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    CURSO TCNICO EM

    TRANSAES IMOBILIRIAS

    DISCIPLINAS

    Disciplina 1: Portugus e Redao EmpresarialDisciplina 2: Direito e LegislaoDisciplina 3:Operaes imobiliriasDisciplina 4:Desenho ArquitetnicoDisciplina 5:Relaes Humanas, tica e CidadaniaDisciplina 6: Economia e MarcadoDisciplina 7: Organizao e tcnicas comerciaisDisciplina 8:Matemtica Financeira

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    NDICE

    PORTUGUESUNIDADE 2 12Texto e leitura

    UNIDADE 3 13Textos tcnicos

    UNIDADE 4 19Relatrios administrativos

    UNIDADE 5Reviso gramatical

    DIREITO E LEGISLAO

    Unidade 1 39As Fontes e a Diviso do Direito

    Unidade2 55A Lei do Inquilinato

    Unidade 4 72A Legislao e os Registros

    OPERAES IMOBILIRIAS

    Unidade 1 91O Corretor de Imveis 91Unidade 2 97Unidade 3 105A Comercializao do ImvelUnidade 4 117As Transaes Imobilirias

    Unidade 5 127A Administrao Imobiliria

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    DESENHO ARQUITETNICO

    Unidade 1 171O Desenho TcnicoUnidade 2 175Unidade 3 183A Construo Civil 183

    RELAES HUMANAS E TICA

    MATEMTICA FINANCEIRAUnidade 1 289Capital e Juros

    Unidade 2 291Capitalizao SimplesUnidade 3 292

    Capitalizao CompostaUnidade 4 294Descontos

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    PORTUGUS E REDAOEMPRESARIAL

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    INTRODUO

    A disciplina Portugus e Redao Empresarial tem como principais objetivos: aguar a capacidade de co-

    municao, expresso e leitura; aprimorar a produo de textos, principalmente textos tcnicos e relatrios

    administrativos; revisar contedo gramatical de nvel mdio. Alcanar esses objetivos signica estar apto a

    desenvolver sua capacidade de comunicao de maneira signicativa.

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    UNIDADE 1

    Comunicao e expresso

    1.1. O processo de comunicaoSons, gestos, imagens, palavras cercam a vida do homemmoderno, compondo mensagens de toda ordem, trans-mitidas pelos mais diferentes canais como a televiso, ocinema, a imprensa, o rdio, o telefone, o telgrafo, oscartazes de propaganda, os desenhos, a msica e tantosoutros. Em todos esses meios de comunicao, a lnguadesempenha um papel preponderante, em sua forma oralou atravs de seu cdigo substitutivo escrito. E, atravsdela, o contato com o mundo que nos cerca perman-entemente atualizado e a comunicao incessante. Eti-mologicamente, comunicao signica tornar comum,compartilhar opinies, fazer saber, ento, implica intera-

    o e troca de mensagens. Portanto, um processo departicipao de experincias que modica a disposiodas partes envolvidas.

    Toda empresa precisa desenvolver canais de comunicaoque proporcionem relacionamento agradvel e ecaz deseus integrantes entre si e com a comunidade. Por isso,as comunicaes administrativas formam um sistema deinformao estabelecido para favorecer os participantesda organizao.

    As relaes de trabalho exigem linguagem compreen-svel para que se estabelea o entendimento comum. A

    prpria denio de comunicao envolve participao,transmisso e troca de conhecimentos. Desse modo, odesempenho de uma empresa depende da eccia da co-municao de seus participantes.

    1.2. Problemas de comunicao nas em-presasSegundo Medeiros (2007), existem vrios fatores que im-pedem a eccia de uma mensagem. Da parte do emissorpode-se considerar:

    1. Incapacidade verbal, oral ou escrita para

    expor o prprio pensamento;2. Falta de coerncia entre as partes de suaidia, frase ou pensamento;

    3. Intromisso de opinies, juzos e valoresquando somente os fatos podem gerar um resultado satis-fatrio;

    4. Uso de termos tcnicos desconhecid doreceptor;

    5. Impreciso vocabular;6. Ausncia de espontaneidade;7. Acmulo de detalhes irrelevantes;8. Excesso de adjetivos, frases feitas, cli-

    chs. J da parte do receptor so empecilhos comunica-o:1. Nvel de conhecimento insuciente para a com-preenso da mensagem;

    2. Falta de experincia;3. Falta de imaginao;4. Ausncia de ateno (distrao);5. Falta de disposio para entender.Para obter melhores resultados na comunicao das em-presas, necessrio desenvolver algumas habilidades tc-nicas e atitudes que auxiliam no processo de compreen-

    so entre as partes envolvidas. Essas habilidades tcnicasenvolvem respostas para tais perguntas:

    Como transmitir informaes?Como instruir?Como ser breve e claro?

    Para fazer com que a comunicao seja ecaz, tambmdevemos analisar alguns pontos, como:

    Com quem voc vai se comunicar?O que voc ir dizer?Como voc est transmitindo as infor-

    maes?Como voc se certica de que conseguiu

    convencer o receptor?Prestando ateno nesses pontos, podemos conseguirbons resultados em nossa comunicao e, em conseqn-cia disso, a relao entre os participantes da organizao,da empresa, pode trazer mais benefcios mesma.

    1.3. Clareza de expressoSo muitos os momentos em que se vemos pessoas queno se entendem, mesmo falando a mesma lngua. O queimpede estas de emitir a sua mensagem com clareza, fa-

    zendo-se entender?A comunicao, por mais fcil que possa parecer, algodifcil de executar com a eccia devida. Pense bem:quantas vezes hoje voc explicou algo para uma pessoa eesta no entendeu, mesmo aps voc repetir o que disse?Mesmo dentro do mesmo idioma, h maneiras de se ex-pressar incompreensveis fora de seu contexto. Para quese possa expressar o que se deseja de uma maneira plau-svel a maioria das pessoas de um determinado grupo, de-

    vemos expandir nossa capacidade de comunicao.Um exemplo o caso das grias. Todos ns

    podemos falar grias, mas para que pessoas alheias a elasentendam-nos quando falamos, deveramos saber explicarcom outras palavras cada gria que falamos, assim comosubstitu-las por palavras que tenham cabimento naquelecontexto.Outra coisa que, por mais que achemos que no, aumen-ta o nosso poder comunicativo, a leitura, ou melhor,a aquisio de informaes. No s as que lhe cabem,mas tambm informaes gerais. dessa maneira entoque, com uma variedade de assuntos para fabricar opin-ies sobre eles para que at o relacionamento dentro de

    sua empresa melhore. Com uma comunicao ecaz, nsconseguimos abrir portas e criar novos laos e contatos,dando-nos uma grande gama de oportunidades. Anal,a sociedade se baseia na comunicao. E nos expres-

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    sando bem, podemos destacar-nos nesta, da maneira queconvir-nos. A comunicao escrita tambm exige muitode ns e tem outros obstculos. Por exemplo, como nopodemos explicar tudo o que h por trs do texto que es-crevemos, devemos contar com a capacidade de interpre-tao de nosso receptor e sobre isso no temos controle.Por isso, devemos escrever de maneira clara, simples e

    precisa para que o texto seja compreensvel ao maiornmero de leitores.H fatores que favorecem a efetividade da comunicao,sendo eles:

    Ter um objetivo em mente;Ter informaes sucientes sobre o

    fato;Planejar a estrutura da comunicao a

    ser feita;Conhecer o signicado de todas as pala-

    vras necessrias e escolh-las adequadamente;Tratar do assunto com propriedade;Ser preciso.

    1.4. Elementos da comunicao

    Em todo ato de comunicao esto envolvidos um emis-sor, um cdigo, um canal, uma mensagem, um contextoe um receptor. Vejamos cada um deles separadamente, am de que possamos entender como esto interligados ecomo interagem entre si.

    1.4.1. Emissor,comunicadoroucodicador o que fala ou escreve, a fonte da informao. Ocupa,em relao ao receptor, um dos extremos do circuito dacomunicao.

    1.4.2. Receptor,recebedoroudecodicador o que ouve ou l; o destinatrio da informao. Ocu-pa, em relao ao emissor, o extremo oposto do circuitoda comunicao.

    A transmisso de informao supe, ento, a existnciade dois plos: o que emite a informao chamado emis-

    sor (locutor ou escritor); e o destinatrio, de receptor(ouvinte ou leitor).Conforme o tipo de comunicao, ora um plo exclu-sivamente emissor e o outro receptor, ora os papis deemissor e de receptor so intercambiveis.

    1.4.3. CdigoO emissor e o receptor devem dispor de um cdigo queseja comum a ambos, isto , de um sistema de signos con-

    vencionais que permita dar a informao uma forma per-ceptvel. Quando falamos ou escrevemos, por exemplo,

    valemo-nos de um cdigo que compe a lngua que uti-lizamos. Da mesma forma, quem nos ouve ou l deve dis-por do mesmo cdigo a m de que possa nos entender.a) Codicar no signica apenas adotar um cdigo, mas

    tambm escolher, selecionar e ordenar os signos.b) Decodicar signica traduzir o cdigo e dar-lhe umsentido.H, tambm, outros cdigos que no se submetem linguagem verbal e que no precisam recorrer a ela paraserem compreendidos: a musica, os sinais de trnsito, apintura, etc.

    1.4.4. MensagemToda forma codicada, isto , toda combinao de signosdestinada a transmitir uma informao especca consti-tui uma mensagem e por meio da transmisso da men-sagem que ns nos comunicamos. Uma srie de mensa-gens intercambiadas uma interao, sendo necessriaspelo menos duas pessoas o emissor e o receptor paraque ela ocorra.Mensagem uma informao transmitida.

    1.4.5. Canal / Meio / VeculoPara a mensagem chegar at o emissor, necessrioum veculo, um contato ou um canal que a transporte.Quando a mensagem escrita, o canal, o veculo que atransporta so os raios luminosos que chegam retina,permitindo a leitura. No caso das mensagens irradiadas,o canal so as ondas hertzianas; na mensagem television-ada, h dois canais; os raios luminosos para a viso e o arpara a audio; j na mensagem em Braile, o canal so aspapilas dos dedos, o tato, as mos.Pelos exemplos, percebe-se que o canal pode ser:

    O meio de expresso da mensagem,como as prprias capacidades e os sentidos do homem: aaudio, a fala, o tato;

    O meio pelo qual a mensagem trans-mitida, como o ar, na propagao de ondas sonoras;

    O veculo pelo qual a mensagem trans-mitida, como a televiso, o rdio ou o papel escrito emBraile. Canal , ento, o veculo que transporta o texto oua mensagem. Ele funciona no circuito da comunicao,como o elemento comum ao codicador e ao decodica-

    dor.

    1.4.6. ContextoA produo e a recepo de mensagens esto condiciona-das situao (circunstncia) ou ambientao. A men-sagem sem contexto pode no ser entendida ou pode sercompreendida de modo diferente da que o emissor pre-tende. Assim, no h texto sem contexto. Para o contextoportugus, chamar uma garota de rapariga elogioso. Jpara o contexto nordestino brasileiro, chamar uma garotade rapariga pode ser ofensa grave.

