Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

9
Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial Bom PastorPastoral de Coroinhas e AcólitosO Senhor me chamou... Coroinha sou! 1 Introdução È na certeza de que Cristo nos ama que devemos ouvir seu chamado, colocando-nos à sua disposição através do serviço. Esta apostila tem como finalidade apresentar aos membros da pastoral de coroinhas e acólitos, a base teórica para o serviço a Jesus através do ministério de coroinha e acólito. Encontraremos aqui algumas explicações sobre a liturgia e aprofundaremos nosso entendimento durante nossos encontros. O que é ser coroinha? O coroinha e/ou acólito é instruído para servir o altar e ao presidente das celebrações litúrgicas da Igreja, ou seja, ele presta serviço a Igreja nas Missas. Entretanto a ajuda do coroinha ou acólito não se restringe apenas a celebração eucarística, mas também é convidado a participar auxiliando o Padre, Diácono ou ministro nas cerimônias de sacramentos (Batismo, casamento, unção dos enfermos e etc.). De fato, nem sempre foi assim antes de 1965 (Concílio do Vaticano II) o coroinha como o próprio nome indica, era aquele que fazia parte do coral e só auxiliava o Padre no momento do ofertório, aonde indo para o presbitério, levava as alfaias para o altar e tocava o sino. Ainda por volta do século XIX, o coroinha já estava no presbitério, ele respondia em latim as orações que o padre rezava nesta língua, que era utilizada antigamente pela igreja. Aos poucos o coroinha passou a ter maiores atribuições como a de levar a cruz, o missal e etc. Hoje o coroinha ou acólito auxilia o presidente das celebrações durante todo o rito litúrgico. São Tarcísio: Padroeiro dos Coroinhas e Acólitos São Tarcísio assume esse posto por já na sua infância servir a Cristo na Eucaristia, o que fez dele um Mártir (Os mártires são Santos que tiveram como causa da morte a perseguição contra os que servem a Cristo e a sua Igreja), pois vivia em tempos difíceis e exerciam a função de levar a comunhão as doentes e presos. Tudo isso era feito sem que os perseguidores soubessem. Levava uma vida comum, mas, cumprindo seu compromisso não deixava de levar a Santa Comunhão a quem necessitava. Um dia, ao levar a Comunhão aos prisioneiros foi pego por alguns meninos pagãos que o apedrejaram até ficar quase morto. Mesmo estando muito ferido, São Tarcísio antes de morrer conseguiu, ainda, levar a comunhão a aqueles prisioneiros que o esperavam. A Igreja celebra a festa de São Tarcísio no dia 15 de Agosto dia da Assunção de Nossa Senhora e também “dia do Coroinha e acólito”.

Transcript of Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Page 1: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 1

Introdução

È na certeza de que Cristo nos ama que devemos ouvir seu chamado, colocando-nos à sua disposição através do serviço. Esta apostila tem como finalidade apresentar aos membros da pastoral de coroinhas e acólitos, a base teórica para o serviço a Jesus através do ministério de coroinha e acólito. Encontraremos aqui algumas explicações sobre a liturgia e aprofundaremos nosso entendimento durante nossos encontros.

O que é ser coroinha? O coroinha e/ou acólito é instruído para servir o altar e ao presidente das celebrações litúrgicas da Igreja, ou seja, ele presta serviço a Igreja nas Missas. Entretanto a ajuda do coroinha ou acólito não se restringe apenas a celebração eucarística, mas também é convidado a participar auxiliando o Padre, Diácono ou ministro nas cerimônias de sacramentos (Batismo, casamento, unção dos enfermos e etc.). De fato, nem sempre foi assim antes de 1965 (Concílio do Vaticano II) o coroinha como o próprio nome indica, era aquele que fazia parte do coral e só auxiliava o Padre no momento do ofertório, aonde indo para o presbitério, levava as alfaias para o altar e tocava o sino. Ainda por volta do século XIX, o coroinha já estava no presbitério, ele respondia em latim as orações que o padre rezava nesta língua, que era utilizada antigamente pela igreja. Aos poucos o coroinha passou a ter maiores atribuições como a de levar a cruz, o missal e etc. Hoje o coroinha ou acólito auxilia o presidente das celebrações durante todo o rito litúrgico.

