Apostila Para Curso de Sonorizacao de Igrejas

58
1 CURSO DE SONORIZAÇÃO DE IGREJAS Denes Gomes & Pr. Márcio Franco

Transcript of Apostila Para Curso de Sonorizacao de Igrejas

1

CURSO DE SONORIZAÇÃO DE IGREJAS

Denes Gomes & Pr. Márcio Franco

2

O ÁUDIO E SONOTÉCNICA DA IGREJA O PECADO DO DINHEIRO MAL GASTO

O som é um fenômeno físico e não puramente elétrico, portanto a sonorização de um ambiente

não depende apenas do equipamento de áudio a ser empregado. Mesmo que este seja um "Top de linha" e da melhor marca profissional do mercado, apesar disso ajudar (e muito!), verdadeiramente não é tudo, e tem causado muita dor de cabeça para "os entendidos em áudio". Estes, geralmente são irmãos da nossa membresia, bem intencionados, que se aventuram em adquirir um equipamento para sonorizar um templo (ou ambiente), e na maioria das vezes, adquirem como primeiro item de acesso, "o de menor preço", sem ter um estudo prévio sobre adequação do equipamento para o ambiente e estilo litúrgico a que será destinado. E quando digo "estudo prévio", não é sair perguntando nas lojas e a seus vendedores, o que as pessoas estão comprando mais, ou quais são os melhores das prateleiras, ou até mesmo investigar o que a igreja vizinha ou estrangeira está usando para sonorizar seus ambientes. Os vários e diferentes estilos de atividades ou eventos são característicos em cada templo e lugar. A acústica arquitetônica é diversamente tratada com as características próprias de cada local e dimensões, que em regra geral, não combinam em nada com o resultado que a Igreja pretende obter.

Todo o cuidado é pouco, gastar mal é adquirir equipamentos inadequados e ter sempre problemas na área de sonotécnica da Igreja. Não adequar, preparar, homogeneizar e informar, de maneira sistemática e reciclada, a equipe técnica e o usuários (Pastores, convidados, pregadores, músicos e corais, etc.), demonstrando os vários tipos de microfones e equipamentos disponíveis, dentro da característica acústica de seu ambiente, é provocar inúmeros desentendimentos e insatisfação nos eventos e cultos realizados, que são sempre desgastantes desde sua elaboração. Tempo é gasto em inúmeros ensaios, até que se lembra do operador, de sua equipe técnica com equipamento irremediavelmente ruim e inadequado para o evento. Tudo isto coloca todo o programa comprometido por aquelas microfonias das mais indesejáveis, som imperceptível, ruídos e estalos e intensidade sonora variante.

Cuidado Com as Decisões Qualquer início de tomada de decisão na área da sonotécnica tem vários aspectos a considerar, e

a intenção aqui é alertar para o cuidado que se deve tomar em todas as fases do processo. Um projeto, realizado por gente experiente e dominante no assunto, é de suma importância para evitar futuros aborrecimentos e desperdícios monetários. O detalhamento dos tipos de equipamentos, microfones, caixas acústicas, sua distribuição e posicionamento, local físico para o operador e mesa de mixagem, acústica desejada e o tratamento acústico adequado para o estilo musical e vocal mais utilizado são de suma importância, pois irão definir tudo o que é necessário. Não se esqueça que, se falhar o sistema de som em qualquer evento litúrgico de uma Igreja, não haverá programação (salvo igrejas de pequenas proporções e com poucos membros, mesmo assim causa alguns transtornos), desperdiçando todo o empreendimento envolvido anteriormente, para que o mesmo acontecesse. Isso prova que o áudio e a sonotécnica são algo altamente prioritário e de grande importância em nossa Igreja, que deveríamos cuidar com a devida atenção, e não somente quando falha ou não existe.

Porque este Informe? O objetivo desse informe é abrir novos horizontes e conscientizar toda a liderança da Igreja de

que no mundo atual não se perdoa mais a falta de desempenho, de informação e qualidade, e quem não enxergar tal fato irá sucumbir. Com o avanço desenfreado da tecnologia, bastam apenas meses para se estar desenformado e desatualizado, a única saída é se utilizar de recursos dos consultores e técnicos confiáveis das mais diversas áreas disponíveis. Estes investem em informação e métodos de comunicação com fornecedores do mundo todo para obter o melhor rendimento e qualidade com baixo custo, adequando o equipamento proposto com o usuário.

3

Custo & Eficiência O que é um sistema adequado? Poderíamos dizer simplesmente que é aquele que atende às

necessidades do usuário. Dentre o que entendemos como necessidade do usuário, em se tratando de Igreja, destacamos os aspectos litúrgicos, estéticos e tecnológicos (tipos de eventos que ocorrem no ambiente a ser sonorizado). A princípio, o que parecia simples pode parecer complexo agora, visto que identificar essas necessidades é tarefa que deve ser feita por pessoa com conhecimentos específicos. O ideal é discutir esta tarefa com um técnico.

O Aspecto Tecnológico O aspecto que denominamos tecnológico se refere à configuração do sistema de áudio, ou seja, à

definição dos equipamentos que devemos utilizar, seu posicionamento físico, etc.. Neste ponto, a Igreja deve estar consciente que é imprescindível uma boa sonorização (sistema de áudio inteligível). Conforme conceito bíblico, "A fé vem pelo ouvir... a palavra...", por isso, o custo deve ser um fator a ser considerado com cuidado. Os responsáveis pela aquisição do sistema devem buscar opções que atendam às necessidades tanto tecnológicas quanto financeiras, procurando compatibilidade com a realidade da Igreja.

Instituições seculares gastam o que for necessário em sonorização de suas instalações, quando isto, para eles, representar investimento. Na maioria das entidades religiosas, o gasto com sonorização é considerado custo, ou seja, não é recuperado com eventos. Porém, se considerarmos que a sonorização nas igrejas visa a conversão de almas para Cristo e a propagação do Evangelho, sonorizar com eficiência é mesmo imprescindível. Devemos, então, analisar a questão tanto com postura espiritual quanto profissional. Existem três elementos principais como cartão de visita numa igreja, que são: ambiente confortável, recepcionistas educados, e som inteligível e agradável. Observe que é oportuno e sábio este conceito. Se um ambiente, residencial ou comercial, não está confortável ou agradável, não é possível convivermos nele.

A Figura do Profissional Infelizmente, o que temos visto é que há uma idéia generalizada no meio evangélico de que, não

havendo recursos, não se pode fazer bons empreendimentos ou contratar profissionais especializados. A chamada "Sonotécnica" das igrejas é então entregue às mãos de leigos, pessoas de boa vontade, irmãos interessados, aqueles que tendo algum conhecimento de eletrônica, etc., terminam acarretando, de um modo geral, gastos desordenados pela falta de um projeto global, adequado. Esta postura não é boa. Alguém já disse que "ao se gastar mal se gasta duas vezes".

Operação: Parcela Fundamental do Sucesso Um sistema adequado, devidamente dimensionado e instalado, por si só não funcionará bem se

não for bem operado. Mais uma vez, pessoas competentes deverão interagir no processo. A Igreja deve buscar pessoas que estejam preparadas para a função de operação. Caso não seja possível, deve-se então buscar pessoas com perfil adequado ao aprendizado, capacitadas e predispostas ao treinamento a curto e médio prazo. Não devemos esquecer que equipamentos nas mãos de inexperientes podem ter vida útil aquém do normal, o que resulta em mais custo na reposição ou no reparo. É fundamental treinar, reciclar e manter os técnicos de operação atualizados, através da participação em cursos, simpósios, congressos, etc.. Colocando estes conceitos em prática, então teremos um sistema de áudio adequado, com possibilidade de ser implementado à medida que nas necessidades surjam, com previsão de atualização, operado por técnicos eficientes, que conheçam bem o sistema, com capacidade de diagnóstico de pequenas panes, e de executarem pequenos reparos.

Um operador de áudio deve, por necessidade, Ter na audição uma das partes mais sensíveis e perceptivas dos seus sentidos. Os seus ouvidos devem estar em perfeita saúde, livres de qualquer dano ou obstrução, para que possam executar bem as tarefas que lhe são delegadas. Além disso, o operador deve ter sua percepção auditiva treinada para poder distinguir os mais variados tipos de

4 sons, dos instrumentos musicais, ruídos, intensidade, timbre, reverberação, eco, etc.. Tal habilidade é imprescindível ao técnico de som de sua igreja.

Know-How para o Usuário Os usuários, tais como locutores, cantores, instrumentistas, todos que se utilizam de meios

eletrônicos, se possível, devem também estar treinados para o uso destes meios. Como já mencionado, "A fé vem pelo ouvir... a palavra..."; logo deverá haver inteligibilidade, harmonia, ambiente agradável, conforto para o ouvido. Assim, será possível ouvir, escutar, assimilar.

Finalmente, um sistema eficiente, concebido por técnicos experimentados, operado e utilizado por pessoas conscientizadas do que estão fazendo, deverá ter um custo inicial não muito maior que o concebido por um leigo e, certamente, custará ao longo dos anos, muito menos que um sistema montado empiricamente.

Introdução Atualmente estamos sentindo dificuldades de encontrar profissionais na área de áudio, já que a

maioria dos candidatos à profissão, não se dedica ao mínimo essencial no que se referem a estudos, pesquisas ou maiores informações sobre o assunto.

A falta de conhecimento ou informações básicas para esses supostos operadores de som leva a maioria, em nome de um trabalho técnico a cometer erros básicos e grosseiros em sua atividade profissional.

A finalidade desse curso é conscientizar, preparar e completar os conhecimentos dos operadores de som adquirido no convívio profissional.

Ondas Sonoras O Som

O som se define como sendo a sensação produzida no ouvido humano pelo movimento vibratório dos corpos, transmitido através de um meio elástico, como pôr exemplo o ar.

O som é o resultado das vibrações periódicas de um corpo, com freqüência compreendida, entre 20 Hertz a 20.000 Hertz (20KHZ). Este é o espectro no qual o ser humano percebe todo e qualquer sinal sonoro.

Essas vibrações são denominadas ondas e seu movimento é gerado pela expansão e compressão do ar. As ondas de som viajam a uma velocidade de 1200Km/hora (333m/s).

Uma onda é uma vibração completa, metade abaixo e metade acima da linha de centro, a qual representa o valor médio. A amplitude da onda significa a distância de sua parte superior ou inferior até o valor médio.

5

As ondas sonoras são geradas por partículas de ar postas em movimento através de uma força

física (como um arco friccionado sobre as cordas de um violino, um martelo atingindo uma corda de piano, etc.). Uma vez movimentadas, as primeiras partículas iniciam uma reação em cadeia com outras partículas de ar encontradas nas proximidades.

Desta forma, o movimento do ar é transmitido para todas as direções por meio de sua expansão e compressão. Este efeito, chamado de movimento vibratório longitudinal, é gerado pela constante expansão e compressão do ar.

Três características diferem os tipos de som que podemos ouvir e são os seguintes:

Intensidade, Tom e Timbre

Intensidade

O Ouvido Comportamento do ouvido Alexander Graham Bell descobriu que o ouvido reage de forma logarítmica a intensidade

do som. Isto significa que, se a intensidade sonora for duplicada (por exemplo, da queda de um alfinete a um sussurro), nós não ouviremos um som com o dobro da intensidade sonora, mas somente um décimo mais alto.

Nossos ouvidos reagem a variações proporcionais do nível sonoro, e não às intensidades reais. Por exemplo: podemos ouvir a diferença entre um sussurro e um som de tosse, como sendo o mesmo que a diferença entre uma batida de porta e uma explosão, embora, em termos de intensidade, os dois intervalos sejam grandemente distintos.

O ouvido também interpreta variações de intensidade sonora diferentemente em freqüências distintas, particularmente nas freqüências altas e baixas.

Resumidamente, podemos dizer que a intensidade é o volume ou a pressão sonora que nos dá a

sensação de volume alto ou baixa. A unidade que mede os níveis de pressão sonora é o BEL . Cada unidade é dividida em 10

decibéis (dB). (1B = 10dB). O decibel é usado para medir as variações relativas da intensidade sonora. Uma

diferença de 1dB é a menor variação que o ouvido humano é capaz de detectar.

6

Observe que um pequeno aumento de intensidade sonora, por exemplo, de um som de 10dB (queda de um alfinete) para um som de 50dB (conversação), significa apenas 4 vezes, mas na verdade é preciso um aumento de potência e pressão sonora de 10.000 vezes para produzi-lo.

ESCALA LOGARÍTMICA E LINEAR

Na escala logarítmica, distâncias iguais representam aumentos ou reduções da mesma potência. Ao contrário, distâncias iguais em uma escala linear representam aumentos ou reduções de uma unidade de medida constante.

Em uma escala linear, a distância em uma linha numérica entre um dado valor e o valor próximo é uma unidade constante. A distância representa uma unidade de medida constante. No entanto, em uma escala logarítmica, a distância entre um dado valor e o valor próximo é um expoente, isto é, uma potência. A distância representa uma potência. Esta definição está ilustrada na tabela a seguir:

Tabela de intensidades sonoras (decibel) e o que representam.

Tom e Timbre Recebe o nome de Tom, a qualidade de sons que permitem distinguir os graves e agudos. Quando dois instrumentos musicais interpretando a mesma nota não produzem a mesma

impressão ao ouvido, temos então a mesma nota com timbres diferentes. O timbre é caracterizado pela composição de harmônicos que cada nota possui.

Escala Linear -4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 Escala Logarítmica 104 103 102 101 0 100 101 102 103

Intensidade Sonora (dB)

Intensidade (Watts por m2)

Exemplo

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 120 150 180

0,000000000001 0,00000000001 0,0000000001 0,000000001 0,00000001 0,0000001 0,000001 0,00001 0,0001 0,001 0,01 10 1.000 1.000.000

10-12 limite da audição 10-11 queda de alfinete 10-10 sussurro 10-9 Estúdio de gravação 10-8 ruído doméstico 10-7 conversação 10-6 orquestra sinfônica 10-5 supermercado 10-4 tráfego pesado de veículos 10-3 metrô a 5 metros 10-2 trem 101 limite da dor 103 decolagem de jato (próx.) 106 turbina de foguete

7

Altura, Harmônicos e Tom Fundamental O tom de 1kHz de um piano é, para o ouvido, tão alto quanto o tom de um violino de mesma

freqüência. A altura é igual, mas não o som. A diferença no som é causada por vibrações extras (harmônicos), que afetam a vibração original (o tom fundamental). São os harmônicos que determinam o som característico de um instrumento, ou o seu timbre.

O tom fundamental também é chamado de primeiro harmônico. Caso o tom fundamental tenha uma freqüência de 1kHz, o segundo harmônico terá uma freqüência de 2kHz, o terceiro uma freqüência de 3kHz, e assim por diante. Isso pode ser aplicado para mais de 10 harmônicos, embora a energia de cada harmônico seja cada vez menor.

Não ouvimos os harmônicos como tons separados; eles se fundem com o tom fundamental para produzir uma nova forma de onda e, um novo som (timbre ). Para a reprodução natural do som é essencial que sejam reproduzidos tantos harmônicos quanto forem possíveis.

Volume, Amplitude e Gama Dinâmica. Volume é a intensidade do som. Depende da amplitude do meio que gera som, como a corda de

um violão ou o do alto falante.

8

A amplitude é a extensão da oscilação da onda, acima ou abaixo do valor médio, representado pela linha central.

A Audibilidade possui dois limites: um, quando o som é tão alto que causa dor (o limiar da dor), e outro, quando o som é tão fraco que se torna inaudível (o limiar de audibilidade). A diferença entre o som mais baixo e o mais alto que podem ser ouvidos pelo ouvido humano é a gama dinâmica, que é medida em decibéis. Se uma orquestra toca as partes baixas de uma sinfonia a 40db e as partes altas a 70dB, há uma gama dinâmica de 30dB. Uma gama dinâmica de 60dB é ótimo para a apreciação normal de uma música.

A Sensibilidade do Ouvido: o controle de Audibilidade Quando ouvimos uma ampla gama de tons emitidos com a mesma intensidade, alguns parecem

mais altos e outros mais baixos. Nossa audição é mais sensível à freqüências médias. Entre 500Hz e 4kHz. Portanto, sons abaixo de 500Hz (graves) ou acima de 4kHz (agudos), são percebidos com volume mais baixo que as freqüências médias. Isso vale para a intensidade normal do som, mas à medida que o volume aumenta a nossa sensibilidade a sons graves e agudos também aumenta.

É por isso que muitos amplificadores possuem um controle de audibilidade (loudness) que compensa os sons que não podemos ouvir, reforçando tanto os sons graves quanto os agudos, quando o volume está baixo. À medida que se aumenta o volume, e também a nossa sensibilidade, de maneira que esses sons são reforçados cada vez menos, até o ponto de não haver mais reforço.

Reflexão Os sons graves têm ondas longas, de maneira que reproduzir tons baixos requer muito espaço e

potência. Sons graves contornam obstáculos e podem ser ouvidos em qualquer lugar do ambiente.

9 Sons agudos viajam em linha reta. Os falantes de agudos devem ser colocados onde nenhum obstáculo bloqueie o caminho das ondas.

Ressonância O fenômeno da ressonância aparece em todos os campos da física. Tem-se assim a ressonância

mecânica, elétrica, óptica entre outras. Esse importante fenômeno se produz sempre que um sistema recebe uma perturbação periódica de freqüência própria do sistema.

Uma estrutura mecânica, como pôr exemplo, uma ponte, um edifício ou um circuito elétrico, é caracterizado pôr uma freqüência própria, ou seja, pôr uma freqüência mediante a qual o sistema pode vibrar. Da mesma forma, em acústica, as cordas vibrantes e os tubos sonoros são caracterizados pôr uma freqüência própria.

As caixas acústicas para alto-falantes são exemplos de caixa de ressonância.

Alto-Falantes Conceitos Gerais A finalidade básica de um alto-falante é a de transformar energia elétrica em energia acústica.

Na realidade, essa transformação não se realiza diretamente, pois os alto-falantes transformam a energia elétrica em energia mecânica e a seguir em energia acústica.

Características Técnicas As características mais importantes de um alto-falante podem ser resumidas da seguinte forma:

Impedância O enrolamento da bobina exerce uma resistência à passagem da corrente elétrica, dependendo

do material, do diâmetro e do comprimento do fio. Esta resistência é medida em ohms (Ώ). Quanto mais fino e comprido o fio, maior é sua resistência.

Freqüência De Ressonância Todos os corpos que podem vibrar vibram muito mais intensamente, entrando em um regime

de oscilação espontânea, quando são excitados para vibrar em uma determinada freqüência. Essa freqüência varia de corpo para corpo, dependendo do seu peso, material, dimensões, etc.

Esta característica é chamada de freqüência de ressonância. O objeto que for impulsionado para oscilar em diversas freqüências, inclusive na sua de ressonância, ele vibrará muito mais intensamente para essa freqüência que para as demais. Abaixo da sua freqüência de ressonância, um objeto oscila muito fracamente.

Esta particularidade tem alta importância para o alto-falante, já que o seu cone deverá vibrar nas freqüências correspondentes aos diversos sons audíveis. Os cones pequenos têm uma freqüência de ressonância alta, enquanto que os cones grandes têm uma baixa freqüência de ressonância.

Resposta De Freqüência Esse parâmetro expressa a faixa de resposta de um falante ou sistema. Geralmente vem

expressa em hertz (Hz) e variam de modelo, aplicação, montagem e configuração quando é um conjunto de caixas acústicas.

Potência Admissível Esse é o parâmetro de uma caixa acústica que normalmente a gente pergunta em primeiro lugar,

mas veremos a seguir que a potência que vem sempre expressa em WATTS pouco representa se não soubermos a sensibilidade (dB a 1 watt a 1 metro) do sistema.

10

Sensibilidade A sensibilidade especifica o quanto “alto” “fala” o alto-falante, dada uma certa potência

aplicada a ele, a uma distância conhecida. Normalmente, é especificada com um watt aplicado, medido a um metro de distância (dB/1W/1m).

As sensibilidades dos sistemas de alto-falantes variam numa enorme gama, comparável ou até maior que a das potências. Dificilmente pensamos em um falante de menos de 50 watts ou maior que 1000 watts. Isto representa uma gama de 1 para 20. Por outro lado, as sensibilidades dos vários sistemas encontrados no mercado variam desde 85dB/1W/1m até 105dB/1W/1m – o que representa uma gama de 20db ou 1 para 100 ! O que quer dizer, em outras palavras, que a sensibilidade influi mais no volume sonoro do que a potência.

Diretividade A diretividade dos sistemas de falantes, mesmo nas caixas acústicas para estúdio (ou para uso

doméstico), que são tipicamente pouco críticas, deve ser levada em conta. Qualquer caixa tem um som mais nítido quando ouvida diretamente de frente para os falantes que reproduzem as mais altas freqüências. As freqüências mais baixas, que se espalham não são tão críticas.

Caixas para sistemas de sonorização de shows costumam ter diretividades maiores, chegando até a 35º em muitos casos. Caixas para montagem em “array” são sempre muito direcionais, para que o projetista tenha a facilidade de controlar perfeitamente a emissão sonora de um grupo delas. As caixas para monitoração de estúdio, ao contrário, buscam uma diretividade pequena, para que uma área maior possa ser abrangida pelo tradicional par de caixas aa frente.

A diretividade pode ser medida pelo Ângulo de Cobertura, ou melhor, os ângulos de cobertura horizontal e vertical expressam o espaço à frente do alto-falante ou sistema, dentro do qual a potência sonora cai menos de 6dB. Se, por exemplo, para um determinado sistema, a potência sonora cai 6dB a 45º fora de eixo na horizontal e a 30º fora de eixo na vertical, então os ângulos de cobertura são de 90ºH x 60ºV. A maior utilidade dos ângulos de cobertura é na determinação da área coberta por um sistema.

Associação de Alto-Falantes Todo amplificador apresenta em sua característica de projeto um limite de carga elétrica

(Impedância), que deve ser observado para que não haja sobrecarga nos transmissores de potência (amplificadores). Em termos práticos, será necessário observar a forma de ligarmos mais de um alto-falante, para respeitar a condição acima.