    1.5. Funes da linguagem

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    1.5.1. Funo Referencial, Informativa ou Denota-tiva

    Quando a inteno do emissor apenas transmitir a men-sagem, de modo claro e objetivo, sem admitir mais de umainterpretao, com a nalidade de espelhar a realidade,

    empregando palavras no sentido denotativo, a linguagemassume uma de suas funes mais importantes: a funoreferencial, informativa ou denotativa. Esta funo tem opredomnio do contexto, ou seja, a inteno de informaro contedo, o assunto, as idias, os argumentos de umamensagem. A funo referencial sempre predominanteem textos de jornais, revistas informativas, livros tcnicose didticos.

    1.5.2. Funo Emotiva ou ExpressivaObserve os textos a seguir:

    Eu nasci alm dos mares,Os meus lares,Meus amores cam l!- Onde canta nos retirosSeus suspiros,Suspeiros o sabi

    Casimiro de Abreu

    Houve um tempo em que a minha janela seabria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alar-

    gava sua copa redonda. sobra da rvore, numa esteira,passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercadade crianas, e contava histrias. Eu no a podia ouvir, daaltura da janela; e mesmo que a ouvisse, no a entenderia,porque isso foi muito longe, num idioma difcil. Mas ascrianas tinham tal expresso no rosto, e s vezes faziamcom as mos arabescos to compreensveis, que eu, queparticipava do auditrio, imaginava os assuntos e suasperipcias e me sentia completamente feliz.

    Ceclia Meireles

    Em ambos os textos, tanto no de Casimiro de Abreucomo no de Ceclia Meireles, h predominncia da funoemotiva ou expressiva da linguagem. Os textos mostramescritores (emissores) voltados para si mesmos, para osseus prprios sentimentos, revelando o estado interiorde cada um. Nota-se, por isso, a presena de verbos epronomes em 1 pessoa e de pontos de exclamao, re-iterando os aspectos emocionais da linguagem dos em-issores.Quando h predominncia dessas caractersticas,pondo o emissor e seus sentimentos em destaque, pode-

    se armar que, prevalece a funo emotiva ou expressivada linguagem.A funo emotiva ocorre com maior freqncia em tex-tos poticos, onde o aspecto subjetivo predomina:

    Meu sonho, eu te perdi, tornei-me um homem. O versoque mergulha o fundo de minha alma simples e fatal,mas no traz carcia...

    Vincius de Moraes

    1.5.3. Funo Conativa ou ApelativaHaver predominncia da funo conativa ou apelativa

    quando, na linguagem houver o desejo do emissor ematuar sobre o receptor, levando-o a uma mudana decomportamento. E isto pode acontecer por meio de umaordem, um apelo, uma sugesto, uma splica.

    Trata-se, portanto, de uma linguagem usada para atrair aateno do receptor e inuenci-lo a receber a mensagem.Observe, neste exemplo, a funo conativa ou apelativa:Exemplo: Pelo amor de Deus, me ajude aqui! Rpido!!!Sarah! Venha aqui!

    1.5.4. Funo Metalingstica o prprio cdigo lingstico discutido e posto em de-staque. Diz respeito s mensagens relativas ao conjuntode sinais usados na comunicao o cdigo. O dicionrio um exemplo de metalinguagem, pois ele utiliza a lnguapara falar dela mesma.

    1.5.5. Funo FticaPe o CANAL em destaque, vericando se

    o contato entre o emissor e o receptor continua sendomantido.Ex.: Expresses como: AL, BOM dia, COM licena,

    Cmbio, Pois no, Est me ouvindo? Est me entenden-do?

    1.5.6. Funo PoticaA mensagem posta em destaque. O emissor

    tem uma preocupao especial na escolha das palavras,realando sons que sugerem signicados diversos, paraexpressar ou enfatizar mensagem.

    1.5.7. Resumo das Funes da Linguagem

    2. Referencial enfatiza o contexto;3. Emotiva enfatiza o emissor (revela o estado in-terior do emissor);4. Apelativa enfatiza o receptor ( essencialmentea linguagem publicitria persuade o receptor);5. Metalingstica enfatiza o cdigo;6. Ftica pe em destaque o canal;7. Potica pe em destaque a mensagem.

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    UNIDADE 2

    Texto e leitura

    2.1. Noo de texto

    Para falar de texto necessrio denir o que um texto.Podemos abraar um conceito amplo, lato, de texto. Nestecaso, incluiremos como texto, produes nas mais diver-sas linguagens. Seriam tratadas como textos as produesfeitas comas linguagens das artes plsticas, da msica, daarquitetura, do cinema, do teatro, entre outras. Deniesque se enquadram nesse caso so:

    A palavra texto provm do latim textum, que signicatecido, entrelaamento. (...) O texto resulta de um trab-alho de tecer, de entrelaar vrias partes menores a m dese obter um todo inter-relacionado. Da poder falar emtextura ou tessitura de um texto: a rede de relaes quegarantem sua coeso, sua unidade. (INFANTE, Ulisses.Do texto ao texto. Curso prtico de leitura e redao. Edi-tora Scipione: So Paulo, 1991)

    ...em um sistema semitico bem organizado,um signo j um texto virtual, e, num processo de comu-nicao, um texto nada mais que a expanso da virtuali-dade de um sistema de signo. (ECO, Umberto. Conceitode texto. So Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.)Nesse sentido podemos entender a leitura do mundode que fala Paulo Freire. preciso ler o mundo, com-

    preender as diversas manifestaes das muitas linguagenscom as quaistemos contato o tempo todo.Esse conceito lato de texto, apesar de aceito por muitostericos e de ser interessante por se tratar deuma aborda-gem geral da compreenso (uma vez que essa depende daconjugao de vrias linguagens) adequado a algumassituaes, e ineciente em outros casos. Se consideramosum conceito amplo de letramento, queremos que os sujei-tos sejam capazes de ler os mais diversos textos nasmais diversas linguagens.

    Aqui, vale a pena adotar a acepo de que tudo texto.

    No entanto, para se fazer um estudo da leitura e da es-crita, por exemplo, preciso delimitar um pouco esseconceito. Se tudo texto, lemos o qu? Tudo? Estudare-mos o qu? Tudo? O professor que vai alfabetizar tem deensinar tudo? Se pensarmos que tudo texto, poderemoscair em um conceito errneo.Se buscamos um objeto de estudo para fazermos cincia,a ampliao do conceito extremamente perigosa e inde-sejada. Se tudo que vemos e ouvimos pode ser um texto,tudo pode ser texto, e o conceito se transforma em nada,pois intratvel, indenvel e, portanto, no nos serve.

    Nesse caso, a melhor denio de texto devem ser estas:

    O texto ser entendido como uma unidadelingstica concreta (pesceptvel pela viso ou audio),

    que tomada pelos usurios da lngua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situao de interao comuni-cativa especca, como uma unidade de sentido e comopreenchendo uma funo comunicativa reconhecvele reconhecida, independentemente da sua extenso.(TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramtica e interao: umaproposta para o ensino de gramtica no 1 e 2 graus. So

    Paulo: Cortez, 1997.p.67.)Desse modo, podemos nalizar com o seguinte conceito:texto um tecido verbal estruturado de tal modo que asidias formam um todo coeso, uno, coerente. Suas partesdevem estar interligadas e manifestar um direcionamentonico. Assim, um fragmento que trata de diversos assun-tos no pode ser considerado texto. Da mesma forma, selhe falta coerncia, se as idias so contraditrias, tambmno se constitui texto.

    2.2. As possibilidades de leituraA leitura de um texto no est nos devaneios interpreta-tivos do leitor, mas est inscrita como possibilidade notexto.Lido de maneira fragmentria, um texto pode dar a im-presso de um aglomerado de noes desconexas, ao queo leitor pode atribuir o sentido que quiser. Desse modo,h vrias possibilidades de interpretar um texto, mas hlimites.Determinadas interpretaes se tornaro inaceitveisse levarmos em conta a conexo, a coerncia entre seus

    vrios elementos. Essa coerncia garantida pela reitera-o entre esses elementos, tais como: a reiterao, a re-

    dundncia, a repetio e a recorrncia a traos semnticosao longo do discurso.Para perceber as reiteraes, o leitor deve tentar agruparos elementos signicativos que se somam ou se conr-mam num mesmo plano do signicado. Deve percorrer otexto inteiro, tentando localizar todas as recorrncias, ouseja, todas as guras e temas que conduzem a um mesmobloco de signicao. Essa recorrncia determina o planode leitura do texto.H textos que permitem mais de uma leitura. As mes-mas guras podem ser interpretadas segundo mais de um

    plano de leitura.Quando se agrupam as guras a partir de um el-emento signicativo, estamos perto de depreender o temado texto. Dizer que um texto pode permitir vrias leiturasno implica admitir que qualquer interpretao seja cor-reta nem que o leitor possa dar ao texto o sentido quelhe for conveniente. O texto que admite vrias leiturascontm em si indicadores dessas varias possibilidades. Noseu interior aparecem guras ou temas que tm mais deum signicado e que apontam para mais de um plano deleitura. H outros termos que no se integram a um certo

    plano de leitura proposto e por isso so desencadeadoresde outro plano. Portanto, devemos ter conscincia de quemesmo que um texto no tenha apenas uma possibilidadede leitura, no devemos delirar em sua interpretao. A

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    leitura de um texto deve se dar dentro de seus limitessemnticos e esse limite imposto pelo texto como umtodo e pelas escolhas feitas por quem o produziu.

    2.3. Textos publicitriosSegundo Citelli (1985, p. 6) o elemento per-

    suasivo est colado ao discurso como a pele ao corpo.

    Partindo dessa idia podemos armar que nenhum texto neutro, pois cada comunicao tem uma inteno e querconvencer o interlocutor sobre algo. Os textos que maisexplicitamente tem inteno de convencer o receptor opublicitrio, isto , a propaganda.

    A tcnica publicitria parece basear-se no pres-suposto de que quanto mais um anncio viola as regarasde comunicao, mais atrai a ateno do espectador. En-tretanto, a mensagem publicitria se vale de solues jcodicadas. Nesse sentido, a publicidade no tem valorinformativo, mas somente valor ideolgico. Isto signicaque uma propaganda tem a inteno de persuadir impon-do a ideologia do que anuncia.

    A propaganda repassa os valores da ideologiadominante, aqueles em que a sociedade acredita e mostrauma maneira de ver o mundo. Assim, comum perceber-mos nos textos publicitrios idias como: valorizao dosucesso, da beleza, do status, etc. Dessa forma, o signopersuasivo, o da propaganda, tem a inteno de alterarcomportamentos ou maneiras de ver as coisas. A ver-dade da propaganda visa tornar-se a verdade de todos,impondo alguma idia como a mais correta, ou a que trarsucesso, beleza, dinheiro, etc.

    2.4. Coeso e coernciaO pargrafo uma unidade do discurso que tem em vistaatingir um objetivo e no se limita a determinar pausas.Sua nalidade no est limitada ao que de ordem estru-tural, mas estende-se qualidade das idias. Desse modo,idias novas constituem pargrafos diversos. Conformea estrutura do pargrafo, todo texto escrito pressupeuma organizao diferente do texto falado. A sua formae estruturao so essenciais para a clareza da comunica-o da mensagem, entretanto, outros elementos, como a

    coeso e a coerncia, tambm contribuem para que essediscurso seja bem sucedido. A Coeso a manifestaolingstica da coerncia e vem do modo como os concei-tos e relaes subjacentes so expressos na superfcie tex-tual. Responsvel pela unidade formal do texto, a coesoconstri-se atravs de mecanismos gramaticais (pro-nomes anafricos, conjunes, etc.). Portanto, a coesorevela-se na escolha desses mecanismos.

