Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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1 V V E E R R S S Ã Ã O O F F I I N N A A L L

Transcript of Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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VVEERRSSÃÃOO FFIINNAALL

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GOVERNO DO PARANÁ

PARANÁ TURISMO

Orientação para Gestão Municipal do Turismo

Guia Prático para Dirigentes Públicos Municipais de Turismo

Curitiba Outubro/2014

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Governador

Carlos Alberto Richa

Vice-governador

Flavio Arns

SECRETARIA DE ESTADO DO ESPORTE E DO TURISMO

Secretário

Evandro Rogério Roman

Diretor Geral

Alberto Martins de Faria

PARANÁ TURISMO

Presidente

Juliana Vosnika

Diretores

Colmar Chinasso Filho

Deise Maria Fernandes Bezerra

Rodrigo Dalla Bona Swinka

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APRESENTAÇÃO

Este documento tem por objetivo apoiar o trabalho dos

dirigentes públicos municipais de Turismo,

apresentando informações sobre o planejamento e

organização do setor, em seus diferentes níveis, com o

intuito de subsidiar suas ações e contribuir para o

desenvolvimento sustentável dos municípios turísticos

e/ou detentores de potencial turístico, buscando de

forma mais estratégica o crescimento qualitativo do

Turismo estadual.

Juliana Vosnika

Presidente da Paraná Turismo

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a atividade turística tem sido de extrema importância para o

desenvolvimento e crescimento da economia mundial. O Fórum Econômico

Mundial estima inclusive que esse é o setor econômico que mais cresce no

mundo. Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) corroboram com

essa afirmativa e demonstram que a atividade turística vem crescendo

gradativamente e impulsionando a geração de empregos e o incremento da

renda mundial.

De acordo com os últimos dados divulgados pela OMT, no ano de 2012 foi

registrado no mundo um número de 990 milhões viagens. No Brasil, no ano de

2012 registrou-se a entrada de 4,62 milhões de turistas estrangeiros. Segundo o

Ministério do Turismo, o Turismo interno movimentou 40,8 milhões de

passageiros no primeiro semestre de 2012. Pelo lado qualitativo, nota-se que o

fomento à formulação de políticas públicas realizado pelo Ministério do

Turismo (MTur) para o desenvolvimento do Turismo tem proporcionado, além

da maior conservação do patrimônio, também a regulamentação do setor, os

incentivos ao desenvolvimento sustentável da atividade, o alcance de novos

mercados, a diversificação da oferta e tantos outros benefícios necessários a

uma atividade que impacta em uma diversidade enorme de setores

econômicos.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o MTur, o

Turismo é uma atividade econômica que envolve uma cadeia produtiva

formada por aproximadamente 52 setores econômicos. Estudos divulgados no

site do MTur, em 2012, revelam que o Turismo é responsável por 3,7% do PIB

da região Sul que é a 2º maior do país no setor. Estes e outros dados acerca do

crescimento da atividade turística como fator de desenvolvimento econômico

podem ser vistos no item Dados e Fatos no site do Mtur

(www.turismo.pr.gov.br), que possui todos os estudos e estatísticas a cerca da

atividade.

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Observa-se que o Turismo no Paraná tem acompanhando os bons resultados do

nível nacional, sobressaindo-se como uma importante ferramenta de

desenvolvimento econômico que permite a inclusão social, a partir da execução

de ações pautadas nos princípios da sustentabilidade. Em 2012, segundo as

pesquisas realizadas pela então Secretaria de Estado do Turismo (SETU), o fluxo

de turistas nacionais e estrangeiros foi de 13,2 milhões e a receita gerada de U$

3,8 bilhões. Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e

Social (IPARDES) revelam que cerca de 7,7% do PIB paranaense provém da

agricultura, outros 28,17% derivam da indústria e os restantes 64,13% vem do

setor terciário, onde se encontram as atividades turísticas. Dentre estas,

registra-se que a maior parcela corresponde no Paraná, à área de alimentação,

seguida das atividades de alojamento, transporte rodoviário, auxiliares de

transportes, agências de Turismo, transportes aéreos, aluguel de automóveis,

serviços desportivos de lazer e transporte aquaviário.

Para se ter uma ideia da abrangência do impacto do Turismo na economia, é só

comparar: na indústria automobilística é preciso investir R$ 170mil para criar

um emprego; no Turismo são necessários apenas R$ 40 mil para uma vaga de

trabalho em um hotel e R$ 10 mil em um restaurante. (MTur, 2009)

Contudo, esta atividade que é tão promissora vem se desenvolvendo em alguns

lugares de forma desordenada, fazendo com que os resultados não sejam os

esperados, se comparados com o imenso potencial existente. Apesar de o

fenômeno turístico ser, na maior parte das vezes, espontâneo, é necessário que

na geração da atividade exista estrutura, organização, conhecimento e análise

do mercado - oferta e demanda turística.

Dessa forma, o Turismo promoverá o desenvolvimento socioeconômico e a

qualidade de vida dos residentes, melhorará os serviços locais, gerará emprego

e renda, dinamizará as potencialidades econômicas já existentes, promovendo

a inclusão social e possibilitando a melhoria no IDHM - Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal - e contribuirá na preservação e

manutenção das áreas verdes, além de divulgar e ressaltar a cultura local e

trazer satisfação aos visitantes. Isso é viável, quando existe um planejamento

ADEQUADO, INTEGRADO E PARTICIPATIVO, buscando o desenvolvimento

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SUSTENTÁVEL da atividade.

E como sabemos, a operacionalização de todas as políticas de Turismo,

desenvolvidas no âmbito nacional e estadual, são operacionalizadas nos

municípios, ou seja, de nada adianta o País ter uma visão estratégica do setor e

o Estado atuar taticamente para desenvolver a atividade, se o Município não

fizer sua parte. Os resultados e a efetividade do setor vão estar comprometidos.

O município é fundamental, pois é nele que estão os atrativos e é para ele que

os turistas se dirigem, portanto o papel dos dirigentes municipais de Turismo é

de suma importância. E para tanto, a inspiração, a criatividade, a perseverança,

a vontade, a crença e o conhecimento para organizar e estruturar o Turismo

municipal, dentro de uma visão técnica, empreendedora e mercadológica

global que considere o planejamento, a organização, a regionalização e os

recursos existentes para desenvolver o Turismo - itens que enfocamos neste

documento, é que vai fazer diferença.

O Turismo é muito mais do que lazer.

É uma atividade econômica, com implicações políticas,

sociais, ambientais e culturais.

A viagem é uma forma de lazer.

Lembrete

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Podemos dizer que gestão é a forma de se administrar negócios públicos e

privados. Envolve um conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim

ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência,

visando obter resultados efetivos.

Por outro lado, o Turismo é uma atividade econômica gerada pelo deslocamento

voluntário e temporário de pessoas que por motivos diversos, deixam suas

residências fixas em busca de um conjunto de experiências e sensações que

implicam na compra e venda de produtos e serviços num determinado núcleo

receptor.

Neste item, veremos o que é necessário um dirigente municipal de Turismo saber

para assegurar uma gestão do Turismo eficaz!

m

Mario Carlos Beni define turismo como

A soma dos fenômenos e das relações resultantes da viagem e da permanência de não residentes, na medida em que não leva a residência permanente e não está relacionada a nenhuma atividade remuneratória.” (BENI, 2001 p. 36)

Concluindo assim que Turismo é quando o individuo passa mais de 24 horas num local que seja fora de sua residência fixa (Nacional ou Internacional), independente de ser a trabalho desde que o individuo não esteja sendo remunerado para tal, lazer, peregrinação ou saúde.

Oscar De La Torre define da seguinte forma: “turismo é o fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupo de pessoas que, fundamentalmente por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem de seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa, nem remunerada,

1. GESTÃO DO TURISMO

1.1. O que envolve o Turismo?

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gerando múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural”. (DE LA TORRE, 1992)

Cabe destacar que o Turismo gera impactos econômicos e sociais marcantes, entre

eles:

Valorização de comunidades;

Potencial para novos investimentos;

Geração de renda;

Indutor de desenvolvimento;

Gerador de empregos;

Incentivo a melhorias de infraestrutura local para a população;

Inclusão Social.

Para existir Turismo tem que haver deslocamento entre um núcleo emissor (local

de residência permanente dos turistas) e um núcleo receptor (local de destino dos

turistas). Assim sendo, os turistas vão atraídos por um fator diferencial e acabam

por agregar renda ao município, pois gastam nos atrativos, equipamentos e

serviços ofertados. E esse dinheiro, trazido de fora e injetado na economia local, é

que vai propiciar o desenvolvimento da atividade turística e, consequentemente,

do município.

Deslocamento

Quando as pessoas circulam internamente no espaço

municipal em que elas residem, visitando, por

exemplo, um pesque - pague, uma fazenda ou

participando de um evento, elas estão praticando

uma atividade de lazer, o que também é muito

importante para o desenvolvimento do Turismo, mas

não gera crescimento.

Tal atividade não agrega renda ao Município, apenas

movimenta a economia local.

Lembrete

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O Turismo é influenciado e trabalhado por diversos atores da sociedade que

contribuem para o funcionamento do seu sistema. Um sistema é a forma como o

conjunto se organiza para produzir um resultado. Tudo ou quase tudo no mundo

forma sistemas: a natureza, a sociedade, o nosso corpo, as máquinas. Ninguém

sobrevive sem órgãos importantes como o coração, fígado ou cérebro. Se um

destes componentes falha, o sistema para de funcionar.

É isso que acontece com o turismo. Ele depende do funcionamento conjunto de

quatro grupos principais: os gestores públicos, o empresariado, os profissionais e

prestadores de serviços em Turismo e a comunidade. Cada parte tem um papel

determinado para cumprir e fazer com que o sistema turístico atenda às

expectativas dos visitantes e seja bom para a cidade. Esse sistema pode ser

comparado ao corpo humano, onde:

O gestor público funciona como o cérebro do sistema. Ele fomenta propostas

de desenvolvimento turístico, regula e monitora a atuação do resto do corpo -

empresariado, profissionais e comunidade. O Órgão mais importante nessa

área é o Ministério do Turismo. No nível estadual a Secretaria de Estado do

Esporte e Turismo, junto com a autarquia Paraná Turismo. No municipal quem

atua são as secretarias de Turismo e/ou departamentos, divisões, entre outras.

Também é dever do Governo cuidar da infraestrutura local (transporte

comunitário, saneamento, segurança etc.) - serviços básicos para o

desenvolvimento do turismo.

Os profissionais empregados em agências, hotéis, restaurantes, transportes e

todos os serviços ligados direta ou indiretamente ao Turismo, podem ser

comparados às pernas e aos braços do sistema. São eles quem efetivamente

movimentam as atividades turísticas e vivem o dia-a-dia da atividade.

O empresariado e os profissionais do Turismo são o coração do sistema

turístico, injetando investimentos para que o Turismo continue crescendo. Este

Diferentes Atores

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grupo é responsável pelos empregos formais do Turismo, e deve se preocupar

em oferecer serviços de qualidade. É o caso dos hotéis, agências de Turismo,

companhias aéreas, rodoviárias etc.

A comunidade é responsável por receber e oferecer produtos e serviços ligados

direta ou indiretamente ao turismo. Podem atuar em várias áreas, artesanato,

gastronomia, lazer & entretenimento, comércio e outras. Como também serem

integrantes das partes descritas anteriormente. Além de atuar na área de

produtos e serviços, a relação de conscientização turística, valorização da

localidade e o repasse de informação ao turista são essenciais para o

andamento da atividade turística, uma vez que a comunidade troca

experiências com o turista apresentando e representando a sua localidade,

tendo papel fundamental na percepção do visitante em relação a cidade,

estado e/ou país.O importante é que a comunidade faça parte e acredite no

Turismo, pois funciona como células do sistema turístico.

Além dos quatro grupos principais, outros setores e entidades são importantes

para o bom funcionamento do sistema turístico, como:

ONGs e OSCIPs

Instituições de Ensino Superior

Associações de Classe

Entidades representativas

Demanda: turistas ou excursionistas?

Incentivar um bom relacionamento entre turistas e

empreendedores e gestores públicos do Turismo com a

população local é essencial para a atividade.

Uma ferramenta para esse bom relacionamento é a elaboração de

ações de conscientização voltadas à comunidade sobre a

importância e o impacto do Turismo na economia e na qualidade de

vida da sociedade.

Lembrete

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Os viajantes são consumidores de serviços turísticos, quaisquer que sejam suas

motivações. Porém, estes consumidores podem ser classificados, dentre outra

formas, em turistas e excursionistas. Segundo a OMT, turistas são aqueles que se

deslocam da sua residência fixa, em busca de um conjunto de experiências e de

sensações, consumindo produtos e serviços. Pode-se também dizer que são

visitantes temporários que permanecem pelo menos vinte e quatro horas no

local visitado, com a finalidade de lazer, negócios, família, eventos. Segundo a

ONU:

“Toda pessoa. sem distinção de raça, sexo, língua e religião, que ingresse no território de uma localidade diversa daquela em que tem residência habitual e nele permaneça pelo prazo mínimo de 24 horas e máximo de seis meses, no transcorrer de um período de 12 meses, com finalidade de Turismo, recreio, esporte, saúde. motivações familiares, estudos, peregrinações religiosas ou negócios, mas sem propósito de imigração.” (ONU, 2008)

Ao conjunto formado pelos atrativos, equipamentos e serviços turísticos,

juntamente com a infraestrutura de apoio ao Turismo - como transporte,

segurança, comunicação, entre outras, damos o nome de Oferta Turística de um

núcleo receptor. É esta oferta que vai atrair os visitantes ao município e possibilitar

que ele permaneça. Estes visitantes também são conhecidos como demandantes.

E para um planejador é fundamental conhecer não só a oferta, mas também a

demanda turística, pois só assim poderá satisfazê-la e ampliá-la, determinando seu

sucesso no desenvolvimento do Turismo local.

No site www.turismo.pr.gov.br estão disponibilizados estudos e pesquisas estatísticas. Procure no perfil profissional (pesquisadores).

LEMBRETE

Quem vai determinar a existência do Turismo é a demanda.

Portanto, conhecê-la, atraí-la e satisfazê-la é essencial!

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Atrativos Turísticos são indispensáveis para que haja consumidores do turismo.

São lugares, objetos ou acontecimentos que despertam o interesse, motivando as

pessoas a conhecê-los. É um elemento que efetivamente recebe visitantes e deve

possuir uma estrutura mínima para propiciar uma experiência turística. Sendo eles

divididos em atrativos naturais e atrativos culturais.

- atrativos naturais: praias, montanhas, parques naturais, serras, montes,

chapadas, mangues, restingas, pedras, rochedos, ilhas, dunas, lagos, lagoas,

rios, recifes, falésias, barreiras, baías, enseadas, colinas, fontes hidrominerais,

parques e reservas de flora e fauna (municipais, estaduais e nacionais), grutas,

cavernas, furnas, quedas d´água, praias fluviais e lacustres, arquipélagos, vales,

picos, cumes, cascata, corredeira, cachoeiras, crateras, águas termais, águas

minerais, gêiseres, canyons, planícies, barrancos;

- atrativos culturais: museus, igrejas, esculturas, ruínas, pinturas, bibliotecas,

sítios históricos e científicos, arquitetura civil, arquitetura militar, arquitetura

industrial, arquitetura funerária, formas de expressão, lugares e manifestações

de fé, gastronomia típica, artesanato, feiras e exposições, parques de

diversões, comunidades tradicionais, instituições de ensino, lugares históricos.

Aliás as atividades econômicas, realizações técnicas e científicas contemporâneas e

eventos programados também são considerados atrativos turísticos.

Os equipamentos e serviços turísticos são as instalações necessárias para que haja

a atividade turística e compreendem os setores de alojamento e/ou hospedagem,

alimentos e bebidas, transportes turísticos, agenciamento, animação turística e

informações turísticas. (RUSCHMANN, 2002, p.135)

Ao conjunto formado pelos atrativos, equipamentos e serviços turísticos,

juntamente com a infraestrutura de apoio ao Turismo - como transporte,

segurança, comunicação, entre outras, damos o nome de Oferta Turística de um

núcleo receptor. É esta oferta que vai atrair os visitantes ao município e possibilitar

que ele permaneça. Estes visitantes também são conhecidos como demandantes.

Oferta: atrativos, equipamentos e serviços

turísticos

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E para um planejador é fundamental conhecer não só a oferta, mas também a

demanda turística, pois só assim poderá satisfazê-la e ampliá-la, determinando seu

sucesso no desenvolvimento do Turismo local.

Dados da oferta, como estudos sobre meios de hospedagem e outros equipamentos turísticos e de infraestrutura de apoio ao Turismo estão disponíveis no site da Paraná Turismo em seu perfil profissional.

www.turismo.pr.gov.br

São diversas as razões para que as pessoas se desloquem de sua residência: saúde,

meio-ambiente, agropecuária, negócios, eventos, história, esportes, cultura, lazer,

tecnologia, ciência, etc. Para cada uma existe um determinado público, com

necessidades e expectativas diferentes. Por este motivo devemos saber o que

temos e o que podemos oferecer a nossa demanda, para que tenham experiências

inesquecíveis e únicas.

As infraestruturas, tanto básica quanto turística, são necessárias para que os

turistas possam aproveitar suas viagens ao máximo, sem problemas como falta de

luz, água, congestionamentos etc. Podemos citar alguns exemplos determinantes

para atrair os turistas:

Atrativos turísticos conservados;

Acesso viável e transporte disponível a esses atrativos e aos equipamentos

turísticos;

Hospedagem e alimentação variados e de qualidade;

Serviços turísticos qualificados;

Boa informação e sinalização;

O que o turista procura nos destinos?

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Preços justos;

Receptividade da comunidade.

Estes e outros fatores são indispensáveis para que haja o desenvolvimento da

atividade turística, proporcionando satisfação aos turistas e gerando negócios na

localidade. Para tanto, o Turismo e sua atividades afins precisam ser planejados, a

partir de estudos e mão-de-obra qualificada, envolvendo todos seus atores.

Para uma gestão eficaz não podemos esquecer que se trata de um processo, que

não se resume somente a planejamento, nem a negócios e nem em estruturas

organizacionais. Ela envolve:

Planejamento: trabalho de preparação para qualquer empreendimento,

que segue um roteiro e métodos determinados. Requer mudanças. Em suas

diferentes etapas surgem documentos como planos, programas e projetos

com objetivos definidos.

Organização: unidades sociais concebidas para atingir objetivos específicos.

Organismos públicos e privados. Arte ou efeito de ordenar, arranjar, dispor.

Disposição de uma coisa para certa finalidade. Associação ou instituição

com objetivos definidos.

O turista primeiro escolhe o destino que mais lhe

agrada, depois ele vai escolher o hotel, o transporte

etc., e nesta escolha, considera distâncias, preços,

facilidades de acesso e consumo, na hora de decidir sua

viagem.

1.2. O que envolve a Gestão?

Lembrete

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Operacionalização: estabelecer uma Estrutura Organizacional que permita

uma melhor otimização das ações, com organograma, funções, recursos

Humanos... Meios para se obter resultados. Fazer funcionar de forma

gerencial e executiva.

Execução: dar funcionamento a estrutura organizacional. Cumprir e realizar

ações/atividades.

Controle: Estabelecer formas de acompanhamento das ações/atividades.

Avaliação: Determinar a valia das ações/atividades realizadas, através de

programa avaliatório.

Com crença, liderança, conhecimento técnico e experiência. Com visão sistêmica

orientada para o desenvolvimento sustentável.

Tradicionalmente o desenvolvimento implicava apenas o crescimento econômico,

a adoção do termo sustentável inclui uma preocupação com o impacto das

decisões atuais na qualidade de vida das próximas gerações.

Para a OMT, o desenvolvimento sustentável do Turismo é um processo contínuo,

que requer monitoramento constante dos impactos que a atividade pode causar,

de modo que, com ações de gestão, seja possível minimizar os impactos negativos

e maximizar os benefícios potenciais, introduzindo medidas preventivas ou de

correção de rumos. Ainda segundo a OMT, esse processo requer a participação e o

comprometimento de todos os atores envolvidos com o Turismo, principalmente o

poder público, que deve incentivar e apoiar o processo, estimulando a participação

da sociedade por meio da construção de decisões consensuais. Portanto, os

produtos turísticos sustentáveis são desenvolvidos em harmonia com o meio

ambiente e as culturas locais, de forma que estes se convertam em permanentes

beneficiários, e não meros espectadores de todo o processo.

