Apostila solda

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Regras Básicas de Segurança Para Trabalhos Com Corte e Solda Muitas são as preocupações dos integrantes do SESMT. Por toda parte há riscos e perigos e muitas vezes nos sentimos perdidos sem saber ao certo para que lado devemos ir primeiro. Obviamente não há um receita única aplicável a todos os casos e tipos de empresas. Vale mesmo o velho bom senso aliado ao conhecimento técnico. No que diz respeito ao conhecimento técnico, não é de hoje que ressentimos a falta de boas fontes de consulta; a literatura destinada a prevenção de acidentes é ainda muito restrita e dentre as poucas existentes a grande maioria ainda peca pelo conteúdo essencialmente teórico de difícil aplicação no dia a dia. No tocante ao bom senso a coisa torna-se ainda mais difícil. Importante mencionar nesta parte do texto que no nosso entendimento nos cursos de formação falta ainda algo voltado ao aprendizado das técnicas de negociação - ou seja - preparar o profissional para saber oferecer o produto segurança de uma maneira mais moderna e consistente. Tais ensinamentos também seriam muito úteis em cursos oferecidos a muitos dos profissionais já formados. Tenho especial preocupação com os colegas que chegam agora ao mercado de trabalho. Trazem em si muito boa vontade e uma carga imensa de conhecimentos teóricos - lamentavelmente ministrado 1

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Regras Básicas de Segurança Para Trabalhos Com Corte e Solda

Muitas são as preocupações dos integrantes do SESMT. Por toda parte há riscos e

perigos e muitas vezes nos sentimos perdidos sem saber ao certo para que lado devemos

ir primeiro. Obviamente não há um receita única aplicável a todos os casos e tipos de

empresas. Vale mesmo o velho bom senso aliado ao conhecimento técnico.

No que diz respeito ao conhecimento técnico, não é de hoje que ressentimos a falta de

boas fontes de consulta; a literatura destinada a prevenção de acidentes é ainda muito

restrita e dentre as poucas existentes a grande maioria ainda peca pelo conteúdo

essencialmente teórico de difícil aplicação no dia a dia.

No tocante ao bom senso a coisa torna-se ainda mais difícil. Importante mencionar nesta

parte do texto que no nosso entendimento nos cursos de formação falta ainda algo voltado

ao aprendizado das técnicas de negociação - ou seja - preparar o profissional para saber

oferecer o produto segurança de uma maneira mais moderna e consistente. Tais

ensinamentos também seriam muito úteis em cursos oferecidos a muitos dos profissionais

já formados.

Tenho especial preocupação com os colegas que chegam agora ao mercado de trabalho.

Trazem em si muito boa vontade e uma carga imensa de conhecimentos teóricos -

lamentavelmente ministrado algumas vezes pessoas que jamais atuaram no chão de

fábrica. Encontram realidades confusas e complexas. Tem sido comum hoje em dia

encontrar nos jornais anúncios classificados pedindo técnicos recém formados e por

detrás de muitos destes anúncios há uma realidade oculta: a intenção de contratar alguém

apenas para fazer frente as necessidades burocráticas sem atentar de forma mais firme

para a grave condição de insegurança do chão de fábrica. Precisando do empregado,

muitos destes colegas são maldosamente moldados pelas empresas e logo tornam-se

auxiliares de todos os assuntos, legando a prevenção a segundo ou terceiro plano.

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Esquecem no entanto, que a responsabilidade técnica continua sobre seus ombros e

muitas vezes apenas lembram disso quando já é tarde demais.

O QUE MATA

Tenho conversado muito com colegas recém formados; Acho de suma importância para a

prevenção de acidentes como um todo que tenhamos esta preocupação. Em comum

tenho ouvido destas pessoas uma pergunta: - Por onde começar ? A resposta tem sido

única: - Por aquilo que mata ! A resposta parece seca e obvia, mas na verdade não é..

Pode soar estranho dizer - comece pelo que mata ! Mas na prática é o caminho correto

num pais onde a prevenção de acidentes ainda é descrita em algumas empresas como

beneficio.

Neste ponto é importante lembrar algumas coisas. A primeira delas é que toda empresa

quer ter uma "imagem" de empresa segura - ate ai nada contra - desde que não fique

apenas na imagem. Com isso quero dizer, que algumas empresas tentam transformar o

profissional de segurança do trabalho num verdadeiro "Vendedor de Ilusões" . Querem

fazer crer que há segurança no local de trabalho apenas enchendo as paredes e quadros

de cartazes; realizando as tais "palestras" onde se tenta convencer o trabalhador de que

os acidentes ocorrem meramente por sua culpa quando na verdade o local de trabalho e

suas condições impróprias são as verdadeiras causas de acidentes. Logo em seguida,

impõe ao profissional técnico funções policialescas, transferindo a responsabilidade da

prevenção e os conflitos dos supervisores para os ombros do profissional de segurança.

