APOSTILA_ELETRO_-_DERMATO_CBES

64
APLICAÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA EM ESTÉTICA Tales de Mileto, no século VII A.C., conhecia a propriedade apresentada pelo âmbar amarelo (resina fóssil de cor amarela empregada em joalheira e ornamentação), de atrair corpos leves quando atritado por um pano (lã). Daí a palavra eletricidade; pois em grego, elektron significa âmbar. Eletricidade Parte da física que estuda as manifestações elétricas. Eletrostática Parte da eletricidade que estuda os corpos elétricos em repouso. Eletrodinâmica Parte da física que estuda os corpos elétricos em movimento. Cargas Elétricas O corpo humano é formado por pequenas partículas chamadas átomos que são a menor partícula da matéria e tem cargas elétricas, encontrando-se subdivididos em: - Prótons são as cargas positivas - Elétrons são as cargas negativas - Nêutrons não possuem carga elétrica Ficam assim dispostos; no núcleo central, ou núcleo atômico, estão os prótons e nêutrons. E ao redor do núcleo orbitam os elétrons. Um corpo está neutro quando o numero de prótons é igual ao de elétrons. Caso haja uma diferença no numero de prótons e elétrons este corpo está eletrizado. Quando um corpo (átomo) ganha elétrons estará carregado negativamente. Quando um corpo (átomo) perde elétrons fia carregado positivamente. IONS são átomos que ganham ou perdem elétrons - Cátions: são os positivos - Ânions: são os negativos Para que haja o deslocamento de elétrons é necessária uma força de impulsão. Ou seja, a força Eletromotriz, que ira ocorrer quando em certo material temos zonas de falta ou excesso de elétrons. DDP é a diferença de potencial que ocorre quando em um material temos zonas com excesso ou falta de elétrons e é medida em volt (110/220 V). Corrente Elétrica O movimento gerado entre o núcleo atômico e os elétrons livres de cada material é realizado de forma aleatória e caótica, isto é, sem que haja uma direção definida. É o fluxo ordenado de elétrons que ira produzir DDP entre os extremos de um condutor. DDP é a força eletromotriz disponível para produzir o movimento de uma corrente elétrica, ou seja, a força que faz com que os elétrons sejam movidos. Quando devido a um processo externo gera-se uma força elétrica que os obriga a executarem um movimento em direção ordenada que se sobreponha ao caótico, denomina corrente elétrica a esse fluxo ordenado de elétrons livres. Corrente elétrica em um condutor é definida como a quantidade de carga que atravessa o fio em um intervalo de tempo. Sua unidade no sistema internacional é o ampère (A) e, por convenção, o sentido da corrente é o oposto ao movimento de elétrons livres. Condutores de Corrente Elétrica Em condutores os elétrons das ultimas camadas estão fracamente ligados ao núcleo, de forma que qualquer energia extra fornecida ao material, é suficiente para que eles saiam de suas órbitas. A esses elétrons damos o nome de elétrons livres.

Transcript of APOSTILA_ELETRO_-_DERMATO_CBES

APLICAÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA EM ESTÉTICA

Tales de Mileto, no século VII A.C., conhecia a propriedade apresentada pelo âmbar amarelo (resina fóssil de cor amarela empregada em joalheira e ornamentação), de atrair corpos leves quando atritado por um pano (lã). Daí a palavra eletricidade; pois em grego, elektron significa âmbar.

Eletricidade Parte da física que estuda as manifestações elétricas.

Eletrostática Parte da eletricidade que estuda os corpos elétricos em repouso.

Eletrodinâmica Parte da física que estuda os corpos elétricos em movimento.

Cargas Elétricas O corpo humano é formado por pequenas partículas chamadas átomos que são a

menor partícula da matéria e tem cargas elétricas, encontrando-se subdivididos em: - Prótons são as cargas positivas - Elétrons são as cargas negativas - Nêutrons não possuem carga elétrica

Ficam assim dispostos; no núcleo central, ou núcleo atômico, estão os prótons e nêutrons. E ao redor do núcleo orbitam os elétrons.

Um corpo está neutro quando o numero de prótons é igual ao de elétrons. Caso haja uma diferença no numero de prótons e elétrons este corpo está eletrizado.

Quando um corpo (átomo) ganha elétrons estará carregado negativamente. Quando um corpo (átomo) perde elétrons fia carregado positivamente. IONS são átomos que ganham ou perdem elétrons

- Cátions: são os positivos - Ânions: são os negativos

Para que haja o deslocamento de elétrons é necessária uma força de impulsão. Ou seja, a força Eletromotriz, que ira ocorrer quando em certo material temos zonas de falta ou excesso de elétrons.

DDP é a diferença de potencial que ocorre quando em um material temos zonas com excesso ou falta de elétrons e é medida em volt (110/220 V).

Corrente Elétrica O movimento gerado entre o núcleo atômico e os elétrons livres de cada material é

realizado de forma aleatória e caótica, isto é, sem que haja uma direção definida. É o fluxo ordenado de elétrons que ira produzir DDP entre os extremos de um condutor.

DDP é a força eletromotriz disponível para produzir o movimento de uma corrente elétrica, ou seja, a força que faz com que os elétrons sejam movidos.

Quando devido a um processo externo gera-se uma força elétrica que os obriga a executarem um movimento em direção ordenada que se sobreponha ao caótico, denomina corrente elétrica a esse fluxo ordenado de elétrons livres.

Corrente elétrica em um condutor é definida como a quantidade de carga que atravessa o fio em um intervalo de tempo. Sua unidade no sistema internacional é o ampère (A) e, por convenção, o sentido da corrente é o oposto ao movimento de elétrons livres.

Condutores de Corrente Elétrica Em condutores os elétrons das ultimas camadas estão fracamente ligados ao

núcleo, de forma que qualquer energia extra fornecida ao material, é suficiente para que eles saiam de suas órbitas. A esses elétrons damos o nome de elétrons livres.

Isolantes de Corrente Elétrica

Ao contrário dos condutores, existem materiais nos quais os elétrons da ultima camada encontram-se fortemente ligados aos respectivos núcleos, portanto, não observasse elétrons livres neste materializou mesmo, este numero é muito pequeno. Sendo assim não há possibilidade de criar um fluxo ordenado de elétrons que se sobreponham ao pequeno movimento caótico que existem, estes materiais são chamados de materiais Isolantes ou Dielétricos. Ex. borracha, plástico e mica.

Classificação de Corrente Elétrica

Corrente Contínua Acontece quando a fonte que alimenta um condutor tem a polaridade de seus

terminais fixos, a força elétrica tem direção e sentido constantes. Isso obriga o fluxo de elétrons livres também Ter direção e sentidos fixos caracterizando o que chamamos de corrente contínua. A freqüência é nula.

Resumo: unidirecional, contínua, constante, possui efeitos polares e seu gráfico possui uma só fase positiva ou negativa.

Corrente Alternada Existem fontes, entretanto, que alternam contentemente sua polaridade.

Consequentemente o sentido da força elétrica que surge no condutor (fiação), de um aparelho que esteja ligada a tomada de 110 v ou 220 v, também se alterna. Assim, o movimento de elétrons livres será ora para um lado ora para o outro, dando origem ao que chamamos de corrente alternada.

Resumo: bidirecional, não tem efeito polar e seu gráfico apresenta das fases uma positiva e outra negativa.

Resistência: É uma dificuldade oferecida pelo condutor à passagem de corrente elétrica. O elétron que se desloca por um condutor colide-se com o átomo do material do

próprio condutor transferindo energia para este, causando então o aquecimento, e a mensuração desta energia é Jaule (J).

Resistor é um dispositivo elétrico capaz de oferecer resistência pré determinada à passagem de corrente elétrica. Sua mensuração é em Watts (1Jaule/s).

Lei de Jaule: A quantidade de calor produzido em uma corrente é proporcional ao quadrado da

Intensidade de corrente, a resistência e ao tempo que a corrente passa. (quantidade de calor) W = I² x R x T x K (constante calórica).

Intensidade: Quantidade de fluxo de elétrons através de um condutor. Sua unidade de medida é Coulomb por segundos (1 Ampère). 1 A = 1C/S 1 A = 10 ³ mA. Vem estabelecer a Lei de Ohm:

A Intensidade de uma corrente elétrica é diretamente proporcional a Força Eletromotriz e inversamente proporcional a Resistência do condutor .

Freqüência Esta é a freqüência com que os elétrons passam na corrente. A unidade de medida de freqüência é Hertz (Hz). Baixa Freqüência = 1 Hz a 1000 Hz Média Freqüência = 1000 Hz a 100.000 Hz

Alta Freqüência = 100.000 Hz em diante Diferentes freqüências interferem no limiar sensitivo de cada pessoa, pois

freqüências maiores ocasionam percepções menores, pois alta freqüência apresenta resistência menor da pele à passagem da corrente.

Portento, as formas de pulso podem ser: - Monofásicos: tem a fase positiva ou negativa separadamente, e possui efeito polar. - Bifásico; tem a fase positiva e negativa, portanto não possui efeito polar.

As correntes bifásicas podem ser com um pulso ou contínuas.

Eletrodos Território de ninguém é chamado o espaço localizado entre o aparelho e o cliente,

e esta ligação entre o aparelho e o cliente se faz por meio de eletrodos. Pouca literatura se tem a respeito disso, e, no entanto é um ponto muito importante.

A dimensão, constituição e colocação dos eletrodos são, em grande parte, responsável pelo êxito do tratamento, bem como causadores de desconforto e queimaduras, se não forem aplicados devidamente.

Sua função é a transmissão de fluxo de corrente ao paciente. Tipos de eletrodos:

- Em placas, flexível e maleável; usamos geralmente em áreas planas de fácil acesso.

- Em luvas; - Em rolos; - Puntiformes ou em forma de canetas - Ganchos

CORRENTE GALVÂNICA

Histórico: Primeiro a observar contração de músculos da pata de uma rã sob uma placa

metálica quando estalava uma centelha entre os eletrodos em uma máquina elétrica de fricção (1786).

Van Bruns comprovou a presença de traços de iodeto na urina, após um tratamento com corrente galvânica (1870).

Entre 1900 e 1912 Leduc demonstrou em experiência que poderia introduzir medicamentos no organismo animal provocando efeitos gerais.

Definição: É uma corrente elétrica unidirecional (os elétrons não mudam de direção),

contínua (sem interrupção), e constante (a intensidade não varia em relação ao tempo).

O fluxo desta corrente se da do pólo positivo para o negativo. Sendo este o sentido contrário das baterias comuns.

Efeitos Fisiológicos:

- Produção de calor: o transporte de corrente elétrica através de íons produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência específica do meio em que estaremos aplicando este tipo de corrente. Efeito Jaule. Este calor produzido não é utilizado terapeuticamente, pois outras formas terapêuticas são mais eficazes.

- Eletrólise: é o fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos, pelo fato de que cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente, e estaremos aplicando uma corrente que desencadeia efeitos polares por ter fases distintas em seu gráfico.

- Fenômeno do Eletrotonus: neste momento tratamos da alteração que a corrente Galvânica produz na excitabilidade e condutibilidade do tecido. a) O Aneletrotonus ocorre no pólo positivo e causa a depressão da excitabilidade,

que leva a o alivio da dor. O anodo aumenta o Potencial da Membrana. Isto faz com que a membrana se torne menos permeável ao Sódio e daí resulte uma resistência aumentada à estimulação por outros meios (Guyton 1992)

NEGATIVOPOSITIVO

TEMPO

b) O Cateletrotonus ocorre no pólo negativo e aumenta a excitabilidade facilitando as atividades específicas do tecido nervoso. No cátodo, a tensão aplicada á oposta ao potencial de repouso de membrana e se torna mias permeável ao sódio que o normal.

LEI DE PFLUGGER: Cateletrotonus: é o aumento da excitabilidade no pólo negativo. Aneletrotonus: é a diminuição da eletricidade no pólo positivo.

- Vaso dilatação: se da devido à ação da corrente galvânica sobre os nervos vaso motores, provocando uma hiperemia ativa, que chega a atingir os tecidos mais profundos por ação reflexa. Com isso há um aumento da irrigação sangüínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda. Todas as reações químicas jogam de armar e desarmar ligações químicas na presença de corrente contínua, libera energia e aumenta a temperatura local (Dumolim e Bisschop 1980). Segundo Andrews e col (2000), o pH da pele abaixo do cátodo torna-se gradualmente alcalino à medida que íons positivos são atraídos em sua direção enquanto a pele debaixo do ânodo sofre a reação oposta. E estas alterações químicas induzem a uma vaso dilatação reflexa, presumivelmente com a finalidade de manter um pH homeostático. A hiperemia causada logo abaixo dos eletrodos é devida a esta estimulação química dos capilares. Alguns autores dividem este período em três: a) Primário: há vermelhidão até algumas horas após a aplicação de corrente. b) Latência: quando quase total desaparecimento da hiperemia. c) Reação Retardada: renovação de hiperemia até 24h, após a latência vasos e

nervos ainda hipersensíveis (Leitão, 1967). Após a galvanização os vasos e nervos permanecem ainda vários dias hipersensíveis (influenciando beneficamente a circulação profunda por ação reflexa) (Cotta, Heipertz e Teirich-Leube, 1974).

- Aumento do metabolismo: decorrente da vaso dilatação e conseqüente aumento da oxigenação e substâncias nutritivas na região a ser tratada.

- Aumento da ação de defesa: pela vaso dilatação teremos um aumento de elementos fagocitários e anticorpos.

- Endosmose: as partículas fluidas também se deslocam, seu deslocamento se da do pólo positivo para o negativo. Esses fenômenos são basicamente em duas situações. Cataforese; (pólo +) para amolecer cicatrizes e quelóides. Anaforese (pólo -) na facilitação da derivação de fluidos no edema.

