Apostila Portugues Instrumental Pronatec

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Leitura e Produção de Texto Autor: Prof. Paulo Henrique

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Leitura e Produção de Texto

Autor: Prof. Paulo Henrique

SUMÁRIO UNIDADE 1 – COMUNICAÇÃO ..................................................................................................................... 3

UNIDADE 2 – LINGUAGEM – LÍNGUA – FALA .......................................................................................... 6

UNIDADE 3 – PONTUAÇÃO ........................................................................................................................ 12

UNIDADE 4 – PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS..................................................................... 17

UNIDADE 5 – SINTAXE ............................................................................................................................... 21

Caro Aluno,

Iniciaremos um importante estudo com o objetivo de

compreendermos e aplicarmos, da melhor forma possível,

a Comunicação, a Linguagem, e o uso da Gramática. Ao

longo de nossas aulas, espero que possamos nos

aprofundar cada vez mais nos meandros da Língua

Portuguesa e sejamos capazes de aplicar nossos novos

conhecimentos em nossas vidas, onde quer que elas nos

levem.

Uma boa viagem para todo

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UNIDADE 1 – COMUNICAÇÃO

1. A Comunicação

Comunicar é a utilização de qualquer meio pelo qual um pensamento é transmitido de pessoa sem

perder, tanto quanto possível, a sua intenção original. Assim, comunicar implica busca de entendimento, de

compreensão. Em suma, contato. É uma ligação, transmissão de sentimentos e ideias.

1.1. Objetivo

Influenciar para afetar com intenção, visando a uma reação específica de uma pessoa ou grupo (mudança no comportamento).

Em outros tempos, acreditava-se que, para manter uma comunicação, era necessário apenas um

diálogo, ou uma escrita, mas estudos recentes da psicologia moderna constataram que alguns itens a mais constituem uma comunicação real.

Nessa constatação de processo, deve-se observar que a fonte e o receptor são sistemas similares. Se assim não fosse, não haveria comunicação.

1.2. Elementos essenciais do processo de comunicação

Comunicar envolve uma dinâmica que não dispensar as unidades que englobam o processo e que, dissociadas, constituem os elementos mais importantes da comunicação.

1.2.1. Fonte

Fonte é a origem da mensagem.

Exemplo: Ao enviar um telegrama, será fonte o redator do mesmo.

1.2.2. Emissor

Emissor é quem envia mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões, desenhos, etc.

Pode ser também uma organização informativa como rádio, TV, estúdio cinematográfico.

Exemplo: Ao enviar um telegrama, será emissor o telegrafista que codifica a mensagem.

OBERVAÇÃO Geralmente, a fonte coincide com o emissor.

Exemplo: Num diálogo, o falante é fonte e emissor ao mesmo tempo.

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1.2.3. Mensagem

Mensagem é o que a fonte deseja transmitir, podendo ser visual, auditiva ou audiovisual. Serve-se de um código que deve ser estruturado e decifrado. É preciso que a mensagem tenha conteúdo, objetivos e use canal apropriado.

Exemplo: No telegrama, a mensagem é o texto.

1.2.4. Recebedor/Receptor

Recebedor/receptor é um elemento muito importante no processo. Pode ser a pessoa que lê, que ouve, um pequeno grupo, um auditório, uma multidão.

Ao recebedor/receptor cave decodificar a mensagem e dele dependerá, em termos, o êxito da comunicação. Temos que considerar, nesse caso, os agentes externos do recebedor/receptor (ruídos entropia

1).

Exemplo: Ao enviar um telegrama, o recebedor/receptor será o telegrafista que decodifica a mensagem.

1.2.5. Destino

Destino é(são) a(s) pessoa(s) a quem se dirige mensagem.

Exemplo: Ao enviar um telegrama, o destino será o destinatário.

OBERVAÇÃO Geralmente, o destino coincide com o recebedor/receptor.

Exemplo: Num diálogo, o ouvinte é destino e recebedor/receptor ao mesmo tempo.

1.2.6. Canal

Canal é a forma utilizada pela fonte para enviar a mensagem. Ele deve ser escolhido cuidadosamente , para assegurar a eficiência e o bom êxito da comunicação.

O canal pode ser:

NATURAL = ÓRGÃOS SENSORIAIS

CANAL ESPACIAL

TECNOLÓGICO TEMPORAL

1 Desordem ou

imprevisibilidade.

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Canal tecnológico espacial:

Leva a mensagem de um lugar para o outro como o rádio, telefone, telex, teletipo, televisão, fax.

Canal tecnológico temporal:

Transporta a mensagem de uma época para a outra, como os livros, os discos, fotografias, slides, fitas gravadas, CDs.

1.2.7. Código

Código é o conjunto de sinais estruturados. O código pode ser:

VERBAL CÓDIGO

NÃO-VERBAL

O código verbal é o que utiliza a palavra falada ou escrita.

Exemplo: Português, inglês, francês, etc.

O código não-verbal é o que não utiliza a palavra.

Exemplo: Gestos, sinais de trânsito, expressão facial, etc.

O código não-verbal não é só visual ou sonoro, mas plurissignificante. Apresenta-se fragmentado,

imprevisto, não-linear, ao contrário do código verbal, que é discursivo e onde, geralmente, predomina a lógica. Alguns códigos não-verbais, pela sua própria natureza, dificultam a descodificação.