O Turismo acarreta em muitos benefícios, envolvendo todo o município e/ou

região. Não somente os proprietários dos atrativos e equipamentos turísticos

1.3. Como fazer a Gestão do Turismo?

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ganham, mas os envolvidos indiretamente também: o produtor rural, o pedreiro,

os comerciantes em geral, e muitos outros. De acordo com a OMT, a atividade

turística tem efeito multiplicador, uma vez que pelo menos cinqüenta e dois

setores da economia são impactados no seu desenvolvimento. Dentre os diversos

benefícios provenientes do Turismo, podemos destacar:

Redução do desemprego;

Distribuição efetiva da renda;

Geração de divisas;

Aumento na arrecadação de impostos;

Atração de investimento externo;

Melhoria da infraestrutura de apoio ao Turismo, beneficiando também os

residentes;

Preservação dos patrimônios naturais e culturais;

Melhoria na qualidade de vida da população local.

A injeção de dinheiro na economia do município gerada pelo desenvolvimento do

Turismo movimenta o comérico e a economia da localidade beneficiando não

apenas aos empresários envolvidos diretamente, mas toda a população que, por

sua vez, acaba se interessando e se envolvendo de alguma forma com a atividade.

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Como foi dito anteriormente, para que se assegure uma boa gestão municipal do

Turismo é necessário conhecer quais são as estruturas organizacionais existentes

no Brasil e no Paraná, como também quais são as políticas e planos vigentes. A

articulação com os diferentes níveis de gestão, como regional, estadual e federal,

como também com os distintos setores da economia e com os atores envolvidos

direta e indiretamente no setor é fundamental.

Neste item, estas informações estão de forma sucinta, mas podem ser encontradas

nos sites oficiais do MTur e da Paraná Turismo, em sua íntegra.

Links úteis:

Paraná Turismo: www.turismo.pr.gov.br

MTur: www.turismo.gov.br

2. A GESTÃO PÚBLICA DO TURISMO - BRASIL E PARANÁ

2.1. Brasil

2.1.1. Ministério do Turismo

Page 20: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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O Orgão Oficial de Turismo (OOT) em âmbito nacional é o Ministério do Turismo,

que foi instituído em 2003 e trabalha com uma estrutura dividida em 2 (duas)

Secretarias e a EMBRATUR. Estas secretarias desenvolvem programas específicos

de desenvolvimento do turismo nacional, enquanto a EMBRATUR é responsável

pela promoção do Brasil no mercado internacional.

A SNPTur executa a política nacional para o setor, orientada pelas diretrizes do

Conselho Nacional do Turismo. É formada pelos Departamentos de: Estruturação,

Articulação e Ordenamento Turístico; Relações Internacionais do Turismo;

Planejamento e Avaliação do Turismo; Promoção e Marketing (nacional).

Page 21: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

21

A SNPDTur é responsável pela promoção do desenvolvimento da infraestrutura e a

melhoria da qualidade dos serviços prestados ao turismo. É formada pelos

Departamentos: Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo;

Infraestrutura Turística, Financiamento e Promoção de Investimento no Turismo;

Qualificação e Certificação e de Produção Associada ao Turismo.

A EMBRATUR é a autarquia especial do Ministério do Turismo responsável pela

execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito a promoção,

marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos

brasileiros no mercado internacional.

Em âmbito nacional ressalta-se ainda o Núcleo Estratégico do Turismo Nacional,

formado pelo próprio MTur, pelo Conselho Nacional de Turismo - órgão colegiado

que tem como atribuição assessorar o Ministro de Estado do Turismo na

formulação e na aplicação da Política Nacional de Turismo e dos planos,

programas, projetos e atividades derivados. Sua formação é composta por

representantes do governo federal e dos diversos segmentos do turismo, sendo

integrado atualmente por 70 conselheiros de instituições públicas e entidades

privadas do setor em âmbito nacional; e pelo Fórum Nacional dos Secretários e

Dirigentes Estaduais de Turismo (FORNATUR) formado pelos secretários estaduais de

Turismo e/ou presidentes de órgãos estaduais de Turismo com a missão de debater

temas relevantes do turismo nacional, incorporando as demandas estaduais,

regionais e nacionais, e expressando o pensamento e a ação do executivo estadual

na gestão do turismo nacional, constituindo um bloco de expressão técnica e

política, atuando como órgão assessor do Ministério do Turismo, na elaboração e

na implantação do Plano Nacional do Turismo e na discussão dos principais

programas e projetos do turismo brasileiro.

Plano Nacional de Turismo 2013-2016: O Turismo Fazendo muito mais pelo Brasil

- é o principal instrumento de planejamento e gestão que coloca o Turismo como

2.1.2. Plano Nacional de Turismo

Page 22: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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indutor do desenvolvimento, da geração de emprego e renda no País. O Plano é

fruto do consenso de todos os segmentos turísticos envolvidos no objetivo comum

de transformar a atividade em um importante mecanismo de melhoria do Brasil e

fazer do Turismo um importante indutor da inclusão social. Este Plano está

alinhado ao Plano Plurianual 2012/2015, tendo ainda como insumo básico o

Documento Referencial - Turismo no Brasil 2011/2014, destacando, no âmbito da

gestão, as diretrizes que devem nortear o desenvolvimento do turismo brasileiro,

como a participação e diálogo com a sociedade; a geração de oportunidades de

emprego e empreendedorismo; o incentivo à inovação e ao conhecimento; e a

regionalização como abordagem territorial e institucional para o planejamento.

O PNT 2013/2016 avança na perspectiva de expansão e fortalecimento do

mercado interno, com especial ênfase na função social do turismo. Mas é também

um compromisso de continuidade das ações dos planos 2003/2007 e 2007/2010 já

desenvolvidas pelo Ministério do Turismo e pela EMBRATUR no sentido de

consolidar o Brasil como um dos principais destinos turísticos mundiais.

Mais do que uma carta de intenções, é um instrumento de ação estratégica, bem

delineada nos seus macroprogramas e nas metas para os próximos quatro anos. O

Plano Nacional de Turismo realiza o compromisso de apresentar ao País, de forma

consolidada e sistemática, a Política Nacional de Turismo.

Fortalecer o Turismo interno, promover o

Turismo como fator de desenvolvimento

regional, assegurar o acesso de

aposentados, trabalhadores e estudantes

a pacotes de viagens em condições

facilitadas, investir na qualificação

profissional e na geração de emprego e

renda e garantir ainda mais condições

para a promoção do Brasil no exterior são

algumas das ações que fazem do Plano

Nacional do Turismo 2007/2010.

Page 23: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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Sancionada em 17 de setembro de 2008, a Lei nº 11771/08 dispõe sobre a Política

Nacional de Turismo, sendo conhecida como a Lei Geral do Turismo (LGT),

estabelece o marco regulatório que faltava ao Turismo e o proclama como uma

atividade econômica e importante vetor no desenvolvimento do país,

disciplinando a prestação dos serviços turísticos através da obrigatoriedade do

cadastramento e regulamentação do funcionamento dos mesmos. Também são

estabelecidas as regras para fiscalização dos serviços turísticos, definindo infrações

e penalidades, bem como programas de qualificação e capacitação da mão-de-

obra que envolve o setor.

A LGT define ainda as atribuições do governo federal no planejamento,

desenvolvimento e estímulo ao setor e institui o Sistema Nacional de Turismo,

cujo objetivo é compatibilizar os esforços e as ações federais com aquelas dos

estados e municípios a serem observadas na elaboração e revisão do Plano

Nacional de Turismo.

Propõe, também, a implementação de um sistema de informações turísticas com

possibilidade de monitorar os impactos sociais, econômicos e ambientais da

atividade, além de estabelecer condições

operacionais do Fundo Geral de Turismo

(Fungetur). De forma geral, o principal

objetivo da LGT é aumentar a inserção

competitiva do produto turístico brasileiro

no mercado nacional e internacional.

2.1.3. Lei Geral do Turismo

2.2. PARANÁ

2.2.1. Secretaria do Esporte e do Turismo

Page 24: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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A Secretaria de Estado do Esporte e do Turismo atua de forma operacional com três entidades vinculadas - Paraná Turismo, Centro de Convenções de Curitiba e Instituto Paranaense de Ciência do Esporte (IPCE), além de dezesseis escritórios regionais, sendo que em Cascavel, Foz do Iguaçu e Londrina existem profissionais da área de turismo.

Paraná Turismo

A primeira organização pública do Turismo no Paraná, foi a PARANATUR, criada em

1969. Substituída pela Paraná Turismo, que tem como objetivos a execução do

Plano de Desenvolvimento do Turismo do Paraná, através da operacionalização de

programas e projetos para a diversificação de destinos turísticos e de promoção e

apoio a comercialização do destino Paraná.

CONTATO

PARANÁ TURISMO

Alameda Dr. Muricy, 950 - Centro - CEP: 80530-913 - Curitiba - PR 41 3352-6443 / 41 3253-0882

Centro de Convenções de Curitiba - CCC

Situado em Curitiba oportuniza a comunidade o acesso à cultura, arte e ao

conhecimento científico e tecnológico, através de infraestrutura adequada é

equipada para a realização de eventos.

Page 25: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

25

Dentro da estrutura da SEET destaca-se ainda o Conselho de Turismo do Paraná.

Trata-se de um órgão colegiado de assessoramento que congrega representantes

do Governo Estadual e de entidades representativas dos diversos setores que

compõem o Turismo estadual. Tem por finalidade auxiliar na formulação, no

acompanhamento e na avaliação dos planos, programas, projetos e atividades

derivadas da Política Estadual de Turismo.

No site www.turismo.pr.gov.br na aba institucional, no item Conselho Estadual de

Turismo encontra-se em destaque o Regimento, Calendário de reuniões e

entidades membros. Neste mesmo endereço, é possível conhecer também o

Fórum Estadual de Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo que, com o

objetivo de fortalecer a Estrutura Pública do Estado, traz projetos prioritários de

cada região e os anseios regionais para discussão através de articulações com os

representantes municipais do poder público. Fortalece as regiões a partir de

discussões nas diversas instâncias e mostra seus posicionamentos para o Conselho

Consultivo de Turismo do Paraná. Cria assim um mecanismo de comunicação

prático e contínuo entre as regiões e o Estado e otimiza a comunicação e as

informações entre Estado, regiões e municípios. Não deixe de contatá-lo.

Através da Lei nº 15.973, de 2008, ficou estabelecida a Política de Turismo do

Paraná, que se constitui em um conjunto de estratégias e prioridades que

orientam o desenvolvimento sustentável do Turismo no Estado do Paraná,

integrando sua política econômica, de forma planejada e organizada,

consolidando-o como destino turístico e proporcionando a inclusão social de sua

2.2.2. Política Estadual de Turismo

Page 26: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

26

população.

Para maior conhecimento da Política Estadual de Turismo, consulte o site

www.turismo.pr.gov.br

Firmado pelo Conselho de Turismo do

Paraná, o Plano de Turismo do Estado do

Paraná 2012-2015, vem reforçar o

comprometimento do poder público, do

setor privado e da sociedade civil

organizada para o desenvolvimento

responsável da atividade no Estado.

Foi estruturado pelo grupo de trabalho responsável pelo planejamento estratégico

desse Conselho, composto por profissionais da então Secretaria de Estado do

Esporte e Turismo – SEET, Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo,

Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado do Paraná, Instituto

Superior de Turismo Sustentável/ UFPR e SEBRAE-PR, entre 2011 e 2012, com

apoio de consultoria do SEBRAE-PR e consulta aos membros do Conselho para

coleta de demandas específicas e desafios para o turismo estadual, garantindo seu

caráter estratégico e participativo. Também foram consultados os municípios

turísticos, assim como docentes da área de planejamento turístico dos cursos

superiores em Turismo do Estado.

Além dos resultados desta consulta, tem como base a Lei Estadual nº 15973 de 13

de Novembro de 2008 que instituiu a Política de Turismo do Paraná, bem como

dados e resultados do Plano de Desenvolvimento Turístico 2008-2011 e de estudos

recentes sobre o Turismo no Paraná e no Brasil, além do conteúdo constante no

2.2.3. Plano de Turismo do Estado do Paraná 2012-2015

Page 27: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

27

Plano Nacional de Turismo 2012-2015, em fase de aprovação pelo Ministério do

Turismo.

Deste conjunto de instrumentos, surgiram os subsídios para elaboração deste

Plano, que segue uma ordem lógica, e conecta os objetivos e metas às estratégias

e resultados esperados com os programas, ações e projetos para incrementar o

turismo paranaense.

Possuindo o objetivo de desenvolver o Turismo no Paraná de acordo com

princípios orientadores estabelecidos (Sustentabilidade, Descentralização,

Regionalização, Inclusão Social, Conhecimento, Competitividade, Qualidade,

Parcerias, Visão Sistêmica e Mobilização), tendo o Pacto Paraná pelo Turismo

como instrumento de articulação, o Plano de Turismo do Estado do Paraná 2012-

2015 se implementa a partir de três áreas estratégicas onde se encontram

distribuídos nove programas de atuação, conforme a figura abaixo.

Page 28: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

28

A versão completa de tal Plano encontra-se disponível na aba institucional do site

www.turismo.pr.gov.br

A Regionalização do Turismo é um modelo de gestão de política pública

descentralizada, coordenada e integrada, baseada nos princípios da flexibilidade,

articulação, mobilização, cooperação intersetorial e interinstitucional e na sinergia

de decisões.

Iniciada em 2003 a partir do desenvolvimento do Programa de Regionalização do

Turismo (PRT) - Roteiros do Brasil do Ministério do Turismo, no Paraná a

regionalização do Turismo foi definida como política em 2004, através do Programa

de Municipalização e Regionalização e do Projeto Turismo Regionaliza Paraná.

Neste item será tratado do tema e da sua forma de implementação através dos

dois programas acima mencionados, como também serão apresentadas as

instâncias de Governança que atuam nas Regiões Turísticas do Paraná, sendo que é

fundamental o contato do dirigente municipal de Turismo com sua região, para

conhecer o que está sendo feito e, principalmente, o que já foi feito.

Para compreender melhor, segue definição do que é Região Turística, segundo a

Política de Turismo do Paraná:

Segundo a Lei nº. 15.973 ( Art.1º):

II - Região Turística é o território caracterizado por um conjunto de municípios

turísticos ou de interesse turístico, que possuem afinidades e complementaridades

culturais ou naturais, que possibilitam o planejamento e a organização integrados,

como também a oferta de produtos turísticos mais competitivos nos diferentes

mercados, agregando força principalmente na gestão e promoção.

3. Regionalização do Turismo

Page 29: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

29

É um dos principais elementos da execução da Política do Turismo e referência

para todas as ações do Ministério do Turismo. O Programa de Regionalização do

Turismo (PRT) propõe a estruturação, o ordenamento e a diversificação da oferta

turística no País e se constitui no referencial da base territorial do Plano Nacional

de Turismo. Através do PRT mapeou-se as Regiões Turísticas no Brasil, envolvendo

cerca de 3.819 municípios.

A implementação do PRT promoveu a cooperação e a parceria de todos os

segmentos envolvidos, a fim de atingir os seguintes objetivos:

Dar qualidade ao produto turístico; Diversificar a oferta turística; Estruturar os destinos turísticos; Ampliar e qualificar o mercado de trabalho; Aumentar a inserção competitiva do produto turístico no mercado

internacional; Ampliar o consumo do produto turístico no mercado nacional; Aumentar a taxa de permanência e gasto médio do turista.

No âmbito nacional, o PRT é coordenado pelo

Ministério do Turismo, com apoio do Conselho

Nacional de Turismo, por meio da Câmara Temática

de Regionalização.

O Ministério também estabeleceu canais de

interlocução com as Unidades Federadas, por meio

das secretarias estaduais de turismo, apoiados pelos

Fóruns e/ou Conselhos Estaduais de Turismo e pelas

câmaras temáticas estaduais de regionalização.

As secretarias estaduais de turismo, por sua vez, se relacionam com as Regiões

Turísticas por meio das Instâncias de Governança Regionais, instaladas ou em fase

3.1. Programa de Regionalização do Turismo - PRT

ROTEIROS DO BRASIL

Page 30: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

30

de instalação e com os Municípios, mediante os OOT’s e seus Conselhos Municipais

de Turismo.

Os módulos operacionais utilizados para a implementação do PRT foram:

Sensibilização;

Mobilização;

Institucionalização da Instância de Governança Regional;

Elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Regional;

Implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo

Regional;

Sistema de Informações Turísticas do Programa;

Roteirização Turística;

Promoção e Apoio à Comercialização;

Sistema de Monitoria e Avaliação do Programa.

A organização planejada do desenvolvimento da atividade no Paraná ocorreu

inicialmente através da Política Estadual de Turismo 2003-2007 e em 2008, através

do Plano de Desenvolvimento do Turismo do Paraná 2008-2011. Como visto

anteriormente, na área de gestão e articulação está o Programa de

Municipalização e Regionalização do Turismo, com o principal objetivo de

promover a descentralização da atividade.

Para maior conhecimento sobre como se deu o processo de Regionalização do

Turismo no Paraná acesse:

www.turismo.pr.gov.br

Dentro dessa visão de descentralização foi criada, no Conselho Consultivo de

Turismo do Estado, a Câmara de Regionalização do Turismo que possuía atuação

3.2. Regionalização do Turismo no Paraná

3.2.1. Como se deu a regionalização do Turismo

no Paraná?

Page 31: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

31

sinérgica com a extinta Secretaria de Estado do Turismo e com a interlocução do

Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil, sendo o principal

fórum de articulação da Regionalização no Paraná.

Com a criação dessa Câmara e a articulação com o Fórum Estadual dos Secretários

Municipais de Turismo, em 2003 tiveram início as discussões sobre a

Regionalização do Turismo no Estado, que até aquele momento não apresentava

Regiões Turísticas oficiais. Ao longo dos anos houve algumas mudanças acerca da

definição dos municípios que compunham as Regiões Turísticas, bem como a

quantidade de Regiões Turísticas oficializadas no Paraná. Em 2008, se fez uma

Oficina de Análise do Mapeamento, em função de solicitações de alguns

municípios que queriam mudar de região, a solicitação foi aceita e foram

estabelecidas as 10 Regiões Turísticas do Paraná. No mesmo, ano também foram

criadas as marcas das 10 Regiões Turísticas do Estado e seus respectivos Planos de

Desenvolvimento Regional.

Os Planos de Desenvolvimento Regional das Regiões Turísticas do Paraná

encontram-se para consulta no Perfil Profissional, na aba Gestores Públicos:

www.turismo.pr.gov.br

Em 2013, o Programa de Regionalização do Turismo foi reestruturado pelo MTur,

em conjunto com os estados, surgindo a Portaria nº 313/2013, que traz o novo

mapa da Regionalização. No Paraná, em atenção aos critérios estabelecidos por

esse Ministério, e a partir de oficinas participativas, foi estabelecido o novo Mapa

Regional, com quatorze Regiões Turísticas.

Em todo o processo que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a

implementação de Planos Estratégicos de Desenvolvimento do Turismo Regional, é

necessário que exista uma organização, que deve se encarregar da coordenação,

acompanhamento e gestão da região turística.

3.2.2. O que são Instâncias de Governança

Regional?

Page 32: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

32

Para que isto seja possível, é necessário reconhecer, institucionalizar ou fortalecer

uma organização representativa denominada Instância de Governança Regional

(IGR), entidade civil composta preferencialmente pela iniciativa privada, poder

público e sociedade civil organizada, com o papel de fazer a gestão do turismo

numa dada região.

Com base na divisão do Paraná em 14 regiões turísticas, até o momento

encontram-se instituídas, a partir de processos participativos, 8 (oito) Instâncias de

Governança Regional do Turismo, sendo que em setembro de 2012 foi constituído

o Decreto Estadual nº 5925 que apresenta os critérios para certificação de

reconhecimento das Instâncias de Governança de Turismo do Paraná.

Segundo o Decreto Estadual 5925/12 as IGR’s tem o papel de:

“§ 3º (...) cooperar por mútua colaboração com o Estado do Paraná, na

execução das políticas públicas de desenvolvimento do setor turísticos

paranaense numa dada região, com visão de sustentabilidade. Portanto,

constituem-se em espaços de articulação de atores sociais e tem por

objetivo a proposição, análise e monitoramento de políticas, planos e

projetos na área do turismo sustentável.”

O processo de Certificação vai ao encontro com as premissas adotadas pelo

processo de regionalização do turismo, buscando dessa forma fortalecer e

profissionalizar as Instâncias de Governança Regionais, dotando-as de ferramentas

para uma gestão profissional e sustentável, e desta forma, fortalecendo o turismo

junto a Região Turística e, consequentemente, desenvolvendo aos municípios.