Características dos Pólos: POLO POSITIVO (Ânodo) POLO NEGATIVO (Cátodo)

Repele íons positivos Repele íons negativos Atrai íons negativos Atrai íons positivos Analgésico Estimulante Sedante Irritante Vasocosntrictor Vasodilatador Menor hiperemia (isquemia) Maior hiperemia Desidrata o tecido Hidrata o tecido Atrai O2 Atrai H (bolhas) Acido Alcalino Detém o sangramento Causa sangramento

Coagulação Liquefação A membrana fica menos permeável A membrana fica mais permeável Corrói metais por oxidação Não corrói metais

GALVANIZAÇÃO Administração da corrente galvânica, utilizando no material intermediário uma solução eletrolítica comum como água. E o mecanismo terapêutico baseia-se nos efeitos resultante da própria ação da corrente.

Intensidade: Máxima de 80 mA

Tempo de duração de pulso: Infinito

Tempo de repouso de pulso: Zero Freqüência nula

Ciclo ON/OFF: Ausente

Eletrodos: - De borracha ou silicone. - Placas metálicas (chumbo, cobre, latão, alumínio, ou estanho) retangulares

protegidas por esponjas. - Tipo caneta - Cuba com água para banho galvânico - Auto adesivos - Rolos lisos ou recartilhados

Técnicas de Aplicação: - Quanto menor for à área do eletrodo maior será a concentração de energia. - O cliente deve sentir um formigamento ou ardência agradável. - Não instalar o aparelho de corrente galvânica na mesma rede de aparelho de

Ondas Curtas. - O tempo de aplicação normalmente varia de 15 a 30 minutos. - Os eletrodos devem estar bem protegidos por material intermediário como gel

condutor, esponjas, feltro, ou algodão embebido em água. - É importante a identificação dos pólos.

Dica: Soriano et al (2000) para galvanização corporal se utilizam faixas confeccionadas com um material capaz de reterem líquidos e faixas em forma de eletrodos com elevada condutibilidade elétrica. Faixas podem ser molhadas com água ou material iontoforético. Normalmente utilizada para tratar coxas e abdome. Utiliza-se uma faixa para a parte superior e outra diferente para a parte inferior, verificando que não haja contato entre elas. Conectam-se os eletrodos da galvânica de maneira que um pólo esteja na parte superior e outro para a parte inferior. Normalmente a intensidade da corrente é cerca de 5 mA, e o tempo de aplicação 30 minutos.

Dosimetria: Leitão & Leitão (1995) dizem que a dosagem ideal é a de 0,5 a 1 mA por cm 2 de

área do eletrodo. Guirro & Guirro orientam para 0,1 mA por cm2 de área de eletrodo ativo.

Soriano et al (2000) orientam que não se deve ultrapassar nunca a intensidade de 0,05 mA/cm2 (Ex.: se o eletrodo te 200 cm2, a intensidade máxima tolerável será de 10 mA (200 x 0,05 = 10).

Na pratica clinica utiliza-se normalmente de 0 a 20 mA dependendo da sensação de formigamento referida pelo paciente.

IONTOFORESE IONIZAÇÃO

Histórico: Pivati em 1747 foi o primeiro a descrever a técnica.

Definição: Para Barry 2001 e Costello 1995 iontoforese é uma técnica não invasiva que usa

potencial (menor que 5 V) ou corrente elétrica (0,1 a 1 mA/cm²) para promover uma maneira controlada de aumentar a transferência transdermal de uma variedade de drogas.

Administração da corrente galvânica com substância terapêutica no material intermediário. E o efeito terapêutico esta no efeito resultante da própria corrente e da ação do medicamento ou substância usada.

Baseia-se na LEI DE DU FAY de que pólos opostos se atraem e que pólos homólogos se repelem.

Experiência de LE DUC

Onde através da utilização de dois coelhos demonstrou que um dele morreria asfixiado pelo cianureto e outro entrava em convulsão devido à estricnina. O procedimento deve ser realizado com a substância, em forma de solução diluída, colocada no pólo homologo ao seu radical químico livre, isto é, se o radical da substância é positivo, colocamos no pólo positivo, e por eletro repulsão o radical é introduzido no corpo.

A transferência da substância ocorre por meio dos portais formados por folículos capilares e poros da pele (Salgado 1999).

Técnicas de Utilização: - É fundamental a determinação do pólo negativo ou positivo dos eletrodos. O íon

ativo se deduz na formula química do medicamento e o pólo usado para introduzi-lo deve ser o mesmo íon ativo.

- Na iontoforese subaquática os eletrodos são representados por recipientes contendo soluções eletrolíticas.

Área-alvo

Área-alvoÁrea-alvo

- As substâncias utilizadas devem estar constituídas de partículas ionizáveis e em concentrações adequadas, porque se estas não forem ionizáveis, não penetrará na pele como desejamos. Concentrações abaixo do normal não fazem o efeito desejado, e acima do normal podem ser lesivos à pele e ao organismo.

- As substâncias devem ser soluções aquosas dissociadas em íons ou géis aquosos contendo íons.

- Geralmente as concentrações das substâncias são de 1 a 2% colocados em esponjas sempre maiores que as placas para evitar queimaduras.

- A quantidade e a velocidade de liberação da medicação dependem: da voltagem a total aplicada, da duração do tratamento, da resistência da pele ao movimento iônico, do pH local, do potencial de ionização da substância ou de seu solvente, do tamanho do eletrodo e da concentração da droga no eletrodo ativo. (Andrews 2000 e Salgado 1999)

- Salgado (1999) também cita que esta técnica libera a substância profundidades que varia de 6 mm a 20 mm. E uma vez dentro dos tecidos a medicação é espalhada por meio de difusão passiva, não sendo mais afetada pela corrente. Esta taxa de difusão é de forma que a substância é mais concentrada dentro dos tecidos diretamente subcutâneos ao local de introdução e progressivamente menos concentrados nos tecidos mais profundos e nos tecidos periféricos ao local do tratamento.

- A forma de utilização dos eletrodos é similar a da galvanização convencional. Mas no caso dos eletrodos passivos, ou dispersivos, Winter (2001) diz que devemos usar em tratamentos Faciais sob o ombro direito ou fixado no braço direito; e nos tratamentos Corporais em uma área oposta a aquela que será tratada.

- Reviere 1970, em seu experimento sobre ionização de mucopolissacarídeos nas mais diversas patologias, concluiu que a disposição dos eletrodos é de fundamental importância para a obtenção de bons resultados. O autor utilizou as técnicas de colocação, longitudinal e transversal, constatando a relação entre os resultados pequenos e nulos com a técnica longitudinal e os resultados bons e médios com a técnica transversal.

Dosimetria: - Normalmente é semelhante à galvanização convencional, respeitando sempre a

sensibilidade de cada indivíduo. - Andrews e col (2000) e Starkley (2001), relatam que a dose de substância liberada

durante o tratamento é medida em miliamperes por minuto (mA/min): Amperagem da corrente x duração do tratamento.

- Andrews e col (2000), por razão de segurança, relatam que a intensidade máxima da corrente permitia é geralmente de 4 a 5 mA.

- Soriano et al (2000) dizem que tanto a intensidade por cm2 de eletrodo como a polaridade do produto e a duração da sessão, são dados que o fabricante do produto ionizável deve informar, já que estes parâmetros dependem das características específicas dos produtos a ser introduzido, de seu tamanho molecular, e de seu comportamento eletroforético, etc. Entretanto, em nenhum caso, a intensidade indicada deverá ultrapassar o limite doloroso da pessoa em tratamento, ou em caso de risco deve-se diminuir a intensidade da corrente e aumentar proporcionalmente o tempo de duração da sessão, como por exemplo: para uma substância que se deve introduzir a uma intensidade de 4 mA por 10 min, podemos obter o mesmo resultado com 2 mA por 20 min.

- Low e Reed (2000), a penetração da substância é maior durante os sei primeiros minutos. Para eles a duplicação do tempo de tratamento (12 min) aumenta o índice de penetração em aproximadamente 25%.

Preparação da Pele: Winter (2001) nos orienta a prepara a pele ates da qualquer ionização.

Peles alípicas devemos fazer um aquecimento infravermelho, compressas úmidas e quentes, vapor não ionizado, e massagens. Pois pele quente e bem irrigada pela circulação sangüínea contém uma quantidade maior de água, e, portanto a resistência contra a corrente galvânica é menor.

Peles seborréicas, devemos proceder a uma desincrustação, esfoliação, peeling. Pois é muito importante desengordurara superfície da pele, afinal sabemos que a gordura é isolante de corrente elétrica.

Fatores que Dificultam a Ionização: - A resistência da pele e dos tecidos. Sendo o extrato córneo a principal barreira

para a transferência de substâncias através da pele para dentro dos tecidos (Salgado 1999).

- Apenas um pequeno numero de substâncias tiveram comprovação experimental com a iontoforese.

- Algumas substancias geralmente utilizadas, contém ions de ambas as polaridades (anfóteras), o que dificulta a introdução global.

- A quantidade eficaz do medicamento introduzido é de difícil mensuração. - A possibilidade de uma concentração da substância aquém da terapêutica

alcançar o tecido-alvo (Salgado 1999). - Os fenômenos eletrosmóticos auxiliam na penetração dos cátions pelo arraste

passivo e dificultam a dos ânions, que devem exercer deslocamento contrário às moléculas de água. OBS: Robinson e Snyder-Mackler (2001), citam que existe equipamentos próprios para iontoforese construído com características de segurança para reduzir o risco de queimaduras, características de segurança faz com que os aparelhos comuns. Esta característica de segurança faz com que os aparelhos desliguem automaticamente quando a impedância dos tecidos torna-se excessivamente alta ou se for desconectada a área de contato.

Reações Alérgicas: Reações alérgicas e de sensibilidade para transferências de ions são raras

comparadas a queimaduras. Seguem sugestões para reduzir tais efeitos (Wing 1993). - Evitar iodo, em clientes com alergia para frutos do mar. - Evitar salicilatos em clientes alérgicos à aspirina. - Pacientes sensíveis a metais que podem reagir com cobre, zinco magnésio e

outros metais.

Substâncias Utilizadas na Iontoforese Estética: SUBSTANCIA POLARIDADE AÇÃO

Aminoácidos Positivo Queratinização da pele, e ação sobre os fibroblastos.

Hidrolisados de Algas Positivo Hidrólise de gorduras celulíticas

Cloreto de Sódio Positivo Hidratação para peles envelhecidas

Thiomucase (hialuronidase) Negativo Anti-celulítico Solução Hidroetanólica a 10% (própolis)

Positivo Anti-séptica e cicatrizante (acne e desincrust)

Acido Pantotênico a 5% Positivo Queda de cabelo Infusão de Salvia Positivo Adstringente e anti-séptica

(seborréia e hiper-hidrose) Extrato de Hamamélis Positivo Adstringente e Anti-séptico

(couperrose e acne) Extrato de Hera Positivo Antiedematoso (celulite e

estrias) Iodo a 4% Negativo Esclerótico e bactericida Citrato de Potássio a 2% Negativo Antiinflamatório Ácido hialurônico hexamina a 0,2%

Negativo Flacidez cutânea

Benzedamina CIH Positivo Antiinflamatório, celulite Fosfatase alcalina Negativo Envelhecimento cutâneo,

respiração celular. Óxido de zinco a 2% Positivo Cicatrizante Endometacina C Negativo Celulite Poliéster sulfúrico de mucopolissacarídeos

Negativo Desidratação e flacidez cutânea

Fonte: Winter (2001).

PRODUTO POLARIDADE INTENSIDADE TEMPO DE APLICAÇÃO Derivado hidrossolúvel de Rutina

Negativa Máx. 5mA 20 a 25 min.

Extrato de fucus vesiculoso (Alga)

Negativa Máx. 5mA 20 a 25 min.

Derivado orgânico de silício

Negativa 4 a 6 mA 30 min.

Hiedra Algas marinhas Substância biológica

Negativa 4mA 20 a 25 min

Concentrado de algas Oligoelementos

Negativa 5mA 30 min

Extrato de alga oligoelementos

(pH6) Positivo

0,02 a 0,05 mA 15 a 20 min.

Zaragossa (1995).

DESINCRUSTAÇÃO OU DESINCRUST:

Definição:

É um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas. Utilizam-se os efeitos polares da corrente galvânica para obter uma limpeza das substâncias gordurosas da pele em profundidade (Winter 2001e Miedes 1999). Executa-se com um aparelho calibrado e montado para gerar corrente contínua, portanto possui características o princípio galvânico, isto é, tensão contínua, constante e com polaridades determinadas. Atua pelo processo de eletrólise: passa-se uma corrente elétrica através de uma solução condutora ou eletrólito decompondo-a, de água produz-se Hidrogênio.

Então resumimos que a desincrustação tem por objetivo estético retirar de forma suave os incrustados na superfície epidérmica, que em linguagem estética reproduz e ou significa limpar. Saponificação.

Utilização das polaridades:

A atuação da corrente é superficial proporcionando destamponamento pilo - sebáceo, e é importante observar que não existe, penetração das soluções empregadas nos desincrustadores. Para isto devemos eleger a polaridade de corrente inversa a do radical da substância.

Pelo fato dos ions de sódio ter polaridade positiva, são atraídos pelo pólo negativo, fixando-os ao algodão que envolve este eletrodo. Após a aplicação, o algodão adquire cor cinzenta onde teve contato com a pele, pois ali se deu a saponificação do sebo.

