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MÉTODO DE ESTUDO BÍBLICO

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SUMÁRIO

1. UNIDADE I – A BÍBLIA COMO A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA.

1.1. Introdução a Matéria

1.2. Medidas para aproximação da Bíblia

1.3. Princípios de estudo da Bíblia

1.4. Passos básicos para o estudo da Bíblia

2. UNIDADE II – A IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO

2.1. A necessidade de meditar

2.2. Objetivos da meditação

2.3. O que significa meditar na Bíblia

2.4. Os componentes da meditação

3. UNIDADE III – MÉTODOS DE ESTUDAR A BÍBLIA

3.1. Conceito: Métodos e meditação

3.2. Método devocional

3.3. Método biográfico

3.4. Método analítico

3.5. Método sintético

3.6. Método tópico

4. CONCLUSÃO

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



1. INTRODUÇÃO À MATÉRIA

O secularismo tem penetrado sutilmente no pensamento cristão levando-o a assumir um

comportamento passivo face à mensagem bíblica.

As influências sócio-cultural, religiosa, educacional e até mesmo teológica têm revolucionado a

humanidade de tal forma que o conceito de valor, respeito, obediência, dentre outros, tornaram-se

insignificante.

A igreja, consequentemente, foi afetada e, inconscientemente, adotou padrões que ferem a

Pessoa de Deus. É hora de um retorno à prática das normas e princípios determinados pelo Autor de

nossas vidas e, para tal, torna-se necessário um apurado estudo das Sagradas Escrituras para que se

vivam melhores dias, e as próximas gerações sejam influenciadas. É imprescindível o preparo de uma

nova geração, capaz de crer e viver a Palavra como a única regra de fé e prática.

O objetivo desta matéria é fornecer ao aluno as ferramentas necessárias para que ele mesmo

descubra, por si mesmo e de primeira mão, as verdades da Palavra de Deus. O estudante deve

compreender que todo e qualquer estudo bíblico tem como premissa levar o leitor para um contato

direto com as Escrituras, de tal maneira que sua vida seja moldada pela Palavra de Deus.

Aprendendo tal disciplina o aluno passará a ter o privilégio de saber manusear a Bíblia,

não só no intuito de adquirir um cabedal de informações teológicas, mas de ter e manter uma

sólida comunhão com Deus.

A disciplina terá dentre múltiplos objetivos o oferecimento de métodos que induzam o aluno a

um programa de estudo bíblico mais preciso e consequentemente mais compensador.

Não esqueça de que meditar e examinar as escrituras sagradas é uma prática de leitura, porém

não se trata de uma mera leitura. Veja o que diz o escritor Elben M. L. César sobre a prática da leitura

da bíblia:

“É a arte de procurar o Senhor até achar, de enxergar toda a riqueza que está por

trás da mera letra, de ouvir a voz de Deus, de relacionar texto com texto, de sugar

todo o leite contido na Palavra revelada e escrita, tanto nas passagens mais claras

como nas passagens aparentemente mais difíceis, mediante a leitura responsável e o

auxílio do Espírito Santo.” (2006, pág. 14).

Então, aonde você vai se enquadra daqui pra frente? Entre os que não leem? Entre os que leem

mal? Ou entre os que leem com bom proveito? Deus vos te ilumine com esta Disciplina!



2. MEDIDAS PARA APROXIMAÇÃO DA BÍBLIA:

2.1. Amar a palavra – Sl. 119: 97. Somente aquele que é nascido de novo, que já experimentou a

regeneração por meio de Cristo e que goza comunhão com Ele pode dizer que ama a Palavra.

2.2. Receber a iluminação do Espírito Santo – Jo. 16: 13. Esta iluminação só virá se o aluno estiver

disposto a se submeter à voz do Espírito e colocar em prática o que dEle recebeu.

2.3. Reconhecer que a Bíblia é a revelação divina – Lc. 24: 45; Atos 3: 21; Gl. 1: 11, 12:

Deus revelou-se através da natureza;

Deus revelou-se através de sonhos;

Deus revelou-se através da encarnação do Senhor Jesus Cristo.