    A coerncia, por sua vez, encontra-se nas partes que noso contraditrias, ou seja, as partes de um texto devemconcordar entre si no que diz respeito s informaes

    para que o mesmo seja coerente. Da a necessidade deordem e inter-relao. Quando falamos na necessidadede ordem, falamos que preciso narrar fatos sequencial-mente, pois o desenvolvimento de um acontecimento

    depende do que foi dito anteriormente. Se no h ordem,o leitor se sente perdido e pode no reconhecer o objetivodo autor. J quando falamos de inter-relao queremosfalar da relao que estabelecida entre os fatos, as id-ias. necessrio que haja ligao entre o que dito parahaver coerncia.

    UNIDADE 3

    Textos tcnicos

    3.1. Cartas comerciais

    A carta comercial um canal de comunicao muito usa-do no comrcio e na indstria. A linguagem deste tipo de

    carta deve ser clara, simples, objetiva, formal e correta. Otratamento mais comum V.S (Vossa Senhoria).

    A carta comercial segue as seguintes normas estticas eformais:

    Papel de 21,0 x 29,7 cm (A-4); Impresso de um lado apenas do papel; 20 a 25 linhas por pgina; 60 a 70 toques por linha; Margens: direita (3 cm); esquerda (3

    cm); superior (3 cm); inferior (3 cm); Usam-se espaos duplos;

    O vocativo de uma carta tem depois desi dois pontos; Antes da invocao, pode-se colocar um

    resumo da carta: ref.: (referncia).Vejamos modelos de cartas comerciais:

    So Paulo, 12 de janeiro de 2008.Senhor Diretor:

    Estamos iniciando a comercializao de cartesde visita confeccionados pelas crianas carentes

    da comunidade Serro Azul. Tal iniciativa tem ainteno de incentivar a criatividade dos menoresque ali moram e que agora fazem parte do projetosocial que iniciamos nesta semana.Convidamos V.S. a participar desse projeto, acei-tando apreciar nossos cartes e assim, se desejar,contratar os servios do projeto.

    Agradecemos, antecipadamente, em nome dosmenores, a preferncia que V.S. nos dar.

    Atenciosamente,

    Maria Beatriz TramandeliDiretora socialProjeto Serro AzulMBT/HT

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    a) Introdues mais comuns em cartas comerciais

    Participamos-lhe que... Desejamos cientic-los de que... Atendendo s solicitaes da carta... Com relao aos termos de sua carta... Informamos V.S. de que... Em vista do anncio publicado no...

    em...

    b) Fechos de cortesia Atenciosamente para pessoas cargo

    semelhante ao do redator;

    Respeitosamente para pessoas comcargos importantes; Com elevada considerao, abraa-o seu

    amigo para pessoas intimas; Cordiais saudaes para pessoas muito

    amigas.

    c) Fechos que devemos evitar Aguardando suas notcias, aqui vai meu

    abrao; Sem mais para o momento;

    Subscrevo-me.3.2. Modelos de documentos

    a) AtaEm assemblias gerais ou em reunies lavrado umdocumento que contm o resumo escrito dos fatos e res-olues, que se denomina ATA.

    As atas so escritas em livro especial, cujas pginas sonumeradas e rubricadas. Atualmente, est bastante difun-dido o uso de atas datilografadas, mas as normas so as

    mesmas.No se diz redigir uma ata e sim lavrar umaata.A pessoa encarregada de numerar e rubricar as pgi-nas do livro de atas ter que redigir o termo de abertura:este livro contm XX pginas por mim numeradas e ru-bricadas e se destina ao registro de atas da Firma X.Na ata no se empregam pargrafos, embora nela se tratede assuntos diferentes. Atualmente, porm, j se encon-tram exemplos de atas com pargrafos.No se admitem rasuras ou riscos. Em caso de enganousam-se as expresses corretivas alis, digo e, logo aseguir, deve-se escrever a palavra certa.

    Toda ata deve conter incio, desenvolvimento e concluso.Coloca-se, primeiramente, o nmero da ata e a naturezada reunio (reunio de diretoria, assemblia ordinria, ex-traordinria, etc...). Ainda no incio da ata, faz-se refern-cia hora, ao dia, ms e ano, escritos por extenso. Outroitem que constitui o incio da ata o local de reunio e dasdemais pessoas presentes.O desenvolvimento a 2 parte da ata. A se resumem, or-denadamente, todos os fatos e decises da reunio. A 3e ltima parte de que se compe a ata o encerramento,fecho ou concluso, geralmente uma forma padronizadaque conclui (ou encerra) a ata.

    No caso da ata datilografada, no decurso da reunio,as anotaes necessrias so feitas em escrita manual e,concludos os trabalhos, a ata ser datilografada em suaforma nal. As atas datilografadas tero todas as linhasnumeradas e o espao que sobra margem direita, preen-chido com pontilhado.Em resumo, a ata um registro no qual se relata det-alhadamente o que ocorreu em uma reunio, assembliaou conveno. So elementos bsicos de uma ata: data ehora da reunio, local, relao e identicao das pessoaspresentes, declarao do presidente e secretrio, ordem

    do dia, fecho.

    TIMBRE5 espaosDE 357/093 espaosSo Paulo, XX de xxxxxx de XXXX.5 espaosRef.: solicitao de liberao de funcionrios3 espaosSr. Astrogildo:3 espaosInformamos V.S. de que no dia 21 de janeiro de 2009o Centro de Educao Nacional oferecer um curso deaperfeioamento. Portanto, solicitamos a liberao dosfuncionrios para que possam assistir ao curso. Espera-mos resposta ocial sobre a liberao dos funcionrios.3 espaosAtenciosamente,

    3 espaosGensio Amaral Ribeiro3 espaosAnexo: Paneto do curso3 espaosGAR/TF (iniciais do redator/iniciais do digitador)3 espaosc/c: Gerncia de Recursos Humanos

    ModeloEMPRESA DA UVACGC.ME.........../.........................ATA DA ASSEMBLIA GERAL EX-TRAORDINRIARealizada em ....de...........................de ........Hora/data/local: realizada s .......(horrio por extenso)horas do dia ...de...........de............, na Avenida Deodoro,n 19, So Paulo, Estado de So Paulo. EDITAL DECONVOCAO: Publicado nos jornais Dirio O-cial do Estado e Folha da Avenida, dos dias .......... e................. de ..............................de .................................

    QUORUM DE INSTALAO: presentes acioni-stas

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    a) AtestadoAtestado uma declarao rmada por uma autoridadeem favor de algum ou algum fato de que se tenha con-hecimento.

    b) AvisoO aviso caracteriza-se pela informao ou comunicado aalgum. empregado no comrcio, na indstria, no ser-

    vio pblico. A forma mais comum de aviso aquele emque o empregador notica a resciso de contrato ao em-pregado: aviso prvio.

    c) CircularA circular caracteriza-se como uma comunicao que dirigida a vrias pessoas ou a um rgo. Tem intuito de

    transmitir avisos, ordens, instrues, etc.

    d) ContratoContrato um documento resultante de um acordo en-tre duas ou mais partes em relao a algo. Os contratospodem ser:

    Unilateral: uma parte promete e a outraaceita.

    Bilateral: as partes transferem mutua-mente alguns direitos e reciprocamente os aceitam.

    Cumulativo: a coisa que cada uma daspartes se obriga a dar ou fazer equivale que tem de rece-ber.

    Aleatrio: o lucro que se h de receberdo contrato unicamente provvel e incerto.

    Social: acordo ttico ou expresso entre ogovernante e os governados.

    e) ConvocaoConvocao uma forma de comunicao escrita na qualse convoca algum para determinada reunio.

    representando mais de um tero do capital socialcom direito a voto, conforme livro de presena.PRESIDNCIA/SECRETARIA: presidida, nostermos do ar. 21, do Estatuto Social, por Tern-cio Bertoldo Neves e secretariada por GertrudesHelena Soares. DELIBERAES: os senhoresacionistas, por unanimidade de votos, deliberam:aprovar a candidatura de Carminda de Abreu Silva presidncia da empresa. APROVAO: apssua leitura aos presentes, foi esta ata por todos elesaprovada e assinada. So Paulo, .....de ..................de................, Terncio Bertoldo Neves, Presidente;Gertrudes Helena Soares, Secretria; demais acioni-stas. A presente cpia el do original transcritono livro de atas de assemblia acionista da empresa.Gertrudes Helena Soares secretria.

    SECRETARIA DO COMERCIO DE UVAS DO

    ESTADO.Certico o registro sob o nmero.....em...-..............-................... Marasa Costa,Secretria Geral.

    ModeloATESTADO DE FREQUNCIAAtestamos para os devidos ns que ............. ............,brasileiro, portador do RG......................., est ma-triculado no Colgio Assis sob o nmero de in-scrio.................Local e data

    Assinatura da autoridadeCargo

    Modelo

    CIRCULAR

    Senhores,O diretor de nossa escola gostaria de informar s

    aceitar matrculas acompanhadas de cpias auten-ticadas dos seguintes documentos do aluno: Car-teira de Identidade, CPF, comprovante de endereoe comprovante de escolaridade.

    Alm disso, as cpias devero ser grampeadas aorequerimento de matrcula para que no haja ne-nhum problema relativo perda de documentos.Fulano de talcargo

    MODELO

    ASSOCIAO DOS PROFISSIONAIS DAEDUCAO

    ASSEMBLEIA GERALL ORDINRIACONVOCAO

    A Diretoria da APE, no exerccio de suas atri-buies, convoca a assemblia geral da APE parareunir-se, em carter ordinrio, na rua dos tecidos,n 01, a 21 de janeiro de 200X, s 20 horas, paradeliberarem sobre a seguinte pauta:1 discutir sobre as aulas de fevereiro;

    2 apreciar e aprovar o calendrio letivo;3 decidir sobre outros assuntos relevantes.

    So Paulo, ....../....../... ......Fulano de talPresidente

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    f) Declarao

    Declarao um documento em que se explica, manifestaopinio, depe a favor de algum.

    g) Edital um ato de que se vale pessoa ou entidade para ns decomunicao, convocao, citao, abertura de concor-rncia, intimao, resultado de concursos, etc..., publica-do em rgo da imprensa. O edital deve orientar o maispossvel, os interessados no assunto.

    h) EstatutoEstatuto o regimento que determina as normas de umadeterminada organizao, empresa, escola, fundao, etc.

    Modelo

    DECLARAO

    ADEMIR DE PADUA, portador da Cdula deIdentidade n 1.356.567, residente na cidade deSantos, Av. Deodoro da Fonseca, 248, apto 602,declara que o Sr. PEDRO DA SILVA, lho de

    Joo da Silva e de Maria do Socorro, residente Av.XV de novembro, 684, apto 701, pessoa idnea,nada conhecendo de desabonador em sua condutapessoal.