Obviamente, o profissional de segurança que tal como todos demais, precisa do emprego,

acaba se sujeitando a tais situações - e não deve ser diferente já que se não o fizer outra

com certeza o fará. Deve no entanto, zelar para que não perca de vista os objetivos reais

de sue trabalho e saber de dentro destas adversidades ir aos poucos buscando seu

verdadeiro espaço com muita habilidade e tato. Na verdade, empresas que agem desta

forma são "doentes no tocante a prevenção" e precisam muito dos préstimos lúcidos de

profissionais prevencionistas

O que mata ? Na verdade tudo mata. Dizem os entendidos que a diferença entre o

remédio e o veneno é a dose. Pela prática aprendemos ao longo dos anos que todos os

trabalhos merecem ser checados. No entanto, corre contra nós o fator tempo. De nada

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adiantará um belo e amplo programa de análise de riscos se em meio a tudo isso tivermos

um acidente mais grave ou fatal. Com certeza raras são as empresas que teriam tal

entendimento - e diante de um fato mais grave - certamente pagaria pelo evento o próprio

profissional com seu emprego. Cabe então lançarmos mão do conhecido, ou seja pautar

nossos trabalhos iniciais pela experiência geral, pela estatística ou outras fontes que

tivermos disponíveis. Em tais fontes fica claro que o que mais mata são as quedas de

altura, os choques elétricos e as explosões e incêndios. No que diz respeito as quedas, a

própria legislação fornece dados que permitem com um pouco mais de atenção o

desenvolvimento de ações capazes de controlar o risco; Estamos diante na verdade da lei

da gravidade; No caso da eletricidade, há também boas fontes para consulta e o

atendimento a NR especifica diminui bastante a possibilidade de acidentes. Já no caso

das explosões e incêndios a questão é mais complicada visto que a possibilidade da

ocorrência abrange uma variedade imensa de atividades e ações, que vão desde a

simples limpeza de um piso com produtos inflamáveis até o processo industrial mais

complexo. Em meio a isso, estão os trabalhos de corte e solda, sem dúvida alguma

responsáveis por muitas tragédias ao longo da história, mas que infelizmente até hoje são

realizados sem cuidados de segurança.

Sobre este tipo de trabalho, estaremos falando a seguir. Na verdade não temos como

esgotar o assunto, mas com certeza estaremos fornecendo alguns caminhos para que se

faça um bom trabalho.

CHAMAS ABERTAS E FAGULHAS

O que nas indústrias químicas - por serem conhecedoras dos riscos - é uma constante

preocupação - na maioria dos locais de trabalho geralmente é tratado sem maiores

cuidados. Na história das explosões - chamas abertas e fagulhas - são uma constante.

Neste ponto a questão da ignorância assume uma importância fundamental; Ninguém

quer uma explosão, mas raramente as pessoas associam que um simples fagulha pode

ser causa de um acidente tão grave

É essencial que toda empresa tenha claramente definido e divulgado um procedimento a

ser aplicado nos serviços de solda, corte, lixamento e outros trabalhos com chamas

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abertas ou que produzam fagulhas. Engano comum ocorre em algumas empresas, onde

tais atividades não existem em seu processo produtivo, mas que ocorrem eventualmente

em trabalhos de manutenção. O mesmo engano ocorre em empresas cuja atividade não

exige a existência de uma equipe própria de manutenção, mas como em qualquer prédio

ou instalação vez por outra ocorrem reparos e reformas feitos por terceiros. Portanto, o

procedimento deve existir já que em algum momento , seja por empregado, seja por

terceiro algum trabalho desta natureza vai ser realizado.

Vale citar aqui um caso conhecido de um Banco. Durante anos os empregados da faxina -

de uma empresa terceirizada - adotaram por conta própria e para ganhar tempo na

limpeza o uso de produtos inflamáveis. Isso causava incômodos e até mesmo chegou a

gerar reclamações de alguns empregados do Banco. Certo dia uma outra empresa veio

fazer a troca das ferragens das janelas dos banheiros e durante o trabalho necessitou

fazer uso de solda. Ocorreu uma explosão. Não são tão incomuns quanto parecem casos

de acidentes em estabelecimentos comerciais e mesmo residências pelo uso destes

mesmo produtos e logo em seguida o uso de enceradeiras. Como se pode ver, por toda

parte há riscos deste tipo.

O acidente do Banco poderia ter sido evitado tanto se os empregados da limpeza tivessem

instruções adequadas quanto aos produtos - e fosse feita a supervisão dos trabalhos,

como em especial se os contratados para realizar a solda fossem habilitados para operar

este tipo de equipamento. Este deve ser o primeiro ponto de um procedimento para

trabalhos com corte, soldas e similares - HABILITAÇÃO DOS EMPREGADOS. Tanto na

realização dos trabalhos internamente, como na contratação de serviços devemos EXIGIR

que tais profissionais possuam certificado de participação em curso especifico. Além

disso, devemos ter o mesmo procedimento com relação a exigência de treinamentos para

prevenção de acidentes, primeiros socorros e Prevenção e combate a incêndios. Agindo

desta forma, com certeza estaremos minimizando muito os riscos de acidentes. Caso em

sua empresa existam muitas pessoas treinadas para este finalidade, recomenda-se a

criação de um banco de dados para controle das mesmas e até mesmo a emissão de uma

identificação especifica para tais empregados. Uma questão importante é definir um

critério de tempo para validade deste comprovantes de habilitação, já que pode ocorrer de

profissionais com treinamentos feitos há muito tempo não conhecerem tecnologias e

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processos mais modernos. Recomenda-se que a validade não seja superior a dois anos,

mesmo tempo que devemos tomar como referência para programarmos reciclagens para

os empregados da própria empresa.