2.4. Se aproximar da Bíblia com reverência e humildade – Lc. 10: 21.

2.5. Disposição mental – O aluno precisa querer; ter o desejo de conhecer, e tendo este desejo

conseqüentemente Deus se deixará ser conhecido.

2.6. Fazer investigação original – Atos 17:11. Os bereanos ouviram com atenção o que Paulo e

Silas tinham para dizer, mas preferiam conferi-lo com a fonte original. É importante que a convicção

se forme com que a Bíblia ensina, em vez de depender de credos, comentários, ou mesmo sermões.

Estes podem fazê-lo voltar-se para a palavra, como fizeram os bereanos, mas durante o tempo de prova

é a autoridade da infalível palavra examinada pessoalmente que permanece. A investigação original é

um princípio importante e necessário que o aluno deve incorporar em sua metodologia. Há algo

de novo e excitante acerca de uma verdade ensinada pelo Espírito Santo durante o tempo que passa

pessoalmente durante a Palavra de Deus.

2.7. Reprodução Escrita – Já aconteceu com você a experiência de ter recebido de Deus uma idéia,

um pensamento, um conceito novo sobre algo e, por falta de reprodução escrita esqueceu? Há

uma grande diferença entre ler e estudar a Bíblia. Portanto, para o seu próprio bem-futuro,

reproduza (anote) o que ouviu e/ou recebeu de Deus.

2.8. O seu estudo deve ser constante e sistemático – Atos 17:1. Os bereanos não estudavam as

escrituras um dia, esperando uma semana para fazê-lo outra vez. Seu contato era constante. O

estudo deve ser sistemático. Um capítulo aqui, um tópico ali, uma passagem noutra ocasião, não

é a melhor abordagem para estudar a Bíblia. Delineie um programa de estudo da Bíblia que

sistematicamente lhe desenvolva um equilibrado entendimento de toda a Palavra de Deus.



2.9. O seu estudo deve ser transmissível – II Tm. 2:2. A intenção de Deus é, não só que cresçamos e

amadureçamos em nosso andar com Ele, mas também de que ajudemos outros a desenvolver ao

máximo o seu potencial. Devemos passar a outro o que tivemos privilégio de aprender.

3. PRINCÍPIO DE ESTUDO DA BÍBLIA

- Passos a serem evitados na interpretação da Bíblia:

3.1. Dar ênfase a fatos sem importância. Ex.: Judas traidor do nosso Senhor participou da última

ceia com Jesus e os outros discípulos? A prova é inconclusiva, mais apesar disso alguns se

preocupam excessivamente com uma questão como essa, chegando ao ponto de colaborar para a

desunião da Igreja. Existem questões na Bíblia que Deus não quis explicar ou revelar. Ele é

Soberano – (Dt. 29: 29). Não tome tempo com assunto que para o momento não trarão

edificação.

3.2. Usar a própria idéia. (Ex.: Mc. 16: 17, 18). Alguns entendem essa passagem descritiva como

uma ordem para fazer todas as coisas mencionadas, lendo-a como um mandamento para fazê-las,

quando Jesus descreve o que vai acontecer em certas situações na Igreja Primitiva, quando

algumas pessoas tinham o dom de operar milagres.

3.3. Usar apenas um texto, mais verificar todo o contexto cultural, histórico, etc. A falta de

conhecimento do todo dificulta a interpretação da parte. Lembre-se: UM TEXTO FORA DO

CONTEXTO É UM PRETEXTO PARA HERESIA.

3.4. Usar textos Bíblicos para tentar a Deus – As escrituras podem ser mal empregadas sempre que

você pensar em subordinar, achando que pode o que você quer, e não aquilo que Deus quer.