    Local e dataAssinatura

    CONDOMNIO DO EDIFCIO MERIDIO-NAL

    ASSEMBLIA-GERAL EXTRAORDINRIA

    EDITALPelo presente, cam convocados os senhorescondminos para uma Assemblia-Geral Ex-traordinria a ser realizada no dia 20 de julho, s20:30 horas, em primeira convocao e, s 21:00horas, em segunda convocao, no salo de fes-tas do condomnio, a m de deliberarem sobre aseguinte Ordem do Dia:

    1. Leitura, discusso e aprovao da ata daltima assemblia;2. Obras: valores recebidos at esta data. Va-lores pagos. Contratos rmados e valores a pagar.Saldo existente. Cota extra necessria ao trminodas obras. Previso par o trmino;3. Solarium. Manuteno e reformas.4. Assuntos gerais.

    DataAssinatura do sndico

    Modelo

    ESTATUTO SOCIAL DA (colocar a denomina-

    o social da associao)

    ARTIGO 1 - DENOMINAO, SEDE, FI-NALIDADE E DURAO(colocar a denominao social da associao), nesteestatuto designada, simplesmente, como Associa-o (ou pela sigla se houver), fundada em data de(colocar datada), com sede e foro nesta capital,na (colocar endereo completo, inclusive CEP) doEstado de So Paulo, uma associao de direitoprivado, constituda por tempo indeterminado,

    sem ns econmicos, de carter organizacional,lantrpico, assistencial, promocional, recreativoe educacional, sem cunho poltico ou partidrio,com a nalidade de atender a todos que a ela sedirigirem, independente de classe social, nacionali-dade, sexo, raa, cor ou crena religiosa.

    ARTIGO 2 - SO PRERROGATIVAS DA AS-SOCIAO:No desenvolvimento de suas atividades, a Associa-o observar os princpios da legalidade, impesso-

    alidade, moralidade, publicidade, economicidade eda ecincia, com as seguintes prerrogativas:I. Acrescentar neste inciso todas as nalidades da

    Associao.Pargrafo nico - Para cumprir suas nalidades

    sociais, a Associao se organizar em tantas uni-dades quantas se zerem necessrias, em todo oterritrio nacional, as quais funcionaro mediantedelegao expressa da matriz, e se regero pelasdisposies contidas neste estatuto e, ainda, porum regimento interno aprovado pela AssembliaGeral.

    ARTIGO 3 - DOS COMPROMISSOS DA AS-SOCIAO

    A Associao se dedicara s suas atividades atravsde seus administradores e associados, e adotarprticas de gesto administrativa, sucientes a coi-bir a obteno, de forma individual ou coletiva,de benefcios ou vantagens, lcitas ou ilcitas, dequalquer forma, em decorrncia da participaonos processos decisrios, e suas rendas sero inte-

    gralmente aplicadas em territrio nacional, na con-secuo e no desenvolvimento de seus objetivossociais.

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    ARTIGO 4 DA ASSEMBLIA GERALA Assemblia Geral Deliberativa o rgo mximoe soberano da Associao, e ser constituda pelosseus associados em pleno gozo de seus direitos.Reunir-se- na segunda quinzena de janeiro, paratomar conhecimento das aes da Diretoria Exec-utiva e, extraordinariamente, quando devidamente

    convocada. Constituir em primeira convocaocom a maioria absoluta dos associados e, em se-gunda convocao, meia hora aps a primeira, comqualquer nmero, deliberando pela maioria simplesdos votos dos presentes, salvo nos casos previstoneste estatuto, tendo as seguintes prerrogativas.I. Fiscalizar os membros da Associao, na con-secuo de seus objetivos;II. Eleger e destituir os administradores;III. Deliberar sobre a previso oramentria e aprestao de contas;

    IV. Estabelecer o valor das mensalidades dos as-sociados;V. Deliberar quanto compra e venda de imveisda Associao;

    VI. Aprovar o regimento interno, que disciplinaros vrios setores de atividades da Associao;

    VII. Alterar, no todo ou em parte, o presente es-tatuto social;

    VIII. Deliberar quanto dissoluo da Associao;IX. Decidir, em ultima instncia, sobre todo equalquer assunto de interesse social, bem como so-

    bre os casos omissos no presente estatuto.Pargrafo Primeiro - As assemblias gerais poderoser ordinrias ou extraordinrias, e sero convoca-das, pelo Presidente ou por 1/5 dos associados,mediante edital xado na sede social da Associa-o, com antecedncia mnima de 10 (dez) dias desua realizao, onde constar: local, dia, ms, ano,hora da primeira e segunda chamada, ordem do dia,e o nome de quem a convocou;Pargrafo Segundo - Quando a assemblia geral

    for convocada pelos associados, dever o Presiden-te convoc-la no prazo de 3 (trs) dias, contadosda data entrega do requerimento, que dever serencaminhado ao presidente atravs de noticaoextrajudicial. Se o Presidente no convocar a as-semblia, aqueles que deliberam por sua realizao,faro a convocao;Pargrafo Terceiro - Sero tomadas por escrutniosecreto as deliberaes que envolvam eleies dadiretoria e conselho scal e o julgamento dos atosda diretoria quanto aplicao de penalidades..........................................................................................

    ....................................ARTIGO 7 - SO DEVERES DOS ASSOCIA-DOSI. Cumprir e fazer cumprir o presente estatuto;

    II. Respeitar e cumprir as decises da AssembliaGeral;III. Zelar pelo bom nome da Associao;IV. Defender o patrimnio e os interesses da As-sociao;

    V. Cumprir e fazer cumprir o regimento interno;VI. Comparecer por ocasio das eleies;

    VII. Votar por ocasio das eleies;VIII. Denunciar qualquer irregularidade vericadadentro da Associao, para que a Assemblia Geraltome providncias.Pargrafo nico - dever do associado contri-

    buinte honrar pontualmente com as contribuiesassociativas..............................................................................................................................

    ARTIGO 11 DA APLICAO DAS PENASAs penas sero aplicadas pela Diretoria Executiva e

    podero constituir-se em:I. Advertncia por escrito;II. Suspenso de 30 (trinta) dias at 01 (um) ano;III. Eliminao do quadro social.

    ARTIGO 12 - DOS ORGOS ADMINISTRA-TIVOS DA INSTITUIOSo rgos da Associao:I. Diretoria Executiva;II. Conselho Fiscal.........................................................................................

    ......................................ARTIGO 29 - DAS DISPOSIES GERAISA Associao no distribui lucros, bonicaes ouvantagens a qualquer ttulo, para dirigentes, asso-ciados ou mantenedores, sob nenhuma forma oupretexto, devendo suas rendas ser aplicadas, exclu-sivamente, no territrio nacional.

    ARTIGO 30 - DAS OMISSESOs casos omissos no presente Estatuto sero re-solvidos pela Diretoria Executiva, ad referendumda Assemblia Geral.So Paulo, (mesma data de sua aprovao)

    ________________________________________

    Presidente

    ________________________________________Advogado

    Nome:OAB n

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    i) Memorando um documento muito simples usado na correspondn-cia interna de uma empresa. Traz impresso, abaixo dotimbre, a expresso Memorando ou Memorando In-terno. Logo abaixo, ao lado direito, h, tambm impres-so, n e Em / / , que voc utiliza, respec-

    tivamente para, numerar e datar o memorando.Na linha precedida de DE, voc especica o cargo dequem o envia, na linha precedida de PARA, o cargo dequem o recebe, e na linha precedida de ASSUNTO, umttulo para o assunto em questo.O memorando deve ser desenvolvido de maneira sucin-ta, isto , usando-se apenas as palavras indispensveis clareza do assunto tratado. As expresses formais, muitousadas no encerramento da correspondncia comercial,so dispensveis no memorando, bastando a assinaturade quem o envia. Entretanto, algumas organizaes ado-tam para seus memorandos uma forma de encerramentobastante simples: quando o memorando for dirigido a umsuperior hierrquico, o encerramento ser feito atravs dapalavra Respeitosamente. Grato e o encerramentousado no memorando em que feita uma solicitao.Quando o memorando trocado entre funcionrios damesma hierarquia, Saudaes a forma de encerra-mento usada.

    j) Nota promissria uma promessa de pagamento feita pelo devedor ao cre-dor. So requisitos essenciais da nota promissria:

    Denominao Nota Promissria; Importncia a ser paga tambm por extenso; Nome da pessoa a quem a importncia deve serpaga (credor); Assinatura do emitente (devedor).

    k) Procurao um documento que autoriza uma pessoa a realizarnegcios em nome de outra. Imagine a seguinte situao:

    voc tem que viajar e no pode participar da reunio decondomnio. A soluo autorizar algum a fazer isto no

    seu lugar. Voc poderia redigir a seguinte procurao (ob-serve atentamente as informaes necessrias).

    l) Protocolo o registro dos atos pblicos ou registro das audinciasnos tribunais. Comercialmente, como denominamos osregistros de correspondncia de uma empresa, ou regis-tros de entrada e sada de materiais ou documentos.

    m) Recibo

    Recibo um documento em que se declara o recebimentode algo.

    Modelo

    PROCURAO

    Por este instrumento particular de procurao, euJOO JOSE, brasileiro, economista, casado, resi-dente e domiciliado nesta cidade, Rua do Principen 133, apt 301 portador da Cdula de IdentidadeRG n 1.220.945 e do CNPF n 022.368.689-87,

    nomeio PEDRO SEBASTIO, brasileiro, casado,engenheiro, residente e domiciliado nesta capital, Rua Anhaia n 134, portador da Cdula de Identi-dade RG n 9.238.568 e do CNPF n 018.359.577-

    92, para o m especco de representar-me na re-unio de condomnio do Edifcio solar das Palmei-ras, com poderes para votar e assinar documentosnecessrios ao bom e el cumprimento deste man-dato.

    Para maior clareza e ns de direito, rmo o pre-

    sente.

    Assinatura com rma reconhecida

    Modelo

    Destinatrio dataNome: .................................................................................................................End.: ...................................................................................................................Cidade: .............................................................. esta-do:.................................

    Contedo: ........................................................................................................Recebido em ........./................/.............Carimbo e assinatura

    RECIBO

    Recebemos da MARCO INCORPORAES aimportncia de R$ 10.000,00 (oitenta mil reais),como pagamento de comisses referente a vendade um apartamento situado Av. Professor Urias,742, Fazendinha SP.So Paulo, 10 de fevereiro de 200X.

    ____________________________________Assinatura

    Testemunhas:

    1 ........................................2.........................................

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    n) E-mailAtualmente, as mensagens eletrnicas tem sido usadascom muita freqncia. Esse tipo de mensagem, o populare-mail, como qualquer outra mensagem escrita, pois re-quer os mesmos cuidados: clareza, simplicidade, coern-cia devem estar presentes tambm na correspondncia

    eletrnica.Estruturalmente, o e-mail semelhante carta pessoal. Otexto deve ter um vocativo (saudao inicial), a mensagem(texto), uma despedida (atenciosamente, cordialmente,respeitosamente) e assinatura.

    UNIDADE 4

    Relatrios administrativos

    4.1. Noo de Relatrio AdministrativoRelatrios administrativos so comunicaes elaboradaspelos membros de uma empresa. Geralmente so reque-ridas pelos administradores, gerentes, diretores. A im-portncia desses textos no consiste em sua forma, massim em sua utilidade porque tem como objetivo prestarinformaes sobre a situao dos ocorrido dentro da em-presa, como projetos, operaes, etc. Portanto, o relatrioadministrativo um recurso que facilita e organiza os tra-balhos de uma empresa.