Gestores do Turismo Municipal consultem o que as

IGRs podem oferecer a você para auxiliá-lo no

desenvolvimento de seu município e de sua região.

Os municípios das Regiões Turísticas podem consultar as funções

das IGRs e os benefícios de associarem-se através do site das IGRs,

entrando em contato com elas ou procurando a Paraná Turismo

para mais esclarecimentos.

Lembrete

Page 33: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

33

FIGURA 2 - REGIÕES TURÍSTICAS DO PARANÁ

FONTE: Paraná Turismo, 2014

Na Figura 2 pode-se visualizar o mapa Paraná subdividido em Regiões Turísticas.

São em número de quatorze, porém nem todas possuem instâncias de governança

regionais institucionalizadas, como poderá ser observado no Quadro abaixo.

3.2.3. Atualmente, quais são as Regiões Turísticas e quem exerce sua governança?

O que são instâncias de governança

regional?

Page 34: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

34

INSTÂNCIAS DE GOVERNÂNCIA

CÓDIGOREGIÃO TURÍSTICA INTERLOCUTOR REGIONAL E-MAIL TELEFONE POSSUI IGR IGR

1 CAMPOS GERAIS Karen Kobilarz [email protected] 42- 3225-1398 SIM ADRTCG

2

CATARATAS DO IGUAÇU E

CAMINHOS AO LAGO DE ITAIPU Dayane Passos [email protected] 45- 3268-1006 SIM

ADETUR CATARATAS E

CAMINHOS

3 CORREDORES DAS ÁGUAS Wanda Ugeda Pille [email protected] 44- 3221-1616 SIM RETUR

4 ESTRADAS E CAMINHOS Nilson Padilha [email protected] 44- 9999-8001 NÃO _

5 LITORAL DO PARANÁ Rafael Andreguetto [email protected] 41-9164-6395 SIM ADETUR LITORAL

6 NORTE DO PARANÁ Jorge Luiz Bigoto [email protected] 43- 3256-1665 SIM ADETURNORP

7 RIQUEZAS DO OESTE José Francisco de Campos [email protected] 45- 3278-1953 SIM ADETUROESTE

8 ROTAS DO PINHÃO Adriane A Vortolin [email protected] 41- 3250-7780 NÃO _

9 TERRA DOS PINHEIRAIS Daiane Scolaro [email protected] 42- 3523-1413 SIM ADECSUL

10 VALES DO IGUAÇU Célio W. Boneti [email protected] 46- 3524-0558 SIM AGENCIA DE DES. SUDOESTE

11 CANTUQUIRIGUAÇU Terezinha Busanelo Freire [email protected] 42- 3638-8005 NÃO _

12 VALE DO IVAÍ Marcus Wielewski [email protected] 43- 3472-6828 NÃO _

13 NORTE PIONEIRO Eliéder Aparecido Borges [email protected] 43- 3566-2354 NÃO _

14 ROTEIROS DA COMCAM Ruben Orlando Moyano [email protected] 44- 3525-1878 NÃO _

5.

Como vimos no item 1, a Gestão Municipal do Turismo envolve várias ações, que

vão desde o planejamento até a avaliação, feita a partir da definição de

indicadores. Neste item serão tratados vários temas que integram e ajudam a

tornar a gestão do Turismo mais eficaz, propiciando seu desenvolvimento

sustentável.

4. GESTÃO MUNICIPAL DO TURISMO

Através da regionalização os municípios se

complementam e/ou se integram, tornando-se mais

competitivos e capazes de ganhar novos mercados.

Lembrete

Page 35: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

35

Vamos iniciar pelo Planejamento e chegar ao Marketing, abordando instrumentos

de organização e ações de educação para o Turismo, capacitação, promoção e

apoio a comercialização.

Grande parte das pessoas acredita que sim. Mas este é um mito que temos que

quebrar. E na verdade é só quando iniciamos o processo, quando estamos

realizando as etapas que vemos que planejamento é lógica, é um desencadear

coerente e necessário para conhecermos nosso objeto de planejamento. Mas o

que é o planejamento?

Planejamento é a definição de um futuro desejado e de todas as providências

necessárias à sua materialização. É a atitude anterior à tomada de decisões.

Segundo RUSCHMANN (1997), planejar é desenvolver os espaços, juntamente com

as atividades que atendam aos anseios das populações locais e dos turistas,

constituindo-se metas do poder público, em conjunto com a comunidade e setor

privado. A elaboração do planejamento estratégico para o desenvolvimento do

Turismo tem como objetivo buscar soluções, com mais eficiência, para os

problemas futuros ou em alguns casos, poder evitá-los.

O ideal é estabelecermos um processo de planejamento participativo. Mas o que

significa planejamento participativo?

De acordo com BUARQUE (1999), é um processo técnico e político de decisão

compartilhada sobre as ações necessárias ao desenvolvimento local, que assegura

o envolvimento dos diversos atores sociais na apreensão da realidade, na definição

das prioridades e no acompanhamento da execução das ações. É um planejamento

que assegura a participação da comunidade envolvida no processo de

desenvolvimento, que leva à construção de um projeto coletivo com convergência

da sociedade em torno de prioridades fundamentais para a ação.

4.1. Planejar o Turismo: será que é muito difícil?

Page 36: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

36

O Planejamento é apenas uma técnica metodológica

que se materializa nos documentos:

Política: Objetiva o desenvolvimento do Turismo e seu

equacionamento como fonte de renda nacional. Pode ser

entendida como um conjunto de atividades e estratégias,

organizada por uma coletividade e adotada diante do

fenômeno turístico.

Plano: Implementação da Política. Mais abrangente e

superficial, possibilita uma visão geral. Análise de todas as

variáveis envolvidas com o fenômeno turístico, com menor

grau de detalhamento, que resume o conjunto de propostas a

serem consideradas no processo de planejamento. É um

conjunto de programas.

Programa: Conjunto de projetos que possuem similaridade ou

complementaridade. Tem uma visão de articulação entre as

várias alternativas/estratégias do Plano e sua implementação.

Identifica necessidades específicas.

Projeto: Aborda um elemento específico do Turismo e o

estuda de forma detalhada. É qualquer propósito de ação

definido e organizado, de forma racional que permite

determinar os custos e benefícios de um investimento.

Estabelece os passos, os envolvidos, os recursos necessários,

os responsáveis pelas atividades, os estudos de viabilidade

(ver também Capítulo V – Orientação para Apresentação de

Projetos Turísticos).

Lembrete

Page 37: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

37

O Plano Diretor (PD), previsto na Constituição Federal e disciplinado no Estatuto

das Cidades (Lei Federal nº 10.257/01), define os critérios de ordenamento das

cidades e das áreas de expansão urbana, como também as regras básicas de

zoneamento urbano, parcelamento do solo urbano, ordenação do sistema viário e

proteção ambiental. O Plano Diretor parte de uma leitura da cidade real,

envolvendo temas e questões relativos aos aspectos urbanos, sociais, econômicos

e ambientais, que embasa a formulação de hipóteses realistas sobre as opções de

desenvolvimento e modelo de territorialização. O objetivo do Plano Diretor não é

resolver todos os problemas da cidade, mas sim ser um instrumento para a

definição de uma estratégia para a intervenção imediata, estabelecendo princípios

de ação para o conjunto dos agentes envolvidos na construção da cidade.

A constituição de 1988 define como obrigatório o Plano Diretor para cidades com

população acima de 20.000 habitantes. O Estatuto da Cidade reafirma esta diretriz,

estabelecendo obrigatório também para os municípios situados em regiões

metropolitanas ou aglomerações urbanas; em áreas de interesse turístico; ou em

áreas sob influencia de empreendimentos de grande impacto ambiental.

Segundo a Lei nº. 6.513

(Capítulo I, Art.1º):

“Consideram-se de interesse turístico as

Áreas Especiais e os Locais instituídos na

forma da presente Lei, assim como os

bens de valor cultural e natural,

protegidos por legislação específica, e

especialmente:

I - Os bens de valor histórico, artístico,

arqueológico ou pré-histórico;

II - as reservas e estações ecológicas;

III - as áreas destinadas à proteção dos recursos naturais renováveis;

4.1.1. E o Plano Diretor? O que é?

Page 38: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

38

IV - as manifestações culturais ou etnológicas e os locais onde ocorram;

V - as paisagens notáveis;

VI - as localidades e os acidentes naturais adequados ao repouso e a prática de

atividades recreativas, desportivas ou de lazer;

VII - as fontes hidrominerais aproveitáveis;

VIII - as localidades que apresentam condições climáticas especiais;

IX - outros que venham a ser definidos, na forma desta lei.”

Mais adiante, a mesma Lei apresenta o conceito de “Áreas Especiais de Interesse

Turístico” e os “Locais de Interesse Turístico”, colocando que (Lei nº. 6.513

Capítulo I):

“Artigo 3º - Áreas Especiais de Interesse Turístico são trechos contínuos do

território nacional, inclusive suas águas territoriais, a serem preservadas e

valorizadas no sentido cultural e natural, e realização de planos e projetos de

desenvolvimento turístico.

Artigo 4º - Locais de Interesse Turístico são trechos do território nacional,

compreendidos ou não em Áreas Especiais, destinados por sua adequação ao

desenvolvimento de atividades turísticas, e à realização de projetos específicos, e

que compreendam”.

O Estatuto da Cidade define a abrangência territorial do Plano Diretor de forma a

contemplar as zonas rurais e não somente o perímetro urbano, uma vez que a

política urbana deverá promover a integração e a complementaridade entre as

atividades urbanas e rurais tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do

município e do seu território como área de influencia. A Constituição ao prescrever

que a política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar e o

desenvolvimento sustentável de seus habitantes.

É recomendável que todos os municípios tenham Plano

Diretor, mesmo aqueles que não se encaixam em

nenhuma das categorias mencionadas no Estatuto, já

que o planejamento territorial é um processo que

interessa a todos.

Lembrete

Page 39: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

39

O Turismo é um dos aspectos que poderão ser contemplados ou não em função da

importância que a atividade tem para determinado local, lembrando que a

atividade turística vem sendo reconhecida, constantemente, como alternativa para

um desenvolvimento socialmente mais justo, economicamente mais viável e

ecologicamente mais correto.

De acordo com SANTOS (2006, p.35), “como o planejamento urbano dá ênfase a

outras funções dos municípios, como as comerciais, administrativas, industriais,

residenciais, entre outras, nota-se que a maioria dos esforços do poder público são

voltados para atender essencialmente as necessidades da população local e não

especificamente ao turismo”. Desta maneira, contata-se que tanto a atividade

turística quanto a população de certa localidade fazem uso de um mesmo

território, existindo a necessidade da integração do Turismo no PD dos municípios.

Para a inserção do Turismo no Plano Diretor a equipe consultora responsável pela

elaboração do mesmo deve contar com a participação de um turismólogo

dependendo da potencialidade e dos aspectos turísticos do município. Existem

duas formas de se abordar o Turismo no Plano Diretor, uma delas é esta, com a

participação de um profissional da área no processo e, consequentemente, a outra

é pelo conteúdo técnico resultante de cada etapa. Este conteúdo baseia-se na

participação tanto da iniciativa privada quanto dos órgãos públicos tendo, ambos,

representantes da atividade turística no município. (SANTOS, 2006)

O Plano Municipal de Turismo é um documento do planejamento onde estão

reunidas propostas que nortearão o processo de desenvolvimento do Turismo no

município. Para sua elaboração devem-se observar algumas condições como:

4.1.2. E o Plano Municipal de Turismo?

O Plano Municipal de Turismo deve estar em

consonância com o Plano Diretor.

Para tanto, as ações inerentes ao desenvolvimento da atividade

turística devem ser um detalhamento das orientações do Plano Diretor

no que se refere ao desenvolvimento da atividade turística no

município.

Lembrete

Page 40: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

40

- A importância política, social, econômica, cultura e ambiental da atividade

turística no município, conhecimento da realidade local através da identificação

dos problemas, dos entraves e das potencialidades;

- De reuniões com dirigentes municipais e lideranças comunitárias para detectar

receptividade e conhecimento da atividade turística;

- De levantamentos da situação atual e os aspectos sociais, econômicos, culturais,

urbanísticos, ambientais etc., e da realização do inventário turístico municipal.

Para que as informações e as ações sejam feitas da melhor forma possível, é

necessário que antes do fechamento do Plano Municipal de Turismo se faça uma

pesquisa entre os outros planos municipais. Precisa-se trabalhar com esta

articulação e com o Plano Regional, porque a atividade turística depende

indiretamente de trabalhos realizados por outros departamentos tais como

transporte e segurança. Nesses planos podem ter propostas que, de algum modo,

influenciam na atividade turísticas do município.

Para se iniciar a elaboração de um Plano Municipal de Turismo é necessário um

levantamento da oferta e da demanda turística. Também é fundamental que se

busque conhecer os atores envolvidos com a atividade no Município. Conversas

informais e reuniões com lideranças e entidades representativas da comunidade

também são bem-vindas, para se ter um maior conhecimento do objeto do

planejamento. Após o Inventário da Oferta Turística e o levantamento da demanda

turística é que se inicia a confecção do Plano, observando os seguintes itens:

Diagnóstico

4.1.2.1. Quais os passos para elaboração do Plano

Municipal de Turismo?

Page 41: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

41

O diagnóstico é uma análise da situação atual do município, através das

informações coletadas sobre a oferta, a demanda, os projetos existentes, mão

de obra, legislação pertinente e envolvimento da comunidade. Pode ser feito

estruturando-se os pontos fortes e fracos. Pelo diagnóstico é possível

identificar a vocação turística do Município.

Prognóstico

O prognóstico é a realização de projeções para o futuro com base no

diagnóstico. O que é possível prever diante da situação encontrada. E o que

poderá vir acontecer se não houver uma intervenção nesta situação. No

prognóstico devem ser observados os aspectos quantitativos (projeções

estatísticas) e os aspectos qualitativos (criar imagens usando a criatividade).

Objetivos e Metas

Baseando-se nas etapas anteriores, deve-se determinar o que se quer atingir.

Os objetivos são os resultados, os alvos, os focos a serem alcançados. E as

metas são os objetivos quantificados (tempo, quantidade, e outros).

Estratégias de Ação

Definir a estratégia de ação é encontrar as alternativas para cumprir

determinado objetivo. Deve-se realizar uma análise sobre as várias alternativas,

observando-se a probabilidade do êxito, a relação custo/benefício, o interesse

da comunidade, o tempo de execução, os recursos disponíveis etc. Por fim,

deve-se definir qual a melhor forma de atingir os objetivos.

Proposições de Atuação - Programas/Projetos

São as atividades previstas na execução do PLANO. Estas atividades estão

relacionadas à organização turística municipal, à conscientização turística, à

infraestrutura urbana, aos equipamentos turísticos, as formas de Turismo a

serem incentivadas ao aproveitamento de espaços, à formação de mão de

obra, à sinalização turística, à organização do calendário de eventos, ao

aproveitamento das manifestações populares, às ações de marketing e outros.

Aprovação

Page 42: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

42

Apresentação do Plano para a Prefeitura Municipal, Conselho Municipal de

Turismo, Câmara dos Vereadores e outros, para divulgá-lo e buscar sua

aprovação.

Operacionalização e Execução

Através dos programas e projetos. Os programas são um conjunto de projetos.

Ex. Dentro do Programa de Manutenção dos Atrativos Naturais estão os

seguintes projetos:

Projeto de Conservação e fiscalização de trilhas;

Projeto de Conservação e revisão dos equipamentos instalados.

Os projetos são os detalhamentos das ações, com prazos, responsáveis e

outros. É a parte operacional do Plano.

Acompanhamento e Avaliação

Definição da linha de monitoria e avaliação dos programas e projetos

propostos.

O Inventário da Oferta Turística é a base para o planejamento, ou seja, é uma

condição para se realizar o Plano Municipal de Turismo. Pois como podemos

planejar sem saber nossas fraquezas e nossas fortalezas? O Inventário é o

O Plano Municipal de Turismo deve ser elaborado com

a participação da comunidade e de profissionais

especializados e estar dentro de um contexto

municipal, regional, estadual e federal.

É flexível em sua implantação, e deve ser ajustado conforme as

necessidades. E naturalmente, observando os princípios da

sustentabilidade.

4.1.2.2. Por que é importante fazer o Inventário

da Oferta Turística Municipal?

Lembrete

Page 43: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

43

levantamento de dados da Oferta Turística: dos atrativos turísticos (sejam eles

naturais, histórico-culturais, atividades econômicas, manifestações populares,

eventos e realizações técnicas/científicas); dos equipamentos e serviços turísticos

(hospedagem, alimentação, entretenimento, agenciamento e outros.) e da

infraestrutura de apoio ao turismo (como transporte, segurança, comunicação,

saúde e outras estruturas básicas e facilidades do município).

Sua importância está ligada ao fato de que possibilita selecionar os elementos

capazes de gerar correntes turísticas atuais ou potenciais, apresenta e identifica as

singularidades dos atrativos turísticos, para transformá-los em produto turístico.

Possibilita realizar uma análise crítica com base em parâmetros comparativos dos

aspectos diferenciais, determinando o tipo de Turismo a ser desenvolvido, a partir

dos aspectos qualitativos e quantitativos da oferta com as aspirações, motivações e

necessidades da demanda, possibilita assim realizar avaliações e estabelecer

prioridades para a aplicação de recursos.

Também fornece subsídios para um melhor planejamento, gera conhecimento dos

locais turísticos, bem como de suas condições de utilização. Também é função do

Inventário oferecer um estudo sistemático da oferta, quantificar e qualificar os

atrativos inventariados, permitindo a sua avaliação, facilitar a adoção de medidas

precisas de proteção e ordenação dos recursos turísticos através do planejamento,

criar um instrumento técnico de apoio a estudos e projetos a serem desenvolvidos

pelos diferentes segmentos do setor e contribuir na identificação dos atores

envolvidos na atividade turística.

Atualmente o MTur disponibiliza um

site exclusivo para orientar sobre a

realização do Inventário pelos

Municípios - o INVTUR. Informações

através do e-mail:

[email protected].

4.1.2.3. Como Elaborar o Inventário da Oferta

Turística Municipal?

Page 44: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

44

O Inventário tem início com as pesquisas de gabinete; pesquisas bibliográficas em

publicações, guias turísticos, manuais, jornais, revistas; pesquisas em institutos

culturais, técnicos, científicos, ambientais, de fomento e turísticos. Depois é feita a

pesquisa de campo para se examinar a veracidade das informações e fazer os

complementos necessários, além de registro fotográfico e entrevistas. Devem ser

usados os formulários do INVTUR para registrar as informações pesquisadas e

classificá-las por categoria, tipos e subtipos, conforme manual também disponível

no site informado. Após o preenchimento deve-se selecionar as informações e o

material levantado de acordo com sua validade para o Plano e as outras formas de

divulgação.

A partir do registro e da classificação pode-se estabelecer o valor dos atrativos e

hierarquizá-los para determinar a sua importância turística dentro do contexto

municipal, regional e nacional.

É necessário reunir um conjunto de fatores que permitem captar as qualidades e

valores intrínsecos (singularidades) que possui cada atrativo, em função de sua

natureza e dos elementos que exercem ou podem influenciar o seu

aproveitamento turístico, como os que se referem à infraestrutura, ao acesso,

existência de transporte e de serviços turísticos, entre outros. A análise desses

fatores deverá ser efetuada sob o ângulo estritamente turístico. Esta avaliação é

necessária, pois pode definir a importância atual ou futura de um atrativo em

relação a outros de características homogêneas.

A hierarquização é o processo que permite ordenar os atrativos turísticos

identificados na inventariação, de acordo com seu grau de importância. Essa

análise contribui na formatação de roteiros (para inclusão ou exclusão do atrativo

no roteiro turístico), na identificação dos pontos fortes e minimização dos pontos

fracos. Também contribui na identificação do público-alvo do atrativo avaliado, na

priorização de ações, na promoção turística, entre outros subsídios que possam

pautar as tomadas de decisões dos governantes, administradores, gestores e

empreendedores.

Para avaliação e hierarquização dos atrativos turísticos, a equipe de avaliação

deverá ter como base os elementos de descrição da ficha do atrativo a ser avaliado

e, realizar coleta de material visual (fotos), assim a equipe terá condições de

Page 45: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

45

atribuir valores ao atrativo.