Há três erros fatais no aprendizado

cristão que vale destacar:

1. O que ensina sem saber

2. O que sabe e não ensina

3. O que não sabe e não busca

PENSE NISSO:

“Quem não se assenta para aprender,

não se levante para ensinar”



4. A NECESSIDADE DE MEDITAR.

Nossa eficiência dependerá muito do conhecimento que tivermos de Deus. E o principal

objetivo da meditação na Palavra é justamente este: Que possamos conhecê-Lo. Daniel recebeu a

revelação de que nos tempos do fim “o saber se multiplicará”. Mas apesar do aumento do saber e do

conhecimento, nos campos mais diversos, que resulta na aplicação do vocabulário humano, o maior

conhecimento que alguém pode ter ainda é o de Deus. Para se salientar bem essa verdade, Jeremias

registrou o seguinte: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na

sua força, nem o rico nas suas riquezas; mais o que se gloriar, glorie-se nisto: Em me conhecer e

saber que eu sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque dessas coisas mim

agrado, diz o Senhor” – (Jr. 9:23,24). Graças a Deus que podemos conhecê-Lo; e graças que, pelo

estudo de Sua Palavra, podemos aumentar esse conhecimento diariamente.

Lendo (Is. 60:1, 2) vemos que de fato as trevas estão se condensando cada vez mais. Mas é fato

também que, no passado, quando as situações, se tornavam muito sombrias, muitas vezes Deus

intervinha. Foi quando a terra estava “sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo” que

Deus disse; “haja luz, e ouve luz”. E foi quando os filhos de Israel viviam na escura treva da

escravidão no Egito, que Deus falou: “desci a fim de livrá-lo”. E foi quando a Palestina se achava

debaixo do tacão romano e a religião se tornara mera formalidade, que a terra foi visitada pelo “sol

nascente das alturas”. A solução de Deus para as trevas é Sua gloriosa luz.

Quanto mais recebermos a verdade de Deus no íntimo mais luz interior teremos. E

quanto mais luz tivermos, mais também haverá na igreja, e quanto mais luz a igreja tiver, mais

terá o mundo. Aquele que medita na palavra de Deus torna-se um receptáculo da verdade e da luz,

estando então preparado para ser um pregador de verdade, uma luz a brilhar nas trevas.

A meditação na palavra de Deus poderá revolucionar sua vida. Se você a incorpora a sua

rotina diária, ao seu momento devocional, ela operará uma mudança radical em seu viver e embora

vozes humanas continue soando aos seus ouvidos, perceberá que a meditação transforma até sua

própria forma de comunicar-se com seu próximo, e fará a mesma oração que o salmista: “As palavras

dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha

minha e redentor meu”. Sl. 19:14.

Exercício de Fixação: Em casa, faça uma leitura meditativa no salmo 119 (mais de uma vezes)

e tente selecionar os textos principais e depois faça um resumo pessoal sobre ele.



5. O OBJETIVO DA MEDITAÇÃO

Conhecer a Deus e a seu Filho Jesus Cristo que Ele enviou ao mundo, e ajudar outros a conhecê-

Lo. Aliás, seja qual for o aspecto da mensagem cristã que focalizamos, é preciso que não haja

nenhuma dúvida de que o supremo alvo de nossa meditação de estudo, e o anseio profundo de nosso

coração é sempre obter maior conhecimento pessoal de Deus.

O QUE SIGNIFICA MEDITAR A BÍBLIA?

Aquele que se propõe a meditar na Bíblia deve crer firmemente que Deus comunicou com o

homem, e que ele constituiu exatamente o registro de Suas palavras. Isso é um principio básico para se

conhecer a Deus. Inicialmente, amar a Deus não resulta de um impulso emocional, mais de um ato da

vontade.

Jesus disse: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma, de todo teu

entendimento”. (Mt. 22.37) Amar a Deus é uma decisão que tomamos.

Não podemos amar algo que não apreciamos – através da leitura bíblica, travamos conhecimento

com Deus e com seu amado Filho Jesus. Por ela, podemos descobrir a vontade DELE para nossa vida e

ficamos a par dos planos e propósitos divinos. Ela nos revela o passado, fala-nos de poder para o

presente, e dos planos para futuro. O desejo de meditar – “... mas o povo que conhecer ao seu Deus se

tornará forte e ativo. Os entendidos entre o povo ensinarão a muitos”. (Dn. 11:32,33).

