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Ensino a Distncia Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada EstticaMdulo 6 Prescrio Diettica em Esttica

Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Vdeo-aula 01: Prescries Dietticas de acordo com cada tratamento Esttico

O termo celulite foi descrito pela primeira

Celulite

vez em 1920. Palavra de origem latina Cellulite, foi utilizada para descrever uma alterao esttica da superfcie da pele.

Celulite no seria o termo mais apropriado, pois a derivao da palavra significa inflamao celular e estudos sugerem que no foram encontrados sinais de inflamao no tecido em questo. Diversos so os termos utilizados para definir estas alteraes do tecido subcutneo, na tentativa de adequar as alteraes histomorfolgicas, sendo eles: Lipodistrofia, Lipoedema, Fibro Edema Geloide, Hidrolipodistrofia, Hirolipodistrofia Ginoide, Paniculopatia edemato fibro esclertica, Paniculose, Lipoesclerose Nodular, Lipodistrofia Ginoide. Destaca-se a terminologia Hidrolipodistrofia que define uma alterao patolgica da hipoderme (Lipodistrofia), com presena de edema (Hidro) e com funo veno-linftica alterada. A celulite ocorre principalmente em mulheres na regio plvica, membros inferiores e abdmen. Podendo acometer qualquer parte do corpo, exceto couro cabeludo, palmas das mos e dos ps. caracterizada por um aspecto acolchoado ou casca de laranja. Definida, ainda, como uma desordem metablica localizada no tecido subcutneo que provoca uma alterao na forma do corpo feminino. Estima-se que a celulite afete a maioria das mulheres. Esta condio no propriamente considerada um estado patolgico, porm pode causar perturbaes estticas, logo de ordem psicossocial, originados pela cobrana dos padres estticos da atualidade. Contudo, considerando relatos da Organizao Mundial de Sade, o

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indivduo saudvel num quadro de equilbrio biopsicossocial, tendo em vista isto, a hidrolipodistrofia pode ser considerado um problema de sade. No deve ser confundida com obesidade, onde ocorre hipertrofia e hiperplasia de adipcitos. Embora isso, da mesma forma, ocorra em indivduos com celulite, h tambm vrias alteraes estruturais na derme e microcirculao.

Escala Validada para Avaliao da Celulite:

Hexsel et al., em um estudo baseado em fotografias padronizadas de 55 pacientes com celulite verificou os cinco principais aspectos morfolgicos da celulite, e desenvolveu uma escala de gravidade fotonumrica. Esta amplia a classificao j existente, adicionando quatro itens com caractersticas morfolgicas adicionais, para um melhor diagnstico atravs da aparncia da pele.

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Prescrio Diettica na Celulite E Gordura Localizada:

Objetivos Gerais: Perda de peso quando necessrio: o tratamento para celulite e gordura localizada no ter o efeito previsto se a paciente estiver nos parmetros de sobrepeso ou obesidade, e assim aps mobilizao de gordura subcutnea podemos aplicar demais tratamentos. Reduzir o sdio e aumentar potssio: Sdio e potssio regulam a bomba sdio/potssio nas clulas, estes dois eletrlitos atuam como reguladores de gua no organismo: o potssio como diurtico e o sdio provocando reteno de lquidos. Aumentar ingesto hdrica: alm de hidratar, reduzem a reteno hdrica e favorecem a eliminao de toxinas pelo corpo. Qualidade do carboidrato: Vrios fatores influenciam a lipognese e contribuem na diminuio ou aumento da espessura adipcita. A glicose plasmtica quando em alta concentrao, tratando-se de dieta hiperglicdica, estimula a lipognese por agir no processo de liberao de insulina, e este hormnio provavelmente, o mais importante fator hormonal que afeta a lipognese, por ativar enzimas glicolticas e lipognicas. A fundamentao terica da reduo na ingesto de carboidratos, que, em resposta a uma diminuio de glicose sangunea, juntamente com alteraes nas concentraes de insulina e glucagon, o metabolismo ir promover a oxidao de cidos graxos e, consequentemente, reduo do seu armazenamento, tendo em vista mobilizao no tecido subcutneo. Assim, o predomnio de carboidratos complexos ou

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a insero de fibras alimentares aos carboidratos no planejamento diettico, parece ser uma alternativa interessante para evitar o pico glicmico. Rica em fibras: As fibras dietticas atuam na preveno de doenas intestinais, em especfico da constipao, causa resistncia nos vasos sanguneos e aumento da permeabilidade vascular. Alm disso, contribuem na preveno e coadjuvantes no tratamento do excesso de peso ou obesidade, reduo dos nveis de colesterol srico e glicemia ps prandial, contribuindo no controle de cardiopatias. Alimentao desintoxicante: O estilo de vida da sociedade atual expe-nos diariamente aos graves efeitos da poluio, do estresse, das radiaes e toxinas. medida que o tempo passa, o nosso corpo tende a acumular todas estas agresses, manifestando-se sob variados desequilbrios orgnicos. Como a dificuldade em emagrecer, baixo metabolismo (conjunto de reaes no organismo que permitem transformar os alimentos em energia e, consequentemente, queimar gordura), perturbaes hormonais, aparecimento de problemas digestivos, vrios tipos de alergias, pele precocemente envelhecida, alterao do funcionamento dos rins e do fgado, cansao geral, sistema imunitrio deprimido, doenas degenerativas, entre muitas outras complicaes na sade e bem-estar geral.

IMPORTANTE: A DIETA DESINTOXICANTE DEVE TER A DURAO MXIMA DE 7 DIAS!

Bases da Dieta Desintoxicante:

1. Evite industrializados Na desintoxicao, at mesmo a verso light dos molhos industrializados deve ser eliminada do cardpio, pois tem grande quantidade de sdio e gordura. Fique com os temperos naturais. O vinagre de ma e o de limo, por exemplo, trazem substncias antioxidantes e fortalecem a imunidade, deixando o organismo mais ativo contra asApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

toxinas. J o azeite de oliva lubrifica o intestino, otimizando a eliminao dessas toxinas, e ainda acelera as funes metablicas.

2. Experimente a farinha de banana verde Pois favorece a flora intestinal, relacionado com o tipo de amido, que chega intacto ao intestino e produz substncias que alimentam as bactrias probiticas. Com isso, os nutrientes so bem absorvidos e garante a saciedade. Recomendar o uso da farinha de banana verde no lugar da tradicional, no preparo de pratos como bolo e torta.

3. Aposte em frutas ctricas Acerola, kiwi, caju, limo e laranja, por meio de um composto chamado limonide, faz com que o fgado libere mais toxinas do organismo. Esse efeito pode ser conseguido com a fruta consumida in natura ou usada no preparo de peixes, sucos ou saladas.

4. Coma alimentos crus Pelo menos 50% do prato de uma refeio deve ter opes frescas e cruas. Dessa forma, voc garante a ingesto de uma boa quantidade de itens desintoxicantes, como fibras e gua.

5. Coloque uma folha de couve no cardpio Na salada, no suco ou refogada, ela estimula as enzimas que neutralizam as toxinas. A verdura ainda rica em vitaminas do complexo B, que facilitam o metabolismo da protena, do carboidrato e da gordura.

6. Tome ch de chapu de couro, cavalinha ou ch verde As bebidas ajudam a reduzir a reteno de lquido. Recomende colocar 1 col. (ch) de ch em 1 xcara (ch) de gua quente e abafar por cinco minutos. Depois, coar e beber em jejum no caf da manh.

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7. Beba muito lquido Ao longo do dia, o hbito fundamental na eliminao de toxinas por meio do suor, das fezes e da urina. Aqui, vale gua, ch ou suco natural, sopa e at alimentos aquosos, como melancia, melo, alface e pepino.

8. Adicione ma e brcolis dieta Eles amenizam os efeitos causados pelas toxinas. Tanto a ma quanto o brcolis so boas fontes de antioxidantes, que evitam a formao dos radicais livres e diminuem os efeitos do envelhecimento e o aparecimento de doenas degenerativas, como o cncer.

Cardpio desintoxicante:

Caf da manh Opo 1 1 copo (200 ml) de suco de ma com 1 col. (caf) de linhaa triturada Opo 2 1 xc. (ch) de ch de hibisco 1 fatia fina de bolo simples Opo 3 1 pote de iogurte natural desnatado com 7 morangos picados Opo 4 1 copo (200 ml) de suco de acerola 2 fatias de po de centeio light com 1 fatia mdia de queijo branco Opo 5 1 frasco de leite fermentado 2 torradas integrais com 1 queijo fundido light (tipo Polenguinho) Opo 6 1 copo (200 ml) de leite de soja 4 biscoitos integrais com 1 col. (sobrem.) de requeijo lightApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Opo 7 1 pote de iogurte natural desnatado com 2 fatias mdias de abacaxi picadas e 1 col. (sopa) de aveia em flocos

Lanche da manh Opo 1 1 fatia grande de melo Opo 2 5 ameixas secas Opo 3 1 kiwi Opo 4 1 pote de iogurte de frutas light Opo 5 1 taa de salada de frutas Opo 6 1 laranja Opo 7 1/2 papaia

Almoo Opo 1 1 prato de salada de alface com 4 tomates -cereja e 1 col. (sopa) de abobrinha grelhada (tempere com um fio de azeite, limo e sal) 2 col. (sopa) de arroz integral 1 fil mdio de peixe ou frango grelhado 2 col. (sopa) de abbora no vapor Opo 2 1 prato de salada de escarola com agrio e 2 col. (sopa) de milho (tempere com um fio de azeite, limo e sal) 2 pegadores de macarro integral com 2 col. (sopa) de molho de tomateApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

1 fil mdio de carne vermelha grelhado Opo 3 1 prato de salada de acelga com 1/4 de pepino e 2 palmitos picados 2 col. (sopa) de arroz integral 1/2 concha de feijo 1 pedao grande de peixe ensopado ou 1 fil mdio de peixe ou frango grelhado 2 col. (sopa) de couve-refogada Opo 4 1 prato de salada de alface com rcula, repolho e 1 col. (sopa) de cenoura ralada crua (tempere com um fio de azeite, limo e sal) 1 batata mdia cozida 1 fil grande de peixe assado ou 1 fill mdio de peixe ou frango grelhado Opo 5 1 prato de salada de brcolis com 1/4 de pepino, 1/2 talo de salso, 2 col. (sopa) de chuchu no vapor (tempere com um fio de azeite, limo e sal)

3 col. (sopa) de gro-de-bico cozido 2 col. (sopa) de vagem refogada 1 fil mdio de peixe ou frango grelhado Opo 6 1 prato de salada de agrio com broto de alfafa e 1 tomate (tempere com um fio de azeite e aceto balsmico) 3 col. (sopa) de arroz integral 4 col. (sopa) de frango ensopado com raspas de gengibre 5 floretes de couve-flor no vapor Opo 7 1 prato de salada de folhas verdes variadas com1/4 de manga picada (tempere com um fio de azeite, limo e sal) 6 col. (sopa) de mix de legumes refogados 1 fil mdio de peixe ou frango grelhado