    4.2. Estrutura do relatrioAs estruturas mais comuns de relatrio so:

    Apresentao de soluo de problemas; Enumerao de fatos; Exposio temporal: cronologia dos fa-

    tos; Argumentao.

    O esquema da apresentao que segue exposio cro-nolgica dos fatos expe o problema, depois as causas eefeitos e concluindo, a soluo.

    4.3. Tcnicas para redao de relatriosAprender a elaborar relatrios requer treino, exercciocontnuo. A primeira providncia a ser tomada para fazerum bom relatrio um plano ou esquema, pois ser tilpara a preciso e a qualidade do relatrio. Esses esquemasltraro as informaes para que o texto nal no tenhadados irrelevantes.Para que os relatrios sejam preparados com mais ecin-cia, deve-se considerar o tema, as circunstancias, o recep-tor e reunir todas as informaes relevantes antes decomear a escrev-los. preciso tambm escolher bemas palavras a serem utilizadas pensando no que seria maisagradvel ao receptor.Considerando que comunicao ser ecaz se produzira resposta desejada, necessrio poupar o receptor deinformaes inoportunas porque uma impresso positiva

    sobre o relatrio pode gerar uma resposta positiva. Por-tanto, a habilidade do redator no deve girar em tornoapenas da capacidade de analisar situaes, mas de inferirdelas as reais necessidades do administrador da empresa.

    UNIDADE 5

    Reviso gramatical

    5.1. CONCORDNCIA COM VERBOS SER/HAVER/FAZERO verbo ser, em geral concorda com o sujeito.

    Exemplo:

    A or perfumosa.Mariana a alegria da famlia.

    Mariana as alegrias da famlia.O verbo ser concordar com o nome da pessoa.

    a) Horas datas distncias: quando indica horas,datas, distncias, o verbo SER, sendo impessoal (no temsujeito), concorda com o predicativo, ou seja, com a pala-

    vra que indica horas, datas, distncia.

    Exemplos:

    Que hora ?

    Que horas so? uma hora.Hoje so 25 de maro.So quinze quilmetros.Hoje 1 de abril.

    b) Haver = existir ou acontecer impossvel (semsujeito): verbo ca sempre na 3 pessoa do singular.

    Exemplos:

    Na sala, existiam vinte lugares.Na sala, devia haver vinte lugares.

    OBS.: Existir concordar sempre com o sujeito j quetem sujeito.

    Exemplo:

    Na sala, existem vinte lugares.

    c) Fazer = impessoal quando tempo transcorridoou a transcorrer: verbo ca no singular.

    Exemplo:

    Ontem fez dois meses que ele se formou.

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    5.2. Acentuao principais regras de acordo com onovo acordo ortogrco da Lngua Portuguesa

    5.2.1. TREMA

    No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra upara indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,

    gui, que, qui. Exceto para palavras de origem estrangeira,como Mller.

    5.2.2. Principais regras

    Mudanas nas regras de acentuao1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos

    i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acentotnico na penltima slaba).

    O CORRETOalcaloidealcateiaandroide(verbo apoiar) apoia(verbo apoiar) apoioasteroideboiaceluloideclaraboiacolmeia

    Ateno: essa regra vlida somente para palavras par-

    oxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavrasoxtonas e os monosslabos tnicos

    Terminados em is e i(s).

    Exemplos:

    papis, heri, heris, di (verbo doer), sis etc.

    2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais oacento no i e no u tnicos quando vierem depois de umditongo decrescente.

    O CORRETOBaiucabocaiuva*cauila**feiura* bocaiuva = certo tipo de palmeira**cauila = avarento

    Ateno:

    1) se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem emposio nal (ou seguidos de s), o acento permanece.

    Exemplos:

    tuiui, tuiuis, Piau;

    2) se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, oacento permanece.

    Exemplos:

    guaba, Guara.

    3. No se usa mais o acento das palavras terminadas emem e o(s).

    O CORRETO

    abenoocreemdeemenjooleemperdoo

    4. No se usa mais o acento que diferenciava os parespra/para, pla(s)/pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera.

    Ateno!

    Permanece o acento diferencial em pde/pode.Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito per-feito do indicativo), na 3. pessoa do singular. Pode aforma do presente do indicativo, na 3. pessoa do singu-lar.

    Exemplo:

    Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

    Permanece o acento diferencial em pr/por.

    Pr verbo. Por preposio.Exemplo: Vou pr o livro na estante que foi feita pormim.

    Permanecem os acentos que diferenciam o sin-gular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seusderivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir,advir etc.).

    Exemplos:

    Ele tem dois carros. / Eles tm duas casas.

    Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Rondnia.Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra.Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estu-dantes.

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    facultativo o uso do acento circunexo paradiferenciar as palavras forma/ frma. Em alguns casos, ouso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo:Qual a forma da frma do bolo?

    5. No se usa mais o acento agudo no u tnico das for-

    mas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente doindicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu com-posto redarguir.

    6. H uma variao na pronncia dos verbos terminadosem guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar,desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbosadmitem duas pronncias em algumas formas do presen-te do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm doimperativo. Veja:

    a) se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas for-mas devem ser acentuadas.Exemplos:

    verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua,enxguam; enxgue, enxgues, enxguem.

    verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque,delnquem; delnqua, delnquas, delnquam.

    b) se forem pronunciadas com u tnico, essas formas de-ixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada

    tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente queas outras):

    verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua,enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.

    verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delin-quem; delinqua, delinquas, delinquam.

    5.3. Pronomes de tratamento

    Autoridades de Estado

    Vossa Excelncia (V. Ex.): Para o presidente daRepblica, senadores da Repblica, ministros de Estado,governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos,embaixadores, vereadores, cnsules, chefes das Casas Ci-

    vis e Militares. Somente o presidente da repblica usa opronome de tratamento por extenso, nunca abreviado.

    Vossa Magnicncia (V. Mag.): Para reitores deUniversidade, pr-reitores e vice-reitores.

    Vossa Senhoria (V. S.): Para diretores de autar-quias federais, estaduais e municipais. Judicirias e doMinistrio Pblico

    Meritssimo Juiz (M. Juiz): para juzes de Direito.

    Vossa Excelncia (V. Ex.): para Membros do

    Ministrio Pblico (Procuradores da Repblica, Procura-dores do Trabalho, Procuradores do Ministrio PblicoMilitar ou Promotores de Justia).

    Executivo e Legislativo

    Vossa Excelncia (V. Ex.): para chefes do Execu-tivo (Presidente da Repblica, Governadores e Prefeitos),Ministros de Estado e Secretrios Estaduais e Municipais,para Integrantes do Poder Legislativo (Senadores, Depu-tados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores), Min-istros do Tribunal de Contas da Unio e para Conselhei-ros dos Tribunais de Contas Estaduais.

    Militares

    Vossa Excelncia (V. Ex.): para ocias generais -(Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exrcito e Tenen-tes-Brigadeiros; Vice-Almirantes, Generais-de-Divisoe Majores-Brigadeiros; Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros e Coronis Comandantes dasForas Auxiliares dos Estados e DF (Polcias Militares eBombeiros Militares).

    Vossa Senhoria (V. S.): para demais patentes egraduaes militares.

    Autoridades eclesisticas

    Vossa Santidade (V. S.): para lderes religiosos su-premos (o papa, o patriarca ecumnico, o Dalai Lama,etc.)

    Vossa Eminncia (V. Em.): para cardeaisVossa Beatitude: para os patriarcas das igrejas sui

    juris orientaisVossa Excelncia Reverendssima (V. Ex. Rev-

    ma): para arcebispos e bispos.Vossa Reverendssima (V. Revma): para abades,

    superiores de conventos, monsenhores, outras autori-dades eclesisticas e sacerdotes em geral.

    Padre (Pe.): para padres.

    Autoridades monrquicas ou imperiais

    Vossa Majestade Real & Imperial (V. M. R. & I.):para monarcas que detenham ttulos de imperador e reiao mesmo tempo.

    Vossa Majestade Imperial (V. M. I.): para impera-dores e imperatrizes

    Vossa Majestade (V. M.): para reis e rainhas.Vossa Alteza Real & Imperial (V. A. R. & I.): para

    prncipes de casas reais e imperiais.Vossa Alteza Imperial (V. A. I.): para prncipes decasas imperiais.

    Vossa Alteza Real (V. A. R.): para prncipes e in-

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    fantes de casas reais.Vossa Alteza Serenssima (V. A. S.): para prnci-

    pes monarcas e Arquiduques.Vossa Alteza (V. A.): para duques.Vossa Excelncia (V. Ex.): para Duques com

    Grandeza, na Espanha.Vossa Graa (V. G.): para Duques e Condes.

    Vossa Alteza Ilustrssima (V. A. Ilm.): para no-bres mediatizados, como Condes, na Alemanha.O Mui Honorvel (M. Hon.): para marqueses, na

    Gr-Bretanha.O Honorvel (Hon.): para condes (The Right

    Hon.), viscondes, bares e lhos de duques, marqueses econdes na Gr-Bretanha.

    Outros ttulos

    Senhor (Sr.): para homens em geral, quando noexiste intimidade

    Senhora (Sr.): para mulheres casadas ou maisvelhas (no Brasil) ou mulheres em geral (em Portugal).

    Senhorita (Srt.): para moas solteiras, quandono existe intimidade (no Brasil).

    Vossa Senhoria (V. S.): para autoridades em ger-al, como secretrios da prefeitura ou diretores de empre-sas

    Ilustrssimo (Il.mo): para pessoas comuns, nomesmo sentido de Senhoria, delegados, diretores de al-guma autarquia.

    Doutor (Dr.): para empregado a quem possui

    doutorado. Modernamente usado para tratar qualquerpessoa com um curso superior, erroneamente, princi-palmente mdico e advogado que muitos se apresentamdesta forma. O correto seria Ilmo Sr () Adv(), Ilmo SrMed(),

    Arquitecto (Arq.()): para arquitetos (em Portu-gal).

    Engenheiro (Eng.()): para engenheiros (emPortugal).

    Comendador (Com.()): para comendadoresProfessor (Prof.()): para professores.

    Desembargador (Des.dor): para desembarga-doresPastor (Pr.): para pastores de igrejas protestan-

    tes.

    OBS.:

    Embora os pronomes de tratamento sejam expressos nasegunda pessoa (singular ou plural), a concordncia ver-bal ser feita na terceira pessoa (singular ou plural).

    Exemplo:

    Peo que Vossa Senhoria se digne responder ao meu

    apelo. (e no vos digneis)

    5.4. Uso do hfen

    Uso do hfen com compostos

    5.4.1. Usa-se o hfen nas palavras compostas que no

    apresentam elementos de ligao.

    Exemplos:

    guarda-chuva, arco-ris, boa-f, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joo-ningum, porta-malas, porta-bandeira, po-duro, bate-boca

    * Excees: No se usa o hfen em certas pala-vras que perderam a noo de composio, como:girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas,paraquedista, paraquedismo.