6. OS COMPLEMENTOS DA MEDITAÇÃO

a) OUVIR E ESCUTAR – Às vezes podemos ouvir grande quantidade de palavra e mesmo assim

não perceber nada a não ser uma sucessão de sons. Mas quando escutamos, estamos prestando toda

atenção àquilo que ouvimos, por cremos que seja algo muito importante. Deus tem muitas coisas

para nos dizer, seja ensinando-nos, incentivando-nos, corrigindo-nos, instruindo-nos, ou exortando-

nos, e devemos estar atentos para não perder nada do que Ele nos fala. Para que esse ouvir seja de

alguma utilidade é preciso que haja obediência; e obediência é também preciso para que se

continue ouvindo. Seria muito bom que todos nós fizéssemos nossas as palavras de Samuel,

quando criança; disse ele: “Fala, Senhor, porque teu servo ouve”. (1 Sm 3.10)



b) OUVIR E CRER – Outro elemento essencial para quem ouve a palavra de DEUS é a fé –

precisamos crer naquilo que estamos ouvindo. O autor da carta aos hebreus afirma que a razão

porque muitos israelitas haviam deixado de entrar na terra prometida foi que não creram na Palavra

de Deus que tinham ouvido.

c) OUVIR E RECEBER – Ouvindo a Palavra em fé e obediência, estaremos recebendo a verdade,

que nos conduz a um crescente conhecimento de Deus. Então, a partir de hoje, procure dar a

máxima atenção à Palavra quando alguém a estiver lendo ou pregando.

d) O ESTUDO DA PALAVRA – O estudo da palavra de Deus é uma atividade devocional

fascinante e altamente gratificante. “Estudar” significa exercita-se, empenhar-se, aplicar-se a

alguma coisa. É pesquisar as Escrituras recolhendo informações sobre determinados assuntos,

doutrina, personagem ou livro, e comparando esses dados entre si, com o objetivo de obter maior

conhecimento de Deus.

7. CONCEITO DE MÉTODO E DE MEDITAÇÃO

Método – É uma maneira organizada para atingir um determinado fim. É também uma maneira

de se proceder para chegar ao conhecimento. Um plano traçado para se conseguir o que se deseja. É

então o meio de se proceder para chegar ao fim que se deseja, usando os recursos necessários e

disponíveis.

Meditação – É uma prática devocional que consiste em pensar nas palavras de um ou mais

versículos da Palavra de Deus, com o coração aberto, permitindo que o Espírito Santo aplique essa

Palavra ao nosso interior, dando-nos uma nova vida. Nossa parte, após essa atuação dele, é assimilar a

verdade bíblica. Alguém definiu a meditação como “a faculdade que a alma tem de digerir”. Meditar é

receber a Palavra de Deus interiormente, num processo semelhante ao de comer ou alimentar-se.

Método Devocional – Também chamando Método de Análise do versículo no estudo da Bíblia,

é o estudo de um só verso da Bíblia com referências ao seu contexto imediato. Este é o estudo mais

simples do tipo “faça você mesmo”. Mas não se deixe enganar por sua simplicidade. É extremamente

proveitoso e recompensador, e um esplêndido lugar para começar.

Passos a tomar para um bom estudo devocional:

1) Separe um livro e escolha um capítulo deste livro; Leia com atenção e pausadamente (no mínimo

5 vezes, no máximo 10); Tome anotação dos fatos e idéias; Enumere o(s) verso(s) ao lado.



8. PASSOS BÁSICOS NO ESTUDO DA BÍBLIA:

8.1. OBSERVAÇÃO – Papel de detetive. É o registro do que se pode ver num método adotado de

estudo da Bíblia. É o ato de reconhecer e anotar um fato ou ocorrência; significa está

mentalmente ciente do que se vê. O propósito da observação no estudo da Bíblia é saturar-se do

conteúdo da passagem da escritura, ficar tão familiarizado quanto possível com tudo o que o

escritor bíblico está dizendo, explicita ou implicitamente. Adote a atitude mental certa – utilize

estes cinco requisitos no processo da OBSERVAÇÃO.