São Tarcísio: Padroeiro dos Coroinhas e Acólitos São Tarcísio assume esse posto por já na sua infância servir a Cristo na Eucaristia, o que fez dele um Mártir (Os mártires são Santos que tiveram como causa da morte a perseguição contra os que servem a Cristo e a sua Igreja), pois vivia em tempos difíceis e exerciam a função de levar a comunhão as doentes e presos. Tudo isso era feito sem que os perseguidores soubessem. Levava uma vida comum, mas, cumprindo seu compromisso não deixava de levar a Santa Comunhão a quem necessitava. Um dia, ao levar a Comunhão aos prisioneiros foi pego por alguns meninos pagãos que o apedrejaram até ficar quase morto. Mesmo estando muito ferido, São Tarcísio antes de morrer conseguiu, ainda, levar a comunhão a aqueles prisioneiros que o esperavam. A Igreja celebra a festa de São Tarcísio no dia 15 de Agosto dia da Assunção de Nossa Senhora e também “dia do Coroinha e acólito”.

Page 2: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 2

As responsabilidades do Coroinha e Acólito

O Coroinha e Acólito, sobretudo tem que estar à serviço da Comunidade que pertence, ou seja atender não somente ao Padre, mas a toda a Comunidade, sempre com respeito e dedicação, como o fez São Tarcísio. No entanto o amor é imprescindível para que uma pessoa exerça seu Ministério de coroinha e acólito, portanto deve fazê-lo de modo espontâneo e não porque alguém mandou. De regra devemos observar algumas obrigações gerais e específicas do coroinha:

Serviço – Estar atento as necessidades das pessoas e da comunidade, por exemplo, juntamente com a equipe da Liturgia, observar se toda a igreja tem folhas de cântico, inclusive aqueles que tem função na Missa, se a assembléia está bem acomodada em seus lugares, ajudar os ministros a preparar o espaço da celebração (credencia, Altar e etc...) De fato as outras funções devem partir espontaneamente de acordo com o momento, entretanto esta deve ser feita discretamente, com respeito e responsabilidade.

Testemunho – O coroinha e o acólito representam muito para a comunidade, portanto,

devem apresentar um bom comportamento evitar conversas desnecessárias e principalmente conflitos. Com isso estará, através de seu testemunho, incentivando assim outras pessoas participar da Igreja.

Oração – A oração é importantíssima, pois fortalece o espírito e dá coragem para enfrentar as situações, por isso o coroinha e acólito devem viver uma vida de oração, ou seja, rezar muito e respeitar as coisas sagradas de Deus, por exemplo, ao entrar na Igreja faça sempre uma oração e ao passar em frente ao sacrário faça sempre uma genuflexão (ato de dobrar o joelho). Quando estiver na sacristia, fale baixo, não corra e não converse coisas desnecessárias. E evite roupas que não condizem com o ambiente (Roupas curtas e decotadas, bermudas ou shorts, boné ou touca, brincos e pulseiras grandes ou chamativos, salto muito alto, e se possível evitar calçados que mostrem o pé, é preferível o uso de sapatos e sociais se possível). Com isso você estará demonstrando respeito, amor e fé perante a presença de Cristo Eucarístico.

Responsabilidade – A pontualidade mostra o quanto você é responsável, portanto não falte nas reuniões a que tenha que participar, não chegue atrasado, principalmente nas Missas em que estiver escalado para servir, caso seja impossível sua presença procure avisar com antecedência ao coordenador. O Coroinha e acólito devem manter suas túnicas sempre limpas e bem passadas, evitando emprestá-las a outras pessoas.

Observando estas exigências você não encontrará dificuldades para exercer suas funções como coroinha e acólito. Responsabilidade dos pais – Os pais devem incentivar sempre seus filhos, não os deixando desanimar na caminhada. Este incentivo deve ser caracterizado pela ação, ou seja, os pais devem participar da Santa Missa todos os domingos, e se possível participar de alguma pastoral da comunidade, assim os filhos poderão ver nos pais a motivação de participar e estar a serviço de Jesus Cristo em sua Igreja.