11

Cone e Bobina Móvel Alto-falante convencional, com cone e bobina móvel, é certamente o mais conhecido e usado

entre os projetores de som. Os primeiros falantes construídos eram do tipo “full range”, isto é, projetado para reproduzir,

dentro de limitações técnicas, toda a gama de freqüências audíveis. Entretanto, reproduzir baixa e alta freqüência exige características construtivas totalmente diferentes. Aí vieram os falantes especializados em reproduzir apenas parte da gama de freqüência audível. E surgiram termos como WOOFER, MIDRANGE, CORNETA, TWEETER, etc.

12

Woofer’s São falantes projetados para reproduzir baixas freqüências. Os MIDRANGES são reprodutores

de freqüências médias. Existe ainda o SUBWOOFER, capaz de reproduzir freqüências extremamente baixas, e até infra-sônicas.

Graves Embora a região média do espectro de freqüência possa ser reproduzida facilmente, as

regiões altas e baixas do espectro requerem uma atenção especial. Sons graves se comportam diferentemente de sons agudos. Os sons graves (até

aproximadamente 150Hz) são propagados de forma mais ou menos esférica. Onde quer que as caixas acústicas estejam posicionadas na sala, os sons graves podem ser ouvidos na sala toda. Preenchem os espaços, mas também são refletidos ao se deparar com um obstáculo, ou paredes.

Uma reprodução potente de graves pode parecer interessante, mas tem conseqüências negativas. Os sons graves refletidos se juntam aos originais com um retardo de tempo, de maneira que o som fica levemente distorcido.

As ondas de som refletidas na parede e no chão, que se juntaram às vibrações originais, formam um sinal novo e completo, com uma forma de onda diferente. Isto é distorção.

13

Drivers e Cornetas Esse tipo de falante presta-se a reprodução das médias e altas freqüências. Operam junto com

as cornetas, que pôr funcionarem como transformadores acústicos aumentam significamente a eficiência dos drivers.

Há diversos tipos de cornetas, diversas técnicas para projetá-las e construi-las. Mas qualquer

corneta tem pôr função dirigir os sons, isto é, direcioná-los. O driver e a corneta são acoplados através de uma peça chamada adaptador. Os drivers cujo diafragma são feitos de resina fenólica geralmente só são capazes de responder

até 5 – 9 kHz. Os drivers mais sofisticados possuem diafragmas de alumínio ou de titânio, e são capazes de

responder até os 20 kHz, ou proximidades, dispensando o uso de tweeter’s e super tweeter’s.

Tweeters e Super tweeters Os Tweeters e super tweeters utilizados nos sistemas de som também podem possuir cornetas,

apesar de que são pequenas, pois trabalham com altas freqüências, ou dispositivos semelhantes para lhe conferir diretividade.

14

Divisores de Freqüência A função básica de um divisor de freqüência é de separar o sinal de áudio em faixas de

freqüência compatíveis com os alto-falantes à que este será ligado. Basicamente encontram-se divisores de duas a seis vias, tomando pôr base o simples grave e agudo.

Existem dois tipos de divisores de som: O ATIVO E O PASSIVO.

Divisores de Som Ativo (Crossover) Também conhecido como Crossover, podendo ser de duas a seis vias, sendo regulado de

diferentes maneiras conforme a necessidade do local utilizado ou do corte de freqüência que se fizer necessário.

Este aparelho pode dividir a faixa de áudio em duas, três ou quatro partes distintas que serão enviadas aos alto-falantes apropriados com opção de escolha de freqüência para cada nível de saída.

O crossover é o equipamento responsável pela divisão de vias que é necessária em uma caixa

acústica ou então em um sistema de caixas. Pelo fato de não existir um alto-falante ou driver que responda a todas as freqüências com a mesma qualidade e desempenho, torna-se preciso o uso de mais um componente para construir um sistema (caixa acústica). Através do crossover podemos enviar somente as freqüências corretas para alto-falantes e drivers conforme sua construção e projeto.

Por exemplo: Com um alto-falante de 15" e um driver com membrana de titânio pode-se construir uma caixa acústica com duas vias que atenda a uma grande variedade de trabalhos. O alto-falante de 15" fica responsável por freqüências graves e médio-graves e o driver fica responsável por

Agudos Em contraste com os sons graves, os agudos são propagados em linha reta. Alto-falantes

para agudos são desenhados especialmente para reproduzir sons altos. Geralmente, possuem um diafragma convexo, para que os sons agudos sejam emitidos num ângulo amplo.

Como os sons agudos constituem uma parte importante do efeito estéreo, é fundamental que os alto-falantes para agudos sejam posicionados de tal forma que os sons agudos possam ser ouvidos em linha reta em uma área ampla.Portanto, alto-falantes para agudos não deveriam ser obstruídos por móveis ou cortinas. Uma reprodução imperfeita dos agudos teria um efeito negativo nos harmônicos e, conseqüentemente, também na qualidade do som.

15 freqüências médio-agudos e agudos, obtendo-se assim o melhor desempenho de cada um dos equipamentos utilizados. Isto vale para qualquer tipo de sistema, desde um residencial simples até o mais profissional dos sistemas.

Divisores de Som Passivos São utilizados na parte interna dos Sonofletores (Caixas de Som), podendo ser de duas ou três

vias conforme a caixa de som, tendo sua freqüência de corte fixa. Chamamos de crossover passivo aquele que de certa forma não necessita de alimentação

externa e seus cortes são pré-estabelecidos no projeto das caixas acústicas. O crossover passivo via de regra fica embutido na caixa acústica, facilitando a instalação de sistemas de sonorização de ambiente e também de P.A.s de pequeno e médio portes. O uso de crossover passivo tem muitas vantagens, pois reduz o tamanho do sistema e a preocupação do operador é somente com a equalização de seu sistema de som pois os cortes de freqüências são feitos automaticamente de forma correta procurando o melhor rendimento possível.

Ao contrário do que muitos usuários de áudio pensam, um crossover passivo não é

simplesmente colocar um capacitor nos médios e agudos. Para obter um bom resultado é necessário fazer um estudo dos cortes que serão usados (freqüências exatas), e levar em consideração problemas de fase acústica da caixa acústica que um crossover mal projetado pode causar, fazendo com que o resultado do sistema fique muito inferior ao esperado.

16

Caixas Acústicas

Conceitos Gerais Todo alto-falante isolado, ou seja, sem o gabinete em que esteja montado, possui um

rendimento muito pobre. O motivo desse pobre rendimento pode ser compreendido se levarmos em conta que todo alto-falante irradia energia sonora não só pela parte anterior do diafragma, mas também pela posterior. Esta forma de irradiar energia acústica, em vez de melhorar os resultados e aumentar o volume sonoro, como em principio poderia parecer, é contra-prudente, já que as duas ondas sonoras geradas encontram-se em oposição de fase, de modo que os efeitos anulam-se parcialmente.

Caixas Acústicas (Sonofletores) Para evitar os efeitos citados no item anterior, adapta-se o alto-falante a uma caixa acústica

impedindo a ação da neutralização da onda anterior do alto-falante sobre a onda posterior do mesmo, e é conhecido assim como Bufle, vocábulo inglês que é como indicam ou designam geralmente as caixas acústicas ou Sonofletores para nós.

Cada caixa é projetada para um alto-falante previamente escolhido, quando então se pode esperar uma boa resposta do conjunto caixa/alto-falante. É evidente que a mesma caixa com outro falante vai emitir ruído, mas a resposta só será adequada pôr uma coincidência improvável.

17

Sistemas de P.A. Nos grandes espaços a serem sonorizados – grandes casas de shows, praças, estádios, etc.,

devido à elevada potência e a ampla cobertura necessária, são precisos muitos transdutores e caixas. Ou seja, grandes sistemas devem ser utilizados, trazendo juntos suas virtudes e seus defeitos.

Mas nem todo conjunto de caixas pode ser chamado de um sistema. Esta palavra traz, embutido, um significado: “que trabalham em conjunto”. Nem todo montão de caixas é um sistema, e nem todo sistema precisa ser grande. Mas uma coisa é certa: para transformar um conjunto em sistema, certos cuidados e princípios têm que ser respeitados.

O nome dado para um conjunto de caixas projetadas para trabalharem em conjunto recebe o nome de array. Mas nem todo conjunto de caixas é um array. Para se ter esse nome é preciso de três itens fundamentais:

- Cobertura constante dentro do ângulo especificado. - Diretividade constante ou constantemente variável com a freqüência. - Mínima interferência entre os elementos do array. O primeiro item significa que, dentro do ângulo de cobertura, não há variação da sensibilidade,

ou seja, enquanto o ouvinte estiver dentro dos limites desse ângulo, não haverá variação de volume. O segundo ponto estabelece que o conjunto mantenha diretividade ao longo do espectro de áudio (ideal). Por fim, o terceiro item significa que, na maior parte possível do espectro, o ângulo de cobertura de caixa é igual ao ângulo formado entre as caixas, ou seja, uma caixa pára de emitir som exatamente no ponto em que a seguinte começa - não existe superposição nem falha na soma, o que garante o cumprimento do primeiro item desta série.

Formato da Caixa de Som Hoje em dia mais de 90% das caixas de P.A. tem a forma trapezoidal para ficarem mais

“encostadinhas”. Porquê? Para que, montadas lado a lado, formem o ângulo correto sem que haja um “buraco” entre cada duas caixas. E mais, o ângulo entre as laterais da caixa é igual ao ângulo de cobertura, para que, quando estiverem juntas, os limites de cobertura se encontrem, assim estabelecendo uma pressão sonora constante.

Se as caixas não forem montadas no ângulo especificado, acontecerão concentrações e interferências de fase no caso de as caixas ficarem “abertas” demais, acontecerão falhas no ângulo entre as caixas. Ou seja, as caixas array devem ser montadas encostadas para garantir o correto desempenho do sistema como array.

18

Tipos de Caixa de Som Configurações de P.A. Existem dois tipos de configuração de P.A. (embora possa haver mistura): Floor P.A. (P.A. de

chão) e Flying P.A. (P.A. "voador" ou suspenso).

Floor P.A. – é o antigo ou clássico, com aquelas torres imensas montadas aos lados do palco. É visto em concertos ao ar livre, onde se necessita de potências imensas e, portanto, de grande quantidade de caixas, que evidentemente não poderiam ser penduradas. Devem ser projetados com caixas de grande dispersão e menor “pancada” na parte inferior, e caixas de longo alcance (tiro longo) no alto, para atingir a platéia distante sem “matar” os espectadores próximos com pressões sonoras exageradas. Os antigos paredões horizontais/verticais de caixas estão hoje totalmente obsoletos, com seu péssimo acoplamento, dispersão mínima e má aproveitamento de potência. As modernas torres são ou do tipo “In line” – colunas estritamente verticais – ou então array, quando se precisa de maior dispersão lateral. Basicamente, uma platéia comprida e estreita pede “In line”, e uma platéia larga pede um array. A técnica do projetista consiste em escolher adequadamente o estilo ou mistura de estilos mais adequados ao local do evento.

Flying P.A. É a configuração ideal para teatros e casas de show fechadas e igrejas. A distribuição sonora é

automaticamente perfeita, já que ninguém está muito perto das caixas – quem fica “no gargarejo” fica em baixo das caixas. Vários metros abaixo delas e fora do “tiro” do array. Quem fica longe do palco é atingido pelo “tiro”, recebendo SPL relativamente maior. Num bom sistema flying, os espectadores mais distantes estão poucas vezes mais longe das caixas que os mais próximos, e o SPL pouco varia ao longo do ambiente.

19

Complementos

Vários subsistemas costumam estar presentes nos grandes torres e os arrays:

Front Fill Para a “turma do gargarejo”, que fica grudada na frente do palco, portanto fora do alcance das

torres nos megaconcertos e dos flying P.A.s nas grandes casas de shows. São caixas de tamanho pequeno/médio, montadas logo abaixo da linha do palco, trabalhando com SPL moderado.

Down Fill O pessoal que fica logo abaixo dos arrays suspensos recebe som baixo e geralmente abafado,

por ficar fora do alcance de cornetas e Tweeters, que possuem estreita dispersão vertical. A solução para atender a este pessoal é instalar, debaixo dos arrays suspensos, pequenos arrays apontados para baixo, com pequeno SPL, apenas o necessário para completar a sonorização naquelas áreas.

“Caixas de Delay” Em locais onde o sistema principal não consegue atingir com SPL suficiente, seja pela distância

ou por obstáculo, ou para reforçar a inteligibilidade em locais distantes, usam-se caixas próximas ao público distante. Porém, devido à distância entre esses locais e o P.A. principal, é preciso alinhar as caixas no tempo. Ou seja, atrasar o sinal que vai para as caixas remotas de modo que o público que vai para as caixas remotas de modo que o público que as ouve não ouça dois sons distintos: o que sai das caixas próximas a ele e, em seguida, o do P.A. principal atrasado pela distância.

20

Sistema de Retorno O sistema de monitor de palco tem vários componentes, cada qual com seu papel bem definido.

O mais óbvio é a caixa “spot”, aquela de perfil triangular que é vista bem no centro do palco, em geral aos pares. O “spot” oferece, devido à sua alta diretividade e “presença”, oriunda da resposta de freqüências que realça a inteligibilidade, a sonoridade ideal para que para que cada músico se ouça perfeitamente, além de ouvirem “suas” caixas a mixagem que melhor se adapte às necessidades. Por exemplo, o cantor poderá ouvir em seus “spots” sua voz em primeiro plano, e mais os instrumentos que mais o ajudem a manter a afinação, o ritmo e o clima da música. O mesmo vale para os outros instrumentistas. O spot não é, definitivamente, uma caixa de graves, e isto permite que tenha pequeno volume físico, ocupando o menor espaço possível no palco.

Para os guitarristas e baixistas, a monitoração é uma soma dos amplificadores de instrumentos

(chamados de “backline”) com caixas “spot”, uma vez que estes são músicos geralmente situados na frente ou quase na frente do palco. Como as caixas de instrumentos são muito pouco diretivas, além de estarem atrás do músico, voltadas para o público, seu som costuma ser ouvido diretamente pelo público, o que escapa ao controle do operador de P.A.. Fora isto, pela pouca diretividade, o som destas caixas se espalha pelo palco, penetrando em muitos microfones e “poluindo’ as mixagens. Portanto, cabe ao músico ter critério na escolha do volume ideal de seu amp: baixo demais é pouco ouvido e não produz “feedback” com a guitarra (fundamental em certos estilos), e alto demais “polui ”o palco e vaza sem controle para o público.

O tecladista, devido à necessidade de resposta de freqüência extensa, não costuma usar amplificador tipo “backline”. Ao invés, opta por uma via particular de retorno, e mais uma ou duas caixas de boa resposta para o som de seus instrumentos; ou então, o som dos teclados mais sua via própria de retorno em caixas de boa qualidade de resposta. Estas caixas são vulgarmente chamadas de “side de teclado”.

O batera, que toca um instrumento de som naturalmente alto, precisa de um excelente monitor para que possa ouvir o restante dos instrumentos, mixados a seu critério, juntamente como som da bateria já mixado. Mas a bateria não toca alto? Sim, mas seu som amplificado é bastante diferente do natural. Então o chamado “side de bateria” deve Ter potência sonora bastante para superar o próprio som acústico da bateria.

Mas, para que o som no palco fique envolvente, homogêneo e com bons graves, é preciso mais que “spots” e “sides”. Então, monta-se o SIDE FILL, uma espécie de P.A. virado para dentro do palco, com a potência correta para sonorizá-lo como um todo, com resposta plana. O volume do side fill deve, também, ser escolhido de forma a que todo o palco seja gostosamente sonorizado, sem contudo provocar realimentação acústica (microfonia).

Posicionamento de Monitores

21

Quando o som do instrumento é delicado e cheio de detalhes harmônicos como o do violão, dos instrumentos de arco e madeiras, para captar todas as nuances deve ser usado um microfone “macio”, e geralmente um condensador (AKG CK91, SHURE SM81, CAD 100, A-T 4053a, etc.) é o escolhido. Mas essa sensibilidade toda também torna o microfone vulnerável ao vazamento e, por conseguinte, à microfonia. Então, para instrumentos mais delicados, não se pode esperar milagres em relação ao monitor.

Os microfones usados por cantores e músicos são sempre da família dos unidirecionais. Conforme o padrão do microfone, a posição ideal dos spots atrás dele varia. Sabemos que o microfone cardióide (exemplos: Shure SM58, Sennheiser MD421, Le son SM58, Beyer M88, etc.) tem o mínimo de sensibilidade a um ângulo de 180º da frente (ou seja, atrás). É nessa posição que se deve, idealmente, colocar a caixa. Já os supercardióides e hipercardióides (Shure Beta 58, Sennheiser MD441, AKG D880, etc. por exemplo) têm o cancelamento máximo entre +-140º e +- 150º, e é nessa posição que devem ficar as caixas (uma a cada lado).

Equalizando os Monitores A equalização das mandadas dos spots deve, em princípio, obedecer aos mesmos princípios que

a equalização de P.A. e de estúdio, mas com mais liberdade para cometer “atrocidades”, como atenuar uma banda deixando as vizinhas normais. Explica-se isto pelo fato de, nos spots, o volume ser a prioridade nº1, sobrepondo-se até mesmo à extrema qualidade. É melhor um cantor se ouvir muito bem do que se ouvir muito bonito.

Outra maneira de corrigir realimentações dos spots é o uso de eliminadores de microfonia (Feedback Destroyer, Eliminator, etc.) que são filtros automaticamente ajustáveis, entrando em ação com cortes aguçados exatamente nas freqüências onde se inicia qualquer ameaça de microfonia. O uso dos eliminadores de microfonia não invalida o uso de equalizadores nas vias de retorno, porém permite uma ação mais suave destes, deixando as ações corretivas para o eliminador.

22

Posicionamento de Caixas Acústicas

Ambientes Externos / Internos

Conforme item anterior, vimos que as paredes em muito nos auxiliam para sonorizar qualquer ambiente.

Nos ambientes externos, a inexistência de paredes ou placas refletoras levaram ao desenvolvimento de certos tipos de caixas acústicas, para compensar os efeitos e o rendimento de um ambiente fechado. Esse tipo de caixa é conhecido como caixas exponenciais.

A diferença entre esta e as caixas convencionais está no ângulo de cobertura, diretividade e rendimento.

EQUALIZADORES Equipamento usado para fazer as compensações acústicas entre o ambiente e o equipamento de áudio usado. Eles dividem-se em três grupos: • Tonal • Gráfico • Paramétrico e Semiparamétrico Equalizador Tonal Os equalizadores de controle tonal são aqueles que controlam um tom, ou seja, um conjunto de freqüências. Este tipo de equalizador não permite uma correção muito precisa de uma equalização, pois se temos problemas com os graves de um determinado canal, através deste tipo de equalizador poderemos atenuar, no entanto sem precisão. Quando tiramos uma freqüência de graves que está com ressonância podemos estar tirando também freqüências que seriam importantes para o bom resultado. No entanto este tipo de equalização é muito comum em equipamentos de pequeno Porte e caixas amplificadas de instrumento e multi-uso.

23 Equalizador Gráfico

Como funciona o equalizador gráfico? Cada controle ajusta o ganho de um filtro, cuja largura de banda é igual ao número de oitavas cobertas, dividido pelo número de bandas. Por exemplo: o espectro de áudio (20Hz a 20KHz) tem uma extensão de aproximadamente 10 oitavas. Se quisermos usar 30 bandas, o EQ deverá Ter 1/3 de oitava.

A ISO, uma associação internacional de padrões técnicos, definiu uma seqüência numérica para

medidas de freqüências, com base em proporções de terços de oitava arredondadas. Nesta escala, a banda de áudio fica dividida da forma que todos estão habituados a ver: 20 – 25 – 31,5 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 – 160 – 200 – 250 – 315 – 400 – 500 – 630 – 800 – 1k – 1,25k – 1,6k – 2k – 2,5k – 3,15k – 4k – 5k – 6,3k – 8k – 10k – 12,5k – 16k – 20k.

Isso dá um total de 31 bandas. A maioria dos Eqs possui apenas 30 bandas, partindo do fato real de que abaixo de 25Hz não existe praticamente nada.

Equalizadores de menor número de bandas dividem o espectro em bandas mais largas. Por exemplo, num EQ de 10 bandas utilizam-se bandas de oitavas:

31,5 – 63 – 125 – 250 – 1k – 2k – 4k – 8k – 16k

São também comuns Eqs de 2/3 de oitava, que são melhores que os de 10 bandas de oitavas e

mais baratos que os de 1/3: 25 – 40 – 63 – 100 – 160 – 250 – 400 – 630 – 1k – 1,6k – 2,5k – 4k – 6,3k – 10k – 16k Observe que todos eles têm a mesma banda de 1kHz presente.

24

O sinônimo de equalizar e igualar. Portanto, equalizar um sistema de som é igualar todas as

freqüências ou a maioria delas a um mesmo nível de resposta na faixa de áudio, compreendido entre os 20Hz até os 20kHz. O EQ gráfico pode, é claro ser ajustado de ouvido, mas, para uma equalização realmente séria, o EQ deve ser usado em conjunto com um RTA. Assim, fica fácil identificar quanto existe de discrepância de nível para cada freqüência, corrigindo com o EQ. Acho que nem precisava dizer, mas o EQ e o RTA devem ter filtros com a mesma largura de banda.

O Pink noise ou ruído rosa é uma espécie de chiado ou ruído sem uma freqüência definida, mas que por isso mesmo contém todas as freqüências, com maior amplitude nas baixas (por isso é rosa e não branco). Como as bandas graves são mais estreitas, elas precisam Ter maior amplitude para reproduzir a mesma pressão sonora que as freqüências agudas. O Pink noise é obtido filtrando-se o ruído branco (produzido pelo gerador) com uma queda de 3dB por oitava, de 20 Hz até 20 khz. Praticamente todos os RTAs possuem uma saída de Pink noise, para uso de equalizações.

Aplica-se o Pink noise, a um nível suficiente para encobrir os ruídos do ambiente. Então, lendo-se o RTA, vai-se movimentando os controles gráficos do EQ e aplanando-se a curva obtida. Neste ponto é que encontram os segredos da equalização.

1o – Não tente obter resposta reta até 20kHz. Pelo processo natural da Acústica, há uma queda suave a partir de uma freqüência, tanto mais baixo quanto for maior o ambiente. A tentativa de manter resposta plana até os 20kHz resultará fatalmente em uma sonoridade exageradamente aguda.