    5.4.2. Usa-se o hfen em compostos que tm palavrasiguais ou quase iguais, sem elementos de ligao.

    Exemplos:

    reco-reco, bl-bl-bl, zum-zum, tico-tico, tique-taque,cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague,esconde-esconde, pega-pega, corre-corre

    5.4.3. No se usa o hfen em compostos que apresen-

    tam elementos de ligao.

    Exemplos:

    p de moleque, p de vento, pai de todos, dia a dia, mde semana, cor de vinho, ponto e vrgula, camisa de fora,cara de pau, olho de sogra

    Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.

    Exemplos:

    maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, Deusme livre, Deus nos acuda, cor de burro quando foge, bi-cho de sete cabeas, faz de conta

    * Excees: gua-de-colnia, arco-da-velha, cor-de-rosa,mais-que-perfeito, p-de-meia, ao deus-dar, queima-roupa.

    5.4.4. Usa-se o hfen nos compostos entre cujos el-ementos h o emprego do apstrofo. Exemplos:

    gota-dgua, p-dgua

    5.4.5. Usa-se o hfen nas palavras compostas derivadas

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    de topnimos (nomes prprios de lugares), com ou semelementos de ligao. Exemplos:

    Belo Horizonte belo-horizontinoPorto Alegre porto-alegrenseMato Grosso do Sul mato-grossense-do-sulRio Grande do Norte rio-grandense-do-norte

    frica do Sul sul-africano

    5.4.6. Usa-se o hfen nos compostos que designam es-pcies animais e botnicas(nomes de plantas, ores, frutos, razes, sementes), ten-ham ou no elementos de ligao.

    Exemplos:

    bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraso, mico-leo-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagnia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-ndia

    Obs.: no se usa o hfen, quando os compostos que desig-nam espcies botnicas e zoolgicas so empregados forade seu sentido original. Observe adiferena de sentido entre os pares:

    a) bico-de-papagaio (espcie de planta ornamen-tal) - bico de papagaio (deformao nas vrtebras).

    b) olho-de-boi (espcie de peixe) - olho de boi(espcie de selo postal).

    Uso do hfen com prexos

    As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen empalavras formadas por prexos (anti, super, ultra, sub etc.)ou por elementos que podem funcionar como prexos(aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini,multi, neo etc.).

    Casos gerais

    1. Usa-se o hfen diante de palavra iniciada por h.

    Exemplos:

    anti-higinicoanti-histricomacro-histriamini-hotelproto-histriasobre-humanosuper-homem

    ultra-humano2. Usa-seohfenseoprexoterminarcomamesmaletra com que se inicia a outra palavra.

    Exemplos:

    micro-ondasanti-inacionriosub-bibliotecriointer-regional

    3.Noseusaohfenseoprexoterminarcomletradiferente daquela com que se inicia a outra palavra.

    Exemplos:

    autoescolaantiareointermunicipalsupersnicosuperinteressanteagroindustrialaeroespacialsemicrculo

    * Se o prexo terminar por vogal e a outra palavracomear por r ou s, dobram-se essas letras.

    Exemplos:

    minissaiaantirracismoultrassom

    semirreta

    Casos particulares

    1.Comosprexossubesob,usa-seohfentambmdiante de palavra iniciada por r.

    Exemplos:

    sub-regiosub-reitor

    sub-regionalsob-roda

    2.Comosprexoscircumepan,usa-seohfendi-ante de palavra iniciada por m, n e vogal.

    Exemplos:

    circum-muradocircum-navegaopan-americano

    3. Usa-se o hfen com os prexos ex, sem, alm,aqum, recm, ps, pr, pr, vice.

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    Exemplos:

    alm-maralm-tmuloaqum-marex-aluno

    ex-diretorex-hospedeiroex-prefeitoex-presidenteps-graduaopr-histriapr-vestibularpr-europeurecm-casadorecm-nascidosem-terra

    vice-rei

    4. Oprexo cojunta-secomosegundoelemento,mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste ltimocaso, corta-se o h. Se a palavra seguinte comear com r ous, dobram-se essas letras.

    Exemplos:

    coobrigaocoediocoeducar

    cofundadorcoabitaocoerdeirocorrucorresponsvelcosseno

    5.Comosprexospreere,noseusaohfen,mes-mo diante de palavras comeadas por e.

    Exemplos:

    preexistentepreelaborarreescreverreedio

    6. Na formao de palavras com ab, ob e ad, usa-se ohfen diante de palavra comeada por b, d ou r.

    Exemplos:

    ad-digitalad-renalob-rogarab-rogar

    Outros casos do uso do hfen

    1. No se usa o hfen na formao de palavras com noe quase.Exemplos:(acordo de) no agresso

    (isto um) quase delito

    2. Com mal*, usa-se o hfen quando a palavra seguintecomear por vogal, h ou l. Exemplos:mal-entendidomal-estarmal-humoradomal-limpo

    * Quando mal signica doena, usa-se o hfen se no hou-ver elemento de ligao. Exemplo: mal-francs. Se houverelemento de ligao, escreve-se sem o hfen. Exemplos:mal de lzaro, mal de sete dias.

    3. Usa-se o hfen com suxos de origem tupi-guarani querepresentam formas adjetivas, como au, guau, mirim.Exemplos:

    capim-auamor-guauanaj-mirim

    4. Usa-se o hfen para ligar duas ou mais palavras que oca-

    sionalmente se combinam, formando no propriamentevocbulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:

    ponte Rio-Niterieixo Rio-So Paulo

    5. Para clareza grca, se no nal da linha a partio deuma palavra ou combinao de palavras coincidir com ohfen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

    Na cidade, conta-se que ele foi viajar.

    O diretor foi receber os ex-alunos.

    5.5. Concordncia verbal e nominal

    CONCORDNCIA NOMINAL

    CONCORDNCIA

    Concordncia , ento, a harmonia de exo de uma fra-se. H dois tipos de concordncias: nominal e verbal.

    a. Concordncia nominal: um adjetivoou termo com valor de adjetivo (nome, numeral, artigo,particpio) concorda em gnero e nmero com o substan-

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    tivo que o acompanha.Exemplo: Curvas traioeiras transformam os motoristasem pilotos de rali.

    b. Concordncia verbal: o verbo concorda emnmero e pessoa com seu sujeito.Exemplo: Obras mal executadas criam armadilhas.

    REGRAS ESPECIAIS DE CONCORDNCIANOMINAL

    a.1) Adjetivo anteposto: adjetivo antes de dois ou maissubstantivos, concordar com o mais prximo.

    Exemplo: Sentia, descompassado o corao e aalma.

    ou Sentia, descompassada a alma e o corao.

    a.2) Adjetivo prosposto: quando o adjetivo (ou a palavracom funo de adjetivo) vier depois de dois ou mais sub-stantivos, teremos as concordncias:

    Com o substantivo mais prximo:

    Exemplo: E as coisas, e os homens todos silen-ciosos.

    Ou E os homens, e as coisas todas silenciosas.

    O adjetivo pode ir para o plural no mes-

    mo gnero dos substantivos, se estes tiverem o mesmognero:

    Exemplo: Flores, e folhas despedaadas estavamali.

    Se os substantivos zerem gneros dife-rentes: plural no gnero masculino.

    Exemplo: Quadros e cortinas despedaados es-tavam ali.

    a.3) Dois adjetivos para um substantivo, determi-nados pelo artigo:

    Substantivo no singular:

    Exemplo: Emilia estuda a lngua alem e a ingle-sa.

    Ns analisamos um produto nacional e umimportado.

    O substantivo ca no plural e sem artigopara o segundo adjetivo:

    Exemplo: Emilia estuda as lnguas alem e fran-

    cesa.

    CONCORDNCIA DO NUMERAL COM O SUBSTAN-TIVOa) Os numerais cardinais (um, dois ou trs...) con-cordam com o substantivo a que se referem.

    Exemplo: Havia, na reunio, duas mulheres.Apenas uma funcionria falou.

    b) Mais de um numeral se refere a um mesmo substan-tivo:

    substantivo no singular ou plural se osnumerais forem precedidos de artigo.

    Exemplo: O primeiro e o segundo andar do ed-ifcio.ou O primeiro e o segundo andares do edifcio

    substantivo plural sem a repetio do ar-tigo para o segundo elemento.

    Exemplo: O primeiro e segundo andares...

    substantivo plural se antes dos numerais.

    Exemplo: Os andares primeiro e segundo.

    OUTROS CASOS DE CONCORDNCIA NOMI-

    NAL

    a) preciso necessrio proibido bom:

    So invariveis se o sujeito no estiverdeterminado.

    Exemplos: preciso muita pesquisa. bom plantao de erva-cidreira para afugentar formi-gas. proibido entrada de estranhos.

    So variveis e concordam com o sujeitoem gnero e nmero, se o sujeito estiver determinado.

    Exemplos: boa a plantao de erva-cidreirapara afugentar formigas. proibida a entrada de estranhos.

    b) Concordncia do adjetivo (em funo predica-tiva) com o sujeito:

    Predicativo e sujeito simples: o predica-

    tivo concorda com o sujeito simples.Exemplo: Os meus olhos, permaneciam emba-

    ados pela nvoa.

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    Predicativo e sujeito composto:com predicativo aps o sujeito: sujeito composto, mesmognero.c) Mesmo Prprio Incluso Anexo Obrigado

    Quite

    Essas palavras concordam, geralmente com o nome a quese referem:

    Exemplos: Os alunos mesmos organizaram otexto.Elas prprias decidiram a questo.Declaro ter recebido inclusa a escritura do imvel.Estou quite com as minhas dvidas.Muito obrigado disse ele.Muito obrigada disse ela.

    d) Bastante Meio

    Se apresentarem como advrbio caminvariveis:

    Exemplos: Perguntaram bastante sobre voc.A melancia estava meio estragada.

    Variam com valor de adjetivo ou numer-al fracionrio:

    Exemplos: Faziam bastantes perguntas sobrevoc.Meia melancia estava estragada.

    OBS.: o mesmo ocorre com muito, pouco, longe, caro.

    Exemplos: Os carros custaram caro.Os carros caros so melhores.Moram longe daqui.Andamos por longes terras.

    e) S A sscomo advrbio (somente): invarivel

    Exemplos: Todos concordam, s eles no.como adjetivo (sozinho): varivel

    Exemplos: As crianas permaneciam ss.

    OBS.: A locuo adverbial invarivel.

    Exemplo: Os noivos cam a ss.

    A noiva cou a ss em seuquarto.

    f) Menos Alerta Pseudo A olhos vistos

    So invariveis

    Exemplos: Na classe h menos moos que rapazes.Trata-se de pseudo-especialista.O dinheiro desapareceu a olhos vistos.

    g) Possvel

    Invarivel com artigo no singular (ex-presso superlativo):

    Exemplo: O candidato tentou obter o maiornmero de votos possvel.

    Varivel com artigo no plural:Exemplo: As notcias que trouxe so as melhores

    possveis.

    h) Substantivos ligados por ouO adjetivo car no plural masculino:

    Exemplo: necessrio o uso de camisa ou vestidos bran-cos.

    O adjetivo concorda com o mais prxi-mo:

    Exemplo: necessrio o uso de camisa ou ves-tido branco.