Ação: Não é somente tirar o excesso de oleosidade da pele, mas também a reeducação

do trabalho das glândulas sebáceas e sudoríparas. A desincrustação busca o reequilibro do pH, reeducação do trabalho das glândulas

sebáceas e sudoríparas evitando asfixia das peles alípicas. A limpeza profunda serve para limpar o folículo pilo - sebáceo do excesso de

secreções sebáceas, facilitando a extração de comedões e acne vulgar, na limpeza dos canais foliculares e manutenção da normalização do estado da epiderme recuperada.

Para Winter (2001), a desincrustação é um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas. Portanto, a desincrustação é inadequada para peles alípicas. Existem fabricantes de cosméticos que oferecem uma loção desincrustante para peles seborréicas e outra para peles alípicas; ora, se a pele alípica já tem falta d oleosidade, como se pode retirar o pouquinho que lhes resta? Este conceito é corroborado por Miedes (1999), que diz que a desincrustação está unicamente recomendada em zonas de peles seborréicas.

Técnicas de Aplicação: - Utiliza - um eletrodo em forma de jacaré, gancho ou rolo como eletrodo ativo,

sendo este colocado no pólo negativo. O eletrodo passivo (pólo positivo) em forma de placa de carbono ou de metal, ou silicone, ou bastão pode ser colocado sob o ombro direito ou fixado no braço direito.

- Winter (2001) relata a utilização de intensidade entre 0,2 a 1 mA (formigamento leve), com duração de 10 a 15 minutos aproximadamente. Entretanto, Miedes (1999), diverge intensamente quando menciona a utilização de intensidade em torno de 1 a 5 mA, com duração de 3 a 4 minutos por sessão. E que a intensidade

deve estar relacionada diretamente com o tamanho do eletrodo. Tamanho menos, menor intensidade. Soriano et al (2000), mencionam que em virtude da pouca superfície do eletrodo ativo, se trabalha com uma intensidade que não deve ser superior a 1 a 1,5 mA, dependendo da sensibilidade e o tipo de pele, e a duração da sessão deve ser de 3 a 4 min.

- Colocar algodão embebido em alguma substância desincrustante, envolvendo corretamente o eletrodo, sem que as partes metálicas possam entrar em contato com a pele.

- Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente sobre a região da pele a ser tratada, exercendo uma pressão uniforme e firme. Os movimentos devem ser ordenados de forma que a superfície toda seja atingida.

- O algodão deve estar devidamente embebido na substancia, sem estar encharcado.

- Se o algodão secar deve-se umedecê-lo novamente sem retirá-lo do contato com apele, assim devemos fazê-lo com um conta-gotas.

- Nas peles mistas devemos proceder a desincrustação somente na região oleosa. - A solução de Carbonato de Sódio tem um pH de 12, isto é, altamente alcalina. A

pele normal tem um pH de 4,5 a 5,5, levemente acida. Normalmente a nossa pele tem grande capacidade de amortecer a s alterações bruscas de pH. Para restabelecer o pH da pele após a desincrustação, devemos lavá-la com água morna, à qual colocamos algumas gotas de vinagre ou limão, mas este é um conceito mais antigo. Hoje sabemos que basta utilizar a polaridade positiva, que por sua característica é acida, e repetir o processo somente com água.

Produtos Utilizados: - Solução aquosa a 10% de bicarbonato de sódio. - Solução aquosa de sal a 10%. - Solução aquosa de carbonato de sódio a 5%.

Segundo Miedes (1999) - Carbonato de sódio a 1% (preferível) - Salicilato de Sódio a 2%

Segundo Winter (2001)

Efeito rebote Soriano et al (2000), relatam que não se deve abusar desta técnica, já que poderia

se produzir um afeito rebote se as glândulas sebáceas gerassem a gordura que a pele precisa, porém em excesso, para compensar a que se extraiu por meio do desincrust.

Para Miedes (1999), deve haver um intervalo, entre uma sessão e outra, de no mínimo um mês já que pode aparecer o denominado efeito rebote mediante o sebo que foi eliminado. Soriano et al (2000), relatam que deve haver um intervalo entre as sessões de 15 a 20 dias.

IMPORTANTE: não parar o eletrodo na pele da cliente, pois ficara hiperêmica e sensível; no caso de gosto de metal na boca mantê-la entreaberta durante a aplicação.

ALTA FREQÜÊNCIA

Formação de um campo eletromagnético È um espaço onde agem forças magnéticas que se formam em torno de um

condutor elétrico. Quando há uma corrente elétrica em um condutor, ao somente o condutor é

submetido a alterações, mas também a região que o circunda sofre modificações. Forma-se um campo eletromagnético em volta do condutor.

Quanto maior a intensidade da corrente no condutor, tanto mais forte é o campo eletromagnético ao seu redor. O efeito eletromagnético aumenta consideravelmente, quando o condutor não está disposto linearmente, mas em forma de espiral. Neste caso, as linhas magnéticas encontram-se tanto no interior da espiral quanto a envolvendo exteriormente. Bobina.

Sempre quando o campo eletromagnético ao redor do condutor de desfaz, ele de desprende do condutor e parte em direção ao infinito. Enquanto há corrente alternada no condutor, ondas eletromagnéticas são geradas.

Uma onda é uma propagação de uma oscilação. A quantidade de oscilações por segundo dos elétrons de um condutor determina a freqüência das ondas geradas por um condutor. Por comprimento de onda entende-se a distância que uma onda percorre, até que uma nova se desprenda do condutor.

A velocidade de propagação e ondas eletromagnéticas no vácuo é constante e corresponde à velocidade da luz, 300.000 km por segundo. Quanto maior for à freqüência das ondas, tanto menor será a distância entre elas, ou tanto menor será o comprimento de onda.

As ondas eletromagnéticas são uma forma de energia. As ondas podem ser captadas por antenas. Uma antena é um condutor elétrico capaz de emitir ou receber ondas eletromagnéticas.

O francês Jaez D Arsonval iniciou estudos sobre os efeitos do campo eletromagnético no organismo ao final do século 19.

Efeitos biológicos das ondas eletromagnéticas As estruturas orgânicas contêm muitas moléculas externamente neutras.

Chamadas de dipolos, cujas cargas internas são dispostas assimetricamente. Um exemplo para os dipolos é a molécula de água onde a carga negativa concentra-se sobre o oxigênio, enquanto a carga positiva fica ao lado dos hidrogênios. Os dipolos, quando expostos a um campo eletromagnético, orientam-se de maneira que seu lado de maior carga negativa de direcione ao pólo positivo. A mudança da polaridade da corrente alternada força os dipolos a acompanharem as oscilações do campo eletromagnético. Quando o ritmo das oscilações é muito rápido, como ocorre em uma corrente de alta freqüência, as rotações dos dipolos também são extremamente rápidas, (acima de 300 milhões de vezes por segundo). Este caso, a energia eletromagnética é transformada em calor, porque a rotação rápida dos dipolos provoca atrito entre eles. As moléculas de substâncias apolares (por exemplo, às gorduras), sofrem somente uma ligeira deformação quando expostas ao campo eletromagnético, sem, no entanto entrarem em rotação (Winter 2001 e Scott 1998).

Para Winter (2001), os aparelhos de alta freqüência devem manter uma distância de 6 metros de aparelhos de corrente galvânica ou fará dica, quando usados simultaneamente. Os cabos dos outros agem como antenas, captando as ondas eletromagnéticas produzidas pêlos aparelhos de alta freqüência. Isto pode danificar o aparelho e é perigoso para o indivíduo que está sendo tratado.

Histórico: Trabalhando com correntes de ciclagem diferente, D. Arzoval observou que, com o aumento do número de oscilações, a corrente perde sua propriedade de estimular os músculos estriados. Ao atingir 10.000 oscilações por segundo, a corrente não mais produzia contração muscular, e ao atingir 500.000 oscilações por segundo havia então produção de calor, com gás especial, havendo formação de gás ozônio.

Definição:

Aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta freqüência, entre 100.000 e 200.000 Hz, com uma tensão que oscila entre 25.000 e 40.000V e uma intensidade da ordem de 100mA (Miedes 1999).

Produção de descarga elétrica no ar ou entre o eletrodo e uma pessoa com aumento de uma tensão e uma bobina.

Corrente de elevada tensão e de baixa intensidade. Esteticamente começou-se a utilizar este aparelho em 1938 na França. - gás néon: avermelhado - Gás chenon: arroxeado - Gás argon: azulado

Estes gazes são o meio condutor entre a bobina e o cliente, de acordo com ao gás utilizado irá produzir uma coloração diferente pela passagem da corrente. A descarga elétrica no ar ou entre o eletrodo e a cliente irá produzir ozônio que é o O3 oxigênio trivalente.

Ação: Segundo Winter (2001) a passagem de ondas eletromagnéticas por ar ou por

gases rarefeitos, provoca a formação de ozônio, como acontece, por exemplo, na ozonosfera do nosso planeta (as ondas eletromagnéticas do sol passam pelo ar rarefeito da ozonosfera, gerando ozônio).

O ozônio é uma substância instável que se decompõe rapidamente em oxigênio molecular (O2) e em oxigênio atomar (atômico O). A grande ação desinfetante do ozônio reside na grande agressividade do oxigênio atomar (atômico) nascente, que é liberado durante a decomposição do ozônio (Winter 2001).

O3 O2 + O

O envelhecimento celular está ligado à ação dos radicais livres, e o oxigênio é um dos precursores desta ação, através da oxidação das estruturas orgânicas. O oxigênio atomar é o oxidante mais agressivo depois do flúor. Ele é um radical livre.

Baseado nas considerações sobre os radicais livres, os eletrodos de alta freqüência, produtores de ozônio em nível da pele, devem ser utilizados pelo profissional com critérios, pois não é lógico que um tratamento estético, que visa atenuar e atrasar os efeitos do envelhecimento utilize os eletrodos de alta freqüência, pondo o resto do tratamento a perder. A corrente de alta freqüência, quando empregada descriteriosamente, é um meio de se envelhecer mais rápido! (Winter 2001).

Efeitos Fisiológicos: - Térmico: o principal efeito das correntes de alta freqüência ao atravessar o

organismo é a produção de calor. Do efeito térmico se pode deduzir outro efeito como a vaso dilatação periférica local. Devido ao calor gerado, se consegue um aumento do fluxo sangüíneo e, portanto se produz uma melhora do trofismo, oxigenação e metabolismo celular (Medes 1999).

É um efeito comum a todas as formas de aplicação, e se acentua mais nos casos em que o eletrodo se coloca a uma ligeira distância da pele, que quando está em contato direto. O efeito térmico obtido é inversamente proporcional à superfície do eletrodo. Por isso para efeitos destrutivos se usam eletrodos de pouca superfície já que concentram em um ponto os efeitos térmicos. O efeito térmico obtido é diretamente proporcional ao tempo de aplicação. Os tratamentos mais habituais duram entre 3 e 5 minutos (Miedes 1999).

- Vasodilatador e hiperemiante local: Aparece como conseqüência do efeito térmico. Os eletrodos de vidro têm um efeito estimulante sobre a pele, pois aumentam a circulação periférica local. (Winter 2001 e Miedes 1999). Causando conseqüente oxigenação local.

Efeitos terapêuticos: - Bactericida e anti-séptico (a formação de ozônio ao nível da pele tem ação

desinfetante). As faíscas que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele formam, a partir do oxigênio (O2) do ar, O Ozônio (o3) através da corrente elétrica. O Ozônio formado é muito oxidante e por tanto é um bom bactericida, germicida e anti-séptico em geral (Miedes 1999). OBS: Há de se ressaltar que este tipo de corrente não tem nenhum efeito de excitação neuromuscular.

Indicações: - Desinfecção após a extração de acne - Fulguração das acnes inflamadas - Desinfecção e estimulação da circulação sangüínea do couro cabeludo

Contra indicações: - Marca-passo cardíaco - Gestantes - Zonas hemorrágicas - Distúrbios de sensibilidade - Pele com cosméticos inflamáveis

Técnica de Aplicação: a) Aplicação direta ou efluviação: aplica-se diretamente o eletrodo na área a

ser tratada, normalmente utilizam-se os eletrodos de superfície plana com deslizamentos sobre a pele.

b) Aplicação à distância ou com faíscas: matem-se o eletrodo a uma curta distância da pele (milimétrica), porém sem encostar-se a nenhum momento. Como conseqüências saltam faíscas desde a superfície do eletrodo à superfície da pele a ser tratada.

c) Aplicação indireta ou saturação: através de um eletrodo em forma de barra metálica que a pessoa tratada segura em suas mãos e o profissional tratará o paciente com as mãos.

MICROCORRENTE

A terapia de microcorrentes rejuvenesce tecidos sem deixar cicatrizes, e é a

forma natural de cura mais rápida do mundo". (Craft 1998).

Histórico

Em 1925 utilizaram-se folhas douradas carregadas de eletricidade para curar cicatrizes de varíola.

Em 1977 comprovou-se o auxílio na aceleração de consolidação óssea com uso de microcorrentes (Watson 1998)

Em 1982 Cheng e col. Iniciaram um trabalho que elucidaria o mecanismo de ação das microcorrentes, onde demonstrou o aumento da concentração de ATP, aumento da síntese de proteínas, aceleração do transporte através da membrana celular e outros efeitos a nível intracelular.

Em 1983 demonstrou-se a biossíntese de colágeno dérmico e epidérmico em porquinhos de laboratório com o uso de microcorrentes (Watson 1998).