2o – O Equalizador gráfico pode, evidentemente, ser usado como processador de efeitos, curvas de equalização pode desde amaciar o som como até torná-lo agressivo. Agora, se a equalização for para corrigir um ambiente, não brinque com EQ. Uma resposta incorreta, além de som feio, pode prejudicar a audição das pessoas (inclusive a sua), e queimar o equipamento – principalmente falantes, drivers e Tweeters.

3o – Não force a resposta do P.A. até 20Hz nem até 20kHz. Caixas excelentes de P.A. respondem planas até 30 ou 35Hz, caindo rapidamente abaixo disso por limites eletroacústicos. Por

25 outro lado, a maior parte dos bons Tweeters e drivers de P.A. respondem plano até 15 ou 16kHz. Forçar a barra, tentando expandir esses limites resultará, na melhor das hipóteses, em distorção (e mais provável) hipótese, em estragos no equipamento. Mesmo caixas de alta definição de estúdio não costumam chegar plano aos 20Hz. Quando equalizar sinta os limites do alto falante e procure respeitar. Aliás, é bom observar que, na Música, existe pouca coisa abaixo de 30Hz e acima de 15kHz (e pouca gente ouve 20kHz!).

Equalizador Paramétrico e Semiparamétrico

Os equalizadores paramétricos apresentam menores quantidades de faixas (em geral de uma a quatro bandas), mas são os que têm mais controles. O usuário escolhe exatamente a freqüência que deseja manipular em cada, a largura da banda, ou quantas freqüências vizinhas, e a amplitude dessa banda. Um botão determina a freqüência central, outro controla a largura da banda e um terceiro reforça ou atenua o nível; dessa faixa de freqüências. Ë útil quando se quer mexer em algumas bandas, mas com precisão, para só afetar freqüências que realmente precisam de equalização. Os equalizadores SEMIPARAMÉTRICOS, comuns em mesas de som de médio e grande porte, não dispõem do controle de largura de faixa. Só apresentam controles para selecionar a freqüência central e o que reforça ou atenua o nível. A largura da banda é determinada pelo fabricante. Qualquer que seja o seu EQ, nunca exagere seu uso, ou estará criando sonoridades que não existem nos instrumentos e nos microfones que você usa! Princípios Básicos da Mixagem

Foi-se o tempo em que um sistema de P.A. e o operador existiam somente para incrementar o volume geral dos músicos, conseguindo assim ser ouvidos em um grande ambiente. O sistema de som e o operador têm obtido uma participação integral quanto ao desempenho, sendo que os artistas estão de forma significativa, muito dependentes de um operador de áudio habilitado e da qualidade do equipamento.

As instruções, a seguir, de mixagens básicas estão incluídas para beneficiar aqueles usuários que podem não estar muito familiarizados com a tecnologia comuns usada entre técnicos e artistas.

O Misturador (Mesa De Som) Como era de se esperar, a principal função de um misturador é combinar os sons sob precisos e

suaves controles. Está aí a necessidade dos faders de curso longo, essenciais em qualquer produto profissional.

Basicamente, existem dois tipos de mesa de som, são eles:

26

Mesas De P.A. Vamos falar sobre os recursos encontrados nas mesas de mixagem

direcionadas para utilização em P.A. (Public Address = sonorização direcionada ao público.

Atualmente no Brasil, já é comum encontrarmos mesas muito completas, sendo as mesmas marcas e modelos utilizados nos países de 1o mundo.

O console (mesa de som) utilizado na FOH (front of house = central de controle do P.A.) é o coração do sistema. O mixer aceita uma larga escala de sinais de entrada via microfone, para sinais muitos baixos ou entradas de linha para sinais mais elevados, como tapes, processadores de efeito, entre outros equipamentos.

O mixer está dividido em dois setores. As tomadas de entrada, casando e processando individualmente os sinais de entrada, e a distribuição mixada para as saídas estéreos ou a de um dos grupos (em se tratando de equipamentos com mais recursos). Canais de Entrada Mono 1. CONECTORES DE ENTRADA MIC E LINE: cada canal de entrada mono oferece uma escolha de 2 conectores de entradas balanceadas, uma de alto ganho (MIC) para plug XLR e uma de baixo ganho (LINE) para plug stereo P10 (1/4” TRS). AS ENTRADAS DE ALTO GANHO (MIC) são de uso direcionado para microfones e instrumentos musicais de cordas conectados diretamente ao console de áudio mixagem, ou através de direct box para fazer o balanceamento. Os instrumentos de cordas, guitarra, violão, cavaco, etc., captados magneticamente possuem baixo nível de sinal. Se esses instrumentos forem do tipo ativo ou conectados serialmente através de um ou mais pedais de efeitos ou aparelho ativo de processamento destes sinais, convertem-se para alto nível de sinal e, portanto, não devem ser ligados mais nesta tomada, e sim na tomada LINE (baixo ganho). Porém, ocorre que se forem conectados no console de áudio mixagem através de direct box passivo ou ativo com redução de ganho de no mínimo 15 dB, convertem-se novamente em baixo nível de sinal pela redução de ganho e, portanto, devem ser conectados na tomada XLR (MIC). O mesmo acontece com teclados, percussão eletrônica, etc., eles são de alto nível, mas se conectados no console de áudio mixagem através dos mesmos tipos de direct box acima especificados, também são convertidos para baixo nível e também devem ser conectados nas entradas XLR (MIC). Existem instrumentos de cordas captados por microfones de contato de eletreto (captadores acústicos) que também possuem baixo nível de sinal. Os nstrumentos de cordas que mais comumente são captados através de microfone de contato de eletreto são o violão e o cavaquinho e devem ser conectados diretamente na tomada MIC. Caso você queira fazer o balanceamento, deverá conectá-los na tomada MIC através de direct box ativo sem redução de ganho (redução de 0 dB). Outra maneira será conectá-los serialmente através de pedal de efeitos e, desta forma você deverá conectá-los na tomada LINE, pois seus níveis de sinais foram amplificados pelo pedal de efeitos. Existem também estes instrumentos de cordas (violão e cavaquinho, principalmente o violão) com captação acústica (eletreto) ativos e neste caso devem ser conectados na tomada LINE pois pertencem a categoria ativos e têm alto nível de sinal, porque possuem pré-amplificação e bateria de 9V interna.

27 AS ENTRADAS DE BAIXO GANHO (LINE), conforme você já sabe, aceitam sinais de fontes de programa com alto nível de saída como: teclados, percussão eletrônica, instrumentos de cordas conectados serialmente em pedais de efeitos ou qualquer dispositivo ativo, e estes diretamente conectados ao console de áudio mixagem sem direct box, e fontes auxiliares (tape-deck, CD, MD, sintonizador, retorno de aparelho de efeitos, saída de áudio de multimídia e videocassete, etc.). Existem conforme já foi mencionado na página anterior, instrumentos de cordas ativos, ou seja, já vêm com circuito de ganho interno (embutido no corpo do instrumento, juntamente com sua bateria de 9V) e possuem alto nível de sinal. Os instrumentos de cordas ativos mais comuns são o contrabaixo e o violão com captação acústica (eletreto). Estes instrumentos de cordas ativos também devem ser conectados nesta entrada LINE. 2. INSERT DO CANAL: o jack INSERT permite inserir um equipamento de processamento externo (compressor, equalizador gráfico, gate, etc.) no respectivo canal de entrada mono do console de áudio mixagem. O ponto de INSERT está localizado entre os controles de ganho e os controles de tom. Utilizando um plug stereo P10 (1/4” TRS), temos: SLEEVE: terra de sinal, TIP: SEND (envia o sinal para processamento e deverá ser conectado à entrada (IN) do processador), RING; RETURN (entrada que possibilita o retorno do sinal que foi processado externamente; sinal este enviado pelo SEND).

3. DIRECT OUT: saída individual por canal de entrada mono, com conector para plug mono P10 (1/4” TS), desbalanceada, post-fader e pré controle de Panorama (14), portanto este sinal de Direct Out é afetado pelo controle de VOLUME geral do canal de entrada mono correspondente e não é afetado pelo respectivo controle PAN. Sua utilização é para gravação multi-pistas. 4. LED INDICADOR SIGNAL: este led (verde) acende quando um sinal está chegando ao conector de entrada utilizado do canal mono correspondente. 5. LED INDICADOR DE 0 dBu: quando aceso, este led (amarelo) indica que o sinal pré e/ ou pós-equalizado do correspondente canal de entrada mono alcança o nível de 0 dB depois dos controles de tonalidade e antes do fader (controle de volume (19) ) deste canal. Este recurso é extremamente útil para o ajuste rápido da sensibilidade de funcionamento dos canais de entrada através do controle de ganho (7). O nível ideal de funcionamento deste canal de entrada depois dos controles de tonalidade e antes do fader é em torno de 0 dB (quando o led indicador de 0 dBu estiver dando rápidas piscadas). Se o led indicador de 0 dBu se mantiver aceso continuamente, indica que o nível de sinal deste canal pode estar muito acima do nível 0 dB, então é necessário diminuir a sensibilidade de entrada deste canal utilizando o controle de ganho (GAIN) (7). Se mesmo assim não houver atenuação suficiente, é necessário reduzir o nível de saída da fonte de programa conectada à entrada deste canal, ou trocar de entrada deste canal (da entrada MIC, que é a mais sensível, para a entrada LINE, que é a menos sensível). 6. LED INDICADOR PEAK: quando aceso, este led (vermelho) indica que o sinal pré e/ou pós-equalizado do correspondente canal de entrada mono alcança um nível próximo ao nível de saturação do circuito do canal de entrada correspondente, o que você não deve deixar acontecer

28 de modo algum. Este indicador alerta que poderá ocorrer saturação deste canal de entrada mono, antes e/ou depois do fader (controle de volume (19) ) deste canal de entrada e indica que os procedimentos listados no item (5) não foram realizados corretamente. 7. GAIN: controle de ganho. Ajusta a sensibilidade de cada canal de entrada, variando-a entre --10 dB e -- 60 dB. O controle de ganho continuamente variável permite a utilização de qualquer microfone ou nível de linha, permitindo manter o nível de sinal na saída do canal para enviar para a áudio mixagem dentro dos valores otimizados (±0 dB). 8. CHAVE PHANTOM POWER: quando acionada ( ), esta chave liga a alimentação phantom (48V) ao conector MIC do canal correspondente. Atenção: os microfones phantom (a condensador) só funcionarão quando esta chave estiver acionada ( ), e portanto, quando receberem alimentação PHANTOM POWER (48V). Esta chave é necessária para evitar que fontes de sinais que não sejam a condensador (phantom) recebam a alimentação dos 48V do PHANTOM POWER, a qual pode danificá-las. A maioria dos consoles de áudio mixagem compactos (nacionais ou importados) não possuem chave Phantom Power individual por canal. Possui apenas uma única chave para todos os canais denominada GLOBAL SWITCH que liga os 48V em todos os canais simultaneamente, ou em nenhum. Colocamos estas chaves individuais em todos os canais de entrada mono deste console de áudio mixagem para você utilizar quantos microfones phantom forem necessários, sem arriscar o que estiver ligado nos outros canais. Outra utilidade para as entradas XLR com chave PHANTOM POWER individual é alimentar direct box ativos. Todos os direct box ativos necessitam de alimentação para funcionarem. Alguns são alimentados por bateria, entretanto os melhores são alimentados pela tensão DC 48V do PHANTOM POWER. Portanto, se você não for utilizar microfones phantom (a condensador), mas for ligar direct box ativo nesse canal, acione a chave PHANTOM POWER do canal. ATENÇÃO: quando não for utilizar microfones phantom, e/ou conectar direct box ativo nos demais canais, certifique-se de que as suas chaves Phantom Power individuais correspondentes estejam desligadas (posição desacionada ) ou você poderá danificar os equipamentos conectados nestes canais. 9. 100 Hz. LOW CUT: quando esta chave está acionada ( ), introduz na entrada do canal um filtro passa-altas, que corta as baixas frequências (graves) até 100 Hz em 18 dB por oitava. Este filtro é muito interessante quando o canal está operando com microfone para voz, evitando que o canal reproduza o “PUF”, “PUF” característico de quando o microfone está perto da boca do vocalista ou back vocal, ou mesmo quando o microfone está exposto ao vento ou muito próximo aos alto-falantes de graves, limpando a resposta de frequência, produzindo uma voz natural. ATENÇÃO: cuidado para não acionar esta chave quando no canal correspondente estiverem conectados instrumentos que reproduzam frequências baixas, como contrabaixo, teclado, percussão eletrônica, bumbo, surdo, tons e auxiliares (CD, MD, tape-deck, etc.) ou você perderá o “peso” dos graves destes instrumentos e/ou equipamentos, cortando freqüências abaixo de 100 Hz em 18 dB por oitava. 10. EQUALIZADOR DE 3 VIAS: os controles de equalização provêem cada canal de entrada com controles de tonalidade de agudos (HIGH), médios (MID) com sweep (varredura), que ajusta o ponto de atuação do controle de médios dentro de uma ampla faixa de frequências (100 Hz a 10 kHz), e graves (LOW). Se os controles HIGH, MID e LOW estiverem todos no retentor central (pequena parada central, perceptível nos dedos do operador), o sinal não será modificado pelo equalizador do referente canal, conservando suas características de tonalidade, tal como saiu da fonte de programa (instrumentos musicais, microfones, etc.). Se um dos 3 controles de tonalidade (HIGH, MID ou LOW), for rotacionado para a direita, provocará um reforço de até 15 dB (posição máxima à direita) nas freqüências correspondentes. Caso for rotacionado da posição central para a esquerda, provocará uma atenuação de até 15 dB (posição máxima à esquerda). No caso das médias-frequências (MID), além de se poder atenuar ou reforçar o sinal, é

29 possível também ajustar a frequência que se deseja equalizar, desde 100 Hz (médios-graves) até 10 kHz (médios-altos). Exemplo: caso o controle de frequência, MID FREQ. esteja à esquerda, na horizontal, logo abaixo do ponto marcado 315 Hz, a frequência selecionada será de ± 250 Hz (médios-graves da voz); esta frequência pode ser reforçada ou atenuada através da rotação do controle MID. Este foi apenas um exemplo; você pode fazer a varredura (procura) da frequência que deve ser atenuada ou reforçada dentro da variação permitida (100 Hz a 10 kHz) em cada canal. Você pode perceber que com os controles de MID (MID e MID FREQ.) você ajusta cada canal para todas as fontes de programas possíveis (voz grave, voz aguda, guitarra, contrabaixo, teclado, instrumentos de sopro microfonados, todas as peças da bateria, etc). Experimente selecionar uma frequência no MID FREQ. e, depois, a atenue ou reforce através do MID e você terá uma noção de como funciona a varredura (sweep). OBSERVAÇÃO: se você deixou o controle MID no centro (posição do retentor central), não haverá nenhum reforço, ou atenuação e, neste caso, você poderá rotacionar o controle MID FREQ. e nada acontecerá , porque a equalização estará neutra; basta dar um pequeno reforço ou atenuação no MID e começará a perceber o sweep MID FREQ. atuando. Uma correta varredura e equalização do MID proporcionam um som limpo-cristalino, perfeito e profissional. 11. CHAVE EQ OUT/EQ IN: é uma chave que permite a escolha do ponto de retirada de sinal do referido canal de entrada mono, antes ou depois da equalização, para ser enviado aos canais de auxiliares pré-fader (AUX 1, AUX 2, AUX 3 e AUX 4 - Monitores) ou seja, esta chave seleciona o tipo de monitoração desejada: antes ou após a equalização do referente canal de entrada mono. Com a chave na posição EQ OUT (desacionada ), o sinal enviado aos canais de auxiliares através dos controles AUX 1, AUX 2, AUX 3 e AUX 4 (pre-fader) para os canais de monitores 1, 2, 3 e 4, é retirado antes da equalização deste canal de entrada, ficando neste caso, imune aos controles de tonalidade que agora têm efeito somente no sinal enviado aos canais de Submasters (Subgrupos) e/ou Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações . Com a chave na posição EQ IN (acionada ), o sinal enviado aos canais de auxiliares (monitores) através dos controles de auxiliares, é retirado depois da equalização deste canal de entrada correspondente, portanto, tem as mesmas características do sinal enviado aos canais de Submasters (Subgrupos) e/ou Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações. Com esta chave nesta posição, fica impossível alterar a equalização dos sinais enviados aos canais de Submasters (Subgrupos) e/ou canais Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações sem alterar, proporcionalmente, os sinais enviados aos canais de auxiliares 1, 2, 3 e 4 (monitores). Estas chaves presentes tanto nos canais de entrada mono como nos canais de entrada stereo, proporcionam extrema versatilidade ao CSM 32.4, tornando-o apto a realizar o trabalho de P.A., gravação e monitor com apenas um console de áudio mixagem e um técnico de som ou trabalhos individuais de P.A., gravação ou monitor, com muito mais perfeição do que com os consoles de áudio mixagem que não as possuem. a. O CSM 32.4trabalhando como console de áudio mixagem de P.A. e monitor simultaneamente: é melhor manter todas as chaves EQ OUT/EQ IN dos canais de entrada mono e stereo na posição EQ OUT (desacionada ). O sinal enviado para os canais de auxiliares (monitores) é retirado antes da equalização do canal de entrada correspondente e o sinal enviado para os canais de Submasters (Subgrupos), canais Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações, é retirado após a equalização deste canal. Desta forma, a equalização do P.A. e gravação não afetará os monitores, que terão equalização própria através dos controles de graves e agudos (50) presentes na saída de cada canal de monitor e também no palco através de equalizadores gráficos adicionais. Caso contrário, sempre que fossem alteradas as equalizações dos canais de entrada por necessidade do P.A. ou gravação, seria alterada também as equalizações dos monitores, o que seria inconveniente. b. O CSM 32.4 trabalhando apenas como console de áudio mixagem de PA: nesta configuração não importa a posição da chave EQ OUT/EQ IN, pois os canais de Aux 1, 2, 3 e 4 (monitores) não serão utilizados.

30 c. O CSM 32.4 trabalhando apenas como console de áudio mixagem de monitor (palco): nesta configuração a chave EQ OUT/EQ IN deverá estar na posição EQ IN (acionada ) e o equalizador do referente canal de entrada atua na equalização dos canais Aux 1, 2, 3 e 4 de monitores e também nos canais de Submasters (Subgrupos) 1, 2, 3 e 4, e canais Stereo Master L e R, que agora estão trabalhando como canais de side-fill stereo e também no canal de Mono Out. d. O CSM 32.4/ CSM 24.4 trabalhando como console de áudio mixagem de gravação: neste caso, também pode-se deixar as chaves EQ OUT/EQ IN dos canais de entradas em qualquer posição. Caso a gravação seja ao vivo e sendo realizada a monitoração simultânea através de seus canais auxiliares pré-fader (monitores), mantenha estas chaves EQ OUT/EQ IN dos canais de entradas utilizados na posição EQ OUT (desacionada ), desta forma, as equalizações destes sinais podem ser ajustados de acordo com as exigências para a gravação. Estes sinais para gravação também podem ser retirados tanto dos canais Stereo Master, como dos canais de Submasters (Subgrupos). Estes ajustes de equalização não afetarão os sinais dos canais de monitores, que terão equalização própria através dos controles de graves e agudos (50) presentes na saída de cada canal de monitor e/ou também através de equalizadores gráficos adicionais. Caso contrário, sempre que fossem alteradas as equalizações dos canais de entradas por necessidade da gravação, seria alterada também as equalizações dos monitores, o que seria inconveniente. 12. AUX 1, AUX 2, AUX 3 e AUX 4: controles de nível individuais do sinal do canal de monitor correspondente. Estes quatro canais de auxiliares são pré-fader e poderão ser pré ou pós-equalizados dependendo da posição EQ OUT/EQ IN da chave (11). 13. AUX 5: controle de nível individual para o aparelho de efeitos (reverb, multi-efeitos, etc.). Esse canal de auxiliar é post-fader. 14. PAN : controle de panorama. Determina a posição de campo de som stereo na qual o canal é ouvido. Se o controle PAN for ajustado na posição do retentor (parada) central, o sinal do canal será enviado igualmente para todas as chaves de endereçamento dos canais L e R (15), 1 - 2, 3 - 4 (16), e destas aos canais selecionados de Submasters (Subgrupos) e/ou Stereo Master. Muitas vezes, em som ao vivo, o sistema pode ser utilizado como um ou dois canais de amplificação mono, neste caso, deixe o controle PAN na posição do retentor (parada) central. 15. CHAVE L - R: chave de endereçamento que quando acionada ( ) envia os sinais do canal de entrada correspondente diretamente aos canais Stereo Master L e R e por conseqüência ao canal MONO OUT (L + R) e aos demais canais de gravações (STEREO BETA/VHS AUDIO OUTS Camera 1 e Camera 2 e STEREO REC OUT). 16. CHAVES 1 - 2 / 3 - 4: chaves de endereçamento que quando acionada ( ) envia os sinais do canal de entrada mono correspondente aos canais de Submasters (Subgrupos) 1 e 2 ou 3 e 4. 17. CHAVE PFL (PRE-FADER LEVEL - Nível antes do controle de volume): pré-escuta. Quando acionada ( ) (em conjunto com a chave L•R/PFL - AUX (76) ), ouve-se o respectivo canal de entrada através do fone ou no canal de control room. O nível deste sinal aparece diretamente no primeiro VU Meter Bargraph à direita (R), no conjunto formado pelos 6 VU Meters Bargraph localizados na seção Master do console de áudio mixagem. Neste caso, o led (41) também permanecerá aceso enquanto esta, ou qualquer outra chave PFL, estiver acionada ( ); portanto é necessário verificar se não há outra chave PFL acionada ( ) nos outros os canais de entrada mono ou nos canais de entrada stereo para não causar interferência e/ou alterações na medição do nível de sinal de PFL deste canal. Lembramos mais uma vez que o nível indicado no VU Meter Bargraph mencionado é o nível encontrado depois da equalização e antes do fader (controle de volume) deste canal de entrada mono, e será o mesmo que irá para a áudio mixagem quando este fader estiver na posição marcada 0 dB. Dependendo da posição deste fader, poderá ser aumentado até +10 dB (posição do fader em máximo volume) ou diminuido na proporção da posição na escala do fader abaixo de 0 dB chegando até o volume 0, na posição ×. 18. CHAVE MUTE: quando acionada ( ) esta chave interrompe o sinal do canal de entrada

31 antes de ser mixado, evitando que canais não usados em determinados instantes interfiram nos demais canais, sem necessidade de zerar o controle de volume. 19. VOLUME: controle de volume (fader) individual do canal. Determina o nível do sinal enviado do correspondente canal de entrada mono para os canais de Submasters (Subgrupos) e/ ou canais Stereo Master, canal de Mono Out e demais canais de gravações. Se este canal de entrada mono não está sendo usado, seu volume deve ser ajustado para a posição mínima para prevenir ruído indesejado que possa ser adicionado ao sinal do programa principal.