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UNIDADE 2 – LINGUAGEM – LÍNGUA – FALA

1. Linguagem

É o exercício oriundo da faculdade, inerente ao homem, que lhe possibilita a comunicação. Embora

nem todos os teóricos assumam esse posicionamento, podemos dizer que todo ser humano possui, ao nascer,

uma predisposição que faculta a aquisição da mesma (característica inata). A linguagem tem um lado

individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro. A cada instante, a linguagem implica,

ao mesmo, um sistema estabelecido e uma evolução. Por outro lado, sem o convívio social, essa predisposição

se atrofia. Assim, tudo indica que a aprendizagem, na criança, se dá por imitação (característica adquirida).

2. Língua

Há um instrumento peculiar de comunicação – a língua – distinta da fala e que representa a parte

social da linguagem, exterior ao indivíduo, que por si só não pode modificá-la. Língua é forma. Enquanto a linguagem, como faculdade natural, é um todo heterogêneo, a língua é de natureza

homogênea – sistema de signos (código) convencionais e arbitrários.

3. Fala

A fala, ao contrário, é um ato intencional, em nível individual, de vontade e de inteligência.

4. Registros ou Níveis de Linguagem

A comunicação não é regida por normas fixas e imutáveis. Ela pode transformar-se, através do

tempo, e, se compararmos textos antigos com atuais, percebemos grandes mudanças no estilo e nas expressões.

Por que a pessoas se comunicam de formas diferentes? Temos que considerar múltiplos fatores: época, região geográfica, ambiente e status sócio-cultural dos falantes.

Há uma língua padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência dos parâmetros utilizados pelo

grupo social mais culto. Às vezes, a mesma pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situação

sócio-cultural dos indivíduos com quem se comunica, usará níveis diferentes de língua. Dentro desse critério,

podemos reconhecer, num primeiro momento, dois tipos de língua: a falada e a escrita.

CULTA

COLOQUIAL VULGAR OU INCULTA

A LÍNGUA FALADA PODE SER REGIONAL

GÍRIA GRUPAL TÉCNICA

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LÍNGUA PADRÃO COLOQUIAL VULGAR OU INCULTA

NÃO LITERÁRIA REGIONAL A LÍNGUA ESCRITA PODE SER GÍRIA

GRUPAL TÉCNICA

LITERÁRIA

4.1. Língua Falada

4.1.2. Língua Culta

Língua culta é a língua falada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola. Obedece à gramática da língua-padrão. É mais restrita, pois constitui privilegio e conquista cultural de um número

reduzido de falantes.

Exemplo: Temos conhecimento de que alguns casos de delinquência juvenil no mundo hodierno

2 decorrem da

violência que se proteja, através dos meios de comunicação, co, programas que enfatizam a guerra, o roubo e a venalidade

3.

4.1.3. Língua Coloquial

Língua coloquial é a língua espontânea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante sem

muita preocupação com as formas linguísticas. É a língua cotidiana, que comete – mas perdoáveis – deslizes gramaticais.

Exemplo: Cadê o livro que te emprestei? Me devolve em seguida, sim?

4.1.4. Língua Vulgar ou Inculta

Língua vulgar é própria das pessoas sem instrução. É natural, colorida, expressiva, livre de convenções sociais. É mais palpável, porque envolve o mundo das coisas. Infringe totalmente as convenções gramaticais.

Exemplo: Nóis ouvimo falá do pograma da televisão.

4.1.5. Língua Regional

Língua Regional, como o nome já indica, está circunscrita a regiões geográficas, caracterizando-se pelo acento linguístico, que é a soma das qualidades físicas do som (altura, timbre, intensidade). Tem um

patrimônio vocabular próprio, típico de cada região.

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Exemplo: Égua! Esse carimbó tem um ritmo paid’égua!

4.1.6. Língua Grupal

Língua grupal é uma língua hermética

4, porque pertence a grupos fechados.

4.1.6.1. Língua Grupal (Técnica)

A língua grupal técnica desloca-se para a escrita. Existem tantas quantas forem as ciências e as

profissões: a língua da Medicina (como é difícil entender um diagnóstico...), a do Direito (restrita aos meios

jurídicos), etc. Só é compreendida, quando sua aprendizagem se faz junto com a profissão.

Exemplo: O materialismo dialético

5 rejeita o empirismo

6 realista e considera que as premissas do emprirismo

materialista são justas no essencial.

4.1.6.2. Língua Grupal (Gíria)

Existem tantos quantos grupos fechados. Há a gíria policial, a dos jovens, dos estudantes, dos militares, dos jornalistas, etc.

Exemplo:

O negocio agora é comunicação, e comunicação o cara aprende com material vivo, deslocando um papo legal. Morou?

OBERVAÇÃO

Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de calão. 4.2. Língua Escrita

4.2.1. Língua Não-Literária

A língua não-literária apresenta as mesmas características das variantes da língua falada tais como

língua-padrão, coloquial, inculta ou vulgar, regional, grupal, incluindo a gíria e a técnica e tem as mesmas

finalidades e registros, conforme exemplificaremos abaixo:

4.2.1.1. Língua-Padrão

A língua-padrão é aquela que obedece a todos os parâmetros gramaticais.

Exemplo:

―O problema que constitui o objeto da presente obra põe-se, com evidente principalidade, diante de quem quer que enfrente o estudo filosofico ou o estudo só científico do conhecimento. Porém não é mais do que um breve capítulo de gnosiologia

7.‖

(Pontes de Miranda)

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4.2.1.2. Língua Coloquial

Exemplo: - Me faz um favor. Vai ao banco pra mim.