A observação exige um ato de vontade: Você precisa ter a disposição e o desejo de saber o que

está no texto bíblico, e depois de perceber e reconhecer o conteúdo, você precisa está

determinado a aprender.

A observação exige persistência em saber: Nunca é fácil! Requer diligencia e disciplina. Um

dos segredos da persistência no estudo pessoal da Bíblia está em ver que os resultados realmente

valem apena e que o esforço e o labor nele empenhados serão gratificantes e recompensadores.

A observação exige paciência: Numa época que você tem comunicação rápida, a tendência é

querer ter instrução rápida. Toda via, a verdadeira aprendizagem toma muitíssimo tempo. Não

tome atalhos no processo da aprendizagem. Os caminhos aparentemente mais curtos são na

verdade curtos-circuitos; levam a resultados vãos. No estudo pessoal da Bíblia, como também em

tudo mais na vida cristã, o processo é tão importante como o produto.

A observação exige registro diligente: Registre diligentemente todas as observações que fez em

seu estudo pessoal bíblico.

A observação exige cautela! Esteja atento a três advertências:

a) Não se perca nas minúcias; divida o seu tempo proporcionalmente para todas as partes da

passagem em estudo;

b) Não pare com as observações mais continue a fazer perguntas e procurar respostas significativas;

c) Não dê igual valor a tudo; procure discernir cuidadosamente o que é mais importante.



d) Considere comparações e contrastes. As comparações mostram em que as coisas se parecem; os

contrastes mostram em que diferem. Procure palavras como (assim como..., assim também),

(semelhantemente); porém, não só essas palavras fornecem comparação.

ADOTE AS SETE QUESTÕES BÁSICAS:

1. QUEM? Veja todas as pessoas envolvidas.

2. O QUE? Que sucedeu? Que idéias estão expressas? Quais os resultados?

3. ONDE? Onde isso teve lugar? Qual é a localização geográfica?

4. QUANDO? Quando se deu? Qual o fundo histórico?

5. POR QUE? Por que aconteceu isso? Qual o propósito, ou qual razão expressa?

6. PARA QUE? Qual(s) o(s) propósito(s) do(s) personagem(s)? E de Deus?

7. COMO? Como se realizaram as coisas? Com que eficiência? Por meio de qual método?

8.2. INTERPRETAÇÃO – Papel de promotor de decisão. A observação procura responder à

pergunta: “O Que houve ou o que foi dito?” A interpretação procura responder à pergunta: “Que

significa?” interpretação significa compreender o sentido daquilo que foi observado no estudo da

Bíblia; é o ato, o processo de explicar.

8.3. CORRELAÇÃO – Papel de coordenador. Relacionar o que está sendo estudado com outras

porções das Escrituras e dentro do próprio trecho em estudo. Sabe-se que a Bíblia é verdade, e

que, devido à sua origem divina, é importante relacionar várias verdades, umas com as outras.

Isto mostra a coerência das Escrituras e ajuda o estudante a harmoniza-se com o que o restante da

Bíblia diz sobre qualquer assunto dado.

8.4. APLICAÇÃO – Papel de executor. Praticar na vida cristã diária o que foi estudado. A regra seis,

quanto aos princípios da interpretação, afirma: “o propósito primário da Bíblia é mudar as

nossas vidas, não aumentar o nosso conhecimento”. Ao fazer a aplicação pessoal, é importante

distinguir entre emoção e volição. Muitas vezes, aplicar a Palavra de Deus é uma experiência

emocional. Toda via, o que Deus quer é a ação, não apenas sentimentos.

RESPONDA: qual o papel mais difícil, o detetive, o promotor, o coordenador ou o executor?



Processos de fazer aplicações. Use os seguintes passos:

- Há alguns exemplos que devemos seguir?