Ø FASE – Ao se pressionar esta chave, o sinal de entrada sofre uma inversão de 180 graus.

Quando temos, por exemplo, dois canais de teclado enviando o programa musical e, por algum problema no cabo, ou mesmo no sistema dos teclados, um dos sinais está com fase invertida do outro. A forma de perceber esta inversão é quando aumentamos o volume de um canal e o som está bom, aumentamos o outro canal e o som também está; porém, ao aumentarmos os dois canais simultaneamente, perdemos nitidamente os graves e a definição do som. Basta a inversão desta chave para que tenhamos a soma dos sinais e não o seu cancelamento.

EQUALIZADOR – São quatro os tipos de equalizador existentes em Mesas de Som: Fixo, Shelving, Sweep e Paramétrico.

- EQUALIZADOR FIXO, os controles apenas alteram o ganho das freqüências

preestabelecidas e a largura de banda destas freqüências é estipulada pelo fabricante. Encontramos até cinco bandas de equalização fixa.

- EQUALIZADOR SHELVING, possui freqüência fixa e a largura de banda, neste caso, já é bem mais ampla, fazendo uma varredura a partir da freqüência fundamental para baixo (graves), ou a partir da freqüência fundamental para cima (agudos).

- EQUALIZADOR SWEEP, temos um recurso a mais que no fixo e no Shelving. Agora já podemos escolher e variarmos o seu ganho. Podemos selecionar, por exemplo, 500Hz e aumentarmos 5dB. Na grande maioria das mesas de som, encontraremos o controle de grave e agudo com equalização fixa ou Shelving, e o médio grave e o médio agudo, Sweep.

- EQUALIZADOR PARAMÉTRICO são com certeza, os mais completos, nos permitindo selecionar a freqüência desejada, variar o seu ganho e a sua largura de banda. Algumas mesas fazem a seleção do Q (o inverso da largura de banda: quanto mais estreita a banda, maior o Q) através de chaves, mas a maioria vem controlada por potenciômetro (variando tipicamente entre 0,5 e 3,0 oitavas).

Temos em geral, mesas com quatro controles de paramétricos para: grave, médio-grave, médio-agudo e agudo.

•Canais de Entrada Stereo CONECTORES DE ENTRADA STEREO LINE A e LINE B, cada canal de entrada stereo oferece uma escolha de 2 pares de conectores de entrada em stereo: 20. LINE A (L e R): conectores de entrada stereo desbalanceada de baixo ganho, para sinais de alto nível, com conectores RCA (L e R). 21. LINE B (L e R): conectores de entrada stereo balanceada de

32

baixo ganho, para sinais de alto nível, com conectores para plug stereo P10 (1/4” TRS) (L e R). Ambas (LINE A e LINE B) são utilizadas para conexão de CD, MD, tape-deck, teclados stereo, retorno de efeitos stereo, saída de áudio de multimídia, videocassete, etc. Caso for utilizado este canal de entrada stereo como canal de entrada mono, utilize o conector de entrada L, e o sinal será enviado igualmente aos 2 canais de saída Master L e R, de acordo com a posição do controle BALANCE. Vide item (32). 22. STEREO LINE INPUT SELECTOR -- A / B: esta chave push-button, seleciona as entradas LINE STEREO - A ou B pretendida para conexão dos sinais das fontes de programas stereo. Vide itens (20) e (21). Com esta chave desacionada ( ) os conectores LINE A são os selecionados e conectados nas entradas dos canais L e R do correspondente canal de entrada stereo e neste caso ficando isolados os conectores de LINE B. Com esta chave acionada ( ) são selecionados os conectores de LINE B para serem conectados nas entradas dos canais L e R do correspondente canal de entrada stereo, e neste caso, ficando isolados os conectores de LINE A. 23. STEREO DIRECT OUT: saída individual por canal de entrada stereo, com conector para plug stereo P10 (1/4” TRS), desbalanceada, post-fader, e também pós controle de Balanço (32), portanto este sinal de Direct Out Stereo é tanto afetado pelo controle de VOLUME (37) deste canal de entrada stereo correspondente quanto pelo respectivo controle de balanço (BALANCE) (32). A utilização do STEREO DIRECT OUT é para gravação multi-pistas em até 2 canais em stereo (canais de entrada stereo, 29 - 30 e 31 - 32 no modelo CSM 32.4) e (canais de entrada stereo 21 - 22 e 23 - 24 no modelo CSM 24.4) e mais 28 canais mono no modelo CSM 32.4 e mais 20 canais mono no modelo CSM 24.4, para maior clareza consulte também o item (3) DIRECT OUT, nos canais de entrada mono. 24. LED INDICADOR SIGNAL: este led (verde) acende quando um sinal está chegando ao conector de entrada utilizado do canal stereo correspondente. 25. LED INDICADOR DE 0 dBu: quando aceso, este led (amarelo) indica que o sinal pré e/ ou pós-equalizado do correspondente canal de entrada stereo alcança o nível de 0 dB depois dos controles de tonalidade e antes do fader (controle de volume (37) ) deste canal. Este recurso é extremamente útil para o ajuste rápido da sensibilidade de funcionamento dos canais de entrada através do controle de ganho (27). O nível ideal de funcionamento deste canal de entradadepois dos controles de tonalidade e antes do fader é em torno de 0 dB (quando o led indicador de 0 dBu estiver dando rápidas piscadas). Se o led indicador de 0 dBu se mantiver aceso continuamente, indica que o nível de sinal deste canal pode estar muito acima do nível 0 dB, então é necessário diminuir a sensibilidade de entrada deste canal utilizando o controle de ganho (GAIN) (27). Se mesmo assim não houver atenuação suficiente, é necessário reduzir o nível de saída da fonte de programa conectada à entrada deste canal. 26. LED INDICADOR PEAK: quando aceso, este led (vermelho) indica que o sinal pré e/ou pós-equalizado do correspondente canal de entrada stereo alcança um nível próximo ao nível de saturação do circuito do canal de entrada correspondente, o que você não deve deixar acontecer de modo algum. Este indicador alerta que poderá ocorrer saturação deste canal de entrada stereo, antes e/ou depois do fader (controle de volume (37) ) deste canal de entrada e indica que os procedimentos listados no item (25) não foram realizados corretamente.

33 27. GAIN: controle de ganho (duplo). Ajusta simultaneamente a sensibilidade dos canais L e R do canal stereo de entrada correspondente, variando-a entre +10 dB e --20 dB. O controle de ganho continuamente variável permite a utilização de teclados, CD, MD, tape-deck, retorno de efeitos stereo, saída de áudio de multimídia e videocassete, etc. 28. EQUALIZADOR DE 4 VIAS: os controles de equalização provêem cada canal de entrada stereo com controle de tonalidade de agudos (HIGH), médios-altos (HIGH MID), médios-graves (LOW MID) e graves (LOW), atuando simultaneamente nos canais L e R. Se os controles HIGH, HIGH MID, LOW MID e LOW estiverem todos no retentor central (pequena parada central, perceptível nos dedos do operador), o sinal não será modificado pelo equalizador do referente canal, conservando suas características de tonalidade, tal como saiu da fonte de programa ( CD, MD, tape-deck, teclados stereo, efeitos, saída de áudio de multimídia e videocassete, etc.). Se um dos 4 controles de tonalidade (HIGH, HIGH MID, LOW MID ou LOW), for rotacionado para a direita, provocará um reforço de até 15 dB (posição máxima à direita) nas freqüências correspondentes. Caso for rotacionado da posição central para a esquerda, provocará uma atenuação de até 15 dB (posição máxima à esquerda). 29. CHAVE EQ OUT/EQ IN: é uma chave que permite a escolha do ponto de retirada de sinal do referido canal de entrada stereo, antes ou depois da equalização, para ser enviado aos canais de auxiliares pré-fader (AUX 1, AUX 2, AUX 3 e AUX 4 - Monitores) ou seja, esta chave seleciona o tipo de monitoração desejada: antes ou após a equalização do referente canal de entrada stereo. Com a chave na posição EQ OUT (desacionada ), o sinal enviado aos canais de auxiliares através dos controles AUX 1, AUX 2, AUX 3 e AUX 4 (pre-fader) para os canais de monitores 1, 2, 3 e 4, é retirado antes da equalização deste canal de entrada, ficando neste caso, imune aos controles de tonalidade que agora têm efeito somente no sinal enviado aos canais de Submasters (Subgrupos) e/ou Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações. Com a chave na posição EQ IN (acionada ), o sinal enviado aos canais de auxiliares (monitores) através dos controles de auxiliares, é retirado depois da equalização deste canal de entrada correspondente, portanto, tem as mesmas características do sinal enviado aos canais de Submasters (Subgrupos) e/ou Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações. Com esta chave nesta posição, fica impossível alterar a equalização dos sinais enviados aos canais de Submasters (Subgrupos) e/ou canais Stereo Master, Mono Out e demais canais de gravações sem alterar, proporcionalmente, os sinais enviados aos canais de auxiliares 1, 2, 3 e 4 (monitores). Estas chaves presentes tanto nos canais de entrada stereo como nos canais de entrada mono, proporcionam extrema versatilidade ao CSM 32.4/ CSM 24.4, tornando-o apto a realizar o trabalho de P.A., gravação e monitor com apenas um console de áudio mixagem e um técnico de som ou trabalhos individuais de PA, gravação ou monitor, com muito mais perfeição do que com os consoles de áudio mixagem que não as possuem. 30. AUX 1, AUX 2, AUX 3 e AUX 4: controles de nível individuais do sinal do canal de monitor correspondente (Duplo L e R). Estes quatro canais de auxiliares são pré-fader e poderão ser pré ou pós-equalizados dependendo da posição EQ OUT/EQ IN da chave (29). 31. AUX 5: controle de nível individual para o aparelho de efeitos (reverb, multi-efeitos, etc.) (Duplo L e R). Esse canal de auxiliar é post-fader. 32. BALANCE: controle de balanço. Se o controle BALANCE for ajustado para a posição do retentor (parada) central, o sinal deste canal será enviado totalmente em stereo para as chaves de endereçamento dos canais L e R (33) e 1 - 2 / 3 - 4 (34) e estas aos canais selecionados de Submasters (Subgrupos) e/ou Stereo Master. Podemos compor o campo de som stereo no qual os canais stereo são ouvidos, através da posição do controle BALANCE. Ex.: sempre que rotacionarmos o controle BALANCE em direção ao canal L (e/ou canais Sub 1 e 3) aumentaremos a intensidade de volume deste lado à medida que irá abaixando a do canal R (e/ou canais Sub 2 e 4) e vice-versa, dos sinais enviados deste canal de entrada stereo para o canal Stereo Master L e R, o mesmo acontecendo em relação aos canais de Submasters (Subgrupos) selecionados pelas chaves de endereçamento.

34 33. CHAVE L - R: chave de endereçamento que quando acionada ( ) envia os sinais do canal de entrada stereo correspondente diretamente aos canais Master L e R e por conseqüência ao canal MONO OUT (L + R) e aos demais canais de gravações (STEREO BETA/VHS AUDIO OUTS Camera 1 e Camera 2 e STEREO REC OUT). 34. CHAVES 1 - 2 / 3 - 4: chaves de endereçamento que quando acionada ( ) envia os sinais do canal de entrada stereo correspondente aos canais de Submasters (Subgrupos) 1 e 2 ou 3 e 4. 35. CHAVE PFL (PRE-FADER LEVEL - Nível antes do controle de volume): pré-escuta. Quando acionada ( ) (em conjunto com a chave L•R/PFL - AUX (76) ), ouve-se o respectivo canal de entrada stereo através do fone ou no canal de control room. O nível deste sinal aparece diretamente no primeiro VU Meter Bargraph à direita (R), no conjunto formado pelos 6 VU Meters Bargraph localizados na seção Master do console de áudio mixagem. Neste caso, o led (41) também permanecerá aceso enquanto esta, ou qualquer outra chave PFL, estiver acionada ( ); portanto é necessário verificar se não há outra chave PFL acionada ( ) no outro canal de entrada stereo ou nos canais de entrada mono para não causar interferência e/ou alterações na medição do nível de sinal deste canal. Lembramos mais uma vez que o nível indicado no VU Meter Bargraph mencionado é o nível encontrado depois da equalização e antes do fader (controle de volume) deste canal de entrada stereo, e será o mesmo que irá para a áudio mixagem quando este fader estiver na posição marcada 0 dB. Dependendo da posição deste fader, poderá ser aumentado até +10 dB (posição do fader em máximo volume) ou diminuido na proporção da posição na escala do fader abaixo de 0 dB chegando até o volume 0, na posição ×. 36. CHAVE MUTE: quando acionada ( ) esta chave interrompe o sinal do canal de entrada stereo antes de ser mixado, evitando que canais não usados em determinados instantes interfiram nos demais canais, sem necessidade de zerar o controle de volume. 37. VOLUME: controle de volume (fader) duplo, atuando no canal stereo (L e R) correspondente. Determina o nível do sinal enviado do correspondente canal de entrada stereo para os canais de Submasters (Subgrupos) e/ou canais Stereo Master, canal de Mono Out e demais canais de gravações. Se este canal de entrada stereo não estiver sendo usado, seu volume deve ser ajustado para a posição mínima para prevenir ruído indesejado que possa ser adicionado ao sinal do programa principal.

EQ - Chave que aciona ou não o equalizador. Ao desligar esta chave, temos um sinal sem

equalização, ou seja, flat (plano). SUBMASTERS (subgrupos) – Os subgrupos servem para agruparmos vários canais e termos,

assim, um volume geral para todos. Normalmente, encontramos oito subgrupos (podendo também ser de quatro ou dezesseis) nas mesas. Podemos ter, assim, oito sub mixagens de grupos de instrumentos, como por exemplo: 1-Bateria, 2-Baixo, 3-Guitarras, 4-Percussão, 5-Vocais e 6-Voz principal. Se quisermos variar o volume de toda a bateria sem mudarmos a mixagem das peças individualmente, basta usarmos o subgrupo.

Os subgrupos possuem controle de panorâmico para que seu sinal seja endereçado para os masters, além de uma chave seletora de mono que envia o sinal para o master mono.

MASTER MONO – Esta é uma terceira saída, que pode receber sinal de determinados subgrupos (ou de todos), e ainda dos masters. Esta saída pode ser destinada para gravação de vídeo ou mesmo torres de delay.

MIX L X R OUTPUT – As saídas L e R da mesa de som dispõe de conectores XLR-3. TALKBACK – Permite a ligação de um microfone para se falar nas saídas selecionadas. O

nível é ajustado através de uma chave rotativa em alguns equipamentos. O controle de PAN (panorâmico) ajusta a posição do sinal de entrada entre o misturador estéreo

e pode ser deslocado de totalmente à direita, para totalmente à esquerda. Isto permite ao operador estabelecer sua correta posição espacial no misturador e pode ser importante para efeitos ao vivo.

PRÉ-FADE-LISTEN (PFL) permite ao operador monitorar o sinal de muitos pontos da mesa. Pressionado qualquer PFL, o sinal particularmente escolhido será ouvido nos fones, para checar a

35 qualidade do sinal ou apontar problemas. Usando o PFL, os sinais de saída da mesa não serão afetados.

METER – mostra o nível do sinal de entrada no canal por meio de um LED até uma barra de LEDs. Através dele, monitoramos o nível do programa de entrada e regulamos o ganho do canal, sempre levando em consideração a possibilidade de eventuais picos, deixando assim uma reserva.

MATRIX – É um recurso que nos permite endereçar os sinais vindos de subgrupos, masters e auxiliares para outras saídas, como por exemplo: torres de delay, gravadores, rádios e TVs e etc.

KNOBS – São botões dos painéis dos equipamentos, podem ser rotativos ou deslizantes. O “ INSERT” deixa o sinal ser processado fora da mesa, através de um equipamento ou

processador qualquer, e retorna diretamente ao misturador após a saída do processador. O ponto de inserção é normalmente “by passado” pelo padrão de soquete tipo Jack, e ele somente entra em operação quando o plug é inserido.

Os termos “pré” e “post” são encontrados no contexto de inserção, equalizadores e envios de auxiliares (auxiliary sends). Isto será explicado melhor mais adiante nas descrições de recursos.

A mesa de som, freqüentemente, analisa além de outros fatores, o montante da faixa dinâmica disponível. Esta é a medida de reserva encontrada para analisar os picos de entrada de um sinal sem distorções causadas pelo “clipping” , pois quando o sinal começa a ser alto podendo exceder os níveis de saturação do circuito, provem, ou de um ajuste incorreto, ou de fonte imprópria para os padrões de entrada do mixer. Se o sinal for muito baixo, ele começa a ser mascarado pelos níveis de ruído presentes em todos os mixers.

Mesa de Monitor A diferença básica para uma mesa de P.A. é que, no monitor, direcionamos o som dos canais a

várias saídas diferentes (1 a 24), com diferentes mixagens. Já no P.A., endereçamos todo o programa musical, basicamente, de dois até quatro canais de saída.

Hoje em dia, com o aumento de canais e vias de monitoração, vemos consoles cada vez mais complexas, e cada uma com recursos mais direcionados a determinadas aplicações. Com o surgimento dos monitores auriculares (in ear monitors), alguns consoles já vêm com várias vias em estéreo, facilitando o endereçamento aos fones.

A quantidade de canais de entrada também é bastante variável, chegando aos 56 ou 64 canais. Temos consoles de monitor que nos fornecem de 8 até 24 vias de endereçamento do sinal. É

comum encontrarmos grupos nacionais que utilizam 16, 17 ou até mais vias no palco. Em alguns eventos, temos até muito mais potência no sistema de monitor do que no P.A. As consoles, nome dado para mesas de som de grande porte, possuem fontes de alimentação

externa, o que evita ruídos de indução e permite maior ventilação.

Direct Box Ativo e Passivo O sistema de entradas balanceadas é muito útil quando os microfones e/ou instrumentos musicais estão instalados em ambientes onde seus cabos de ligação são longos (20 metros ou mais) e passam perto principalmente de cabos de iluminação e energia Os cabos de ligação de iluminação e/ou outros equipamentos elétricos induzem facilmente roncos e estáticas nos cabos de microfones e/ou equipamentos periféricos de som, que são amplificados pelo canal do console de áudio mixagem. Em um sistema que tanto os canais do console de áudio mixagem como os microfones são balanceados, estes roncos e estáticas são praticamente cancelados. Quando os canais do console de áudio mixagem são balanceados, mas alguns instrumentos utilizados não são, utiliza-se cabo balanceado e em sua extremidade, perto do instrumento, liga-se um direct box, que torna o instrumento balanceado. Existem 2 tipos de direct box: os passivos que são mais comuns e os ativos. Os passivos introduzem balanceamento, porém, com uma queda de nível de ±20 dB, o que equivale a reduzir o nível de sinal em ± 10 vezes. 1 - Direct Box Passivo: um teclado, instrumento de cordas ativo, instrumento de cordas

36 captado por microfone de contato de eletreto, ou instrumento de cordas ligado serialmente a um pedal de efeitos com sinais de nível de linha em torno de 0 dB = 775 mV ficariam reduzidos a 77,5 mV se fossem conectados através de um direct box passivo; o que equivale a dizer que seriam reduzidos de nível de linha para nível de microfone. Neste caso, por exemplo, qualquer um destes instrumentos que ligado sem o direct box, é normalmente ligado na tomada LINE, com o direct box passivo passaria a ser ligado na tomada MIC pelo novo nível de ganho após o direct box passivo. 2 - Direct Box Ativo: de acordo com a marca ou modelo, o direct box ativo apresenta vários valores de redução (atenuação) de nível de sinal. a. Conservando o mesmo nível de sinal (atenuação de 0 dB): neste caso, estes instrumentos não podem ser ligados na tomada MIC (de baixa impedância e alto ganho) ou causarão saturação. Terão que ser ligados na tomada LINE. b. Com redução (atenuação) de 15 dB (redução do nível de sinal em ± 5,6 vezes): estes mesmos instrumentos com nível em torno de 0 dB = 775 mV ficarão reduzidos a 138 mV, e agora deverão ser conectados na tomada MIC e o ganho do canal de entrada deverá ser ajustado para esse nível. c. Com redução (atenuação) de 20 dB (redução do nível de sinal em ± 10 vezes): a redução fica igual à introduzida pelos direct box passivos. Os mesmos instrumentos ficarão reduzidos a 77,5 mV e deverão ser conectados na tomada MIC, e o ganho do canal de entrada deverá ser ajustado para este nível.

Conexões, Conectores e Plugs Embora possa parecer um assunto simples, esta é a origem dos problemas mais freqüentes de

som. Feito de forma correta com cabos apropriados e conectores certos para o trabalho, serão assegurados o melhor desempenho para seu sistema com o mínimo de ruído.

O procedimento abaixo irá ajudar você a conectar sua mesa corretamente. Dois tipos diferentes de conectores são mais usados, o XLR e o Jack 1/4 de 3 pólos (estéreo). Eles são usados em diversas configurações como mostra o digrama abaixo:

Plug P10 Mono Plug P10 Stereo

37

Amplificador É amplificador de áudio o equipamento eletrônico que a partir de um pequeno sinal de áudio

colocado na sua entrada, fornece na sua saída este sinal ampliado e adequado ao funcionamento de um ou mais falantes.

A função básica de um amplificador é simples: Amplificar!... Mas são tão variados os equipamentos que precisam da sua amplificação e também tantos os tipos de falantes que precisam de sua alimentação, que se torna indispensável conhecer melhor a Potência, como é vulgarmente chamado, para poder ao final se estabelecer um equilíbrio entre preço e desempenho para a aplicação que se deseja.