    CONCORDNCIA VERBAL

    O verbo concorda com o sujeito, portanto, para efetuar

    a concordncia corretamente, necessrio reconhecer osujeito da orao.

    Tendo em vista que existem diversos tipos de sujeito: sim-ples, composto, oculto, indeterminado, inexistente, e queo sujeito pode vir antes ou depois do verbo, constituindodiversas expresses diferentes. Existem vrias regras deconcordncia do verbo, conforme for o tipo de sujeito.Por isso, a partir de agora, veremos estas regras de con-cordncia.

    CONCORDNCIA DO VERBO COM O SUJEITOSIMPLES

    Quando se trata do sujeito simples, antes ou depois doverbo:

    se o sujeito simples for singular, o verboca no singular;

    se o sujeito simples for plural, o verboca no plural.

    Exemplos: O disco voador apareceu.

    Apareceu o disco voador.Os astronautas desceramDesceram os astronautas.Eu vi a nave.

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    Ns vimos a nave.

    CONCORDNCIA DO VERBO COM O SUJEITOCOMPOSTO

    Quando se trata do sujeito composto antes doverbo, o verbo deve car no plural.

    Exemplo: A lua e as estrelas surgiram

    o verbo ca no plural ou concorda como mais prximo.Exemplo: Surgiram a lua e as estrelas.

    Concordando com o sujeito mais prx-imo (se o mais prximo for plural, o verbo ser apenasplural):Exemplo: Surgiram as estrelas e a lua.

    Concordncia do Verbo com o Sujeito Composto porPronomes Pessoais

    eu , tu e ele verbo correspondente nsExemplo: Eu, tu e ele falamos.

    Ela, tu e eu verbo correspondente nsExemplo: Ela, tu e eu falamos.

    tu e eu verbo correspondente nsExemplo: Tu e eu falamos.

    tu e ele ou ela verbo correspondente

    vs (vocs exceo)Exemplo: Tu e Marli ireis adiante (ou iro).

    Tu e ele falais (ou falam). Ele e ela verbo correspondente

    Exemplo: Ele e ela saram.

    5.6. TERMOS DA ORAO

    a) Essenciais: sujeitopredicado

    b) Acessrios: objeto (direto e indireto)complemento nominalagente da passivaadjuntos (adnominais e adverbiais)Aposto

    Portanto, temos a os termos da orao. raro aconteceruma orao em que ocorram todos os termos. Porm,o sujeito e o predicado sempre aparecem, por isso sochamados termos essenciais.

    Termos Essenciais da Orao

    a) Sujeito: o termo sobre o qual o restante da ora-o diz algo.

    Exemplo: A casa caiu ontem.

    b) Predicado: o termo que contm o VERBO einforma algo sobre o sujeito.

    Exemplo: A casa caiu ontem.

    Observe:

    Como achar o sujeito? Toma-se o verbo e a ele se faz apergunta: Quem? Ou O que?O que caiu? A casa (sujeito)

    c) Classicao do sujeitoc.1) Simples: apresentar um s ncleo (ncleo qualquersubstantivo, pronome ou palavra substantivada).

    Exemplo: O lpis

    c.2) Composto: apresentara dois ou mais ncleos.

    Exemplo: O lpis e a caneta sumiram

    c.3) Oculto ou Elptico ou Desinencial: quando se tratados pronomes eu, tu, ele, ns, vs e no aparecem naorao.

    Exemplo: Vendi casas. (o sujeito oculto: eu)

    c.4) Orao sem sujeito ou sujeito inexistente: verbosque indicam fenmenos da natureza (chover) ventar, etc),

    verbo haver no sentido de existir, verbo fazer, ser e estarsempre indicando tempo.

    Exemplo: Choveu hoje.Havia janelas.Faz frio.(fazer) cedo. (ser)Esta quente (estar)

    c.5) Indeterminado: quando o verbo est na 3 pessoa doplural e no aparece o sujeito nem antes nem depois doverbo.

    Exemplo: Bateram porta.Venderam os terrenos da praia azul.

    c.6) Paciente: recebe ou sofre a ao do verbo.

    Exemplo: A montanha removida pela f. (nofaz a ao de remover, recebe a ao da f).

    Obs.: O sujeito simples ou composto tambm pode serchamado de sujeito agente.

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    c.7) Vive-se bem aquindice de indeterminao do sujeito

    5.7. ABREVIATURAS SMBOLOS - SIGLAS

    O dinamismo da vida moderna exige que o mximo deinformaes sejam fornecidas com um mnimo de pa-

    lavras. o que a teoria da comunicao convencionouchamar de ECONOMIA DE SIGNO.

    Exemplos:

    SBADO Sab.DOMINGO Dom.SEM NMERO s/n

    AVENIDA Av.

    Essas expresses so denominadas abreviaturas, siglas ousmbolos, recursos lingsticos que visam aproveitamentodo espao e do tempo na comunicao oral e escrita.

    Abreviaturas

    Forma reduzida ou abreviada de certas palavras ou ex-presses.Exemplos: a.C. signica antes de Cristo.

    R. signica rua

    OBSERVAES

    a) No se deve confundir abreviatura com abrevia-o. Abreviao a reduo de uma palavra e no a suarepresentao atravs de letras.

    Exemplos: quilo = quilogramafoto = fotograa.

    b) Certas abreviaturas apresentam o plural com asletras maisculas dobradas.

    Exemplo: AA = autores

    c) s vezes, letras maisculas dobradas represen-tam grau superlativo.

    Exemplo: DD = dignssimo

    d) Algumas abreviaturas aparecem em casos de usoestritamente pessoal ou no mbito interno de uma em-presa, indstria ou repartio. Por isso, muitas vezes, po-dem fugir aos padres convencionais.

    Smbolos

    Os smbolos so empregados, em geral, para expressarunidades de medida. No levam ponto e, na maioria doscasos, so escritos com letras minsculas e sem S paraindicar plural, cuja forma igual do singular.Exemplos:

    medidas lineares: mm (milmetro); cm(centmetro); m (metro); km (quilmetro) etc.

    1 m250 m unidades de superfcie: mm (milmet-

    ro quadrado); cm (centmetro quadrado); m (metroquadrado), km (quilmetro quadrado); ha (hectare) etc.

    1 km170 km

    unidades de volume: mm (milmetrocbico); cm (centmetro cbico); m (metro cbico) etc.1 cm80 cm

    unidades de massa: mg (miligrama); g(grama); kg (quilograma); t (tonelada) etc.1 kg60 kg

    tempo: h (hora); min (minuto); s (segun-do).10 h 15 min

    OBSERVAES

    Quando os smbolos tm origem em nomes de pessoas(geralmente cientistas), vm em maisculas, sem ponto esem s para indicar plural. Mas viro em letra minscula, seescritos por extenso e com s, se estiverem no plural. Veja:

    watt(s) = W joule(s) = Jampre(s) = A newton(s) = N

    Siglas

    Sigla o nome dado ao conjunto de letras iniciais de um

    vocbulo (a qual, no raro, pode se transformar numa pa-lavra toda), que compem o nome de uma organizao,uma instituio, um programa, um tratado etc.

    Veja algumas particularidades das siglas:

    a) Siglas prprias ou puras: quando todas as letrasiniciais que compem o nome so escritas com letrasmaisculas:PUC = Pontifcia Universidade CatlicaFAB = Fora Area Brasileira

    b) Siglas imprprias ou impuras: quando so for-madas no s pelas letras iniciais, mas tambm por outrasno-iniciais ou quando palavras componentes do nomeso omitidas da sigla. Apenas a primeira escrita com

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    maiscula, a no ser que toda a sigla tenha menos dequatro letras:

    Abigraf= Associao Brasileira da Indstria GrcaDSV= Departamento de Operaes do Sistema Virio

    Siglas impronunciveis: quando as le-tras no formam uma palavra, sendo pronunciadas uma auma. So escritas com maisculas:

    BNDE = Banco Nacional de DesenvolvimentoEconmico.CEE = Comunidade Econmica Europia.BNH = Banco Nacional da Habitao.SFH = Sistema Financeiro da HabitaoFGTS = Fundo de Garantia por Tempo de Servio.

    Siglas pronunciveis: quando as letrasformam palavras, pronunciando-se a sigla inteira. Se cadaletra da sigla corresponder a uma palavra, usam-se letrasmaisculas:OPEP = Organizao dos Paises Exportadores dePetrleoPIS = Programa de Integrao Social

    BIBLIOGRAFIA

    BELTRO, Odacir; BELTRO, Marisa. Correspondn-cia linguagem & comunicao. So Paulo: Atlas, 1988.MEDEIROS, Joo Bosco. Redao empresarial. So Pau-lo: Atlas, 1997.

    .Correspondncia tcnicas de redao

    criativa. So Paulo: Atlas, 1997.Portugus instrumental.So Paulo: Atlas,

    2000.Jos de: INFANTE Ulisses. Gramtica contempornea

    da lngua portuguesa. So Paulo: Scipione, 1997.PEREIRA, Gil. C. A palavra: expresso e criatividade.SoPaulo: Moderna, 1997.BECHARA, Evanildo. Moderna Gramtica Portuguesa.28.ed. So Paulo: Nacional, 1983.

    DOUGLAS, Tufano. Estudos da Lngua Portuguesa.

    2.ed. So Paulo: Moderna, 1990.

    PASCHOALIN & SPEDOTO. Gramtica, Teoria e Ex-erccios. So Paulo: FTD, 1989.

    LIMA, Rocha; NETO, Barbadinho. Manual de Redao.Rio de Janeiro: MEC-FAE, 1984.

    CHAMDOIRA, Joo Batista N.; RAMADAN, MariaIvoneti B. Lngua Portuguesa: Pensando e Escrevendo.So Paulo: Atual, 1994.

    INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prtico deleitura e redao. Editora Scipione: So Paulo, 1991.ECO, Umberto. Conceito de texto. So Paulo : T.A.Queiroz, 1984. p.4.

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    Portugus

    1. Em relao ao processo de comunicao correto armar:

    a) Sons, gestos e palavras no fazem parte do processo comunicao.b) atravs da lngua que o contato com o mundo atualizado e a comunicao se torna constante.c) O que as pessoas falam no faz parte do processo de comunicao.d) No contato com o mundo, as palavras so irrelevantes compreenso do que nos rodeia.

    2. Etimologicamente, comunicao signica:a) Tornar comum, compartilhar opinies, fazer saber, ento, implica interao e troca de mensagens.b) Fazer com que as pessoas se entendam.c) Ser entendido com facilidade.d) Tornar comum o que as pessoas falam.

    3. No que diz respeito comunicao, assinale o que seria um empecilho ao receptor da mensagem:a) A capacidade de receber uma mensagem.b) Nvel de conhecimento insuciente para a compreenso da mensagem.c) Nvel de conhecimento suciente para entender o que o emissor diz.d) Nvel de estudo superior ao do emissor.

    4. Al, Bom Dia, Com Licena: temos a linguagem:

    a) Fticab) Referencialc) Emotivad) Metalingstica

    5. Em todo o ato de comunicao esto envolvidos vrios elementos, dentre os quais podemos citar o Canalque :

    a) O destinatrio da comunicaob) O cdigo comum a ambosc) A forma codicada da comunicao

    d) O suporte material que veicula a mensagem

    6. Denominamos Cdigo:

    a) O conjunto de sinais estruturados, utilizados para a transmisso de sinaisb) Ao envio da escritac) Um tipo de informaod) Normas de comunicao

    7. Em relao carta comercial, podemos dizer que:

    a) uma correspondncia sempre informal.b) um tipo de correspondncia no mais usado entre empresas.c) um canal de comunicao muito usado no comrcio e na indstria.d) uma correspondncia entre amigos.