- Há alguma ordem que devemos obedecer?

- Há algum erro que devemos evitar?

- Há algum pecado que devemos abandonar?

- Há alguma promessa que devemos reivindicar?

- Há algum novo pensamento acerca de Deus?

8.5. ATENÇÃO – Seja pessoal! Como é fácil usar pronomes como “nós”, “eles”, e “nosso”, “nossa”,

quando fazemos aplicação! Como é difícil falar em termos de “eu”, “me”, “mim”, e “meu”. Esse

não é “nosso’’ problema; é “meu” problema”. Ao escrever as suas aplicações, fixe-se nos

pronomes da 1ª pessoa do singular. Escreva por extenso a sua aplicação. É duro para o orgulho

verbalizar no papel áreas de aplicação pessoal, mais você verá que é extremamente útil em seu

empenho em procurar cumprir os seus deveres para com Deus. Registrá-las por completo dá-lhe

oportunidade para retornar e conferir o seu progresso com aquilo que você prometera

especificamente diante de Deus que faria.

8.6. RECAPITULANDO – Observar um texto é examiná-lo com atenção no seu todo como nas

partes! Interpretar um texto é explicar o seu significado! Correlacionar é relacionar o que está

sendo estudado com outras proporções bíblicas! Aplicar é por em prática – Este processo é

muito importante porque Deus se preocupa mais com o que fazemos do que com o que sabemos!

(lembre-se da sigla: OICA)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

TENTE FAZER EM DUPLA OU INDIVIDUALMENTE O ESTUDO NOS TEXTOS

ABAIXO USANDO OS MÉTODOS: QQOPC / OICA.

1. LUCAS 10.38-42. 2. LUCAS 15. 1-10.



QUESTIONÁRIO DE PESQUISA PARA NOTA

(OBS.: TODAS AS RESPOSTAS SE ENCONTRAM NA APOSTILA)

1) O QUE É MÉTODO DE ESTUDO BÍBLICO E QUAL O SEU PROPÓSITO (OBJETIVO)?

2) CITE AS MEDIDAS DA APOSTILA QUE O AJUDARÃO A SE APROXIMAR MAIS DA BÍBLIA?

3) QUAIS OS PASSOS A SEREM EVITADOS NA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA VISTOS NA APOSTILA?

4) QUAIS OS QUATRO PASSOS BÁSICOS PARA O ESTUDO DA BÍBLIA? (OICA) E DIGA O QUE

SIGNIFICA CADA PASSO COM SUAS PALAVRAS.

5) QUAIS OS CINCO REQUISITOS QUE SE EXIGE NO PROCESSO DA OBSERVAÇÃO?

6) DIGA COMO SUAS PALAVRAS O QUE É MEDITAÇÃO BÍBLICA.

7) POR QUE NECESSITAMOS DE MEDITAR?

8) QUAL O OBJETIVO DA MEDITAÇÃO BÍBLICA?

9) CITE OS QUATRO COMPLEMENTOS DA MEDITAÇÃO DADOS NA APOSTILA.

10) QUAL A DIFERENÇA DE MÉTODO, MEDITAÇÃO E MÉTODO DEVOCIONAL?

OBS.: FAVOR RESPONDER NUMA FOLHA EM ANEXO.

9. MÉTODO BIOGRÁFICO

Este método consiste em escrevermos ou discorrermos sobre a vida dos personagens bíblicos

organizando os fatos, as obras e o caráter de cada um.

Como usar o método biográfico:

9.1. A escolha do personagem – a quem você desejar estudar;

9.2. Reunir todas as passagens bíblicas referentes à pessoa em estudo. A seguir, verificar o contexto

de cada passagem;

9.3. Pôr os fatos e os acontecimentos em ordens cronológicas e com suas respectivas referências

bíblicas, dando importância aos detalhes pessoais, como por exemplo:



a. Qual o seu nome?

b. Onde e quando nasceu? Ano, época período histórico;

c. Há algo de diferente quanto ao seu nascimento?

d. É casado? Quem foram sua esposa e filhos?

e. Quem foram seus pais? Exerceram influências boas ou más sobre seus filhos?

f. Qual era a sua ocupação nos primeiros anos de sua vida?

g. Qual era a sua ocupação quando adulto?

h. Quais foram os acontecimentos principais da sua vida?

i. Como morreu? Por quê? E quais as causas de sua morte?

j. Qual a influência que deixou depois de sua morte? Positivo ou negativo?