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Lanche da tarde Opo 1 1 pote de iogurte natural desnatado Opo 2 1 caixinha de gua de coco Opo 3 1 fatia fina de bolo simples Opo 4 1 taa de gelatina diet com pedacinhos de fruta Opo 5 1 fatia mdia de melancia Opo 6 1 ma Opo 7 1 barra de cereais light

Jantar Opo 1 1 prato de sopa de ervilha com hortel e queijo branco Opo 2 1 prato de sopa de legumes com carne Opo 3 1 prato de salada de alface com 3 col. (sopa) de gro-de-bico cozido, 2 col. (sopa) de cenoura crua ralada, 1 tomate picado, 1 fatia mdia de ricota picada e 1 torrada integral picada (tempere com um fio de azeite, limo e sal) Opo 4 1 prato de sopa de quinua com tofu Opo 5

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1 prato de salada de folhas verdes variadas com 1 tomate picado, 1 col. (sopa) de cottage, 3 col. (sopa) de feijo-branco cozido Opo 6 2 fatias de po integral light com 1 fatia de queijo branco, 2 fatias de peito de peru, 2 rodelas de tomate e alface vontade 1 copo (200 ml) de suco de uva light Opo 7 Omelete feita com 2 claras e 1 gema, 1 col. (sopa) de tomate picado, 4 col. (sopa) de brcolis no vapor, 1 col. (sopa) de milho, 1 col. (sopa) de ervilha, 1 fatia de mussarela picada e organo a gosto

Para que o programa seja mais eficaz, dever abster-se de: 1 - Fumar - Bastam oito horas sem fumar para que os nveis de monxido de carbono baixem e os de oxignio aumentem no organismo. 2 - Ingerir lcool - O lcool absorvido pelo sangue e levado a todos os rgos irrigados do corpo, como o fgado, crebro e corao. 3 - Tomar medicamentos (exceto quando prescritos pelo mdico) - O abuso de medicamentos pode criar resistncia no organismo, para alm de ser uma das principais fontes txicas. 4 - Praticar exerccio fsico em reas poludas - Os veculos libertam partculas inalveis compostas por poluentes, como metais pesados, nitratos, que podem conduzir a doenas cardiorrespiratrias. 5 - Usar cosmticos compostos por qumicos txicos - A maioria dos desodorizantes, por exemplo, contm uma substncia qumica denominada cloridrato de alumnio que txica e pode causar irritaes na pele. Correo do aumento da permeabilidade intestinal e da disbiose: O trato gastrointestinal (TGI) um dos maiores meios de ligao entre o mundo externo e o ambiente intestinal no homem. A alimentao promove enorme exposio, no momento da digesto e absoro de nutrientes, a antgenos alimentares, aosApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

microorganismos viveis e aos metablicos de bactrias, que so apresentados ao sistema imune intestinal. O intestino humano possui aproximadamente 100 trilhes de bactrias (a chamada microbiota intestinal), dentre as quais mais de 400 espcies diferentes vivem num delicado balano. O desequilbrio dessa flora microbiana chamado de Disbiose Intestinal. Situaes como alimentao inadequada, stress, envelhecimento, uso

indiscriminado de alguns medicamentos, propiciam o quadro de disbiose intestinal. A presena de sinais e sintomas como alteraes do ritmo intestinal, flatulncia, eructaes, acne, fadiga, falta de concentrao e depresso sugerem o desequilbrio da microbiota intestinal. A alterao na digestibilidade dos alimentos e da permeabilidade intestinal provocada pela disbiose predispe o organismo a uma srie de problemas de sade. Porque passam a chegar ao sangue, nutrientes mal digeridos e outras substncias qumicas, em propores imprprias. Isso acarreta um aumento das alergias cutneas e respiratrias, alm de hipersensibilidades alimentares A disbiose altera o pH sanguneo, vaginal, da bexiga e de outros locais, predispondo o organismo a quadros de infeco urinria e candidase vaginal recorrente, herpes labial, cutneo e vaginal recorrentes, alm de outras infeces bacterianas ou virticas recorrentes. A alterao da flora bacteriana faz com que essas bactrias patolgicas reajam com os cidos biliares formando substncias

carcinognicas e liberando substncias txicas que estavam neutralizadas O tratamento indicado deve priorizar Fibras, Glutamina, Lactobacilos, Alimentao rica em frutas, verdura, legumes e cereais integrais.

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Nutrientes e sua correlao na celulite e gordura localizada: Investigadores/EstudoVelasco et al, 2008 Hexsel et al, 2005 Hexsel et al, 2005 Hexsel et al, 2005 Westman et al, 2007 Leite, 2003

NutrienteCafena Ginkgo Biloba Castanha da ndia Centella Asitica Carboidratos Simples Bebidas Gaseificadas

CorrelaoLiplise (Uso tpico) - Recomendado Vasoconstrio (Uso oral) - Evitar Ao na microcirculao perifrica Reduo do edema Estmulo de Colgeno Estimula a lipognese por agir no processo de liberao de insulina Induz alteraes de permeabilidade e resistncia dos capilares sanguneos - Reduo Glicemia Ps Prandial e estmulo liplise - Quando em falta pode ser causador de constipao intestinal, onde h aumento da permeabilidade capilar Excesso armazenado na forma de triglicerdeos no tecido adiposo Reteno Hdrica Antioxidante, atua na peroxidao lipdica e sistema vascular e linftico Efeito antiinflamatrio e edema

Malett et al, 2002 Rossi & Vergnanini, 2000

Fibra Alimentar

Schutz, 2004 Rossi & Vergnanini, 2000 Croda, 2002 Hexsel et al, 2005 Dweck, 1995 Hexsel et al, 2005

Lipdeos Sdio (Sal) Uvas Vermelhas Mamo e Abacaxi

a falta de tonicidade da pele gerada

Flacidez

por fatores genticos, ambientais e de maus hbitos, como falta de exerccios fsicos.

Tratamentos: Accent: Trata-se de um aparelho de radiofreqncia (similar ao Thermacool), que emite radiao eletromagntica de alta frequncia (40,68 MHz), promovendo a melhora da celulite, gorduras localizadas e da flacidez. Tambm recomendado para o rejuvenescimento da face (flacidez e elasticidade da pele). Carboxiterapia: a moderna tcnica na qual o gs carbnico injetado no tecido subcutneo e intra-drmico utilizando-se uma agulha muito fina, melhorando a

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circulao e oxigenao dos tecidos, promovendo o combate da flacidez, celulite e gordura localizada. Peeling de Cristal + Ac. Retinico: Tratamento moderno que promove uma renovao celular progressiva, atravs de um jato de cristais na pele. A associao ao cido retinico promove um excelente peeling qumico conjunto, resultando num rejuvenescimento profundo da pele. Intradermoterapia: aplicao loco-regional de medicamentos auxiliares que iro promover a maior formao de fibras elsticas e colgenas de sustentao, melhorando assim a flacidez cutnea.

Prescrio Diettica para Flacidez

Primeiramente, devemos entender que para garantir a firmeza da pele necessrio o colgeno, que sintetizado a partir dos aminocidos (protenas) lisina, prolina e glicina e de outros nutrientes como vitamina C, cobre, zinco, mangans e o silcio.

Partindo desse princpio, devemos inserir na conduta diettica: Lisina, prolina e glicina: Para obter essas protenas, pode-se adicionar na alimentao a gelatina sem sabor preparada com suco natural. importante usar a gelatina sem sabor pela ausncia de corantes e edulcorantes artificiais, que so substncias que desgastam nutrientes do organismo. Vitamina C: Esse nutriente encontrado em abundncia nas frutas cidas como laranja, limo e acerola. Tambm est presente na goiaba, tomate, kiwi, abacaxi, morango, salsa e pimento. Cobre: Os frutos do mar, gros integrais, feijes, nozes e batatas so boas fontes de cobre. Outras fontes importantes so folhas verde-escuras, os frutos secos (ameixa, damasco e figo secos), o cacau e a levedura. Zinco: Presente em alimentos ricos em protenas como carnes magras, frango, peixe, amendoim, leite e derivados, leguminosas (feijo, lentilha, soja), nozes e cereaisApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

integrais. Lembrar que o zinco proveniente de protenas vegetais no to bem aproveitado pelo organismo quanto o zinco de origem animal. Mangans: As melhores fontes so abacaxi, oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes), aveia, arroz integral, farinha de trigo integral, espinafre, batata doce, ch preto e ch verde. Silcio: Mineral encontrado na aveia, cevada, salsa, nabo, avel e feijo.

importante salientar que da mesma forma como existem alimentos que auxiliam na manuteno de uma pele firme e saudvel, existem outros que atuam de modo contrrio, provocando ou agravando a flacidez. So eles: refrigerantes, doces, frituras, gorduras de origem animal, embutidos (salsicha, linguia, calabresa, hambrguer), frios, queijos amarelos e alimentos ricos em sdio como sal, caldos prontos, temperos prontos e salgadinhos. Esses alimentos exercem efeito txico sobre a pele e devem ser evitados. Alm de cuidar da alimentao, necessria a prtica de exerccio fsico para garantir o tnus muscular.

Caracterizam-se

por

um

Estrias

rompimento das fibras elsticas que sustentam a camada intermediria da pele, formada por colgeno e elastina (responsveis pela sua

elasticidade e tonicidade). As estrias afetam homens, mulheres em idade adulta ou durante a adolescncia, mulheres no transcorrer da gestao, e at mesmo crianas. As estrias geralmente so comuns nas mamas, quadris, culotes, coxas e ndegas. Cerca de 90% das mulheres atuais desenvolvem estrias durante a gravidez. Estudos mostram que a ingesto de flor interfere na sntese do colgeno. As estrias podem surgir de diversas formas, dentre elas: Efeito Sanfona Crescimento rpido Tempestade hormonalApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Excesso de exerccios Gravidez Ressecamento da pele

Tratamentos estticos para diminuir estrias Laser: um tratamento moderno para reduo das estrias. Os tipos de lasers utilizados para o tratamento de estrias tm afinidade pela gua da pele e, ao atingir a pele, promovem a sua vaporizao localizada. Isso estimula uma nova organizao desse tecido, com formao de novas fibras de colgeno e elastina. Um tipo muito utilizado o Laser Fracionado de CO2, por promover grande melhora, com poucos efeitos colaterais. Dermoabraso: realizado um tipo de lixamento da pele que, ao escoriar a pele, elimina uma boa parte da camada superficial. Isso tambm estimula um processo cicatricial na pele, ajudando na produo de colgeno e elastina. cidos: O tratamento realizado com aplicao de cremes ou gis base de cido retinico ou alfa-hidroxi-cidos (AHA) que aceleram a renovao celular e atua na formao de colgeno novo. Os resultados comeam a ser percebidos aps um ano e deve ser interrompido se a pessoa for para o sol. Lipoaspirao: Para alguns casos a aspirao da gordura superficial na regio onde no h estrias estimula a produo de colgeno da pele, melhorando sua elasticidade. Peeling: Este tratamento realizado atravs do lixamento da pele feito com o Skin Lifting, um aparelho italiano que promove um tipo de peeling profundo, ou dermoabraso, devido ao abrasiva de um jato de microcristais de xido de alumnio. O peeling elimina de forma suave e uniforme as camadas superficiais da epiderme. O que leva a regenerao celular, resultando no surgimento de uma nova pele.Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Prescrio Diettica para Estrias

Evite prescrio de dietas muito restritivas: para reduzir "efeito sanfona" no

prescreva planos de muito baixo valor calrico (abaixo de 1000 Kcal), pois no fornecem todos os nutrientes, prejudicando assim, a manuteno do peso e, consequentemente, a firmeza e elasticidade da pele.