Um amplificador é mono quando tem somente um canal de amplificação e estéreo quando tem dois canais independentes com características gerais idênticas. Existem outras configurações onde encontramos amplificadores com maior número de canais ou com diferentes características entre eles e servem para aplicações dedicadas.

38

O gabinete de um amplificador tem dois painéis: O Painel frontal onde ficam os controles de

volume, chave liga-desliga e os indicadores de condição de funcionamento e o Painel traseiro com todos os conectores de entrada, saída e o cabo de alimentação de força. Os amplificadores de média e alta potência ocupam uma parte destes painéis com aberturas que permitem a entrada e a saída do ar utilizado na refrigeração. Estas passagens de ar, se obstruídas, irão prejudicar o funcionamento normal do amplificador.

Ligações de entrada: Ficam geralmente no painel traseiro. A entrada de sinal deve sempre ser "fêmea de painel".

Com respeito a entrada de sinal, existem dois tipos de amplificadores: Os de entrada balanceada e os de entrada não balanceada. Sempre que possível, devemos escolher o primeiro, para que o nosso sistema tenha um desempenho dinâmico superior e com menor ruído.

ATENÇÃO: Para se ter certeza de que a entrada de um amplificador é balanceada, devemos consultar suas especificações técnicas, pois a simples presença de conectores do tipo "XLR" de três pinos no painel traseiro não é suficiente para que suas entradas se tornem balanceadas.

Para se levar um sinal de áudio até a entrada do amplificador, devemos usar sempre um fio especial chamado coaxial. Quando descascamos um cabo coaxial, encontramos logo uma camada de malha trançada ou uma camada enrolada de papel aluminizado, que funciona como blindagem e condutor comum. Dentro da blindagem, temos um condutor isolado quando o amplificador possui entrada desbalanceada e dois condutores isolados no caso da entrada balanceada. O fio que chega ao amplificador deve ser terminado sempre com um conector macho de cabo. Para se fazer esta ligação devemos sempre consultar o manual do fabricante.

Sensibilidade de entrada para máxima potência (Medida em Volt): Quando se coloca um pequeno sinal de áudio na entrada de um amplificador, podemos ouvir

pelos falantes na sua saída este sinal com maior amplitude. Se aumentarmos o sinal de entrada irá ocorrer um aumento proporcional na saída e assim por diante. Vamos descobrir, entretanto, que há um limite para esse aumento no sinal de entrada, chamado Sensibilidade. A partir deste ponto o sinal na saída pára de aumentar, porque chegamos a potência máxima do amplificador.

Existe uma certa variação de marca para marca. Os mais sensíveis (com 0,5Volt), até os menos (com 1,5Volt).

Amplificadores muito sensíveis (0,5V) costumam aumentar o ruído do sistema e os chamados duros, Os pouco sensíveis (1,5V), irão exigir maior esforço do estágio de saída da mesa, ou do pré que estão amplificando.

Devemos, portanto, escolher uma sensibilidade média por volta de 0,775 a 1 Volt.

Impedância de entrada: A impedância de entrada do amplificador é a carga que ele apresenta para o sinal que

colocamos na sua entrada. Esta carga é medida em ohms. Existem valores típicos de impedância de entrada para os amplificadores, conforme sua categoria

e função principal, como veremos abaixo.

39

Categoria Tipo de entrada Faixa de valor

Profissional (PA ou Estúdio) Balanceada 600 ohms a 10 kilo ohms

Profissional automotivo (Som para carro, especial)

Não balanceada 5 a 50 kilo ohms

Profissional industrial (Som ambiente)

Balanceada ou não 600 ohms a 10 kilo ohms

Semi profissional

Doméstico separado

Não balanceada

Balanceada ou não

10 a 100 kilo ohms

600 ohms a 100 kilo ohms

O valor alto ou baixo da impedância de entrada por si, não é um indicador da qualidade de um amplificador, seu valor serve mais para definir qual deve ser a impedância de saída do equipamento que o alimentará de sinal, no caso, a mesa de som, crossover ou o pré-amplificador.

Em áudio, a impedância de entrada de um equipamento deve sempre ser maior do que a impedância de saída do aparelho que o alimenta de sinal.

Devemos evitar em todos os casos as altas impedâncias (acima de 10 kilo ohms). A alta impedância de entrada aumenta a captação de ruído eletrostático da cabeação e microfonia.

As conexões de sinal de entrada de um amplificador são provavelmente a principal razão da queima e de problemas de mau funcionamento nos sistemas de áudio.

Conexões de entrada: Olhando para o painel de entrada dos amplificadores, vamos descobrir que há uma grande

variedade de conectores que são escolhidos para fazer esta função. Dependendo da aplicação de um amplificador profissional, ele precisará de entradas

balanceadas. A simples presença de entradas balanceadas não é sinônimo de profissionalismo, mas quando precisamos montar um sistema de áudio num local com muita interferência elétrica ou que tenha cabos longos para envio do sinal, é indispensável que isto seja feito com cabos, entradas e saídas balanceadas em todas as suas etapas, desde o microfone até a entrada do amplificador de potência.

Os amplificadores de entrada balanceada usam geralmente o conector fêmea "XLR" de 3 pinos. O pino 1 é usado para a ligação do comum do circuito, onde se liga a malha do cabo de sinal, o pino 2 é usado para o sinal em fase e o pino 3 para o sinal invertido.

ATENÇÃO: Existe ainda pelo mundo alguns países onde a orientação destas ligações, é

invertida no caso dos pinos 2 e 3, e para não haver problemas de inversão de fase, devemos sempre consultar o manual.

Os amplificadores que operam com entradas desbalanceadas costumam exibir conectores fêmea "RCA" e alguns, menos comuns, o conector fêmea "BNC", este último é muito confiável. Em todos os casos, o mais importante é a qualidade do banho dos contatos, que deve ter aparência brilhante não só na primeira semana de uso do aparelho.

40 Conectores que depois de algum tempo perdem o brilho ou ficam escuros serão a principal razão para falhas e distorção, por isso devem ser trocados.

Potência de saída: É sem dúvida a característica mais importante na avaliação de um amplificador de áudio e está

diretamente ligada ao seu preço e ao volume máximo de som que se deseja. Por esta razão é que encontramos no mercado amplificadores com tamanha variedade no que se refere à potência de saída.

Já ha alguns anos, por causa do avanço tecnológico em matéria de componentes eletrônicos, podemos dizer que todos os amplificadores de potência de áudio seriamente projetados atingiram a perfeição necessária para o bom desempenho de um sistema de som.

Por ser a potência de saída um fator decisivo na escolha de um amplificador, foi necessário o desenvolvimento de um método bastante preciso para sua medição e a unidade de medida para esta grandeza é o Watt RMS.

Todo amplificador traz no seu manual, na parte de especificações técnicas, o item "Máxima potência em Watts RMS" e junto deste dado devem aparecer mais algumas informações complementares, indispensáveis à sua perfeita avaliação.

No caso dos amplificadores mono (com apenas um canal de saída), basta sabermos com que carga esta potência se desenvolve, a que nível de distorção e em que faixa de freqüência.

Já no caso dos amplificadores estéreo, estéreo assimétrico ou multi canais, estes dados devem ser específicos para cada canal, quando em funcionamento individual e também para seu funcionamento conjunto uma vez que a potência chega a variar muito nessas condições.

É verdade que a potência de saída de um amplificador de áudio é diretamente proporcional ao quadrado da tensão do sinal que colocamos na sua entrada e também ao número de falantes que colocamos na sua saída, mas existem várias limitações e são estas limitações que vão distinguir um amplificador de outro.

Todo bom amplificador tem um número ideal recomendado de falantes que podemos colocar em paralelo nas suas saídas. Se colocarmos menos falantes, ele terá menor potência disponível e funcionará com certa folga mantendo, porém suas especificações nominais de qualidade de som. Colocando o número máximo recomendado de falantes, poderemos utilizar a sua máxima potência disponível com segurança e qualidade de som. (Não é recomendável utilizar arranjos com falantes em série, mesmo que sejam do mesmo modelo).

ATENÇÃO: Algo bem diferente ocorre quando colocamos um número excessivo de falantes na saída de um amplificador de áudio, mesmo que seja só um a mais. O primeiro sintoma é o aumento da temperatura geral do aparelho que tenderá a se desligar por proteção térmica, sua potência máxima rapidamente cai para a metade e na maioria dos casos perdemos a qualidade do som.

A potência de saída de cada canal de um amplificador se divide igualmente entre os falantes quando estes forem do mesmo modelo e estiverem em paralelo.

Quando se coloca num amplificador um sinal senoidal de amplitude máxima e constante com distorção harmônico menor que 1%, seu consumo de energia elétrica chega geralmente a uma grandeza 1,6 vezes maior que a potência de saída nominal que vai para os falantes. Como exemplo podemos concluir que um amplificador de 2000 WRMS irá consumir 3200 Watts, na sua máxima potência.

Felizmente, esta não é a condição prática de funcionamento de um amplificador de áudio moderno. Na prática vamos ter outras taxas médias de consumo bem menores e que dependem do tipo de programa que se vai reproduzir.

Como referência o ruído rosa, que se aproxima do aplauso constante de uma torcida, tem um ciclo útil de 50%.

Rock n' Roll de alta compressão nos médio graves tem um ciclo útil de 40%. Trio elétrico com seu emprego típico para as massas, tem um ciclo útil de 35% a 40%. Jazz moderno e os programas de show brasileiro têm um ciclo útil de 30%. A música ambiente tem um ciclo útil de 20%.

41

A voz isolada de um cantor e a conversação contínua tem um ciclo útil de 10%. Um sistema de chamadas de uso pouco freqüente tem um ciclo útil de 1%.

Especificações de carga na saída do amplificador de áudio: No manual do proprietário de um amplificador de áudio, vamos encontrar o item "Potência de

saída". A potência de saída é normalmente especificada em Watts RMS, sobre uma certa carga

resistiva que é dada em ohms. Na pratica, os amplificadores de áudio são fabricados nas mais variadas potências, que vão

desde alguns watts até muitos quilowatts, dependendo da sua aplicação. O mesmo não ocorre com o valor da carga resistiva correspondente. A maioria dos amplificadores é especificada para operar com cargas resistivas de 8, 4 ou 2 ohms.

Como o que queremos colocar na saída do amplificador são caixas acústicas e não resistores, é preciso saber mais sobre o projeto dessas caixas e dos alto falantes que elas vão usar, para estabelecer uma correspondência entre os mesmos.

Até uns 15 anos atrás, não havia muita novidade. Toda caixa acústica tinha seus dois ou três falantes, um divisor passivo com seus indutores, resistores e capacitores e o fio que ligava a caixa ao amplificador.

Os falantes com uma impedância nominal de 8 ohms, tinham na verdade uma impedância mínima de 80% deste valor (6,4 ohms) e o divisor passivo colocava em série com os falantes pelo menos mais uns 2 ohms.

Em resumo, uma boa caixa acústica daquela época, tinha uma impedância mínima de 8 ohms ou um pouco mais, então tudo corria bem. O amplificador feito para uma carga de 8 ohms funcionava bem com uma caixa acústica, o de 4 ohms era capaz de operar com duas caixas e o de 2 ohms com até 4 caixas em cada canal.

Muita coisa mudou nos últimos 15 anos... Com a chegada ao mercado do divisor de freqüência ativo, o chamado Crossover Eletrônico, a

caixa acústica deixou de usar o divisor passivo, aquele que introduzia uns 2 ohms em série com o falante.

Ao mesmo tempo, muitos fabricantes internacionais famosos de alto falantes, procurando aumentar a eficiência de seus produtos, diminuíram a impedância mínima, embora continuem a declarar a impedância nominal de 8 ohms; e estão chegando quase aos 5 ohms (bem abaixo do que as normas recomendam).

Os amplificadores por sua vez, estão muito mais potentes, exigindo uma fiação para ligação da caixa cada vez mais curta e grossa.

Bem, com tudo isso, se refizermos as contas, uma caixa acústica hoje, ligada ao amplificador, não tem mais do que 6 ohms.

Podemos então concluir sem errar, que um amplificador projetado para operar com uma carga de 8 ohms na sua saída, hoje em dia terá muito pouca serventia. Os amplificadores de 4 ohms só serão capazes de alimentar uma caixa acústica e os de 2 ohms poderão no máximo alimentar 3 caixas, ou 3 alto falantes em paralelo em cada canal.

Potência do Amplificador A potência dos amplificadores é medida em Watts. O Watt (tem como abreviatura o W) é uma

unidade de medida de energia. Ao avaliar um amplificador, a primeira pergunta feita por muitas pessoas pessoa é: Quantos

watts o amplificador produz? No entanto, a capacidade de potência é apenas uma das funções do amplificador. Mais importante ainda é a ausência de distorções e de sons estranhos como zumbidos e interferências.

Ë necessário atenção também para a impedância dos amplificadores, isso irá determinar como você vai utilizá-los com as caixas de som.

42

TIPOS DE POTÊNCIA

IHF (Institute of high fidelity) saída máxima de um amplificador de potência, num regime de 10% .

Dependendo da fonte de alimentação do amplificador, a potência IHF costuma ser de 1,1 a 2 vezes a potência RMS.

RMS Potência máxima sem distorção fornecida pelo amplificador em regime continuo. É o padrão

adotado pelos profissionais, e onde aparecem os números reais.

MUSICAL Padrão empregado para alto-falantes e drivers. É a potência que o transdutor consegue fornecer

por períodos muito curtos (sem queimar nem estragar), com distorção inferior a 10% . É o dobro da potência RMS.

PMPO (Peak Maximum power Output) ou ainda Potência Máxima para Otários. Não é um padrão. A

potência PMPO não se baseia em nenhum fator técnico, cada fabricante inventa quantas vezes mais quer especificar, e assim encontramos fatores de 2 até 40 vezes mais que a realidade! Nunca leve em consideração a potência PMPO. Dimensionamento de Cabos de Alimentação

Existe um componente do sistema de som que afeta o rendimento e que muitas vezes é sempre esquecido: os cabos de alimentação dos amplificadores e demais equipamentos, sendo assim:

VERIFIQUE SE A FONTE DE ENERGIA ELÉTRICA É COMPATÍV EL COM O CONSUMO QUE O SEU SISTEMA NECESSITA.

Procure saber através do manual do fabricante o consumo de corrente do equipamento, para

dimensionar o cabo ideal.

VERIFIQUE SE A BITOLA DO CABO DE ALIMENTAÇÀO SUPORT A A CORRENTE DE CONSUMO DO SISTEMA. SE O CONSUMO DO SISTEMA FOR MUITO GRANDE, PODE-SE USAR UM CONJUNTO DE CABOS DE ALIMENTAÇÃO LIGADOS EM PARALELO.

Devido à resistência do cabo de alto-falantes, o amplificador vai produzir menos potência

devido ao aumento da impedância em sua saída, resultante da soma da resistência do cabo à impedância da caixa acústica.

Um cabo com bitola mais fina do que a necessária provoca uma acentuada queda na qualidade dos graves, além de aumentar o risco de queima dos alto-falantes, pois, com a diminuição do FATOR DE AMORTECIMENTO que é dispositivo dos amplificadores que protege a excursão dos alto-falantes evitando assim o seu rompimento das bordas.

Veja na tabela abaixo como as bitolas dos cabos podem afetar o FATOR DE AMORTECIMENTO de 1000 em 8 ohms de um amplificador.

DISTÂNCIA ENTRE O AMPLIFICADOR E A CAIXA ACÚSTICA

43

30 metros 10 metros 5 metros Impedância Dos alto-falantes BITOLA DO CABO

8 ohms 4 ohms 2 ohms 8ohms 4 ohms 2 ohms 8 ohms 4 ohms 2 ohms

1,00mm2 10 5 2 29 15 7 57 28 14 1,50mm2 16 8 4 46 23 11 87 44 22 2,50mm2 25 12 6 70 35 18 132 66 33 4,00mm2 39 19 10 108 54 27 198 49 59

Fator de Amortecimento Esta característica é importantíssima quando se trata de um amplificador para atuar em sub-

graves ou graves. E expressa com número inteiro e é sempre relacionada com determinada freqüência e impedância de carga.

Quanto maior o valor, melhor. Bons equipamentos devem apresentar valores acima de 300 para freqüências inferiores a 200 HZ.

Muitos já devem ter observado que determinado amplificador quando ligado ao um alto-falante, produz um grave melhor deslocando menos o cone e que outros são opostos.

Isto acontece porque os alto-falantes, além de transformarem energia elétrica em mecânica, também o inverso ou seja, quando o amplificador envia um sinal elétrico ao alto-falante a bobina se movimenta proporcionalmente ao sinal mas gera também uma voltagem reversa que volta ao amplificador que chamamos de ELETRO MOTRIZ.

Se o fator de amortecimento for pequeno esta voltagem reversa pode ocasionar instabilidade. Quando o fator é alto, esta mesma voltagem reversa encontra uma impedância tão baixa da saída do amplificador que termina sendo anulada, não trazendo nenhum efeito negativo.

A redução da impedância de carga do amplificador influencia diretamente sobre o fator de amortecimento. Quanto menor a impedância da carga, pior será o fator de amortecimento.

Conseqüentemente, podemos concluir que não devemos utilizar impedâncias baixas quando estamos trabalhando com baixas freqüências, pois é onde precisamos ter todo o controle sobre os alto-falantes que geralmente tem massa elevada como no caso dos alto-falantes de 15" e de 18".

Não podemos esquecer que os cabos de conexão influenciam diretamente, pois adicionam sua resistência entre o amplificador e o alto-falante. Por isso, devem estar bem dimensionados no sentido de apresentarem a menor impedância possível para se evitar perdas de potência e redução do fator de amortecimento. A qualidade dos graves é diretamente ligada a este parâmetro. A perda de potência ocasionada por cabos com impedância alta, geralmente ignorada por muitos, é causa freqüente de decepções durante testes comparativos onde a impedância do cabo é tão alta que faz com que boa parte da potência fique perdida e o alto-falante fique sem controle.

Dimensionamento de Cabos de Caixa de Som

A maioria dos cabos é feita de cobre. Apesar de ser um metal bom condutor, ele apresenta uma certa resistência à passagem de corrente elétrica. E quanto mais finas for, para uma mesma corrente elétrica as perdas aumentam. Veja no quadro abaixo uma comparação entre várias bitolas de cabo paralelo com impedância de alto-falantes e distância de cabo entre o amplificador e as caixas.

UTILIZE UM CABO DE ALTO-FALANTE DE ACORDO COM A IMP EDÂNCIA DAS CAIXAS ACÚSTICAS E A DISTÂNCIA DELAS AO AMPLIFICADO R, ESCOLHENDO A MENOR PERDA POSSÍVEL.

44

Na pratica, não é aconselhável trabalhar com perdas de potência maiores que 7%.

A solução para diminuir a perda na fiação é engrossar o fio. Cada vez que dobramos a bitola do fio, a perda cai para a metade. A recomendação então é simples. Para instalações de longa distância, acima de 30 metros, dobrar a bitola do fio.

Balanceamento e Desbalanceamento A maioria das mesas de som possuem entradas dos canais balanceadas, isto é. Eles têm

separado o positivo (HOT), o negativo (COLD) e o TERRA. O desenho das entradas diferenciadas é semelhante à barreira de interferências de cancelamento

externo. Isto ocorre desde que o fio positivo e o negativo estejam próximos e sujeitos ao mesmo campo elétrico de interferência sendo amplificado somente entre os fios positivos e negativos.

Qualquer sinal ou interferência de mesma intensidade em ambos os fios não serão amplificados, caracterizando-se assim uma rejeição de ruído, chamada “common mode rejection” (CMR), ou seja, a rejeição de modo comum.

Entradas balanceadas terão o positivo e o negativo sempre separados, e somente se a entrada for desbalanceada, o negativo será conectado ao TERRA.

NOTA: Muitos aparelhos e instrumentos musicais tem saídas eletronicamente balanceadas e não precisam Ter seu negativo conectado ao terra. Usam-se entradas balanceadas na medida do possível.

A saída do misturador, saída mono, saídas de grupos e saídas auxiliares possuem compensação de terra, que proporciona uma maneira mais efetiva de otimizar a imunidade ao ruído, sem os custos e a complexidade das saídas balanceadas.

Estas saídas empregam uma técnica de compensação de terra para cancelar os efeitos da variação do potencial de terra entre a mesa de som e outro equipamento que poderia de alguma forma de apresentar ruído.

Compressor É um aparelho que permite a redução da dinâmica de um determinado instrumento ou voz, ou

mesmo de toda a mixagem proveniente da mesa de som. Ë um aparelho utilíssimo, pode até mesmo proteger o equipamento, já que quando em ajuste de limitação, evita que os amplificadores, alto-falantes e drivers trabalhem fora de sua região segura, além do seu limite físico e/ ou elétrico.

O compressor contém os seguintes controles:

Coluna 1

Coluna 2

Coluna 3

Coluna 4

Coluna 5

Coluna 6

Coluna 7

Coluna 8

Corrente-max. 1-fio paralelo ao ar livre 5A por mm²

Máxima transferência de potência p/ um Amp em 120 Volts

Máxima transferência de potência p/ um Amp em 220Volts

Secção do Fio em mm².

Perda de potência de saída pela distância em %

Perda de potência de saída pela distância em %

Perda de potência de saída pela distância em %

Perda de potência de saída pela distância em %

Ampères Watts RMS Watts RMS em mm² 110V/220V 10 metros

110V/220V 20 metros

110V/220V 40 metros

110V/220V 80 metros

2,5 300 550 0,5 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6%

5 600 1100 1 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 7,5 900 1650 1,5 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 10 1200 2200 2 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 12,5 1500 2750 2,5 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 15 1800 3300 3 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 17,5 2100 3850 3,5 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 20 2400 4400 4 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 22,5 2700 4950 4,5 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6% 25 3000 5500 5 3% / 1,6% 5,6% / 3% 11% / 5,9% 20% / 10,6%

45

Threshold Quer dizer limitador, parâmetro do qual você regula o nível em que o compressor começa a

atuar no sinal.

Ratio Quer dizer proporção, controle no qual você regula a margem dinâmica do sinal, em outras

palavras, você coloca o sinal mais forte (pico) em uma determinada proporção com os sinais mais fracos.

