminhão de carroceria fixa h 10 43,76 430,76

TOTAL 589,75

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Tabela 3.6.2-Administração local – pessoal Categoria Quant. Salário/mês Meses Custo total

R$ R$

Engenheiros:Supervisor Residente 1 2.300,0 6 13.800,00Garantia da QualidadePlanejamento ou mediçãoSegurança do Trabalho

Médico de Segurança do TrabalhoEnfermeiro

Inspetor de Garantia da QualidadeTécnico de segurança do trabalhoEncarregadosGeral 1 1.350,00 6 8.100,00Manutenção

ControlePatrimônio

Chefe de escritório Auxiliar de escritórioChefe de pessoal AlmoxarifeComprador  Auxiliar de:

ComprasAlmoxarifeServiços gerais

Vigia 1 450,00 4 1.800,00

 Apontador MecânicoVeículos levesMáquinas levesMáquinas pesadas

Topógrafo 1 1.800,00 0,5 900,00 Auxiliar de Topografia 1 450,00 0,5 225,00Laboratorista Auxiliar de LaboratoristaDesenhistaProjetista Cadista Auxiliar se serviços geraisTOTAL 24.825,00

Tabela 3.6.3 – Administração Local – despesas geraisCategoria Unidade Quant. Custo

unitário(R$)meses Custo

total(R$) Aluguel de imóveis

EscritórioCasa de EngenheiroCasa do Encarregado

Viagens un 2 50,00 4 400,00Estadias un 2 30,00 4 240,00 Alimentação un 50 3,00 4 500,00Verba de representaçãoUniformes

Macacão un 7 18,00 1 126,00Botas un 7 12,00 1 84,00Material de SegurançaCapacete un 7 12,00 1 84,00

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Luvas un 7 8,00 1 56,00Cintos de Segurança un 7 15,00 1 105,00Óculos de proteção un 5 18,00 1 90,00Máscaras un 5 10,00 1 50,00

Instalações ProvisóriasEscritórioAlmoxarifado m2 15 80,00 1 1.200,00OficinasFiscalização m2 12 100,00 1 1.200,00AlojamentoSanitários m2 12 120,00 1 1.200,00

Cópias un 500 0,10 4 200,00 Água, Energia, Telefone vb 1 200,00 4 800,00Seguros ART un 1 150,00 1 150,00Ensaios Tecnológicos vb 1 120,00 3 360,00

TOTAL 6.205,00

Tabela 3.6.4 – Administração Local – aluguel de equipamentosCategoria Quant. Custo /mês

(R$)meses Custo

total(R$)Veículos leves:Engenheiros 1 1.118,62 6 6.711,72

Outras viaturas:KombiPick-up leveCaminhão basculante 1 8.382,25 0,5 4.164,13Caminhão de carroceriaCarreta

Equipamentos de apoio:Retro escavadeira 120 28,92 0,5 1.735,20Carregadeira de pneus 80 14,02 0,5 560,80Grupo gerador Andaime metálico 1 500,00 3 1.500,00Elevador de obraVibrador Rompedor Compactador 

TOTAL 14.671,85Tabela 3.6.5 – Administração Local – móveis e utensílios

Categoria Quant. Custo/mês(R$) meses Custototal(R$)

Microcomputador e impressoraEscrivaninha 1 5,00 6 30,00Mesa de reuniãoCadeiras 2 2,00 6 24,00 Arquivo 1 2,00 6 12,00Estante 1 6,00 6 36,00Filtro de água 1 1,00 6 6,00Telefone/fax 1 60,00 6 360,00

TOTAL 488,00

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Tabela 3.6.6 – Impostos com pagamento imediato sobre o faturamentoDescrição Geral %ISS – (Municipal devido no local da realização

dos serviços)

3,00

CONFINS 3,00PIS 0,65CSSL 1,08IRPJ 1,20

TOTAL 8,93

Em qualquer caso podemos incrementar as planilhas com dados respectivos dasua obra.

3.3 – Planilha orçamentária e quantificação de serviços:

É a relação de todos os serviços com as respectivas unidades de medida,extraídos dos projetos e demais especificações técnicas. São classificados segundocritérios que atendam às necessidades do construtor ou do contratante.

Para o cálculo de um orçamento devemos fazer os custos em partes, demaneira em que todos os serviços sejam agrupados por tipos ou etapas. Em cadauma delas, são identificados os serviços, quantidades e o custo unitário, o qualtotalizado vão resultar o custo total de uma obra.

 A quantificação dos serviços consiste no levantamento das áreas, volumes,pesos, medidas e unidades, que compõem os projetos. Tudo conforme

especificações técnicas e critérios de medição. As quantidades obtidas de serviçossão associadas às respectivas composições de preços unitários.

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 A seguir, mostramos um modelo de planilha de orçamento para uma obraresidencial, nada impedindo de aumentarmos os itens ou suprimirmos conforme oprojeto necessitar:

3.3.1 - Preenchimento da Planilha do Orçamento Sintético - Preço Composto:

ITEM - Coluna em que devemos colocar a numeração de cada item que for dividido o orçamento, no exemplo 24 itens;

SERVIÇOS: - Na coluna dos serviços deverá conter na mesma linha o títulodo serviço; abaixo, os nºs dos subitens com as suas respectivas descrições;

QUANTIDADE: - Nesta coluna deverão ser colocados todos os valores

calculados de cada subitem, conforme os cálculos de quantidades descritosna "Explicação de Cálculo de Quantidade e Orçamento", descrito adiante, oupor outros métodos que forem necessários;

UNIDADE: - As unidades são referentes a cada subitem e nesta planilha,consta de duas anotações, uma para preço composto e outra para umorçamento mais detalhados ou unidades mais comuns e comerciais, comopor exemplo, no subitem 1.4.1 = m2/VB, isto significa que este sub-itempoderá ser orçado em metros quadrados ou simplesmente ser dado umvalor que chamamos de verba (VB);

CUSTO UNITÁRIO: - Valor do custo unitário composto;

CUSTO TOTAL: - Que seria a multiplicação do custo unitário pelasquantidades;

CUSTO DO ITEM: - Esta coluna é de grande importância, pois além de nosfornecer o total de cada item, nos mostra o custo de cada etapa da obra eestes são os custos totais que serão transportados para o Cronograma-Físico-Financeiro.

% ou PESO: - È quanto o item representa sobre o total do orçamento.

Tabela 3.7 – Modelo de Planilha para Orçamento SintéticoORÇAMENTO Proprietário

Nº LocalItem Serviços Quant Unidade Custo

UnitárioCustoTotal

Custodo Item

%Peso

01 SERVIÇOS PRELIMINARES1.1 Projetos m²1.2 Emolumentos VB1.3 Sondagens m1.4 Instalações de Obra1.4.1 Limpeza do Terreno m²1.4.2 Barracão VB

1.4.3 Locação da Obra m²1.4.4 Ligações Provisórias VB02 MOVIMENTO DE TERRA

2.1 Escavação m³

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2.2 Aterros m³03 FUNDAÇÕES

3.1 Aberturas de valas m2

3.2 Apiloamento m2

3.3 Estacas m

3.4 Lastro3.5 Vigas Baldrame m³

3.5.1 Formas m²3.5.2 Armadura kg3.5.3 Concreto m³3.5.4 Lançamento do concreto m3

3.6 Alv. de Embasamento m³3.7 Impermeabilização m²

04 ALVENARIA4.1 De _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ m²4.2 De 1/2 _ _ _ _ _ _ _ _ _ m²

05 ESTRUTURA5.1 Forma m²

5.2 Armadura kg5.3 Concreto m³5.4 Lançamento do concreto m³5.4 Lajes Pré para Piso5.5 Lajes Pré para forro

m²m²

06 FORRO6.1 Madeira m²6.2 Gesso m²6.3 PVC m2

07 COBERTURA7.1 Madeiramento m²7.2 Telhas m²7.3 Tratamentos m²

08 REVESTIMENTO INTERNO8.1 Na Vertical8.1.1 Chapisco m²8.1.2 Emboço m²8.1.3 Reboco m²8.2 Na Horizontal8.2.1 Chapisco m²8.2.2 Emboço m²8.2.3 Reboco m²8.3 Especiais m²

Item Serviços Quant Unidade CustoUnitário

CustoTotal

Custodo Item

¨%Peso

09 REVESTIMENTO EXTERNO

9.1 Chapisco m²9.2 Emboço m²9.3 Reboco m²9.4 Especiais m²

10 BARRAS10.1 Azulejos10.1.1 Brancos m²10.1.2 Coloridos m²10.1.3 Decorados m²

11 PREPARAÇÃO PARA PISOS11.1 Lastros m²11.2 Regularização de Basep/Pisos Cerâmicos m²

11.3 Regularização de Basep/Pisos de Madeira m²11.4 Regularização de Basep/Carpete m²

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11.5 Enchimento em rebaixo m³12 PISOS INTERNOS

12.1 Cerâmica m²12.2 Lajota m²12.3 Carpete m²

12.4 Madeira m²12.5 Especiais m²13 RODAPÉS, SOLEIRAS E

PEITORIS13.1 Rodapés m13.2 Soleiras13.2.1 Pisos Frios m13.2.2 Pisos Quentes m13.3 Peitoris m

14 ESQUADRIAS DE MADEIRA14.1 Portas 0,60 x 2,10 un

0,70 x 2,10....... un14.2 Janelas

venezianas unCaixilho........ un15 ESQUADRIAS METÁLICAS

14.1 PortasEm chapaTipo caixilho.......

15.2 Janelasvenezianas m²Basculante..... m²

16 FERRAGENS16.1 Fechaduras un16.2 Dobradiças un

17 INSTALAÇÃO HIDRÁULICA

17.1 Água Fria VB17.2 Água Quente VB17.3 Esgoto VB17.4 Águas Pluviais VB17.5 Caixas d'água un

Item Serviços Quantidade

Unidade CustoUnitário

CustoTotal

Custodo Item

%Peso

18 INSTALAÇÃO ELÉTRICA18.1 Tubulação m18.2 Caixas un18.3 Quadros un18.4 Tomadas e Interruptores un18.5 Aparelhos un18.6 Fiação m

19 SANITÁRIOS E ILUMINAÇÃO19.1 Louças19.1.1 Bacia un19.1.2 Lavatórios un19.1.3 Bidê un19.2 Acessórios19.2.1 Porta Toalha un19.2.2 Papelaria un19.2.3 Saboneteira un19.3 Metais19.3.1 Torneiras un

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19.3.2 Registro un19.3.3Válulas19.4 Tanque19.5 Pia

ununun

19.6 Iluminação

19.6.1 Lustres un

20 PISOS EXTERNOS E MUROS20.1 Pisos Externos m²20.2 Muros m/VB

21 PINTURA21.1 Caiação m²21.2 Latex m²21.3 Esquadrias de madeira21.3.1 Verniz m²21.3.2 Tinta Óleo m²

21.4 Esquadrias Metálicas21.4.1 Esmalte m²

22 VIDROS22.1 Transparentes...mm m²22.2 Canelados m²22.3 Fantasia m²22.4 Temperados m²

23 CALÇADA23.1 lastro m²23.2 Piso m²

24 PISCINA

Piscina em....... VB25 LIMPEZA

25.1 Azulejo m²25.2 Piso m²25.3 Metais un25.4 Vidros m²24.5 Louças un

Podemos acrescentar ainda itens como: paisagismo, ligações definitivas, habite-se,marcenaria, serralheria, escadas, ar condicionado, box etc.....