Reeducao Alimentar: baseada em uma dieta equilibrada contendo todos os

grupos de alimentos (cereais integrais, frutas, verduras, legumes, leite e derivados, e as carnes magras em geral), permitindo que se alcance os resultados desejados com a manuteno de hbitos alimentares saudveis por toda a vida. Com isso, a manuteno do peso fica mais fcil. Diminuir consumo de sal que causa reteno de lquidos e edemas e de alimentos gordurosos e frituras; reduzir o consumo de bebidas alcolicas, cafeinadas e refrigerantes que diminuem o calibre das artrias, dificultando a circulao.

Hidratao: a gua componente essencial dos tecidos. Tem papel importante nas

funes do organismo como um todo, e principalmente na hidratao da pele, evitando celulites e estrias. Calcule a quantidade ideal de 1,0 a 1,2 ml por kcal prescrito. Esse consumo deve aumentar nos perodos em que as temperaturas aumentam muito (vero); antes, durante e depois de exerccios fsicos e quando apresentar febre e resfriados. Gestantes e nutrizes tambm devem consumir mais gua.

Colgeno Alimentar: a reposio de colgeno alimentcio atua nova ferramenta

para tratamentos de osteoartrites e manuteno da esttica e beleza. Estudos recentes comprovam que a ingesto diria de 10g de colgeno, proporciona um aumento significativo na elasticidade e hidratao da pele, alm de auxiliar na sade das articulaes. Os alimentos de origem animal, tais como as carnes, principalmente asApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

vermelhas, so excelentes fontes de protenas e colgeno. Cuidar nos casos de indivduos com formao de quelides. A preveno a melhor forma de tratamento. Hidratando e nutrindo a pele ao mximo para garantir sua elasticidade e impedir a ruptura de suas camadas internas. Evitar roupas apertadas uma maneira de evitar estrias. A prtica de exerccios fsicos regularmente, evitar engordar e emagrecer repentinamente e a preferncia por alimentos saudveis so fundamentais para evitar estrias.

So dilataes ou tortuosidades de veias do corpo humano. As

Varizes

mais comuns so as varizes dos membros inferiores, sendo estas as alteraes patolgicas mais vivenciadas pela Angiologia e pela Cirurgia vascular.

Varizes so mais comuns em mulheres e esto vinculadas a hereditariedade. Gravidez, obesidade, menopausa e envelhecimento so fatores que contribuem para seu aparecimento. 10% da populao feminina padecem dessa enfermidade, contra apenas 3% da populao masculina. Geneticamente problema ligado as vlvulas internas as veias cuja funo principal evitar o refluxo e facilitar o esforo do corao. Tanto no caso do envelhecimento como na obesidade a musculatura no tem tnus suficiente para atuarem como paracorao eficiente.

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Prescrio Dietticas para Varizes

Alimentao rica em fibras Aumente a frequncia alimentar de hortalias, frutas frescas, cereais integrais, nozes e sementes.

Os flavonides fortalecem as paredes dos vasos sanguneos e aumentam a sua elasticidade. So as frutas de cor avermelhada e azuladas como as cerejas, mirtilos e amoras pretas.

Para melhorar a circulao sangunea, utilize em suas refeies como tempero o alho, gengibre ou pimenta de caiena (pimenta vermelha). A vitamina E excelente para a circulao e ajuda a prevenir cogulos sanguneos. Principais fontes: Grmen de trigo, folhas verdes e soja.

Tem por objetivo a reconstituio de

Cirurgia Plstica

uma parte do corpo humano por razes mdicas ou estticas. A cirurgia plstica se desenvolve sob duas facetas: a cirurgia plstica reparadora e a esttica.

Prescrio Diettica na Cirurgia

essencial a garantia da cicatrizao e um dos fatores mais influentes o estado nutricional. Por isso, o ideal que o processo de reeducao alimentar, com introduo

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de alimentos funcionais e suplementos adequados (se necessrio) se inicie antes da cirurgia.

A cicatrizao um processo com trs etapas diferentes: fase inflamatria, fase proliferativa e a fase final, que determinar a elasticidade da cicatriz: - Na primeira etapa essencial que estejam disponveis as quantidades adequadas de protenas e de gorduras do tipo mega-3, que faro a imunomodulao e preveniro que o organismo faa uma resposta inflamatria exagerada. O mineral zinco fator primordial na dieta e que ajuda a manter sistema imune saudvel. Vitaminas A, E, C, juntamente com o mineral selnio, so importantes para a funo antioxidante, j que um processo cirrgico pode gerar uma grande quantidade de radicais livres. O ferro tambm um componente do sistema de transporte de oxignio e pode afetar a capacidade de cicatrizao de feridas, mas somente em deficincias graves, como anemia. - Na fase seguinte: importante que estejam presentes todos os nutrientes citados, e tambm boas doses de protenas magras e alimentos funcionais. A desnutrio e a fome oculta podem ter um impacto grave sobre os resultados de traumas e feridas cirrgicas. Garantir refeies fracionadas e bom aporte lquido fundamental. Glutamina, arginina e probiticos podem ser prescritos se necessrio, para garantir a integridade intestinal, inclusive ao uso de algumas medicaes utilizadas no procedimento, que perduram no ps-cirrgico, como antiinflamatrios (Arnold & Barbul, 2006).

Tratamentos Faciais

Visam restabelecer a hidratao e o vio da pele, clareamento de manchas, envelhecimento (rugas de expresso e flacidez), causados por fatores fisiolgicos (stress, menopausa e climatrio) e fatores externos (vento, frio, poluio, radiao solar e artificial).

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Prescrio Diettica para Esttica Facial

Vrias pesquisas vm mostrando a importncia das substncias antioxidantes e outros nutrientes especficos para a sade da pele. Quando combinados com uma dieta natural e equilibrada, estes suplementos realmente ajudam a dar uma aparncia mais saudvel e jovem.

Vitamina C Estudos demonstram que a aplicao tpica de vitamina C e E capaz de oferecer uma fotoproteo considervel. O uso de suplementos orais de vitamina E tambm mostrou os mesmos efeitos, alm de aliviar rugas e melhorar a textura da pele. Tanto a vitamina C quanto a E ajudam a reduzir os danos causados pelos radicais livres, atravs das propriedades antioxidantes. Da mesma forma que indica-se a aplicao tpica da vitamina C na estimulao da produo de colgeno.

Vitamina A Participa de vrios processos de reparo tecidual, e sua deficincia pode deixar a pele ressecada e frgil. Estudos mostram que a abordagem em uso tpico reduz rugas e marcas de expresso, alm de ajudar no controle da acne e da psorase.

Vitaminas do Complexo B A vitamina do Complexo B mais importante para a pele a biotina, um nutriente que forma a base da pele, das unhas e dos plos. Pessoas com deficincia de biotina podem apresentar dermatite ou perda de cabelos. Presente em vrios alimentos, incluindo bananas, ovos, aveia e arroz. Recentemente, tem havido um grande interesse nos medicamentos de uso tpico contendo vitaminas do complexo B. Estes cremes so capazes de hidratar as clulas daApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

pele e aumentar seu tnus muscular. A niacina, um tipo especfico de vitamina B, ajuda a pele a reter umidade, conferindo um aspecto rejuvenescido ctis.

Vitamina K Esta vitamina, envolvida no processo de coagulao, pode ser utilizada de modo externo para reduzir olheiras e tratar pequenos arranhes na pele. Estudos recentes tambm esto avaliando o potencial da vitamina K tpica no tratamento de rugas e marcas de expresso.

Sais Minerais e Oligoelementos Alguns estudos sugerem que at mesmo lavar seu rosto com gua mineral pode ser til para reduzir irritaes comuns na pele.

Selnio Vrios cientistas acreditam que este mineral possui um papel-chave na preveno do cncer de pele. Quando tomado como suplemento ou utilizado na forma de creme, este mineral ajuda a proteger a pele dos danos causados pelo sol. Em estudos publicados na American Medical Association, os pesquisadores descobriram que pessoas que ingeriam regularmente 200 mcg de selnio por dia apresentavam uma incidncia 37% menor de cncer de pele. As principais fontes alimentares de selnio incluem cereais integrais, frutos do mar, alho e ovos.

Cobre Associado vitamina C, o cobre est envolvido na produo de elastina, as fibras que oferecem suporte estrutura da pele. A deficincia de cobre rara e suplementos dietticos deste mineral devem ser utilizados com extrema cautela.

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Zinco O zinco um dos minerais mais importantes no tratamento da acne. Algumas vezes a prpria acne pode ser um sintoma da deficincia de zinco. As principais fontes alimentares de zinco incluem ostras, carnes magras e frango.

cido Alfa-Lipico Antioxidante, penetrar na pele, neutralizando os danos causados pelos radicais livres e ajudando a ao de outras vitaminas rejuvenescedoras da pele. O cido alfa-lipico pode ser encontrado na forma de suplementos ou cremes.

DMAE (Dimetilaminoetanol) Antioxidante potente, capaz de consumir radicais livres e estabilizar as membranas nas clulas cutneas, reduzindo o efeito nocivo da radiao solar e da poluio sobre a pele. O DMAE pode ser encontrado na forma de suplementos e cremes tpicos.

cidos Graxos Em indivduos com pele ressecada e com propenso para inflamao, os cidograxos essenciais representam a melhor opo. Estas substncias ajudam a formar uma barreira natural na pele, protegendo-a contra secrees sebceas irritantes. Um dos dois cidos graxos principais, o mega-6, obtido a partir de carnes de aves, gros, leos e outros alimentos. O mega-3, encontrado em peixes de guas frias (salmo, sardinha), linhaa e leo de girassol. Suplementos contendo estes cidos graxos, como cpsulas de leo de peixe ou de prmula, podem ser interessantes no auxlio alimentar.

Referncias: Bensoussan A. Complementary medicine. Searching for the evidence, 2000. Bratman S, Kroll D. Natural Health Bible, 2005.