Um outro ponto importante é a questão dos EPI utilizados pelos soldadores - assunto

amplamente tratado pela literatura especifica - mas que raramente mencionam que estes

devem estar isentos de óleo, graxa e líquidos inflamáveis. Por mais obvio que pareça, na

prática isso raramente é checado

SISTEMA DE CONTROLE

As OS (Ordens de Serviço) são muito comuns nas grandes empresas, onde recebem

inclusive outros nomes conforme a organização local. Através delas busca-se garantir que

todos os trabalhos que impliquem em maiores riscos sejam controlados e em alguns casos

submetidos previamente a analise do SESMT. Cabe aqui ressaltar que trata-se de uma

verdadeira faca de dois gumes, visto que o profissional deve ter convicção de que seu

conhecimento técnico irá mesmo contribuir para a realização do trabalho mais seguro,

caso contrário, passará a ser mais um documento desfavorável no caso de um acidente.

Prevenção de acidentes deve ser algo que contribua para o bom andamento das coisas,

jamais deve ser um empecilho burocrático. O entendimento real passa pela utilidade que

temos de garantir a continuidade do processo e atividades da empresa e não ficar gerando

proibições absurdas. Com isso quero dizer que na definição de um sistema de OS

devemos deixar claro quais as áreas estão submetidas a este processo. Obviamente

existem áreas regulares a esta finalidade, tais como cabines, bancadas ou áreas

designadas onde a presença de chamas abertas é normal, comum e segura, o mesmo

ocorrendo em locais onde a solda é o processo em si. Entende-se, que tais locais esteja

dotados de sistemas de exaustão e outros meios preventivos, como no caso das soldas a

arco elétrico - os biombos - para impedir a propagação de radiações.

For a estas situações acima mencionadas, geralmente os demais trabalhos devem ser

submetidos a autorização prévia. Atenção mais do que especial deve ser dada com

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trabalhos desta natureza forem ser realizados em espaços confinados, onde os riscos

tornam-se potencialmente muito mais graves.

O procedimento para autorização do serviços deve ser claro, escrito em linguagem

compreensível pelos executantes. No caso de locais onde os riscos sejam constantes e

significativos , o procedimento deve deixar claro logo em seu inicio que sempre que

possível outros meios são preferidos nos casos onde o emprego de aparelhos de solda e

lixamento possam ser substituídos. Importante também mencionar que sempre que

possível os materiais ou peças a serem soldados ou lixados deverão ser removidos para

locais mais apropriados.

Deve estar claro também neste procedimento, a necessidade de haver nas proximidades

equipamentos para combate a incêndio - compatíveis a classe da operação, bem como as

seguintes verificações:

a) No caso de piso de madeira deve ser providenciado o umedecimento do mesmo ou

cobertura com areia. Cuidados especiais com divisórias de madeira

b) Verificar a existência de encanamentos abertos, galerias de água e esgoto e outras

aberturas que possam conter líquidos ou vapores inflamáveis

c) Checar aberturas no piso e/ou frestas que possam possibilitar a passagem de fagulhas

para pisos inferiores.

d) Verificar a utilização/realização nas proximidades de atividades com uso de tintas ou

outros produtos inflamáveis, bem como e principalmente a existência de resíduos de

líquidos inflamáveis ou outros materiais combustíveis.

e) Checar mobiliário e instalações que possam ser atingidas pelas chamas ou calor.

f) Em todos os casos, materiais inflamáveis devem ser retirados, quando não possível

devem ser cobertos por mantas apropriadas. Como afastamento mínimo sugere-se a

distância de 12 metros.

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Nos casos mais complexos, deve se prever também a necessidade de acompanhamento,

seja por bombeiro industrial - no caso onde estes existam - ou mesmo pelo Brigadista de

Incêndio. Tal presença pode ser decisiva para a contenção do fogo na sua fase inicial

evitando um incêndio.

Devem ficar claros também que algumas situações, devido ao potencial de riscos, deverão

ser tratadas como especiais. Isso vai depender muito da natureza da atividade

desenvolvida, mas em comum: dutos de exaustão de cabines onde são utilizados

materiais inflamáveis, tanques de óleo, tambores e latões anteriormente usados com

líquidos ou gases inflamáveis. Etc.

OS EQUIPAMENTOS

Tão importante quanto aos controles realizados no homem e no método e o controle que

deve ser feito nos equipamentos. Para a obtenção de um padrão de segurança deve ficar

claro no procedimento alguns requisitos a serem exigidos. Mais importante do que o

procedimento é a realização da verificação dos mesmos. Recomenda-se que no caso da

contratação de serviços, a mesma seja realizada na chegada do equipamento e caso o

serviço dure um certo tempo, periodicamente. No caso dos equipamentos da própria

empresa deve ser criada uma sistemática de revisões, cuja freqüência não ser superior a

6 meses. Para ambos os casos, caso seja possível, facilita muito a geração de um meio

(selo ou ficha) que permita a identificação imediata de equipamentos OK.