3.3.2 - Cálculo das quantidades

01 Projetos Preliminares

1.1 Projetos - unidade: VB (verba)Serão o valor cobrado pelo projetista ou calculista pelos projetos executados

para a obra. Pode ser orçado também por m2.

1.2 Emolumentos - unidade: VB (verba)Serão os valores das taxas e emolumentos pagos nos órgãos que irão

aprovar as plantas.

1.3 Sondagens - unidade: m (metros)

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 A prática mostra que as sondagens para pequenas obras dificilmente sãomuito profundas, portanto, 10m serão suficientes; e o número de perfuraçõespoderá ser de duas a três, que serão o bastante para os terrenos padrões, e nãodeverão ser alinhados. Faturamento mínimo 40m, produção diária 8m. Portanto se a

metragem de perfuração não atingir 40m devemos adotar 40m para o orçamento.

1.4.1 Limpeza do Terreno - unidade: m2 ou VB (verba) A limpeza do terreno poderá ser apenas capinar ou roçar, destocar, cada itemdestes tem uma unidade e um preço, geralmente em casos mais simplescomo capinar, determinamos uma verba. Se o orçamento for por m2 devemosadotar a área do terreno a ser limpa.

1.4.2 Barracão - unidade: VB (verba)Item mais ou menos indeterminado, de pequeno valor, é hábito determinarmoscerta verba, já que o material empregado no barracão será novo ou usado,

mas com plano de reaproveitamento após a demolição. Apenas para estabelecer certo valor, o barracão deverá ter no mínimo (3,00 x4,00 m), diríamos que a verba deve ser correspondente ao custo de seismilheiros de tijolos, ou 72 m2 em alvenaria de 1/2 tijolo.OBS.: Lembrando que, para pequenas obras, a mão-de-obra estará incluídana empreitada de mão-de-obra do construtor, e nas grandes obras o custoserá calculado no custo indireto.Ou calcular por m2 utilizando a seguinte composição:

Tabela 3.8 – Composição de custo “Abrigo provisório” por m2 

Componentes unidade consumos

carpinteiro h 6,70pedreiro h 0,40servente h 7,50Chapa compensada resinada 12mm m2 1,18Prego 15x15 c/c kg 0,20Prego 18x27 c/c kg 0,80Pontalete m 4,39Tábua 2,5x15cm m2 2,11Viga 6x12cm m 1,37Telha fibrocimento ondulada 4mm m2 1,19Cumeeira para telha un 0,25Concreto fck 13,5 MPa m3 0,07

1.4.3 Locação da Obra - unidade: m2

 A área a ser adotada é a área de projeção do pavimento térreo.

Para a locação da obra pelo processo de tábua corrida necessitamos por m 2

de:-pontaletes de 3" x 3" ou varas de eucaliptos = 0,04 m-tábuas de 1" x 8" (2,5cm x 20cm) = 0,09m2

-pregos 18 x 27 = 0,012 kg

1.4.4 Ligações Provisórias - unidade: VB (verba)Para as ligações provisórias será determinada uma verba que inclui as taxasde ligação de água, bem como o cavalete e a taxa de ligação de luz. Esses

valores poderão ser obtidos, consultando os órgãos responsáveis na data daconfecção do orçamento.02 Movimento de Terra

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2.1 Escavação em campo aberto - unidade: m3

No caso de cortes deverá ser adotado um volume de solo medido no corte,sendo a área da seção a ser cortada multiplicada pela altura média,

considerando que o material será depositado próximo.Se for transportar, acrescentar de 30 a 35% que seria o empolamento,considerado do solo.

2.2 Aterros - unidade: m3 

No caso de aterros deverá ser adotado um volume de solo medido no aterro,que seria a área da seção a ser aterrada, multiplicada pela altura média.Se for adquirir empréstimo de solo acrescentar no volume 30% devido àcontração, considerada, que o solo sofrerá quando compactado.

03 Fundação

3.1 Aberturas de Valas - unidade: m3

Volume medido no corte. Tendo-se a largura e a profundidade das valas, paracada tipo de fundação, calcula-se a área da seção e multiplica-se pelocomprimento das valas considerando que o material será depositado ao ladoda vala. Caso for transportar, acrescentar, de 30 a 35% de empolamento.

OBS.: Para a economia de formas, e sendo o solo de boa qualidade, podemosutilizar a própria vala como forma (contra barranco), portanto, nestes casos, aabertura de valas é feita na mesma dimensão das vigas baldrames.

3.2 Apiloamento do fundo da vala - unidade: m2

O calculo é dado pela largura da vala multiplicada pelo comprimento da vala.

3.3 Fundação adotar:Brocas ou estacas - unidade: m

O cálculo é dado pelo número de brocas ou estacas multiplicadas pelocomprimento.Para a estimativa do número de brocas podemos utilizar uma broca paracada 4,0m2 de construção térrea. Se for sobrado a área para o cálculo dasbrocas será, a área do térreo mais 20%. Ou ainda podemos utilizar a área de

construção multiplicada por 1.200 Kg/m2

. O resultado é dividido pelacapacidade de carga da broca ou estaca.E o comprimento, não tendo o projeto, pode adotar para as brocas 4,0 m e5,0 m de profundidade aproximadamente para construções térreas esobrados (térreo mais um pavimento) respectivamente. No caso das estacasem torno de 7,0 a 8,0 m.

Sapata Isolada ou contínua: No caso das fundações de um projeto ser de sapataisolada ou contínua devemos calcular a fôrma, a armadura e o concreto para a suaexecução e somar com os consumos da viga baldrame (vide cálculo no item 3.5).

3.4 Lastro – unidade: m3

Será a largura da vala multiplicada pela espessura do lastro e pelocomprimento da vala. Este cálculo serve para o lastro de brita ou de concretomagro (não estrutural).

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3.5 BaldramesNesta etapa, toda a parte de concreto armado é mera suposição, caso não setenha o projeto estrutural definitivo.Usaremos como critério que serão aplicadas vigas baldrames sob todas as

paredes, externas ou internas, tendo sua seção20 x 30 ou a dimensão doprojeto.

OBS. Devemos acrescentar no cálculo da forma, da armadura e do concreto osblocos de coroamento das estacas se houverem.

3.5.1 Formas - unidade: m2

Formas de madeira de 3ª, travados com sarrafos de pinho. A área de forma é calculada tomando-se a altura da viga baldrame emultiplicando-se pelo seu comprimento, a área encontrada multiplica-se por 

dois, pois só as duas faces da viga é que receberão forma. Dependendo dosistema adotado para a realização do orçamento (por exemplo, o TCPO daEd. PINI) as perdas já estão previstas nas composições caso contráriopodemos adotar um acréscimo de 5% (referente a perdas).

3.5.2 Armadura - unidade: kg A previsão de armadura, não se tendo o projeto estrutural, é de 80 a 90kg por m3 de concreto. Dependendo do sistema adotado para a realização doorçamento (por exemplo, o TCPO da Ed. PINI) as perdas já estão previstasnas composições caso contrário podemos adotar um acréscimo de 10%(referente a perdas).

3.5.3 Concreto - unidade: m3

O volume do concreto é calculado, multiplicando a área da viga baldrame peloseu comprimento. Dependendo do sistema adotado para a realização doorçamento (por exemplo, o TCPO da Ed. PINI) as perdas já estão previstasnas composições caso contrário podemos adotar um acréscimo de 5%,quando existe forma e 10% quando não se tem forma.

3.5.4 Lançamento do concreto em infra-estrutura – unidade: m3

Idem ao item 3.5.3

3.6 Alvenaria de embasamento – unidade: m3

 A alvenaria de embasamento tradicionalmente é realizada com tijolosmaciços, pois facilita a execução de vários níveis devido a sua pequenaespessura. Portanto o cálculo da alvenaria de embasamento é realizado por metro cúbico.Caso necessitarmos de utilizar outro elemento, por exemplo, bloco deconcreto estrutural, bloco cerâmico etc. o calculo da alvenaria deembasamento é feito por metro quadrado (utilizando a composição daalvenaria de elevação).

3.7 Impermeabilização - unidade: m2

 A impermeabilização dos alicerces será com argamassa de cimento e areiatraço 1:3 misturados com impermeabilizantes, revestindo o respaldo edobrando lateralmente 10 a 15 cm para cada lado, e as duas primeiras fiadas

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de tijolos serão assentadas com a mesma argamassa. Após a cura daargamassa aplicar uma pintura betuminosa com duas demãos cruzadas.Para o cálculo do orçamento poderemos adotar a área a ser revestida comosendo o comprimento total dos alicerces por uma largura de um metro.

OBS.: Podemos adotar outros tipos de impermeabilização como argamassa decimento e areia mais pintura com cimento cristalizante, manta etc....

04 Alvenaria

4.1 De um tijolo - unidade: m2

Para o cálculo da área das paredes pegamos o comprimento das paredes emultiplicamos pela sua altura e descontamos apenas a área dos vãos queexceder, em cada vão, a 2m2. Vãos com áreas iguais ou inferiores a 2m2 não

serão descontados.Este calculo serve somente para orçamento e não para a compra demateriais. O motivo de não descontar o vão até 2,0 m2 está na mão-de-obra.Nos vãos a mão-de-obra é mais demorada do que em um painel semabertura, para compensar este tempo a mais, utilizamos o custo do material.

4.2 De 1/2 tijolo - unidade: m2

Segue-se o mesmo procedimento para o cálculo da parede de um tijolo (item4.1).

05 Estrutura

5.1 Forma - unidade m2

Para o calculo da área devemos considerar a superfície da fôrma em contatocom o concreto.Vigas: perímetro da forma em contato com o concreto vezes o comprimento.Pilares: perímetro da forma em contato com o concreto vezes a altura. A previsão da área de forma em residência é de aproximadamente 20m2/m3

de concreto e para edifícios até 20 andares 12m2/m3 de concreto.

5.2 Ferro - unidade kg

 A previsão de aço é de 100 a 120 kg/m3

de concreto

5.3 Concreto - unidade m3

Para a estimativa do volume de concreto (Quando não temos os projetos)podemos utilizar a área de construção multiplicada por uma espessura médiade 15cm ou:Vigas: área da seção da viga vezes o comprimento.Pilares: área da seção do pilar vezes a altura.Dependendo do sistema adotado para a realização do orçamento (por exemplo, o TCPO da Ed. PINI) as perdas já estão previstas nas composiçõescaso contrário podemos adotar um acréscimo de 5%.