9.4. Analise o caráter da pessoa! Traços distintivos da personalidade. Ex: se era violento, manso...

Para tal, devemos procurar notar:

Os elementos de êxito do personagem;

Os elementos de fraqueza e fracasso. Por ex; Moises tinha um defeito; complexo de inferioridade

– “Senhor, sou pesado de língua”;

As dificuldades vencidas e que auxilio teve para vencer. Ex; Jacó quando teve que fugir do irmão

– o auxilio foi à misericórdia de Deus;

Os privilégios de que abusou. Ex; o rei Usias aproveite por ser rei e entrou no altar para queimar

incenso – II Cr. 26:16-23, e por isso ficou leproso;

As oportunidades que desperdiçou e as que aproveitaram;

Os perigos que evitou;

Se ouve crescimento espiritual em sua vida;

10. MÉTODO ANALÍTICO

Consiste em analisar cuidadosamente e completamente uma passagem bíblica ou um texto ou

até mesmo um pequeno livro da Bíblia. Seu objetivo é reconstruir tão claramente quanto possível o

pensamento original do escritor. Nessa reconstrução, iremos encontrar os fatos que levaram o autor a

dizer o que disse da maneira que disse.



PERIGOS A SEREM EVITADOS NO ESTUDO ANALÍTICO:

1) Ignorar a distinção entre o pensamento humano e o divino;

2) Menosprezar o contexto bíblico e histórico;

3) Deixar de se aprofundar na idéia e no sentido do texto.

11. MÉTODO SINTÉTICO

Consiste na abordagem de cada livro da Bíblia como uma unidade, procurando entender o seu

sentido como um todo. É provavelmente o mais difícil de todos os métodos, mais é muito mais

recompensador, pois permite-nos uma visão geral do livro em estudo.

Sintético vem da palavra “síntese”, que significa “reunir” partes ou elementos a fim de formar

um todo. O objetivo é apresentar o conjunto gráfico do livro como resultado da identificação de suas

partes principais e do relacionamento das partes entre si e em relação ao todo.

A) Para o estudo de um livro observe as seguintes regras:

Ler o livro do começo ao fim se possível de uma só vez;

Ler continuadamente, sem observar suas divisões em capítulos e versículos;

Ler repetidamente até que esteja certo (a) de tê-lo assimilado o conteúdo e tente explorar melhor

a idéia do autor a fim de perceber o tema central;

Ler devocionalmente com oração e dependência do Espírito.

B) Localize o livro no tempo e espaço:

A. Quando foi escrito o livro?

B. Onde foi escrito?

C. Quem escreveu?

D. Para quem?

E. Como era a sociedade em que viviam os leitores?



C) Procure descobrir o tema central e o propósito do livro. Todos os livros da Bíblia foram

escrito com uma finalidade, para conhecê-la é preciso que o livro seja lido com atenção e varias

vezes. O tema central é a idéia que se repete por todo o livro, de certo modo é a mensagem mais

importante. A leitura cuidadosa lhe ajudará nestas descobertas, mas você também deve consultar

as fontes que indicamos acima.

D) Divida o livro em temas, dentro do assunto central, isto é resuma cada capitulo numa frase.

Assim, você terá o esboço do livro numa compreensão clara do todo.

E) Faça com Clareza – o estudo deve ser transparente, de fácil compreensão.

F) Use a Concisão – não deve conter sentenças ou idéias longas. Cada pensamento deve ser

expresso com menor número de palavras. A maioria dos itens pode ser apresentada por

meio de uma única frase simples ou mesmo com uma única palavra.