Attack Quer dizer ataque, controle que regula o “tempo de ataque”, o momento em que o compressor

começa a atuar no sinal, geralmente o tempo varia de 0 a 200 mili-segundos.

Release Quer dizer relaxamento, controle que é o contrário do attack. Ele regula o momento em que o

compressor deixa de atuar sobre o sinal. O seu tempo também esta impresso em mili-segundos.

Gate Quer dizer porta, controle no qual o próprio nome diz serve para fechar o canal quando este

tiver um nível baixo ou não existir nenhum sinal.

Output Quer dizer saída de controle que serve para igualar o sinal de entrada no compressor com o

sinal do mesmo.

Processadores de Efeito É um aparelho que produz modificações num sinal de qualquer espécie para criar climas ou

situações interessantes. Os aparelhos de efeito são também chamados de FX, abreviatura de effects em inglês. Um pedal de distorção, por exemplo, é um efeito: aplicado ao sinal de uma guitarra, cria uma sonoridade diferente.

Hoje em dia existem diversos tipos de efeito, mas vamos conhecer alguns tipos e qual é a sua aplicação. REVERB HALL - Simula a reverberação de uma grande sala de concertos REVERB ROOM - Simula a reverberação de uma sala com paredes de concreto que produz eco. Use este programa para dar uma atmosfera de vida aos sons de percussão. REVERB PLATE - Simula o efeito de reverberação e plantas metálicas. Mas para maioria dos sons, especialmente vozes, bateria e percussão em geral. REV AMBIENCE - Simula a reverberação ambiente cercada de instrumentos. Bom para vozes, coro e percussão. REV LIVE ROOM - Simula a reverberação de uma sala de espetáculo ao vivo. As reverberações refletidas são mais fortes que as da SALA REVERBERANTE. REVERB VOCAL - Simulação de reverberação ideal para vozes e coros. CHORUS > REVERB - Coro estéreo seguido de reverberação. DELAY - Retardo de tempo. KARAOKE ECHO - Clássico eco tipo karaokê.

46 VOCAL DOUBLER - Mudança de altura de duplo vocal. Bom para glissando de guitarra. PITCH - Divertida mudança de voz para sons estranhos. CHORUS - Um coro estéreo. Produz um rico efeito de espessura. Bom para guitarras, baixo e cordas. SYMPHONIC - Produz um rico e grande efeito de coro, maior do que CORO solo. FLANGE - Produz um efeito de túnel. Bom para guitarra, baixo, piano, timbales e outros sons ricos em harmonia. TREMOLO - Tremolo estéreo. Igual aos amplificadores de guitarra. Bom para guitarras.

Microfones Microfones são transdutores eletroacústicos que, ao contrário dos alto-falantes, transformam

energia da forma acústica para elétrica. Qualquer microfone possui duas peças principais: o diafragma e o elemento gerador. O

diafragma é uma pequena membrana que, exposta ao campo de som, amostra continuamente as ondas acústicas. Funciona suspensa, de modo que suas vibrações correspondem às vibrações das ondas de som. O elemento gerador converte as vibrações mecânicas do diafragma em tensão elétrica, que é enviada através do cabo para a mesa ou outro equipamento.

Os microfones podem ser construídos para responder ou não igualmente aos sons que lhe atingem de diversas direções. Quando eles são testados, estes padrões são conhecidos e anotados nos gráficos circulares para formar o que é chamado “padrão de resposta polar” de um microfone.

As características direcionais, com relação à resposta de freqüência, são desenhadas nestes gráficos através do uso de diferentes linhas, porque os microfones apresentam variados padrões em diferentes freqüências.

Tipos de Microfones Microfones dinâmicos: são microfones de baixa impedância (± 600 ohms), baixo nível de sinal, geralmente balanceados e devem ser conectados diretamente na tomada MIC da Mesa de Som. Geralmente tem 3 padrões de captação sendo que o padrão CARDIÓIDE e o mais usado e comum no mercado.

• Cardióide - Este padrão, como sugere o nome, tem formato de coração.Ele apresenta menos sensibilidade a sons vindos de trás, comparando com sons que chegando pela frente.Padrão cardióide é também chamado de unidirecional e é mais sensível a sons vindos de frente. Exemplo: Shure SM58, LeSon SM58, Samson Q7, JTS Prosound 3, AKG D880 etc

• Supercardióide - Ele é similar ao cardióide, mas possui uma pequena bola que o faz menos sensível a sons que vindo de um ângulo de 135 e 225 graus. A presença desta bola o torna mais sensível nas costas, comparando ao cardióide normal. Exenplos: Shure Beta 58, Samson Q8,

• Hiper-Cardióide - Já este padrão polar é a segunda derivação do cardióide. Nas costas há uma pequena diminuição na sensibilidade, em relação à frente. Exemplos: Akg C1000,

Microfones phantom: são microfones a condensador e necessitam da alimentação phantom para funcionarem, e basta conectá-los na tomada MIC da Mesa de Som e acionar a chave PHANTOM POWER do canal equivalente. Geralmente são microfones especiais e usados somente em Studios de Gravação por terem alta sensibilidade, impedindo seu uso próximo de Caixas de som principalmente de Retornos. Possui todos os tipos de captação podendo ser até Multi-padrão

• Omnidirecional - O padrão omnidirecional ou circular é capaz de captar os sons vindos de qualquer direção num ângulo de 360 graus. Isto quer dizer que ele tem a capacidade de “enxergar” o que vem da frente, de trás e dos lados e dar um tratamento igual a todos eles embora haja uma perda de agudos nos sons vindos de trás.

47

• Bi-Direcional - O padrão bidirecional (ou figura-de-oito) , como o nome explica, exibe igual sensibilidade a sons vindos de duas direções: da frente e de trás. Com grande rejeição aos sons que vêm do lado. Uma possível aplicação para este arranjo pode ser quando se tem dois cantores que precisam casar as palavras de uma canção, se olhando boca-a-boca.

• Shotgun - Nosso último padrão polar é chamado de shotgun (acredite se quiser: espingarda), com este nome por causa da sua semelhança com a arma dos caçadores. Ele é usado principalmente para trabalhos de campo, ou seja: gravações remotas – trabalhos de cinema e vídeo, quando o microfone precisa ficar longe da câmera. Este microfone possui um padrão de captação com o diafragma num formato de lobo (a área onde o sinal tem sua máxima força é denominado “lobo maior” e as outras “lobo menor”) devido ao seu alto grau de rejeição a sons vindos de frente.

Microfones sem-fio (VHF ou UHF): transmitem o sinal captado para um receptor e a saída deste deve ser conectada no canal de entrada do console de áudio mixagem. Os microfones sem-fio mais comuns são os de VHF, e o nível no conector de saída de áudio do receptor é de linha (alto nível) e desbalanceado, e devem ser conectados diretamente na tomada LINE. Por serem de alto nível, podem ser conectados no canal de entrada do console de áudio mixagem através de direct box passivo ou ativo com redução de ganho de no mínimo 15 dB, e neste caso, como houve redução de ganho, devem ser conectados na tomada MIC. Na linha “top” dos microfones sem-fio, seus receptores possuem saída de áudio balanceada e uma chave que comuta:

• Para nível de linha balanceada e neste caso, devem ser conectados diretamente na tomada LINE da Mesa de Som.

• Para nível de microfone (baixo nível) balanceado e neste caso, devem ser conectados diretamente na tomada MIC da Mesa de Som. Exemplos: Shure, Karsect, Staner, AKG etc.

Microfones de eletreto: são microfones de baixo nível de sinal, a condensador, e não necessitam de alimentação externa para funcionarem. Apesar de também serem a condensador, diferem dos microfones phantom quanto à alimentação. Os microfones de eletreto contêm alimentação interna através de baterias e não deve ser acionada a chave PHANTOM POWER do canal correspondente onde este microfone está conectado.

Um Conselho

É muito importante que você comece a se familiarizar com os efeitos de cada controle obtido sobre o som. E a melhor maneira de se conhecer bem os caminhos da operação da mesa, é dispor de um tempo para ouvir os efeitos de cada controle.

LEIS DE MURPHY: Se houver a menor chance de algo dar errado. Dará

Se o seu evento (show) deu certo é porque algo saiu errado.

EQUIPAMENTOS: O PA sempre para na hora do evento (show).

Caso ele esteja bem montado, vai parar apenas de um lado. Quanto maior a caixa, menor o som que ela emite.

A caixa que queima primeiro é a que custou mais caro. Caso todas tenham o mesmo preço, queimará primeiro a que não tem conserto.

O equipamento só queima exatamente um dia depois de vencer a garantia. Quanto maior o PA menos ele fala.

48

Quanto maior a altura do PA maior a possibilidade dele cair. Quanto maior o número de caixas, mais caixas fora de fase ele terá. Os carregadores sempre deixarão cair no chão o “Rack” mais caro.

O multicabo será sempre menor que à distância da mesa de som até o palco. Algum idiota sempre vai passar com o carro em cima do multicabo. Se o multicabo estiver aéreo, algum caminhão sempre irá parti-lo.

Independente do lugar onde esteja o PA alguém sempre vai mandar tirá-lo do lugar Se você se recuse a movimentá-lo será despedido.

Se você não consegue fazer um aparelho funcionar experimente ler o manual. O manual sempre estará numa língua que você desconhece. (ex. Japonês, Chinês).

A freqüência que sobra ou apita é sempre aquela que você passou horas tentando tirar. A microfonia sempre estará naquele microfone que você não pode abaixar o volume.

Se você esperar o momento certo para fazer manutenção, você nunca fará.

OS ARTISTAS E CANTORES: Não importa quantos canais da mesa você esteja usando. O que pifa é sempre o canal principal.

O cabo do microfone que pifa é sempre o do artista. Pode acreditar os cantores sempre querem ir onde o cabo do microfone não alcança.

A cantora que tem a pior voz é sempre a amante do dono da banda. O microfone sem fio do artista é o primeiro a sair fora de freqüência.

As maiores interferências serão sempre no microfone sem fio dos cantores. E você só descobrirá na hora do evento (show).

A caixa monitora do cantor é aquela que pifa primeiro, caso haja vários cantores a que pifará primeiro será a do mais chato.

Estas leis se aplicam em dobro se o cantor é o dono da banda. Em triplo se o técnico é o dono da banda.

A ENERGIA:

Não importa a hora. A energia elétrica sempre acaba na hora do evento (show). Mesmo que você tenha inúmeras tomadas 110V, alguém sempre vai ligar um instrumento em 220V.

A chave que marca 220V sempre fornecerá apenas 200V. E as réguas de 110V sempre fornecerá apenas 95V.

Os picos de AC (sobrecarga) têm como horário marcado 10 minutos antes do evento (show). Os picos de AC queimam apenas a mesa de som, periféricos e mais alguma coisa que impossibilite a

realização do show ou evento. Quanto mais importante o evento maior será a possibilidade deste fenômeno.

TÉCNICOS:

Quanto mais ele fala, menos ele escuta. Quanto mais termos técnicos ele usar, menos ele conhece.

Se ele passar o som em inglês existem 3 alternativas. 1- Fará o som apenas para inglês ver. (e não ouvir)

2- Não sabe nem falar “Um, Dois, Três teste” em português. 3- Mande-o para o Alasca praticar o seu inglês.

MÚSICOS:

Para o músico, técnico e o mordomo são sempre os culpados. O músico tecnicamente mais fraco é sempre o mais pentelho e o mais surdo.

Para que um músico goste de você, basta concordar com ele. A corda sempre quebra na hora do solo do guitarrista. (e ele vai dizer que a culpa é do técnico)

O cabo de instrumento que quebra é sempre o do músico mais pentelho.

49

O mais chato é sempre dono da banda. (ou parente dele)

DIVERSOS: Existem 2 tipos de fita crepe, a que não gruda na mesa e a que quando gruda arranca os números da

mesa. Os cabos de caixa nunca chegam onde elas estão.

Quando alcançam você descobre que o cabo está partido. As lanternas e abajures sempre queimam a noite deixando você no escuro.

50

DICIONÁRIO AB Test - ver Teste AB ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, Comissão que propõe normas para fabricação e teste de aparelhos eletrônicos, inclusive áudio e vídeo. AES (Audio Engineering Society) - Principal organização internacional que congrega os profissionais do áudio. AES/EBU (Audio Engineering Society/European Broadcasting Union Standard) - Série de padrões para a transmissão de dois canais de áudio digital em uma comunicação serial. Ambiência - Os aspectos sonicamente reconhecíveis de um ambiente na reprodução podem ser sintetizados como "ambiência" e correspondem principalmente à reverberação e eco presentes. Muitas vezes a ambiência é produzida artificialmente pela introdução de efeitos sintetizados eletronicamente. Acústica (Acoustics) - Ciência que estuda os fenômenos sonoros. Também assim se denomina a característica acústica das salas de audição e outros recintos. A.F. - Abreviação de Audio-freqüência. Faixa de freqüências audíveis ou captadas pelo ouvido humano, compreendendo de 20 a 20.000 Hz, aproximadamente. Agudos (Treble) - Faixa de freqüências que se situam na parte mais alta do áudio, a partir de aproximadamente 5 kHz. Ajuste de Timbre (Pitch Control) - Dispositivo encontrado em mesas reprodutoras, gravadores, softwares de composição, e que permite o ajuste fino da velocidade aparente de reprodução. Alta Fidelidade (High Fidelity - HiFi) - Equipamentos capazes de reproduzir o áudio com a maior fidelidade possível, empregando os melhores projetos e componentes, sem compromissos com o custo. Também conhecidos como equipamentos High-End. Alto-Falante (Loudspeaker; Speaker) - Transdutor eletroacústico que converte energia elétrica em energia sonora. Alto-Falante Coaxial (Coaxial Speaker) - Alto-falante composto de um cone para reprodução de graves e de outro transdutor para agudos, montados concentricamente. Alto-Falante de Agudos (Tweeter) - Alto-falante especialmente projetado para responder às altas freqüências. Pode utilizar cone de papel, plástico ou metais nobres, leves e rígidos. Também são construídos com domos ou fitas (Ribbon) metálicas ou de plásticos especiais. Alto-Falante Eletrostático (Electrostatic Speaker) - Alto-falante que utiliza o princípio de funcionamento de uma membrana que vibra quando em presença de um campo eletrostático de alta tensão. Este campo é produzido por meio de uma tensão D.C. extra alta modulada pelo sinal amplificado. Costuma apresentar uma impedância de entrada elevada e geralmente de caráter capacitivo. Alto-Falante de Graves (Woofer) - Alto-falante especialmente projetado para responder às baixas freqüências (consideradas aproximadamente de 20 Hz a 500 Hz. O cone utilizado, embora rígido estruturalmente, possui uma borda bastante flexível para facilitar altas excursões nas freqüências mais baixas). Alto-Falante de Médios (Squawker, Midrange) - Alto-falante destinado à reprodução das freqüências médias (consideradas aproximadamente de 500Hz a 5kHz) Amortecimento (Damping) - Processo de controle para a redução dos efeitos de ressonância de forma a evitar distorções e coloração do som. Geralmente é realizada com o uso de elementos resistivos ou seus equivalentes mecânicos e acústicos. Amostragem (Sampling) - Em áudio digital, amostragem corresponde à uma medida da amplitude do sinal tomada em intervalos fixos de tempo. A freqüência de amostragem para o CD é de 44,1 kHz, significando que o sinal é medido 44.100 vezes a cada segundo. Amplificação (Amplification) - Processo de elevação do nível de tensão dos sinais de áudio de forma a adaptá-los a uma etapa seguinte e evitar perdas e aumento do ruído devido ao descasamento de nível e impedância. Amplificador (Amplifier) - Dispositivo destinado a elevar os níveis de tensão dos sinais de áudio. É muitas vezes empregado para designar o conjunto preamplificador/amplificador de potência, ou Amplificador Integrado. Amplificador de Potência (Power Amplifier) - Estágio de um amplificador de áudio que eleva o sinal de áudio fornecido pelo pré-amplificador a um nível de tensão e impedância adequadas para impulsionar um alto-falante. Amplificador em Ponte ( Bridge Amplifier) - Estágio de potência com configuração que utiliza dois circuitos idênticos em contrafase para aumentar a potência disponível com a mesma tensão de alimentação D.C. Amplificador Integrado (lntegrated Amplifier) - Usado para designar o conjunto pré-amplificador/amplificador de potência. Normalmente é usado somente o termo amplificador para designar este conjunto Amplificador Principal (Main Amplifier) - o mesmo que amplificador de potência. Amplifier - ver Amplificador. Amplification - ver Amplificação. Analisador de Espectro (Spectrum Analyser) - Equipamento utilizado para monitorar a resposta em freqüência, mostrando os diferentes grupos de freqüências em forma de gráfico de barras horizontais. Os analisadores geralmente empregam grupos de terças ou de freqüências inteiras. Analog/Digital Converter - ver Conversor A/D. Analógico (Analog) - Componente que trabalha com um sinal que é uma réplica do original. Ataque (tempo de) - Define o tempo de resposta de um equipamento a uma excitação instantânea. Empregado normalmente para circuitos expansores, redutores de ruído, alto-falantes, medidores de nível. É expresso em milissegundos ou microssegundos. Áudio/Vídeo - Os equipamentos tipo Áudio/Vídeo possuem recursos para o controle do sinal de vídeos, CDs, TV, etc. , de forma a processar esses sinais, distribuindo-os e separando-os; para a TV os sinais de imagem e para o amplificador/controlador os de áudio. Auriculares - ver Fones. Aux. - ver Entrada Auxiliar. Auxiliary lnput - ver Entrada Auxiliar. Avanço Rápido (Fast Forward) - Deslocamento rápido do programa para frente. Baffle - ver Sonofletor. Balance Control - ver Controle de Equilíbrio. Bandpass Filter - ver Filtro Passa-faixa. Bargraph - ver Medidor de barras. Bass - ver Graves.

51 Bass Reflex - ver Refletor de Graves. Biamplificação (Biamping e Biwiring)- Nos sistemas de som mais comuns a rede divisora de freqüências é do tipo passivo e encontra-se no interior das caixas acústicas. Em um sistema biamplificado (ou triamplificado, tetra-amplificado, etc..) o divisor é eletrônico e colocado antes do módulo amplificador de potência, que passa a acionar diretamente os sonofletores. A biamplificação diminui a distorção por intermodulação, torna mais linear a resposta do sistema e aproveita melhor a potência disponível. Já no sistema conhecido por Biwiring, um mesmo amplificador alimenta um divisor de freqüência situado no interior da caixa acústica com fios separados para os agudos e graves, usado também como forma de diminuir a distorção por intermodulação. Binaural - Tipo de técnica de gravação realizada com a utilização de dois microfones que simulam o mecanismo de operação do ouvido humano, sendo apropriada para a audição com fones de ouvido. BIT (Binary digit) - O BIT significa a menor quantidade que pode ser medida no domínio digital. Um bit pode ser apenas um de dois valores possíveis: zero ou um falso ou verdadeiro sim ou não. Bobina Móvel (Voice Coil) - Diz-se do sistema universalmente usado na construção de alto-falantes de cone. A bobina é fixada ao cone do alto-falante e centrada em um entreferro imantado preso à traseira do chassi metálico do alto-falante. Uma tensão alternada proveniente do amplificador de potência faz com que uma corrente se produza na bobina, o que origina forças eletromagnéticas na mesma, com o seu conseqüente deslocamento ao longo do entreferro, movendo consigo o cone do alto-falante. A amplitude e a velocidade dos deslocamentos dependem diretamente do nível e da freqüência da corrente que percorre a bobina. Booster - ver Reforçador de Sinais. Borne (Binding Post) - Terminal utilizado nos equipamentos eletrônicos e em sonofletores para interligação com outros módulos. Normalmente é do tipo de rosquear, para ser usado com fios ou cabos dotados de garras ou simplesmente ponta de fios desencapada. Bridge Amplifier - ver Amplificador em Ponte C.A. (AC) - Abreviação de Corrente Alternada. Tipo de corrente elétrica que muda de polaridade periodicamente. Termo genérico, geralmente usado para designar a alimentação elétrica utilizada nas residências, escritórios, etc. Cabo Blindado - ver Cabo Coaxial. Cabo Coaxial (Coaxial Cable) - Tipo de cabo duplo composto de um condutor central e outro envolvente, em malha metálica, que vai ligado à massa ou terra. É usado em antenas, ou para Interligar equipamentos de áudio para o sinal pré-amplificado. Neste último caso, destina-se a evitar a captação de interferências. Caixa Acústica - ver Sonofletor. Câmara Anecóica (Anechoic Chamber) - Sala especialmente projetada para o teste de equipamentos sonoros, microfones e alto-falantes, em teoria absolutamente isenta de reverberações. Esta característica é obtida pelo uso de material acústico absorvente. Canal Central (Center Channel) - saída de sinal monofônico resultante da soma do canal esquerdo com o canal direito, empregado em sistemas de Home-Theater, pelo sistema Dolby Pro-Logic e semelhantes. Capacitor (Capacitor) - Dispositivo que armazena uma carga eletrostática. Permite a passagem de corrente alternada, porém bloqueia a corrente contínua. C.I. (IC - Integrated Circuit) - Abreviatura de Circuito Integrado. Componente de estado sólido (semicondutor) que reúne em um só Invólucro diodos, resistores, transistores, capacitores, etc. Muito empregado nos equipamentos eletrônicos, por permitir montagens leves e compactos. Circuito Integrado - ver C.I. Codificador/Decodificador - Dispositivo ou software que converte de alguma maneira um sinal digital, usualmente comprimindo-o. A operação contrária corresponde à decodificação. Código Binário (Binary Code) - Os aparelhos de áudio digitais usam um tipo especial de sinal que consiste em uma sucessão dos números zero e um. Esses números representam a forma de onda em um código especial que é interpretado pelo leitor ótico de um CD player ou outro tipo de equipamento especialmente desenhado para esse fim. O código binário utilizado pode ser de variados padrões, sendo utilizado pelos CDs o PCM - Pulse Code Modulation. Compact Disc (CD) - O Compact Disc atingiu o mercado em 1982, lançado pela Philips, e em poucos anos tornou obsoletos os Long-Plays, discos analógicos até então dominantes no mercado. O CD trouxe para o áudio a tecnologia digital, até então reservada aos computadores. O padrão do CD - 16 bits, 44,1 kHz - permite uma relação sinal/ruído de 96 dB, com banda passante de 20 Hz a 20.000 kHz. Os CDs são lidos otimamente por um feixe de raio laser, da faixa mais interna à faixa externa, com velocidade linear constante, o que significa uma velocidade angular variável entre 500 e 200 rpm (revoluções por minuto). O Compact Disc original que até então só possuía trilhas de áudio, posteriormente foi padronizado para outras finalidades: CD-G : CD Graphics, para imagens acompanhando a trilha sonora; CD - I : CD Interative, com áudio, texto, vídeo e imagens; CD-ROM : CD Read Only Memory, para leitura por computadores PC; CD-R : CD Recordable, para computadores, que pode ser lido e gravado; Compliância (Compliance) - É usado o termo compliância para designar a flexibilidade do cone de um alto-falante. Alta compliância para alto-falantes cujos cones permitem grandes deslocamentos (falantes de graves e para suspensão acústica) e baixa compliância para pequenos deslocamentos do cone (falantes de médios e agudos). A unidade de medida da compliância é m/Newton. Compressão (Compression) - Em áudio analógico, processo de redução linear da gama dinâmica de um programa, com a finalidade de compatibilizá-lo com os limites impostos pelos meios de gravação ou transmissão - é o inverso do processo de expansão. Em áudio digital, corresponde à eliminação dos bits menos significativos para a audição por meio de algoritmos matemáticos de forma a compatibilizar o "string" digital com os limites dos meios tecnológicos empregados. Alguns exemplos são: MPEG, ATRAC, PASC, etc. Compressor/Expansor (Compander) - Equipamento de áudio analógico empregado na redução do ruído em gravações e que opera através da compressão da banda dinâmica do sinal. Alguns exemplos são: Dolby C, dBx, CX, etc. Condenser Microphone - ver Microfone a Capacitor. Cone Duplo (Dual Cone) - ver Alto-falante Coaxial. Conector BNC - Tipo de conector muito usado em equipamentos de Áudio/Vídeo e que assegura maior isolamento entre os múltiplos condutores. Conector XLR (XLR Connector) - Conector de três pinos blindado e dotado de trava, muito utilizado para microfones profissionais. Também conhecido como Cannon Connector