Page 3: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 3

Estrutura da Igreja

O templo é sinal da Presença e ação salvadora do Pai; è imagem do Corpo Místico de Cristo. A Igreja é disposta de tal forma para expressar a imagem da assembléia reunida, e permitir que todos possam exercer suas funções corretamente, para que isso aconteça de fato, tenham o devido destaque o presbitério, o altar a cátedra, a estante da Palavra, o sacrário e a cruz. Presbitério – Lugar destacado para o presidente da celebração, leitores e ministros, e coroinhas. O presbitério deve ser visto por toda a assembléia e também deve ser amplo para que os ritos sagrados aconteçam comodamente. Nele fica o Altar, a credencia, a estante da palavra, a cruz processional, a cátedra (cadeira do Padre) e os acentos dos ministros, leitores e coroinhas. Atar – Mesa do sacrifício, aonde acontece a consagração. Normalmente este deve ser fixo e dedicado somente para ser Altar, construindo no centro do presbitério, a fim de ser facilmente circundado e nele se possa celebrar de frente para a assembléia. È o lugar mais importante da igreja. Coloca-se sobre o altar somente uma toalha, que combine por seu formato, tamanho e decoração. Sobre ou perto devem pelo menos um castiçal e uma cruz, de modo a formarem um conjunto harmonioso e que não empeça os fieis de verem aquilo que se realiza ou se coloca sobre o Altar Credencia - Mesa destinada para colocar as alfaias que serão usadas durante a Missa, deve ficar ao lado do Altar. Ambão – Também conhecido como “Estante da Palavra” É do Ambão que são lidas as Leituras, o Salmo e o Evangelho. De ficar exposto de forma que todos os leitores possam ser vistos e ouvidos facilmente pelos fiéis. Não deve ser confundida com a mesa do animador ou comentarista. Nave da igreja – Lugar onde fica a assembléia. Devem haver bancos ou cadeiras para que os fiéis possam se acomodar e participar bem da Celebração Eucarística. Sacrário - Chama-se também Tabernáculo. É uma pequena urna onde são guardadas as partículas consagradas e o Santíssimo Sacramento. Recomenda-se que fique num lugar apropriado, com dignidade, geralmente numa capela lateral. Batistério – lugar reservado para a celebração do batismo. Em substituição ao verdadeiro batistério, usa-se a pia batismal.

Sacristia – sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos

destinados às celebrações; é também o lugar onde os ministros se paramentam.

Flores - as flores são usadas na ornamentação da Igreja, estão no Presbitério, em

frente as imagens e também no sacrário. Decoram o ambiente e lembram a beleza da

vida e nos remetem a Jesus Cristo (“Lírio do Vale” e “Rosa de Sharon”), seu uso é

praticamente extinto no Advento e na Quaresma podendo ser usado dependendo da

celebração do dia.

Alfaias

Alfaias são o conjunto de objetos litúrgicos usados nas Celebrações, deve-se considerar também a Arte Sacra, que se entende, por sua vez, a tudo o que diz respeito ao culto e uso sagrado. “Com

Page 4: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 4

especial zelo a Igreja cuidou para que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do culto admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos” (SC 122c). Aqui, pode se ver como a reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas. Templo, sacrário, Altar imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem, pois, manifestar a dignidade do culto, que como expressão viva da fé, identifica-se com a presença de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo adora “Em espírito e em Verdade” (Cf. Jô 4,23-24).

Livros Litúrgicos

Missal - Livro usado pelo sacerdote na celebração eucarística. Lecionário - Livro que contém as leituras para a celebração. São três: I - Lecionário dominical - Contém as leituras dos domingos e de algumas solenidades e festas . II - Lecionário semanal - Contém as leituras dos dias de semana. A primeira leitura e o salmo responsorial estão classificados por ano par e ímpar. O evangelho é sempre o mesmo para os dois anos. III - Lecionário santoral - Contém as leituras para as celebrações dos santos. Nele também constam as leituras para uso na administração de sacramentos e para diversas circunstâncias. Evangeliário - É o livro que contém o texto do evangelho para as celebrações dominicais e para as grandes solenidades.

Objetos litúrgicos

Sineta - Objeto contendo pequenos sinos de uso manual destinado a anunciar o transporte da Hóstia consagrada e, durante a Missa, alertar aos cristãos a se ajoelharem no momento da consagração e durante a elevação da Hóstia e Cálice consagrados.