4.2.1.3. Língua Vulgar ou Inculta Exemplo:

(TRECHO DE UMA LISTA DE COMPRAS) - assucar (= açúcar) - basora (= vassoura) - qejo (= queijo) - xalxixa (= salsicha)

4.2.1.4. Língua Regional

Exemplo: Deu-lhe com a boladeira

8 nos cascos, e o índio correu mais que cusco

9 em procissão.

4.2.1.5. Língua Grupal

Os exemplos dados no item 4.1.6. servem para ilustrar tanto a língua grupal gíria como a técnica.

OBSERVAÇÃO Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não ser que o estilo permita, ou seja, se

estamos dissertando – e, nesse tipo de redação, usa-se geralmente, a língua-padrão – não podemos passar

desse nível para outro, como a gíria, por exemplo.

4.2.2. Língua Literária

A língua literária é o instrumento utilizado pelos escritores. Principalmente, a partir do modernismo,

eles cometeram certas infrações gramaticais, que, de modo algum, se confundem com os erros observados

nos leigos. Enquanto nestes as incorreções acontecem por ignorância da norma, naqueles as mesmas ocorrem

por imposição da estilística.

Exemplo: ―Macunaima ficou muito contrariado. Maginou, maginou e disse prá velha...‖

(Mário de Andrade)

Vamos praticar um pouco agora? Faça os exercícios abaixo e veja o quanto você conseguiu apreender dessa unidade!

1) Leio o texto:

No estádio de futebol, a comunicação aparece nos gritos da torcida, nas cores das bandeiras, nos

números das camisetas dos jogadores, nos gestos, apitadas e cartões do juiz e dos bandeirinhas, no placar

eletrônico, nos alto-falantes e radinhos de pilha, nas conversas e insultos dos torcedores, em seus gritos de

estímulo, no trabalho dos repórteres, radialistas, fotógrafos e operadores de TV. O próprio jogo é um ato de

comunicação. Dias antes já tinha provocado dúzias de mensagens e durante dias a fio ele continuará sendo

objeto de comunicação nos botequins, nos escritórios, nas fábricas, nos rádios e jornais.

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A) Classifique em verbal ou não-verbal os aspectos relacionados ao texto: a) gritos da torcida ______________________. b)cores das bandeiras ______________________. c) número das camisetas ______________________. d) gestos, apitadas e cartões do juiz e dos bandeirinhas ______________________. e) conversas de torcedores ______________________.

B) A comunicação não existe como algo separado da vida em sociedade: não poderia existir comunicação

sem sociedade, nem sociedade sem comunicação. Quais os ambientes sociais em que ocorrem os atos de comunicação descritos no texto lido? R.:_____________________________________________________________________________.

2) Relacione as duas colunas:

a) Fenômeno universal ( ) Língua

b) fenômeno limitado a grupos culturais ( ) Linguagem

c) fenômeno individual ( ) Fala

3) As orações abaixo encontram-se redigidas desobedecendo a norma culta, reescreva-as obedecendo as regras do uso padrão. a) Eu não vi ela hoje. ______________________________________________________________.

b) Ninguém deixou ele falar. ________________________________________________________.

c) Deixe eu ver isso! _______________________________________________________________.

d) Eu te amo, sim, mas não abuse! ___________________________________________________.

e) Não assisti o filme nem vou assisti-lo. _______________________________________________.

f) Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo. _________________________________________________.

4) Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira: (1) Estou preocupado. ( ) gíria, limite da língua popular

(2) Tô preocupado. ( ) língua popular

(3) Tô grilado. ( ) norma culta

5) Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso as afirmativas abaixo. a) ( ) A língua-padrão é aquela que desobedece a todos os parâmetros gramaticais. b) ( ) Língua coloquial é a língua espontânea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante,porém preocupa-se com as formas linguísticas. c) ( ) A língua grupal técnica desloca-se para a escrita. Ex. A língua da Medicina. d) ( ) A comunicação não é regida por normas fixas e mutáveis. e) ( ) Língua vulgar é própria das pessoas sem instrução. f) ( ) Todo ser humano possui, ao nascer, uma predisposição que faculta a aquisição da mesma (característica inata). g) ( ) Língua Regional, como o nome já indica, está circunscrita a regiões geográficas. h) ( ) A língua culta, é a representação do cotidiano. i) ( ) A língua literária é o instrumento utilizado pelos escritores.

6) Leia o texto abaixo, escrito inteiramente em língua regional cearense, e tente converte-lo para a norma culta.

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Chico, cabra errado e bonequeiro, já melado depois de traçar um burrinho e duas meiotas , vinha penso,

cambaleando, arrodiando o pé de pau , quando deu um trupicão que arrancou o chaboque do dedo.

- Diabeísso!

- Vai, cú de cana! -mangou a mundiça que estava perto.

- Aí dento! -disse Chico

Chico estava ariado desde ontonti, quando o gato-réi que ele acunhava lá na baxa da égua, bateu fofo com

ele pra ir engabelar um galalau estribado da Aldeota.

É o que dá pelejar com canelau, catiroba, fulerage, - pensava ele- ganhei um chapéu de touro, mas não

tem Zé não, aquela marmota tá mesmo só o buraco e a catinga. Dá é gastura.