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Vdeo-aula 02: ndice Glicmico, Carga Glicmica e Inflamao na Sade e na Esttica

O ndice Glicmico (IG), conceito proposto por Jenkins e colaboradores em 1981, visa classificar os alimentos de acordo com a resposta glicmica produzida em condies padronizadas. Consiste em uma escala de resposta glicmica, aps ingerir uma quantidade fixa de carboidrato (50g), quando comparado a resposta glicmica de um alimento padro, geralmente glicose ou pes.

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Estudo relacionado obesidade relata que esta pode estar associada ao consumo de alimentos de alto ndice glicmico e, que o consumo de alimentos de alto IG parece desencadear uma seqncia de eventos hormonais, que limita a disponibilidade de combustvel metablico no perodo ps-prandial, levando fome e ingesto alimentar excessiva. Constatou-se que dietas de alto IG apresentam menor poder de saciedade, resultando em excessiva ingesto alimentar, favorecendo o aumento do peso corporal. Alm disso, o consumo de tais dietas pode alterar o perfil lipdico e a secreo insulnica, sendo fator de risco para doenas cardiovasculares e DM2. Tem sido sugerido que tal ingesto aumenta a secreo de insulina, a qual considerada como um fator de risco independente para o ganho de peso. A hiperinsulinemia e a hipoglucagonemia observadas aps a ingesto de alimentos de alto IG tendem a acelerar o metabolismo muscular e heptico, reduzindo a produo de glicose heptica e suprimindo a liplise. O ndice glicmico, como a hiperinsulinemia, promovem ganho de peso excessivo, provavelmente, por diminuir os nveis circulantes de combustveis metablicos, por estimular a fome e por favorecer a estocagem de gordura. Segundo alguns autores, a regulao da massa de gordura corporal associada ingesto de dietas de baixo IG, pode estar relacionada ativao de genes como o ob. Argumenta-se que a ingesto de tais dietas parece diminuir a expresso desses genes, diminuindo a secreo insulnica ps-prandial. Por esse motivo, observou-se que a ingesto de alimentos de baixo IG tende a aumentar o teor de massa magra e a diminuir, significativamente, o teor de massa gordurosa corporal.Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

A ingesto de alimentos de baixo IG pode tambm diminuir a secreo de hormnios contra-regulatrios proteolticos como o cortisol, hormnio do crescimento e glucagon, estimulando a sntese protica. O consumo dos alimentos com baixo IG da mesma forma podem ser benficos no controle de peso por dois caminhos: por promover a saciedade e por promover oxidao lipdica e gasto na oxidao de carboidratos. Assim sendo, de grande valia indicar alimentos com baixo IG no tratamento das doenas crnico no transmissveis. Mesmo alguns resultados na literatura sendo controversos, autores so favorveis utilizao do ndice glicmico na preveno primria de doenas crnicas, bem como no tratamento de cardiopatias e sndrome metablica. Os estudos que atribuem benefcios ao IG dos alimentos sobre o apetite e a composio corporal so experimentos de curta durao, ou realizados com ratos, e na maioria destes a quantidade de macronutrientes e fibras variou entre as dietas testadas. Por outro lado, os estudos que buscaram controlar os fatores dietticos que comprovadamente exercem um efeito modulador do apetite, retratando ao mximo os eventos que ocorrem em condies de vida livre e que foram conduzidos durante um perodo de tempo mais longo, no confirmam os efeitos benficos do IG no controle do apetite, da saciedade e da composio corporal.

Reduzir a adipognese e aumentar a termognese parece ser rotas primrias e tambm melhorar a microcirculao e a sntese de colgeno no Fibro Edema Gelide, popularmente conhecida como celulite. Os autores sugerem que as sinergias entre a via oral e tpica pode ser a melhor interveno para melhorar os sinais e sintomas da celulite.

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A celulite pode ser tratada, amenizada e prevenida por meio de uma alimentao saudvel, prtica de exerccios fsicos e cuidados dermatolgicos. Os tratamentos locais com lipolticos serem eficientes, absolutamente necessrio diminuio da ingesto de gorduras e carboidratos associada exerccios fsicos, mesmo em pacientes magras. Sugere-se substituir os carboidratos simples pelos complexos de baixo ndice glicmico como conduta nutricional. Tambm a ingesto de alimentos de baixo IG por aumentar o teor de massa magra e a diminuir, significativamente, o teor de massa gordurosa corporal. As respostas hormonais, associadas s dietas com elevado ndice glicmico, como a hiperinsulinemia, promovem ganho de peso excessivo, provavelmente, por diminuir os nveis circulantes de combustveis metablicos, por estimular a fome e por favorecer a estocagem de gordura. Dieta com alta carga glicmica aumenta a concentrao plasmtica de protena C-reativa de alta sensibilidade. Este pode ser um marcador da inflamao e como j mencionado nesta obra, a fisiopatologia da celulite envolve liberao de mediadores inflamatrios devido ao comprometimento do tecido. Assim, como preveno e promoo da sade implementar na rotina do atendimento clnico o consumo e a orientao nutricional de uma dieta com baixa carga glicmica.

O aumento de alimentos fonte de carboidrato e o aparecimento da acne: As elevaes de glicose do plasma ocorrem em consequncia da ingesto de uma carga significativa de glicose, e estas elevaes podem causar um aumento da testosterona eApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

uma diminuio dos hormnios sexuais, envolvidos no controle da secreo das glndulas sebceas. Em estudo realizado adolescentes que reduziram o consumo de acar de adio ou tiveram ingesto de fibra aumentada mostraram reduo dos fatores de risco para diabetes tipo 2, mais especificamente na secreo de insulina e diminuio da gordura visceral. Uma dieta de baixa carga glicmica mostrou-se ser benfica nos pacientes com acne, diminuio do nmero de leses de acne. Na dieta ocidental promove um perfil de citocinas pr-inflamatrias e eicosanides que sustenta o aparecimento de uma variedade de doenas inflamatrias, incluindo a acne. Dieta no-ocidental que supostamente tem um efeito benfico na acne livre de alimentos processados, cereais, laticnios, acar refinado e leo refinado, e quase inteiramente composto inalterado frutas frescas, legumes, carnes magras, peixes e frutos do mar. Sugere-se que os padres dietticos caracterizados por elevado consumo de alimentos de alto ndice glicmico, pobres em fibra e ricos em gordura trans, causem ativao do sistema imune inato, levando excessiva produo de mediadores prinflamatrios, com concomitante reduo dos antiinflamatrios. Apesar de os resultados serem controversos, a adoo de hbitos alimentares saudveis, com reduo da ingesto de gordura (em especial as trans e as saturadas), e o aumento do consumo de frutas, hortalias e cereais integrais parecem estar associados com a melhora do estado inflamatrio subclnico. Dieta com baixa carga glicmica teve um efeito positivo na sensibilidade insulina, reduo da gordura corporal juntamente com a reduo da acne quando comparada a dieta de alta carga glicmica. A cascata hormonal desencadeada pela hiperinsulinemia induzida pela dieta provoca uma resposta endcrina que, simultaneamente, promove a sntese de andrgenos. Portanto, dietas hiperinsulinmicas podem representar um fator ambiental no desenvolvimento da acne.

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Dentre as teorias do envelhecimento, a teoria da glicao aceita no meio cientfico. As molculas de glicose naturalmente presentes na pele aderem s fibras de colgeno e elastina. Estes acares criam pontes rgidas entre as fibras de colgeno e elastina chamadas de A.G.Es (advanced glycation end products). A formao destes compostos esto associados alterao na estrutura e formao de protenas como colgeno e elastina e o acmulo dos mesmos na pele causa perda da elasticidade e promoo de rugas. Assim, a reao qumica de glicao ou caramelizao pode comprometer as funes de nossas clulas ao danificar suas protenas e deix-las menos flexveis e elsticas. Recentes pesquisas apontam como o consumo de carboidratos de alto ndice glicmico promover a glicao no organismo por meio de ligaes cruzadas (Cross-link ou Mailard). O estresse-oxidativo induzido pela hiperglicemia promove tambm a formao de produtos finais de glicao avanada e a ativao da protena quinase-C, ou seja, no so mecanismos independentes. H relao entre liberao de mediadores inflamatrios com o estresse oxidativo e consequentemente o envelhecimento cutneo. A infiltrao de neutrfilos estimulada por estes mediadores especialmente prostaglandinas, fator de necrose tumoral (TNF)-a, interleucina (IL)-1b e IL-6. Neutrfilos e, posteriormente, moncitos e linfcitos so recrutados para o local de inflamao, onde produzem Espcies Reativas de Oxignio e enzimas proteolticas. A dieta de alta carga e ndice glicmico promove o acmulo de gordura, contribuindo para a obesidade. O tecido adiposo, por sua vez, secreta adipocinas e estas contribuem para o processo inflamatrio.

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Alm disso, a resistncia insulina promovida tambm por dieta de alta carga glicmica poderia refletir na liberao de fatores inflamatrios como Tumor Necrosis Factor a (TNF-a) e a Interleucina 6 (IL-6). Sugere-se que o consumo com refeies de baixo ndice glicmico e uma baixa carga glicmica, oferece longevidade e qualidade de vida.

ENTO...

O ndice glicmico dos alimentos uma ferramenta fundamental a ser utilizada na rotina do nutricionista, porm faz se necessrios mais estudos a fim de padronizar os mtodos de determinao e tabelas de IG dos alimentos. A utilizao do ndice glicmico na preveno e no controle de doenas crnicas ou na melhora de seus fatores de risco permanece controversa, mesmo visto a influncia na cascata hormonal relacionada elas. Em relao desordens estticas, como a celulite, h pouca evidncia mas dietas de baixo ndice glicmico parecem ser uma opo complementar ao tratamento. Na acne a recomendao do IG tem sido positiva e por isso, merece uma ateno maior na conduo dietoterpica. No envelhecimento, da mesma forma, por ativar diferentes rotas metablicas, a dieta BIG deve ser orientada. Portanto, evidencio a importncia dos alimentos de baixo ndice glicmico na melhoria esttica e com isso, na otimizao da qualidade de vida de uma forma geral. Referncias: Efeitos do ndice Glicmico no Balano Energtico. Arq. Bras Endocrinol Metab 2007;51/3. Ana P.M. Guttieres, Rita de Cssia G. Alfenas. ndice glicmico e carga glicmica de dietas consumidas por indivduos obesos. Nutr. Campinas, 20(6):615-624, Nov./dez., 2007. Helena Alves de Carvalho SAMPAIO, Bruna Yhang da Costa SILVA, Maria Olgan Dantas SABRY, Palo Csar de AMEIDA. Jenkins DJ, Wolever TM, Taylor RH, Barker HM, Fielden H, Baldwin JM, et al. Glycaemic index of foods: a physiological basis for carbohydrate exchange. Am J Clin Nutr 1981; 34:362-366. Jenkins DJA, Kendall CWC, Augustin LSA, Franceschi S, Hamidi M, MArchie A, et al. Glycemic index: overview of implications in health and disease. Am J Clin Nutr 2002; 76:266-273. Ludwig DS. Dietary glycemic index and obesity. J Nutr. 2000; 130 (Suppl 2):S280-3. WHO. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation on obesity. WHO: Geneva, 1998. Livro Nutrio aplicada Esttica. Editora Rbio. 2011.