Corporal - Tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca o cálice com o vinho e a patena com o pão e a ambula. Manustérgio - Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do Lavabo. Em tamanho menor, é usada pelos ministros da Eucaristia, para enxugarem os dedos. Pala - Cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice. Sanguíneo - Chamado também purificatório. É um tecido retangular, com o qual o sacerdote, depois da comunhão, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos. Véu de Âmbula - Pequeno tecido, branco, que cobre a âmbula, quando esta contém partículas consagradas. É recomendado o seu uso, dado o seu forte simbolismo. O véu vela (esconde) algo precioso, ao mesmo tempo que revela (mostra) possuir e trazer tal tesouro Âmbula, Cibório ou Píxide - É um recipiente para a conservação e distribuição das hóstias aos fiéis.

Page 5: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 5

Cálice - Recipiente onde se consagra o vinho durante a missa. Caldeirinha - pequena vasilha, onde se coloca água benta para a aspersão. Aspersório - é um pequeno instrumento com o qual se joga água benta sobre o povo ou sobre objetos. Castiçal - Utensílio que se usa para suporte de uma vela. Candelabro - Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma das quais corresponde um foco de luz. Patena - Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia durante a celebração da missa. Bacia e Jarra - Em tamanho pequeno, contendo a jarra a água, para o rito do "Lavabo", na preparação e apresentações dos dons. Círio Pascal - Vela grande, que é benzida solenemente na Vigília Pascal do Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo. Cruz - Não só a cruz processional, isto é, a que guia a procissão de entrada, mas também uma cruz menor, que pode ficar sobre o altar. Velas - As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam no altar, geralmente em número de duas, em dois castiçais. Ostensório - Objeto que serve para expor a hóstia consagrada, para adoração dos fiéis e para dar a bênção eucarística. Custódia - Parte central do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada para exposição do Santíssimo. É parte fixa do Ostensório. Luneta - Peça circular do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada, para a exposição do Santíssimo. É peça móvel. Galhetas - São dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a celebração da missa Hóstia - Pão não fermentado (ázimo), usado na celebração eucarística. Aqui se entende a hóstia maior. É comum a forma circular. Partícula - O mesmo que hóstia, porém em tamanho pequeno e destinada geralmente `à comunhão dos fiéis. Reserva Eucarística - Nome que se dá às partículas consagradas, guardadas no sacrário e destinadas sobretudo aos doentes e à adoração dos fiéis, em visita ao Santíssimo. Devem ser consumidas na missa seguinte. Incenso - É uma resina aromática, extraída de várias plantas, usada sobre brasas, nas celebrações solenes (Ver também a referência do nº 66). Naveta - Pequeno vaso onde se transporta o incenso nas celebrações litúrgicas. Teca - Pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os doentes. Usa-se também, em tamanho maior, na celebração eucarística, para conter as partículas.

Page 6: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 6

Turíbulo - Vaso utilizado nas incensações durante a celebração. Nele se colocam brasas e o incenso.

Outros Símbolos

IHS - Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam: Jesus Salvador dos homens. Empregam-se sempre em paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas hóstias.

Alfa e Ômega – ( α Ω )Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a

Cristo, princípio e fim de todas as coisas. Triângulo Δ - Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a Santíssima Trindade. É um símbolo não muito conhecido pelo nosso povo . INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19). XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos.

Vestes Litúrgicas

São elas: Alva ou Túnica - veste longa, de cor branca ou neutra, comum aos ministros de qualquer grau. Âmito - Pano que o ministro coloca ao redor do pescoço antes de outras vestes litúrgicas (pouco usado). Casula - Veste própria do sacerdote que preside a celebração. Espécie de manto que se veste sobre a alva e a estola. Acompanha a cor litúrgica do dia. Estola - Veste litúrgica dos ministros ordenados. O bispo e o presbítero a colocam sobre os ombros de modo que caia pela frente em forma de duas tiras, acompanhando o comprimento da alva ou túnica. Os diáconos também a usam, porém a tiracolo, sobre o ombro esquerdo, pendendo-a do lado direito. Capa pluvial - Capa longa, que o sacerdote usa ao dar a bênção do Santíssimo ou ao conduzi-lo nas procissões. Usa-se também no rito de aspersão da assembléia. Cíngulo - Cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura. Véu Umeral - Chama-se também véu de ombros. Manto retangular usado pelo sacerdote sobre os ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou ao transportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento. Dalmática - Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.