Definição

Tipo de eletro estimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa de microamperagem e são de baixa freqüência

Corrente de baixa intensidade, em micro ampères (1/1000.000 A). Freqüência que varia de 0,5 a 900 Hz podendo chegar até 1000 Hz

dependendo do fabricante até porque não há padrão industrial para produção de equipamentos de microcorrentes segundo Robinson e Snyder

Mackler 2001. Esta ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas e, como resultado, ao pacientes não tem nenhuma percepção da sensação de formigamento tão comumente associada com procedimentos eletro terapêuticos. Já Starkley (2001), relata que esta forma de estimulação elétrica tende a ser aplicada em nível sub-sensorial ou sensorial muito baixo, com uma corrente que opera a menos que 1000 microamperes.

Craft (1998) afirma que a microcorrente trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável, e que isso é compatível com o campo eletromagnético do corpo.

Segundo Wing 1989 - até esta data, utilização do pólo negativo (catodo) o mais efetivo para reparo e regeneração de ossos e nervos, enquanto o pólo positivo (anodo) aparece com mais efetividade na cura de lesões de pele.

Efeitos Fisiológicos: - Restabelecimento da bioeletricidade tecidual: a resistência dos tecidos lesionados

é então reduzida... Portando a terapia das microcorrentes elétricas pode ser vista como um catalizador útil na iniciação e perpetuação das numerosas reações elétricas e químicas que ocorrem no processo de cura.(Watson 1998, Kirsch e Lerner 1987)

- Aumento da síntese de ATP: o processo de síntese de ATP está intimamente ligado a um processo elétrico fisiológico. Esse processo acelerado pela microcorrente... Aumentando assim a diferença entre as duas membranas aumentando assim a força protomotriz, força que leva a formação do ATP. (Cheng 1982, Kirch e Mercola 1995, Robinson e Snyder e Mackler 2001). Estudos realizados por Cheng e col. Mostram que microcorrentes a 500µA aumentou o ATP celular local em até 500%. Realizado com um aparelho de corrente contínua, entre 100 e 500 µa.

- Síntese de proteínas: pelo aumento do transporte de aminoácidos a síntese de proteínas em 30% a 40%. Correntes que excederam 1000µA (1mA) reduziram o isobutírico em 20% a 73%, a síntese de proteínas em 50%. Correntes entre 1mA e 5 mA diminuem ATP, e acima de 5 mA, a produção de ATP cais abaixo de níveis de controle. (Cheng 1982, Kirsh 1995, Becker 1985, Wing, 1989).

- Transporte ativo de aminoácidos: depende diretamente da energia liberada pelas moléculas de ATP, que aumenta o transporte de aminoácidos levando ao aumento da síntese de proteínas, com intensidade entre 100 e 500 µA. (Cheng 1982)

- Aumenta o transporte através da membrana: pelo aumento da produção de ATP (Cheng 1982).

- Ação no sistema linfático: aumenta a mobilização de proteínas para o sistema linfático, proteínas carregadas são postas em movimento... A pressão osmótica dos canais linfáticos aumenta, acelerando a absorção de fluídos do espaço intersticial (Kirsh e Mercola 1995).

- Acelera o processo de cicatrização - Retarda o processo de envelhecimento

Os efeitos das microcorrentes são cumulativos, normalmente devem ser tomadas muitas doses para que sejam alcançados os resultados finais de cura, embora resultados iniciais possam ser vistos durante ou após as primeiras sessões.

Efeitos terapêuticos: - Analgesia - Acelera a recuperação tecidual - Intracrescimento de fibroblasto e alinhamento do colágeno - Redução do edema - Reparação de fraturas, aumento da osteogênese. - Antiinflamatório - Bactericida - Cicatrização pólo

- Melhora da fadiga após exercício - Melhora de espasmos, hipoxia, acumulo de metabólitos. - Síntese e proteínas transporte de ions.

Eletrodos: - De borracha ou silicone. - Placas metálicas (chumbo, cobre, latão, alumínio, ou estanho) retangulares

protegidas por esponjas. - Tipo caneta - Cuba com água para banho galvânico - Auto adesivos - Rolos lisos ou recartilhados

Técnicas de Aplicação Kirschi e Lerner (1987) - Eletrodos de prata por ter uma resistência menor tem

maior eficácia no tratamento de microcorrentes. Os efeitos são cumulativos. Miedes 1999 - eletrodos tipo sonda Manobras suaves, lentas. Manobras com pressão suave e ligeiramente rápidas, seguindo o sentido do sistema linfático. Movimentos de vai-e-vem, afastando a aproximando. Soriano et al. 2000 - eletrodos tipo sonda. Drenagem Linfática: movimentar os eletrodos no trajeto do sistema linfático.

Estimulação da epiderme e circulação sangüínea: movimentos de vai-e-vem e beliscões Estimulante muscular: movimentos de encurtamento (região facial inferior) e estiramento (frontal e periorbicular)

Ionização: Preparação da pele: Winter (2001) nos orienta a prepara a pele antes da qualquer ionização. Peles alípicas devemos fazer um aquecimento infravermelho, compressas úmidas e quentes, vapor não ionizado, e massagens. Pois pele quente e bem irrigada pela circulação sangüínea contém uma quantidade maior de água, e, portanto a resistência contra a corrente galvânica é menor. Peles seborréicas, devemos proceder a uma desincrustação, esfoliação, peeling. Pois é muito importante desengordurara superfície da pele, afinal sabemos que a gordura é isolante de corrente elétrica. Escolha dos eletrodos nas forma já citadas, de acordo com região a ser tratada ou o tratamento que será realizado. Eleição do produto que será utilizado para a ionização se este for necessário. Por sabermos que quanto maior a freqüência, menor a penetração de corrente, ou seja, estaremos atingindo camadas mais superficiais, e o inverso é verdadeiro. Quanto menor a freqüência maior a penetração de corrente elétrica.

Indicações - Acne - Involução cutânea - Pós operatório de cirurgia plástica - Estrias - Cansaço muscular facial - Celulite - Pós peeling - Iontoforese - Cicatrizes - Rupturas miotendinosas - Tendinites - Tenossinovites - Outros tipos de pós operatório imediato - Ulceras de decúbito - Síndromes dolorosas - Síndromes linfáticas - Recuperação de queimaduras

Contra Indicações - Alergias ou irritação a corrente elétrica - Sobre o útero gravídico - Eixo de marca passo

ELETROLIFTING GALVANOPUNTURA

Introdução Lifting é uma palavra de origem inglesa e seu significado é levantamento ; eletro

deriva de eletricidade (corrente elétrica).

Segundo Silva, 1998, o desenvolvimento do procedimento de eletrolifting data de 1952, descrevendo ainda que pela sutileza de sua corrente (microamperagem), proporcionava resultados satisfatórios.

Por designação este tratamento tem a finalidade de produzir um levantamento da pele e estruturas adjacente atenuando rugas e linhas de expressão, bem como estrias. Trata-se de um método invasivo, porém muito superficial que reúne os efeitos de uma fina agulha associados aos da corrente elétrica contínua em microamperagem, mais especificamente ainda no pólo negativo.

Definição É uma técnica em que se utilizam microcorrentes variáveis de baixa freqüência,

com impulsos de muita baixa duração e intensidade, com a finalidade de produzir um levantamento dos extratos mais superficiais e prevenir desta forma o envelhecimento cutâneo. (Miedes 1999)

A mobilização eletroionica da água e das células sangüíneas e a eletroendosmose que possibilita o abrandamento das lesões dérmicas no pólo negativo são a base para o tratamento. (Guirro & Guirro 2002)

Conhecendo-se os efeitos polares de corrente contínua, mais precisamente os do pólo negativo, associando então estes efeitos com os do processo inflamatório causado pela lesão da agulha, estimulando assim um processo de reparo do tecido fica claro compreender que a intenção é o preenchimento tecidual, conseqüente de uma renovação celular acelerada.

Ação Ativação da linha de expressão e ou estrias, com um eletrodo que consiste em

uma fina agulha conectada a um tipo de eletrodo em forma de caneta transmissor de corrente elétrica.

A lesão da epiderme, mais especificamente a camada espinhosa obriga o organismo a uma ação reparadora. (Winter, 2001).

Agulha + Corrente

Vasodilatação Aumento da

permeabilidade capilar

Liberação de fibrina

Células de defesa

Hiperemia

Edema

Coagulação

Reparo Tecidual

As células abaixo dos sulcos da ruga e das estrias são células atróficas, de

tamanhos menores e de qualidade inferior à dos seus vizinhos. A ponta da agulha provocará a necrose de algumas destas células. Em resposta a lesão, haverá uma dilatação de pequenos vasos da derme correspondente à região lesada, resultando em um edema discreto. Logo em seguida, a taxa mitótica do extrato basal regional aumentará. as células recém formadas preencherão o espaço das células lesadas cujos restos serão eliminados por fagocitose e o liquido excedente absorvido pela circulação linfática. (Winter 2001).

Efeitos

A utilização da corrente contínua (componente galvânico) especificamente o pólo negativo causa a necrose tecidual provocada pela formação alcalina que ocorre.

Durante p processo de reparação tecidual, instalado o processo inflamatório, os fibroblastos ativados encontram-se em diferenciação em resposta aos fatores de crescimento eles se multiplicam e produzem fibras colágenas, e também secretam proteoglicanas e fibras elásticas. (McPherson e Piez, 1988).

Os fibroblastos que são as células que produzem colágeno, encontram-se estruturalmente cortes histológicos da pele estriada, bem como nos tecidos abaixo dos sulcos das linhas de expressão, haja vista que o processo de envelhecimento está diretamente ligado à diminuição da produção e alterações do colágeno.

Segundo Pieraggi et alii (1982), fibroblastos com organelas que demonstrem atividade de síntese são extremamente raros nas estrias.

Estudos mostram que, após sessões de corrente elétrica, ocorre um acentuado aumento de fibroblastos jovens, uma neo vascularização, e um retorno da sensibilidade dolorosa e, como conseqüência, uma grande melhoria no visual da pele, ficando próxima ao aspecto normal (Guirro et alii 1991).

Guirro 2002, diz que na estria o fibroblasto se apresenta quiescente, sendo que o estímulo elétrico de baixa intensidade se mostra eficiente para aumentar sua replicação , bem como a das fibras e substância produzidas pela mesma.

Quase imediato a aplicação da técnica, aparecem hiperemia e edema típico de qualquer processo inflamatório devido as substância locais liberadas pela lesão, provocando, assim, vasodilatação e ameno da permeabilidade dos vasos. O principal momento da inflamação é a vasodilatação, responsável pela hiperemia e calor, aumentando com isso o fluxo sanguíneo que é fundamental nas alterações hemodinâmicas da inflamação aguda. A região é preenchida por um composto de leucócitos, eritrócitos, proteínas plasmáticas e faseias de fibrina (Guirro et alii 2002).

É de extrema importância o estimulo dos fibroblastos para o processo de reparo tecidual, e conseqüente aumento e proliferação de vasos sangüíneos.

Técnica de Aplicação A pele deve estar limpa por substância cosméticas com esta finalidade ou

álcool 70%. A agulha pode ser do tipo descartável ou esterilizável, esta devendo ser fina

porém rígida; sendo pontiaguda para penetrar facilmente na pele, possibilitando assim diminuição do desconforto da penetração.

Conecta-se então a agulha ao eletrodo específico que por sua vez é conectado ao pólo negativo da corrente contínua em microamperagem. O pólo positivo (passivo) deve ser conectado ä um bastão a ser segurado pelo cliente. Ou pode-se acoplá-lo a um eletrodo de borracha ou silicone e fixá-lo no ombro ou braço direito do cliente.

As rugas, linhas de expressão ou estrias deverão ser estimuladas uma a uma.

Segundo Guirro & Guirro 2002, os procedimentos técnicos para executar o eletrolifting podem ser divididos em 3 grupos:

- deslizamento da agulha dentro do canal da ruga - penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga - escarificação; método de deslizamento da agulha no canal da ruga,

diferenciando-se pela agulha ser posicionada a 90 º , ocasionando uma lesão no tecido.

As três técnicas produzem resultados animadores, atenuando sobremaneira as rugas e linhas de expressão. Entretanto, as duas técnicas que desencadeiam um processo inflamatório (invasiva e de escarificação), proporcionam resultados mais rápidos.

A intensidade de corrente elétrica, dos equipamentos de mercado varia 0,01 a 350 Microamperes.

Silva (1997) orienta regular a amperagem na faixa de aproximadamente 180 a 200 microamperes.

Silva (1998) a dosagem a ser utilizada pode ser: - 74 microamperes para peles sensíveis, eudérmicas e alípicas. - 86 microamperes para peles mais resistentes, lipídicas e seborréicas. Guirro & Guirro 2002, diz que 300 microamperes devem ser utilizados para

técnicas de deslizamento, diminuindo a intensidade para procedimentos invasivos sabendo-se que, não haverá aí a resistência do extrato córneo.

O tempo para cada penetração deverá ser de 4 segundos. Esta regra persiste quanto maior for à idade cronológica, pois nos biótipos com boa hidratação, o tempo de cada punturação será de 3 segundos (Silva, 1997).

Winter 2001, oriente aguardar de 3 a 5 segundos até a pele esbranquiçar. - introduzir a agulha na pele da cliente - com a agulha levanta-la produzindo suave deslocamento - aguardar de 3 a 5 segundos até que a pele comece a esbranquiçar - abaixar a agulha deixando a pele em posição natural - tirar a agulha A necessidade de precisão e rapidez para a puntura. A profundidade da penetração deve ser nas camadas da epiderme (estrato

espinhoso). Por atingir a derme não há sangramento. A agulha também não deve ser introduzida muito superficialmente, porque a lesão das células já totalmente corneificadas não terá o efeito desejado. Por outro lado, a agulha também não deve atingir a derme, porque o estrato basal não deve ser lesado, é nele onde se inicia a circulação sangüínea.