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Vdeo-aula 03:

Intestino e Inflamao na Sade e na Esttica

Anatomia do Sistema GastrointestinalO sistema gastrintestinal, tambm chamado de sistema alimentar, trato digestrio ou gastrointestinal seria um sistema com funes mais complexas do que simplesmente relacionado com a digesto. Seria um canal muscular, revestido por uma tnica mucosa, que se estende dos lbios at o orifcio anal e que apresenta, em nveis sucessivos, uma srie de estruturas acessrias, dentais, glandulares e musculares, para a ingesto mastigao, transporte, digesto e absoro de matria alimentcia de qualquer espcie e para a eliminao de resduos no absorvidos. Alm das funes descritas acima, o trato gastrointestinal (TGI) desempenharia outras funes fundamentais, participando para o bom funcionamento do sistema imunolgico, para o processo de detoxificao do organismo e para a sntese de hormnios e de neurotransmissores. Do ponto de vista anatmico, o tubo digestivo pode ser compreendido e estudado como sendo (...) um longo tubo de pouco mais de 10 metros, muito

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irregular, apresentando pores mais dilatadas e outras mais estreitadas e aberto nas duas extremidades. Este canal ou tubo apresenta diversos segmentos que sucessivamente so designados por boca, faringe, esfago, estmago, intestino delgado e intestino grosso. Alm disso, neste tubo se abrem os ductos das glndulas anexas ou rgos anexos, atravs dos quais so secretadas as enzimas digestivas. Os rgos anexos compreendem as glndulas salivares maiores (partida, submandibular e sublingual) e as menores, o fgado e o pncreas. Ao introduzirmos o alimento na boca, tem-se o incio do processo de mastigao, empreendido pelos 32 dentes, que so encontrados no homem adulto. Os dentes tm a funo de cortar, dilacerar, esmagar e moer o alimento ingerido. So auxiliados pela lngua que desempenha funes importantes, j que participa na movimentao do alimento dentro da boca, o que favorece a ao mecnica dos dentes, alm de misturar a saliva com o alimento e participar na deglutio destes para a faringe, que um tubo msculo-mucoso vertical, que conduz os alimentos em direo ao esfago.

Esfago

Esfago, por sua vez, um tubo muscular (com aproximadamente 25 cm de comprimento) com um dimetro mdio de dois cm que se estende da faringe at o estmago, e que permite que o alimento deglutido seja ingerido pelo estmago.

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Estmago

Na maioria das pessoas a forma do estmago assemelha-se letra J; contudo, a forma e a posio do estmago variam em pessoas diferentes e mesmo no prprio indivduo por causa dos movimentos do diafragma durante a respirao, dos contedos do estmago e da posio da pessoa. Sua capacidade mdia varia de aproximadamente 30ml ao nascimento, aumentando para 1000ml na puberdade e aproximadamente 1.500ml nos adultos. O estmago apresenta dois orifcios, um de entrada denominado stio cardaco ou crdia localizado profundamente articulao esternocostal da 7 costela esquerda. E, o stio pilrico, que significa porteiro em grego, e que constitui um verdadeiro esfncter para a sada das substncias alimentares. Pode-se afirmar que o processo de digesto, que o desdobramento das substncias alimentares em suas molculas mais simples, se realiza no estmago e na primeira poro do intestino delgado.

Intestino DelgadoOs intestinos so a continuao do tubo digestivo a partir do estmago e consiste em duodeno, jejuno e leo que se estende do piloro at a juno ileocecal onde o leo une-se ao ceco. Seu comprimento mdio nos adultos vivos talvez seja de aproximadamente 5 m.

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O duodeno mede de 20 a 25 cm de comprimento (12 polegadas, da o nome) e uma estrutura que alm de participar ativamente no processo da digesto dos alimentos, a sede principal da absoro das partculas que se encontram em condies de passar a integrar a economia orgnica. Na parte descendente do duodeno, importante citar a existncia da papila maior do duodeno, onde desemboca o ducto coldoco, que vem do fgado e o ducto pancretico (ou canal de Wirsung) que provm do pncreas, junto com o ducto pancretico acessrio que desemboca na papila menor do duodeno, situada logo acima. Descreve-se que o jejuno comea na flexura duodenojejunal e o leo termina na juno ileocecal a unio da parte terminal do leo e o ceco. O jejuno tem dimetro de aproximadamente 4 cm, possui paredes espessas, mais vermelhas e mais vasculares. Suas pregas mucosas circulares so grandes e freqentes e suas vilosidades, maiores. Folculos linfticos agregados so quase ausentes da parte proximal (superior) do jejuno; distalmente, eles ainda so em menor nmero e menores do que no leo. J o leo possui um dimetro de 3,5 cm; sua parede mais fina do que no jejuno. Umas poucas pregas circulares ocorrem proximalmente, mas estas so pequenas e desaparecem quase que inteiramente na sua poro distal.

Intestino GrossoEm sua poro distal, o leo desemboca perpendicularmente no intestino grosso num orifcio que recebe o nome de stio ileocecal. Este guarnecido por duas pregas mucosas (superior e inferior) que impedem at certo ponto o retorno do bolo alimentar do intestino grosso, e que formam a valva ileocecal.

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A disposio do intestino grosso no abdmen poderia ser definida como a de uma moldura, que contorna o intestino delgado. Este rgo pode ser dividido em partes que seriam: o ceco; o apndice; os colos ascendente, transverso, descendente e sigmide; o reto; e o canal anal. Vale ressaltar a presena no ceco do apndice vermiforme (do lat. vermis, em forma de verme), que um divertculo cego do intestino (6-10cm de comprimento). Alm de constituir uma barreira para impedir que os cidos formados nas fezes ataquem a parede intestinal. Este muco mantm um pH alcalino de 8,0, pois, contm bicarbonato de sdio, que secretado por algumas clulas epiteliais no-secretoras de muco.

rgos anexos ao aparelho digestivo

Fgado

O fgado a maior glndula do organismo, e, tambm, a mais volumosa vscera abdominal. Pesa cerca de 1.500 g. Alm das inmeras e fundamentais atividades metablicas que desempenha, como a funo antitxica e a produo dos fatores de coagulao sangunea, o fgado armazena glicognio e secreta a bile. E, em menor escala, armazena ferro, cobre e vitaminas. A bile uma secreo verde amarelada e imprescindvel para a saponificao (digesto) das gorduras. A vescula biliar armazena e concentra a bile, reabsorvendo gua e sais. Esta enzima heptica constantemente produzida pelo fgado. Quando gorduras entram no duodeno, a bile drenada atravs dos ductos csticos e do ducto coldoco para o duodeno. Em relao circulao sangunea heptica, vale salientar o seguinte, que a artria heptica prpria se bifurca em ramo direito (heptica direita) e ramo esquerdo (heptica esquerda). Atravs destes ramos, o fgado recebe sangue arterial que nutre

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suas clulas, desempenhando uma funo trfica. Alm disso, temos a Veia porta, que leva ao fgado sangue venoso proveniente do bao, estmago e intestinos.

PncreasO pncreas uma glndula de secreo mista (anfcrina), ou seja, de secreo excrina e endcrina. Ele pode ser considerado uma glndula excrina pela secreo do suco pancretico, que despejado na poro descendente do duodeno e que participa nos processos digestivos. E uma glndula endcrina, por apresentar as ilhotas pancreticas, que so agrupamentos celulares fartamente vascularizados, que secretam um produto hormonal principal, que a insulina, e outro secundrio denominado glucagon. Estes hormnios so secretados diretamente na corrente sangunea. O suco pancretico levado ao duodeno por dois ductos. O principal denominado ducto pancretico ou conduto de Wirsung que desemboca numa dilatao, onde tambm se abre o ducto coldoco na ampola hepatopancretica (ampola de Vater). O outro, secundrio, o ducto pancretico acessrio ou conduto de Santorini. Comumente, o ducto pancretico acessrio liga-se ao ducto pancretico, servindo como garantia para a drenagem do suco pancretico no duodeno.

Caractersticas anatmicas da parede gastrintestinalEm relao s caractersticas da parede gastrintestinal, retrata-se que: Em um corte transversal tpico da parede intestinal, incluindo as seguintes camadas, de fora para dentro: (1) a serosa, (2) uma camada muscular longitudinal, (3) uma camada muscular circular, (4) a submucosa, e (5) a mucosa. Alm disso, feixes esparsos de fibras de msculos lisos, a muscular da mucosa, encontram-se nas camadas mais profundas da mucosa.

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Barreira mucosa intestinal e superfcie de absoroEm relao camada submucosa, importante citar que nos primeiros centmetros de duodeno encontramos um grande nmero de glndulas mucosas compostas, que so as glndulas de Brunner, e que secretam grandes quantidades de muco alcalino. Este muco tem a funo de proteger a parede duodenal da digesto pelo suco gstrico e de neutralizar o cido clordrico. Alm das funes de proteo contra a corroso da mucosa intestinal, seja em relao ao quimo cido do estmago, seja em relao aos produtos da fermentao bacteriana. O muco normal, que rico em glicoprotenas e que recobre os microvilos elaborado pelos entercitos tem a funo, tambm, de proteo da mucosa atravs de diversos mecanismos como o processamento de macromolculas, da difuso de molculas estranhas, da modificao e/ou apresentao do contedo luminal s clulas absortivas devido as suas atividades enzimticas e ao bloqueio dos stios receptores para as bactrias e os vrus. J em relao mucosa deste rgo, podemos identificar dois tipos de salincias: as pregas circulares e as vilosidades intestinais. As pregas circulares ou vlvulas coniventes, que so pregas transversas, paralelas e permanentes, que fazem salincias como crculos, elevando a mucosa, em toda a extenso do intestino delgado. Estas pregas teriam a funo de retardar a passagem dos contedos e de aumentar a superfcie de absoro. Estas vlvulas coniventes (ou pregas de Kerckring), aumentam a rea superficial da mucosa absortiva em at trs vezes. Alm das pregas circulares temos as salincias denominadas de vilosidades intestinais, que so processos altamente vasculares, quase visveis a olho nu, e que se projetam a partir de toda a tnica mucosa do intestino, conferindo a esta um aspecto aveludado. Estas estruturas aumentam a rea absortiva total em mais de dez vezes, o que favorece a secreo glandular e a absoro dos nutrientes. Nas vilosidades encontramos uma clula epitelial caracterizada por uma borda em escova, consistindo em at 1.000 microvilosidades com um micrmetro de comprimento e 0,1 micrmetro de dimetro, projetando-se na luz intestinal. Estas

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microvilosidades presentes nas vilosidades aumentam a rea superficial exposta aos materiais intestinais em pelo menos mais 20 vezes. Entre as vilosidades intestinais encontramos as criptas de Lieberkhn que so glndulas intestinais. Tanto a superfcie das criptas quanto das vilosidades, so formadas por um epitlio caracterstico, constitudo por dois tipos de clulas: (1) um nmero moderado de clulas caliciformes, que secretam muco que lubrifica e protege as superfcies intestinais, e (2) um grande nmero de entercitos, que, nas criptas, secretam grandes quantidades de gua e eletrlitos e, sobre as superfcies das vilosidades adjacentes, absorvem gua, eletrlitos e produtos finais da digesto. Ainda em relao tnica mucosa, que o nome dado por Gray para a camada mucosa, este nos informa que esta possui trs lminas: (1) a lmina muscular da mucosa; (2) internamente a esta temos a lmina prpria e a (3) membrana basilar que interna a lmina prpria. Na lmina prpria encontramos um tecido de conexo que contm os fibroblastos e as fibras do tecido conectivo, linfcitos (Placas de Peyer), eosinfilos, macrfagos, mastcitos, plasmcitos, capilares, vasos linfticos e fibras nervosas amielnicas.