5.4 Laje Pré para Piso - unidade: m2

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 A área de laje é definida como a área contida no perímetro externo dasedificações que receberão a laje de piso.

06 Forro

6.1 Madeira, PVC, etc. - unidade: m2

Calcula-se a área de projeção horizontal (área efetiva do forro).

6.2 Laje Pré para Forro - unidade: m2.O cálculo da metragem quadrada do forro sempre segue o mesmoprocedimento do item 5.4 e deverá ser acrescido com a área de beirais casoos mesmos sejam feitos de laje.

07 Cobertura - unidade: m2

 A área de projeção horizontal ( incluindo os beirais) é que interessa para ocálculo. A razão está no fato dos caimentos variarem de valores de projeto,obrigando sempre a recalcular os valores, e também, porque a diferença desuperfície do painel, inclinado para a sua projeção horizontal é muito pequenapara ser levada em consideração.

7.1 Madeiramento - unidade: m2

O cálculo da área para o madeiramento é a mesma calculada no item 07. Omadeiramento do telhado só poderá ser calculado com exatidão, quando

possuirmos a planta detalhada de cobertura, quando isso não ocorre, paraorçamento devemos recorrer a valores aproximados que são:

- 0,03 m3/m2 de terças, caibros, ripas;

- 0,10 kg/m2 de pregos

7.2 Telhas - unidade: m2. As telhas são calculadas por m2 e depois transformadas em milheiros paracompra.Um método simples e prático para o calculo das telhas de um telhado planopode ser realizado da seguinte maneira:

• Calcular a área plana (incluindo o beiral) e multiplicar pelo fator de inclinação daTabela 3.8 determinando a área inclinada;

• Multiplicando a área inclinada pelo número de telhas por metro quadradoencontra-se a quantidade de telhas necessárias;

•  Acrescentar de 5 a 10% (para reserva)O calculo da metragem quadrada é o mesmo do item 07.

Consumo de telhas por m2:- plan = 24- cumeeiras = 4 un. por metro

- francesa = 16- cumeeiras = 3 un por metro- paulista = 25- cumeeiras = 3 un por metro

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Tabela 3.9 – Fator de inclinação para os caimentos usuais% fator  10 1,00515 1,01120 1,02025 1,03130 1,04433 1,05335 1,05940 1,077

08 Revestimento Interno - unidade: m2 Revestimento vertical: Para o cálculo da área onde deverão receber ochapisco, emboço e reboco, descontar apenas a área que exceder, em cada

vão a 2,0m2

.Revestimento horizontal: área efetiva.

OBS.: Os revestimentos internos tanto na vertical como na horizontal tem o mesmoconsumo de material, pois o traço é o mesmo, só muda o valor da mão-de-obra.

8.1.1 Chapisco - unidade: m2

O cálculo da área é o mesmo do item 08.

8.1.2 Emboço - unidade: m2

O cálculo da área é o mesmo do item 08.

8.1.3 Reboco - unidade: m2 O cálculo da área é o mesmo do item 08.

Reboco com argamassa pré-fabricadaConsumo de materiais por m2:

- argamassa pré-fabricada = 10,0kg- cal =1,29kg

09 Revestimento Externo – unidade: m2

Idem ao item 08.

10 Barras - unidade: m2

 Área efetiva do revestimento, desenvolvendo-se áreas de paletas, faixas etc.- alvaiade =0,10kg

11 Preparação para Pisos

11.1 Lastros - unidade: m2

 Área efetiva de lastro

11.2 Regularização de Base para Pisos Cerâmicios - unidade: m2

 Área efetiva de regularização.

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11.3 Regularização de Base para Pisos de Madeira - unidade: m2

 Área efetiva de regularização.Quando os tacos forem fixados com cola, a regularização deverá receber umacabamento liso.

11.4 Regularização de Base para Carpete - unidade: m2

 Área efetiva de regularização.

12 Pisos Internos - unidade: m2

 Área efetiva de piso.Dependendo do sistema adotado para a realização do orçamento (por exemplo, o TCPO da Ed. PINI) as perdas já estão previstas nas composiçõescaso contrário podemos adotar um acréscimo 10% para cobrir quebras,defeitos e, se tiver rodapés: 20%. (devemos avaliar o acréscimo de 10%principalmente quando na construção todos os ambientes utilizarem o mesmo

piso, nestes casos o acréscimo deverá se menor).

12.1 Cerâmica - unidade: m2

O cálculo da área é feito como no item 12.

12.2 Lajota - unidade: m2

O cálculo da área é feito como no item 12.

12.3 Carpete - unidade: m2

 A área será a superfície a revestir.

12.4 Madeira - unidade: m2

  A área será a superfície a revestir.

13 Rodapés, Soleiras e peitoris

Especificar sempre a altura do rodapé, a largura da soleira e peitoril. Para cadaaltura ou largura tem-se um preço.

13.1 Rodapés - unidade: mOs rodapés são quantificados por metros, sendo que para pisos cerâmicios os

seus valores deverão ser retirados da metragem quadrada do piso, pois nãose vende mais rodapés para cada tipo de piso.

13.2 Soleiras - unidade: m A maioria das soleiras hoje utilizadas, são do próprio piso, e portanto deverãoser assentadas com a mesma argamassa, só em casos em que as soleirassão de mármore ou granito é que deverão ser assentados com argamassapara cada caso.

13.3 Peitoris - unidade: mDependendo do tipo de peitoril, a argamassa de assentimento deverá ser 

apropriada, hoje, como se faz moradias mais econômicas, não se colocammais peitoris, ficando portanto o próprio revestimento das paredes comoacabamento para os peitoris.

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17 Instalação Hidráulica - unidade:VB (verba)

Existem dois caminhos para o cálculo de custo neste item; um deles, o mais

exato e também mais demorado, impraticável nesse orçamento prévio, é ocálculo que toma por base o projeto completo das instalações relacionandotodo o material e mão-de-obra, porém, o projeto completo, neste momentodas negociações, ainda não existe. O segundo caminho, menos exato, porémrápido e possível, será a avaliação em função do projeto de arquitetura, isto é,número e posição dos cômodos sanitários, número e categoria dos aparelhossanitários, existência de água fria e quente; para este caminho, torna-senecessária certa dose de experiência.Por outro lado, neste exemplo como na maior parte dos trabalhossemelhantes pretende-se contratar os trabalhos de profissional especializado(encanador); portanto, podemos solicitar com alguma antecipação propostas,

mesmo que informais, de um ou mais interessados, usando-as como basepara o nosso orçamento ou adotar o percentual incidente de custos por serviço da Tabela 3.9.

18 Instalação Elétrica - unidade:VB (verba) As observações feitas no item 17 se encaixam exatamente neste. Para ostrabalhos de eletricidade, também o cálculo exato só poderá ser possívelapós o projeto elétrico, portanto recorre-se à avaliação aproximada, cabendoa experiência o principal papel; para encontrarmos um valor próximodeveremos solicitar a profissionais especializados (eletricistas) que nosforneçam com alguma antecipação, propostas ou adotar o percentual

incidente de custos por serviço da Tabela 3.9.

20 Pisos Externos e Muros

20.1 Pisos Externos - unidade: m2

Para quantificarmos e orçarmos os pisos externos, devemos ter a sua área,tipo de piso e computar ainda: o lastro, a argamassa de regularização eassentamento e os rodapés.

20.2 Muros - unidade: mOs muros geralmente tem 1,80m de altura e são construídos de1/2 tijolo,

para isso deveremos considerar: material, mão-de-obra para escavação,apiloamento do fundo da vala, fundação, reaterro, pilaretes de concreto acada 2,50m, alvenaria, chapisco em ambas faces do muro.

21 Pintura - unidade m2

Para o cálculo da área não se desconta os vão até 2,0m2. Para vãos acima de2,0m2, descontar o que exceder em cada vão, e se adota o seguinte:- para as esquadrias de madeira será a área do vão de luz multiplicada por três;- para as esquadrias metálicas será a área do vão de luz multiplicada por 

dois;

- caso haja grades de proteção área total multiplicada por dois.- caixilhos com venezianas: área do vão de luz multiplicada por cinco

22 Vidros - unidade: m2

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Para o cálculo dos vidros será a área efetiva, arredondando para mais asmedidas em múltiplos de 5 cm.Para vidros temperados pode ser por conjunto instalado.

23 Calçada – unidade: m2 

 Área efetiva.Para quantificarmos e orçarmos a calçada, devemos ter a sua área, tipo depiso e computar ainda: o lastro, a argamassa de regularização eassentamento.

24 Piscina - unidade: VB (verba)

25 Limpeza - unidade: VB (verba)

Para a limpeza adotamos uma verba, caso se contrate uma firmaespecializada para tal, poderá ser cobrada por empreitada ou por tipos deserviços como segue:

 Azulejo m²Piso m²Metais unVidros m²Louças un

Tabela 3.10 - Percentual incidente de custos por serviçosServiços Percentual (%)- projetos 1,5 a 2,6- instalação da obra 2,2 a 4,0- serviços gerais 8,0 a 13,0- trabalhos de terra 0,5 a 1,0- fundação 4,5 a 6,5- estrutura 10,0 a 12,0- inst. elétrica 5,0 a 8,0- inst. hidráulica 5,0 a 6,0- alvenaria 3,5 a 6,5- telhado 1,6 a 2,10

- esquadrias 5,5 a 7,5- revestimento 8,5 a 14,0- pisos 4,5 a 7,5- rodapés, soleiras e peitoris 0,8 a 1,6- ferragens 0,8 a 1,5- pintura 2,2 a 4,4- vidros 1,0 a 2,2- aparelhos 2,7 a 5,5- elevadores 7,0 a 10,0- limpeza 0,15 a 0,45

Com base em diversos orçamentos, retiramos % de cada item que incidemno total do orçamento. Podemos utilizar essas % com certa ponderação, para

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verificação de orçamento e mesmo para orientar no custo dos itens que não se temclareza nos projetos.

Nesta apostila, compilamos as anotações dadas em aulas sobre MemorialDescritivo e Orçamento.

Os memoriais descritivos aqui anexos, são simples modelos que poderão,dependendo do projeto, serem melhorados ou ainda acrescentar ou retirar algunsitens que para determinadas obras não são utilizados.

Quanto a planilha de orçamento, poderão alguns de seus itens seremalterados. Os valores e as formas de cálculo, também anexas, foram desenvolvidaspara uma obra residencial unifamiliar de um ou até dois pavimentos; sendo estesvalores e formas de cálculos os mais comuns, quando necessitamos do orçamentosem termos ainda os projetos complementares ou ainda em obras em que osmesmos não são elaborados, mas o que não implica o uso de outros métodos paraseus cálculos.

O orçamento aqui explicado é o de preço composto "material + mão-de-obra"

portanto, nas planilhas o item "Custo Unitário" devemos computar os preçoscompostos.Caso se necessite do valor de mão-de-obra independente dos materiais,

devemos acrescentar outras colunas referentes ao custo unitário da mão-de-obra eo custo total da referida mão-de-obra.