Resultados Os resultados podem permanecer de 3 semanas até 6 meses.A durabilidade

do tratamento está condicionada a execução completa mais manutenção.

Indicações

Atenuação de sulco naso-labial

Atenuação das rugas entre as sobrancelhas e região frontal

Atenuação de rugas de elastose

Envelhecimento cutâneo

Estrias

Contra Indicações

Lesões recentes

Alergia ou irritação a corrente elétrica

Hipersensibilidade dolorosa

Marcapasso

Útero gravídico

Diabetes

Dicas Guirro e Guirro (2002) Procedimentos que produzam aumento de circulação no local de aplicação

parecem interferir positivamente na qualidade da resposta inflamatória. Vapor, vácuo, termoterapia.... Para Silva et alli (1999) Coloração da pele, extrema significatividade Quando a resposta inflamatória foi mais duradoura, o resultado foi melhor Pacientes com dificuldade de cicatrização não tiveram o resultado esperado Estrias mais jovens (recentes) avermelhadas respondem melhor ao tratamento.

VAPOR DE OZONIO

Definição Aparelho de corrente elétrica que possibilita a projeção de água e possui modo

emissor de vapor ozonizado. Modelos específicos também podem ser utilizados para difusão de essências aromáticas.

Equipamento Consiste em um aquecedor de água que por conseqüência emite vapor, e

possui um gerador de alta freqüência provocando a ozonização do mesmo.

Ozônio O vapor quando ozonizado tem suas gotículas fragmentadas, o ozônio úmido

apesar de ser agressivo, é menos que o ozônio seco, porque uma parte de sua energia é gasta no fracionamento das gotículas de vapor.

Vapor O vapor se ozonização pode ser utilizado para preparação da pele para a

extração na limpeza de pele. E em todos os tratamentos que necessitem de aquecimento. Já o vapor com ozônio deve ser utilizado apenas nos casos que necessitem dos efeitos específicos do ozônio.

VACUOTERAPIA ENDERMOLOGIA

Definição Terapia mecânica de origem reflexa, que utiliza aparelhos compressores

geradores de vácuo com aspiração continua ou pulsada não invasiva, para aplicação da depressomassagem e depressodrenagem linfática, ou seja, é o uso do vácuo provocando uma pressão negativa (-).

Sabemos que a massagem é um método de tratamento milenar, que não se sabe ao certo quando o homem começou a fazer uso. Existem indícios da pré-história (China e Índia

3000 a.C.), ainda com uma visão empírica, foram feitas por Homero, Sócrates, Hipócrates, Galeno, dentre outros. Somente a partir do século XIX é que se estabelece uma visão mais científica, através de nomes como: Per Henrik Ling, Mezger, Kirchberg, Mennel, Head Machenzie, Michell, Championniere, Kellogg, Murrel, Hoffa, Kolhrausch, Dicke, Bagot e outros.

Baseados em estudos científicos, a massagem mais a ventosagem(utilizada pelos chineses há 3000 anos A.C.) nos dias de hoje, utiliza-se de aparelhos de vácuo para aplicação da Depressomassagem e Depressodrenagem Linfática, ou seja, é o uso do vácuo provocando uma pressão negativa (-760mmHg a 0mmHg).

Ação Segundo as leis da Física, o ar atmosférico locomove-se naturalmente quando há

desnível de pressão mais alta para o local de pressão mais baixa, provocando: trocas gasosa através da pele, importante na eliminação de toxinas e gases; fortalece vasos linfáticos e sangüíneos, por expansão e contração; aumenta o aporte sangüíneo e a oxigenação melhorando a nutrição dos tecidos.

Dependendo do tipo e tamanho de ventosa que se use, irá fazer um trabalho sobre a região aumentando a aporte sangüíneo, que promove uma intensificação protéica total. (KARAGOZIAN & ROSSETTI, 2001).

Ela procura melhorara a circulação vascular e linfática eliminando zonas de tensão cutânea drenando a linfa através dos coletores, pratica a mobilização dos tecidos fibrosados por uma ação mecânica simples, identifica e trata as dermalgias reflexas ( KARAGOZIAN, SERGE 1995).

Segundo WOOD & BECKER (1990), a massagem produz estimulação mecânica dos tecidos, por aplicação rítmica de pressão e estiramento, comprimindo e tracionando os tecidos moles, estimulando as redes de receptores nervosos fazendo com que haja várias respostas (mecânicas, reflexas, químicas), dentre elas, aumento da perfusão e metabolismo dos tecidos, mobilização dos líquidos teciduais, auxílio da reabsorção de restos metabólicos, vasodilatação, tonificação de órgãos internos, analgesia, etc., além de respostas psíquicas benéficas. São classificadas como:

Massagem Clássica (Desenvolvida por muitos autores, principalmente Mennell). Massagem do Tecido Conjuntivo ou Massagem Reflexa (Desenvolvida por

Elisabeth Dicke, 1929). Massagem de Drenagem Linfática (aplicada por Winiwater, aperfeiçoada por Foldi,

Vodder e principalmente Leduc, cujo método é citado por Marx, AG. E Camargo, M.C

1986).

Depressomassagem Ventosagem, aplicada sobre o tecido e é praticada de duas maneiras: - Depressomassagem pulsada: Sobre as regiões tensionadas, realiza um

relaxamento, regulariza as funções dos órgãos, descontratura a musculatura, diminuindo e eliminando tensões presentes no trajeto veno-linfático.

- Depressomassagem continua: As manobras são realizadas inicialmente com uma suave pressão, aumentando-se gradativamente, no sentido de distal para proximal respeitando-se o sentido das fibras musculares, até causar uma hiperemia. O efeito é descongestionante sobre as zonas lipodistróficas, melhorando a fluidez da substância

fundamental. Quando utilizamos, com efeito estimulante, melhora a estrutura das fibras colágenas e elásticas.

Depressodrenagem Com uma pressão de no máximo 40 (quarenta) milibars, com movimentos lentos

no sentido dos gânglios linfáticos, provocamos uma estase veno-linfática. Importante na eliminação de detritos. estimula os traços vasculares, drenando os exsudatos metabólicos (melhorando a cor da pele) e realizando um alisamento cutâneo (CAMPOS, 2000).

E divide-se em: - Depressodrenagem pulsada: - Depressodrenagem continua:

Os objetivos da ventosagem:

Mobilização do sangue dentro dos capilares cutâneos, melhorando a troficidade e favorecendo a nutrição celular;

Melhora da troficidade atuando na reestruturação do tecido conjuntivo, graças ao aporte de enzimas e nutrientes e à eliminação de detritos;

Melhora da troficidade unida à flexibilização tissular provoca um melhor deslizamento no meio intersticial, permitindo que os líquidos intersticiais, sangue e linfa, veiculem melhores os aportes nutritivos, e eliminem as toxinas;

Melhora da tonificação tissular, a maneira correta da aplicação de massagem nos permite estimular as fibras colágenas e elásticas. Este estímulo associado ao descongestionamento dos tecidos devolverá à pele sua tonicidade normal;

Permite a estimulação e purificação dos gânglios linfáticos devido ao efeito reflexo (simpáticolítico) (KARAGOZIAN & ROSSETTI, 2001). Diante do exposto, no que se refere a aplicações clínicas, várias são as indicações da vacuoterapia: entende-se desde tratamentos preventivos à recuperação físico-funcional dos distúrbios endócrino-metabólicos, dermatológicos e músculo-esqueléticos.

Efeitos fisiológicos:

Hipervascularização;

Desfibrosagem;

Tonificação Tissular e Linfática;

Reflexo.

Indicações:

Estética Facial e Corporal;

Pré e Pós Cirurgia Plástica;

Cicatrizes Hipertróficas;

Queimaduras;

Stress;

Traumatologia;

Reumatologia;

Flebologia;

Linfologia;

Dermatologia.

Contra-indicações:

Tumores Cutâneos;

Grandes Dermatoses;

Fragibilidade Capilar;

Doenças Infecciosas Evolutivas;

Reumatismo Inflamatório.

ULTRA SOM

Histórico Foi descoberto por Langevin em 1917. 1939 Pohlmann constrói um aplicador terapêutico, que realizou sua primeira

aplicação eficaz a moderna no Hospital Luther de Berlin.

Definição São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido

humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se normalmente na faixa entre 1 MHz e 3 MHz. Estas ondas são produzidas a partir da transformação da corrente comercial em corrente de alta freqüência, que ao incidir sobre um cristal (cerâmico, ou material similar), faz com que o mesmo se dilate alternadamente, emitindo ondas ultra-sônicas na mesma freqüência da corrente recebida.

Estas ondas ultra sônicas são geradas por transdutores, que são capazes de converter a energia elétrica em mecânica e vice-versa, feitos por matérias piezoelétricos. Essas vibrações mecânicas de alta freqüência são inaldíveis pelo ouvido humano.

Propagação As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagar, não se propagam

no vácuo. A propagação da energia ultra sônica nos tecido depende principalmente de

dois fatores; características de absorção do meio biológico e reflexão da energia ultra sônica nas interfaces teciduais (Kottke e Lehmann 1994).

A velocidade da onda ultra sônica é inversamente proporcional à compessibilidade do seu meio de propagação, ou seja, em um meio mais compressível (ar) a propagação é mais lenta, porque há mais espaço entre as moléculas. Uma molécula é

Reflexão Ë quando uma onda emitida volta ao meio seu meio de origem conservando

sua velocidade e freqüência. Ocorre em uma superfície, ocorre quando a impedância acústica dos meios for diferente (Kottke e Lehmann 1994, Guirro e Guirro 1996, Hoogland 1986).

Refração Acontece quando uma onda emitida, passa para outro meio sofrendo

mudanças na sua velocidade, mas conservando a sua freqüência. A onda de som penetra no tecido ou interface a um ângulo e sai deste tecido com um ângulo diferente.

Absorção É a capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto a onda ultra-

sônicas, onde são absorvidas pelo tecido e transformadas em calor. As proteínas são as que mais absorvem a energia ultra-sônica (Kottke e Lehmann 1994, Guirro e Guirro 1996, e Young 1998). Garcia (1998), menciona que pesquisas realizadas mostram que o coeficiente de absorção aumenta quando se eleva a quantidade de proteínas presentes no meio condutor. Por isso os tecidos ricos em colágeno absorvem grande parte da energia do feixe ultra-sônico que os atravessa.

Quanto maior a freqüência do ultra-som, menor o comprimento de onda, maior será a absorção. Conseqüentemente no ultra-som de maior freqüência haverá maior interação das ondas sonoras com os tecidos superficiais, fazendo com que haja uma menor penetração.

Interfaces São as diferentes estruturas por onde trafegam as ondas ultra-sônicas durante

a aplicação, possuem impedâncias acústicas diferentes (ar, gel, pele, tecido conjuntivo, músculo, ossos).

Efeito Tixotropo Consiste na propriedade que apresentam os ultra-sons de amolecerem

(transformar em estado gelatinoso) substâncias em estado mais sólido (Hoogland 1986).

Atenuação Quando se tem a penetração da onda ultra-sônica no tecido orgânico, teremos

perdas na capacidade terapêutica do ultra-som que irão acontecer, até chegar a um ponto chamado de atenuação, ou seja, a amplitude e intensidade diminuem à medida que as ondas de ultra-som sob sua forma de feixe passam através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em um meio heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pele absorção do meio. O feixe tem sua intensidade reduzida pela metade a determinada distância, em determinados tecidos com espessuras específicas (Guirro e Guirro 1986 e Hoogland 1986).

Profundidade e Penetração A profundidade de penetração é a distancia a qual a intensidade sônica cai a

10% de seu valor original e serve para verificar se é possível esperar algum efeito terapêutico a esse nível (Hoogland 1986).

Efeito Piezoeléctrico Se uma pressão for aplicada a um cristal de quartzo ou em outros materiais

policristalinos como o titanato zirconato de chumbo ou no titanato de bário se produzem mudanças elétricas na superfície externa deste material piezoeléctrico (Hoogland 1986).

Um cristal piezoeléctrico tem a propriedade de mudar de espessura se uma voltagem for aplicada através de sua substancia, então ele irá alternadamente ficar mais espesso e mais delgado, em comparação com sua espessura em repouso, emitindo com isso ondas sonoras.

Os cristais de quartzo são os mais utilizados no Brasil. E eles necessitam de uma voltagem alta para emitirem ondas sonoras.

Os efeitos PZT no corpo humano são observados especialmente nos tecidos ósseos, nas fibras de colágeno e proteínas corporais. É possível que esses efeitos influenciem nos efeitos biológicos do ultra-som (Hoogland 1986).

Cavitação

Estável: as bolas de gás que são formadas nos tecidos orgânicos sofrem ação das ondas sonoras, na fase de compressão (são comprimidas e o gás se move de dentro da bolha para o fluido circundante) e de tração (aumentam sua área e o gás se move do fluido para dentro da cavidade).

Instável: se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico ficar estacionário vai acontecer um colabamento destas bolhas e elas vão ganhando energia, e entram e ressonância, até que explodem (devido a um ganho muito grande de energia) e isso provoca um aquecimento muito grande a esse nível.

Ondas Estacionárias Poderão ocorrer se parte das ondas ultra-sônicas viajando através do tecido,

forem refletidas por uma interface entre meios com impedância acústica diferentes. E se as ondas que incidem na interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que sés picos de intensidade se somam (Kottke e Lehmann 1994 e Young 1998).

Campo Próximo e Campo Distante São duas diferentes áreas de um mesmo feixe de ondas ultra-sônicas.