O papel da saliva

Em relao a saliva, podemos dizer que esta contm dois tipos principais de secrees proticas: (1) uma secreo serosa, que contm a enzima ptialina (uma iamilase), que vai dar incio a digesto dos amidos, e (2) secreo mucosa, contendo

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mucina para a lubrificao e proteo das superfcies. Esta enzima tem um pH entre 6,0 e 7,0, uma faixa favorvel ao digestiva da ptialina. Alm disso, desempenha um papel muito importante para a manuteno da sade bucal, seja lavando a boca das bactrias patognicas, bem como das partculas de alimentos, que servem de alimento para estas; seja por conter fatores bactericidas como os ons tiocianato e diversas enzimas proteolticas como a lisozima. Alm de quantidades significativas de anticorpos proticos que podem destruir bactrias orais.

A importncia da mastigao para o processo digestivoA mastigao tem a sua importncia por permitir que o alimento seja misturado com a saliva e sofra a sua ao enzimtica, alm de favorecer a deglutio, mas, tambm, por uma outra razo muito simples: as enzimas digestivas s agem nas superfcies das partculas de alimentos; conseqentemente, uma digesto adequada depende essencialmente da rea de superfcie exposta s secrees digestivas. Isto especialmente importante quando se trata da digesto de alimentos como as frutas e os vegetais crus, j que estes possuem membranas de celulose indigerveis. Depois de ser devidamente triturado e misturado saliva na boca, o alimento deglutido atravs da Faringe, pelo esfago at o estmago.

A etapa da digesto estomacalQuando o alimento chega no estmago, o bolo alimentar vai encontrar um ambiente preparado para aprofundar o processo de transformao deste em nutrientes aproveitveis pelo organismo. Novamente, pode-se repetir a resposta autonmica descrita em relao salivao na boca. No caso do estmago, este processo chamado de fase ceflica da secreo gstrica e ocorre antes do alimento entrar no estmago, seja por vermos, cheirarmos ou simplesmente por lembrarmos de comida. Esta fase, que a primeira de trs, responsvel por cerca de 20% das secrees deste rgo a cada refeio. As outras duas fases so: a fase gstrica, que ocorre quando o alimento entra no estmago e que corresponde por cerca de 70% da secreo gstrica total, (algo em torno de 1.500ml por dia). Vale frisar que o gastoApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

calrico do corpo bastante elevado para produzir um litro de suco gstrico so necessrias mais de 1.500 calorias de energia. O tempo em que o alimento permanece no estmago, sofrendo ao das enzimas digestivas bem como dos movimentos de mistura, de cerca de 1 hora. O suco gstrico tem na pepsina sua enzima principal, com sua ao proteoltica, especialmente sobre a protena colgeno, que pouco afetada por outras enzimas digestivas. Esta enzima ativa em meio altamente cido, sendo que o seu pH ideal de atuao em torno de 1,8 a 3,5. A criao do ambiente cido responsabilidade do cido clordrico, que colabora para criar um ambiente inspito para muitos microorganismos patognicos e parasitas. Alm disso, participa de forma discreta na digesto das protenas. Vale frisar que as mesmas clulas que liberam o cido clordrico, liberam o fator intrnseco, que ser essencial para a absoro de vitamina B12 no leo. Freqentemente na gastrite crnica, o paciente desenvolve acloridria (ausncia da secreo de cido estomacal), e anemia perniciosa, porque a maturao das hemcias no se d na ausncia de estimulao da medula ssea por vitamina B12. A mucosa estomacal precisa de proteo contra a ao corrosiva do cido clordrico, e as clulas da mucosa deste secretam um tipo de muco viscoso que tem esta funo, alm de secretarem o hormnio gastrina", que estimula a liberao de cido clordrico, atravs da liberao de histamina que age diretamente nas glndulas produtoras deste cido.

A digesto e absoro no intestino delgadoDepois de muito bem misturado pelo suco gstrico o bolo alimentar passa lentamente atravs do esfncter pilrico para o duodeno. No duodeno esta mistura recebe o nome de quimo. A velocidade com que se esvazia o estmago no ultrapassa a capacidade de digesto e absoro do intestino delgado. A presena de quimo no duodeno gera uma srie de respostas hormonais, qumicas e nervosas que vo estimular a liberao de enzimas digestivas pelo intestino delgado, pncreas e vescula biliar. Estas secrees vo ser liberadas atravs do ducto pancretico e ducto heptico, respectivamente. Habitualmente o ducto pancretico seApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

une ao ducto heptico, imediatamente antes de esvaziar-se no duodeno, atravs da papila de Vater, que circundada pelo esfncter de Oddi. Em relao regulao da secreo do intestino delgado, temos que os estmulos locais, especialmente, os reflexos desencadeados por estmulos tteis ou irritantes do quimo sobre os intestinos, conhecidos como reflexos nervosos entricos locais, so os mais importantes para a regulao do mesmo. Sobre as secrees intestinais, j descrevemos anteriormente que as glndulas de Brunner secretam um muco protetor, assim como algumas clulas das criptas de Lieberkhn. Alm disso, os entercitos secretam grandes quantidades de gua e eletrlitos, numa taxa aproximada de 1.800 ml/dia. Estas secrees so semelhantes ao lquido extracelular e tm um pH ligeiramente alcalino, na faixa de 7,0 a 8,0 e proporcionam um veculo aquoso para absoro de substncias do quimo, sendo rapidamente absorvidas pelas vilosidades intestinais. Desta forma, o intestino cumpre com a sua funo primordial que a de absorver nutrientes e seus produtos digestivos para o sangue. As secrees intestinais no contm enzimas, entretanto, os entercitos presentes nas vilosidades contm de fato enzimas digestivas que digerem substncias alimentares especficas enquanto eles esto sendo absorvidos atravs do epitlio intestinal. Estas enzimas so formadas por diversas peptidases para a hidrlise de pequenos peptdeos e aminocidos. Outras quatro enzimas sucrase, maltase, isomaltase, e lactase para a hidrlise de dissacardeos e monossacardeos, e pequenas quantidades de lpase intestinal para clivagem de gorduras neutras em glicerol e cidos graxos.

A absoro dos carboidratos, protenas e gordurasPraticamente todos os carboidratos nos alimentos so absorvidos sob a forma de monossacardeos. Sendo que o mais abundante a glicose, normalmente responsvel por mais de 80% das calorias absorvidas sob a forma de carboidratos. As protenas, por sua vez, so absorvidas sob a forma de dipeptdeos, tripeptdeos e alguns aminocidos livres. Neste sentido, vale ressaltar que mais de 99% dos produtos finais da digesto das protenas absorvidos so aminocidos; raramente peptdeos e ainda mais raramente protenas inteiras so absorvidas. Mesmo essas rarssimas molculasApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

de protenas absorvidas podem, por vezes, causar srios distrbios alrgicos ou imunolgicos. J as gorduras so digeridas formando monoglicerdeos e cidos graxos livres e so absorvidos com o auxlio das micelas de sais biliares que desempenham uma funo fundamental como carreadoras dos monoglicerdeos e cidos graxos livres para as clulas de borda em escova das vilosidades. Se as micelas esto presentes em abundncia, 97% da gordura absorvida; na ausncia delas, a absoro de apenas 40 a 50%.

Flora normal do corpo humano ou microbiota

O ser humano normal apresenta uma flora de microrganismos muitas vezes mais numerosa do que o nmero de clulas que possui, convivendo com esta, na maior parte dos momentos, de forma harmnica. Esta microbiota distribui-se pelas partes do corpo, pele e mucosas, que esto em contato com o meio externo, e cada regio corporal apresenta a sua flora com caractersticas prprias. O termo flora normal utilizado para descrever vrias bactrias e fungos que residem de forma permanente em certos locais do corpo, especialmente na pele, orofaringe, clon e vagina. Em relao microbiota intestinal, pode-se dizer que sua composio bastante dinmica, pois uma grande quantidade das bactrias intestinais eliminada nas fezes diariamente, do que se pode concluir que a colonizao do trato gastrointestinal temporria e no permanente.

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Disbiose intestinal

O conhecimento mdico tem avanado de forma explosiva no ltimo sculo. Assim como, o conhecimento sobre a importncia da microbiota intestinal para a sade humana. Em 1877, o famoso cientista Louis Pasteur afirmou que os microorganismos so necessrios para a vida humana normal, e comprovou a existncia do antagonismo bacteriano. O cientista Escherich, contemporneo de Pasteur, afirmou que a interao entre o hospedeiro e as bactrias muito importante e que a composio da microbiota intestinal essencial para a sade e bem-estar do ser humano. Em 1908, o cientista russo Elie Metchnikof ganhou o prmio Nobel de medicina ao observar, estudar e comprovar os benefcios dos probiticos, no caso o lactobacillus bulgaricus, sobre a populao camponesa da Bulgria. Metchinikof relacionou o consumo dos probiticos com a alta longevidade e os baixos ndices de morbidade encontrados neste povo. Tambm, foi o primeiro a conceituar Disbiose como um estado em que microorganismos de baixa virulncia se tornariam patognicos em virtude do desequilbrio qualitativo e quantitativo que est instalado. Disbiose foi conceituada como um antnimo para simbiose que expressa uma convivncia harmnica entre os seres. O conceito atual de disbiose intestinal diz que: disbiose um estado no qual a microbiota produz efeitos nocivos via: (1) mudanas qualitativas e quantitativas na prpria microbiota intestinal; (2) mudanas na sua atividade metablica; e (3) mudanas em sua distribuio no trato gastrointestinal.