Depois de todas estas etapas realizadas chega-se ao processo de divulgação, que

pode ocorrer através de:

Mapeamento - Registro gráfico. Visualização das concentrações de atrativos, equipamentos e infraestrutura de apoio. Detectam-se falhas ou concentrações desaconselháveis. Favorece o planejamento.

Publicações Técnicas e Promocionais - Permitem orientar planejadores, empresários, investidores e turistas (roteiros, pôsteres, folders, vídeos...).

Publicações Informativas - Guias de hotéis, restaurantes, serviços, entre outras publicações.

Matéria para veículos de Comunicação.

Dossiês para Postos de Informações Turísticas ou Centrais Telefônicas ou de Atendimento ao Turista ou site.

A demanda é formada por aqueles que nos visitam (efetiva) ou que pretendem nos

visitar (potencial). Para se conhecer a demanda efetiva podem ser realizadas

pesquisas através de formulários específicos que variam de acordo com o local

4.1.2.4. E a demanda, como identificamos?

O Inventário é importante para se obter conhecimento

da oferta turística, identificar as potencialidades do

município e seus pontos fortes e fracos, subsidiar ações

de conscientização turística, identificar os envolvidos

com a atividade turística no município, constituir

material técnico para consulta e divulgação, além de ser

a base para ações de planejamento.

É importante buscar o apoio de profissional

especializado.

Lembrete

Page 46: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

46

onde a mesma é realizada, pois deve se adaptar às suas particularidades. Existem

algumas questões que nortearão a elaboração do formulário:

Quem são as pessoas que viajam?

Identificar a origem, motivação de viagem, tempo de permanência, faixa etária, situação sociocultural, avaliação da eficácia dos meios de comunicação entre outros.

Porque as pessoas viajam?

Identificar a razão da viagem, sob dois aspectos: fonte motivadora (pessoal, familiar, organizacional); grau de escolha (livre escolha ou obrigatoriedade - negócios, eventos).

O que as pessoas buscam nas viagens?

As expectativas, necessidades e motivações são heterogêneas e difíceis de determinar. Os principais benefícios procurados são: mudança de ambiente, repouso, tratamento, aquisição e troca de conhecimento, projeção social, funcionalidade, praticidade, economia.

Qual a ocasião mais propícia para a viagem?

Está relacionada com a motivação da viagem. Deve-se identificar a época mais propícia que pode estar relacionada à estação climática ou a férias escolares, por exemplo.

Quanto as pessoas estão dispostas a pagar?

O visitante analisa o custo-benefício ao decidir seu destino. Deve-se identificar se o preço está compatível com o quanto o mesmo pretende pagar e com seus concorrentes.

Quando as pessoas viajam?

Identificar quais as preferências e a disponibilidade das pessoas para a realização da viagem, em relação a estações climáticas, férias escolares, feriados prolongados e outros períodos.

O planejamento das atividades ligadas ao Turismo deve estruturar-se a partir de

4.1.2.5. Que outras pesquisas os OOT dos municípios podem fazer para conhecer o fluxo e quem os visita?

Page 47: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

47

uma confiável rede de informações que possa subsidiar a composição de um

produto turístico de qualidade, principalmente no que se refere à análise dos seus

efeitos socioeconômicos e o perfil de seus demandantes, ou seja, de quem está

indo ao município.

Dessa forma é de grande importância que os municípios comecem a se preocupar

em possuir um trabalho permanente de compilação de informações e montagem

de banco de dados (séries históricas) estatísticos sobre o Turismo, utilizando-se,

entre outras estratégias, de pesquisas de campo e coleta de dados quantitativos e

qualitativos sobre os usuários dos meios de hospedagem, terminais de transporte

e atrativos turísticos.

A pesquisa em Turismo é a investigação objetiva, sistemática e lógica dos

problemas relacionados ao setor. Torna-se cada vez mais importante como auxílio

na tomada de decisões e no planejamento do produto turístico, composto de

todos os bens e serviços necessários para receber o visitante.

É importante que os OOT’s possuam dados para traçar um quadro do Turismo em

seu município. Para um banco de dados municipal devem-se levantar os seguintes

itens:

Quantificação da Oferta Turística e Mão de Obra Empregada

Identificar quantos equipamentos e prestadores de serviços turísticos o município possui, dentre eles os meios de hospedagem (hotéis, pousadas, albergues etc.), gastronomia (restaurantes, lanchonetes etc), agências de Turismo, organizadoras de eventos, transportadoras turísticas, atrativos, lojas de artesanato, companhias de transporte que operam no município etc. É importante identificar também o número de pessoas empregadas em cada um desses equipamentos/empresas do setor.

Movimentação de Passageiros

Nos terminais de passageiros rodoviários, ferroviários, portuários e nos aeroportos deve-se manter um controle do fluxo de pessoas e de veículos que por ali passam. Esses números podem ser obtidos

Page 48: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

48

com a administração dos terminais, que geralmente tem esse controle através da cobrança de taxas de embarque, ou do número de bilhetes vendidos, que podem ser obtidos com as companhias que ali operam.

Meios de Hospedagem

Conhecer a capacidade que o município possui (número de equipamentos, apartamentos e leitos/dia), bem como a sua utilização. Para tal, o município deve observar quais são os hotéis que preenchem e enviam à Paraná Turismo o Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH) e a Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH). Instrumentos estes que fornecem dados quantitativos como o fluxo e qualitativos como a motivação da viagem, meio de transporte utilizado, residência permanente, tempo de permanência, dentre outros. Com esses dados identificam-se os principais mercados emissores de turistas e o tipo de Turismo que é mais frequente (lazer, negócios, eventos etc).

Atrativos Turísticos

Para os municípios que possuem atrativos é importante que se saiba, num primeiro momento, qual o fluxo de visitantes que vai ao atrativo. Esse controle pode ser feito na entrada do atrativo e deve-se identificar, além do número de pessoas, o meio de transporte utilizado para chegar até o atrativo. Num segundo momento deve-se traçar o perfil desse visitante: identificar se são residentes ou não residentes do município que visitam o atrativo (residência permanente), forma de viajar (sozinho, com família, com amigos, em excursão) e motivação da viagem (lazer, visita técnica etc). Saber também a opinião dos visitantes sobre o atrativo.

Festas e Eventos

Nos acontecimentos programados do município é importante identificar quantos e quais são esses eventos, conhecer o fluxo médio diário de pessoas, saber o perfil básico desse visitante, como ele qualifica o evento em si e a infra-estrutura do local. Para identificar o perfil do visitante pode ser realizada uma pesquisa de demanda na festa. Essa pesquisa deve ser feita primeiramente nos eventos de maior porte.

4.2. Como o Turismo se organiza no Município?

Page 49: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

49

Para um melhor desenvolvimento e otimização dos trabalhos relacionados com o

Turismo, os municípios devem se estruturar e se organizar de forma que existam

responsáveis que conheçam e invistam na atividade turística local. Existem alguns

órgãos importantes que facilitam esse trabalho, como o OOT e o Conselho

Municipal de Turismo (CMT). O Fundo Municipal de Turismo (FMT) também é

importante, pois é uma conta que pode viabilizar recursos específicos para o

desenvolvimento do Turismo. Além desses, também é importante se pensar na

criação de Leis de Incentivo ao Turismo. Abaixo, vamos conhecer um pouco mais

desses instrumentos.

Page 50: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

50

O OOT municipal é uma unidade física e social responsável por implantar as

políticas de Turismo e orientar as ações dos diferentes segmentos do setor em

nível municipal.

Seu funcionamento administrativo e jurídico é de decisão exclusiva do poder

público municipal, podendo-se adotar a figura jurídica que melhor se adapte às

especificidades municipais: fundação, autarquia, secretária, departamento etc. É

criado formalmente por lei municipal no inicio dos mandatos do executivo

municipal.

Possui funções fundamentais para a organização e planejamento do Turismo

municipal, pois trabalha como um importante elemento catalisador e fomentador

de ações parceiras para efetivação da atividade turística.

Está voltado à criação de facilidades turísticas, como atividades de promoção,

expansão e capacitação de correntes turísticas e aproveitamento racional das

potencialidades culturais, históricas e naturais, através da criação de instrumentos

legais como: leis, decretos, políticas de Turismo, bem como planos, programas e

projetos.

Para que o desenvolvimento sustentável e adequado da atividade turística em

determinado local seja alcançando, é importante a presença de profissionais com

formação em Turismo, com conhecimento da atividade, garantindo mais

efetividade e eficácia em sua implementação.

Depois da criação do OOT municipal através de Lei, é importante regulamentá-lo.

Este documento apresenta uma sugestão de regulamentação de um OOT no

Anexo 1 (Modelo de Regulamento do Órgão Municipal de Turismo), contendo as

atribuições, que deverão ser adaptadas à realidade de cada município e a

4.2.1 Órgão Oficial de Turismo Municipal - OOT

4.2.1.1. Como implantar um OOT?

Page 51: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

51

importância que o mesmo possui no desenvolvimento local.

É um colegiado de entidades, com caráter consultivo e deliberativo, criado através

de Lei Municipal, que une esforços do poder público, da iniciativa privada e da

comunidade, visando o desenvolvimento turístico municipal.

Conceber e estimular ações para o desenvolvimento sustentável do turismo;

Participar do planejamento, da administração e da fiscalização da atividade turística no município;

Deliberar sobre a importância das ações a serem desenvolvidas e decidir sobre suas prioridades;

Executar as ações com o apoio dos poderes constituídos;

Acompanhar as ações executadas;

Identificar e orientar os investimentos na atividade turística;

Gerenciar o Fundo Municipal de Turismo, fiscalizando a aplicação de seus recursos;

Avaliar os resultados das ações e se necessário ampliá-las ou modificá-las.

Possibilitar a participação da comunidade na organização e desenvolvimento do Turismo na localidade;

Somar diferentes pontos de vista e através do consenso direcionar as ações pertinentes;

Dividir as responsabilidades pelo desenvolvimento do Turismo municipal;

Assegurar ações democráticas e participativas, possibilitando a participação

4.2.2. Conselho Municipal de Turismo - CMT

4.2.2.1. Quais as atribuições de um CMT?

4.2.2.2. Por que é importante criar um CMT?

Page 52: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

52

efetiva dos segmentos da comunidade;

Identificar as potencialidades e priorizar as ações;

Auxiliar na elaboração do plano municipal;

Planejar, ordenar, assessorar e fomentar ações;

Fomentar a priorização do Turismo como atividade econômica.

De fundamental importância na estruturação do CMT, é realizar uma análise de

envolvimento, ou seja, identificar e relacionar quais as pessoas ou entidades que

estão envolvidas com o Turismo municipal, apoiando-se principalmente nos dados

levantados no Inventário Municipal.

Comunidade rural e urbana, através de suas lideranças;

Associações, sindicatos e afins;

Grupos de manifestações populares, folclóricas e artísticas;

Clubes de serviços;

Agentes financeiros, instituições de ensino;

Empresários da iniciativa privada;

Poder público (cultura, educação, agricultura etc);

Demais entidades envolvidas com o desenvolvimento do Turismo, governamentais e não governamentais.

Deve-se formar uma comissão informal de líderes comunitários da iniciativa

pública e privada voltada para o desenvolvimento turístico com o objetivo de:

Estudar a Lei Orgânica do Município;

Conhecer e verificar o funcionamento dos outros conselhos do Município

procurando conhecer suas dificuldades e acertos;

4.2.2.3. Quem deve participar do CMT?

4.2.2.4. Quais os passos necessários para a criação

do CMT?

Page 53: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

53

Elaborar o anteprojeto de lei de criação do Conselho e encaminhá-lo ao

Prefeito Municipal e/ou Câmara Municipal;

Submeter o anteprojeto de lei para apreciação ao Prefeito Municipal;

Solicitar o parecer do departamento jurídico da Prefeitura Municipal e/ou da

Câmara Municipal, visando verificar os aspectos legais do anteprojeto;

Acompanhar e providenciar as modificações, o processo de convencimento,

à votação na Câmara Municipal e por fim a sanção do Prefeito, do projeto de

lei para a criação do Conselho;

Identificar e contatar os possíveis participantes do Conselho;

Elaborar uma minuta do regimento interno para posterior aprovação pelo

Conselho.

Para que um Conselho seja representativo e atuante, devem-se considerar algumas

questões:

Funcionar em caráter permanente;

Definir e seguir um Plano de Trabalho;

Ter suas ações norteadas aos interesses do desenvolvimento da atividade turística no município, não servindo a interesses político-partidários e/ou pessoais;

Não ser uma extensão do poder público municipal;

Articular-se para trabalhar o Turismo na comunidade;

Possuir dois terços dos seus membros oriundos da iniciativa privada e ligados ao desenvolvimento da atividade turística do Município, representando cada segmento e a comunidade local, ligados direta ou indiretamente ao Turismo, e um terço dos membros ligados ao poder público;

Cuidar para que os seus membros não sejam remunerados, pois a participação deles é em caráter voluntário e em prol da comunidade e de seu desenvolvimento turístico;

4.2.2.5. Quais os critérios básicos para o funcionamento do CMT?

Page 54: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

54

Ter um Presidente eleito entre e pelos seus membros;

Na eleição para substituição do presidente, devem-se buscar membros do Conselho com pelo menos um ano de atividade e que sejam participativos e compareçam às reuniões;

Ter suporte logístico de algumas das entidades do município ao conselho para o funcionamento da Secretaria Executiva.

É uma "conta municipal" cujo objetivo é concentrar recursos de várias

procedências, visando promover e consolidar a atividade turística do Município.

Deve ser gerenciado pelo CMT e atender ao disposto no Plano de

Desenvolvimento Municipal.

Além de promover a autonomia financeira do desenvolvimento turístico, através

das deliberações do Conselho Municipal de Turismo, o Fundo Municipal de

Turismo facilita a captação de recursos e auxilia na concretização de projetos que

visem o desenvolvimento do Turismo de forma efetiva.

O Fundo é criado por Lei, publicada em Diário Oficial, concomitantemente à

criação do Conselho Municipal de Turismo uma vez que deverá ser vinculado a

este. Assim como o Conselho Municipal, a criação do Fundo Municipal de Turismo

é iniciativa da Prefeitura e/ou da Câmara de Vereadores, porém esta iniciativa pode

ser provocada por qualquer segmento da comunidade. É importante conhecer a Lei

Orgânica Municipal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A administração fica a cargo do Conselho Municipal de Turismo, que delibera sobre

a utilização dos recursos em função do Plano de Desenvolvimento Turístico. Dentro

do Regimento Interno do Conselho deve estar prevista a criação de um Comitê

Gestor, responsável pela questão financeira do Fundo, formado entre outras

pessoas, pelo presidente do CMT e pelo tesoureiro da Prefeitura Municipal,

responsável pela prestação de contas aos órgãos competentes, conforme origem

dos recursos.

4.2.3. Fundo Municipal de Turismo - FMT

4.2.3.1. Como é criado e administrado o FMT?

Page 55: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

55

A liberação dos recursos se dá através do Comitê Gestor, conforme deliberação do

Conselho Municipal. Usualmente os recursos são liberados através da assinatura do

cheque pelo tesoureiro do Fundo, pelo presidente do Conselho Municipal de

Turismo ou por outra pessoa designada pelo próprio Conselho ou pelo Prefeito

Municipal.

A origem dos recursos destinados ao Fundo é regida pela Lei nº 4320/64, com

justificativa legal por parte da Câmara de Vereadores, sendo que os recursos

orçamentários devem ser previstos no exercício anterior. Já a utilização dos

recursos é regida pela Lei n.º 8666/93 - Lei de Licitações Públicas.

Podem ser criados, através da legislação municipal, vários instrumentos:

Públicos: dotação orçamentária, recursos de instituições financeiras e órgãos

governamentais e porcentagem na arrecadação de impostos.

Privados: clubes de serviços, empresas e ONG’s.

Outros: doações, receitas sobre eventos, taxas diversas, convênios etc.

São mecanismos legais que propiciam investimentos e ações no setor de um

determinado local.

É importante que os dirigentes municipais estabeleçam ações que incentivem o

desenvolvimento do Turismo, através de:

Leis e decretos específicos;

Informações e sistemas creditícios;

4.2.3.2. Que fontes de recursos podem compor o

FMT?

4.2.4. Incentivos ao Turismo

Page 56: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

56

Orientações, instrumentos de qualificação e fiscalização referentes aos

equipamentos, serviços e mão de obra;

Orientação jurídica que possibilite a utilização racional do patrimônio

natural e histórico-cultural

(ex: ICMS Ecológico, lei de incentivo à cultura, etc.).

Exemplo 1: A Prefeitura Municipal de Paranaguá regulamentou, através da edição da Lei nº 2.392/2003, a concessão de incentivo fiscal para as iniciativas de incremento ao Turismo, em qualquer uma de suas modalidades. São beneficiadas com a concessão as pessoas físicas ou jurídicas que participem com patrocínio ou no investimento em si, na condição de empreendedores. As formas de apoio podem se dar através da transferência de dinheiro, fornecimento de materiais ou prestação de serviços. Os projetos devem ser encaminhados à apreciação da Fundação de Turismo local, acompanhados da descrição de seus objetivos, detalhamento dos recursos financeiros, humanos e materiais envolvidos, indicação do valor global captado e o cronograma das etapas de realização ou implantação. De acordo com a lei em questão, é vedada a outorga de incentivos a projetos, produtos ou eventos destinados a circuitos privados ou benefícios particulares. Uma vez analisados e aprovados, tais projetos recebem os Certificados de Aprovação e o de Incentivo, emitidos pela Fundação Municipal de Turismo, o primeiro indicando o valor global dos recursos a serem captados como incentivo fiscal e o outro estabelecendo o montante dos recursos a serem transferidos ao empreendedor. O portador do Certificado de Incentivo, então, poderá utilizá-lo para o pagamento do ISS ou do IPTU devidos ao Município, que no caso de Paranaguá foi limitado em 20% do valor de cada incidência dos tributos.

Page 57: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

57

Desde a publicação da Lei nº 11.771/2008, a Lei do Turismo, regulamentada pelo Decreto nº 7.381/2010, e a Portaria nº 130/2011 do Ministério do Turismo, o cadastramento dos prestadores de serviços turísticos no Sistema CADASTUR é obrigatório. A autarquia Paraná Turismo é o organismo indicado pelo Ministério do Turismo, através de convênio, para cadastrar, credenciar e fiscalizar as empresas, empreendimentos e serviços turísticos no Paraná. Dessa forma estão disponibilizados os seguintes serviços via internet (www.cadastur.turismo.gov.br): Cadastro dos prestadores de serviços turísticos no Ministério do Turismo; Legislação Turística Vigente; Relação dos Empreendimentos, empresas e serviços turísticos cadastrados no Ministério do Turismo.

Exemplo 2: A Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais através da Lei 18/96 dispôs sobre o Plano de Incentivo Empresarial, visando estimular a geração do emprego e renda, suprir aos setores deficientes da Cadeia produtiva e de serviços de âmbito municipal, através da instalação ou ampliação de atividades industriais, comerciais e de serviços. Serão beneficiárias as pessoas jurídicas de Direito Privado, legalmente constituídas, em pleno gozo de seus direitos e detentoras de registro dominial em São José dos Pinhais. Consideram-se incentivos e benefícios: serviços de terraplanagem; realização de cursos de formação e especialização de mão de obra; acompanhamento da tramitação do projeto; divulgação da empresa nos meios disponíveis; articulação com instituições de Ensino e Pesquisa. Consideram-se estímulos tributários: isenção do imposto predial e territorial urbano até um prazo de cinco anos; isenção da taxa de licença; isenção ou redução das alíquotas do ISS até um prazo de cinco anos; isenção por 10 anos dos Impostos e taxas municipais, para indústria nova sem similar no Município e que empregue mais de 1000 funcionários até 180 dias após sua efetiva operação produtiva. No início do processo de desenvolvimento turístico, concedeu-se, especificamente, a isenção de ISS para empreendimentos hoteleiros, centros de convenções e shoppings centers. A Lei ainda trata dos requisitos, da solicitação, da tramitação entre outros pontos.

4.2.5. Formalização de empresas,

empreendimentos e serviços turísticos

Page 58: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

58

A Lei do Turismo nº 11.771/2008 determina que as atividades turísticas de “Acampamento Turístico”, “Agência de Turismo”, “Meio de Hospedagem”, “Organizadora de Eventos”, “Parque Temático” e “Transportadora Turística” são de cadastro obrigatório junto ao Ministério do Turismo, ou seja, o cadastro é uma exigência legal para que possam exercer suas atividades. O mesmo se aplica à atividade do profissional “Guia de Turismo”, regulada pela Lei nº 8.623/1993.