G) Haja com Pertinência – todo material do quadro (estudo) deve ser oriundo do livro

estudado.

H) Faça um Resumo – o objetivo deve ser sintetizar o conteúdo do livro, embora haja

numerosos detalhes até mesmo nos menores livros da Bíblia. Deve-se evitar

minuciosidades, e colocar apenas itens importantes.

Observe os parágrafos e capítulos consecutivos que possuam tema comum ou estejam

interligados, e reúna-os a fim de formar as divisões principais do livro. Dê título apropriado a cada

divisão e indique os respectivos capítulos e versículos. Essas divisões demonstram o esboço ou a

estrutura básica do livro.

É necessário ver que palavra, idéia ou conceito importante se repete no livro, e como essa

palavra ou o tema desse livro. Resuma em uma única frase o conteúdo do livro. Essa frase se torna o

título do livro. Lembre-se de regra fundamental: Aplique-se literalmente ao todo, depois aplique ao

texto inteiramente a você.

Os resumos dos diferentes parágrafos ou capítulos devem possuir estrutura paralela, isto é,

devem combinar-se ou equilibrar-se entre si. Por exemplo, se o resumo do primeiro parágrafo for

de três ou quatro palavras, o do segundo não deve conter nove ou dez. Se o primeiro parágrafo

começou com um substantivo, os outros devem também começar com um substantivo ou com uma

palavra substantivada. Se necessário, pode-se usar adjetivo ou artigo a fim de qualificar o

substantivo. Além disso, o tempo verbal deve ser sempre o mesmo em todos os resumos. Se o

primeiro resumo estiver no presente, todos os outros também deverão ser expressos novamente.



12. MÉTODO TÓPICO

Este método consiste na investigação sobre um tópico escolhido em toda a Bíblia ou uma

porção dela. Ele pode ser:

Literal: são as frases ou palavras específicas. Ex.: pecado, graça, amor...

Analógico: quando se estuda idéias determinadas. Ex: responsabilidade dos pais; relação entre

marido e mulher; fidelidade na vida cristã.

Alguns passos a tomar para o estudo tópico:

1. Escolha a palavra para estudar e os limites de estudo;

2. Delimite o estudo. Ex.: estudar o pecado na Bíblia; o pecado no ensino de Jesus; pecado na

epístola Joanina. Observar os sinônimos dos tópicos (palavras semelhantes). Ex.: lei, testemunhos,

preceitos – os mandamentos; vitórias – triunfos;

3. Proponha o objetivo ou propósito de estudo;

4. Focalize as referências (procurar todos os versos referentes ao assunto);

5. Escreva ao lado as observações sobre os versos. Achar o ponto base;

6. Ponha o assunto em ordem lógica. Significa armar o esboço com pontos e sub-pontos.

13. CONCLUSÃO

Jesus enunciou a fórmula do sucesso pessoal, quando afirmou: "Ora, se sabeis estas cousas,

bem-aventurados sois se as praticardes" (Jo 13:17)

A meta do cristão deve ser um contato diário com a Bíblia em toda a sua trajetória cristã. O

método de estudo utilizado difere entre as pessoas, mas deve prevalecer uma busca de uma visão

global e profunda da Palavra de Deus. Então busque aperfeiçoar os métodos aqui apresentados, e até

outros, como: método indutivo, teológico, histórico, devocional, etc.

E não esqueça que nenhum método de estudo da Bíblia pode substituir o ministério de

instrução do Espírito Santo. Ele é a força espiritual que reveste um método com o poder criativo. Ele

sussurra no espírito humano as verdades da Palavra de Deus que resultam em um novo fluir de vida

espiritual.



*****

“Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar, invocai-o, enquanto ele está

perto”. (Is. 55.6) "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e

todas estas cousas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33.)

*****

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,

para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus

seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm 4.16-17).

14. BIBLIOGRAFIA:

Lahaye, Tim. Como Estudar a Bíblia Sozinho. Editora Betânia. V. Nova-MG:1984

(PDF-virtual)

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(Prof. Gildelânio da Silva)

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