4 - CONTROLE GRÁFICO DAS CONSTRUÇÕES:

O uso adequado de gráficos no controle das construções é de grandeimportância, mas terá a sua eficiência, dependendo da facilidade e da exatidão comque os materiais possam ser medidos e da facilidade com que se possa fazer aapropriação da mão-de-obra.

Um controle gráfico, por melhor que tenha sido estudado, poderá, todavia,não ser realizado exatamente de acordo com as previsões, feitas por vários motivosque concorrem para uma obra, às previsões não são profecias, mas tem o objetivode reduzir o imprevisto

Todo o controle gráfico das construções não termina no momento da

elaboração dos gráficos, mas sim, depois de um controle diário até o término daobra, realizando ajuste no decorrer da mesma para que seja cumprido o programa acontendo.

4.1 - Diagrama de Gantt

Pode ser chamado também de diagrama de barras, mas chama-se Ganttporque foi estudado e desenvolvido por um engenheiro americano H. L. Gantt comfinalidade de organizar os transportes bélicos nos E.U.A. durante a Primeira GuerraMundial.

O gráfico de Gantt nos mostra as atividades de um projeto com as suasrespectivas durações (sua função principal consiste em indicar as datas de início etérmino de cada serviço), indicando também os dias de cada mês, de maneira quenos permite comparar as previsões com a realidade; o tempo de cada serviço é

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representado através de barras horizontais que representam 100% do serviçorealizado. Figura 4.1 e 4.2)

Nº SERVIÇOS MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGO SET. OUT.

1 Escavação das fundações2 Concretagem das fundações3 Cimbres4 Formas5 Ferragens6 Concretagem da estrutura7 Descimbramento8 Retirada das formas

Figura 4.1 - Modelo de gráfico de Gantt 

O campo de aplicação de Gantt é muito grande, se pode empregá-lo paragrandes e pequenos projetos, e ainda nos obriga ter uma visão total do projeto.

Para aplicação em obras, podemos aumentar as linhas horizontais parapodermos colocar o diagrama previsto e logo abaixo o que está sendo realizado, eassim analisar o adiantamento ou atraso da obra e ainda introduzir neste gráficocusto referente a cada serviço passando então a chamar Cronograma FísicoFinanceiro (Figura 4.2a e 4.2b).

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CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO OBRA:PROPR.:

Item SERVIÇOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 VALOR DOSSERVIÇOS

%

01 Serviços Preliminares02 Movimento de Terra03 Fundações04 Alvenaria05 Estrutura06 Forro07 Cobertura08 Revestimento Interno09 Revestimento Externo10 Barras11 Preparação para Pisos12 Pisos internos13 Rodapés soleiras e peitoris14 Esquadrias de Madeira15 Esquadrias Metál icas16 Ferragens17 Instalação Hidráulica18 Instalação Elétrica19 Sanitários e Iluminação20 Pisos externos e Muros21 Pintura

22 Vidros23 Limpeza24 Diversos

TOTAL DO MÊSVALOR ACUMULADO%Figura 4.2a - Modelo de gráfico de Gantt 

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OBRA : Construção de residência

Itens 

Descrição dos Serviços 

MES 1 

MES 2 

MES 3 

MES 4 

MES 5 

MES 6 

MES 7 

MES 8 

TOTAL 

01 DESPESAS INICIAIS 100 4.045,00 4.045,00 3,15%

02 INSTALACAO DE CANTEIRO DE OBRAS 100 1.839,72 1.839,72 1,43%

03 MOVIMENTO DE TERRA 100 250,33 250,33 0,19%

04 FUNDAÇOES 100 7.465,98 7 .465,98 5,81%

05 ESTRUTURAS 20 5.424,37 40 10.848,75 40 10.848,75 27.121,87 21,11%

06  ALVENARIA 20 849,11 40 1.698,22 40 1.698,22 4.245,55 3,30%

07 COBERTURA 40 15.412,52 60 23.118,78 38.531,30 29,98%

08 REVESTIMENTO INTERNO 30 1.736,68 70 4.052,25 5.788,93 4,50%

09 REVESTIMENTO EXTERNO 20 1.255,98 80 5.023,92 6.279,90 4,89%

10 BARRAS 10 234,64 90 2.111,75 2.346,39 1,83%

11 PREPARAÇAO PARA PISOS 40 1.427,38 30 1.070,54 30 1.070,54 3.568,46 2,78%

12 PISOS INTERNO 70 2.328,24 30 997,82 3.326,06 2,59%

13 ESQUADRIAS DE MADEIRAS 20 66,00 80 264,00 330,00 0,26%

14 ESQUADRIAS METÁLICAS 20 1.557,05 40 3.114,10 40 3.114,10 7.785,25 6,06%

15 INSTALAÇAO ELÉTRICA 5 260,00 5 260,00 30 1.560,00 30 1.560,00 30 1.560,00 5.200,00 4,05%

16 INSTALAÇAO HIDRAULICA 20 242,00 40 484,00 40 484,00 1.210,00 0,94%

17  APARELHOS SANITARIOS E METAIS 50 141,00 50 141,00 282,00 0,22%

18 PISOS EXTERNO 40 1.477,60 60 2.216,40 3.694,00 2,87%

19 VIDROS 100 489,35 489,35 0,38%

20 PINTURA 30 1.321,64 70 3.083,82 4.405,46 3,43%

21 MURO E LIMPEZA 100 300,00 300,00 0,23%

TOTAL DO MES 19.874,51 12.546,97 28.219,49 28.405,12 16.213,40 8.622,88 6.832,59 7.790,57 128.505,53 100,00%

TOTAL ACUMULADO 19.874,51 32.421,48 60.640,97 89.046,09 105.259,49 113.882,37 120.714,96 128.505,53

% do mes 15,47% 9,76% 21,96% 22,10% 12,62% 6,71% 5,32% 6,06% 100,00%

Figura 4.2b - Modelo de Cronograma Físico Financeiro

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O cronograma-físico-financeiro, nos dias de hoje, tomou grande avanço devido asua utilização nos processos de financiamento da casa própria (construção).Descrevemos abaixo o preenchimento do gráfico de Gantt da Figura 4.2a:

• Item - A coluna do item deverá conter as mesmas numerações dos itens daplanilha de orçamento (peça importante na elaboração dos conogramas).

• Serviços - Nesta coluna deverão constar os títulos de cada serviço sendo osmesmos da planilha de orçamento.• Coluna dos Meses - No nosso exemplo são 12 meses, que poderão ser 

acrescentados dependendo do porte da obra, e ainda serem divididos em semanase dias.

• Valor dos Serviços - Nesta coluna é colocado os valores dos custos totais decada item, retirados da última coluna da Planilha de Orçamento (custo do Item).

• % - (na coluna) - Devemos nesta coluna, computar a % do custo de cada item emrelação ao custo total da obra.

• Total do Mês - São os valores que deveremos somar, referentes aos gastos decada mês, pois em um só mês poderemos efetuar vários serviços.

• Valor Acumulado - São os valores de cada mês acumulados, e totalizando noúltimo mês da obra, o valor do orçamento.• % (na linha) - Seria a % do custo de cada mês em relação ao total do orçamento.

Podemos ainda acrescentar mais uma linha e uma coluna referentes aos valoresde índices econômicos. (Figura 4.2)

Estes diagramas são de grande utilidade na planificação prévia das obras, mas temo inconveniente de não definir de forma clara quando se está realizando simultaneamentevárias atividades e nem é possível indicar quando começa uma atividade sem que hajaterminada a outra.

Portanto, devemos elaborar outros gráficos de apoio chamados:

4.2 Gráfico de Andamento (Gráfico Cartesiano)

O gráfico de andamento fornece a quantidade de trabalho feito até umadeterminada data, permitindo a comparações com o programa.

Cada ponto da curva representa o total do serviço feito até a data correspondentea esse ponto. As curvas deste gráfico são também denominadas cumulativas ou demassas. Pode conter grande número de curvas, conforme o grau de precisão que se quer 

obter, e a facilidade de se distinguir essas curvas (Figura 4.3):

Exemplo 01: Programação para assentamento de uma linha de tubos para esgoto.

Tabela 4.1 - Dados da programaçãoDIA PROGRAMA (m) EXECUÇÀO (m) % S/ PROGRAMASegunda 100 75 75%Terça 125 100 80%Quarta 150 150 100%Quinta 150 180 120%Sexta 150 75 50%

Soma 675 580 86%

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Figura 4.3 - Programa para assentamento de uma linha de tubos para esgoto

  programaexecução

Exemplo 02: Execução de laje maciça de pavimento tipo:

Fôrma armadura elétricaconcretagem

Figura 4.4 - Execução de laje do pavimento tipo

Nota-se no exemplo 02 que os serviços foram colocados em porcentagem de execução,pois cada um deles tem uma unidade específica: fôrma = m 2, armadura = Kg, elétrica =pontos, concreto = m3, que não daria para colocar em um só gráfico.

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4.3 - TÉCNICAS DE CAMINHO CRÍTICO:

4.3.1 - Introdução As deficiências do gráfico de Gantt (gráfico de Barras) para o planejamento do

projeto provocaram as necessidades de um método que permitisse tornar ótimos, ou

quase ótimos, a seqüência e a utilização dos recursos.Uma metodologia apropriada foi encontrada na área de análise de rede. A partir de 1956 surgiram abordagens diferentes deste problema, em locais

diferentes e por diferentes razões, o fator tranqüilizador desses esforços é que, apesar das variedades de nomes que aparecem para rotular cada sistema, todos resultaram ser fundamentalmente semelhantes.

 As diferenças entre as abordagens são basicamente conseqüência do trabalhooriginal para o qual o método foi desenvolvido. Todas elas têm em comum a noção deum caminho crítico. Essas técnicas procuram interligar atividades de execução de acordocom as ocasiões exatas em que essas interligações acontecem.

Os sistemas antigos, que resultavam, por exemplo, no gráfico de Gantt, tratavam

muitas vezes, das fases componentes de um empreendimento como se fossemcompartimentos estanques, com interligações não muito comprovadas ou aparentes.Por intermédio da técnica da rede de planejamento chega-se a um prazo final de

execução, que pode receber grande confiabilidade, se o planejamento tiver sidoelaborado com os devidos cuidados.

Qualquer realização depende sempre dos recursos de que se dispõe para suaexecução. Entre os recursos principais citemos os legais, os financeiros, os materiais e oshumanos.

 Admitindo que não haja impedimento legal, que existam disponibilidadesfinanceiras, que estejam bem determinados os recursos mecânicos e materiais, temosque saber exatamente qual a quantidade de recursos humanos que se ocupará da

execução.É muito comum planejar uma obra para dez pedreiros e vinte serventes e verificar posteriormente que a construção tem apenas cinco pedreiros e oito serventes. Tal falhasomente é descoberta com o "Acompanhamento do Desempenho", peça indispensávelnuma execução.

Sem o controle contínuo sobre todos os recursos no desempenho não se poderáconfrontar o planejamento com o real, nem tornam as necessárias providências visandotrazer a realidade para o planejado.