No caso dos equipamentos para soldagem a arco elétrico, devemos garantir que todos

esteja aterrados durante todo o tempo de uso e que a fiação utilizada para conexão a rede

elétrica esteja em perfeitas condições de uso, com ênfase em especial as possíveis

emendas e seus isolamentos e que esta fiação não possam ser atingidas por veículos ou

carrinhos manuais. Já os cabos de solda devem ter o mesmo tamanho e caso exista

necessidade de emenda esta só pode ser feita por conector apropriado. Recomenda-se

ainda que os meios de fixação dos cabos de solda sejam de bronze.

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Já para as operações com oxiacetileno, devem observar pelo menos as seguintes regras:

Instalações em pontos fixos:Nos terminais das tubulações onde são conectadas as mangueiras deve existir um registro

de fechamento rápido e estes devem estar soldados na tubulação.

Após o registro de fechamento de acetileno, na extremidade da tubulação deve existir

válvula contra retrocesso de chamas.

Após o registro de oxigênio, deve ser instalado um regulador de pressão de um estágio.

Na tubulação de acetileno, a utilização de regulador de pressão deve ser feita na central

de distribuição de gases.

No tocante as mangueiras devem ser seguidas as mesmas instruções mencionadas a

seguir para os conjuntos portáteis.

Conjuntos PortáteisDevem preferencialmente ser montados sobre um carrinho metálico, com rodas metálicas

ou de borracha, dotado de separador entre os cilindros e suportes para fixação do

mesmos.

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Neste carrinho deve haver ainda suporte para as mangueiras e um compartimento com

orifícios de ventilação onde serão guardados os maçaricos. Recomenda-se que este

compartimento seja trancado com cadeado.

Os cilindros só podem ser manuseados ou transportados com seus capacetes de proteção

e mesmo quando vazios devem estar presos, sempre na posição vertical. Caso por algum

motivo acidental o cilindro de acetileno venha a ficar na horizontal e necessário deixa-lo

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em pé por 24 horas antes de coloca-lo em uso. Cilindros com vazamento não devem ser

utilizados, bem como deve ser proibida a transferência de gases de um cilindro para outro.

A abertura de válvulas dos cilindros devem ser feita manualmente, sendo expressamente

proibida a utilização de martelos e outras ferramentas.

Devem ser providos de reguladores de pressão, de dois estágios, sendo que a finalidade

do primeiro e reduzir a pressão de entrada e a do segundo, através do parafuso de

regulagem manual, reduzir a pressão do primeiro estágio para a pressão de trabalho

desejada. No caso do acetileno a pressão nunca deve exceder 1,05 kgf/cm2.

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O cilindro de acetileno deve sempre estar acompanhado de chave adequada que permita

o rápido fechamento da válvula.

Para acender o maçarico deve ser utilizado um equipamento próprio ou isqueiro a gás,

jamais devendo ser utilizada chama. O conjunto deve sempre ser mantido for a do alcance

das fagulhas e em hipótese alguma deve-se permitir que cilindros ou tubulações de

oxigênio fiquem em contato com óleos, graxas e fontes de calor.

Atenção especial deve ser dada a guarda dos conjuntos quando não estiverem em uso.

Tal local deve ser clara e previamente definido e sinalizado.

No que diz respeito as mangueiras, deixamos o assunto propositadamente para o final.. A

de oxigênio deve ser verde e a de acetileno vermelha, ambas com no máximo 10 metros

de comprimento, sendo que maiores do que estas apenas com a aprovação da Segurança

do Trabalho. As conexões com as válvulas e canetas devem ser feitas com braçadeiras.

Quanto as emendas - fica aqui um critério de decisão conforme a atividade da empresa -

sendo recomendáveis que não existam e caso sejam autorizadas no máximo em número

de duas e feitas com braçadeiras. Junto ao regulador de pressão do cilindro de acetileno

deve ser instalado um dispositivo de segurança contra retrocesso de chamas.

Espero que este breve artigo contribua para melhoria das condições de segurança nos

ambientes de trabalho

Cosmo Palasio de Moraes Jr.Técnico de Segurança do Trabalho20 de outubro de [email protected]

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Mensagem: 10 Data: Wed, 30 May 2001 08:05:48 -0300 De: "Miranda, Joel da Corte" <[email protected]> Assunto: RISCOS DOS PROCESSOS DE SOLDA

RISCOS DOS PROCESSOS DE SOLDA

Os processos de soldagem colocam os profissionais em contato cominúmeros riscos físicos. Os processos podem ser classificados em trêsgrandes grupos, abrangendo cerca de 50 técnicas diferentes:

a) soldagem por fusão: as partes a serem soldadas são fundidas por meiode energia elétrica ou química, sem aplicação de pressão;b) soldagem por pressão: as partes a serem soldadas são fundidas epressionadas umas contra as outras- soldagem por ponto;c) brasagem: as partes a serem soldadas são unidas por meio de uma ligametálica de baixo ponto de fusão, sem que o metal a ser soldado sejafundido.