A Portaria nº 27, de 30 de janeiro de 2014, publicada no DOU de 31 de janeiro de 2014 estabelece requisitos e critérios para o exercício da atividade de Guia de Turismo. Esta Portaria está no sítio do Ministério do Turismo: www.turismo.gov.br

– link Legislação

As atividades de “Casa de Espetáculos & Equipamento de Animação Turística”, “Centros de Convenções”, “Empreendimento de Apoio ao Turismo Náutico ou à Pesca Desportiva”, “Locadora de Veículos para Turistas”, “Empreendimento de Entretenimento e Lazer & Parque Aquático”, “Prestador Especializado em Segmentos Turísticos”, “Prestador de Infraestrutura de Apoio para Eventos” e “Restaurante, Cafeteria, Bar e Similares”, podem realizar seu cadastro, ainda que não sejam obrigadas por lei.

O cadastro permite a participação em eventos, feiras e ações realizados pelo Ministério do Turismo e pela EMBRATUR, tais como o Salão do Turismo, Vai Brasil

O cadastro no Ministério do Turismo é importante para

garantir legalidade ao processo de desenvolvimento do

turismo e a entrada de

divisas, empregos e impostos para o setor, além de qualificar os

prestadores de serviços.

O cadastro propicia inúmeros benefícios como a participação em

feiras e eventos nacionais e internacionais e em programas de

qualificação promovidos e apoiados pelo Ministério do Turismo; o

acesso ao financiamento (Banco do Brasil e Caixa Econômica

Federal), além de poder participar de licitações públicas.

Lembrete

Page 59: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

59

e Portal de Hospedagem. Disponibiliza também o acesso a linhas de financiamento específicas para o turismo, por meio de bancos oficiais, além da participação em programas de qualificação promovidos e apoiados pelo Ministério do Turismo. O cadastro é excelente fonte de consulta do mercado turístico brasileiro.

O cadastramento é obrigatório para os seguintes serviços e empreendimentos

turísticos:

Meios de hospedagem;

Agências de turismo;

Transportadoras turísticas;

Parques temáticos;

Organizadoras de eventos;

Organizadoras de feiras e exposições;

Outros empreendimentos considerados turísticos

determinados pelo Ministério do Turismo.

O cadastro no Ministério do Turismo é importante

para garantir legalidade ao processo

dedesenvolvimento do Turismo e a entrada de

divisas, empregos e impostos para o setor, além de

qualificar os prestadores de serviços.

O cadastro propicia inúmeros benefícios como a participação em

feiras e eventos nacionais e internacionais e em programas de

qualificação promovidos e apoiados pelo Ministério do Turismo;

o acesso ao financiamento (Banco do Brasil e Caixa Econômica

Federal), além de poder participar de licitações públicas.

Lembrete

Page 60: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

60

Educação, sensibilização e qualificação compõem a base do turismo responsável. A educação voltada à cultura da hospitalidade, investindo-se na capacitação continuada dos profissionais, torna-se fundamental para o incremento da atividade turística. Todos os integrantes do setor devem ser alertados sobre seus impactos positivos e negativos e encorajados a serem responsáveis, por meio de suas atividades, com vistas à sustentabilidade. Isto inclui o mercado (trade), os governos locais e nacionais, as comunidades locais e os consumidores.

Realizar parcerias com a rede pública e privada de ensino, empresas

públicas e/ou privadas e demais organizações interessadas na qualificação dos produtos turísticos;

Realizar cursos, palestras, campanhas, treinamentos; Realizar visitas orientadas de sensibilização e conscientização da população

e visitantes; Produzir material de divulgação (folhetarias, rádio e teledifusão, internet,

imprensa e outros meios de comunicação) utilizando-se das novas tecnologias da informação e mídias sociais;

Buscar captação de recursos financeiros junto a órgãos financiadores que viabilizem a implantação de projetos;

Integrar-se aos programas do Ministério do Turismo e de outras organizações que tenham interesse no desenvolvimento de ações de educação.

O mercado de turismo vem crescendo e passando por algumas alterações que acompanham as mudanças socioeconômicas. Há um processo de incentivo maior da qualificação dos produtos ofertados, fazendo-se necessária uma maior

4.3. Educação para o Turismo

4.3.1. Que ações podem ser desenvolvidas para envolver os atores municipais?

4.4. Qualificação profissional

Page 61: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

61

articulação entre as empresas do setor para reivindicar e participar das decisões sobre políticas públicas para o turismo e criação de projetos de qualificação nas diversas atividades que o turismo apresenta. Com o objetivo de promover a qualificação profissional dos agentes que atuam na cadeia produtiva do turismo, os principais instrumentos utilizados são cursos, seminários e oficinas que devem atender as necessidades dos destinos turísticos, preparando profissionais capacitados e aptos a atender a uma demanda cada vez mais exigente. As empresas do setor devem, constantemente, buscar formas de qualificação e certificação, acompanhando as tendências e desafios, cada vez mais inerentes à atividade turística, com o intuito de promover um turismo competitivo, sustentável e viável. Os projetos e/ou programas podem ser pleiteados por meio de convênios, emendas parlamentares e outras fontes financiadoras que podem ser encontrados nos seguintes endereços: Ministério do Turismo - www.turismo.gov.br Convênios do Governo Federal - www.convenios.gov.br As entidades que podem ser parceiras nos projetos são:

Page 62: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

62

Marketing é a arte de conhecer quem é nosso cliente e proporcionar sua

satisfação. Para iniciar o planejamento de marketing é necessário realizar a análise

do produto e de sua situação, desta maneira é possível conhecê-lo e apontar suas

forças e fraquezas, conhecendo assim seus fatores internos (KOTLER, 1999).

Uma vez que o marketing não cria necessidades, mas descobre as necessidades as

quais o consumidor não percebia e procura atendê-las, os fatores básicos que

devem ser analisados e executados, independentes da necessidade de cada

município, baseado na demanda turística, são:

Conhecer as características do mercado: consumidor, concorrente e

fornecedor;

Desenvolver o produto: analisando o potencial existente e as melhores

formas de transformá-lo em produto, satisfazendo as necessidades dos

clientes;

Identificar as melhores formas de colocar este produto no mercado;

Comunicar mediante todos os mecanismos disponíveis para divulgação de

informações sobre os produtos (mala direta, imprensa, contatos,

publicidade, propaganda, etc.);

Comercializar o produto, através de um plano de vendas, canais de

distribuição e parcerias;

Avaliar a satisfação do cliente e readequação do produto, se necessário.

Utilizar-se da segmentação e da roteirização como estratégias de mercado;

Realizar outras ações de marketing.

Novas propostas turísticas exigem uma forte

estratégia de marketing, baseada em tudo o que o

público alvo gosta e procura.

Para tal, deve-se procurar profissional da área para ajuda na

elaboração de um Plano de Marketing.

4.5. Marketing Turístico

Lembrete

Page 63: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

63

O conceito de segmentação é discutido por diversos autores, porém, com

definições semelhantes. Para Ignarra (2000), segmentar o mercado significa dividi-

lo em um grupo homogêneo de compradores ou de produtores. Moraes (1999)

define segmentação como uma estratégia de marketing que vê a demanda como

heterogênea, concentrando esforços em determinadas fatias do mercado. Isto é,

detectar aquilo que o turista ou a comunidade buscam no Turismo do município

ou região e trabalhar nesse foco para atender aos anseios desses segmentos.

A segmentação de mercado é uma ferramenta de marketing muito útil para

empresas, estados e outros níveis administrativos de trabalhar o bem ou serviço,

seja ele qual for, de maneira a atingir um determinado nicho, atendendo suas

especificidades e mantendo um foco de trabalho.

Os benefícios da segmentação podem ser observados sob vários aspectos.

Dentre eles é importante entender o que cada segmento precisa para ser

competitivo em relação a outros destinos, assim como identificar o grau de

satisfação dos turistas quando lhes são ofertados produtos e serviços de melhor

qualidade.

Diferentes motivações turísticas dão origem a novos nichos de mercado. Em

concordância com essa linha de pensamento, Stevens (2000) afirma que o

marketing de serviços deve atingir a individualidade do homem, beneficiando

indiretamente o ego pessoal dos clientes. Para melhor atender tais demandas

específicas, as empresas do setor devem contemplar as necessidades do seu

público alvo de maneira customizada, a fim de satisfazer os diferentes segmentos

de mercado.

4.5.1. O que é Segmentação do Turismo?

Os benefícios da segmentação podem ser observados sob

vários aspectos. Dentre eles é importante entender o

que cada segmento precisa para ser competitivo em

relação a outros destinos, assim como identificar o grau

de satisfação dos turistas ao oferecer produtos e

serviços de melhor qualidade.

Lembrete

Page 64: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

64

O MTur criou os manuais de orientações

básicas para a segmentação do Turismo. O

objetivo é oferecer subsídios aos gestores públicos, na perspectiva da

diversificação e caracterização da oferta turística brasileira e exemplificar alguns

dos segmentos de maior destaque nacional. Para fomentar a segmentação, a

Paraná Turismo trabalha na estruturação dos segmentos prioritários para o Estado

como o Turismo de Aventura, Ecoturismo, Rural, Cultural, Religioso, Lazer, Sol &

Praia e Negócios & Eventos.

Page 65: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

65

A roteirização turística é um processo no qual os atrativos existentes nos

municípios de uma ou mais Regiões Turísticas são organizados de forma que

componham um roteiro que possa ser consumido pelos visitantes. Novos roteiros

turísticos e o aumento de investimentos nos já existentes possibilitam o aumento

do fluxo de turistas, acarretando na maior permanência dos mesmos e propiciando

uma maior circulação de divisas nos municípios.

Intensificar o uso dos canais de distribuição;

Participar de eventos;

Organizar viagens de familiarização;

Promover rodadas de negócios;

Elaborar e distribuir materiais promocionais.

Os canais de distribuição consistem nas empresas que atuam como facilitadoras

na disseminação das informações e no acesso do consumidor ao produto. Esse

acesso pode ser realizado de forma direta, ou seja, o turista contata diretamente o

hotel em que se hospedará, o serviço do receptivo e os atrativos que visitará,

buscando as informações necessárias. Pode também ser feito de forma indireta,

através das operadoras e agências de viagens.

A participação do município em eventos é um instrumento para promoção e

divulgação de seu produto turístico. Tendo em vista o custo para participação em

4.5.2. O que é Roteirização Turística?

4.5.3. Que ações de marketing podem ser

desenvolvidas no Município?

A roteirização visa a integração, portanto é necessário

que se reúnam atrativos, equipamentos e serviços

turísticos de diferentes localidades dentro de uma ou

mais regiões.

Lembrete

Page 66: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

66

alguns eventos, sugere-se que o órgão oficial de Turismo municipal busque atuar

em conjunto com as demais organizações oficiais do Turismo dos municípios da

região, Associações, Conventions Bureaux e empreendimentos turísticos, hotéis,

restaurantes e operadoras. O município também pode ser cooperado nos eventos

em que a Paraná Turismo participa, bastando acessar o calendário de eventos no

endereço: www.turismo.pr.gov.br ou entrar em contato com a Diretoria de

Marketing ([email protected]). A escolha dos eventos estratégicos em que o

Município participará deve ser criteriosa, levando-se em conta mercados

emissores, orçamento, perfil e demanda.

O OOT pode organizar e promover viagens de familiarização turística (ou

famtours) em seu município, ou em conjunto com outros municípios da região,

para agentes de viagens, operadores e jornalistas, proporcionando vivência

cultural, troca de experiências e divulgação para um público estratégico. Essas

viagens de familiarização resultam em divulgação espontânea do destino visitado,

abertura de canais de comercialização e o consequente aumento da venda e da

demanda.

As rodadas de negócios caracterizam-se como encontros comerciais que visam

estreitar o relacionamento com os mercados emissores, induzindo a

comercialização e promovendo os destinos turísticos. Esta ação pode ser

fomentada pelo OOT e deve ser sempre feita em parceria com o trade turístico.

Existem inúmeras formas de se atingir o público com os materiais promocionais.

Dentre os mais utilizados estão os folhetos, os guias, os catálogo e os mapas

turísticos.

Os folhetos promocionais visam, em sua maioria, atingir o público-final.

Neles constam informações objetivas, como contatos úteis e a relação dos

principais empreendimentos e atrativos. Devem ser informativos e

motivadores do deslocamento do turista ao local divulgado.

Os guias turísticos são mais completos, com listas da maioria dos

equipamentos disponíveis no destino, mapas e contatos importantes.

Ajudam o turista a ter um melhor aproveitamento do local visitado por

fornecer as informações de forma rápida e sucinta.

Os catálogos são materiais comumente utilizados pelos distribuidores,

agências e operadoras, pois trazem a imagem do destino e uma variedade

Page 67: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

67

mais completa dos possíveis atrativos que podem ser inclusos em roteiros

ou, até, roteiros previamente formatados.

Os mapas turísticos devem ser interativos e elaborados com intuito de

proporcionar uma perfeita compreensão da localidade por parte do turista

que ainda não esteve por lá. Além de ser útil por informar, deve ser prático

e possuir um tamanho ideal para que seja conduzido e manuseado pelo

visitante. Deve ser de fácil entendimento e fiel à realidade local,

representando de modo legível a malha viária, as distâncias a percorrer, a

localização dos pontos de referência, etc., buscando ao máximo garantir a

boa impressão do visitante com relação à cidade.

A elaboração de materiais promocionais deve estar atrelada a um processo de

planejamento. O briefing corresponde à folha guia para a produção do material. É

através dele que o responsável pela criação se baseará para tal ação, de acordo

com a necessidade do gestor de turismo. Neste documento devem conter

informações referentes ao nome do material, características gráficas (formato,

altura, largura, cores, tipo do papel, peso, etc.), conteúdo, abordagem, público-

alvo, logomarcas, função do contratante e contratado e direitos estabelecidos.

De acordo com o Ministério do Turismo, eventos são ações institucionais ou

promocionais, de abrangência nacional, regional ou local, destinadas à realização

de atividades de caráter científico, comercial, cultural, político ou sociais, reunindo

pessoas, podendo ser classificados como especiais, de participação, permanentes,

esporádicos, únicos, de oportunidade, de massa ou de nicho, tais como a

realização de ciclos de palestras, conferências, convenções, feiras, simpósios e

encontros; ou ainda: “*...+ encontros planejados e de temporalidade determinada,

em função de assuntos, temas, ideias ou ações de caráter científico, técnico,

educativo, comercial, promocional, institucional, profissional, político, esportivo,

cultural e social.”

4.5.4. Apoio a Eventos

Page 68: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

68

É importante o OOT municipal organizar seu

Calendário de Eventos.

Para tanto, devem-se realizar pesquisas antes, durante e após sua

realização, para conhecer seus promotores, objetivos, programação,

fluxo e âmbito (nacional, estadual, regional ou local) visando

definir quais eventos são realmente turísticos, ou seja, aqueles que

podem divulgar o município e atrair visitantes. Depois de

identificados, estes eventos podem ser foco de um apoio maior por

parte do Município, do Estado e do próprio Ministério do Turismo.

Lembrete

Resoluções MTur e SEET Em março de 2012 o MTur emitiu a Portaria nº 112 que estabelece regras e

critérios para a formalização de instrumentos de transferência voluntária de

recursos para apoio aos programas que visem ao desenvolvimento do Turismo,

entre eles, projetos de apoio a eventos. Este material encontra-se disponível no

site www.turismo.gov.br, no link de Convênios. A Secretaria de Estado do Esporte

e do Turismo (SEET) também possui um documento normativo de apoio a

eventos, a Resolução nº 015/2007, a qual contém os Critérios para Apoio a

Eventos a serem realizados no Estado do Paraná. Este documento orienta a

formatação dos projetos que são encaminhados à SEET padronizando-os no

sentido de agilizar sua análise técnica. O material de orientação na formatação de

projetos encontra-se disponível em www.turismo.pr.gov.br, na parte profissional,

no link Como Apresentar projetos.

Page 69: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

69

Certamente o Turismo necessita de recursos para se desenvolver. Mas antes de

buscar recursos é necessário considerar algumas questões:

Para que se precisa de recursos?

Quanto é necessário? Existe um pré-projeto?

Que fontes podem ser utilizadas para obter este tipo de recurso?

Que modelo de projeto deve ser seguido?

Depois de respondidas estas questões, fica mais fácil identificar os caminhos.

Neste item serão apresentados dois grandes tópicos: um sobre Projetos e outro

sobre Financiamentos e Investimentos.

Projeto Turístico constitui-se em um instrumento de gestão, “aborda um

elemento específico do Turismo e o estuda de forma detalhada (...)”. Dentre suas

características intrínsecas estão determinar os custos e benefícios de um

investimento a partir do estabelecimento dos passos, dos envolvidos, dos recursos

necessários, dos responsáveis pelas atividades, dos estudos de viabilidade.

Vale lembrar também que os projetos compõem os programas, e que o conjunto

dos programas, por sua vez, constitui um plano. Ou seja, o projeto também pode

ser entendido como o nível máximo de detalhamento da ação de um plano.

Conforme apontado por ZARDO (2005), para cada atividade podem se elaborar

projetos específicos, a exemplo: Planejamento e Organização do Turismo, Eventos,

Transportes, Lazer e Recreação, Meios de Hospedagem, Gastronomia,

Agenciamento, além da Docência e Pesquisa em Turismo.

A elaboração e composição dos itens que fazem parte de um projeto devem ser

organizadas de forma racional, e sua estrutura - introdução, desenvolvimento e

conclusão - deve ser coesa, clara e objetiva. As principais partes que compõem a

estruturação de um projeto turístico encontram-se no Quadro 1.

RECURSOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

5.1. Projetos turísticos

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70

QUADRO 1 – PARTES PARA ESTRUTURAÇÃO DE UM PROJETO TURÍSTICO

FONTE: SETU, 2008

PARTE CONTEÚDO

Título Ser claro e objetivo;

Identificação Contatos do proponente e participantes (entidade, razão

social, CNPJ, endereço, telefone, e-mail, site, etc);

Apresentação/Justificativa Discorrer sobre as necessidades da implementação do

projeto e a comprovação de sua eficácia e eficiência;

Objetivos Objetivo Geral: situação final pretendida; Objetivos

Específicos: fatores que decorrem de sua implementação;

Metas e atividades Relacionar de forma cronológica pelas etapas que

compõem o projeto. Detalhar o custo das atividades, a

meta em que as atividades estão inseridas, e as etapas;

Participantes/Entidades

Envolvidas

Relacionar as entidades apoiadoras do projeto,

quantificando e exemplificando a forma de participação de

cada uma delas;

Público-Alvo Descrever os beneficiários do produto final do projeto;

Resultados Pretendidos Fazer o prognóstico da implementação do projeto,

prospectar as situações almejadas em função dos objetivos

propostos;

Avaliação e Monitoramento Descrever mecanismos de acompanhamento das ações do

projeto e da mensuração das metas propostas.

Lembrete

Page 71: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

71

Uma das formas de se demonstrar que o proposto no projeto turístico não é uma

ação desconectada de outras que estejam sendo desenvolvidas no município e

região, é contar com o respaldo da sociedade civil organizada na sua elaboração.

Para isso, na elaboração do projeto deve-se buscar a opinião e a participação das

entidades que têm afinidade com o que está sendo proposto. Uma das partes

mais importantes a ser considerada é o Conselho Municipal de Turismo, que

pode ser partícipe do projeto, apoiando sua elaboração e desencadeamento das

suas ações. Ao final do projeto turístico pode ser interessante acrescentar um

parecer emitido pelo Conselho Municipal de Turismo, ou uma resolução desse

mesmo Conselho, que aprove o projeto turístico apresentado. O Conselho pode

também ser responsável pela avaliação e monitoramento do projeto. É

fundamental também o apoio da instância de governança regional, pois hoje as

políticas apontam para a regionalização.

A Paraná Turismo disponibiliza em seu site www.turismo.gov.br, o “Manual de

Orientação para Elaboração de Projetos Turísticos”, com o objetivo de orientar a

formatação de projetos a ela encaminhados, buscando padronizá-los de maneira a

favorecer sua análise técnica. Junto a ele, neste mesmo endereço, encontram-se

algumas resoluções que tratam de critérios para apoio a determinados pleitos e

outros documentos que orientam a apresentação de projetos, também ao MTur,

que disponibiliza o endereço www.convenios.gov.br para demais informações.