O planejador deve ter contato com o responsável pela execução da construção quelhe deve fornecer as informações indispensáveis sobre a realidade da obra.Somente dessa forma se disporão de meios para calcular a probabilidade de acerto e os

prazos de execução das diversas atividades componentes de uma obra.Outro cálculo verificador que deve ser feito é o relativo, ao planejamento individualde cada atividade componente. Há necessidade de se verificar se cada uma delas podeser iniciada no tempo previsto na rede de planejamento ou então quais são as medidasque deverão ser tomadas para que isso seja possível.

Desde a década de 60, a utilização do PERT (Program Evaluation And ReviewTechinique) - Técnica de Avaliação e revisão de Programas; e o CMP (Critical PathMethod) - Método de Caminho Crítico tem sido difundido nas escolas de todo o mundorevolucionando o campo do planejamento e do controle com novos horizontes.

Em 1956, J. E. Keley, funcionário da Du Pont, estudando o fluxo nos gráficos (paraa construção de uma fábrica), estabeleceu o método do caminho crítico - CPM;

Posteriormente, Ford e Fulkerson trabalhando para a Remington desenvolveram indamais esse modelo.Em 1958, a marinha norte-americana estava financiando pesquisas com o objetivo

de antecipar o prazo de conclusão do Projétil Balístico Polaris, tendo D. G. Malcon

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descoberto método PERT. A utilização do PERT proporcionou redução de mais de umano na duração do Projeto Polaris. Posteriormente foram introduzidos váriosaperfeiçoamentos na utilização do PERT e do CPM.

4.3.2 - Diferenças entre PERT e CPM

PERT e CPM são utilizados para planejamento, programação e controle; ambospartem da representação gráfica da rede ou gráfico; porém, encerram diferençasprofundas.

- Modelo CPM é determinístico.- Modelo PERT é probabilístico.

 A aplicação do CPM só é possível quando se conhece como produzir e se conheceo custo de cada atividade associada ao tempo de sua execução.Portanto:

- O Objetivo do CPM é determinar uma duração para as atividades de formaque o custo total seja mínimo.

Como a maioria das tarefas é composta de atividades nunca antes executadas(nas mesmas condições), não se conhece com precisão a sua duração se utiliza o PERT. Através de um modelo probabilístico, são determinadas as probabilidades de executar uma tarefa em certo tempo estimado. O PERT de início foi imaginado para oplanejamento de tempos.

Em 1962 foi desenvolvido um modelo que associa probabilisticamente o tempo aocusto, dando origem ao PERT - CUSTO.

No caso da construção civil, a não ser os poucos casos de repetição de blocos

iguais, dificilmente as condições são idênticas. Julgamos que a aplicação do PERT seja ode melhores resultados prático.De início o PERT foi idealizado para projetos de grandes proporções. No entanto, o

mesmo mostrou ser de grande valia, também, em casos de planejamento, programação econtrole e de assuntos simples, mesmo não técnicos.

4.4 - PERT

4.4.1 Definição

O PERT pode ser empregado em qualquer empreendimento que requeira umtrabalho planejado, controlado e inter-relacionado, visando atingir objetivos em um tempopré-estabelecido.Quando muitas atividades são necessárias para se realizar um programa, também muitasincertezas são associadas a essas mesmas atividades.O PERT é uma técnica que faz abordagem estatística dessas incertezas.

O PERT é definido como:• Um instrumento para o Administrador definir e coordenar o que deve ser feito, a fim

de atingir com sucesso o objetivo projetado dentro do tempo pré-estabelecido.• Uma técnica que ajuda a tomar decisões, mas não às dá.

• Uma técnica que apresenta informação estatística com referência as incertezas aenfrentar na execução das diversas atividades de um projeto.• Um método para focalizar a atenção do Administrador sobre:

Problemas em potencial que requeiram decisões e/ou soluções.

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Providências e alterações com referência a emprego de tempo; recursosou atuação para aumentar as probabilidades de conclusão do projeto na data pré-estabelecida.

PERT apresenta meios para que sejam identificados as atividades de maior importância e as que devem ser relegadas a um plano secundário.

O PERT apresenta os projetos em grande detalhe, propiciando distribuição detarefas que deverão ser delegadas aos diversos elementos; as responsabilidades ficambem definidas.

PERT pode ser usado para simulação e, portanto testes de novos planos.4.4.2 Etapas no Preparo do PERT

 A elaboração de um PERT envolve sempre duas etapas distintas. A Primeira Etapa é a da construção da rede (ou gráfico) que é uma etapa típica do

Planejamento. A Segunda Etapa, que é a da Programação, consiste no estabelecimento das

durações das atividades e o cálculo do caminho crítico e das folgas.

 A rigor o controle é a Terceira Etapa, é o acompanhamento e avaliação.

4.4.3 Primeira Etapa - Planejamento

Para o estabelecimento da rede devem ser aproveitadas as sugestões de diversosfornecedores, empreiteiros, e do pessoal de execução da obra (Engenheiro, Mestre eEncarregados).

Rede é a representação gráfica do projeto.Rede apresenta uma série ordenada de ações, etapa por etapa, que devem ser 

executadas numa ordem estabelecida para que o objetivo final seja atingido.

 A rede é composta de eventos e atividades.EVENTO PERT:

• Um evento PERT deve indicar um ponto importante e significativo do projeto.• Um evento PERT é o início ou a conclusão de um trabalho.• Um evento PERT não consome tempo ou recursos.• Um evento PERT é representado por um círculo.

 ATIVIDADE:• Uma atividade PERT é a execução de um trabalho propriamente dito.• É uma parte da rede PERT que consome tempo e requer mão de obra, material,

local, equipamento, instalação ou outros recursos.•  A atividade é representada, geralmente, por um segmento sem escala.• O comprimento do segmento não mede a grandeza do tempo consumido pela

atividade.

EVENTOS SUCESSORES E ANTECESSORES:O evento ou os eventos que imediatamente se seguem, sem que haja eventos

intermediários, são chamados Eventos Sucessores daquele evento.O evento ou os eventos que vem imediatamente antes de um outro evento sem

que haja eventos intermediários, são chamados Eventos Antecessores daquele evento.

REDE DE EVENTOS E REDE DE ATIVIDADES:Devido a estas duas formas geométricas surge a possibilidade de se construir doistipos de rede: Rede de Eventos e Rede de Atividades, para representar o mesmo projeto.

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Rede de Eventos: - Método Americano (Figura 4.5)

Figura 4.5 - Rede de eventos modelo Americano

Rede de Atividades: - Método Francês (Figura 4.6)

Só são mostradas as atividades e as relações entre elas. Não há eventos.

Figura 4.6 - Rede de atividades modelo Francês

O número indicado no canto direito significa o número de dias que consome a

atividade.No método Francês é fácil adicionar novas atividades em um programa jáexistente, o que é difícil no método Americano, onde às vezes é necessário refazer arede.

O método Francês não consegue demonstrar a dependência entre as atividadescomo no método Americano. Cada método tem vantagens e desvantagens; o mais usado(até mesmo na França) é o método Americano ou dos Eventos, que passaremos aestudar.

R E C O R D A N D O

Rede PERT

- Os eventos ocorrem em seqüências lógica.- As atividades representam o tempo que leva para ir de um evento a outro.- Nenhum evento pode ser considerado ocorrido até que todas as atividades

estejam concluídas.- Nenhuma atividade pode ser concluída até que o evento precedente tenha

ocorrido.

Aplicação:

Desenhe uma rede PERT (Figura 4.7), usando somente os eventos mencionadosabaixo:Os eventos estão em seqüência lógica.

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EVENTO 1 - Exame final de Português terminado.EVENTO 2 - Exame final de História terminado.EVENTO 3 - Completada as matrículas nas cadeiras de Português,Matemática e História.EVENTO 4 - Exame final de Matemática terminado.EVENTO 5 - Recebimento de Notas Finais das três matérias.

Figura 4.7 - Modelo de redeAplicação:

Por que na rede abaixo o EVENTO 5 acontece após os EVENTOS 7 e 3 ?

Figura 4.8 - Modelo de rede

O evento 5 acontece após os eventos 7 e 3, porque a atividade 5 e 6, que tem

origem no evento 5, depende das atividades 3-5, 7-5 e 8-5.Ora as atividades 7-5 e 8-5 têm origens respectivas em 7 e 8. Logo, o evento 5,origem da atividade dependente, é possível aos eventos 7 e 8.

7 - Terminadas as modificações no elenco.8 - Iniciado o primeiro ensaio.9 - Ensaio concluído.10 - Fim da venda dos bilhetes de estréia.

Rede de eventos (Método Americano).

Neste tipo de planejamento é dada ênfase aos eventos e a sua seqüência lógica.

a) Princípios da dependência

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 A Geometria da rede implica na obediência ao princípio, de que um eventonão pode ser alcançado a menos que a atividade que o precede tenha sido efetivae completamente terminada.

Uma atividade não pode ser iniciada antes que o evento que a precedetenha sido atingido.

Disto concluímos que os eventos e atividades formam um percurso atravésda rede, em seqüência no tempo.O trabalho então, deve evoluir de maneira ordenada: evento para atividade,

e desta para evento.Sem exceção, toda atividade deve ser precedida e seguida por um evento;

todo evento deve ser precedido e seguido por uma atividade; com duas exceções:o primeiro não é precedido por nenhuma atividade, e o último não é seguido por nenhuma atividade.

b) Atividade Fictícias

Em alguns casos há necessidade de apresentar dependências entre eventonão ligado por uma mesma atividade.Neste caso, representamos esta relação por uma atividade fictícia, que não

representa trabalho e nem tem duração ou custo associado.

c) Importância da qualidade da rede

 As vantagens que o PERT pode apresentar são diretamente proporcionais aqualidade da rede.

 Apesar disso a rede não será nunca completada, pois representa um

processo dinâmico, que no decorrer do tempo sofre modificações, a rede deve ser tal que sempre possibilite sua modificação, para absorver as condições imprevistasque poderão ocorrer.

d) Codificação

Todos os eventos deverão ser numerados. Esta numeração é arbitrária demodo que os eventos novos poderão ser encaixados sem modificar a numeraçãoinicial.

 Apesar disto, é usual numerar segundo certa ordenação. Assim, asatividades podem ser identificadas pelos números do evento que a precede e do

que a segue.

e) Rede em Série e em Paralelo

Os trabalhos podem ser descritos em termos de fluxos, e, portanto podemser em série ou em paralelo.

Em alguns casos há dependência forçada, ou seja, uma tarefa só pode ser iniciada após o término da outra - é o trabalho em série (Figura 4.9).

Em outros esforços que estão relacionados entre si podem ser executadosparalelamente e finalmente convergem para um ponto onde os resultados dessesesforços se unem (Figura 4.10).