52 Controle de Audibilidade (Loudness Control; Contour) - Também conhecido só pelo termo Audibilidade, é o controle existente em muitos equipamentos de áudio, que tem por finalidade compensar uma característica do ouvido humano, que tem dificuldade em perceber as freqüências mais altas e mais baixas do espectro sonoro em níveis baixos de audição. Quando acionado, proporciona um reforço nestas freqüências. Só deve atuar em baixos níveis de saída, e anulando aos poucos a sua ação à medida em que aumentamos o volume. Controle de Equilíbrio (Balance Control) Controle utilizando um potenciômetro (resistor variável), que permite compensar volumes diferentes existentes entre os canais de um amplificador multicanal, para que todos entreguem um mesmo nível sonoro em suas saídas. Controle de Tonalidade (Tone Control) - Circuito que permite realçar (reforçar) ou atenuar uma determinada gama de freqüências. Regra geral, é composto de dois controles: um de graves, para as freqüências baixas, e outro de agudos, para as freqüências altas. Nos amplificadores mais sofisticados, tem-se ainda um terceiro controle para as freqüências médias. Conversor A/D - Analógico-Digital (Analog/Digital Converter) - Módulo que converte o sinal analógico para o domínio digital, usado em gravadores digitais e estúdios que produzem fitas e CDs. A informação da forma de onda é medida em cada instante e convertida em um número binário (composto de zeros e uns). Por exemplo, um conversor de 16 bits é capaz de registrar um entre 65.536 valores diferentes em cada medição. Conversor D/A - Digital-Analógico (Digital/Analog/Converter) - Módulo presente nos aparelhos de leitura digital, CDs, DATs, Mini-Discs, que transforma a informação binária, digital, em uma forma de onda analógica. Corneta (Horn) - Tipo de alto-falante cujo cone tem o formato da boca de uma corneta, ou que apresenta uma corneta acoplada a ele. Corrente Alternada - ver C.A. Corte de Freqüência (Cutoff Frequency) - Limite de uma faixa de freqüências a partir do qual um amplificador ou caixa acústica diminui controladamente o nível de sinal, considerado a partir de nível pré-estabelecido de rendimento. Damping Factor - ver Fator de Amortecimento. DAT (Digital Audio Tape) - Tipo de padrão para gravação de áudio que utiliza um cassete especial para gravação digital com qualidade igual ou superior ao CD, empregando 16 bits em 48 kHz. dB (Decibel) - O decibel é uma notação destinada a medir níveis de potência de forma relativa. Para medir potências elétricas ou acústicas associadas com a transmissão de sinais de áudio técnicas e instrumentos especiais são utilizados. Como o espectro de freqüências de áudio é relativamente largo e complexo, existe sempre uma perda de potência associada a essa transmissão. Para medir essa perda, os engenheiros de telefonia criaram, no começo do século, uma unidade de medida que correspondia à perda logarítmica em um cabo telefônico padrão, de uma milha de comprimento. Essa medida foi chamada de bel, em homenagem a Graham Bell, o inventor do telefone. O decibel corresponde a um décimo de bel, e sua fórmula para potências é a seguinte: dB=10 Log_10 (P1/P2), onde, "Log_10" significa "log na base 10" Para relação entre tensões a fórmula escreve-se: dB=20 Log_10 (V1/V2) O decibel não é um valor numérico absoluto, mas expressa o quociente entre duas potências, correntes ou diferenças de potencial presentes em diferentes pontos de um circuito. Como exemplo dessa característica, notamos que para "dobrar" o volume em um equipamento de áudio necessitamos de decuplicar (multiplicar por dez) a potência. Decibel - ver dB. Delay - ver Retardo. DHT (THD- Total Harmonic Distortion) - Abreviação de Distorção Harmônlca Total. É a distorção harmônica final do sinal aplicado à entrada de um equipamento, medida em sua saída após o sinal ter passado pelos diversos estágios deste equipamento. Ver também Distorção Harmônica. Diafonia ou Separação Entre Canais (Crosstalk) - É o fenômeno que ocorre quando temos o transbordamento indesejado do sinal de um canal para o outro em um sistema de som multicanal. É expresso em dB a partir da relação entre o sinal original e o sinal espúrio. Diagrama de Blocos (Block Diagram) - Modo simplificado de mostrar os diversos estágios que compõem o circuito de um equipamento eletrônico. Cada estágio é representado por um retângulo, com o respectivo nome. Exemplo: ao representarmos em blocos o diagrama de um amplificador, desenhamos vários retângulos correspondentes aos vários estágios do preamplificador (circuito de entrada, amplificador/equalizador, controles de tonalidade, amplificador, etc.) e outros tantos para os diversos estágios do amplificador de potência (excitador, circuito de proteção, estágio de saída, etc.). Os retângulos são dispostos alinhados e interligados na mesma seqüência em que fica no diagrama esquemático. Diagrama Esquemático (Schematic Diagram) Desenho llustrativo do esquema de um aparelho. São mostrados todos os componentes (circuitos integrados, transistores, resistores, capacitores, etc.) com seus respectivos valores, ou não. Neste último caso é necessário que o mesmo seja acompanhado de uma lista de material, com todos os componentes devidamente especificados. Directional Microphone - ver Microfone Direcional. Dissipador (Heat Sink) - Dispositivo destinado a melhorar a transferência do calor gerado pelos componentes eletrônicos (válvulas, diodos, transistores, circuitos integrados, resistores, etc.), durante seu funcionamento, para o meio ambiente. Regra geral, é feito em alumínio e pintado de preto fosco, adotando diversas configurações, tais como calhas, tiras envolventes, aletas, etc. Distorção (Distortion) - Deformação introduzida no sinal por qualquer dos elementos de um sistema de som, fazendo com que o sinal reproduzido seja alterado em relação ao sinal aplicado. Quanto menor a distorção existente, melhor será a qualidade acústica, ou a fidelidade, do sistema de som. As principais distorções que podem ocorrer em um sistema de som são as por Distorção por lntermodulação e Distorção Harmônica. DHT (Distorção Harmônica Total) - ver Distorção Harmônica. Distorção Harmônica (Harmonic Distortion) - Deformação causada pela produção de freqüências espúrias, que são múltiplos matemáticos da freqüência fundamental do sinal. Distortion - ver Distorção. Dolby - Fundado em 1965 por Ray Dolby, o Dolby Laboratories é uma das mais bem sucedidas empresas detentoras de tecnologia de redução de ruídos e compressão de sinais digitais empregados em áudio. Suas diversas tecnologias são extensamente empregadas em equipamentos profissionais e amadores de áudio e vídeo. Dolby A - Tecnologia de redução de ruídos em gravações master de fitas de áudio analógicas, empregada em estúdios profissionais, a partir de 1965.

53 Dolby B - Tecnologia de redução de ruídos em equipamentos voltados ao mercado consumidor, muito empregada em gravadores do tipo cassete. O princípio de funcionamento baseia-se na acentuação das altas freqüências durante a gravação e de sua posterior redução na reprodução. É uma simplificação do Dolby A, prevendo até 10 dB de ganho nas altas freqüências, tendo sido introduzido em 1968. Dolby C - Tecnologia de segunda geração para a redução de ruídos em gravações amadoras. É uma extensão do Dolby B para as oitavas mais baixas, com ganho de até 18 dB na relação sinal-ruído. Dolby HX Pro - Tecnologia de aumento da gama dinâmica em gravações de fita, que emprega um sistema dinâmico de ajuste de polarização, introduzido em 1980. Diferentemente dos sistemas de redução de ruídos tipo codificação/decodificação, o HX Pro não necessita de decodificação, sendo apropriado para qualquer equipamento de reprodução. Dolby SR - Segunda geração do sistema Dolby A, sendo muito empregado na indústria do cinema, com ganhos não só de redução de ruídos, mas também com relação à gama dinâmica. Dolby S - Corresponde ao sistema Dolby SR para o consumidor, apresentando até 24 dB de redução de ruídos nas altas freqüências e 10 dB nas baixas. Dolby Stereo Surround - Tecnologia para a obtenção de quatro canais de som (direito, esquerdo, centro, ambiência) em filmes de 35 mm, de forma a utilizar somente duas trilhas ópticas. Os quatro canais, matriciados por algoritmos matemáticos especiais, são posteriormente recuperados por processadores na reprodução. O sistema prevê também processadores para equipamentos de vídeo domésticos e Laserdiscs. Dolby Pro-Logic Surround - Sistema aperfeiçoado do Dolby Stereo, empregando um canal específico para o áudio central, além dos canais direito e esquerdo, dessa forma posicionando com mais estabilidade a imagem frontal. O som ambiente é ainda decodificado para o uso de dois sonofletores separados. Dolby AC-3 - Sistema de codificação digital que emprega algoritmos de percepção psicoacústicos de forma a comprimir cinco canais de áudio de banda completa e um sexto limitado para subwoofer, daí o termo 5.1 muitas vezes usado. O sistema AC-3 é o padrão escolhido para o DVD e as futuras transmissões da TV digital HDTV nos Estados Unidos. Dolby Stereo Digital (SR-D) - Nome comercial para o sistema Dolby AC-3, concebido para o cinema, no formato 5.1 Dolby Surround Digital - Sistema Dolby AC-3 adaptado para o uso doméstico e licenciado pelo Dolby Laboratories para ser comercializado por diversas empresas com esse nome. Domo - Tipo de membrana para alto-falantes caracterizada por seu aspecto convexo semi-esférico e que proporciona melhor dispersão às freqüências mais elevadas. O domo é largamente empregado em tweeters. DVD (Digital Versatile Disc) - O DVD é uma evolução do conceito do CD, empregando um leitor ótico mais avançado e com muito maior capacidade de armazenamento de áudio, vídeo e dados. O DVD tem a capacidade de até duas camadas (layers) por cada lado, enquanto o CD só pode ser gravado em uma camada e apenas em um lado. O DVD -Vídeo, com capacidade para 2 horas de vídeo digital (8 horas em duas camadas por dois lados) pode ser lido por aparelhos conectados ao televisor e provavelmente sucederá comercialmente ao videodisco e fitas de VCR; o DVD-ROM, com capacidade para 4,38 gigabytes (15,9 gigabytes em duas camadas por dois lados - o DVD de camada dupla perde um pouco da densidade de gravação em relação ao simples) pode ser lido por computadores e tem como variações o DVD-R (que pode ser gravado uma única vez) e o DVD-RAM (que pode ser gravado inúmeras vezes). O DVD-Audio ainda não tem completamente definidos seus padrões. Dynamic Range - ver Gama Dinâmica Eco - O resultado da reflexão de um som percebido como som separado da fonte original. Isto acontece quando o som refletido está separado no tempo mais que 50 milissegundos. Caso esteja abaixo deste limite o som refletido será ouvido como uma reverberação do som original. Efeito Doppler - Fenômeno acústico, que é caracterizado pela mudança da freqüência fundamental de um som quando a fonte está em movimento. Desta forma, quando a fonte se movimenta em direção ao ouvinte, há um aumento na freqüência, devido à compressão da onda sonora pelo movimento da fonte, e ao contrário, quando a fonte se afasta do ouvinte. Eficiência (Efficiency) - O quociente percentual da saída de um sinal em relação à sua entrada; é uma medida comum do rendimento elétrico ou mecânico de um dispositivo. Em um alto-falante, está na capacidade deste em transformar os impulsos elétricos em energia sonora com um mínimo de perda. Em um transformador, é a capacidade de transmitir a energia do seu primário para o circuito secundário, perdendo um mínimo de potência. Electret Microphone - ver Microfone de Eletreto. Eletreto (Electret) - É um elemento constituído de uma substância piezelétrica, polarizado durante sua fabricação. Gera uma tensão de saída de amplitude correspondente, como um elemento cerâmico, requerendo, porém, menor energia. O eletreto é aplicado aos microfones, onde as ondas sonoras vibrarão uma membrana sensível para se obter o efeito mecânico necessário à geração da tensão de saída. Entrada Auxiliar (Auxiliary lnput) - Entrada de sinal em amplificadores onde pode ser ligado um CD player, um sintonizador, um 'tape-deck', etc. É uma entrada de alto nível e, portanto, o sinal a ela aplicado também deverá ser de nível elevado. Entrada de Fonocaptor (Phono lnput) - Entrada existente em amplificadores, para a ligação de um toca-discos de vinil. Normalmente é de baixo nível de sinal e possui uma equalização especial para cápsulas magnéticas. Entrada de Gravador (Tape Input) - Entrada existente em amplificadores, para a ligação de um gravador. Entrada de Linha (Line lnput) - Jaque de entrada de áudio de módulos de potência profissionais destinado a receber sinais através de linha de média impedância (geralmente 500 ohms). É indicado onde a fonte de sinal (preamplificador, por exemplo) e o amplificador de potência estão afastados, pois evita as perdas dos circuitos de baixa lmpedância. Entrada de Microfone (Microphone lnput) - Entrada existente em um amplificador, para a ligação de microfones. Pode ser de alto ou baixo nível, dependendo do tipo de microfone a ser utilizado. Entrada com Misturador (lnput Mixing) - Entrada de mixers destinada à mistura de diversas entradas (microfone ou linha) para gravação. Em um gravador cassete, este recurso é usado para misturar a entrada de linha (sintonizador, toca-discos, etc.) com uma ou duas entradas de microfone. de AM ou FM. Normalmente é de alto nível. Equalização (Equalization) - Processo de alteração da curva de resposta de um equipamento por meio de filtros seletivos em freqüência com a finalidade de obtenção de uma resposta final plana ou com efeitos especiais. Correção da resposta de fitas cassete com as constantes de tempo de 120 microssegundos (fitas férricas) e 70 microssegundos (fitas cromo).

54 Equalizador (Equalizer) - Equipamento acessório cuja função é a de alteração da curva de resposta em freqüência. São normalmente empregados equalizadores de oitavas (10 faixas) e um terço de oitava (30 faixas). Estereofonia (Stereophonic System) - Sistema de gravação, reprodução, ou qualquer outro tipo de processamento do som, que utiliza dois ou mais canais. Estado Sólido (Solid State) - Designação genérica para denominar os circuitos que utilizam semicondutores (transistores e circuitos integrados). Estereofônico (Stereophonic) - Relativo à Estereofonia. Faixa de Potência (Power Bandwidth) - Gama de freqüências às quais um amplificador de áudio é capaz de responder com potência no mínimo de metade da sua potência máxima de saída com um índice máximo de distorção harmônica pré-definido. Faixa Dinâmica (Dynamic Range) - Conjunto de sinais, dos mais altos aos mais baixos, em um programa de áudio. Refere-se comumente à capacidade de um equipamento de áudio de responder a este conjunto de sinais. Esta característica é medida em decibéis (dB). Falante - Forma abreviada de Alto-Falante. Faseamento (Phasing) - Em um sistema de dois ou mais alto-falantes ou sonofletores, é o processo que consiste em efetuar a ligação de seus terminais, de maneira que o movimento instantâneo do cone de todos eles ocorra no mesmo sentido, isto é, em fase. Fator de Amortecimento (Damping Factor) - Relação entre a impedância do alto-falante e a impedância interna do amplificador. Mede a capacidade do amplificador em amortecer movimentos inerciais e desnecessários do alto-falante. Feedback - ver Realimentação. Filtro (Filter) - Dispositivo que tem por finalidade eliminar sinais de uma determinada freqüência ou de uma faixa de freqüências acima ou abaixo de um valor limite. Pode ser passivo, quando emprega apenas componentes passivos (resistores, capacitores e indutores), ou ativo, quando emprega componentes ativos (transistores, circuitos integrados, etc.). Os filtros mais utilizados são conhecidos pelo nome de sua resposta matemática característica: Butterworth - máximo plano; Bessel - resposta transiente ótima; Chebischev - boa rejeição de sinal fora da banda passante, etc. Filtro de Agudos (High Filter, HI Filter) - Circuito para eliminar os ruídos de freqüência alta (chiados, estática, etc.). Pode ser do tipo ativo (utilizando transistores, C.I., etc.) ou passivo (resistores, capacitores, indutores, etc.). Filtro de Graves (Low Filter; Lo Filter) - Circuito para eliminar sinais de freqüências baixas, tais como roncos, zumbidos de C.A., etc. Filtro Passa-faixa (Bandpass Filter) - Circuito que só permite a passagem de sinais de freqüências compreendidas entre dois valores estabelecidos. Filtro Passivo (Passive Filter) - ver Filtro. Flat - ver Plano Fones (Headphones; Phones) - Pequenos falantes para audição direta na cabeça do ouvinte. A finalidade é proporcionar uma audição privada, minimizando as interferências de outras fontes sonoras que estejam sendo reproduzidos simultaneamente em um mesmo recinto. Freqüência (Frequency) - Em Física, corresponde à variação periódica de uma grandeza. Em Áudio, refere-se à propriedade de um som possuir características mais graves ou agudas, dependendo do número de ondas completas por segundo - ciclos por segundo. A freqüência é medida em Hertz. Freqüência de Corte (Cut Off Frequency) - Freqüência a partir da qual um dispositivo deixa de atuar, ou passa a sofrer uma redução em seu rendimento. Também é a freqüência na qual um filtro passa a atuar, eliminando as freqüências acima ou abaixo desta. Freqüência de Transição (Crossover Frequency) - - É a frequência-limite entre uma faixa de freqüências e a seguinte (transição graves-médios, médios-agudos). Em um sonofletor de dois canais (normalmente dois alto-falantes) é a freqüência escolhida na qual um dos falantes começa a não apresentar linearidade, enquanto que o outro entra no trecho linear de sua curva de resposta. Freqüência de Transição (Turnover Frequency) - É o início da atuação da curva da resposta de freqüência de um controle de tonalidade ou filtro. Conceituada como a freqüência na qual o controle inicia sua atuação, o ponto de transição é aquele no qual a resposta já está alterada em 3 dB em relação à resposta plana. Alguns controles de tonalidade e filtros oferecem uma escolha de freqüência de transição por meio de chaves seletoras. Fusível (Fuse) - Dispositivo de proteção que interrompe a alimentação de um circuito quando a corrente de passagem ultrapassa limites preestabelecidos. Fusível de Ação Rápida (Quick Acting Fuse) Fusível cujo tempo de interrupção do fornecimento de energia ao aparelho protegido é mais rápido do que nos tipos convencionais. Fusível de Falantes (Speaker Fuse) - Fusível intercalado entre o estágio de saída e o alto-falante em um amplificador de áudio, com a finalidade de protegê-lo contra curtos-circuitos e, eventualmente, sobrecargas na saída. Fusível Geral (Line Fuse) - Fusível intercalado entre a rede C.A. e a entrada de um aparelho, com a finalidade de proteção. Gain - ver Ganho. Gama Dinâmica (Dynamic Range) - É a relação entre o nível de sinal mais forte e o mais fraco na reprodução sonora. Em aparelhos de áudio, é também conhecida como relação sinal-ruído. A relação sinal/ruído é expressa em dB e, quanto maior for o seu valor numérico, melhor será o desempenho do aparelho. Ganho (Gain) - Característica apresentada por um dispositivo amplificador que consiste em elevar o nível de um sinal aplicado à sua entrada. Expressa-se em dB. Ganho de Antena (Antenna Gain) - Relação entre o nível de sinal fornecido por uma antena e o de uma outra, padrão, para uma determinada freqüência. Expressa-se em dB. GND (Ground) - ver Terminal de Terra. Graves (Bass) - Gama de freqüências de áudio situadas abaixo de 2OOHz, aproximadamente. Harmonic Distortion - ver Distorção Harmônica. Head - ver Cabeça. Headphones - ver Fones. Hertz - ver Hz.