No momento da soldagem existe uma fase em que se forma uma pequenaforja, onde estão em fusão o metal básico, o eletrodo e, conforme a técnicautilizada, o gás protetor. Isto provoca uma corrente de ar aquecido, comelevada concentração de substâncias. O conteúdo desta corrente de ar dependede:* voltagem e amperagem da corrente elétrica;* composição de peças soldadas;* composição de eletrodos;* prática do soldador;* velocidade de soldagem;* existência de óleos protetores nas peças;* técnicas de soldagem.

Nas operações de soldagem desprendem-se gases e vapores daspeças em fusão que, em contato com o oxigênio do ar, após resfriamento econdensação, oxidam-se, formando os fumos, que são constituídos porpartículas de 0,005 a 2 mícrons de diâmetro.

As partículas de 1 a 5 mícrons são retidas nos pulmões e, nasoldagem, as partículas maiores de 1 mícrons não atingem 10% do total. Estapercentagem pode aumentar com a temperatura do processo, com a umidaderelativa do ar e a velocidade de deslocamento do ar, variando também com oprocedimento de soldagem empregado. No método MAG, por exemplo, usando gáscarbônico, as partículas colidem e agrupam-se, formando partículas maiores.

Na soldagem BRANDA, que é aquela que a temperatura atingeníveis inferiores a 425 graus centígrados, os riscos principais serelacionam com a produção de fumos de estanho e chumbo, pela inalação dosmesmos ou pela ingestão através das mãos contaminadas no momento de fumar oude alimentar-se, neste processo há desprendimento de fluoretos.

Na soldagem utilizando-se gases, a temperatura atinge 2.300graus centígrados, existe a produção principalmente de fumos de alumínio,silício, cobre, zinco, cobre, fósforo.

Podem ser encontrados gases nitrosos, acroleína, monóxido decarbono, cloretos, fluoretos e metais que vaporizam em temperaturasinferiores àquelas atingidas pelo procedimento: manganês, cádmio e chumbo.

COMPONENTES DOS FUMOS

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Cobre - é irritante para as vias aéreas superiores, pele e mucosas.A inalação prolongada causa perfuração do septo nasal. Causa Febre dos FumosMetálicos.

Cromo - o Cromo hexavalente provoca lesões na pele, úlcera,perfuração do septo nasal, mas está mais relacionado com a galvanoplastia doque com a soldagem. Na soldagem o risco maior é o de surgimento de Câncer dePulmão.

Alumínio - tem sido relacionado com doença fibrosa do pulmão ebronquite.

Ferro - è o principal componente dos fumos de soldagem. Provoca oaparecimento de nódulos e condensações nos pulmões: não provoca fibrose.

Magnésio - existem relatos de que provoca transtornosgastrointestinais. Provoca Febre dos Fumos metálicos.

Manganês - junto com o ferro e cobre são os componentes mais comunsdos eletrodos. Causa pneumonite e afeta o sistema nervoso central, alterandoas funções neuro-gástricas: há surgimento de vertigem, cefaléia (dor decabeça), falta de apetite, cansaço, crises de excitabilidade, incoerência everbosidade. A voz é monótona, lenta e irregular. A face é inexpressiva. Osgestos são lentos, incoordenados. Surgem tremores. A escrita é irregular,geralmente ilegível. O quadro é irreversível.

Níquel - causa dermatite por sensibilização. Causa Câncer de pulmãoe das fossas nasais. A ocorrência dos fumos do níquel é maior nas soldas comaço inoxidável e nas ligas contendo zinco.

Cádmio - provoca quadros agudos e crônicos. Na intoxicação agudaprovoca pneumonite com grave dificuldade respiratória, cianose, edemapulmonar e morte em horas ou minutos. Na intoxicação crônica, além dapneumonite, provoca alterações graves nos rins, perda de dentes e perda deolfato. Favorece o aparecimento de cálculos nos rins. Altera o metabolismonos ossos, favorecendo o surgimento de fraturas. Causa Febre dos FumosMetálicos. Existe suspeita de que provoca o aumento na incidência de câncerno aparelho respiratório e urinário (próstata).

Nióbio - é retido nos pulmões, onde provoca o espessamento de septointer-alveolar, através do aumento da produção de fibras no tecidoperivascular e peribronquial. Provoca descamação de eptélio brônquico.

Sílica - alguns eletrodos tem 30% de sílica, sob a forma de ferrosilicato (contem caolim, feldspato, mica, talco, etc.). os riscos são desilicose, doença pulmonar fibrosa, irreversível.

Titânio - está relacionado com a produção de doença fibrosa dopulmão.

Vanádio - após curta exposição a altas concentrações causalacrimejamento, sensação de queimadura nos olhos por ação nas conjutivasoculares, rinite sero-sanguinolenta, tosse e bronquite. Exposições crônicascausam Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, com efisema.

Zinco - o cloreto de Zinco é cáustico, podendo queimar olhos e mãos.Fumos provocam Febre dos Fumos Metálicos.

Chumbo - o uso é mais freqüente na indústria eletro-eletrônica.