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Razões de segurança levem muitas vezes o administrador a planejar emsérie trabalho que poderiam ser executados em paralelo, pois os esforços podemnão combinar como deveriam: em outras vezes, resolve correr um risco, que écompensado pelas economias de tempo e completa utilização dos recursosprodutivos.

Figura 4.9 - Rede em série

Figura 4.10 - Rede em paralelo

f) Evento Objetivo Antes de iniciar a construção da rede, devemos especificar o objetivo do

PERTEste será chamado de evento objetivo e será o último evento para qual

todas as atividades caminham ou tendem.

g) Regras para a Construção da Rede de Eventos1º - Cada tarefa (atividade) será definida por dois nós (eventos) que

correspondem ao seu início e ao seu fim.2º - Todas as atividades que chegam ao mesmo nó têm subseqüentes

idênticos e todas que saem tem precedentes idênticos.3º - O nó descreve completamente a relação entre todas as atividades que

chegam e todas que partem.4º - Conseqüentemente não pode haver circuito fechado, nem duas

atividades paralelas começando e terminando nos mesmos eventos (Figura 4.11).

Para respeitar regra nº I, introduzimos a atividade fictícia.

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Figura 4.11 - Exemplo de rede

h) Operação dependentes e independentes

Seja o caso:ATIVIDADE ANTECESSORA A -

B -C AD A e b

Cuidados devem ser tomados para não se introduzir relações de dependência nãoexistentes.No exemplo errado, notamos que C depende de A e B, o que não é verdade (Figura4.12).

Figura 4.12 - Modelo de rede

i) Quando é necessário é possível, dividir atividades em sub-atividades.

 Antes que A se complete, outras atividades poderão ser inicializadas (Figura4.13):

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Figura 4.13 - Modelo de rede

 j) Detalhamento da Rede

Em certas situações se torna necessário detalhar uma atividade da rede.

Nesta condição se constrói uma sub-rede ou sub-grafo (Figura 4.14).

Figura 4.14 - Modelo de rede

k) Método de Construção de Rede77

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1 - Método reverso - parte do evento-objetivo.2 - Método Direto - parte do evento inicial.3 - Método Central - usado para detalhar uma parte da rede.4- Método da Relação e Manipulação - elabora-se uma lista de todos

os eventos e suas relações de dependências; em seguida, por manipulação,

constrói-se a rede.É o método mais usado.

4.4.4 Segunda etapa da construção do PERT; Programação

Elaborada a rede, passa-se a segunda etapa do PERT, que é aProgramação.

Esta fase consiste no estabelecimento das estimativas das durações dasatividades, na determinação do caminho crítico e no cálculo do valor do caminhocrítico e das folgas.

a) Fator tempo da rede

 A parte mais difícil da elaboração do PERT é sem dúvida estimar a duraçãodas atividades.

Nos casos de operações já realizadas, o tempo gasto no passado nosauxilia nesta estimativa. Mas, nos trabalhos completamente novos, essa estimativaé bem difícil e vai depender muito da experiência e bom senso do avaliador.

Depois de feito o planejamento do projeto, (construção da rede), já se podeatribuir a responsabilidade da execução a diversas pessoas. E, são essas pessoasque devem estimar a duração das atividades, pois devem ser quem mais tem

conhecimento da construção e dos recursos disponíveis.Entretanto, devem-se tomar precauções contra as estimativas longasdemais, pois essas pessoas têm todo interesse em aumentá-las.

Bases para estimativas: dia, semanas, meses, etc.

b) Expectativa para a duração da atividade

Se em inúmeros casos práticos, se pode conhecer com certa precisão asdurações das atividades, em outros, principalmente aqueles de pesquisa edesenvolvimento, as durações são bastante incertas.

Dois casos podem se apresentar:

1º) Operações completamente novas ou muito mal conhecidas e se ignora adistribuição da probabilidade de cada tempo;

2º)  As operações são conhecidas, assim como a distribuição deprobabilidade de sua duração.

1º Caso: A distribuição dos tempos é desconhecida.Como salientamos anteriormente, o PERT sendo um modelo probabilístico,

pode ser usado para projetar onde a incerteza sobre a duração das atividades égrande.

Para diminuir essa incerteza deve-se fazer 3 (três) estimativas de forma a

"circunscrever" o erro: otimista, mais provável e pessimista.Estimativa Otimista

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Refere-se ao tempo mínimo que a atividade requererá, se tudo ocorrer otimamente. Equivale supor que há somente uma chance em cem (probabilidadede 1%) de que a atividade se desenvolva segundo esta estimativa.

Estimativa Mais Provável 

Representa o tempo mais provavelmente consumido pela atividade noentender das pessoas que o estimam. Não corresponde a uma estimativa com50% de probabilidade da ocorrência, mas aquela julgada ser a de ocorrência maisfreqüente em circunstâncias normais.

Estimativa PessimistaRepresenta o inverso do primeiro caso, onde tudo se processa da pior 

maneira possível.Corresponde também a uma estimativa com probabilidade de 1%, mas não

devem ser incluídas situações catastróficas, tais como incêndios, greves, sinistros,etc. Só devem ser considerados nesta estimativa aqueles fatores possíveis decontrole por parte da administração.

Quando alguém faz as três estimativas, (otimista, mais provável epessimista) está estabelecendo uma distribuição semelhante às ilustradas abaixo,onde:

a - é o cálculo do tempo otimista;m - é o cálculo do tempo mais provável;b - é o cálculo do tempo pessimista;t e - é o tempo médio que a atividade levaria , se fosse repetida muitas

vezes.

O te para cada distribuição, como vemos abaixo, (Figura 4.15) é o valor da

média estatística dos cálculos de três tempos. Em outras palavras te é o tempomédio que a atividade consumiria se fosse repetida muitas vezes.

(A) (B) (C) (D)Figura 4.15 - Tempo médio

Os seguintes valores de a, m, b, e te foram obtidos para diferentes

atividades de uma rede PERT.

a m b teatividade # 1 3 6 9 6atividade # 2 5 6 9 6,33

atividade # 3 3 6 7 5,67atividade # 4 5 6 7 6

 A atividade # 1 acima corresponde à distribuição B; A atividade # 2 acima corresponde à distribuição A;

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 A atividade # 3 acima corresponde à distribuição D; A atividade # 4 acima corresponde à distribuição C.

Você notará que o valor de te é determinado pelas posições relativas de a,

m, e b. Sendo assim, a posição do te entre os dois extremos, depende inteiramente

do julgamento da pessoa que faz as estimativas.

O valor de te de uma distribuição é dependente dos valore numéricos de a,m e b.

 Agora que sabemos que os valores numéricos de a, m e b afetam o valor dete, recorremos à ajuda de nossos estatísticos. Eles, por sua vez, desenvolveram

uma equação que dá um cálculo de te para todos os tipos de distribuição.

 A equação:

te =+ +a m b4

6

Serve de base para calcular o valor esperado do tempo de execução daatividade.

Exemplos:

1) Os dados são os seguintes:a - 12 diasm - 18 dias

b - 30 dias

2) A fórmula é: te =+ +a m b4

3) O problema é achar o valor de te .

4) Substituindo nossos dados na fórmula obtemos:

te =

+ +12 4 18 30

6

( ). ( )

5) Simplifica-se a expressão:

te =+ +

=12 72 30

6

114

6

6) Finalmente:  te = 19 dias

Pediram a um engenheiro para fazer um cálculo de tempo (otimista,

pessimista e mais provável) para execução de três diferentes atividades. As curvasabaixo representam seus cálculos. Note que te (valor esperado) de cada curva é o

mesmo, mas as curvas diferem muito em seu formato (Figura 4.16).

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 ABC

Figura 4.16 - Curvas representativas para execução de três atividades

 A grande base da curva “A” revela que o engenheiro não foi capaz de prever a conclusão do serviço com um grau de exatidão comparável ao das curvas B e C.Mas aqui, entra um delicado problema, a incerteza do engenheiro pode ser resultante da falta ou do excesso de informações. No primeiro caso, ele podia ter deixado uma maior margem de segurança se conhecia bem a situação, podia estar a par dos fatores adversos que, talvez, viessem a ocorrer e que deveria ter considerado. Igualmente, quando da elaboração das curvas “B” e “C” , ele poderáter sido excessivamente otimista devido à falta de informações. As probabilidades,

entretanto, são de que quanto maior o número de informações sobre umaatividade, menor será à base da curva. Assim, se o engenheiro tivesse mais emelhores informações, a curva “A” tenderia a aproximar-se do formato da curva “C”.

Daí, podemos concluir que, quanto maior for à separação entre os temposotimista e pessimista, maior será a incerteza associada à atividade, mais uma vez,temos que recorrer aos nossos bons amigos, os estatísticos, para uma ajudazinhana matemática. Eles, trouxeram o termo variânça, que descreve a incertezaassociada a distribuição. Quando a variânça for grande, significa que há umagrande incerteza a respeito do tempo necessário para a conclusão de umaatividade. Quando a variança for pequena, quer dizer que a estimativa é bastanteprecisa no que diz respeito ao tempo requerido à conclusão da atividade, isto é, os

tempos otimistas e pessimistas são bem próximos.O Símbolo da variânça é σ e sua fórmula é:

σ

2

6   

   −

=ab

Trabalhando com os mesmos dados, os engenheiros José Silva e Daniel Santos,chegaram aos seguintes resultados:

Otimista Mais Provável PessimistaSilva 2 4 6Santos 8 10 11

Qual dos dois estava mais certo nos cálculos? A variânça de Santos é calculada como segue:

σ

2

6   

   −

=ab

σ  = (0,5)2

σ  = 0,25

 A variânça de Silva é calculada como segue:

σ

2

6   

   −= ab

σ  = (0,67)2

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σ = 0,45

 A variânça de 0,45 de Silva, foi maior que a variânça de 0,25 de Santos; assimSantos estava mais certo em seus cálculos.

REVISÃO

Dadas três estimativas de tempo para executar uma atividade:a - tempo otimista;m - tempo mais provável;b - tempo pessimista.Há duas fórmulas para calcular-se a Média (te) e a variânça (σ2).

te =+ +a m b4

6 σ

2

6    

   −

=ab

te é o tempo médio que uma atividade consumiria se fosse repetida muitas

vezes.σ é a média de incerteza relacionada à atividade.Depois de estabelecermos nossas redes PERT, mostrando a inter-relação

entre atividades e eventos, nós obtivemos os cálculos de três estimativas de tempo(a, m e b) para cada atividade. Depois calculamos o te de cada atividade e

pusemos seus valores na rede PERT acima da linha de atividades que eles

representam.

 Figura 4.17 - Modelo de rede

Nessa rede, o evento 2 é o sucessor, e o evento 1 é o antecessor daatividade que os liga. Essa atividade tem um te (tempo esperado de conclusão) de

6 semanas.Usando a rede acima como modelo, faça uma rede com as seguintes

informações:

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EVENTOANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR

te

Montagen das unidades finais1 2 6

Recrutagem do pessoal de

Campo 1 3 12Levantamento da área aconstruir 1 4 6Testes e experiências dasUnidades Finais 2 5 2Treinamento dos Engenheirosde Campo 3 5 9Construção dos Abrigos na áreaa construir 4 5 10 

O passo seguinte na elaboração de uma rede PERT é o estabelecimentodas estimativas de tempo nas qual você espera alcançar os eventos de sua rede.Estes tempos são representados pelo símbolo t

ee aparecem acima nas linhas de

atividades na rede PERT.