Chegando em casa, se empriquitou de vez e rebolou no mato todas as catrevage da letreca: uma alpercata,

um gigolete amarelo queimado e uns pé de planta que ela tinha trazido enquanto iam se amancebar.

Depois se empanzinou de sarrabui e panela da e foi dormir pensando nas comédias.

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UNIDADE 3 – PONTUAÇÃO

Abordaremos, nesse capítulo, o conteúdo mais importante para que possamos escrever nossos textos com

uma boa pontuação! Vamos lá?

Ponto-final (.) - usado no final de frases declarativas, de orações ou de períodos. Marca pausas longas.

Exs.: Anita viajou para Santos. Levou consigo todas as suas jóias.

Vírgula (,) - usado para marcar pausas de breve duração entre os termos de oração e entre orações de um

mesmo período. Nos casos mais comuns usamos a vírgula para separar:

a) vocativo - Ex.: — Como vai, Ricardo?

b) aposto - Ex.: Moisés, o caçula, sai cedo de casa.

c) adjuntos adverbiais - Exs.: Em meados de março, meu tio voltou de Itu.

A neve cai sobre a cidade, impiedosamente.

d) termos de enumeração - Ex.: Comprei bananas, maçãs, pêras e abacaxis.

e) nomes de lugar nas datas e endereços -

Exs.: Embu, 24 de maio de 1996.

Rua Santa Luzia, 26.

f) orações - Exs.: Não quero viajar, mas vou mesmo assim.

Deus, que é pai de todos, só quer nossa felicidade.

g) palavras ou expressões explicativas ou conclusivas -

Exs.: Assim, estando tudo combinado, assinamos o contrato.

Milton concordou comigo, ou seja, fez tudo que eu pedi.

OBS.: usa-se também a vírgula para marcar a elipse, ou seja, a

omissão de um termo da oração. Ex.: Em São Paulo mora meu pai; em

Santos, minha mãe.

CUIDADO: não se deve usar a vírgula entre:

a) o sujeito e o predicado - Ex.: Os operários trabalham o dia todo.

b) o verbo e seus complementos - Ex.: Eu tenho novidades para você.

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c) o nome e o seu complemento - Ex.: O meu amor à pátria é maior que tudo.

d) a oração principal e a oração subordinada substantiva

Ex.: Não acho que você se parece com seu pai.

Ponto-e-vírgula (;) - usado para marcar pausa maior que a da vírgula e menor que

a do ponto-final.Aparece mais para separar:

a) orações de períodos compostos muito longos -

Ex.: Se o homem peca nos maus passos, paguem os pés;se peca nas más

obras, paguem as mãos; se peca nas más palavras, pague a língua...

b) separar itens que constituem uma lei, um decreto, uma portaria, um relatório, um

regulamento, uma instrução normativa - Ex.:

"O vocabulário conterá:

- o formulário ortográfico;

- o vocabulário comum;

- o registro de abreviaturas."

Dois-pontos (:) - pausa maior que a da vírgula e serve para:

a) Introduzir a fala do interlocutor (neste caso, usa-se também o travessão).

Ex.: Maria disse:

—Vou embora, José.

b) Introduzir uma citação. Ex.: Como diria meu pai :"Seja honesto e tudo sairá sempre bem.".

c) Introduzir uma enumeração explicativa.

Ex: Para a viagem não podemos esquecer de levar: blusas, repelentes, lanternas, colchonetes e escovas de dentes.

Ponto-de-interrogação (?) - usado nas frases interrogativas, indicando uma mudança na entonação. Ex.:

Você voltará ainda hoje?

Ponto-de-exclamação (!) - usado nas frases exclamativas.

Exs.: Ué! Você não volta hoje?

Todos para o chão! É um assalto!

Reticências (...) - indicam interrupção da fala. Empregam-se para:

a) Indicar que o sentido vai além do que já foi expresso.

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Ex.: Se você não voltar já aqui...

b) Indicar uma dúvida ou hesitação.

Ex.: Ou ele está preso ou está morto...

c) Indicar que algumas partes de uma citação foram suprimidas. Nesse caso aparecem entre parênteses.

Ex.: "Maria Rita voltou à sala. Seu padrinho a esperava perto da porta. Sua mãe hesitou em entregá-la de imediato

(...) e quando todos se despediram, ela foi a única que conteve o choro."

EXERCÍCIOS

Reescreva as orações, pontuando adequadamente e fazendo pequenas modificações, quando necessário:

a) Maria Rita menina pobre do interior chegou a São Paulo assustada

b) O encanador sorriu e disse se a senhora quiser eu posso trocar também a torneira dona

c) Quando tudo vai mal nós devemos parar e pensar onde é que estamos errando desta maneira podemos começar

a melhorar isto é a progredir.

d) Socorro alguém me ajude

e) Ao voltar para casa encontrei um ambiente assustador móveis revirados roupas jogadas pelo chão lâmpadas

quebradas e torneiras abertas

f) De MPB eu gosto mas de música sertaneja

g) Não critique seu filho homem de Deus dê o apoio que ele necessita e tudo terminará bem se você não apoiá-lo

quem irá fazê-lo

h) Os nossos sonhos não são inatingíveis a nossa vontade deve torná-los realidade

i) O computador que é uma invenção deste século torna a nossa vida cada dia mais fácil

j) Eu venderei todas as minhas terras mesmo que antes disso a lavoura se recupere

l) Naquele instante quando ninguém mais esperava de longe avistamos uma figura estranha que se aproximava

quando chegou bem perto ele perguntou o que fazem aqui neste fim-de-mundo e nós respondemos graças a Deus

o senhor apareceu estamos perdidos nesta mata há dias

m) Quando lhe disserem para desistir persista quando conseguir a vitória divida com seus amigos a sua alegria

n) Quanta burocracia levei dois meses para tirar um documento de identidade

o) Você tem duas opções desiste da carreira ou do casamento

p) O presidente pode se tiver interesse colocar na cadeia os corruptos ou seja aqueles que só fazem mal ao país

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01. Aponte a alternativa pontuada corretamente:

a) Com a graça de Deus vou indo mestre José Amaro!

b) Com a graça de Deus, vou indo mestre José Amaro!

c) Com a graça, de Deus, vou indo mestre José Amaro! d) Com a graça de Deus, vou indo, mestre José Amaro!

02. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:

a) Os meninos, inquietos, esperavam o resultado pedido.

b) Inquietos, os meninos esperavam o resultado pedido.

c) Os meninos esperavam, inquietos, o resultado pedido.

d) Os meninos, esperavam, inquietos, o resultado pedido.

03. Assinale o texto de pontuação correta.

a) Eu, ainda que creia no bem, não sou daqueles que negam o mal.

b) Eu, ainda que creia no bem, não sou daqueles, que negam o mal.

c) Eu, ainda que creia no bem, não sou daqueles, que negam o mal. d) Eu, ainda que creia, no bem, não sou daqueles que negam o mal.

04. Atribui-se o emprego de dois pontos em ―Um poeta é sempre irmão do vento e da água: deixa seu ritmo

por onde passa.‖ (Discurso, Cecília Meireles), com a intenção de anunciar:

a) Uma citação.

b) Uma explicação.

c) Um vocativo.

d) Uma separação, em um período, de orações com a mesma natureza. 05. Aponte a alternativa pontuada corretamente:

a) Como explicar que as estruturas lógicas se tornem necessárias? b) Como explicar, que as estruturas lógicas se tornem necessárias?

c) Como, explicar que as estruturas lógicas se tornem necessárias?

d) Como explicar que as estruturas lógicas, se tornem necessárias?

06. Use V para verdadeiro ou F para falso:

1. ( ) Possuía lavouras, de trigo, linho, arroz e soja.

2. ( ) Bem-vindo sejas aos campos dos tabajaras, senhores da aldeia.

3. ( ) O aluno enlouquecido queria decorar todas as regras.

4. ( ) Ganhamos pouco; devemos portanto economizar.

5. ( ) Amanhã de manhã o Presidente viajará para a Bósnia.

6. ( ) A moça sorriu, piscou os olhos e entrou, mas não gostou do que viu.

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7. ( ) A noite não acabava, e a insônia a encompridou ainda mais.

8. ( ) Embora estivesse agitado resolveu calmamente o problema.

9. ( ) A riqueza é flor belíssima causa luto e tristeza.

07. Quando se trata de trabalho científico____duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a atribuição

teórica que o trabalho oferece... a outra é o valor prático que possa ter.

a) Dois pontos – ponto e vírgula - ponto e vírgula.

b) Vírgula – dois pontos - ponto e vírgula.

c) Dois pontos – vírgula - ponto e vírgula.

d) Ponto e vírgula – vírgula – vírgula.

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UNIDADE 4 – PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

1. DERIVAÇÃO: É o processo pelo qual se forma uma palavra a partir de outra já existente na língua. Nele há

uma combinação entre uma base e um afixo.

Observe:

Amor → palavra primitiva.

Desamor / amoroso → palavras derivadas.

1.1. DERIVAÇÃO PREFIXAL OU PREFIXAÇÃO: Ocorre pelo acréscimo de um prefixo a uma radical, a

uma palavra primitiva ou a uma palavra já derivada.

Ex: desamor – reverter – prever – infeliz.

1.2. DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO: Ocorre pelo acréscimo de um sufixo a um radical, a uma

palavra primitiva ou a uma palavra já derivada.

Ex: leiteiro – amoroso – amorosamente.

1.3. DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE: A parassíntese depende da junção simultânea

de um prefixo e de um sufixo a um radical para formar uma nova palavra. Na parassíntese ao retirarmos o

prefixo ou o sufixo a palavra perde o sentido.

Ex: Avermelhar = a + vermelh + ar Engavetar = en + gavet + ar

Requentar = re + quent + ar

Abobado = a + bob + ado

Descamisado= des + camis + ado

1.4. DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL: Ocorre quando a junção do prefixo e do sufixo não se dá

simultaneamente para formar uma nova palavra.

Ex: desgraçado: aqui não ocorre parassíntese e sim DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL, já que a

palavra desgraça já existia na língua antes do acréscimo do sufixo ado.

1.5. DERIVAÇÃO REGRESSIVA: Ocorre pela redução de elementos já existentes na palavra primitiva.

Ex: buscar → busca pescar → pesca

resgatar → resgate destacar → destaque

chorar → choro agitar → agito

1.6. DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: Consiste na mudança de classe gramatical da palavra, sem alteração da

forma primitiva.

Ex: - fazia tudo para aumentar o seu saber. (verbo empregado como substantivo)

- ouvia seus ais a todo momento. (interjeição empregada como substantivo) - ele era muito lido. (verbo empregado como adjetivo)

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2. COMPOSIÇÃO: Consiste na formação de vocábulos mediante a reunião de dois ou mais radicais em um

só todo, com significação própria.