Um projeto deve integrar e promover o processo de

desenvolvimento sustentável local e regional, e até

mesmo estadual e nacional, ou seja, ele não poderá ser

apresentado isoladamente, fora do contexto no qual

está inserido, e isso deve estar claro em seu escopo.

Um projeto isolado pode significar a dispersão de

esforços e de recursos.

Lembrete

Page 72: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

72

Depois da determinação dos recursos necessários, é importante a identificação das

fontes que podem ser buscadas. Para maior praticidade, o conteúdo abaixo foi

dividido em financiamentos disponíveis para órgãos públicos e privados. O

financiamento público requer que o objeto seja voltado para o bem coletivo e não

individual, como sinalização turística, promoção institucional do destino, central de

informações turísticas entre outras. A construção deve ser sempre realizada em

áreas públicas, comprovada através de documentação própria, e de acordo com as

normas de acessibilidade.

O MTur produziu o Manual de

Orientações: Turismo e Acessibilidade de

acordo com a legislação brasileira e

Cada organização utiliza um modelo de projeto, por

isso é importante ter-se claro o quanto de recurso é

necessário e onde buscá-lo, verificando a possível

existência de um formulário ou método específico a

ser seguido.

A acessibilidade a pessoas com deficiência é objeto do

Decreto-lei 5296 de 02/12/2004, que regulamenta a Lei

No. 10.048 de 08/11/2000, que dá prioridade de

atendimento às pessoas

que especifica, e a Lei 10.098 19/12/2000, que estabelece normas

gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade.

Lembrete

Page 73: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

73

Normas Técnicas - ABNT, e quatro cartilhas do

Projeto Sensibilização para o Turismo

Acessível.

O MCidades desenvolve o Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana - com o

objetivo de estimular e apoiar os governos municipais e estaduais a cumprirem

suas prerrogativas e desenvolver ações que garantam acesso para pessoas com

restrição de mobilidade aos sistemas de transportes, equipamentos urbanos e a

circulação em áreas públicas, inserido no conceito de Mobilidade Urbana

Sustentável, desenvolvido pela SeMob.

Page 74: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

74

Por que é importante?

Porque nele são definidas as prioridades e a aplicação dos recursos

públicos. Deve ser planejado corretamente e de forma participativa.

Orçamento Municipal: É necessário diagnosticar as demandas mais

importantes para o desenvolvimento do TURISMO e incluí-las na Lei

Orçamentária Municipal.

Orçamento Estadual: Muitas demandas regionais e municipais são

contempladas com recursos de outras áreas, especialmente infraestrutura,

pois toda obra que beneficie a população também beneficia o turista.

Orçamento Federal:

a) Recursos provenientes da Programática do Ministério do Turismo:

Podem ser solicitados através de projetos que estejam em consonância com

o Plano Nacional de Turismo e as orientações do capítulo anterior. No site

do MTur sempre existem informações e editais disponíveis. Vale a pena

consultar (www.turismo.gov.br)

b) Emendas Parlamentares ao Orçamento Geral da União - OGU

Durante os meses de setembro e outubro, os Deputados Federais e

Senadores podem remanejar, incluir e cancelar gastos conforme o que

consideram necessário para o País através da apresentação de EMENDAS

PARLAMENTARES ao OGU.

5.2.1. Financiamento e Investimento no Turismo para o Poder Público

5.2.1. 1. Orçamento da União, do Estado

e do Município

5.2. Financiamento e Investimentos para o Turismo

Page 75: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

75

O OGU é formado pelo Orçamento Fiscal, da Seguridade e pelo Orçamento

de Investimento das empresas estatais federais. É nele que o cidadão

identifica a destinação dos recursos recolhidos sob a forma de impostos.

Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no

Orçamento. O OGU autoriza e as verbas são liberadas de acordo com a

receita.

Para o desenvolvimento e fortalecimento da atividade turística no

município é necessário que os gestores municipais apresentem à Bancada

Federal projetos estruturantes nos 5 eixos estratégicos (rubricas):

Infraestrutura, Qualificação Profissional, Marketing dos Destinos,

Promoção de Eventos e Prevenção e Enfrentamento à Exploração Sexual

de Crianças e Adolescentes.

Contrapartida: nos recursos provenientes de emendas, a maior parte dos

municípios investe apenas de 3% a 20% em contrapartida, conforme

legislação em vigor.

5.2.1.2. Sites de interesse

Para solicitar Emendas é necessário:

- Elaborar bons projetos, que atendam as demandas

municipais e com amplitude regional;

- Fazer e analisar pesquisas, diagnósticos, Plano Diretor entre

outros documentos municipais;

- Possuir a documentação exigida para firmar Convênios;

- Conhecer o SICONV, sistemática do Governo Federal (Decreto nº

6.170 de 25/07/2007) que estabelece regras para celebração de

convênios e contratos de repasse com recursos de transferência

voluntária da União.

Utilize o Portal de convênios do Governo Federal.

Lembrete

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Ministério do Turismo, Rubricas e ações para inclusão de emendas

individuais ao OGU 2009, www.turismo.gov.br;

Ministério do Turismo, buscar legislação que estabelece regras e

critérios para apoio a projetos de promoção de eventos e divulgação do

Turismo brasileiro no mercado nacional, www.turismo.gov.br;

Ministério do Turismo, buscar legislação que estabelece ações a serem

custeadas com recursos do OGU destinadas ao MTur, como integrantes

dos Programas de Finalidades Turísticas (Portaria 003/03 que está sendo

reformulada), www.turismo.gov.br;

SICONV, Decreto nº 6.170 de 25/07/2007, www.convenios.gov.br; clicar

em orientações para utilização do SICONV (proponente/convenente. Central

de Atendimento do Portal dos Convênios: 0800 978 2329

Os governos federal e estadual constantemente desenvolvem programas e

projetos destinados aos municípios. Estas fontes de recursos nem sempre são

específicas para o Turismo, porém podem ser utilizadas para beneficiar

investimentos que contribuam para o desenvolvimento turístico municipal.

5.2.1.3. Outras fontes de recursos

Page 77: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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Por que é importante o apoio da Prefeitura Municipal para a iniciativa

privada, entidades de classe e órgãos não governamentais? O poder

público municipal pode orientar, articular e apoiar os empreendedores do

Turismo do município, pois o desenvolvimento turístico movimenta a

economia local e regional gerando emprego, renda e proporcionando a

inclusão social.

Como orientar o acesso ao crédito para o turismo? O OOT municipal deve

disponibilizar ao público interessado orientações sobre onde buscar as

melhores opções de financiamento para seu negócio. Para tanto, podem ser

consultados os seguintes órgãos:

5.2.2. Financiamento e Investimento no Turismo

para a iniciativa privada

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A Paraná Turismo coloca à disposição das Prefeituras, OOT’s, empresas e entidades

do terceiro setor, o Departamento de Infraestrutura Turística, responsável por

informar, orientar, elaborar material de apoio, realizar ações sobre financiamento

e investimento no Turismo, e para atendê-los sempre que necessário.

Fone: 41 3252-2356.

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REFERÊNCIAS

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OLIVEIRA, Antônio P. Turismo e desenvolvimento: planejamento e organização.

Page 81: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

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Outras publicações disponíveis no Portal Brasileiro de Turismo www.turismo.gov.br e no Portal Paranaense de Turismo www.turismo.pr.gov.br

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ANEXOS

Anexo 1 – Modelo de Regulamento do Órgão Municipal de Turismo Anexo 2 - Modelo de Lei de Criação do Conselho Anexo 3 - Modelo de Regimento Interno do Conselho Municipal de Turismo Anexo 4 - Modelo de Criação do Fundo Municipal de Turismo Anexo 5 - Metodologia 1 - Avaliação e Hierarquização de Atrativos Turísticos Anexo 6 - Metodologia 2 - Avaliação e Hierarquização de Atrativos Turísticos Anexo 7 - Modelo Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH) Anexo 8 - Modelo de Formulário para Controle de Fluxo em Atrativos Turísticos Anexo 9 - Modelo de Formulário para Estudos de Demanda em Municípios Anexo 10 - Modelo de Formulário para Pesquisa com Comunidade Local Anexo 11 - Modelo de Formulário para Estudos de Demanda em Eventos

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Anexo 1 – Modelo de Regulamento do Órgão Municipal de Turismo

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 1º - O presente Regulamento rege a organização e o funcionamento dos serviços do Órgão Municipal de Turismo. Artigo 2º - Ao Órgão Municipal de Turismo, diretamente subordinado ao Prefeito Municipal, compete às atividades de planejamento, pesquisa, levantamento de dados, análise, documentação, promoção e divulgação do turismo no Município. Artigo 3º - As atividades do Órgão Municipal de Turismo compreendem: I. Planejar, elaborar e coordenar a execução de estudos básicos definidos como necessários ao desenvolvimento de um Plano Municipal de Turismo. II. Implantar uma política de incentivos ao turismo em âmbito municipal. III. Planejar e executar campanhas que visem motivar o mercado turístico em suas áreas potenciais. IV. Planejar e executar pesquisas junto às fontes primárias e secundárias para o levantamento de informações e procedimentos normativos que alimentarão e irão consolidar o Plano Municipal de Turismo. V. Planejar, implantar e manter um sistema de divulgação turística para o Município e estabelecer a estratégia global de comunicações. VI. Planejar, implantar e manter um serviço de estatística, analisando o comportamento da oferta e da demanda turística, mensurando a possibilidade, eficiência e produtividade dos serviços turísticos existentes. VII. Elaborar programas e projetos, com a finalidade de promover a demanda turística. VIII. Organizar calendário de eventos de interesse turístico a serem divulgados no Município. IX. Divulgar as realizações, atrativos, bens e serviços turísticos do Município, veiculando-os em todos os níveis e por todos os meios de comunicação. X. Elaborar material informativo turístico do Município, tendo em

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vista as áreas potenciais que devam ser atingidas. XI. Manter contatos com o público em geral, empresas, entidades, autoridades para prestação ou troca de informações turísticas. XII. Manter postos para a prestação das informações para o público em geral, empresas e entidades, devidamente aparelhados com material auxiliar para divulgação dos atrativos, bens e serviços do Município. XIII. Assessorar e informar os empresários da área de turismo nacional e estrangeiro a respeito de incentivos que possam incrementar a ampliação e aprimorar a infraestrutura do Município. XIV. Viabilizar a implantação de um sistema de controle de qualidade do produto turístico. XV. Administrar complexos turísticos públicos. XVI. Incentivar a criação do Conselho Municipal de Turismo. TÍTULO II DA ESTRUTURA Artigo 4º - Órgão Municipal de Turismo tem a seguinte estrutura básica: - Diretoria - Serviço de Pesquisa e Planejamento - Serviço de Promoção e Divulgação - Serviço Administrativo TÍTULO III DAS ATRIBUIÇÕES SECÇÃO I Da Diretoria Artigo 5º - À Diretoria compete coordenar as atividades do Órgão Municipal de Turismo na forma estabelecida neste Regulamento, prestando assistência ao Prefeito. SECÇÃO II Dos serviços de Pesquisa e Planejamento Artigo 6º - São Atribuições do Serviço de Pesquisa e Planejamento: I. Planejar os investimentos e realizações da Prefeitura no setor de turismo e lazer.

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II. Planejar a expansão do Sistema Municipal de Informações Turísticas. III. Planejar as formas de integrar a Prefeitura com os empresários de turismo. IV. Definir a metodologia e critérios de trabalho sistemático de pesquisa. - Na área de ESTUDOS TURÍSTICOS deve-se: I. Desenvolver estudos que permitam conhecer a situação do mercado turístico, propondo formas de intervenção do Poder Público nessa realidade, com o objetivo de expandir a atividade turística no Município. II. Acompanhar a evolução da oferta de equipamentos e serviços turísticos, analisando sua capacidade e qualidade, com o fim de propor medidas à expansão e aperfeiçoamento do sistema. III. Definir, classificar estudar o fluxo turístico, bem como acompanhar sua evolução, caracterizando-o em função de dados econômicos, sociais, culturais e geográficos. IV. Detectar os desajustes entre oferta e demanda de bens e serviços turísticos, e propor medidas visando sua correção. V. Desenvolver estudos específicos sobre áreas e atividades de especial interesse turístico, visando propor medidas para o seu melhor aproveitamento. VI. Desenvolver estudos visando definir áreas prioritárias para intervenção do Poder Público no sentido de promover o turismo. VII. Desenvolver estudos visando avaliar a atuação da iniciativa privada no setor de turismo. VIII. Desenvolver estudos em conjunto com outro (s) órgão (s) da Administração Pública Municipal, sempre que necessário e de interesse para o planejamento do desenvolvimento turístico do Município. IX. Desenvolver estudos que permitam programar o atendimento das necessidades do turismo receptivo do Município, bem como incentivá-lo. X. Dar solução às reclamações recebidas nos Postos de Recepção e Informação. XI. Fornecer subsídios para programar pesquisas estatísticas cuja realização seja de interesse para o Órgão Municipal de Turismo. XII. Sugerir, quando houver necessidade, a contratação de serviços de terceiros para execução de estudos e projetos cuja amplitude ultrapasse os Recursos Humanos disponíveis.

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- Na área de PESQUISA E PLANEJAMENTO deve-se: I. Traçar um plano básico de pesquisas, em função das necessidades do Órgão Municipal de Turismo. II. Planejar os critérios de avaliação de cada pesquisa, as fontes a serem pesquisadas, os dados a serem obtidos, os formulários a serem utilizados no levantamento, bem como a forma de tratamento dos dados. III. Acompanhar e controlar a execução do trabalho de pesquisa de forma a assegurar que se cumpra o programado e introduzir modificações na metodologia preestabelecida, se necessário. IV. Inserir as solicitações de pesquisas no plano básico de pesquisas conforme, prioridade, previamente estabelecida. V. Elaborar programa de pesquisa permanente com o objetivo de atualizar, ampliar e aperfeiçoar o Cadastro de Informações Turísticas do Município. VI. Definir critérios para a classificação das empresas, bens, serviços e atrativos turísticos cadastrados no Órgão Municipal de Turismo, em consonância coma legislação estadual e federal vigente VII. Elaborar e desenvolver metodologia de pesquisa específica para mensurar, caracterizar e avaliar a demanda de turismo e lazer em função de cada setor da Oferta. VIII. Programar a execução das pesquisas necessárias para o desenvolvimento dos estudos e projetos de ESTUDOS TURÍSTICOS. IX. Trabalhar de forma coordenada com outras seções da Administração Municipal, atualizando as informações sobre os trabalhos desenvolvidos nessas áreas, detectando e avaliando a necessidade e a quantidade de informações para elaborar o calendário de eventos do Município. - Na área de CADASTRO deve-se: I. Formular e implantar sistema de cadastro de serviços e atrativos turísticos. II. Atualizar permanentemente as informações do cadastro III. Fornecer as informações disponíveis às demais seções do Órgão Municipal de Turismo e aos postos de informações. - Na área de ESTATÍSTICAS deve-se: I. Formular e implantar sistema de estatística, criando indicadores para o estudo do fenômeno turístico sob o ponto de vista econômico e social.

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II. Acompanhar a evolução da oferta de turismo, demonstrando estatisticamente o desenvolvimento de cada setor, assim como as inter-relações existentes. III. Acompanhar a evolução da demanda turística SECÇÃO III Do Serviço de Promoção e Divulgação Artigo 7º - Ao serviço de Promoção e Divulgação compete: I. Estudar e propor as diretrizes da política de promoção turística do Município. II. Estabelecer a estratégia global de divulgação da imagem turística do Município. III. Implantar programas com a finalidade de estimular, orientar e ampliar a demanda turística: IV. Promover campanhas educativas e de esclarecimento, a fim de criar hábitos de hospitalidade na comunidade. V. Definir e desenvolver o programa de incentivos ao turismo no âmbito municipal, bem como outras formas de estímulo à expansão quantitativa e qualitativa do turismo no Município. VI. Participar em eventos nacionais e internacionais. VII. Desenvolver material promocional e informativo do Município. SECÇÃO IV Do serviço administrativo Artigo 8º - Ao Serviço Administrativo compete: I. Receber, controlar e distribuir o material de expediente; II. Executar os trabalhos datilográficos; III. Elaborar manual de procedimentos interno; IV. Proceder ao controle interno do pessoal do Órgão Municipal de Turismo; V. Encaminhar informações de acordo com os manuais de procedimentos pertinentes; VI. Executar outras tarefas correlatas, que lhe forem atribuídas.

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Anexo 2 - Modelo de Lei de Criação do Conselho

LEI Nº...

Cria o Conselho Municipal de Turismo

Art. 1º - Fica criado o Conselho Municipal de Turismo, de caráter consultivo e deliberativo, com a finalidade de orientar, promover e fomentar o desenvolvimento do turismo no Município. At. 2º - O Conselho Municipal de Turismo compor-se-á de membros representantes do poder público, da iniciativa privada e sociedade civil organizada com vínculo e/ou interesse no desenvolvimento turístico do Município. Art. 3º - O Poder Executivo regulamentará o funcionamento do Conselho, através de seu Regimento Interno, confeccionado a partir das orientações oriundas do mesmo. Art. 4º - O Conselho Municipal de Turismo terá como principais atribuições o gerenciamento do Plano e do Fundo Municipais de Turismo. Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. ........................,.......de................de...................... Prefeito

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Anexo 3 - Modelo de Regimento Interno do Conselho Municipal de Turismo

CAPÍTULO I

Do Conselho

Art. 1º - O Conselho Municipal de Turismo - COMTUR - instituído pela lei nº ____, órgão colegiado, consultivo e deliberativo, para assessorar o Município de .... formação e execução da Política Municipal de Turismo e do Plano de aplicação de recursos do Fundo Municipal de Turismo - FUMTUR, instituído pela lei nº .........

CAPÍTULO II

Da constituição e nomeação

Art. 2º - O Conselho de Turismo será constituído de no mínimo 9 (nove) membros escolhidos dentre os cidadãos da comunidade de notório saber, e que tenham interesse pelo desenvolvimento e fomento do turismo sustentado em .... Na indicação dos membros as entidades representadas deverão indicar titular e suplente, os quais após, serão nomeados pelo Prefeito Municipal .

Parágrafo 1º - O Presidente do Conselho será indicado pelo Conselho e referendado pelo Executivo Municipal.

Parágrafo 2º - O vice-presidente, o 1º secretário e o 2º secretário serão escolhidos pelo Presidente, com aprovação dos conselheiros.

Parágrafo 3º - O mandato dos membros será de dois anos, admitida sua recondução por mais um período.

Parágrafo 4º - Quando ocorrer uma vaga, o novo membro designado, completará o mandato de substituto.

Parágrafo 5º - O mandato dos membros do Conselho será exercido gratuitamente e suas funções consideradas como prestação de serviços relevantes ao Município.

CAPÍTULO III

Das Atribuições

Page 90: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

90

Art. 3º - Compete ao Conselho Municipal de Turismo:

Formular e desenvolver a política Municipal de Turismo;

Formular o plano de ação e aplicação de recursos do Fundo Municipal de Turismo - FUNTUR;

Apreciar e deliberar os projetos que lhe sejam submetidos relativos à Política Municipal de Turismo e do Plano de Recursos do FUMTUR;

Avaliar e fiscalizar periodicamente o desempenho dos trabalhos desenvolvidos pelo órgão colegiado;

Suprir, mediante decisão coletiva, homologada por decreto do Executivo, os casos omissos;

Apoiar iniciativas que venham incrementar o turismo no Município de Inácio Martins e promover melhorias na infraestrutura turística receptiva;

Promover junto às autoridades de classe, campanhas no sentido de conscientizar a comunidade sobre a importância do turismo como atividade econômica;

Estimular e organizar o turismo sustentável, preservando a identidade cultural e ecológica do Município;

Fomentar a elaboração e implantação de um Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo Sustentável.

CAPÍTULO IV

Da Competência do Presidente

Art. 4º - É da competência do Presidente do Conselho Municipal de Turismo:

Convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias sempre que necessário;

Presidir as reuniões plenárias, declarar a abertura, suspensão ou encerramento da sessão, esclarecer e anunciar a ordem;

Por em discussão os pareceres e substitutivos apresentados pelos conselheiros, submetê-los à votação e proclamar a decisão;

Representar o COMTUR em juízo ou fora dele;

Solicitar os recursos do FUNTUR para investimentos que visam o desenvolvimento da Política Municipal de Turismo;

Page 91: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

91

Referendado pelo COMTUR, sugerir ao Executivo Municipal atos que visem o aprimoramento, a adequação na execução da Lei que o criou;

Autorizar a divulgação através de órgãos de comunicação dos assuntos apreciados pelo COMTUR;

Nos casos de pedido de vistas de processo, fixar prazo máximo de cinco dias úteis;

Assinar correspondências e atas de reuniões, juntamente com os demais conselheiros e baixar resoluções do COMTUR;

Resolver os casos não previstos neste Regimento (ad referendum do plenário);

Proferir o voto de desempate, quando necessário, além do seu voto como membro efetivo do Conselho;

Cumprir e fazer cumprir as atribuições do Conselho de deliberações das Assembléias;

Designar os substitutos dos membros do Conselho, em suas ausências nos termos deste regimento.