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Fatores que favorecem o desenvolvimento da disbiose intestinal Diversos fatores podem alterar a flora intestinal e comprometer o seu delicado equilbrio. Os fatores que podem influenciar e desequilibrar a flora intestinal so: - baixa disponibilidade de material fermentvel; - aumento no tempo de trnsito intestinal; - dispepsia, especialmente, para gorduras e protenas, o que favorece a fermentao anormal intestinal; - alcalinizao do pH Intestinal o que favorece a proliferao de microrganismos potencialmente patognicos; - jejum prolongado; - estresse fsico e emocional; - suscetibilidade do indivduo para doenas infecciosas; - estados de imunodepresso do hospedeiro causados por diminuio na secreo de IgA, estresse crnico e, ou, sobrecarga de alrgenos; - o uso de antibiticos e imunossupressores, como os quimioterpicos e corticides; - infestaes e infeces intestinais por parasitas, vrus, bactrias patognicas ou fungos; e, - os desequilbrios nutricionais como: um baixo consumo de legumes, verduras e frutas associado a um consumo maior de derivados do leite, gorduras saturadas, protena de origem animal, acar refinado, alimentos industrializados e lcool.

Em relao idade do hospedeiro, ocorrem mudanas estruturais significativas na microbiota com o envelhecimento, principalmente, em relao s bifidobactrias que supostamente, apresentam uma funo protetora. As redues nestes organismos no intestino grosso podem estar relacionadas ao risco aumentado da doena em populaes idosas. Outros fatores podem favorecer o desenvolvimento da disbiose como: - a presena de xenobiticos (substncias estranhas ao organismo), na dieta; - resseco da vlvula ileocecal; - gastrectomia e, ou, cirurgia baritrica;Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

- diverticulose (principalmente duodenal e jejunal); - fstulas; e, pancreatite crnica.

Tipos de Disbiose A Disbiose pode ser organizada em quatro padres que so os padres putrefao, fermentao, deficincia e a de sensibilizao.

Tratamento essencial buscar o reequilbrio da microbiota intestinal e a restaurao da barreira mucosa intestinal. Os alimentos, especialmente os funcionais e os suplementos nutricionais como os probiticos e prebiticos (ou, simbiticos), so auxiliares importantes neste sentido. Alm disso, pode ser importante realizar modificaes na dieta que visem remover ou evitar alimentos que favoream a proliferao de bactrias patognicas, como muitos dos alimentos industrializados ricos em compostos sulforados (enxofre) e dietas ricas em protena animal. O acar e os carboidratos refinados colaboram para tornar o trnsito intestinal lento, aumentando o tempo de exposio da mucosa as substncias potencialmente txicas. Como medida profiltica em relao antibioticoterapia, quando o paciente tiver uma real necessidade de utilizar esta classe de medicamentos, este poderia receber a indicao, concomitante, de simbiticos (probiticos e prebiticos) para amenizar os impactos sobre a microflora intestinal. O aumento na ingesta hdrica, especialmente de gua, associado a uma atividade fsica regular e a manuteno do equilbrio emocional so ingredientes fundamentais para a manuteno de uma boa sade para as pessoas em geral.

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Probiticos, prebiticos e simbiticos

A definio internacional atualmente aceita a de que os probiticos so microrganismos vivos que administrados em quantidades adequadas, conferem benefcios sade do hospedeiro. Os prebiticos, por sua vez, so os carboidratos nodigerveis, que afetam beneficamente o hospedeiro ao estimularem seletivamente a proliferao e/ou a atividade de populaes de bactrias desejveis no clon. A combinao entre um produto probitico com um prebitico resulta em um produto ou alimento chamado de simbitico. Os benefcios sade do hospedeiro atribudos ingesto de culturas probiticas que mais se destacam so: controle da microbiota intestinal; estabilizao da microbiota intestinal aps o uso de antibiticos; reduo da freqncia e durao da diarria associada a antibiticos, rotavrus, quimioterapia ou diarria do viajante; promoo da resistncia gastrintestinal colonizao por patgenos; aumento das znulas de adeso (thight junctions) epiteliais, restaurando a permeabilidade intestinal; diminuio da populao de patgenos atravs da produo de cidos actico e ltico, de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos; reduo de metablitos bacterianos indesejveis, como amnia, agentes alquilantes, componentes nitrosos e enzimas procarciognicas no clon; promoo da digesto da lactose em indivduosApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

intolerantes lactose; estimulao do sistema imune; alvio da constipao; aumento da absoro de minerais e produo de vitaminas. Os probiticos podem reduzir a expresso de citocinas pr-inflamatrias, como TNF-i, IL-1. IFN-o, xido ntrico sintetase indutvel, e a atividade da matriz metaloproteinase na mucosa inflamada de pacientes com doena ativa. Parece que este efeito se relaciona com a inibio do fator de transcrio nuclear NF-Kappa B. Outros efeitos, embora ainda no devidamente comprovados incluem a diminuio do risco de cncer de clon e da doena cardiovascular e a reduo dos sintomas alrgicos. Alm disso, sugere-se a diminuio das concentraes plasmticas de colesterol, efeitos antihipertensivos, reduo da atividade ulcerativa de Helicobacter pylori, controle da colite induzida por rotavrus e por Clostridium difficile, preveno de infeces urogenitais, alm de efeitos inibitrios sobre a mutagenicidade. Em relao aos prebiticos, alguns efeitos benficos atribudos so: favorecer a absoro de clcio e o metabolismo lipdico; a modulao da composio da microbiota intestinal; e a reduo do risco de cncer de clon. Conseqentemente, o sistema imune do hospedeiro estimulado, as bactrias patognicas intestinais so reduzidas, pode-se obter um alvio para a constipao; o risco de osteoporose resultante da absoro diminuda de minerais, particularmente o clcio, pode ser diminudo. Alm disso, pode-se observar uma reduo do risco de arteriosclerose, atravs da diminuio na sntese de triglicrides e cidos graxos no fgado e, conseqente, diminuio dos nveis desses compostos no sangue.

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Legislao em Suplementao e Fitoterapia: Insero na Prtica do Nutricionista

Confira a nota do Conselho Federal de Nutricionistas frente Prescrio Fitoterpica pelo Nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas diferentes formas farmacuticas.

O nutricionista no desenvolvimento de suas atividades privativas conferidas pela Lei n. 8.234, de 17/09/1991, especialmente nos artigos: 2. "comprovao de habilitao profissional do nutricionista"; 3. inciso VIII, "assistncia dietoterpica hospitalar, ambulatorial e a nvel de consultrio de nutrio e diettica, prescrevendo, planejando analisando,

supervisionando e avaliando dietas para enfermo"; 4. inciso VII, "prescrio de suplementos nutricionais, necessrios complementao da dieta", deve observar rigorosamente o disposto na Resoluo CFN N. 402/2007, DOU 06/08/2007, Seo I, pg. 121, que regulamenta a prescrio fitoterpica pelo nutricionista.

Destacamos que a prescrio referida na Resoluo supracitada se refere s plantas in natura frescas ou como droga vegetal nas diferentes formas farmacuticas e, portanto, o art. 2. define os termos tcnicos, nela utilizados, para efeito da sua interpretao e aplicao.

No art.3. fica estabelecido o contedo obrigatrio da prescrio Fitoterpica, como por exemplo nomenclatura botnica, dosagem e freqncia de uso e o pargrafo nico estabelece as formas farmacuticas, exclusivamente de uso oral.

O art. 6. impe que o nutricionista no poder prescrever aqueles produtos cuja legislao vigente exija prescrio mdica e o art. 7. autoriza somente a prescrio deApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

produto que tenham indicao teraputica relacionada ao seu campo de conhecimento especfico.

Informamos aos profissionais, que a ANVISA editou a Instruo Normativa da ANVISA N. 5, de 11/12/2008, que determina: - publicao da "Lista de Medicamentos Fitoterpicos de Registro Simplificado" com 36 medicamentos, estabelecendo os de venda sob prescrio mdica e sem prescrio mdica. Esta IN revogou o disposto na Resoluo ANVISA RE N. 89, de 16/03/2004, que tratava da "Lista de Registro Simplificado de Fitoterpicos". Quanto s substncias encapsuladas, estas no so sinnimas de medicamentos, pois para isto deve-se observar a matria-prima de fabricao do contedo, bem como sua concentrao e a UL (Tolerable Upper Intake Levels).

A

RDC

N.

48,

de

16/03/2004,

em

seu

anexo

define:

"Fitoterpico - medicamento obtido empregando-se exclusivamente matrias-primas ativas vegetais. caracterizado pelo conhecimento da eficcia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constncia de sua qualidade. Sua eficcia e segurana validada atravs de levantamentos etnofarmacolgicos de utilizao, documentaes tecno-cientficas em publicaes ou ensaios clnicos fase 3. No se considera medicamento fitoterpico aquele que, na sua composio, inclua substncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associaes destas com extratos vegetais. Matria prima vegetal: planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal. Medicamento: produto farmacutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profiltica, curativa, paliativa ou para fins de diagnsticos.

Destacamos que o Ministrio da Sade editou a Portaria Ministerial n. 971, em 03 de maio de 2006, aprovando a Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares (PNPICC) no SUS que inclui a Fitoterapia. No item 3. Diretrizes, subitem 3.1 - define sua estruturao mediante o "desenvolvimento das Prticas Integrativas e Complementares em carter multiprofissional, para as categoriasApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

profissionais presentes no SUS, e em consonncia com o nvel de ateno;".

O CFN recomenda que devido complexidade da prescrio fitoterpica e a opo pelo uso das plantas in natura, pelo nutricionista, que o mesmo procure a capacitao necessria.

Cabe ressaltar a Lei N. 11.343, de 23/08/2006, que institui o Sistema Nacional de Polticas Pblicas sobre Drogas, que em seu art. 38., estabelece: "Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas, necessite o paciente, ou faz-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinao legal ou regularmente", constitui crime, com pena de deteno de seis meses a dois anos.

O nutricionista deve ainda observar o disposto na resoluo CFN N. 334/2004, "Cdigo de tica do Nutricionista", especialmente os seguintes artigos: "Art.2. Ao nutricionista cabe a produo do conhecimento sobre a Alimentao e a Nutrio nas diversas reas de atuao profissional, buscando continuamente o aperfeioamento tcnico-cientfico, pautando-se nos princpios ticos que regem a prtica cientfica e a profisso." "Art.6. No contexto das responsabilidades profissionais do nutricionista constituem seus deveres: VI - analisar, com rigor tcnico e cientfico, qualquer tipo de prtica ou pesquisa, abstendo-se de adot-la se no estiver convencido de sua correo e eficcia;" "Art. 7. No contexto das responsabilidades profissionais do nutricionista so-lhe vedadas as seguintes condutas: IV - praticar atos danosos aos indivduos e coletividade sob sua responsabilidade profissional, que possam ser caracterizados como impercia, imprudncia ou negligncia; X - divulgar, fornecer, anunciar ou indicar produtos, marcas de produtos e/ou subprodutos, alimentares ou no, de empresas ou instituies, atribuindo aos mesmos benefcios para a sade, sem os devidos fundamentos cientficos e de eficcia no comprovada, ainda que atendam legislao de alimentos e sanitria vigentes;"Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Parte da Resoluo CFN n 402, de 2007 onde estabelece diretrizes para a prescrio do profissional nutricionista: Este profissional no pode prescrever o fitoterpico que dependa de prescio mdica. Voc pode consultar a lista dos fitoterpicos que so sujeitos ou isentos de prescrio na Resoluo RE n 89, de 16 de maro de 2004. A prescrio deve ser de acordo com a indicao em seu campo de conhecimento especfico. A prescrio so exclusivamente as de uso oral. Deve ser conter: I - nomenclatura botnica, sendo opcional o nome popular II - parte da planta III- forma farmacutica / modo de preparo IV-tempo de utilizao V - frequncia de uso VI- horrios Os fitoterpicos devem ser de origem conhecida, quando industrializado e quando in natura deve ser observada as condies higinico-sanitrias da espcie vegetal.