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Existem chapas de aço que são revestidas de chumbo. Participa de ligas comoo bronze e latão. O chumbo, após absorção, fixa-se nos glóbulos vermelhos.Após, é fixado no sistema ósseo, provocando alterações na formação dosangue. A absorção é maior pela via respiratória, mas também ingressa noorganismo via aparelho digestivo e pele. Provoca redução da capacidadefísica, cansaço, alterações no sono, dores musculares e abdômen, perda depeso, impotência e alterações no sistema nervoso.

Berílio - a forma metálica produz quadros crônicos com o surgimentode processos granulomatosos nos pulmões, fígado e baço, com o surgimento dedispnéia, cansaço e febre. É considerado cancerígeno.

Fluoretos - os procedimentos que utilizam fluxo ou sais paraencobrir o ponto de soldagem, dão origem a fumos com flúor, originados noseletrodos que contem fluoretos de cálcio. O flúor é depositado nos ossos eligamentos e pode provocar manchas nos dentes. Pela ação no pulmão opaciente torna-se cianótico (azulado), pelo desenvolvimento de graveinsuficiência respiratória, podendo ocorrer morte em minutos ou horas poredema pulmonar.

Asbestos - silicato mineral natural fibroso. As fibras estão no ar esão inaladas. Tendo um diâmetro inferior a três mícrons, penetramprofundamente nos pulmões, sendo retidas. Algumas são retidas por célulasbrancas do sangue e, outras, permanecem nas vias respiratórias menores e nosalvéolos pulmonares, transformando-se em corpos de amianto, dando origem auma fibrose pulmonar, causando insuficiência respiratória. Causa câncer depulmão, de pleura e gastrointestinal.

Estanho - provoca uma doença pulmonar benigna, a estanose, onde apleura e os gânglios linfáticos ficam negros. Não provoca sintomas. Odiagnóstico é feito por Raio X.

Mercúrio - penetra no organismo principalmente pelos pulmões. Noquadro crônico provoca efeitos no sistema nervoso: tremores nas mãos,alterações nas sensações (paladar e olfato). Ansiedade, irritabilidade,sonolência, demência e sintomas psicóticos. Perda de memória, gengivite comperda de dentes e lesões nos rins. A intoxicação surge por aspiração doavapores de mercúrio. O mercúrio evapora na temperatura ambiental.

Molibdênio - causa irritação nos olhos, nariz e garganta. Causaanemia com baixa hemoglobina nas células vermelhas que estão com o númeroreduzido.

GASES E VAPORES 12 riscos químicos na operação

OZÔNIO É produzido pela radiação ultravioleta que reage com o

oxigênio do ar. A produção de ozônio é menor quando usa-se o argônio comogás protetor do que quando usa-se o hélio. Quanto ao processo de soldagem,quanto maior a intensidade decorrente, maior a concentração de ozônioproduzido sendo a soldagem a plasma a que mais produz. O odor do ozônio édoce irritante para os olhos e membranas mucosas. O quadro que provoca é afalta de ar, dor torácica, dor de cabeça, tosse com expectoraçãosanguinolenta e febre. Causa edema agudo de pulmão e pode ser fatal, quandoocorre exposição a altas concentrações ambientais.

ÓXIDOS DE NITROGÊNIOA alta temperatura temperatura existente no procedimento de

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soldagem provoca combinação de Oxigênio e Nitrogênio, formando os óxidosnitrosos. São irritantes para as mucosas e podem provocar a morte imediatapor espasmos brônquicos e parada respiratória. Em exposições menos intensas,pode provocar a morte por edema pulmonar ou por brônquio-alveoliteobliterante. A reação pode surgir até 30 horas após o início da exposição.Na solda elétrica, utilizando eletrodos recobertos de celulose, a quantidede óxidos nitrosos produzia é maior. O uso de eletrodo de tugstênio liberagrande volume de óxidos nitrosos. O grande perigo destes gases consiste emque sua presença passa inadvertida até que surja a intoxicação.

FOSFINADesprende-se durante a soldagem com material fosfatado.

Provoca náuseas, dores abdominais, convulsões e morte em exposiçõesintensas. É irritante das vias aéreas, olhos e pele. Provoca edema agudo depulmão. Tem odor de peixe podre.

MONÓXIDO DE CARBONOProduzido por combustão incompleta (onde tem fumaça ele está

presente). Importante presença no processo MAG. Tem grande afinidade com ahemoglobina (pigmento vermelho do sangue que carrega o oxigênio) e, porisso, desloca o oxigênio, formando carboxihemoglobina que, por nãotransportar o 02 , provoca a asfixia, principalmente no Sistema NervosoCentral e no músculo miocárdio (coração).

DIÓXIDO DE CARBONOÉ formado pela decomposição do revestimento ou da alma dos

eletrodos. Como gás, é usado no processo MAG. Trata-se de um asfixiantesimples, ou seja: quando aumenta a sua concentração no ambiente, cai aconcentração do oxigênio, causando asfixia (dependendo da concentração). Umaconcentração de dióxido de carbono no ambiente superior a 3% causa dispnéia(falta de ar) e uma concentração de 10 % causa a morte.