Ex: pontapé → ponta + pé

girassol → gira + sol

Planalto → plano + alto

2.1. COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO: Quando os radicais se reúnem sem nenhuma modificação,

conservando cada uma a sua independência.

Ex: navio-escola pontapé público-alvo

2.2. COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO: Neste processo de formação os radicais se modificam e se

fundem de tal maneira que a composição fica aparentemente irreconhecível. Um dos elementos perde sua

autonomia.

Ex: fidalgo → filho + de + algo

aguardente → água + ardente

vinagre → vinho + acre

3. ONOMATOPEIA: É um processo de formação de palavras por imitação de certas vozes ou ruídos.

Ex: fonfom, pingue-pongue, plaft, tique-taque, toque-toque, cricri etc.

4. SIGLA: Resulta da utilização da letra ou da sílaba inicial de cada um dos componentes da expressão.

Ex: IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião.

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.

CUT – Central Única dos Trabalhadores.

EXERCÍCIOS

1. (PUC – SP) Nas palavras incomunicável e perturbável temos, respectivamente, um caso de:

a) Prefixação e sufixação / sufixação.

b) Parassíntese / sufixação.

c) Justaposição / aglutinação.

d) Aglutinação / prefixação.

2. Identifique o processo de formação das palavras abaixo:

a) Desorientado –

b) Reforma –

c) O cantar –

d) A queima –

e) Embora –

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f) Zunzum –

g) USP –

h) O toque –

i) Ilegal –

j) Infelizmente –

k) Completamente –

l) Esfarelar –

m) Arranjo –

3. (Mack – SP) As palavras televisão, queima, petróleo e areia são, repectivamente:

a) Composta – derivada – composta – primitiva.

b) Composta – primitiva – composta – composta.

c) Derivada – derivada – derivada – derivada.

d) Derivada – primitiva – derivada – primitiva.

4. (UFSC) Considere o quadro seguinte:

I – Derivação por prefixação.

II – Derivação por sufixação.

II – Composição por justaposição. IV – Derivação imprópria.

V – Parassíntese.

Assinale a opção que indica corretamente o processo de formação das palavras cinzento, irregular,

cartões-postais, acertar e o alto.

a) I, II, III, IV, V.

b) II, I, III, V, IV.

c) III, I, II, V, IV.

d) II, V, IV, III, I.

5. Chapechape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam

dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Fabiano sempre havia obedecido...

(Graciliano Ramos)

Identifique a palavra que foge o processo de formação de chapechape: a) Zunzum

b) Reco-reco

c) Tim – tim

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d) Vivido

e) Toque-toque

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UNIDADE 5 – SINTAXE

Os elementos estudados na sintaxe são divididos em três partes principais:

Termos essenciais da oração:

o sujeito

o predicado

Termos integrantes da oração:

o complemento nominal

o complementos verbais:

objeto direto

objeto indireto

Termos acessórios da oração:

o adjunto adnominal

o adjunto adverbial

Analisemos cada um deles, separadamente, e poderemos entender a sua importância na construção da

oração.

TERMOS ESSENCIAIS

SUJEITO

o concorda com o verbo;

o constitui seu assunto central;

o apresenta como núcleo um substantivo, um pronome ou uma palavra substantivada.

TIPOS DE SUJEITO

simples => Apresenta um único núcleo.

o Meu avô brigou com os outros fazendeiros.

composto => Apresenta mais de um núcleo.

o Os quadros, os livros e os móveis antigos não serão vendidos.

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oculto (desinencial ou implícito) => Encontra-se implícito na forma verbal ou no contexto.

o Sinto muito a falta de meus livros.

o Os agricultores participaram da reunião. Decidiram comprar novos equipamentos.

indeterminado => Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o predicado da

oração se refere. Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum termo identificado anteriormente:

o Procuraram você ontem à noite.

o Estão pedindo sua presença lá fora.

verbo acompanhado do pronome SE. Atuando como índice de indeterminação do sujeito:

o Vive-se melhor fora das cidades grandes.

o Precisa-se de novos vendedores.

oração sem sujeito (inexistente) => Formada apenas por predicados, nos quais aparecem verbos

impessoais. Ocorre com:

verbos que exprimem fenômenos da natureza:

o Choveu pouco no último mês de março.

o Anoiteceu rapidamente.

os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam tempo ou fenômeno natural.

o Está cedo.

o Faz muito frio na Europa.

o Há meses não vejo sua prima.

o São duas horas da tarde.

verbo haver, expressando existência ou acontecimento.

o Há boas razões para suspeitarmos dele.

o Houve vários bate-bocas durante a assembléia.

PREDICADO

o apresenta um verbo;

o está em concordância com o sujeito;

o contém uma afirmação a respeito do sujeito.

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o Soou na escuridão uma pancada seca.

o Todas as noites, depois do jantar, eu e minha família assistimos à televisão.

A predicação é o tipo de relação que o verbo mantém com o sujeito da oração. De acordo com essa

relação, há dois grupos: verbos de ligação ( ou de estado) e verbos de ação (significativos ou nocionais).

VERBOS DE LIGAÇÃO (OU DE ESTADO)

Não expressam ações do sujeito;

Ligam o sujeito a seu atributo, estado ou característica;

o Eu sou o poeta solitário.

o Minha namorada está atrasada.

o Pedro parecia feliz em sua nova casa.

o Todos permaneceram calados.

o A novela continua enfadonha.

o O rapaz tornou-se um grande político.

o Joana anda preocupada com as dívidas.

o Nós ficamos alegres por sua nomeação.

o Nós viramos fãs do novo candidato

VERBOS SIGNIFICATIVOS (OU DE AÇÃO)

Indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental.