Portanto, as definies contidas na Resoluo CFN N. 402/2007, bem como as recomendaes nela estabelecidas devem ser rigorosamente observadas, cabendo ao nutricionista a responsabilidade e a liberdade constitucional para o exerccio das suas atividades profissionais legalmente fixadas em lei.

Fonte: UNIDADE TCNICA DO CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS

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Vdeo-aula 04:

Dietas Estticas e Suplementos Para Pele

Nutrientes a observar na prescrio do suplemento para a pele e fotoproteo:

Vitamina C Estudos demonstram que a aplicao tpica de vitamina C e E capaz de oferecer uma fotoproteo considervel. O uso de suplementos orais de vitamina E tambm mostrou os mesmos efeitos, alm de aliviar rugas e melhorar a textura da pele. Tanto a vitamina C quanto a E ajudam a reduzir os danos causados pelos radicais livres, atravs das propriedades antioxidantes. Da mesma forma que indica-se a aplicao tpica da vitamina C na estimulao da produo de colgeno.

Vitamina A Participa de vrios processos de reparo tecidual, e sua deficincia pode deixar a pele ressecada e frgil. Estudos mostram que a abordagem em uso tpico reduz rugas e marcas de expresso, alm de ajudar no controle da acne e da psorase.

Beta-caroteno: Carotenide polinico insaturado, encontrado na natureza sob a forma de pigmento em vrios vegetais, como cenoura, tomate, laranja etc. Precursor da vitamina A, que produz duas molculas de retinol na clivagem, classificado como totalmente no txico at valores de 5 mg/kg de peso corporal. A principal indicao do betacaroteno no tratamento da protoporfiria eritropoitica. Alguns autores, porm, o consideram como um absorvente de radicais livres e, portanto, como fotoprotetor, por sua capacidade de fixar oxignio singleto. Sua faixa de absoro da radiao solar situa-se entre 360 nm e 500 nm, com pico em 450 nm. A maior tolerncia ao sol ocorre de 6 a 8 horas aps a ingesto do medicamento, aumentando assim a dose mnima eritematosa (DME) tolerada pelo indivduo. HApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

trabalhos realizados com animais e avaliaes clnicas em que os danos agudos causados pela radiao UV - e, possivelmente, tambm a degradao do DNA - so atenuados com a administrao de betacaroteno.

Vitaminas do Complexo B A vitamina do Complexo B mais importante para a pele a biotina, um nutriente que forma a base da pele, das unhas e dos plos. Pessoas com deficincia de biotina podem apresentar dermatite ou perda de cabelos. Recentemente, tem havido um grande interesse nos medicamentos de uso tpico contendo vitaminas do complexo B. Estes cremes so capazes de hidratar as clulas da pele e aumentar seu tnus muscular. A niacina, um tipo especfico de vitamina B, ajuda a pele a reter umidade, conferindo um aspecto rejuvenescido ctis.

Vitamina K Esta vitamina, envolvida no processo de coagulao, pode ser utilizada de modo externo para reduzir olheiras e tratar pequenos arranhes na pele. Estudos recentes tambm esto avaliando o potencial da vitamina K tpica no tratamento de rugas e marcas de expresso.

Sais Minerais e Oligoelementos Alguns estudos sugerem que at mesmo lavar seu rosto com gua mineral pode ser til para reduzir irritaes comuns na pele.

Selnio Vrios cientistas acreditam que este mineral possui um papel-chave na preveno do cncer de pele. Quando tomado como suplemento ou utilizado na forma de creme, este mineral ajuda a proteger a pele dos danos causados pelo sol. Em estudos publicados na American Medical Association, os pesquisadores descobriram que pessoas que ingeriam regularmente 200 mcg de selnio por dia apresentavam uma incidncia 37% menor de cncer de pele.Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Cobre Associado vitamina C, o cobre est envolvido na produo de elastina, as fibras que oferecem suporte estrutura da pele. A deficincia de cobre rara e suplementos dietticos deste mineral devem ser utilizados com extrema cautela.

Zinco O zinco um dos minerais mais importantes no tratamento da acne. Algumas vezes a prpria acne pode ser um sintoma da deficincia de zinco. As principais fontes alimentares de zinco incluem ostras, carnes magras e frango.

cido Alfa-Lipico Antioxidante, penetrar na pele, neutralizando os danos causados pelos radicais livres e ajudando a ao de outras vitaminas rejuvenescedoras da pele. O cido alfalipico pode ser encontrado na forma de suplementos ou cremes.

DMAE (Dimetilaminoetanol) Antioxidante potente, capaz de consumir radicais livres e estabilizar as membranas nas clulas cutneas, reduzindo o efeito nocivo da radiao solar e da poluio sobre a pele. O DMAE pode ser encontrado na forma de suplementos e cremes tpicos.

cidos Graxos Em indivduos com pele ressecada e com propenso para inflamao, os cidograxos essenciais representam a melhor opo. Estas substncias ajudam a formar uma barreira natural na pele, protegendo-a contra secrees sebceas irritantes. Um dos dois cidos graxos principais, o mega-6, obtido a partir de carnes de aves, gros, leos e outros alimentos. O mega-3, encontrado em peixes de guas frias (salmo, sardinha), linhaa e leo de girassol. Suplementos contendo estes cidos graxos, como cpsulas de leo de peixe ou de prmula, podem ser interessantes no auxlio alimentar.Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

SUGESTO DE FRMULAS

1) AntienvelhecimentoAtivo Resveratrol Semente de uva Quercetina Pomegranate Licopeno Quantidade 100 mg 100 mg 100 mg 100 mg 5 mg

2) Clareamento de pele e olheirasAtivo Selnio Zinco Fsforo Magnsio ascorbato Quantidade 30 mcg 5 mg 50 mg 150 mg

3) Antioxidante e Antienvelhecimento Ativo Quantidade Vitamina C 500 mg Vitamina E 100 UI Betacaroteno 10 mg Cobre 2 mg Zinco 20 mg Coenzima Q10 30 mg Selnio 200 mcg

4) Antioxidante e AntienvelhecimentoAtivo Exsynutriment Vitamina C Licopeno Magnsio Vitamina E Quantidade 100 mg 200 mg 5 mg 100 mg 100 UI

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5) Antioxidante e AntienvelhecimentoAtivo Bio-Arct Exsynutriment Vitamina C Licopeno Resveratrol Quantidade 150 mg 100 mg 150 mg 5 mg 10 mg

6) Estimuladora do BronzeadoAtivo Urucum Beterraba Betacaroteno Licopeno Quantidade 150 mg 150 mg 10 mg 5 mg

Nutrientes e AcneA alimentao pode contribuir para uma melhora da acne em graus mais leves e tambm na preveno delas atravs do consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais, alm de adequada ingesto de gua e lquidos diariamente. Consumir alimentos fontes de vitamina C, A e do complexo B podem ajudar na luta contra as espinhas, veja a funo de cada nutriente: Vitamina A: reduz a produo de sebo. Vitamina C: antioxidante e antiinflamatria. Vitamina B2: controla a oleosidade da pele. Vitamina B6: regula o metabolismo hormonal. Vitamina B5: atua no metabolismo dos AG e hormnios sexuais. Fibras: eliminam toxinas. Clorofila: desintoxicante.

Os minerais tambm possuem papel importante nesta batalha: Clcio, fsforo e magnsio: mantm o equilbrio hidroeletroltico.Apostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

Enxofre: cicatrizante. Selnio: antioxidante + vit E. Mangans: ao antiinflamatria. Zinco: cicatrizao e regenerao de tecidos, ao antiinflamatria.

Acne e ndice GlicmicoMuito j se especulou sobre a influncia da dieta na etiologia e no tratamento da acne, mas nenhum alimento foi comprovadamente envolvido. Talvez porque a metodologia das pesquisas foi inadequada, com os conceitos vigentes representando muitas vezes meros achados observacionais. Recentemente, no entanto, tem sido demonstrada, atravs de pesquisas com metodologia mais adequada, uma melhora no quadro clnico da acne quando so adotadas dietas com baixa CG. A esses achados foram atribudas justificativas metablicas e bioqumicas pertinentes, vislumbrando-se, a partir de ento, uma nova possibilidade de preveno e tratamento da acne. Autores avaliaram os nveis sricos de andrgenos, IGF-1, SHBG, insulina basal e insulina estimulada pela administrao de glicose, em 30 mulheres com acne e 30 sem acne. Como resultado, encontraram que os nveis de testosterona livre, dihidrotestosterona e sulfato de dehidroepiandrosterona foram significativamente maiores em mulheres com acne do que no grupo sem acne, porm no foi observada correlao positiva entre os nveis de insulina ou IGF-1 e testosterona, testosterona livre, diidrotestosterona e SHBG, apesar de existir correlao positiva entre insulina e IGF-1. Observou-se que as pacientes com acne apresentaram maior hiperinsulinemia aps a ingesto da glicose, reforando a hiptese da relao entre a hiperinsulinemia e a ocorrncia de acne. A CG da dieta habitual parece estar envolvida com a ocorrncia e gravidade da acne vulgar, apresentando-se como elo de ligao entre hiperinsulinemia e desenvolvimento de acne. Em um ensaio clnico randomizado duplo-cego, realizado por Smith et al. com 43 participantes, observaram-se os efeitos de uma dieta experimental de baixa CG versus uma dieta convencional com alta CG (grupo controle). O grupo interveno foi instrudo a manter uma dieta de baixa CG durante 12 semanas, atravs da reduo da ingesto de carboidratos e aumento da ingesto de protenas, alm daApostila Aperfeioamento em Nutrio Aplicada Esttica Mdulo 6 Ensino a Distncia

substituio de alimentos de alto IG por outros de baixo IG, constituindo uma dieta composta por 25% de protenas, 45% de carboidratos de baixo IG e 30% de lipdios. Aps 12 semanas, o grupo interveno apresentou reduo significativa do nmero total de leses de acne, das leses inflamatrias, do peso corporal, do percentual de gordura corporal, da circunferncia da cintura, dos nveis sricos de testosterona e das concentraes de S-DHEA, quando comparado ao grupo controle. No grupo interveno houve ainda um aumento da sensibilidade insulina (mtodo de HOMA-IR), em contraste a uma tendncia diminuio da mesma no grupo controle, assim como aumento nos nveis de SHBG e IGFBP-1.

SUGESTO DE FRMULA

1) AcneQuantidade P