Campo próximo: zona de Fresnel

Campo distante: zona de Fraunhofer O campo próximo possui uma pequena convergência e caracteriza-se por u

fenômeno de interferência no feixe ultra-sônico que podem conduzir a picos de intensidade que podem causar lesões tissulares, ou seja, o feixe ultra-sônico neste campo possui alta taxa de não uniformidade (alta BNR), pois existem pontos de alta intensidade e pontos onde ocorrem baixas intensidades podendo prover picos de até 5 a 10 vezes maior que o valor ajustado no aparelho (podendo chegar a até 30 vezes mais altos).

O campo distante caracteriza-se por uma baixa taxa de não uniformidade do feixe (baixa BNR), ou seja, ocorrem ausência quase total de fenômenos de interferência e o feixe é mais uniforme (possui grande divergência). E a intensidade diminui gradualmente ao aumentar a distância do transdutor.

Regime de Emissão de Ondas Sonoras - Contínuo: lesões crônicas, grande efeito térmico. - Pulsado: lesões agudas, considerado atérmico.

Efeitos Fisiológicos - Efeito mecânico (Kottke e Lehmann 1994, Hoogland 1986, Garcia

1998): micro massagem celular, acontece tanto no modo contínuo quanto no modo pulsado e podem causar efeitos favoráveis ou não aos tecidos. A micro massagem dos tecidos se deve as oscilações provocadas pelo feixe ultra-sônico que os atravessa. A movimentação dos tecidos aumenta s circulação dos fluidos intra e extracelulares, facilitando a retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes.

- Efeito da permeabilidade da membrana (Kottke e Lehmann 1994, Guirro e Guirro 1996, Hoogland 1986, Young 1998 e Garcia 1998): alteração no potencial da membrana e aceleração dos processos osmóticos (difusão), e conseqüente aumento do metabolismo. Ocorre não só pelo efeito de aquecimento como também pelo efeito não térmico do US. Esse efeito é à base da fonoforese.

- Efeito térmico (Michlovitz 1996, Kottke e Lehmann 1994, Hoogland 1986, Young 1998 e Garcia 1998): é baseado pelo efeito Jaule. Causado pela absorção das ondas ultra-sônicas à medida que penetram nas estruturas tratadas e dependem do regime de emissão, intensidade, freqüência e duração do tratamento.

- Vasodilatação (Michlovitz 1996, Guyton 1988, Guirro e Guirro 1996, Hoogland 1986, Garcia 1998): é considerado um fenômeno protetor destinado a manter a temperatura corporal. Há a liberação de substancias vasoativas como a histamina, aumento do metabolismo e conseqüentemente e consumo de O2, aumentando com isso a presença de CO2, provocando vasodilatação.

- Aumento do fluxo sangüíneo (Kottke e Lehmann 1994, Hoogland 1986): conseqüência da vasodilatação.

- Aumento do metabolismo (Michlovitz 1996, Kottke e Lehmann 1994, Guyton 1988, Young 1998): dá-se pela Lei de Van t Hoff que relaciona o aumento da temperatura com a taxa metabólica, mencionando que para cada 1 grau C na temperatura corpórea deve ocorrer um aumento de 10% na taxa metabólica, e Young diz que esse aumento seria de 13%.

- Ação Tixotrópica (Kottke e Lehmann 1994, Guttman 1989, Hoogland 1986): propriedade de amolecer ou liquefazer estruturas com maior consistência física.

- Ação reflexa (Guirro e Guirro 1996, Hoogland 1986): ação a distancia. - Liberação de substancias ativas farmacológicas (Michlovitz 1996,

Hoogland 1986, Young 1998): Principalmente histamina. - Efeito sobre os nervos periféricos (Kottke e Lehmann 1994, Hoogland

1986): o ultra-som contínuo afeta a velocidade de condução nervosa (aumentando ou diminuindo). Provoca despolarização das fibras nervosas aferentes, com baixa intensidade; com alta intensidade pode-se obter um bloqueio da condução.

- Elevação dos níveis intracelulares de cálcio - Aumento da atividade fibroblástica - Aumento da síntese de colágeno - Aumento da síntese de proteínas - Estimulação da angiogenese - Aumenta a atividade enzimática das células.

Dosimetria A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do

tratamento.

Intensidade Para a determinação da intensidade correta, em cada caso devemos ter em

mente a dose ideal que deverá chegar no lugar dos tecidos afetados, levando-se em consideração a atenuação das ondas ultra-sônicas nos tecidos superficiais a área da lesão.

A sensação não deve ser desagradável ou dolorosa.

Tempo de Aplicação Depende do tamanho da área corporal. O tempo máximo de aplicação deve ser

de 15 minutos por área de tratamento. É importante conhecer qual o tamanho da ERA (Hoogland 1986) área de

emissão absoluta da onda ultra-sônica.

O calculo se dá da seguinte maneira, se pega a área a ser tratada e divide-se pela ERA do ultra-som.

CABEÇOTE

CRISTAL

ERA

ULTRASOM EM ESTÉTICA Baseia-se na barreira formada pela pele Afeções estéticas são superficiais Espessura da pele de 0,5 a 0,4 mm Epiderme: 0,12 mm Derme: 2 mm Atenuação de 26,5% (Guirro e Guirro) US contínuo tem intensidade máxima de 3 W/cm2 US pulsátil tem intensidade máxima de 5 W/cm2 Não usar mais de 2 W/cm2 (contínuo) Não usar mais de 3 W/cm2 (pulsado)

FONOFORESE Método direto introdução de substâncias medicamentosas e ou cosméticas no corpo humano

mediante a energia ultra sônica. Emissão contínua é a mais indicada Estudos em animais foram registradas penetrações de medicamentos com fonoforese destacada nos tecidos a profundidade de 5 a 6 cm (Andrews e col 2000) Guirro e Guirro 2002, na área dermatológica a fonoforese é utilizada principalmente com enzimas de difusão. Porém as enzimas se desnaturam em temperaturas acima do limite suportável Stefanovic et al : enzimas são inativadas por ultra sons na freqüência de 3MHz, com intensidade entre 1 e 3 W/cm2 Guirro e Guirro: enzimas devem ser evitadas

Indicações - Fraturas - Lombalgias - Lombocialtalgias - espondiloalgias - Epicondilites - Neuropatias - Dor fantasma - Processos fibroticos - Distensão - Entorse - Hérnia discal - Transtornos circulatórios - Contraturas - Tecidos de cicatrização - Celulite (Guirro e Guirro 1996): no tecido acometido as células

adiposas estão aumentadas em numero a volume. Encontra-se espaçamento e proliferação das fibras de colágeno interadipocitárias e interlobulares e que de laxo e maleável que era, o tecido espessa-se e adquire uma consistência gelatinosa, cada vez mais densa ã medida que o tempo passa que provocam ingurgitamento dos tecidos. A circulação de drenagem é sensivelmente reduzida e os fibroblastos são encarcerados. As fibras elásticas tornam-se frágeis e rompem-se. As fibras esclerosadas realizam como que uma rede em forma de forca que comprime os vasos e nervos. Ocorre um processo de floculação e de precipitação de substancia amorfa do tecido conjuntivo.

Trata-se de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. O uso do Ultra-som na celulite esta vinculado aos seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de veiculação de substância através da pele (fonoforese). Dentre outros efeitos podemos destacar a neovascularização com conseqüente aumento da circulação, rearranjo a aumento da extensibilidade das fibras colágenas, melhora das propriedades mecânicas do tecido, e a ação tixotrópica nos nódulos celulíticos. Dentre as substancia mais utilizadas na fonoforese para o tratamento de celulite está à enzima hialuronidase. A dose deve ser cuidadosamente selecionada, uma vez que as enzimas de difusão utilizadas na fonoforese se desnaturam em altas temperaturas, visto que a onda contínua é mais indicada para esta técnica. Deve-se utilizar o ultra som de 3 MHz no modo contínuo.

Contra Indicações - Insuficiência vascular - Útero gravídico - Área cardíaca - Tumores - Epífises férteis - Testículos gônadas - Endoproteses - Tromboflebites - Implante metálico - Gânglios - Olhos - Ouvidos

CORRENTE RUSSA

Em 1970 Yakov Kotz, professor de medicina desportiva na academia do Estado de Moscou, apresentou o desenvolvimento de uma técnica de eletro estimulação que poderia aumentar a força muscular em 30 a 40 % de atletas de elite, e também nos cosmonautas Russo. Esses ganhos de força eram maiores que aqueles obtidos apenas através de exercícios. Esta pesquisa resultou em no desenvolvimento e no design de uma classe de aparelhos para estimulação elétrica neuromuscular (Adel e Luykx 1990 e Robinson e Snyder e Mackler 2001).

Conceito

Segundo Robinson e Snyder e Mackler (2001), a corrente originalmente utilizada pêlos pesquisadores soviéticos foi uma corrente alternada simétrica, sinusoidal de 2500 Hz que era modulada por Brusts a cada 10 ms para fornecer 50 brusts por segundo. Esta forma de estimulação foi promovida comercialmente como

estimulação russa .

A corrente russa pode ser definida como uma corrente alternada de média freqüência, que pode ser modulada por rajadas (brusts) e é utilizada para fins excito motores (Scott 1998 e Adel e Luykx 1990).

Este tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100 mA (Hoogland 1988).

Características É uma corrente alternada, com freqüência portadora entre 2500 e 5000 Hz

(média freqüência), modulada em brusts com baixa freqüência (Scott 1998 e Robinson 2001).

Pode haver a possibilidade de a freqüência média ter um valor acima da freqüência de despolarização máxima das fibras nervosas motoras (algum ponto entre 1000 e 3000 Hz), pois durante a estimulação alguns pulsos podem coincidir com o período refratário absoluto causando maior dificuldade na repolarização.

CICLO

i

Em virtude da freqüência elevada, ocorre intensa fadiga da placa motora terminal com a estimulação elétrica, não permitindo que esta placa motora converta os impulsos elétricos em despolarização da membrana da fibra muscular. O nervo então demonstra um fenômeno de acomodação que faz com que o período refratário se torna cada vez mais longo.

Para prevenir o que foi exposto acima pode haver necessidade de se interrompe a média freqüência, em intervalos que devem coincidir com o término de cada despolarização, evitando que a fibra nervosa seja bombardeada durante o período refratário. Nestas configurações, a fibra se despolariza na freqüência de modulação (interrupção), conservando sua sensibilidade à estimulação elétrica (Hoogland 1988 e Longo 1999).

Encontra-se na corrente russa as características citadas acima, pois em virtude da modulação em forma de rajadas há uma interrupção durante a qual a corrente é nula, e isso favorece a prevenção de fadiga da placa motora.

Portanto a interrupção da média freqüência em diversas freqüências baixas (modulação), permite o trabalho das diferentes fibras musculares, de acordo com as velocidades ótimas de despolarização de cada tipo de neurônio motor. Pois segundo Hoogland (1988), se trabalharmos com correntes alternadas não moduladas com uma freqüência acima de 3000MHz à unidade motora se descarregará em sua própria freqüência não permitindo que estrutura muscular altere sua morfologia, não há nenhum efeito específico do músculo. Mas quando se usa correntes alternadas moduladas um padrão de despolarização pode ser imposto ao axônio promovendo alterações morfológicas e histoquímica na musculatura, em proporção à freqüência imposta artificialmente.

Correntes alternadas com freqüência entre 2000 e 4000 Hz são utilizadas por serem relativamente agradável, dificilmente ferem a pele, e causam uma tensão máxima no músculo quando usada com intensidades suficientes. Este tipo de corrente também permite valores de amperagem mais altos, geralmente acima de 100mA, que não é permitido com freqüências menores, de acordo com os padrões IEC (normas de segurança para equipamentos eletro médicos

IEC 60601-2.10, obrigatórias no mundo). Freqüências menores, contudo são utilizadas, e a vantagem aqui é que, com corrente russa, o músculo pode ser tencionado por mais tempo (Hoogland 1988).

Teoricamente, com a freqüência de estimulação aumentada, a oposição do fluxo de corrente pelo tecido cai. Isso tem levado ao desenvolvimento de estimuladores que empregam brusts de estimulação com freqüências portadoras entre 2000 e 4000Hz. Esperava-se que tais aparelhos fossem capazes de produzis níveis mais altos de contração muscular com menos desconforto para o paciente que os estimulantes mais tradicionais disponíveis que produzem estimulação de 1 a 100Hz. Estudos de pesquisa publicados até hoje não comprovaram esta afirmação (Robinson 2001).

Especificações técnicas da corrente russa. - Freqüência portadora: 2500 a 4000Hz - Ciclo: Rajada mais intervalo - Porcentagem do ciclo: quantidade de corrente dentro da rajada (20 30 e

50%). - Freqüência de modulação: 0 a 150 Hz - Intensidade: 0 a 150 mA - Tempo de contração: 0 a 30 seg. - Tempo de repouso: 0 a 30 seg.

Parâmetros de Utilização - Determinar, em alguns casos, que tipo de músculo será tratado. - Exigir o máximo em todas as fases do tratamento, sem causar dor.

- Observar se não há lesão muscular - Evitar fadiga - Evitar modificações não desejadas na composição da fibra muscular

Hoogland 1988: - Para musculatura de função postural ou trabalho estético (fibra tônica)

usar de 20 a 30 Hz. - Para musculatura realizar funções mais dinâmicas freqüências de 50 a 15 Hz - Para não haver modificações da composição da fibra muscular usa-se

freqüência portadora de 2000 a 3000Hz. - Para possibilitar modificações na composição das fibras usa-se

freqüência portadora em torno de 4000Hz, e modulações de 20Hz para transformação em tônicas, e 100Hz em fásicas.