Apresentam transitividade ou não.

A transitividade verbal é a necessidade que alguns verbos apresentam de ter outras palavras como

complemento. A esses verbos que exigem complemento chamamos de transitivos e aos que não exigem complemento chamamos de intransitivos.

VERBOS INTRANSITIVOS

São verbos intransitivos os que não necessitam de complementação, pois já possuem sentido

completo. Observe estas frases, retiradas de manchetes de jornais:

o Rei Hussein, da Jordânia, morre aos 63.

o 24 mil casam-se ao mesmo tempo.

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o Nascem trigêmeos na virada do ano.

Perceba que esses verbos não necessitam de qualquer elemento para complementar seu sentido, pois

quem morre, morre, quem se casa, casa-se, quem nasce, nasce.

VERBOS TRANSITIVOS

São verbos que necessitam de complementação, pois têm sentido incompleto. Observe as orações:

o O Flamengo venceu o Vasco.

o Cliente reclama de promoção da BCP.

o Medida em estudo promete alívio para os Estados.

Perceba que os três verbos utilizados nos exemplos necessitam de complementação, pois quem

vence, vence alguém, quem reclama, reclama de algo e quem promete, promete algo a alguém.

TRANSITIVO DIRETO

Exige complemento sem preposição obrigatória. O complemento é denominado objeto direto.

o Presidente receberá governadores.

o Prefeitura compra novos computadores.

TRANSITIVO INDIRETO

Exige complemento com preposição obrigatória. O complemento é denominado objeto indireto.

o Eleitor não obedece à convocação do TRE.

o População ainda acredita nos políticos.

TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO

Possuem dois complementos; o objeto direto e o objeto indireto.

o Governador perdoa a Deputado traição do passado.

o Empresário doa rendimentos do mês à UNICEF.

TERMOS INTEGRANTES

OBJETO DIRETO

É o complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, o complemento que normalmente vem

ligado ao verbo sem preposição e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal.

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Pode ser representado por:

a) substantivo:

Passageiros e motoristas atiram moedas.

b) pronome (substantivo): Os jornais nada publicaram.

c) numeral:

A moça da repartição ganha 450 reais.

d) palavra substantivada:

Tem um quê de inexplicável.

e) oração:

Meu pai dizia que os amigos são para as ocasiões.

OBJETO INDIRETO

É o complemento de um verbo transitivo indireto, isto é, o complemento que se liga ao verbo

por meio de preposição.

Pode ser representado por:

a) substantivo:

Falamos de vários assuntos inconfessáveis.

b) pronome (substantivo):

Também dialogava com elas.

c) numeral:

É preciso optar por um.

d) oração: Esquecia-se de que não havia piano em casa.

TERMOS ACESSÓRIOS

Adjuntos Adnominais

o É o termo da oração que modifica um substantivo, qualquer que seja sua função

sintática, qualificando-o, especificando-o, determinando-o ou indeterminando-o.

Adjetivo

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o As casas antigas eram mais trabalhadas.

o As rosas vermelhas murcharam.

Artigo

o As estrelas iluminavam a noite.

o Os motoristas estavam descontrolados.

Numeral

o Três árvores caíram.

o Dois carros chocaram-se violentamente.

Pronome adjetivo

o Aqueles computadores estão quebrados.

o Essas garotas estão impossíveis hoje.

Locução adjetiva

o O suco de laranja estava gostoso.

o O período de férias foi proveitoso.

OUTROS EXEMPLOS

o No desfile, duas garotas vestiam calças e camisetas brancas.

o Pode levar também este jornal; meu filho caçula já leu o caderno de esportes.

o O espetáculo de dança foi suspenso até segunda ordem.

o O espetáculo coreográfico foi suspenso até segunda ordem.

Adjuntos Adverbiais

o É a função sintática da palavra ou expressão que serve para modificar ou intensificar o

sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial atribuindo-lhes uma

circunstância. Podem ser classificados como:

01) Adjunto Adverbial de Tempo:

O avião chegará à tarde.

De vez em quando, vou ao teatro

02) Adjunto Adverbial de Lugar:

O namorado olhava a namorada a distância.

Viveremos aqui para sempre.

03) Adjunto Adverbial de Modo:

A s crianças falavam com medo.

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Caminhei à toa pela cidade.

04) Adjunto Adverbial de Negação:

Não terás mais a minha confiança.

De modo algum, farei o que você quer.

05) Adjunto Adverbial de Afirmação:

Denise é uma excelente amiga, efetivamente.

Sem dúvida alguma, faremos prova amanhã.

06) Adjunto Adverbial de Dúvida:

Quem sabe, faremos uma boa

Talvez encontremos a solução.

07) Adjunto Adverbial de Intensidade:

Ela estava chorando à beça.

Não sabíamos quão longe era a casa.

08) Adjunto Adverbial de Meio:

Ela viajou de avião.

Prefiro ir de automóvel.

09) Adjunto Adverbial de Causa:

O homem trabalha por necessidade.

O filho partiu por conselho da mãe.

10) Adjunto Adverbial de Companhia:

Iremos à cidade com o professor.

Voltarei a praça contigo.