O TE de um evento representa o tempo mais próximo possível em que o

evento se poderá verificar, o TE é o cálculo somando-se os te 's das diversas

atividades referentes ao evento em questão.Cedo de um evento é o tempo necessário para que este evento seja

atingido. Do inglês Early (cedo) o símbolo é TE e colocado logo acima do evento.

Dê uma olhada na seguinte rede:

Figura 4.18 - Modelo de rede

1 -  A estimativa do tempo que você espera para atingir o evento 1 é zerotempo. Nenhuma atividade precede o evento e, portanto, não haverá consumo detempo para atingi-lo. O TE para o evento 1 é zero, pois este evento é inicio (evento

inicial do projeto).

2 -  A atividade que liga o evento 1 ao evento 2 tem um te de 10 semanas,

portanto, o tempo necessário para se atingir o evento 2 é de 10 semanas depois docomeço do projeto. O evento 2 tem um TE de 10 semanas.

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3 -  A atividade que liga o evento 1 ao evento 3 tem um te de 3 semanas,

portanto, o tempo necessário para se atingir o evento 3 é de 3 semanas depois docomeço do projeto. O evento 3 tem um TE de 3 semanas.

4 - De acordo com a nossa rede, todas as atividades devem ser consideradasantes que o evento 4 seja atingido. Desde que existem dois caminhos que

consomem tempo, que nos leva ao evento 4, o mais longo representa o menor tempo possível para verificar-se o evento 4.

Você pode alcançar o evento 4 pela linha 1 - 3 - 4 ou pela linha 1 - 2 - 4.Uma linha leva 15 semanas e a outra 16. Assim, você escolhe a de maior valor, ouseja, a de 16, como o tempo mais próximo de se alcançar o evento 4.TE (evento 4) = 16 semanas e nossa rede completa fica assim:

Figura 4.19 - Modelo de rede

Exemplo:Qual é o TE do evento 23 na seguinte rede?

Figura 4.20 - Modelo de rede

Resposta: TE do evento 23 é 21.

O passo seguinte para a conclusão de nossa rede PERT é o de determinar os últimos tempos permissíveis para cada evento. TL é o símbolo do último tempo

permissível. Esse por definição é o tempo máximo permissível em que um eventodeve ter ocorrido para que o projeto seja concluído em tempo estabelecido. Doinglês (late).

Estes tempos foram pré-estabelecidos ou são por uma obrigação contratual.Esta data de conclusão ou obrigação contratual é dada pelo símbolo TS

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Repare na seguinte rede:

Figura 4.21 - Modelo de rede

Suponhamos que a administração decida que 18 semanas ( o tempo TEmenos tempo permissível) é um prazo aceitável e devia ser igual ao da data deconclusão. Esse prazo é então o nosso Ts e aparece logo abaixo do evento 5 na

nossa rede PERT .Você disse que podia completar o serviço em 18 semanas (TE).

 A administração decide: "Ótimo, então complete o serviço em 18 semanas,mas não mais". Sendo assim, o tempo máximo que você pode empregar nessetrabalho é o fixado pela administração (Ts = 18 semanas). Isto determina o último

tempo permissível (TL) dentro do qual você pode completar este trabalho, deacordo com o projeto pré-estabelecido. Conclui-se que o último tempo permissíveldeve coincidir com o prazo pré estabelecido.

Ts = TL

Os valores de TL 's são calculados para cada evento e inseridos abaixo dos

eventos da rede PERT. Os TL 's são calculados de maneira exatamente oposta a

do cálculo de TE 's.

1) Você começa do último evento e trabalha de trás para diante, até o primeiro.2) Para calcular o TL para um evento, você deve subtrair o valor de TE do valor 

de TL para o evento sucessor.

3) Se mais de um valor de TL é obtido, deve-se escolher o menor valor.

Siga a seguinte rede PERT:

1) te para a atividade que liga o evento 5 e o evento 2 (atividade 2-5) é de 10

semanas. Subtraindo-se 10 semanas do TL de 17 semanas para o evento 5,

obtem-se um TL de 7 semanas para o evento 2.

2) O te para a atividade 3-5 de 4 semanas, subtraindo-se 4 semanas do TL de 17semanas do evento 5 dá um TL de 13 semanas.

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3) O te para a atividade 4-5 é de 9 semanas, subtraindo-se 9 semanas do TL de

17 semanas do evento 5 temos um TL para o evento 4 de 6 semanas.

4) Da mesma maneira o TL do evento 1 deve ser calculado pelas três linhas de

atividades:A) do evento 1 passando pelo evento 2 , onde TL = 1 semana.

B) do evento 1 passando pelo evento 3 , onde TL = 6 semanas.C) do evento 1 passando pelo evento 4 , onde TL = 0 semana.

5) O menor valor encontrado será escolhido com o TL do evento 1.

Nossa rede PERT ficará finalmente com esta aparência:

Figura 4.22 - Modelo de rede

FOLGA: Agora você sabe como obter o último tempo permissível (TL) e o tempo

esperado (TE) para cada evento. Com esses dois valores é possível calcular a"Folga" de um evento.

 A folga de um evento = TL - TEEm outras palavras, se lhe é, na realidade, permitido terminar uma tarefa em

25 semanas, você tem um período extra de 5 semanas. No método PERT esteperíodo é chamado de FOLGA, e é muito importante ao analisarmos o projetocompleto. O valor da folga pode ser positivo, negativo ou igual a zero, dependendoda relação entre TL e TE. Dê uma olhada na seguinte rede PERT:

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Figura 4.23 - Modelo de rede

EVENTO FOLGA1 02 33 10

4 05 0

Nossa rede PERT faz exatamente isso: Revela as áreas onde temosexcesso de recursos, (excesso de pessoal, máquinas, etc.), os quais podem ser utilizados em outras alternativas; também revela áreas onde possam existir dificuldades potenciais, isto é, áreas de folga zero ou mesmo negativa.

Em outras palavras:

Folga Positiva é uma indicação de que estamos adiante do prazo (excesso

de recursos);Folga Zero é uma indicação de que estamos dentro dos prazos planejados(recursos adequados);Folga Negativa é uma indicação de que estamos atrasados em relação aosprazos planejados (falta de recursos).

Exemplo:

Figura 4.24 - Modelo de rede

 Agora analisemos a rede acima:

1 - Os eventos 1, 4 e 5 têm folga zero qualquer demora na execução das atividadespode causar uma demora correspondente para a conclusão do evento 5.2 - Os eventos 2 e 3 têm uma folga de 3 a 10 semanas respectivamente. Istosignifica que as atividades que ligam qualquer um desses eventos, podem atrasar por tempo igual, sem afetar o tempo de conclusão do evento 5.3 - O evento 1 deve ser iniciado de qualquer maneira na hora prevista, sob pena deatrasar todo o projeto.

 A rede acima também demonstra que os recursos das atividades 1-2 e 1-3 podemser transferidos para auxiliar as atividades 1-4 e 4-5.

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R E C A P I T U L A N D O

(1) TE é o símbolo que representa o tempo mais próximo possível em que um

evento deve verificar-se.(2) TL é o símbolo que representa o último tempo permissível para sua

conclusão. É o último prazo dentro do qual um evento deve ser concluído para

conservar o projeto nos prazos pré-estabelecidos.(3)  A Folga de um evento é a medida do excesso de tempo (recursos) disponívelpara alcançar esse evento.

FOLGA = TL - TE Pode ser Positivo, Negativo ou igual a Zero.

É importante lembrar-se que o valor da folga, associado a um evento,determinará se este é ou o não crítico. Quanto menor a folga (menos valor) maiscrítico torna-se o evento.

Em um projeto-total há muitos caminhos que vão do evento iniciado do final.Com referência a sua importância, o valor desses caminhos varia bastante; noentanto, um caminho geralmente sobressai como sendo o mais crítico (maisimportante) do que qualquer outro.

Este caminhos é chamado "O CAMINHO CRÍTICO".Na seguinte rede PERT, qual é o caminho crítico?

Figura 4.25 - Modelo de rede

Caminho Crítico = 1 - 3 - 5

Determine o caminho crítico da rede PERT abaixo:

Figura 4.26 - Modelo de rede

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EVENTO TE TL FOLGA

123456

7

0127372851

61

0337372851

61

0210000

0

O caminho crítico é o que liga os eventos 1, 3, 5, 4, 6 e 7. Estes eventos sãocríticos porque tem folga zero, menor folga.

Determine o caminho crítico na seguinte rede PERT.

Figura 4.27 - Modelo de rede

EVENTO TE

 TL FOLGA

12345678

Há dois caminhos críticos nesta rede PERT.Caminho 1 - Evento 1, 3, 6, 5, 8.Caminho 2 - Evento 1, 3, 6, 7, 8.

Há dois outros aspectos a respeito do caminho crítico que o tornaram aindamais simplificativo na análise do projeto.

1. O caminho crítico é o que requer mais tempo para se ir do início ao fim deum projeto (do evento inicial ao evento final).2. Qualquer evento no caminho crítico que atrase, causará um atrasocorrespondente no evento final.

Daí o nome CAMINHO CRÍTICO.Em todas as nossas redes PERT anteriores, o tempo pré-estabelecido Ts

coincidia com o tempo esperado (TE). Agora examinaremos uma rede onde isso

não se verifica.

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Figura 4.28 - Modelo de rede

Para a rede acima:

EVENTO TE TL FOLGA

123456

Qual é o caminho crítico? 1 - 2 - 4 - 5 - 6O caminho crítico é o que liga os eventos 1, 2, 4, 5, 6.Estes são os eventos que têm as menores folgas. (Um evento que tem uma

folga de 5 - é mais crítico que um com folga - 4).

Determinar o caminho crítico para a rede:

Figura 4.29 - Modelo de rede

Caminho crítico é o que liga os eventos 1, 3, 5, 4, 6 e 8.Determine o caminho crítico para a rede PERT abaixo preenchendo e

analisando abaixo:

EVENTO TE L FOLGA

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Figura 4.30 - Modelo de rede

O caminho crítico é o que liga os eventos 1, 4, 3, 5, 8, 11 e 13.Temos usado o símbolo Ts para representar o termo pré-estabelecido para

a conclusão do projeto.No entanto, os outros eventos em nossa rede podem ser considerados

suficientemente importantes para terem uma data própria de conclusão.Estes eventos estratégicos terão Ts especial para eles.

Seria de grande auxílio a quem compete decidir, a possibilidade deconhecer as possibilidades de atingir os seus objetivos nas datas pré-estabelecidas.