OBS: há um aumento do torque à medida que a freqüência aumenta, porém, a partir de 100Hz não existe mais esta correspondência. Conclui-se então que as melhores freqüências de estimulação situam-se entre 20 e 100Hz (Longo 1999).

Indicações - Estimulação e ou fortalecimento em certas condições patológicas - Fortalecimento em esporte de alto nível - Estética - Modificação do tecido

Contra indicações - Lesões musculares, tendinosas e ligamentares (absoluta). - Inflamações articulares em fase aguda - Fraturas não consolidadas - Espasticidade - Miopatias que impeçam a contração muscular fisiológica.

Pontos motores Representam as melhores áreas para estimulação dos músculos, estão

usualmente localizados na área onde o nervo penetra no epimísio. Epimísio - bainha do tecido conjuntivo que envolve um músculo. Limiar: é o ponto de menor resistência à passagem de corrente e com menor sensibilidade.

Estímulo Tetânico e Não Tetânico Tetânico: quando mantém a contração constante sem oscilação em freqüências acima de 15 Hz. Não Tetânico: quando mantém a contração uniforme com freqüência de 1 a 14 Hz.

PONTOS MOTORES

Face

Membros Superiores,Inferiores e Tronco

Membros Superiores,Inferiores e Glúteos

Abdômen e MembrosInferiores

COLOCAÇÃO DE ELETRODOS PARA DRENAGEM LINFÁTICA

Face

12

3

4

56

Membros Superiorese Tórax

Membros Inferiores

e Gluteos Abdômen e Membros

Inferiores

11

2 2

3 3

4 4

6 65 5

PEELING DE CRISTAL - MICRODERMOABRASÃO

Definição Remoção mecânica não cirúrgica que projeta sobre a pele micro cristais de

hidróxido de alumínio inertes com equipamentos de pressão assistida, promovendo a esfoliação dos tecidos.

Cristal O micro cristal utilizado é o Óxido de Alumínio fundido, tendo como sua

origem o hidróxido de alumínio (alumina calcinada) fundido a 2050 Graus Celsius. Sua granulometria média é de 100 a 140 micra, conseqüentemente torna-se

própria para o uso com o Endermobrasão. Sua aplicação não tem contra-indicações.

Cuidados para aplicação

A região a ser tratada deverá estar limpa, seca e isenta de cosméticos.

Observar a regulagem do ajuste conforme a sensibilidade da pele do cliente.

Não dobrar as mangueiras, evitando assim a interrupção do fluxo dos cristais.

Peneirar os cristais antes da sua utilização.

Vantagens Menor risco de hipocromia Regeneração tecidual mais rápida

Tipos de esfoliação

Superficial: capa córnea. A pele adquire coloração esbranquiçada a principio e logo um leve eritema.

Médio: remoção de mais camadas da epiderme sem atingir a derme. Eritema mais forte.

Profundo: derme papilar. Orvalho sangüíneo.

Camadas de atuação x tipos de esfoliação NÍVEIS PROFUNDIDADE REAÇÃO

Nível 1 Camada Córnea

Sem compressor, movimentos normais

Eritema Duração de 4 a 6 h

Nível 2 Epiderme

Com compressor, movimentos rápidos

Eritema 24 a 36h Edema discreto

Nível 3 Junção dermoepidérmica

Com compressor , movimentos lentos, repetitivos, observando leve sangramento

Erosão, sangramento em forma de puntadas, crosta fina de 3 a 5 dias, eritema tardio 21 a 28 dias

Numero de aplicações (média fornecido por fabricante) APLICAÇÃO FREQUÊNCIA NUMERO DE SESSÕES Peeling de face, pescoço e colo 7 a 14 dias 3 a 5 Peeling de mãos e remoção de manchas 14 a 21 dias 3 a 5 Peeling de costas e corpo 14 a 21 dias 6 a 8

Rugas perilabiais e frontais 14 a 21 dias 6 a 8 Rugas periorbitais 7 a 14 dias 6 a 8

Cicatrizes de acne na face 14 a 21 dias 5 a 8

Estrias mama e abdômen 14 a 21 dias 8 a 10

Hiperpigmentação 14 a 21 dias 6 a 8

Contra indicações

Fragilidade capilar (telangiectasias ou couperose);

Hemangiomas (tumor formado por pequenos vasos sangüíneos rompidos);

Sensibilidade ou alergias;

Qualquer tipo de lesão tecidual aberta;

Exposição solar até 20 dias após o tratamento (não esquecer o uso do bloqueador solar.

Obs 1.: Antes de qualquer tratamento solicite orientação de um médico dermatologista. IMPORTANTE: efetuar um teste em uma pequena área para verificar o aparecimento de manchas ou alergias.

Indicações

Seqüelas de acne;

Cicatrizes de queimaduras;

Cicatrizes hipertróficas;

Extremidades de cicatrizes hipotróficas;

Sulcos e rugas superficiais e profundas;

Hipercromias em geral;

Estrias (finas ou largas, recentes ou antigas);

Poros dilatados;

Peles ressequidas por excesso de exposição solar.

PEELING DE DIAMENTE

Definição Remoção mecânica e controlada das camadas mais superficiais da pele,

esfoliação limitada a epiderme, pode até chegar e derme papilar.

Diamente É um equipamento que utiliza a técnica da sucção associada às partículas de

diamante. Promove a regeneração celular, aumentando a produção de colágeno e o

rejuvenescimento epitelial.

Vantagens Esfolia suave, controlada e uniformemente. Visualização da profundidade da esfoliação. Não há interação química.

Técnica de aplicação Espessura das ponteiras de diamante, 25, 50, 100, 150 e mícrons Intensidade de vácuo Número de repassadas Pressão manual do operador

Efeitos

Regeneração celular;

Ativa a produção de colágeno;

Melhora da qualidade da pele.

Indicações

Seqüelas de acne;

Cicatrizes de queimaduras;

Cicatrizes hipertróficas;

Extremidades de cicatrizes hipotróficas;

Sulcos e rugas superficiais e profundas;

Hipercromias em geral;

Estrias (finas ou largas, recentes ou antigas);

Poros dilatados;

Peles ressequidas por excesso de exposição solar.

Contra Indicações

Fragilidade capilar;

Hemangiomas;

Sensibilidade e/ou alergias;

Sobre lesões abertas;

Exposição solar anterior a 10 dias após o tratamento.

PEELING ULTRA-SÔNICO Miedes, J. L. L. Eletroestética, 1999 Madrid, p. 149-153.

Definição Técnica que se baseia na utilização de uma vibração mecânica de muita

pequena amplitude e alta freqüência que se aplica sobra a superfície da pele mediante uma espátula metálica. Com objetivo de esfoliação, hidratação e limpeza.

Ação Eliminação de células mortas da superfície cutânea mediante vibração.

Possibilitando a regularização da superfície epitelial. Esfoliação mecânica sem atrito, através da microvibração que nebuliza produto de limpeza e emulsiona as impurezas da pele sem causar trauma, porém provocando leve hiperemia local.

Equipamento Programa de vibração da espátula, alguns tem corrente galvânica, portanto

podem fazer ionização, realiza vibração de alta freqüência. Ponta da espátula: elimina células mortas, tem que ser completada de

cosmético desincrustante, que a vibração estimula a saponificação. Parte plana da espátula: micropercussão, micromassagem, favorece

permeabilidade cosmética.

Freqüência Pré fixada em 28.000 Hz. Sendo portanto superficial quanto mais alta a

freqüência menor a profundidade (aumento da atenuação ao passar por tecidos moles).

Objetivos

Estimula renovação tecidual, método esfoliante menos agressivo.

Oxigenação.

Eliminação do sebo.

Aumento da temperatura (micromasagem)

Efeitos Fisiológicos a) Mecânico: micromassagem, levando a um aumento da permeabilidade de

substâncias, que pode levar a aceleração do intercambio de fluidos. b) Térmico: a energia mecânica absorvida pelos tecidos é transformada em

energia térmica aumentando o calor local o que causa como conseqüência leve hiperemia, vasodilatação superficial e aumento do metabolismo.

Modo de emissão a) Contínuo: possibilita o modo fonoforese, possibilitando aumento da

permeabilidade de substancias, proporciona vaodilatação local. Contra indicado em peles sensíveis e acne em fase inflamatória.

b) Pulsado: menor efeito térmico não permitindo permeabilidade.

Indicações

Descamação do tecido epitelial

Higienização da pele

Oxigenação

Peles desvitalizada

Hiperqueratose

Seborréia

Contra Indicações

Feridas e lesões na pele

Dermatites

Varizes, varicoses e telangiectasia

Inflamação

Trombose e tromboflebite

Linfangites

Marcapasso

Neoplasias

INFRAVERMELHO RADIAÇÃO TERMOGENICA

Definição São ondas eletromagnéticas com comprimento entre 150.000A até 7.000A.

Transmitidas por geradores luminosos ou não que produzem calor. - Radiação termogênica de curto comprimento de onda: 7.000 a 15.000A, luminosos tem alta temperatura (corpos incandescentes), com penetração de 5 a 10 mm e apresenta porcentagem de radiação ultra violeta, por ter uma radiação luminosa irritante. - Radiação termogênica de longo comprimento de onda: 15.000 a 150.000A, não luminosos penetração máxima de 2mm não radiação ultra violeta pois não apresenta irritação.

Fontes de geração

Fonte natural - Sol: Helioterapia

Fonte artificial

geradores luminosos e não luminosos: usam condutores metálicos (tungstênio) que na passagem de corrente comercial se aquece a uma temperatura suficiente para produzir ou não luminescência resultando calor. Nossas lâmpadas opera a 2900º K. Também conhecida como radiação termogênica, pois aumenta calor local, tem

efeito de calor superficial na pele, aumenta também a circulação periférica, desde que seja aplicado na região, pois ele não possui grande efeito sistêmico.

Lâmpada em geral vermelha para que possamos distinguir ele da lâmpada de radiação ultra violeta.

Divide-se em Forno de Bier e Lâmpadas com reflexo próprio.

FORNO DE BIER Definição:

Equipamento que possui formato de meio cilindro, comercializado em vários tamanhos, que possui resistência e/ou lâmpadas para proporcionar aquecimento. Os equipamentos mais recentes possuem um termostato para regular temperatura.

Efeitos Fisiológicos: - Calor superficial: pode atingir até 4 mm de profundidade no tecido. - Vasodilatação tissular - Aumento do metabolismo local - Aumenta permeabilidade da membrana Biológica - Diminui rigidez articular - Analgesia.

Contra-indicações: - Alterações de sensibilidade - Lesões no tecido - Infecções - Alterações circulatórias graves - Neoplasia - Inflamações - Artrite reumatóide ativa - Tromboflebite - Hiper ou Hipotensão arterial

Técnica de aplicação: Paciente despido na região a ser tratada, e sem metais, colocar o forno sobre

a região a ser tratada, fechando as duas aberturas com um cobertor ou material que

retenha calor. A temperatura média da maioria dos equipamentos é de 54° C e a duração do tratamento deve ser de 30 min.

O forno de beber causa aumento da transpiração e perda de água, causando o tal "emagrecimento" e a "perda de medidas" que muita clínicas objetivam, porém essa "perda de medidas" ocorre somente pela perda de água, o que o indivíduo ganha novamente assim que seu corpo absorver novamente a água perdida (o que é necessário, senão poderá ocorrer desidratação), diariamente podemos engordar e emagrecer até aproximadamente 1kg por perda e ganho de água corpórea, isso é normal e saudável, para o emagrecimento efetivo é necessário reeducação alimentar e acompanhamento por profissionais da área da saúde, nenhuma técnica que reduz o peso em 30 minutos por meio desses aparelhos realmente causa perda de tecido adiposo (gordura).

Indicações: - Aquecimento dos tecidos superficiais - Coadjuvante para permear cosméticos

LAMPADA COM REFLETOR PROPRIO

Técnica de Aplicação Perpendicular à pele seguindo um dos seguintes parâmetros: 40cm de

distância para 15min, 70cm de distância para 20 min, 1m de distância para 30 min de aplicação. O infra vermelho não atinge órgãos internos e não tem grandes efeitos sistêmicos, portanto também não causa emagrecimento como algumas clínicas dizem.

Contra Indicações - Sensibilidade ao calor - Alterações de pressão arterial - Marcapasso - Gestação

ACNTINOTERAPIA (Radiação Ultravioleta)

Definição Ondas eletromagnéticas que tem comprimento de onda entre 4000 e 1800

Angströms, transmitida por geradores artificiais luminosos capazes de produzir através de sua ação o efeito químico.

Entre o extremo de seu comprimento de onda existem duas zonas espectrais: - Radiação ultravioleta de ondas curtas 4000A a 2400A - Radiação ultravioleta de ondas ultra curtas 2400A a 1800A

Fonte de emissão - Fonte natural: Sol, apenas 1% de sua radiação ultravioleta atinge a terra com

comprimentos de onda entre 3900 a 2900A as radiações ultra curtas são absorvidas pela camada de ozônio.

- Fonte artificial: Geradores artificiais luminosos. Lâmpada de arco de carvão: fonte artificial mais parecida coma a solar constituída de dois carvões situados um em frete ao outro, conectados eletricamente em um circuito que forma um arco, difícil manejo e alto custo. Lâmpada de vapor de mercúrio: dois tubos de quartzo com mercúrio em seu interior que se vaporiza com o passar de corrente elétrica. Divide-se em quente ( DEM em apenas 15 segundos) e fria (desinfetante) Lâmpada solar (sun-lamp): comumente utilizada, DEM em minutos.

A penetração pode variar de 0.1 a 1 mm.

Tipos de raios segundo Clayton

Abiotipos: comprimento de onda inferior a 2900A, pelo fato de se opor a fenômenos vitais.