11) Adjunto Adverbial de Finalidade:

Estudemos para vida.

Vestiam-se para o casamento

12) Adjunto Adverbial de Oposição:

O Flamengo jogará contra o Fluminense.

13) Adjunto Adverbial de Assunto:

Conversamos sobre a fome.

Discutiremos acerca de seu problema.

14) Adjunto Adverbial de Preço:

Comprei esta camisa por dez reais.

15) Adjunto Adverbial de Matéria:

Fiz de ouro, as alianças.

16) Adjunto Adverbial de Concessão:

Apesar de você, amanhã há de ser outro dia. (Chico Buarque).

17) Adjunto Adverbial de Condição:

Sem disciplina, não há educação.

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EXERCÍCIOS

A- Circule os verbos e identifique os complementos verbais, classificando-os.

1. Comprei um caderno novo.

2. O escoteiro armou sua barraca na clareira.

3. Benedita trocou a água das flores.

4. Espanaste os móveis do quarto?

5. Rita festejou seu aniversário ontem.

6. Rasgamos alguns papéis velhos.

7. Quebrei o cinzeiro de louça.

8. Encontrei meu relógio de ouro.

9. Derrubamos tinta na toalha da mesa.

10. Perdemos um grande companheiro.

11. Papai fotografou nossa casa.

12. Antônia ganhou uma bicicleta.

13. Arrumei os livros na estante.

14. O trabalhador vestiu sua roupa domingueira.

15. Encapaste teus cadernos?

B. Sublinhe o verbo transitivo com um traço e o objeto direto, com dois.

1. Comprei uma linda boneca.

2. Os elevadores das grandes casas comerciais transportam muitas pessoas de uma vez.

3. Resolvi o complicado problema de matemática.

4. Santos Dumont inventou a aviação.

5. Eles venceram brilhantemente os demais participantes da prova.

6. Ganhamos lindos presentes no Natal.

7. Vovô escreveu um livro de memórias.

8. O repórter fornecia os mínimos detalhes do acontecimento.

9. Encapei meus cadernos com esmero.

10. Este livro contém belíssimas histórias.

11. Arranquei uma folha do meu caderno inutilmente.

12. Os homens dignos ganham dinheiro honestamente.

13. O rei contemplava seus enormes domínios.

14. Estudarei em casa os pontos de Geografia.

15. Não há sabedoria alguma nas linhas deste artigo

C- Faça um círculo em torno do objeto direto e um quadradinho em torno do objeto indireto.

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1. O poeta dedicou uns versos à sua mãe.

2. Pediu-lhe um favor.

3. Ofereceste ao público um espetáculo de valor.

4. Dei um lápis ao menino.

5. Escrevi uma carta à minha tia.

6. Proporcionaste uma agradável surpresa a teu avô.

7. Mandamos um aviso prévio ao chefe da estação.

8. Prestamos uma homenagem ao diretor da escola.

9. Marisa recomendou rosas à floricultura.

10. Damos muito agasalhos para as crianças pobres.

11. Meu padrinho enviou fotografias da França a minha tia.

12. Daremos ao rapaz o apoio necessário.

13. Desejo felicidades aos noivos.

14. Teresa ofertou um presente aos seus irmãos.

15. O historiador consagrou à Guerra dos Farrapos dois vastos capítulos.

D. Grife o verbo e o objeto indireto, se houver:

1. Agora daremos um avião aos alunos.

2. Acalmamos o negociante aflito.

3. Mandarei as revistas a Maria.

4. Felicitamos o bom aluno.

5. Compreendo você.

6. Protejamos as crianças.

7. Preparas uma surpresa para teus pais?

8. Escolhi um ótimo livro para você.

9. Amparou o paralítico com cuidado.

10. Ofereceu um lápis aos amigos.

11. Alegrava a casa neste momento.

12. Presentearemos devidamente.

13. Escreverei a Paulo na próxima semana.

14. Marta comprou-me o quadro.

15. Não preciso disto

E. Indique os adjuntos adnominais presentes nas orações a seguir.

1. Percorremos uma longa estrada de terra.

2. Poucos alunos vieram à nossa reunião.

3. O juiz expulsou três jogadores.

4. Aqueles alunos fizeram um ótimo trabalho.

5. Coloque mtodos os livros sobre essa mesa.

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6. A seleção ganhou uma taça de ouro.

7. O tempo chuvoso atrapalhou nosso festival de música.

8. Os atletas do Brasil disputaram essa competição olímpica.

F. Sublinhe e classifique os adjuntos adverbiais das seguintes orações:

1) Os alunos fizeram a tarefa com atenção.

2) Em dezembro Marcelo terminará a faculdade.

3) A criança foi internada por causa da febre alta.

4) As jóias foram encontradas no fundo de uma gaveta.

5) Anete caminhava tranquilamente com seu namorado.

6)O presidente encontrou-se com o Papa na Itália.

7) Atrás da oficina, a polícia encontrou vários carros desmontados.

8) Os pobres animais do circo tremiam de frio e de fome.

9) Os patins deslizavam com suavidade .

10) O juiz analisou, cuidadosamente, a situação do acusado.

11) Na próxima semana chegará uma preciosa encomenda

12) Aqui ninguém pode praticar tiro ao alvo.

13) Carlos encontrou seu irmão no centro da cidade, na tarde de ontem.

14) As garças foram vistas voando livremente sobre o rio Araguaia.

15) No inverno, muitos pássaros migram para o sul.