FOSGÊNIONos procedimentos de soldagem ele surge de hidrocarbonetos

clorados, como o tricloroetileno e tricloroetano que são usados comodesengraxantes das peças a serem soldadas. Resíduos destes solventespermanecem nas peças e, sob a ação das radiações ultravioletas ou do calor,são decompostos, surgindo o fosgênio (COC12). Este produto foi usado na 1ªGuerra Mundial como asfixiante. Não sendo muito solúvel, não possui açãoirritante nas vias aéreas superiores, agindo sobre o próprio tecidopulmonar. Provoca tosse, opressão toráxica e dispnéia (falta de ar). Emexposição prolongadas, um ou dois dias após o surgimento dos sintomasiniciais, há o aparecimento de edema agudo do pulmão e insuficiênciarespiratória, podendo ocorrer coma e morte.

GASES INERTESO Hélio e Argônio causam narcose (efeito anestésico).

Existem relatos de afixia no uso dos mesmos em ambientes confinados.

ACROLEÍNAAo proceder-se a soldagem de metais recobertos com resinas

acrílicas ou com epóxi, há o desprendimento de acroleína que, em altastemperaturas, é um gás extremamente irritante para os olhos, pele e aparelhorespiratório, onde destrói a mucosa respiratória, sendo o dano permanente.

FORMALDEÍDOEfeitos similares aos da Acroleína.

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ISOCIANETOSSurgem quando existem peças com poliuretano nos processos de

soldagem. São sensibilizantes do organismo e provocam o surgimento de asmabrônquica. Podem causar dermatites e rinite. Provoca o surgimento dealveolite alérgica extrínseca (ação pulmonar: dificuldades respiratórias).

AMINO ETIL ETANOL AMINAÉ empregada na soldagem do alumínio. Pode causar asma

brônquica e dermatite nas extremidades dos dedos com atrofia das unhas.

ACETILENOUsado em procedimento de solda com gás, pode escapar para o

ambiente de trabalho, sem queimar, tendo efeito semelhante ao dióxido decarbono. Tem como impurezas: Fosfina, Arsina, Bisulfeto de Carbono e Sulfetode Hidrogênio, que são tóxicos.

FEBRE DOS FUMOSTrata-se de uma reação do organismo diante da exposição a

certos fumos metálicos, principalmente zinco, magnésio, níquel, cádmio ecobre. O quadro constitui-se de febre que começa de quatro a doze horas apósa exposição e se acompanha de gosto metálico, ou alterações do sabor degostos familiares, como, por exemplo, fumaça de cigarro. Após a ocorrênciade secura e irritação na garganta, tosse e falta de ar, acompanhados defadiga e dores musculares. A temperatura pode atingir 40 graus centígrados.O quadro dura algumas horas e surgem nos trabalhadores que não tiveramcontato prévio com os fumos metálicos, ou quando retornam a exposição, apósalguns dias de afastamento ou de férias. Esta patologia seria causada pelocontato com partículas pequenas dos metais (em torno de 1,0 mícron) com osglóbulos brancos do sangue, liberando substâncias responsáveis pela elevaçãoda temperatura. Os quadros são geralmente confundidos com quadros gripais.

PARTÍCULAS

Causam doença pulmonar: * Sílica* Cobre* Alumínio* Ferro* Asbesto** Berílio** Estanho* Nióbio

* potencialmente cancerígenos

Irritantes pulmonares e tóxicos ao organismo:

* Cádmio* Zinco* Cromo ** Fluoretos* Chumbo* Magnésio* Mercúrio* Molibdênio* Níquel*

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* potencialmente cancerígenos

GASES

Irritantes:

* Ozônio* Óxido de Nitrogênio* Fosgênio* Fosfina* Acroleína* Isocianetos* Amido Etil Etanol Amina

Asfixiantes:

* Monóxido de Carbono* Dióxido de Carbono* Gases Inertes* Acetileno

RISCOS FÍSICOS

ELETRICIDADE Na soldagens por arco elétrico, um gerador é conectado a dois eletrodos. Umé ligado à peça a ser soldada e o outro é seguro pelo soldador, que provocaum curto circuito. A eletricidade causa a intoxicação do ar (partículasadquirem cargas elétricas), produzindo o arco voltaico que uma vez formado,permite ao trabalhador recuar o eletrodo em alguns centímetros. Há riscos dechoques e queimaduras.

CALORA temperatura ambiental, mais a temperatura do procedimento de soldagem,adicionada à temperatura dos equipamentos de proteção individual devem serconsideradas. A temperatura pode provocar problemas dermatológicos comourticária e pruridos, que são favorecidos pelo suor profuso. Pode provocarcãibras, fadiga e desidratação.

RUÍDOO Ruído provocado pelos procedimentos de soldagem em geral e no método deplasma, em particular, levam à hipoacusia (surdez) neurosensorial,inicialmente para sons de alta freqüência ( em torno de 4.000 hertz) e,posteriormente, para sons de freqüências vizinhas. O ruído pode causarhipertensão arterial sistêmica (pressão alta), insônia, alteração do ritmocardíaco, aumento da secreção ácida do estômago, aumento do surgimento deúlceras.

RADIAÇÕES INFRA-VERMELHASSão radiações com comprimento de onda situados entre 700 e 1.400 nm. Causamcataratas, queimaduras na retina (olhos) e pele.