55 High-End - ver Alta-Fidelidade Hi-Filter - ver Filtro de Agudos. High Filter - ver Filtro de Agudos. High Fidelity (HiFi) - ver Alta Fidelidade Horn - ver Corneta. Hum - ver Zumbido. Hz (Hertz) - Unidade de freqüência que representa um ciclo por segundo. Usam-se também os múltiplos: kHz (1 Hz x 1.000) e MHz (1 Hz x 1.000.000). IHF (Institute of High Fidelity) - Organização de fabricantes norte-americanos com a finalidade de criar métodos de prova e padrões de medida para equipamentos de som. Um aparelho cujas medidas estejam acompanhadas da sigla IHF deve ter sido testado e medido segundo os padrões IHF. Impedance - ver lmpedância. lmpedância (Impedance) - Propriedade apresentada por um indutor ou capacitor de oferecer uma maior dificuldade à passagem de corrente alternada. Expressa-se em ohms, e varia com a freqüência da corrente alternada aplicada. Define as características de um circuito elétrico para "casar" aparelhos de entrada e saída de sinal e potência. Impedância de Saída (Output Impedance) - lmpedância definida em ohms e apresentada por um dispositivo em seus terminais de saída. lnput Mixing - ver Entrada com Misturador. Indicador de Picos (Peak-lndicator) - Sistema utilizado para indicar sinais de áudio de elevada amplitude e curtíssima duração que, por suas características, não são indicados pelos medidores eletromecânicos de VU, face à inércia dos mecanismos destes últimos. Em geral, os indicadores de pico de gravação utilizam diodos eletroluminescentes ('LED') ou indicadores digitais. Infinite Baffle - ver Sonofletor Infinito. Interferência (lnterference) - Distorção causada ao sinal de áudio a partir de sinais externos, tais como zumbidos de corrente alternada, faíscas de motores elétricos, ignição de automóveis, radiofreqüências, etc. Jack - ver Jaque. Jaque (Jack) - Conector fixado ao equipamento, onde irá encaixado o plugue do cabo do componente a ser ligado ao equipamento. Jaque DIN (DIN Jack) - Tipo de jaque padrão na maioria dos aparelhos europeus que engloba em uma só peça duas entradas, duas saídas e um terminal de terra. Labirinto Acústico (Transmission Line) - Tipo de sonofletor que força a radiação traseira do alto-falante a passar por um longo duto, geralmente com material resistivo ao movimento vibratório do ar. Para diminuir o volume aparente da caixa acústica o duto é dobrado em torno de si mesmo, daí o nome. Largura de Banda (Bandwidth) - Resposta em freqüência de um circuito, geralmente determinada como sendo o intervalo de freqüências compreendido entre as quedas a -3 dB nas extremidades da faixa de passagem. Lentes Acústicas (Acoustic Lens) - Peça metálica ou plástica, colocada à frente de um alto-falante de agudos e destinada a aumentar o ângulo de dispersão das altas freqüências. Limiar de Audibilidade (Audibility Threshold) - É a menor intensidade de som que o ouvido humano pode captar. Seu valor é de aproximadamente 0,0002 mlcrobar a uma freqüência de 1.000 Hz. Limitador (Limiter) - Circuito destinado a limitar uma corrente, tensão, etc., a um determinado nível máximo ou mínimo. Linearidade (Linearity) - Capacidade de um equipamento de manter a uniformidade de qualquer uma de suas características. Por exemplo: manter estável o nível de distorção para diversos valores da potência de saída, manter estável a resposta de freqüência ao longo do espectro de áudio, etc. Line lnput - ver Entrada de Linha. Line Output - ver Saída de Linha. Loudness Control - ver Controle de Audibilidade. Loudspeaker - ver Alto-falante. Low Filter - ver Filtro de Graves. Massa Dinâmica (Dynamic Mass) - É a massa efetiva das partes móveis de um alto-falante ou uma cápsula fonocaptora. Esta massa não é simplesmente a soma das massas de cada uma das partes, mas sim a massa total equivalente, que determina o comportamento mecânico. Masterização - No áudio analógico, corresponde ao corte do disco modelo - "master", que será usado no processo de prensagem dos discos de vinil. No mundo digital é a preparação da fita DAT ou semelhante que servirá de modelo para as cópias em CDs. Também como parte do processo de masterização, é o tratamento do "som" particular da gravação, com os ajustes dos canais, ambiência, equalização, compressão, etc. Medidor de Barras (Bargraph) - Tipo de medidor de sinal que emprega uma barra de LCDs (Liquid Crystal Display) ou LEDs para indicação de nível . Muito utilizado em medidores de pico. Medidor de VU (VU Meter) - Medidor destinado ao controle do sinal a ser gravado. Nos amplificadores mostra o nível de saída em unidades de volume (Volume Unit - VU). Médios (Mid Range) - Faixa de freqüências médias. Situam-se aproximadamente entre 800 Hz e 5000 Hz. Microfone (Microphone) - Transdutor eletroacústico que converte energia sonora (ondas sonoras emitidas por uma fonte) em energia elétrica (sinais de áudio a serem gravados, reproduzidos ou transmitidos). Microfone de Capacitor (Condenser Microphone) - Microfone que utiliza a variação da capacitância de um capacitor, através da variação da distância entre suas placas. Uma das placas é fixa e a outra, móvel, corresponde à membrana que será vibrada pelas ondas sonoras captadas pela mesma. Necessita de uma fonte de tensão elevada para o seu funcionamento. Microfone Direcional (Directional Microphone) - Tipo de microfone que possui a região de captação mais pronunciada em direção ao eixo longitudinal, proporcionando a rejeição de sons indesejáveis que chegam pelas laterais ou pela traseira. Microfone de Eletreto (Electret Microphone) - É um microfone capacitivo que possui carga eletrostática permanente, dispensando o uso de fonte de tensão externa (ver microfone de capacitor).

56 Microfone Onidirecional (Omnidirectional Microphone) - Microfone que possui uma área de captação de 360o. Microphone Input - ver Entrada de Microfone. Mid Range - ver Médios. Misturador (Mixer) - Circuito empregado para misturar dois ou mais sinais, de modo que eles tenham um mesmo nível ou níveis diferentes (fundo musical, etc.). É usado também para elevar o sinal de uma fonte enquanto se abaixa o de outra, entre várias outras aplicações. Mixer - ver Misturador. Monaural (Monaural) - Referente a um só ouvido. Por exemplo: fone monaural - um só transdutor. Monitoração (Monitoring) - Ato de escutar um programa a fim de julgar a qualidade sonora do mesmo. Em gravação, é feita a monitoração antes da gravação e mesmo durante a mesma, para o correto ajuste dos controles de nível. Monitoring - ver Monitoração. Monofônico (Monophonic) - Relativo ao processo de gravação, transmissão ou reprodução do som, utilizando apenas um canal de áudio. Mostrador Digital (Digital Readout) - Denominação usada para designar o tipo de leitura fornecida através de dígitos e não por um ponteiro sobre uma escala graduada. Music Power - ver Potência Musical. Negative Feedback - ver Realimentação Negativa. Noise - ver Ruído Oitava - A oitava relaciona-se com a freqüência da seguinte forma: dobrando-se a freqüência tem-se uma oitava acima da referência, dividindo-se a freqüência por dois tem-se uma oitava abaixo. Por exemplo, uma freqüência de 400 Hz está em uma oitava abaixo de outra de 800 Hz, e uma oitava acima de uma de 200 Hz. Onidirecional (Omnidirectional) - Qualquer dispositivo cujas características de irradiação ou captação sejam multidirecionais. Ex.: antena que recebe igualmente sinais transmitidos de diversas direções, sonofletor que irradia em todas as direções, microfone que capta ondas de fontes sonoras em toda sua volta, etc. Output lmpedance - ver lmpedância de Saída. Pausa (Pause) - Dispositivo que permite interromper momentaneamente o avanço normal da gravação ou reprodução. Pause - ver Pausa. Pink Noise - ver Ruído Rosa. Plano (Flat) - Diz-se de um sistema que responde igualmente a todas as freqüências. Nos controles de tonalidade dos equipamentos de áudio, é a posição na qual não há reforço nem atenuação dos graves (médios, se houver controle) e agudos . Regra geral esta posição é a central (0, zero). O termo 'flat" também é utilizado para denominar uma chave que desativa os controles de tonalidade. Tem-se então resposta plana (nem reforço, nem atenuação). Plug - ver Plugue Plugue (Plug) - Conector que se constitui na terminação de um cabo, e que serve para fazer a ligação de um componente (fones, microfone, etc.) a um equipamento (gravador, amplificador, etc.). Polaridade (Polarity) - Sentido assumido por uma tensão em relação a um referencial. Diz-se também dos terminais positivo e negativo de uma pilha, bateria, fonte de alimentação, etc. Também pode ser referente aos pólos norte e sul de um ímã. É usada ainda na indicação do faseamento de diferentes componentes de um sistema, por exemplo, entre alto-falantes. Pórtico (Port, Vent) - Nos sonofletores, é uma abertura, geralmente feita na face dianteira, por onde são reforçadas determinadas ondas sonoras emitidas pela parte posterior do (s) alto-falante(s). Potência Máxima Permissível (Power Handling Ability) - É a potência máxima que pode ser aplicada a um alto-falante, sem danificá-lo. Potência Musical (Music Power) - Potência máxima fornecido por um amplificador de áudio durante um curto período de tempo, antes da tensão de alimentação cair de valor e, consequentemente, limitar a potência de saída. Potência Nominal de Saída (Rated Output Power) - Potência máxima fornecida por um amplificador de áudio durante um período de tempo relativamente longo (pelo menos 10 minutos), com todos os canais operando simultaneamente. É medida em watts RMS. Power Amplifier - ver Amplificador de Potência. Preamplificador (Preamplifier) - É o estágio de um amplificador de áudio que recebe o sinal fornecido pela fonte sonora (gravador, toca-discos, sintonizador, etc.), em baixo nível e corrige-o, entregando em sua saída um sinal suficientemente elevado para excitar o amplificador de potência. Geralmente é composto de um estágio preamplificador, filtros, controles de tonalidade, amplificador, controle de volume, etc. Preamplifier - ver Preamplificador. Radiador Passivo - Sistema acústico que, além dos alto-falantes usuais, utiliza um suplementar (passivo) que não recebe energia do amplificador, servindo para atuar em conjunto com a energia das ondas sonoras internas do gabinete acústico. Realimentação (Feedback) - Processo que consiste em injetar uma pequena porção do sinal de saída de um aparelho de volta à sua entrada. Tem por finalidade reduzir distorções, ruídos, melhorar a resposta de freqüência, etc. Chama-se realimentação negativa quando o sinal aplicado à entrada está em fase oposta à do sinal original. Realimentação Acústica (Acoustic Feedback) - Efeito em forma de um forte silvo de alta freqüência que ocorre quando as ondas sonoras emitidas por um sonofletor são captadas e reamplificadas pelo microfone que as originou. Este efeito, também conhecido como microfonia, pode acontecer com freqüências graves e é comum causa de danos a alto-falantes e amplificadores. Receiver - Módulo de áudio que incorpora em um só gabinete um sintonizador, um preamplificador e estágio de potência. Regra geral, o sintonizador é de AM/FM-estéreo, o preamplificador possui várias entradas, controles de tonalidade, audibilidade, filtros, etc., e o estágio de potência estereofônico.

57 Rede Divisora (Dividing Network) - É o dispositivo que separa as faixas de freqüências de áudio. É muito usado em sonofletores quando estes empregam mais de um alto-falante (um para graves, um para médios e outro para agudos), ou então quando se tem um canal de reprodução para cada faixa de freqüência. Refletor de Graves - Sonofletor cuja construção prevê o aproveitamento da energia acústica transmitida pela parte posterior do alto-falante através da ressonância de ar encerrado internamente à caixa, sintonizado por uma abertura no painel. O refletor de graves permite estender a resposta a graves abaixo da que seria normalmente conseguida por uma caixa fechada utilizando o mesmo falante. Reforçador de Sinais (Booster) - Tipo de amplificador muito empregado em som automotivo, que reforça a saída de potência. O Booster trabalha com baixa impedância de entrada, banda de passagem limitada e nível mais alto de ruídos que um módulo de potência que recebe o sinal de um pré-amplificador em alta impedância. O termo também é usado para pré-amplificadores de radiofreqüência em receptores de FM. Relação Custo/Desempenho (Cost-Performance Ratio) - É uma forma de avaliar comparativamente o desempenho de um equipamento, conferindo pontos às suas características e dividindo-se o total de pontos alcançados pelo custo do aparelho. Trata-se, de um método utilizado por muitas publicações especializadas para orientação do consumidor. Relação Sinal/Ruído (Signal-To-Noise Ratio) - É a relação existente entre um sinal de referência de áudio de determinada freqüência e nível e o ruído existente na saída de um equipamento. É expressa em dB e, quanto maior o seu valor, melhor será esta característica. Resistor - Componente que oferece resistência à passagem de corrente elétrica alternada ou contínua. Pode ser de carvão, fio, película ou outro material, e variar de tamanho em função da potência que pode dissipar. Resposta (Response) - ver Resposta de Freqüência. Resposta de Freqüência (Response; Frequency Response) - Faixa de freqüência que um equipamento pode reproduzir dentro de um certo parâmetro limite. Por exemplo, um bom sistema de som deve responder de 20Hz a 20.000Hz, com uma variação de até aproximadamente 0,5dB. Resposta a Transientes (Transient Response) - Capacidade de um equipamento de som em reproduzir mudanças bruscas do nível de sinal de áudio. Ressonância (Ressonance) - Tendência apresentada por um sistema mecânico, elétrico ou acústico, de quando excitado por um sinal, acentuar (ressoar em) uma determinada freqüência em detrimento das demais. Retardo (Delay) - Tempo de atraso de um sinal, em reverberação, eco, ou em equipamentos eletrônicos em geral. Reverberação (Reverberation) - É a reflexão do som em paredes, tetos, mesas e outras superfícies que não apresenta um retardo suficiente em relação ao som original de sorte a que seja percebido como eco. Geralmente este retardo é considerado como de até 50 milissegundos. Ruído (Noise) - Sinal indesejado e presente em um programa juntamente com os sinais de áudio. Pode estar presente tanto na gravação como na reprodução, na transmissão ou na recepção. Pode ser de alta freqüência (chiados, estalidos, interferência atmosférica por eletricidade estática ou descargas elétricas, etc.) ou de baixa freqüência (zumbido, vibrações, etc.). Ruído Branco - Tipo de ruído com densidade espectral constante. Sua tensão efetiva (RMS) por unidade de largura da banda é constante e independente da freqüência. O ruído térmico produzido por resistores possui esta propriedade. Ruído de Fundo (Background Noise) - Nível mínimo de ruído presente em uma gravação, aparelho eletrônico, estúdios, auditórios. O ruído de fundo define o patamar da relação sinal/ruído. Ruído Rosa - Tipo de sinal muito usado para medir parâmetros da resposta em freqüência de um equipamento. O ruído rosa apresenta um nível de energia constante por oitava, podendo ser obtido a partir de um sinal de ruído branco atenuado a 3 dB por oitava. Rumble - ver Zoada. Saída de C.A. (AC Outlet) - Tomada fêmea encontrada nos equipamentos de áudio para alimentar com a rede de C.A. aparelhos auxiliares ('tape-decks', toca-discos, sintonizadores). Poderá ser comutada ("switched') ou não ("unswitched") pelo interruptor geral do aparelho. Saída de Linha (Line Output) - Jaque de saída de sinal em um preamplificador ou outro equipamento que fornece um sinal de caráter idêntico ao aplicado à entrada da unidade, porém com um certo nível de amplificação e equalização. Serve para monitoração, gravação ou para ser aplicado a um amplificador de potência. Sensibilidade - O sinal na entrada de um equipamento necessário para conseguir-se um nível pré-determinado na saída do mesmo. Quanto menor o número, mais sensível o aparelho. Em sonofletores, o volume em decibéis que o mesmo produzirá a um metro quando submetido a um sinal de 1 watt (2,83 volt) Signal Meter - ver Medidor de Intensidade de Sinal Signal-to-Noise Ratio - ver Relação Sinal/ Ruído. Silenciador (Quieting) - ver Limitador. Silenciador (Squelch) - Circuito usado nos receptores de FM para eliminar o chiado existente entre as emissoras. Desempenha a mesma função que o Muting , só que pode ter seu limiar de acionamento ajustável pelo usuário. O termo Squelch também é usado para eliminar o chiado na reprodução (discos analógicos antigos, etc.). Neste caso, é um controle fixo (liga-desliga), constituído de um filtro de alta freqüência de corte. Sinal Direto (Direct Signal) - Refere-se à capacidade de um amplificador de transmitir o sinal diretamente à saída, passando somente através do controle de volume, sem ser afetado por outros controles. Em rádio, é o sinal de radiodifusão cuja trajetória da antena transmissora à receptora é uma linha reta. Single-Bit (Bitstream,1 Bit Converter) - Em CDs, a conversão analógica-digital de 16 bits requer o uso de 16 transistores divisores de corrente, 1 por bit, o que significa uma precisão de até 0,01% nesses componentes, o que é bastante difícil em artigos de consumo. A tecnologia de 1 bit transforma a cadeia de 16 bits a 44,1 kHz em um sinal digital de 1 bit sobreamostrado a 192 ou mais vezes, dessa forma os componentes dos divisores de freqüência podem ter precisão abaixo de 5%, facilitando a manutenção da qualidade do sinal. Sintonizador (Tuner) - Receptor de AM ou FM que não possui estágio de amplificação de áudio. Necessita de um amplificador para operar. Sistema de Alto-Falantes (Speaker System) - Conjunto de alto-falantes instalados em um sonofletor. Sistema de Som (Component System) - É o conjunto de equipamentos (gravador, toca-discos, amplificador, sonofletor, sintonizador, etc.). que formam uma cadeia sonora.

58 Sobreamostragem (Oversampling)- Mecanismo utilizado para aumentar o número de amostras em um sinal digital proveniente de um padrão CD, de forma a possibilitar o uso de um filtro passa-baixas digital de alta precisão e assim obter maior fidelidade à forma de onda na transformação digital-analógica. A amostragem normal de 44,1 kHz pode ser aumentada em 4 ou mais vezes. Sobretom (Overtone) - Tom que acompanha a freqüência fundamental de uma nota musical. Pode ou não ser um harmônico da fundamental. Solid State - ver Estado Sólido. Sonofletor (Baffle; Enclosure) - Gabinete ou painel, geralmente construído em madeira com aberturas, onde são instalados alto-falantes. Uma das finalidades do sonofletor é impedir que as andas sonoras dianteiras e posteriores emitidas pelo alto-falante se misturem. Sonofletor Dipolo - Sonofletor que irradia igualmente pela parte frontal e traseira, geralmente construído em forma de painel plano. Sonofletor Infinito (Infinite Baffle) - Sonofletor onde o ar existente na parte posterior do alto-falante não tem comunicação com o existente na parte dianteira. Speaker - Forma abreviada de Loudspeaker; ver Alto-falante. Stereophonic - ver Estereofônico. Stereophonic System - ver Estereofonia. Surround Sound (Som Ambiente) - Sistema de reprodução de áudio que utiliza quatro ou mais canais de forma a simular um efeito realístico de ambientes em gravações de áudio ou vídeo. Suspensão Acústica - Sonofletor construído em caixa hermeticamente selada no qual a força restauradora ao movimento do woofer é proporcionada em sua maior parte pelo volume de ar da caixa. Para isso é necessário que o alto-falante apresente suspensão muito macia e linear ao movimento. Uma variação do sonofletor do tipo infinito. Suspensão Anti-Choque - Dispositivo empregado em CD players próprios para serem usados em autos. O prato que sustenta o CD é dinamicamente balanceado e suspenso em um conjunto de três molas com amortecimento, o que diminui em muito a possibilidade de deslizamento do feixe ótico e perda do rastreamento. Tape Input - ver Entrada de Gravador. Tempo de Caída (Decay Time) - Tempo que leva um sinal ou circuito para retornar a uma condição de repouso pré-determinada. Utilizada para definir os parâmetros de medidores do tipo V.U., expansores e compressores, reverberações, etc. Terminal de Terra (GND, Ground) - Borne, geralmente situado no painel traseiro dos equipamentos de áudio, para sua ligação à terra, a fim de evitar zumbidos e realimentações, assim como prevenir o risco de choques elétricos. THD (Total Harmonic Distortion) - ver DHT Distorção Harmônica Total. THX - Sistema de certificação para a indústria do cinema de forma a manter a qualidade das trilhas Dolby Digital no ambiente doméstico. Um sistema THX apresenta as seguintes características:

• Crossover eletrônico: Graves mais presentes e uso de caixas menores; • Reequalização: Resposta em altas freqüências mais uniforme; • Acerto de timbre: Melhora da movimentação sonora frente/traseira; • Decorrelação: Restaura a espacialidade no surround.

Para o sistema de reprodução, o certificado THX exige das caixas acústicas o seguinte comportamento: • Caixas frontais com dispersão horizontal ampla e dispersão vertical limitada; • Caixas surround com resposta em potência plana - energia total emitida no volume de 360o , somada na resposta em

freqüência, que seja plana- o que muitas vezes corresponde a um dipolo; • Subwoofer com resposta até 20 Hz e 105 dB de pressão sonora.

Toca-Fitas (Tape Player) - Equipamento de áudio que apenas reproduz fitas magnéticas prégravadas. Tone Control - ver Controle de Tonalidade. Transducer - ver Transdutor. Transdutor (Transducer) - Oualquer dispositivo capaz de transformar um tipo de energia em outro. Por exemplo: um circuito CCD em um leitor CD converte a energia luminosa em sinais elétricos, um fonocaptor converte as vibrações mecânicas captadas pela agulha ao trilhar o sulco do disco fonográfico em Impulsos elétricos, o alto-falante converte energia elétrica em acústica, a cabeça de reprodução converte energia magnética em elétrica, etc. Transformador de Saída (Output Transformer) - Nos amplificadores a válvula, é o transformador usado para acoplar a saída do amplificador de potência aos alto-falantes. Transiente (Transient) - Mudança rápida de um estado para outro. Na reprodução de um programa, temos transientes decorrentes da mudança brusca de nível de sinal. Treble - ver Agudos Tuner - ver Sintonizador. Tweeter - ver Alto-falante de Agudos. Vent - ver Pórtico. Vu-Meter - ver Medidor de VU. White Noise - ver Ruído Branco. Woofer - ver Alto-falante de Graves. XLR Connector - ver Conector XLR Zoada (Rumble) - Interferência produzida por vibrações de baixa freqüência originadas na rotação do prato ou do motor de um toca-discos, ou na parte mecânica de transporte da fita em uma unidade de fita. Zumbido (Hum) - Interferência causada pela rede C.A. e de freqüência Igual a 50 ou 60 Hz ou suas harmônicas.