    EXERCCIOS

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    8. Ata corresponde a:

    a) Documento lavrado por mdicos.b) Documento lavrado em reunies ou em assemblias gerais.c) Documento escrito por trabalhadores de uma empresa.

    d) Documento escrito em somente em reunies que decidem o futuro de funcionrios de uma empresa.

    9. Relatrios administrativos so:

    a) Cartas escritas aos administradores.b) Correspondncias trocadas entre empresas.c) Atas lavradas em reunies.d) comunicaes elaboradas pelos membros de uma empresa.

    10. Conforme o mais recente acordo ortogrco da Lngua Portuguesa, correto armar que:

    a) No se usa mais tremas em palavras da Lngua Portuguesa.b) No se usa mais acentos circunexos.c) No se usa mais acentos graves.d) Se usa acento somente em oxtonas,

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    DIREITO E LEGISLAO

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    INTRODUO

    Caro aluno, seja bem-vindo disciplina de Direito e Legislao. O objetivo principal da disciplina que voc

    adquira conhecimentos bsicos do Direito Comercial, do Direito Civil e do Direito do Consumidor. Estas

    reas sero palco de seu trabalho dirio como Corretor de Imveis, necessitando que sejam bem compreen-

    didas para que voc tenha tranqilidade e sucesso na carreira escolhida. Em cada unidade desta disciplina

    voc conhecer conceitos e exemplos que lhe daro fundamentos para entender como acontecem as transa-

    es imobilirias e quais obrigaes esto previstas em lei, para que voc possa orientar corretamente osseus clientes.

    Sucesso e bom estudo!

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    UNIDADE 1

    As Fontes e a Diviso do Direito

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    As Fontes do Direito

    No sentido jurdico, fontes so os elementos subsidirios,de auxlio, para formular e esclarecer normas e regras.

    Voc j estudou que o Direito surgiu a partir das neces-sidades humanas e sociais, que mudam constantemente,com isso pode-se concluir que o direito dinmico, sendorevisto e atualizado conforme mudam estas necessidades.

    O que so as Fontes do Direito?Fontes do Direito so todas aquelas que criam ou inspi-ram a aplicao das regras do mundo do dever ser nomundo do ser.Elas esto dispostas de modo hierrquico da seguinteforma:- FONTES FORMAIS: Lei ; Analogia; Costumes;Princpios Gerais do Direito.- FONTES INFORMAIS: Doutrina; Jurisprudncia.

    QualosignicadodecadaumadasFontesdo Direito?1) Lei a fonte primordial do Direito, a norma im-posta pelo Estado de observncia obrigatria, assumindouma forma coativa, devendo ser editada por um podercompetente.

    EXEMPLO:A Lei 8.073 de 11/09/1990 o Cdigo de Defesa do Consumi-dor, que rege as normas e procedimentos da relao entre osconsumidores e os fornecedores.

    2) Analogia o procedimento mediante o qual se su-prem as omisses da lei (falta de regulamentao), apli-cando outra regra no especca, mas similar (aplicaode regras de casos similares por inexistncia de regraprpria).

    EXEMPLO:A aplicao da Lei referente a empresa jornalstica a uma rmadedicada edio de livros e revistas. Os tribunais brasileirosaplicaram a analogia para estender aos transportes rodovirioscoletivos o conceito de culpa presumida criado pelo Decreto n

    2.681, de 7/12/1912, que regulou a responsabilidade civil dasestradas de ferro.

    3) Costume O costume jurdico a norma jurdica

    que no faz parte da legislao. criada espontaneamentepela sociedade, sendo produzida por uma prtica geral,constante e prolongada. O costume, porm, no poderser aplicado se for contrrio a uma determinao expressaem lei.4) Princpios gerais do direito So regras no impos-tas, mas que historicamente so tidas como matrizes da

    elaborao das leis (regras me).EXEMPLO: A jurisprudncia.

    5) Doutrina So textos, teses, e demais escritos e es-tudos sobre os variados ramos do Direito. Sua principalcaracterstica o estudo cientco e sistematizado, das leise dos costumes realizado por especialistas, criando umarcabouo terico auxiliar na conformao do Direito.

    A doutrina o produto da reexo e do estudo que osgrandes juristas desenvolvem sobre o Direito.6) Jurisprudncia So as decises tomadas por juzesem cada caso concreto, que servem para auxiliar os de-mais operadores do direito em casos similares.

    EXEMPLO:A jurisprudncia forma-se a partir das solues adotadas pelosrgos judiciais ao julgar casos jurdicos semelhantes.

    Quais so os princpios bsicos do Direito?

    Ningum pode descumprir a lei alegando que no aconhece.

    No existindo lei especca para dirimir uma situaoreal, o juiz deve recorrer analogia1, aos costumes2 eaos princpios gerais do direito (como a jurisprudncia3).Portanto, alm da lei, os juizes podero utilizar, para pro-ferir um julgamento, as demais fontes do direito, s nopodem deixar de decidir a demanda.

    Na aplicao da Lei o Juiz atender aos ns sociais aque ela se dirige e s exigncias do bem comum.

    A lei no pode prejudicar o ato jurdico4 perfeito, odireito adquirido5 e a coisa julgada6.

    Quais os ramos que se divide o Direito?

    Agora que voc j sabe, em cima de que bases o Direitose sustenta e se estrutura, cabe-nos saber como o Direitose divide mais especicamente, ou seja, quais os seus di-

    versos ramos.A diviso do Direito em ramos, pela dinmica da socie-dade que evolui e se desenvolve, no xa. Conformea evoluo da sociedade, os ramos do Direito tambmevoluram.Para ilustrar esta evoluo basta lembrar que somente em1990, que o Brasil passou a contar com uma Lei queregula as relaes entre consumidores e fornecedores, o

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    Cdigo de Defesa do Consumidor. At ento estas rela-es eram reguladas por outras leis inseridas entre outrosramos.H portanto muitas formas de classicar o Direito emramos, mas para seu melhor entendimento, nesta unidadeser apresentada uma classicao do Direito mais sim-ples e genrica.

    1 Analogia - Quando o direito moderno civil omitir sobre determinada situaoo juiz se valer de outras normas que se apliquem a situaes similares paradizer o direito.2 Costumes - Na falta de outras normas, portanto sem situaes anlogas, ojuiz buscar decidir o direito conforme os costumes da regio.3 Jurisprudncia uma deciso j proferida por um tribunal em face de matriade direito assemelhada.4 Ato jurdico todo ato lcito que tenha por m imediato adquirir, resguardar,transferir, modicar ou extinguir direitos.5 Direito adquirido consiste na faculdade de continuar a extrarem-se efeitosde um ato contrrio aos previstos pela lei atualmente em vigor, ou, se preferir-mos, continuar-se a gozar dos efeitos de uma lei pretrita mesmo depois de ter

    ela sido revogada. Portanto, o direito adquirido envolve sempre um dimensoprospectiva, vale dizer, voltada para o futuro. Se se trata de ato j praticado nopassado, tendo a produzido todos os seus efeitos, ato na verdade consumado,que no coloca nenhum problema de direito adquirido.6 Coisa julgada material a eccia, que torna imutvel e indiscutvel a sen-tena, no mais sujeita a recurso ordinrio ou extraordinrio

    Quais so as divises do Direito?

    O direito se divide em Direito Pblico e Direito Privado.

    a) DIREITO PBLICO: regula as relaes entre dife-rentes rgos do Estado ou entre Estados e refere-se aoDireito do grupo, e os interesses da sociedade. Diz res-peito s coisas do Estado. O Direito Pblico engloba oDireito Constitucional; o Direito Administrativo; o Di-reito Penal; o Direito Tributrio; o Direito Processual e oDireito Internacional (quando relaciona as relaes entreEstados).

    b) DIREITO PRIVADO: diz respeito s relaes entreos cidados e entre os cidados e o Estado, refere-se ao

    direito do individuo. Compe o Direito Privado: o Di-reito Civil; o Direito Comercial; o Direito do Trabalho;o Direito Internacional (quando relaciona as aes doscidados no seu mbito privado).

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    O Direito Civil

    Para o Corretor de Imveis o ramo do Direito mais im-

    portante sem duvida nenhuma o Direito Civil porqueesse regula as relaes jurdicas entre as pessoas.Outros ramos do Direito tambm so importantes, poisas relaes entre as pessoas podem estar sendo feitas sem

    o verdadeiro conhecimento e a possibilidade que a socie-dade gostaria.

    ExemploUma pessoa poderia querer comprar um terreno para construirum estabelecimento industrial e outra gostaria de vender umarea. Essa relao s ser possvel se a sociedade aceitar a con-struo desse empreendimento nessa rea, manifestando sua

    vontade atravs do zoneamento do solo feito pelo Estado. As-sim, o prossional do ramo imobilirio se confrontar com di-versos ramos do Direito e a forma mais simples de iniciar esseestudo atravs do Direito Civil.

    O Direito Civil trata das pessoas em geral, dos bens pes-soais, dos negcios jurdicos realizados numa transao,sobre as posses e propriedades, bem como sobre as ob-rigaes e demais direitos das pessoas.

    As Instituies e as Sociedades, no estudo

    do Direito, so denominadas pessoas?Antes de voc responder esta pergunta, necessrio terconhecimento que, sob o ponto de vista jurdico, existemdois tipos de pessoas:1. PESSOA FSICA2. PESSOA JURDICA

    quem se denomina a Pessoa Fsica?

    A pessoa fsica o ser humano que por lei tem direitos eobrigaes na ordem civil: direito herana, direito de terpatrimnio, de ter um nome etc. sujeito de direitos e obrigaes, ou seja, pessoa fsica,toda pessoa que nasce com vida. Enquanto no nascercom vida a pessoa (feto) tem expectativa de direito e nodireito adquirido.Quando se emprega a palavra homem, h referncia atoda pessoa humana (homem ou mulher). a pessoa nat-ural, o indivduo em si, o ser humano nascido com vida.Basta nascer com vida para que exista como pessoa. An-tes, porm, de nascer com vida, no h personalidade: oque existe apenas o feto, que no tem personalidade e

    que recebe o nome especco de nascituro.Por nascituro, portanto, entende-se o feto j concebidoe que se encontra no ventre materno. Do ponto de vistajurdico, no uma pessoa. Levando-se em considerao,todavia, a expectativa de que nasa com vida, o legisladorresguarda os seus eventuais direitos, porque, se passar aser pessoa, receber ou transmitir direito.

    A existncia da pessoa fsica ou natural termina com amorte.

    O que vem a ser, no Direito, a capacidade de

    uma pessoa fsica?

    Nascida com vida, a pessoa fsica passa a ter personali-dade e, conseqentemente, capacidade. Por capacidade h

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    de se entender a medida da personalidade. A personali-dade pode ser de fato e de direito.

    Todos os seres humanos nascidos com vida tm capaci-dade de direito, isto ,