RADIAÇÕES ULTRAVIOLETASSão radiações com comprimento de onda situados entre 400 e 100 nm. Sãoagentes que originam ozônio, óxidos nitrosos e fosgênio nos procedimentos de

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soldagem. Provocam queimaduras na pele, conjuntivite, cefaléia e tumores napele que podem se tornar malignos.

RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

1) - Realização periódica de avaliação ambiental de todos os agentes quepossam estar presentes no processo. Avaliar periodicamente a concentração deoxigênio, quando houver a presença de asfixiante simples.2) - Substituir os procedimentos agressivos à saúde dos trabalhadores poroutros. Especial atenção deve ser dada aos agentes cancerígenos.3) - Colocação de anteparos (biombos) para evitar que as radiações, fumose partículas atinjam outros trabalhadores.4) - Rigorosa higiene nos locais de trabalho, evitando o acúmulo dematerial de fácil combustão ou explosivos.5) - Treinar os trabalhadores no combate ao fogo.6) - Verificação periódica dos cabos utilizados nos procedimentos desoldagem. Os de borracha sofrem a ação do ozônio e os de plásticos não. 7) - Redução do ruído na fonte ou na transmissão. Na transmissão podemser usados anteparos e materiais absorventes. Os trabalhadores devem sersubmetidos a audiometrias periódicas, quando estão expostos a ruído superiora 85 dB em jornada de trabalho de oito horas diárias. Em níveis de ruídossuperiores, a necessidade de realização deste exame é estabelecida emjornadas de trabalho menores.8) - As máquinas devem possuir aterramento elétrico.9) - Equipamento de Proteção Individual indicado:* sapato com biqueira de aço;* perneira, avental, mangas e luvas de raspa de couro;* óculos com filtros mais escuro que o necessário, obriga o soldador aaproximar-se dos pontos de soldagem, aumentando a exposição do mesmo agases, fumos a agentes físicos;* elmos, capacetes, cinto de segurança, protetores auriculares,máscara com filtros contra gases e poeiras em alguns procedimentos;* respiração autônoma para soldagem em locais restritos.10) - Os trabalhadores devem ser informados sobre os riscos existentes nosprocedimentos a serem executados.11) - Exames médicos de ingresso com a realização de exames de sangue e/ouurina quando expostos às seguintes substâncias: arsênico, chumbo, cromo,fluoretos, mercúrio, monóxido de carbono, níquel, zinco, tricloroetileno,tetracloroetileno, di e tricloroetileno. Raio X dos pulmões na possibilidadede existência de danos pulmonares.12) - Revisão dos aspectos ergonômicos das operações de soldagem:* peso dos equipamentos;* posição de soldagem - sempre que possível trabalhar sentado;* pausa no trabalho;* peso das peças a serem soldadas;13) - No uso de gases:* Nunca liberar acetileno no local de trabalho. Sendo necessário(purgar a mangueira por exemplo) descarregar ao ar livre;* nunca permitir que a temperatura dos cilindros ultrapasse os 50graus centígrados. O aumento da temperatura aumenta a pressão internarapidamente;* os cilindros de acetileno só podem ser transportados, estocados oumanuseados na posição vertical;* usar sempre a chave adequada para abertura ou fechamento da válvulado cilindro de acetileno. Abrir somente uma meia volta e conservar a chavena posição de uso imediato;* armazenar cilindros em local coberto e ventilado;* não retirar acetileno de um cilindro sem usar regulador de pressão;

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14) - Ventilação Em todos os procedimentos de soldagem deve existir métodos de ventilação. Osistema mais correto é o de captação de gases, vapores e partículas no pontode geração dos mesmos. Quando existem muitos pontos de soldagem, ou quandoos procedimentos de soldagem são realizados em toda jornada de trabalho,pode ser utilizada a ventilação geral diluidora, para evitar o acúmulo depoluentes.

A ventilação pode ser feita:* Cabine de soldagem;* Mesa de soldagem (aspiração superior ou pela base)* aspiração localizada;* ventilação geral diluidora;* equipamento autônomo (para soldagem em locais restritos, comotanques);

Para as três primeiras alternativas deve ser prevista uma velocidade decaptura de poluente capaz de arrastar todas as partículas.As cabines de soldagem não são convenientes para grandes peças ou em postosmóveis de trabalho, além de serem de difícil acesso através de pontesrolantes. Entretanto, não necessita de intervenção e a ventilação é eficaz ebem orientada. as mesas de soldagem são limitadas aos postos fixos detrabalho e a aspiração nas mesmas contraria ao fluxo natural da propagaçãodos fumos. É usada para peças de pequenas dimensões. Entretanto possibilitamum bom posicionamento do soldador. Os sistemas de aspiração localizada sãoos mais eficientes, captando os poluentes na sua origem. Pode ser aplicadaaos postos móveis de trabalho e são de fácil instalação. Entretantonecessitam a participação do trabalhador para que a abertura de aspiraçãonão seja obstruída. As partes flexíveis podem romper-se facilmente. O débitode ar necessário pode variar em função da posição das partes móveis.

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