Para isso, recorremos novament a nosso bom amigo, o estatístico. Ele nos

fornece um processo com duas operações para determinarmos nossasprobabilidades.Vamos analisar a primeira operação:Calcular o valor do fator de probabilidade usando a seguinte fórmula:

∑−

=et 

e s T T  z 

σ  

ONDE Z = FATOR DE PROBABILIDADE.

No numerador é somente necessário subtrair o tempo esperado TE do

evento da data pré-estabelecida Ts .

No denominador calcula-se a raiz quadrada da soma das variânças de todasas atividades que foram utilizadas para obter o valor TE do evento.

σ2

6

  

  

  −=

ab

91

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Na rede a seguir o evento 3 teve como data final pré-estabelecida 20 diasapós o início do projeto.

O problema é calcular Z para o evento 3.

Figura 4.31 - Modelo de rede

Os valor de a, m, b, te σ 2 são os seguintes:

EVENTO ANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR A M B TE σ22

1 2 13 15 17 15 0,42 3 6 7 8 7 0,13 5 4 8 12 8 1,81 4 11 14 17 14 1,04 6 1 6 11 6 2,81 5 11 12 13 12 0,15 6 2 7 12 7 2,8

Substituindo os números correspondentes na fórmula temos:

z =−=

20 22

0 4 0 1, ,

z =−2

0 7,z = -2,9

 Assim, calculamos Z que é a operação 1 para encontrarmos a nossaprobabilidade de concluir o evento na data pré-estabelecida.

 A operação 2 é tomar o valor calculado de Z e determinar a probabilidadepela tabela. O símbolo PR é usado para representar a probabilidade. Em nosso

exemplo o valor de Z é -2,9.Na Tabela 4.2, verificamos que a probabilidade de cumprirmos a data

planejada de 20 dias para o evento 3 é de 0,0019, ou seja PR = 0,0019 = 0,19%.

Vamos tomar mais um exemplo: A data planejada para o evento 5 é de 45 dias após o início do projeto. O

problema é calcular a probabilidade de cumprir essa data pré-estabelecida PR.

92

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Figura 4.32 - Modelo de rede

EVENTOANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR

a m b te G2

121351

4

253564

6

79162027

14

101212438

18

1217202679

20

9,812,318,023,73,58,0

17,7

0,71,80,41,00,70,1

1,0

Substituindo na fórmula:

z =−

+= =

45 41 7

0 4 1

3 3

1 22 8

,

,

,

,,

Olhando a Tabela 4.2 obtemos para Z de 2,8 uma probabilidade de PR =

0,9974 ou 99,74%.Em outras palavras, nossa probabilidade de cumprir a data pré-estabelecida

de 45 dias para o evento 5, é de 0,9974 ou 99,74%.Note que quando usamos o σ para o evento 5, tomamos o caminho que ligao evento 1, 3, 5, pois este é o caminho crítico.

Calcule a probabilidade PR de cumprirmos a data programada de 53 dias

para o evento 6 na seguinte rede PERT. Os cálculos de tempo são os seguintes:

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EVENTOANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR

a m b

114

245653

242

353776

589

25211468

121011

782518913

171312

10930221217

Figura 4.33 - Modelo de rede

Solução:

EVENTOANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR

a m b te σ

114245653

242353776

58925211468

121011782518913

17131210930221217

11,710,210,86,77,725,218,09,012,8

4,00,70,31,80,42,31,81,02,3

Figura 4.34 - Modelo de redeNota: As linhas riscadas constituem o caminho crítico. Substituindo na fórmula:

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et 

e s T T  z 

∑−

=σ  

z =−

= = =

53 55 9

0 7 0 4 2 3 2 3

,

, , , ,

z =−

=−2 9

5 7

2 9

2 4

,

,

,

,

z = -1,2Procurando o PR na tabela da página 80, obtemos o valor de 0,115 ou 0,12.

Sendo assim, PR = 0,12 ou 12%

Com os seguintes cálculos e rede PERT foram obtidos para um importanteprojeto

EVENTOANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR

a m b

1133366455782

2324657948894

63410336210211210

1257

165610320431715

2410102589165

30661918

Figura 4.35 - Modelo de rede

O evento 9 termina o projeto. Qual é a probabilidade de concluir na data pré-estabelecida?

EVENTOANTECESSOR

EVENTOSUCESSOR

a m b te σ

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1133366455782

2324657948894

63410336

10211210

1257165610320431715

241010258916530661918

13,05,57,016,55,26,010,33,220,04,03,216,514,7

9,01,41,06,250,71,02,80,2511,10,50,71,41,8

Figura 4.36 - Modelo de rede

NOTA: -  As linhas riscadas correspondem ao caminho crítico. Substituindo nafórmula:

et 

e s T T  z 

∑−

=σ  

z =−

+ + + +45 40 7

1 4 0 7 2 8 0 7 1 4

,

, , , , ,

z = =4 37 0

4 32 6

,,

,,

Z = 1,7

Procurando PR na Tabela4.2 obtemos 0,9554. Sendo assim, PR = 0,96 ou 96%.

 Agora, você já sabe o que é PERT e como funciona.

4.4.5. Conclusão

O PERT nos ensina conceitos de grande validade para planejar e controlar atividades.

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O simples fato de conhecer a essência destes conceitos, muitas vezes, facilita oraciocínio e a abordagem dos problemas. Estes conhecimentos são suficientes para servir de base para você poder assimilar e desenvolver o método PERT que a sua futuraempresa estiver utilizando. Existem pequenas diferenças e enfoques peculiares àsdiversas tendências; não será difícil você dominar, em pouco tempo, qualquer uma delas.

RESUMO GERAL

Definição de PERT:

O PERT pode ser empregado em qualquer empreendimento que requeira umtrabalho planejado, controlado, visando atingir objetivos em um tempo pré-estabelecido.

Etapas do PERT:1º É a construção da rede - PLANEJAMENTO -2º Consiste no estabelecimento das durações das atividades e o cálculo docaminho crítico e das folgas - PROGRAMAÇÃO -3º CONTROLE

PLANEJAMENTO 

Nessa fase devem ser aproveitadas todas as sugestões dos diversos fornecedoresempreiteiros, mestres, etc, para a construção da rede que é a construção gráfica doprojeto.

 A rede é composta de eventos e atividades.

Evento PERT:- deve indicar um ponto importante e significativo do projeto.- é o início ou a conclusão de um trabalho.- não consome tempo ou recursos.- é representado por um círculo.

 Atividade:- é a execução de um trabalho.- é a parte da rede que consome tempo, requer mão-de-obra, material, local,equipamento, etc.

- é representada por um segmento sem escala.

Exemplo:

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Figura 4.37 - Modelo de rede

Obs.:

- os eventos ocorrem em sequência lógica.- as atividades representam o tempo que leva para ir de um evento a outro.- evento objetivo é o último evento.- não pode haver circuito fechado, nem duas atividades paralelas começando eterminando nos mesmos eventos.

PROGRAMAÇÃO 

Esta fase consiste no estabelecimento das atividades ou seja, estimar a duraçãodas atividades, na determinação do caminho crítico, no cálculo do valor do caminhocrítico e as folgas.

Tempos:Podemos ter:1º) Operações completamente novas ignorando a distribuição do tempo.2º) Operações conhecidas e suas durações.

Operações dos tempos desconhecidos:Para diminur a incerteza deve-se fazer 3 (três) estimativas:1º) Estimativa otimista, refere-se ao tempo mínimo (a)2º) Estimativa mais provável, representa o tempo mais provável (m)3º) Estimativa pessimista, inverso de otimista (b)

Com o auxílio da estatística determinaremos te :

te = o tempo médio que a atividade consumiria se fosse repetida muitas vezes.

ta m b

e =+ +4

6

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É esse valor que serve de base para calcular o valor esperado do tempo deexecução da atividade, e colocamos seus valores na rede PERT, acima da linhadaatividade.

Exemplo:

Figura 4.38 - Modelo de rede

O passo seguinte é o estabelecimento das estimativas de tempo nas quais vocêespera alcançar os eventos de sua rede PERT. (objetivo) TE .

Figura 4.39 - Modelo de rede

- TE do 1º evento é sempre zero.

- TE do último evento será sempre o maior.

Para a conclusão da rede PERT devemos determinar os últimos tempospermissíveis para cada evento. TL.

TL = o tempo máximo permissível em que o evento deve ter ocorrido.

Os TL são calculados de maneira oposta aos tes.

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Figura 4.40 - Modelo de rede

- você começa o último evento.- deve-se escolher o menor valor de TL .

Folgas de um evento:

folga = TL - TE

- folga positiva: indica que estamos adiantados no prazo;- folga zero: indica que estamos dentro do prazo planejado;- folga negativa: indica que estamos atrasados.

Caminho Crítico:É o caminho que requer mais tempo para se ir do início ao fim de um projeto.

Exemplo:

Figura 4.41 - Modelo de rede

Caminho crítico: 1-2-4.

Com a rede montada temos para cada evento um tempo para a sua conclusão,restando saber qual é a possibilidade destes valores serem corretos. Com o auxílio daestatística calculamos a probabilidade desse evento terminar na data pré-estabelecida.

- 1º) cálculo da variânça:2

6   

   −

=ab

σ  

- 2º) fator de probabilidade:

∑−=

e

 s

eT T  z σ  

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Com os valores de Z, vamos para a Tabela 4.2 para calcular a probabilidade.

Tabela 4.2 – Valores de Z e probabilidadeZ P Z P0,0 0,5000 -3 0,0013

0,1 0,5398 -2,9 0,00190,2 0,5793 -2,8 0,00260,3 0,6179 -2,7 0,00350,4 0,6554 -2,6 0,00470,5 0,6915 -2,5 0,00620,6 0,7257 -2,4 0,00820,7 0,7580 -2,3 0,01070,8 0,7881 -2,2 0,01390,9 0,8159 -2,1 0,01791,0 0,8413 -2,0 0,02281,1 0,8643 -1,9 0,02871,2 0,8849 -1,8 0,03591,3 0,9032 -1,7 0,04461,4 0,9192 -1,6 0,05481,5 0,9332 -1,5 0,06681,6 0,9452 -1,4 0,08081,7 0,9554 -1,3 0,09681,8 0,9641 -1,2 0,11511,9 0,9713 -1,1 0,13572,0 0,9772 -1,0 0,15872,1 0,9821 -0,9 0,1841

2,2 0,9861 -0,8 0,21192,3 0,9893 -0,7 0,24202,4 0,9918 -0,6 0,27432,5 0,9938 -0,5 0,30852,6 0,9953 -0,4 0,34462,7 0,9965 -0,3 0,38212,8 0,9974 -0,2 0,42072,9 0,9981 -0,1 0,46023,0 0,9987 -0,0 0,5000

Se a probabilidade for: < que 25% indica risco;

50% indica que tudo foi bem calculado;65% indica excesso de recursos.

101

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5  – ANEXOS

FORMULAS PARA CALCULO DE ÁREAS

102

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FORMULAS PARA CALCULO DE VOLUMES

104

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6 - BIBLIOGRAFIA

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