Page 7: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 7

Cores Litúrgicas

Dizem respeito à toalha do altar e do ambão e às vestes litúrgicas. São elas: Branco - Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão), nas festas e memória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, na festa de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e Conversão de São Paulo. É a cor predominante da ressurreição. Vermelho - Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo de Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira santa, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos Apóstolos, dos Santos mártires e dos Evangelistas. Verde - É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no TC se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa). Roxo - Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para distinguí-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma). Preto - É símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição. Rosa - Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete" , e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos domingos da alegria.

Posições Corporais

Na liturgia toda a pessoa é chamada a participar. Assim, os gestos corporais são também vivamente litúrgicos. Assim, temos: Estar em pé: é a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de quem está pronto para obedecer, pronto para partir. Demonstra prontidão para por em prática os ensinamentos de Jesus. Estar sentado: é a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta posição cabe principalmente ao se ouvir as leituras (salvo a leitura do Evangelho), na hora da homilia e quando a pessoa está concentrada, meditando. Estar ajoelhado: é a posição de quem se põe em oração profunda, confiante. Fazer genuflexão: faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significa adoração, pelo que é reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário. Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos que se usam nas celebrações, por exemplo, a cruz, os castiçais, o livro dos evangelhos. Prostrar-se: significa estender-se no chão; expressa profundo sentimento de indignidade, humildade, e também de súplica. Gesto previsto na Sexta-feira santa, no início da celebração da Paixão. Também os que vão ser ordenados diáconos e presbíteros se prostram. Inclinar o corpo: é uma atitude intermediária entre estar de pé e ajoelhar-se. Sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-se inclinação diante da cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a bênção; quando, durante o ato litúrgico, há

Page 8: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 8

necessidade de passar diante do tabernáculo; antes e depois da incensação, e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos. Erguer as mãos: é um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus. Geralmente se usa durante a recitação do Pai-nosso e nos cantos de louvor. Bater no peito: é expressão de dor e arrependimento dos pecados. Este gesto ocorre na oração Confesso a Deus todo poderoso... Silêncio: atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito, atenção, meditação, desejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Na celebração eucarística, se prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à oração inicial, após uma leitura ou após a homilia. Depois da comunhão, todos são convidados a observar o silêncio sagrado.

Símbolos Litúrgicos Ligados a Natureza

Água - A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o pecado). Fogo - O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação do Espírito Santo. Luz - A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz e, pois, a expressão mais viva da ressurreição. Pão e Vinho - Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida, sinais do sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem o seu próprio sacrifício redentor. Incenso - Como se falou antes, com sua especificidade aromática. Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica. Óleo - Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo - além de ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o gesto simbólico de ungir. Tal também acontece com a água: ela supõe e cria o banho lustral, de purificação, como nos ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do "asperges", este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo. A esses gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos rituais". A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus. A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.

Cinzas - As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são

para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza

mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal.

Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do

Page 9: Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários

Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”

“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”

O Senhor me chamou... Coroinha sou! 9

ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das

cinzas.

ESQUEMA RITUAL DA SANTA MISSA

Ritos Iniciais

(Formar a comunidade) Liturgia da Palavra

(Deus nos fala) Liturgia Eucarística

(Banquete Eucarístico)

Ofertório Oração

Eucarística

Prefácio Santo

Epíclese

Primeira leitura Narrativa da Instituição

Comentário Inicial Salmo Amamnese

Canto de Entrada Segunda Leitura Oblação

Saudação e Acolhida Evangelho Epíclese de Comunhão

Ato Penitencial Homilia Intercessões

Hino de Louvor (Glória) Profissão de Fé (Creio) Doxologia

Oração Coleta Oração dos Fiéis Final

Rito da Comunhão

Pai Nosso

Rito da Paz

Cordeiro

Comunhão

Oração pós Comunhão

Missa com Bispo

Cerimoniário

Naveteiro Turiferário

Ceriferário Cruciferário Ceriferário

Leitor 1 Leitor 2 Leitor 3

Ministro Librífero Ministro

Ministro Ministro

Padre Bispo Seminarista

Bacurífero Mitrífero

Missa Solene

Cerimoniário

Naveteiro Turiferário

Ceriferário Cruciferário Ceriferário

Leitor 1 Leitor 2 Leitor 3

Ministro Ministro

Ministro Ministro

Diácono

Padre

Librífero

MODELOS DE PROCISSÃO