CAPÍTULO V

Da Competência do primeiro e segundo Secretário Executivo.

Art. 5º - É da competência do primeiro secretário executivo do COMTUR:

Organizar a pauta dos trabalhos para cada sessão; Distribuir, mediante determinação do Presidente, para estudo e

relato dos membros do Conselho, assuntos submetidos à deliberação desse órgão;

Assinar as atas das sessões, juntamente com os demais membros do COMTUR;

Redigir As atas das sessões; Receber todo o expediente endereçado ao COMTUR, registrá-lo

e tomar todas as providências necessárias a seu regular andamento;

Executar todos os demais serviços inerentes ao seu cargo, ou atribuídos pelo Presidente;

Cumprir as demais determinações deste regulamento; Propor e executar atos que objetivem a funcionalidade e

agilidade do COMTUR;

Page 92: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

92

Providenciar a convocação dos Conselheiros para as sessões ordinárias e extraordinárias determinadas pelo Presidente, remetendo junto à convocação, a matéria relativa à pauta da sessão;

Receber em formulário próprio as reclamações e/ou sugestões que lhe foram repassadas por turistas, visitantes ou público em geral, para posterior encaminhamento ao COMTUR, anexando relatório das providências tomadas, se for o caso.

CAPÍTULO VI

Da competência dos membros do Conselho

Art 6 º - É da competência dos membros do Conselho:

I. Comunicar aos suplentes escolhidos quando na vacância do cargo ou ausência em reuniões;

II. Requerer vista de qualquer processo pelo prazo máximo de cinco dias úteis;

III. Solicitar ao Presidente do COMTUR a realização de diligência necessária para as instruções de processo que lhe forem encaminhadas;

IV. Comparecer a todas as sessões; V. Juntamente com o Presidente; constituir as subcomissões para

estudos e trabalhos especiais relativos à competência do Conselho, designando seus respectivos Presidentes e Secretários e substitutos em suas ausências;

VI. Juntamente com o Presidente, estabelecer regulamentos e atribuições para funcionamento das subcomissões;

VII. Convocar sessões mediante a solicitação e assinatura de pelo menos um terço dos membros do COMTUR, justificando a necessidade, quando o Presidente ou o seu substituto legal não o fizer;

VIII. Tomar parte das discussões e votações, apresentar emendas ou substitutivos às conclusões de pareceres e resoluções;

IX. Requerer urgência para discussões e votações de assuntos não incluídos na ordem do dia, bem como, preferência nas votações e discussões de determinados estudos;

X. Assinar atas, resoluções e pareceres; XI. Colaborar para o bom andamento do CONTUR;

XII. Desempenhar cargos que lhe forem atribuídos pelo Presidente;

Page 93: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

93

XIII. Comunicar previamente ao Presidente quando não puder comparecer às sessões convocadas;

XIV. Cumprir as determinações desse Regimento.

CAPÍTULO VII

Das Subcomissões

Art. 7º - O Presidente e membros do COMTUR poderão constituir subcomissões quando necessário para estudos e trabalhos relacionados à competência do Conselho;

Parágrafo 1º - As subcomissões serão constituídas de três membros.

Parágrafo 2º - O Presidente do COMTUR observará o princípio de rodízio entre os membros e sempre que possível conciliará a matéria em estudo com a formação das subcomissões.

Parágrafo 3º - As subcomissões terão os seus respectivos Presidentes e Secretários designados pelos próprios membros da subcomissão.

Art. 8º - As subcomissões estabelecerão o seu programa de trabalho, cujo resultado será aplicado pelo COMTUR.

Art. 9º - As subcomissões funcionarão de acordo com as atribuições estabelecidas pelo Presidente e Membros do COMTUR, e disposições deste regimento.

Art. 10º - As subcomissões extinguir-se-ão uma vez aprovado pelo plenário o relatório dos trabalhos que executarem.

CAPÍTULO VIII

Das sessões do COMTUR

Art. 11º - O Conselho reunir-se-á mensalmente, em caráter ordinário e extraordinariamente, tantas vezes quantas necessárias, sempre por convocação do seu Presidente ou, na sua ausência, do seu vice-presidente, com antecedência mínima de quarenta e oito horas para reuniões ordinárias, com indicação da pauta e do local em que as mesmas se realizarão.

Art. 12º - As deliberações da pauta do dia, das deliberações em caráter ordinário serão tomadas pela maioria de votos dos membros

Page 94: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

94

presentes, assegurando ao Presidente o voto de desempate.

Parágrafo 1º - Colhidas às assinaturas dos Conselheiros presentes e verificada a existência do numero regular, declara-se aberta à sessão, que obedecerá a seguinte ordem:

Leitura e discussão da ata;

Leitura do expediente e da ordem do dia;

Discussão e votação da matéria constante da ordem do dia;

Assuntos de ordem geral, ventilados por imposição das circunstancias.

Parágrafo 2º - Não havendo número suficiente de Conselheiros para a realização, será lavrado termo circunstanciado pelo secretário do COMTUR, constando o nome dos que compareceram.

Parágrafo 3º - Assuntos urgentes que não constarem da pauta do dia, somente serão deliberados mediante votação de 50% + 1% dos membros do Conselho.

Parágrafo 4º - A votação será secreta ou nominal, segundo resolver a maioria do Conselho.

Art. 13º - Os debates transcorrerão segundo os princípios da ordem da urbanidade, e compete ao Presidente:

Declarar a abertura, suspensão e encerramento da reunião;

Dirigir e superintender os trabalhos e encerramento da reunião;

Responder às questões de ordem formuladas. Parágrafo único: O Presidente da sessão poderá suspendê-la, a bem da ordem dos trabalhos, e intervir para esclarecimentos sobre a matéria em discussão.

Art. 14º - Poderá comparecer às sessões do COMTUR a convite do Presidente, qualquer pessoa, quando se tornar necessário, a prestação de esclarecimentos sobre o assunto em pauta, mediante aprovação do plenário.

Art. 15º - É permitido ao COMTUR, nomear relator ou comissão de três membros para emitir parecer sobre assunto que lhe forem submetidos.

Art. 16º - A votação será simbólica ou nominal, cabendo na primeira hipótese, pedido de verificação.

Parágrafo 1º-Cada Conselheiro terá direito a 01 (um) voto, cabendo ao Presidente da sessão o voto de desempate.

Parágrafo 2º - Os Conselheiros poderão abster-se de votar, caso

Page 95: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

95

julguem-se impedidos.

Art. 17º - Será lavrada uma ata de cada sessão realizada pelo COMTUR, contendo:

I. Dia, mês, ano, local, hora de abertura e do encerramento da sessão;

II. Posse dos Conselheiros presentes ou seus representantes, bem como convidados presentes;

III. Exposição sumária do expediente e dos demais temas debatidos;

IV. Deliberações tomadas pelo COMTUR. Parágrafo Único: As atas referentes às reuniões e deliberações do COMTUR serão registradas em livros próprios e assinadas pelo Presidente da sessão, pelos Conselheiros e pelos secretários.

CAPITULO IX

Da ordem dos trabalhos

Art. 18º - Os assuntos serão distribuídos e discutidos no conselho, pela ordem cronológica das respectivas entradas, salvo o previsto no capitulo VI, Art. VI, parágrafo IX.

Art. 19º - Os assuntos serão distribuídos aos membros do conselho, inclusive ao Presidente e, em caso de necessidade, o conselho designará um relator que acompanhará matéria especifica de sua área.

Art. 20º - A ordem dos trabalhos a ser observada nas sessões do conselho será a seguinte:

I. Verificação dos membros presentes e apresentação dos demais participantes;

II. Leitura, discussão, votação, aprovação e assinatura da ata da sessão anterior;

III. Distribuição dos assuntos a serem estudados e relatados.

CAPITULO X

Da execução dos trabalhos

Art. 21º - O relator emitirá parecer por escrito, contendo o histórico e

Page 96: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

96

o resumo da matéria, as considerações de ordem prática ou doutrinária que entender cabíveis e sua conclusão ou voto.

Parágrafo 1º - O relator poderá solicitar sempre que necessário o encaminhamento do assunto em estudo a qualquer Órgão da Administração municipal, cuja informação julgue importante á elucidação da matéria que lhe for distribuída, bem como o comparecimento de quaisquer pessoas às sessões e outras providências que julgar cabível.

Parágrafo 2º - Na hipótese de ser rejeitado o parecer pela maioria dos membros do Conselho, deverá designar novo relator ou constituirá sub-comissão para estudo da matéria.

Art. 22º - A ordem do dia será organizada com os assuntos apresentados para discussão, acompanhados dos respectivos pareceres.

Art. 23º - Após a leitura do parecer, o Presidente submeterá o assunto para a discussão, dando a palavra ao membro que solicitar.

Parágrafo Único: O período para discussão de cada matéria será previamente fixado pelo Presidente, cabendo a cada membro o mesmo espaço de tempo para debater os assuntos.

Art. 24º - Durante a discussão, os membros do Conselho poderão:

Apresentar emendas ou substitutivos; Opinar sobre relatórios apresentados; Propor providências para a instalação do assunto em debate. Art. 25º - As propostas apresentadas durante a sessão deverão ser classificadas a critério do Conselho em matéria de estudo e deliberação imediata.

Art. 26º - Se a maioria dos membros do Conselho não se julgar suficientemente esclarecida quanto à matéria em exame pode-se requerer diligências, pedir vista do processo relativo ao assunto em estudo e mesmo adiamento da discussão e votação.

Parágrafo Único: Quando a discussão por qualquer motivo, não for encerrada em sua sessão, ficará adiada para sessão seguinte a não ser em caso de complexidade e urgência das matérias.

Art. 27º - Após o encerramento da discussão a matéria em estudo será submetida à deliberação do plenário, juntamente com as emendas e substitutos que forem apresentados.

Parágrafo Único: O voto do relator ou qualquer membro do Conselho

Page 97: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

97

poderá ser dado por escrito ou oralmente, segundo resolver a maioria do Conselho. Devendo, na hipótese de ser oral, ser reduzido a termo.

Art. 28º - As deliberações do Conselho deliberar-se-ão “Parecer” ou “Resolução”, conforme a matéria seja submetida à sua apreciação ou decorra de sua própria iniciativa.

Parágrafo 1º - Estes pareceres ou resoluções serão redigidos e assinados pelos relatores deverão ser apresentados à Secretaria do Conselho, até 05 (cinco) dias após a respectiva aprovação do plenário.

Parágrafo 2º - Em casos especiais poderão estes pareceres, ou resoluções serem lavrados e assinados na própria sessão.

Art. 29º - As Resoluções serão assinadas por todos os membros do Conselho e encaminhados a quem de direito.

CAPITULO XI

Das Substituições e perdas de mandato

Art. 30º - Os membros do COMTUR estarão dispensados de comparecer as sessões, por ocasião de férias ou licenças que lhe forem regularmente concedidas pelos respectivos Órgãos, repartições ou empresas onde desenvolvem suas atividades. O suplente deverá substituir nas ausências.

Art. 31º - O Presidente será substituído em suas ausências ou impedimentos pelo Vice-presidente do COMTUR.

Art. 32º - Os membros do Conselho em suas ausências, serão substituídos pelos seus respectivos suplentes.

Art. 33º - Os membros do Conselho perderão o mandato nas seguintes hipóteses:

I. Faltar sem justificativa a três sessões consecutivas do Conselho.

II. Por período superior a 30 (trinta) dias ou mais de 05 (cinco) sessões alternadas;

Tornar-se incompatível com exercício do cargo por improbidade ou pratica de Atos irregulares.

Parágrafo 1º - O Presidente do Conselho é autoridade competente para declarar a perda de mandato de qualquer membro, depois de apurada a infração de atos irregulares.

Page 98: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

98

Parágrafo 2º - Os membros das sub-comissões perderão o mandato, pelos mesmos motivos estabelecidos para os membros do COMTUR.

Parágrafo 3º - Os membros do COMTUR terão autonomia em destituir o Presidente em reuniões Ordinárias com um quorum mínimo de 75% dos membros, nos casos citados no Artigo 34 inciso II.

CAPÍTULO XII

Dos Recursos

Art. 34º - Das decisões denegatórias proferidas pelo COMTUR, caberá recurso administrativo dentro do prazo de 10 (dez) dias contando da data correspondente da publicação, para parecer do Conselho que decidirá contados 10 (dez) dias subseqüentes àquele em que requereu o apelo.

Art. 35º - Deliberando o COMTUR favoravelmente, encaminhar o processo dentro do prazo de 5 (cinco) dias contados da data em que foi adotada a decisão do COMTUR, que acolhendo a proposta, expedirá o decreto concessório.

CAPITULO XIII

Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 36º - O COMTUR considerar-se-á constituído, quando se acharem empossados, pelo Prefeito municipal a maioria dos seus Membros.

Art. 37º - Este regimento poderá ser alterado mediante proposta de qualquer membro do Conselho, aprovada por 2/3 dos seus membros.

Art. 38º - Os casos omissos neste regimento interno serão resolvidos em plenário.

Page 99: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

99

Anexo 4 - Modelo de Criação do Fundo Municipal de Turismo

Súmula: Dispõe sobre a criação do Fundo Municipal de Turismo, FUNDETUR, e dá outras providências. A Câmara Municipal de ..........., Estado do Paraná aprovou e eu Prefeito Municipal, sanciono a seguinte, Lei Nº ___

Artigo 1º - Fica criado o Fundo Municipal de Turismo - FUNDETUR, destinado a captação e a aplicação de recursos, visando o desenvolvimento turístico e econômico do Município. Artigo 2º - Os recursos do Fundo Municipal de Turismo - FUNDETUR, será constituído de 0,5% (meio por cento) das receitas correntes líquidas do Município e outras doações de pessoas físicas ou jurídicas.

Parágrafo Único: Os recursos que integram o Fundo Municipal de Turismo, serão mantidos em instituição financeira estatal com agência nesta cidade. Artigo 3º- O orçamento ou plano de aplicação do Fundo Municipal de Turismo - FUNDETUR, acompanha a Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária anual do Município, em conformidade com o artigo ... da Lei n.º... Artigo 4º - A administração e representação do FUNDETUR caberão a uma diretoria composta por:

- Presidente, sendo o mesmo eleito para o Conselho de Desenvolvimento do Turismo - CODETUR;

- Vice-Presidente, o qual será o Diretor da unidade administrativa; - Tesoureiro, escolhido entre os membros da diretoria do

CODETUR e - Secretário, escolhido entre os membros do CODETUR. - Artigo 5º - Fica criado o Conselho Fiscal do Fundo de Turismo,

composto por 07 (sete) membros, escolhidos juntamente com os membros do CODETUR, tendo por finalidade fiscalizar a movimentação dos recursos do Fundo de Turismo.

Page 100: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

100

Parágrafo Único: O mandato dos membros do Conselho será de 02 (dois) anos, permitido a reeleição por igual período. Artigo 6º - A diretoria do FUNDETUR, mensalmente, elaborará demonstrativo com receita e despesa do mês, devidamente comprovados, sendo afixado em quadro de editais e publicado em jornal oficial, ambos do Município de ............. Parágrafo Único: O Conselho Fiscal tem livre acesso à demonstração contábil, movimentação bancária e despesas do FUNDETUR. Artigo 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Edifício da Prefeitura Municipal de ........, Estado do Paraná, em .... de ....... de 20....

Prefeito Municipal

Page 101: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

101

Anexo 5 - Metodologia 1 - Avaliação e Hierarquização de Atrativos Turísticos

A. Fatores de Avaliação

Para realizar a avaliação dos atrativos turísticos deverão ser considerados os

seguintes fatores:

- Acesso - Peso 4

Considerar o acesso mais utilizado pelo visitante para chegar ao atrativo,

independente da sua localização (urbana ou rural), pontuado da seguinte

maneira:

RODOVIÁRIO AÉREO, MARÍTIMO/FLUVIAL,

FERROVIÁRIO

3 pontos 2 pontos 1 ponto 3 pontos 0 ponto

Bom Regular Precário Existência Inexistência

Obs: A pontuação não é cumulativa

- Transportes - Peso 3

Avaliar o transporte regular existente para o atrativo - rodoviário,

ferroviário, hidroviário e/ou aéreo - mais utilizado, de acordo com a seguinte

pontuação:

3 pontos 2 pontos 1 ponto 0 ponto

Bom Regular Precário Não existente

- Equipamentos e Serviços - Peso 3

Avaliar todos os equipamentos e serviços turísticos instalados no

atrativo, que contribuam para sua valoração e facilitem o uso e a permanência

dos visitantes no local. Deverão ser observadas as seguintes pontuações:

Page 102: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

102

Valores a serem atribuídos aos atrativos que possuírem:

3 pontos 2 pontos 1 ponto 0 ponto

- sinalização - monitor

especializado/guia local

- local de alimentação

- serviços de limpeza - instalações

sanitárias - integrar roteiros

turísticos comercializados

- sinalização - serviços de

limpeza - instalações

sanitárias - monitor

especializado/ guia local

- sinalização - serviços de

limpeza

- atrativo que não possuir nenhum dos serviços utilizados

Calcular o valor médio pelo somatório das pontuações alcançadas por

cada fator de avaliação, dividido pelo número de avaliadores.

- Valor intrínseco do atrativo - Peso 10

É o valor em si do atrativo. Será obtido pela avaliação das características

relevantes de cada tipo, mediante análise comparativa com outro atrativo de

características homogêneas.

Esse valor variará de 1 a 4 pontos.

B. Critérios para Hierarquização dos Atrativos

O critério para enquadramento dos atrativos turísticos, em suas

respectivas hierarquias, de acordo com a sua importância turística será através

do enquadramento do valor do seu índice do atrativo (IA), nos intervalos abaixo:

Page 103: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

103

Hierarquia IV: 3,26 - 4,00

Atrativo turístico de excepcional valor e de grande significado para o mercado

turístico internacional, capaz, por si só, de motivar importantes correntes de

visitantes, atuais ou potenciais, tanto internacionais com nacionais.

Hierarquia III: 2,51 - 3,25

Atrativo turístico muito importante, em nível nacional, capaz de motiva uma

corrente, atual ou potencial, de visitantes nacionais ou internacionais, por si só

ou em conjunto com outros atrativos turísticos.

Hierarquia II: 1,76 - 2,50

Atrativo com algum interesse, capaz de estimular correntes turísticas regionais e locais, atual ou potencial, e de interessar visitantes nacionais e internacionais que tiverem chegado por outras motivações turísticas.

Hierarquia I: 1,00 - 1,75

Atrativo complementar a outro de maior interesse, capaz de estimular

correntes turísticas locais.

MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS TURÍSTICOS

MUNICÍPIO: UF:

ATRATIVO:

CATEGORIA: TIPO:

QUADRO I

FATORES A B C D E VALOR

MÉDIO PESO

PONTO DO

FATOR

ACESSO 4

Page 104: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

104

TRANSPORTE 3

EQUIPAMENTOS E

SERVIÇOS

3

VALOR INTRÍNSECO 10

SOMA 20

ÍNDICE DO ATRATIVO - IA=

Valor Médio: resultado do somatório das pontuações que o FATOR recebeu,

dividido pelo número de avaliadores.

Ponto do Fator: resultado do valor médio do item multiplicado pelo seu peso.

Valor Intrínseco: valor obtido pela avaliação das características relevantes,

calculado no quadro II.

Índice do Atrativo (IA): somatório dos pontos dos fatores dividido pelo

somatório dos pesos. 20

itensdospontosdossomaIA

QUADRO II

VALOR INTRÍNSECO DO ATRATIVO

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES A B C D E

VALOR MÉDIO

Page 105: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

105

SOMA DO VALOR MÉDIO

VALOR INTRÍNSECO

FASES DA AVALIAÇÃO

1. Relacionar para cada atrativo as características relevantes, de acordo com a sua

classificação.

2. A pontuação para cada uma das características relevantes, independente da

sua classificação, obedecerá a escala de 1 a 4 pontos.

Critério sugerido: 4: Muito interessante; 3: interessante; 2: interesse relativo; 1:

pouco interesse.

3. O valor médio de cada uma das características será obtido pelo somatório dos

pontos dos avaliadores, dividido pelo número de avaliadores.

4. O valor intrínseco do atrativo será obtido pelo somatório do valor médio de

cada uma das características relevantes do atrativo, em análise, dividido pelo

número total de características relevantes que integram o atrativo.

Obs: Os avaliadores deverão estabelecer um valor (de 1 a 4) para cada

característica relevante do atrativo, levando em consideração as informações

contidas nos formulários. No caso do atrativo não possuir a característica relevante

(ausência) deverá ser atribuído 0 (zero) ponto. Para facilitar os cálculos deverão

ser adotados números inteiros, obedecendo os critérios de arredondamento

universal.

Page 106: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

106

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES QUE IRÃO COMPOR O VALOR INTRÍNSECO

Page 107: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

107

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108

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109

Anexo 6 - Metodologia 2 - Avaliação e Hierarquização de Atrativos Turísticos

A presente metodologia trata de uma adaptação da utilizada pela Organização

Mundial do Turismo (OMT) e pelo Centro Interamericano de Capacitação

Turística (CICATUR) para hierarquização de atrativos turísticos.

Em primeiro lugar, deve-se avaliar o Potencial de atratividade do elemento,

conforme as características de peculiaridade e o interesse que ele pode despertar

nos turistas. O quadro abaixo estabelece uma ordem quantitativa para priorizar o

desenvolvimento desse potencial para o turismo e atribuir um valor quantitativo

às suas características.

Hierarquia Características

3 (alto)

É todo atrativo turístico excepcional e de grande interesse, com significação para o mercado turístico internacional, capaz de, por si só, motivar importantes correntes de visitantes, atuais e potenciais.

2 (médio)

Atrativos com aspectos excepcionais em um país, capaz de motivar uma corrente atual ou potencial de visitantes deste país ou estrangeiros, em conjunto com outros atrativos próximos a este.

1 (baixo)

Atrativos com algum aspecto expressivo, capaz de interessar visitantes oriundos de lugares no próprio país que tenham chegado à área por outras motivações turísticas, ou capaz de motivar fluxos turísticos regionais a locais (atuais e potenciais).

0 (nenhum)

Atrativos sem méritos suficientes, mas que formam parte do patrimônio turístico como elementos que podem complementar outros de maior hierarquia. Podem motivar correntes turísticas locais, em particular a demanda de recreação popular.

Em segundo lugar, avaliam-se aspectos que auxiliarão na definição dessa

hierarquia. Este critério permite classificar cada atrativo, de acordo com uma

escala preestabelecida. Desse modo, ele fornece subsídios para a diferenciação

objetiva das características e dos graus de importância de cada atrativo.

Page 110: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

110

Grau de uso atual: permite analisar o atual volume de fluxo turístico efetivo e

sua importância para o município. Difere do grau de interesse por representar

a situação atual, ao invés da potencial. Um alto grau de uso indica que o

atrativo apresenta uma utilização turística efetiva.

Representatividade: fundamenta-se na singularidade ou raridade do atrativo.

Quanto mais se assemelhar a outros atrativos, menos interessante ou

prioritário.

Apoio local e comunitário: a partir da opinião dos líderes comunitários,

analisar o grau de interesse da comunidade local para o desenvolvimento e

disponibilidade ao público.

Estado de conservação da paisagem circundante: verificar, de acordo com

observação in loco o estado de conservação da paisagem que circunda o

atrativo. Neste item é analisada a ambiência do atrativo (ambiente que está em

volta do atrativo).

Infraestrutura: verificar, in loco, se existe infraestrutura disponível no atrativo e

o estado desta.

Acesso: verificar as vias de acesso existentes e as condições de uso destas.

Critérios Valores 0 1 2 3

Potencial de atratividade (a)

Nenhum Baixo Médio Alto

HIERARQU

Grau de uso atual (b)

Fluxo turístico insignificante

Pequeno fluxo

Média intensidade e fluxo

Grande fluxo

Representatividade (c)

Nenhuma Elemento bastante comum

Pequeno grupo de elementos similares

Elemento singular, raro

Apoio local e comunitário (d)

Nenhum Apoiado por uma pequena parte da comunidade

Apoio razoável Apoiado por grande parte da comunidade

Page 111: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

111

Critérios Valores 0 1 2 3

Potencial de atratividade (a)

Nenhum Baixo Médio Alto

IA

Estado de conservação da paisagem circundante (e)

Estado de conservação péssimo

Estado de conservação singular

Bom estado de conservação

Ótimo estado de conservação

Infra-estrutura

Inexistente Existente, porém em estado precário

Existente, mas necessitando de intervenções/melhorias

Existente e em ótimas condições

Acesso

Inexistente Em estado precário

Necessitando de intervenções/melhorias

Em ótimas condições

Total

De acordo com as especificações apresentadas neste Quadro, deve ser

preenchido o modelo abaixo, onde são aferidos valores para cada item dos

atrativos que for avaliado.

É válido ressaltar que os itens ´Potencial de atratividade do elemento´ e

´Representatividade´ devem receber a pontuação em dobro, ou seja, ter peso dois,

devido a significância deles, diante dos demais itens avaliados.

Por exemplo, no caso de um atrativo cuja representatividade seja rara,

singular o valor atribuído a este é de 3 pontos, conforme a tabela abaixo,

multiplicado pelo número dois (3 x 2 = 6).

O mesmo deverá ocorrer para o item Potencial de atratividade.

Atrativos a

(valor x 2) b

c (valor x 2)

d

e

Intra-estrutura

Acesso Total

Atrativos Naturais

Page 112: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

112

Atrativos a

(valor x 2) b

c (valor x 2)

d

e

Intra-estrutura

Acesso Total

Atrativos Culturais

Atividades Econômicas

Realizações Técnicas, Científicas e Artísticas

Eventos Programados

Por fim, somam-se os pontos obtidos e define-se o ranking de atrativos.

Quanto mais pontos um determinado atrativo tiver, maior sua importância e

necessidade de ser incluído nos roteiros elaborados.

Page 113: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

113

Anexo 7 - Modelo Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH)

01 Nº EMBRATUR 02 - Leitos 03 - UH's 04 Período

05 Nome do Estabelecimento

06 Endereço Municipio UF

07 Campo 10

08 MOVIMENTO DE HÓSPEDES

do mês anterior Dias Entradas Saídas Hospedados

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

Total

UH's ocupadas

15

CARIMBO

Data e Assinatura

do estabelecimento

16. Protocolo de

recebimento

BOH

BOLETIM DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

10

10

10

10

11 12 13 14

LOGOS

EMBRATUR/SETU

Page 114: Apostila para Gestão Municipal do Turismo

114

Anexo 8 - Modelo de Formulário para Controle de Fluxo em Atrativos Turísticos

ATRATIVO ______________________________ Mês/Ano _____ / _____

Dia MEIOS DE TRANSPORTE Nº de Pessoas Carros Ônibus Motos Vans Outros

01

31

TOTAL

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Anexo 9 - Modelo de Formulário para Estudos de Demanda em Municípios

Governo do Estado do Paraná Paraná Turismo ESTUDO DA DEMANDA TURÍSTICA / PESQUISA SOBRE TURISMO RECEPTIVO Turno: M q T q N q

ENTREVISTADOR: DATA: LOCAL DA ENTREVISTA:

1. Qual a sua residência permanente? 1 14. Qual o meio de transporte que você utilizou para 14

1. Cidade__________________________________________ chegar a esta cidade?

2. Estado __________________________________________ 1. Avião ____________q 3. Automóvel________ q

3. País ____________________________________________ 2. Ônibus____________q 4. Utilitário/Van______ q

2. Pernoitou na cidade? 2 5. Outro (especifique) __________________________ q

1. Sim q ___________ Número de pernoites 15. Qual o meio de hospedagem utilizado nesta cidade? 15

2. Não q ___________ Quantas horas 1. Hotel – Nome:________________________________q

3. Sexo do entrevistado? 3 2. Hospedaria / Pensão ___________________________q

1. Masculino q 2. Feminino q 3. Imóvel Locado _______________________________q

4. Qual sua idade? 4 4. Casa de Parentes / Amigos ______________________q

5. Casa Própria _________________________________q 1. Menor de 18 ________q

2. 18 ou 19 ___________q

5. 35 a 49 ____________ q

6. 50 a 64 ____________ q 6. Outro (especifique) ____________________________q

3. 20 a 24_____________q 7. Mais de 65 _________ q ______________________________________________

4. 25 a 34_____________q __________________ anos Qualifique: __________ Ruim q Regular q Bom q

5. Qual o principal motivo que o trouxe a esta cidade? 5 16. Qualifique a infra-estrutura desta cidade. 16

1. Negócios ______________________________________ q Ruim Regular Bom

2. Parentes/Amigos Visita _______________________q 1. Atendimento médico-hospitalar _________ q q q

Casamento ___________________q 2. Limpeza pública _____________________ q q q

Formatura ____________________q 3. Segurança pública ____________________ q q q

____________________________q 4. Serviços de táxis _____________________ q q q

3. Compras ______________________________________ q 5. Sinalização turística __________________ q q q

4. Tratamento de Saúde_____________________________ q 6. Sinalização urbana ___________________ q q q

5. Eventos / Acontecimentos Programados ______________ q 7. Vias urbanas ________________________ q q q

6. Lazer_________________________________________ q 8. Telefonia ___________________________ q q q

7. Outro (especifique) ______________________________ q 9. Transporte coletivo ___________________ q q q

___________________________________________________ 10. Atendimento no aeroporto/rodoviária ____ q q q

6. Participou de algum evento específico? 6 11. Comércio__________________________ q q q

1. Sim q Nome: __________________________________ 12. Restaurantes _______________________ q q q

2. Não q 13. Serviço das agências de turismo ________ q q q

7. Quantas vezes já visitou esta cidade? 7 14. Serviço de informações turísticas _______ q q q

1ª Vez _ q Como tomou conhecimento?_________________ 15. Vida noturna _______________________ q q q

Outra (vezes por ano) ___________ 16. Vida social ________________________ q q q

8 17. Qual foi aproximadamente, seu gasto nesta cidade? 17 8. Pretende retornar?

1. Sim q 2. Não q 3. Talvez q 1. Total $ ______________________________________

9. Indicaria para outras pessoas? 9 2. Hotel $ ______________________________________

1. Sim q 2. Não q 3. Talvez q 3. Evento $ _____________________________________

10 4. Compras $____________________________________ 10. Sua viagem foi organizada por agência de turismo?

1. Sim q 2. Não q 5. Lazer $ ______________________________________

11 6. Alimentação $ _________________________________ 11. Forma de viajar (quantas pessoas incluindo você)?

1. Só ________________________________ Moeda:___________________________________________

Forma de Pagamento: Dinheiro_______ % Cartão _______% 2. Em grupo___________________________

3. Com família ________________________ 18. Você e mais quantas pessoas estão incluídas neste 18

4. Em excursão ________________________ gasto? _____________________ pessoas

12. Como você define a cidade? 12 19. Qual sua ocupação principal? 19

1. Cidade ecológica_____________________________ q ______________________________________________

2. Cidade com qualidade de vida ___________________ q 20. Qual sua renda bruta mensal 20

3. Cidade cultural_______________________________ q 1. Individual $ _____________________________________

4. Cidade universitária ___________________________ q 2. Familiar $ ______________________________________

5. Cidade turística ______________________________ q 3. Quantas pessoas dependem desta renda _______________

6. Outra (especifique) ___________________________ q Moeda ____________________________________________

______________________________________________ 21. Visitou atrativos turísticos? 1. Sim q 2. Não q 21

13. Avalie a qualidade ambiental da cidade 13 Quais Qualifique:

1. Áreas verdes ________________________ q q q _____________________________________ q q q

2. Conservação dos edifícios em geral _______ q q q ____________________________________ q q q

3. Poluição do ar _______________________ q q q ______________________________________q q q

4. Poluição Sonora______________________ q q q _____________________________________ q q q

5. Qualidade de vida ____________________ q q q 22. Sugestões (escrever no verso) 22

6. Tráfego ____________________________ q q q

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Elaborado por: Gilce Zelinda Battistuz/Estatística-2005

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Anexo 10 - Modelo de Formulário para Pesquisa com Comunidade Local

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PESQUISA COM A COMUNIDADE DE PIRAI DO SUL – NOV/2004

ENTREVISTADOR: DATA:

1. Qual o bairro em que você reside? 1 13. Você acha que o Santuário é importante para a sua 13

Bairro ________________________________________ comunidade?

___________________________________________ 1. Sim o 2. Não o

2. Sexo do entrevistado 2 Porque? ___________________________________

1. Masculino o 2. Feminino o __________________________________________

3. Qual sua idade? 3 __________________________________________

1. 16 e 17 anos ____________________________ o 14. Você o considera um atrativo turístico? 14

2. 18 e 19 anos ____________________________ o 1. Sim o 2. Não o

3. 20 a 24 anos ____________________________ o Porque? ___________________________________

4. 25 a 34 anos ____________________________ o __________________________________________

5. 35 a 49 anos ____________________________ o 15. Você acredita que a devoção da comunidade para 15

6. 50 a 64 anos ____________________________ o com a Nossa Sra. das Brotas poderá contribuir para

7. Mais de 64 anos _________________________ o o fortalecimento do Turismo Religioso na cidade?

4. Há quanto tempo reside em Pirai do Sul? 4 1. Sim o 2. Não o

1. De 1 a 2 anos _____________________________ o Porque? ___________________________________

2. De 3 a 5 anos _____________________________ o __________________________________________

3.De 6 a 10 anos ____________________________ o 16. Quais os benefícios que os peregrinos podem 16

4.Há mais de 10 anos ________________________ o trazer à cidade? (2 opções)

5. Qual é o seu grau de escolaridade? 5 1. Mais empregos __________________________ o

1. Fundamental incompleto ___________________ o 2. Mais renda para a cidade __________________ o

2. Fundamental completo ____________________ o 3. Desenvolvimento turístico _________________ o

3. Ensino médio incompleto __________________ o 4. Não traz nenhum benefício ________________ o

4. Ensino médio completo ____________________ o 5. Outros (especificar) ______________________ o

5. Superior incompleto ______________________ o 17. Você acha que a cidade tem condições de receber 17

6. Superior completo ________________________ o turistas?

7. Pós graduação ___________________________ o 1. Sim o 2. Não o

6. A qual denominação religiosa você pertence? 6 Porque? _____________________________________

___________________________________________ ____________________________________________

___________________________________________ 18. Que melhorias você julga que devem ser feitas na 18

7. Você já visitou o Santuário de Nossa Sra. Das Brotas? 7 cidade para receber bem os turistas?

Qualifique em: Ruim Regular Bom

1. Sim o 2. Não o 1. Vias de acesso à cidade ________ o o o

8. Com que freqüência vai ao Santuário? 8 2. Restaurantes _________________ o o o

____________________ ____________Vezes por ano 3. Limpeza pública ______________ o o o

9. Você sabe quando é realizada a Festa de Nossa Sra. 9 4. Sinalização __________________ o o o

das Brotas? 5. Recepção aos turistas ___________ o o o

(Dia/mês) ___________ _______________________ 6. Infra-estrutura dos locais de visitação o o o

10. Você sabe que Piraí do Sul faz parte da Rota dos

Tropeiros?

10 7. Hospedagem __________________o o o

1. Sim o 2. Não o 8. Outros ______________________ o o o

11. Você sabe que Nsa. Sra. das Brotas foi escolhida

como Padroeira da Rota dos Tropeiros?

19. Qual sua sugestão para consolidação do Turismo 19

1. Sim o 2. Não o 11 religioso na sua cidade?

Comentários: _______________________________ _________________________________________________

12. Qual sua opinião sobre isto? _________________________________________________

Comentários: 12 _________________________________________________

___________________________________________ 20. O que você pode fazer para ajudar no processo de 20

**. Como você qualifica o Santuário para receber os

peregrinos

consolidação, (Cite até 3 atividades)

Qualifique em: Ruim Regular Bom _________________________________________________

1. Igreja ______________________ o o o _________________________________________________

2. Acesso ______________________ o o o __________________________________________________

3. Estacionamento _______________ o o o 21. Você já participou das festividades?

4. Banheiros ___________________ o o o 1. Sim o 2. Não o

5. Sinalização __________________ o o o Qual sua opinião sobre a mesma?

6. Alimentação _________________ o o o __________________________________________________

7. Infra-estrutura Geral ___________ o o o

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Anexo 11 - Modelo de Formulário para Estudos de Demanda em Eventos

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Show Rural Coopavel -2005

ENTREVISTADOR: DATA: LOCAL DA ENTREVISTA:

1. Qual a sua residência permanente? 1 11. Quantos dias você visita/visitou o Evento? 11

Cidade ________________________________________ ______________________________________________

Estado_________________________________________ 12. Retornaria no próximo ano? 12

País___________________________________________ 1. Sim q 2. Não q 3. Talvez q

Caso seja residente, vá para pergunta 6 13. Quantas pessoas incluindo você, estão visitando o

evento?

13

2. Qual seu tempo de permanência nesta cidade? 2 1. Só_________________________________

horas _______________ dias _______________ 2. Em grupo ___________________________

3. Qual o meio de hospedagem utilizado na cidade? 3 3. Com família _________________________

1. Hotel / Hospedaria ____________________________q 4. Em excursão

2. Casa de Parentes / Amigos _____________________q 14. Qual o gasto efetuado na cidade ? 14

3. Outro (especifique) ___________________________q $ _____________________________________________

4. Visitou algum atrativos turísticos, ou evento, cite-os: 4 Quantas pessoas estão incluídas no gasto acima, ______

_______________________________________________

15. Qualifique o local do Evento, quanto a: 15

_______________________________________________

Ruim Regular Bom

Qualifique: Ruim q Regular q Bom q 1. Área de vendas _______________________q q q

5. Qual o meio de transporte utilizado para chegar a 5 2. Atendimento dos expositores ___________q q q

Esta cidade? 3. Disposição dos estandes/espaços ________q q q

1. Automóvel __________________________________q 4. Local de realização das palestras ________q q q

2. Ônibus_____________________________________q 5. Qualidade das palestras _______________q q q

3. Utilitário ____________________________________q 6. Variedade de atrações _________________q q q

4. Outro (especifique) ___________________________q 7. Sinalização e informações ______________q q q

______________________________________________ 8. Praticas Sociais ______________________q q q

6. Sexo do entrevistado 6 9. Organização do Evento_________________q q q

1. Masculino q 2. Feminino q 10. Estacionamentos_____________________q q q

7. Qual sua idade? 7 11. Segurança _________________________q q q

1. Menor de 18 _______q 5. 35 a 49 ___________q 12. Serviços de alimentação_______________q q q

2. 18 e 19 ___________q 6. 50 a 64 ___________q 13. Área sanitária _______________________q q q

3. 20 a 24 ___________q 7. Mais de 64_________q 14. Limpeza em geral ____________________q q q

4. 25 a 34 ___________q 16. Utilizou a infra-estrutura da cidade? 16

8. Qual o motivo que o trouxe a este evento? 8 Caso afirmativo qualifique: Ruim Regular Bom

1. O próprio evento_____________________________ q 1. Comércio em Geral ____________________q q q

2. Palestras/apresentações _______________________q 2. Restaurantes _________________________q q q

3. Compras (comércio geral) _____________________q 3. Limpeza _____________________________q q q

4. Outro (especifique)____________________________q 4. Segurança ___________________________q q q

______________________________________________ 5. Sinalização __________________________q q q

9. Esta é a 1ª vez que você vem a este evento? 9 6. Serviços de Hospedagem _______________q q q

1. Não q 2. Sim q 17. Qual sua ocupação principal? 17

Como tomou conhecimento (tipo de propaganda) ______________________________________________

_____________________________________________ 18. Qual sua renda bruta individual mensal? 18

Sua viagem foi organizada por agência de viagem ?

Não q 2. Sim q

$_____________________________________________

10. Este ano você viu/ouviu propaganda sobre o Evento, 10 Moeda:____________________________________________

em qual meio de comunicação? 19. Sugestões: 19

1. Rádio _____________________________________q

2. Televisão __________________________________q

3. Jornal _____________________________________q

4. Cartazes __________________________________q

5. Outro (especifique) __________________________q Elaborado por: Gilce Zelinda Battistuz/Técnica

Estatística

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