Biótipos: benéfico para a vida, comprimento de onda superior a 2900A

Efeitos: - Anti-raquítico: formação de vitamina D pode ser indicada em paciente que

tenham raquitismo e osteomalácia. A pró vitamina 7-dehidrocolesterol é ativada para produzir a vitamina D, sendo que o comprimento de onda para este processo deve ser superior a 2700A, pois comprimentos de onda menores podem provocar a decomposição da vitamina.

- Melanogênico: estimula a melanogênese pela conversão do aminoácido tirosina em pigmento melânico. Segundo Laurens o seu mecanismo de aparecimento trem por fundamento a migração do pigmento das células basais não lesadas , para células lesadas na superfície da epiderme Indicado por exemplo em vitiligo e psoríase.

- Bactericida: Destruição do centro reprodutor da bactéria impedindo a proliferação das mesmas. Lesões infectadas e acne.

Como Dosar o Eritema Mínimo Teste de Saidmann Coloca-se um pedaço de papel, tecido ou cartolina com um orifício no

antebraço. Estabelecendo uma distancia com variação de tempo ou tempo com variação de distancia. Antes de retiras o marcador, delimitar a área com caneta. Orientar ao paciente observar em quanto tempo se deu o eritema. Para a lâmpada solar será de minutos e para a lâmpada de quartzo quente segundos.

Eritema de primeiro grau: aumentar 25% da dose anterior

Eritema de segundo grau: aumentar 50% da dose anterior

Eritema de terceiro grau: aumentar 75% da dose anterior

Eritema de quarto grau: aumentar 100% da dose anterior

Técnica de aplicação: - Determinar a D.E.M (dosagem de eritema mínimo) - Aquecer o aparelho de 2 a 5 min até a lâmpada emitir luz branca - Área a ser tratada descoberta - Posicionamento adequado para a região a ser tratada - Proteger os olhos

Contra Indicações - Envelhecimento cutâneo - Manchas - Neoplasias

Essa radiação é a mesma radiação encontrada nos raios solares (UVA e UVB) que os protetores solares tentam filtrar para proteger a pele, de onde vem à famosa frase "tomar sol dá câncer de pele" o que não é inteiramente verdadeiro, pois tomar sol em pequenas doses, nos horários indicados (quando os raios UV são menos encontrados no ambiente por serem melhor filtrados por efeito do ângulo de penetração dos raios na terra) e com proteção não irá ter o efeito carcinogênico que tem tomar grandes doses e, muito pior, sem proteção (ficar "fritando" no sol horas a fio e nos horários errados irá fazer mal à pele). Os efeitos de tomar sol sem proteção ocorrem também nas peles negras, mesmo que elas tenham mais melanina e sejam naturalmente mais protegidas do sol o efeito estimulante do UV sobre os melanócitos é o mesmo, podendo ter os mesmos efeitos carcinogênicos. Alem disso o UV causa envelhecimento precoce da pele, a pele fica com aspecto ressecado e enrugado, e esse é um processo praticamente irreversível. O UV também tem os efeitos fisiológicos do calor superficial, porém ele é menos usado pelo seu maior risco. Ele é contra-indicado para casos de envelhecimento da pele, manchas na pele (o que ele poderá piorar ou até transformar em câncer), além das contra-indicações ao calor superficial. A aplicação do UV é muito subjetiva, o que torna o seu uso ainda mais perigoso, é realizado o teste de saidman, no qual é aplicado UV em várias regiões do corpo a distâncias e por tempos diferentes, verificando-se após a aplicação qual foi o melhor resultado, onde a pele ficou muito vermelha e onde teve boa resposta. O UV é muito usado nas clínicas de bronzeamento artificial, porém o seu uso ainda é considerado perigoso por muitos profissionais da área da saúde, pessoas com pele sensível, ou muito clara, ou com manchas devem evitar o seu uso.

LASER:

Definição Abreviação da das palavras Lega Aplification by Stimulated Emission of

Radiation (Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação). Ondas eletromagnéticas, que emitem radiação não ionizante que podem

pertencer a qualquer comprimento do espectro de ondas óticas. Possui feixes coerentes (paralelos entre si) não convergentes como outras

fontes de luz. Os fatores responsáveis para a energia extraordinária das radiações são:

- Monocromia da cor - Sincronização das ondas - Coerência dos feixes

Histórico 1917 bases teóricas comprovadas por Albert Einstein. 1950 Townes, Gordon e Zeyger Primeiro Laser 1960 Theodor H. Maiman primeiro emissor de laser a rubi. 1961 primeira cirurgia a laser (tumor de retina) 1962 primeiro laser semi condutor 1965 Sindair e Knoll Adaptaram laser a prática terapêutica

Classificação por potência de emissão - Soft Laser : até 50 mW, sem potencial destrutivo - Mild Laser: acima de 50 mW, sem potencial destrutivo - Hard Laser: acima de 8W, potencial destrutivo

Laser terapêutico a) Laser de Hélio-Neonio (He-Ne) : radiação visible vermelha, com comprimento

de onda de 63,8 nm e regime de emissão contínuo. Atua em lesões superficiais e profundas, porém comparado ao Laser As-Ga tem ação mais superficial como lesões dermatológicas, estéticas ou em processos de cicatrização.

b) Laser Arsenato de Gálio (As-Ga): Regime de emissão pulsado, com comprimento de onda de 904nm e sua cor é infravermelha (invisível). Sua melhor ação é em lesões profundas como articulações e músculos.

Técnica de aplicação a) Varredura: passagem do canhão por toda a região a ser tratada, técnica pouco

utilizada. Indicada nos casos onde há solução de continuidade (úlceras). b) Pontual: emissão m pontos fixos do segmento, com distância e 1cm entre eles.

Utilizada quando houver integridade do tecido, exercendo certa pressão pois possibilita maior penetração da radiação.

Dosagem A dosagem a se aplicada em Jaldes por centímetros quadrados, situa-se entre

1 e 6 J/cm2. - Ação antiinflamatória: 1 a 3 J/cm2 - Ação circulatória: 1 a 3 J/cm2 - Ação antálgica: 2 a 4 J/cm2 - Ação regenerativa: 3 a 6 J/cm2

Efeitos primários - Efeito Bioquímico: liberação de substância como histamina, serotonina, e

bradicinina. Modificação em reações enzimáticas normais, estimulando as mitocôndrias que provocam aumento de ATP. Ação antiinflamatória pela

transformação de prostaglandinas em prostaciclinas. Analgesia pela liberação de beta endorfinas e serotonina

- Efeito Bioelétrico:normalização do potencial da membrana, equilibrando a atividade funcional celular.

- Efeito Bioenergético: Primários afeta tecido ativando a funcão biológica celular e tecidual. Secundários, aumento do tecido de granulação, regeneração de fibras nervosas, neovascularização, regeneração de vasos linfáticos, aumento do colágeno, aceleração do processo de cicatrização, incremento da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos.

- Antiinflamatório - Analgésico - Anti-edematoso - Cicatrizante

Contra Indicações: - Retina - Neoplasia - Útero Gravídico - Gônadas e nódulos mamários - Glândulas Hipo ou Hiperfuncionantes - Ingestão de corticóides - Uso de drogas foto sensibilizantes - Epilepsia - Cardiopatias

ELETRODERMOPORAÇÃO

Histórico Dr. Praunist 1999 primeiro a descrever os fenômenos de natureza física e química. Reconhecido pelo FDA em 2000. 2003 Peter Agree e Roderick Mackinnon, receberam o Premio Nobel de Química ao apresentarem a técnica de eletroporação com aplicação de Onda Eletromagnética,

Definição:

Técnica não invasiva onde a ação de ondas eletromagnéticas, com características especiais e duração de pulsos em micro ou milisegundos. Normalmente são produzidas por rádio freqüência de baixa intensidade, não ionizante e atérmicas. Altera transitoriamente a permeabilidade da membrana celular. A técnica permite a abertura dos Portais Intracelulares (canais protéicos) por via transdérmica e a introdução de substâncias ativas. Os princípios ativos devem ser específicos para cada caso e as substâncias podem ser lipossomadas a fim de potencializar o transporte para o interior da célula.

Contra indicações da Eletrodermoporação

Gestantes e lactantes;

Portadores de marca-passo;

Cardiopatias;

Dermatites;

Epilepsia;

Sobre o globo ocular;

Sobre glândulas superficiais.

Indicações da Eletrodermoporação para a Estética

Pré, pós-operatório de cirurgia plástica e outros procedimentos estéticos;

Rejuvenescimento facial;

Linhas de expressão;

Seqüelas de acne;

Lipodistrofias;

Fibro edema gelóide (celulite);

Estrias;

Hipercromias;

Flacidez tissular.

Indicações da Eletrodermoporação para área Médica

Ortopedia e Traumatologia

processos álgicos, contraturas musculares, mialgias, processos inflamatórios, artrite reumatóide, etc.;

Angiologia

melhora a micro-circulação, edemas, varicoses e circulação linfática;

Endocrinologia diabetes, lipodistrofias em geral;

Dermatologia

vitiligo, psoríase, rejuvenescimento e inúmeras funções

relacionadas aos ativos transdérmicos a serem eletrodermoporados.

Cuidados Especiais - Patologias cardíacas; - Hipertensão arterial descompensada; - Sobre lesões em processos de cicatrização recente; - Próximo implantes metálicos e dispositivos eletrônicos implantados; - Marcapasso cardíaco; - Gestantes ou lactante; - Globo ocular; - Epilépticos; - Sobre tireóide; - Sobre crânio; - Sobre eixo cardíaco;

Efeitos do Tratamento Os efeitos dos tratamentos estão diretamente relacionados à escolha dos produtos eletrodermoporados que devem ser específicos para cada tipo de terapia ou disfunção estética. Pode-se utilizar os princípios ativos com produtos lipossomados para potencializar o transporte para o interior da célula. As fórmulas dos ativos são prescritas de maneira personalizada e segundo as necessidades e objetivos indicados. Após avaliação pode ser estabelecido o número de sessões segundo o protocolo personalizado que varia em torno de 5 a 30 aplicações 2 ou 3 vezes por semana. A manutenção deve ser realizada semanalmente ou quinzenalmente. A ação conjunta do pré e do pós em protocolos eletroterápicos e cosméticos complementarão e potencializarão os resultados.

Observações Importantes

Conhecer as membranas celulares e suas estruturas, bem como a propriedade de transporte se faz necessário para compreender e utilizar corretamente a técnica da eletrodermoporação. Para isto podem ser utilizados facilitadores moleculares e físicos.

As nanosferas ou lipossomas ou fosfolipídeos que são facilitadores moleculares constituintes naturais da membrana celular, apresentam biocompatibilidade com os tecidos de baixa toxicidade. Os ativos lipossomados são utilizados como veículos fundindo-se através da membrana lipídica potencializando a penetração e proteção dos produtos. Os facilitadores físicos, tais como Iontoforese, Fonoforese, Vibroterapia, Termoterapia, Oxigenoterapia e outros auxiliam no processo da eletrodermoporação.

A absorção do ativo também se deve à hidratação cutânea e à espessura da pele.

Pele espessa Pele hidratada

Limpeza e Assepsia da Epiderme Pré-Eletrodermoporação Deve ser realizada com anti-séptico tópico. O ambiente e o campo devem ser higienizados de maneira que fique livre de substâncias que possam alterar a eficácia do tratamento.

Técnicas de Aplicação da Eletrodermoporação Para o procedimento da eletrodermoporação é necessário acoplar a placa de retorno em região próxima ao local de tratamento, evitando a passagem da onda eletromagnética pelo eixo cardíaco. O acoplamento é realizado diretamente sobre a pele com a placa higienizada e, sem a necessidade de produto condutor. A eletrodermoporação é realizada através do gotejamento das substâncias a serem eletrodermoporadas e, em seguida, deslizar muito lentamente a manopla sobre a epiderme. A região deve ser dividida e mapeada em pequenas áreas, pois a velocidade da absorção dos produtos eletrodermoporados pode ocorrer em torno de 1ml por minuto. O procedimento é indolor e não ocorrem sensações térmicas ou contraturas musculares. O tempo de utilização da técnica limita-se a indicação posológica do ativo, e não a aplicação da manopla sobre a pele.

Mecanismo de Introdução do Produto Os lipossomas são constituintes da membrana plasmática que possuem a capacidade de veicular através dos canais de água (aquaporinas), moléculas lipossolúveis e hidrossolúveis, favorecendo a interação das substâncias transportadas e incrementando a absorção a nível citoplasmático.

*Aquaporinas: canais de água

Para realizar Eletrodermoporação deve-se observar - Assepsia da área, do campo a ser eletrodermoporado e da placa de

retorno; - O controle microbiológico do produto utilizado; - A técnica de preparo do princípio ativo; - A estabilidade e dosagem do produto ativo; - A concentração dos ativos; - A indicação e local de aplicação;

- A freqüência e o número de aplicações; - A intensidade da onda eletromagnética; - O tempo de exposição do produto sobre a pele. - O procedimento da eletrodermoporação é totalmente indolor; - Sensações térmicas e contraturas musculares não são observadas; - Os produtos devem ser manuseados de forma que não entrem em contato

com as mãos do profissional.

Limpeza dos acessórios em contato com cliente/paciente Os acessórios deverão ser limpos com produtos anti-sépticos específicos após cada utilização.

ELETROLIPOFORESE

Lípase tecidal Enzimas que se encontram e grandes quantidades no tecido adiposo.(Guyton

1992). Caracterizam-se por:

- decomposição de triglicerídeos dos quilomicrons e das lipoproteínas de baixa densidade.

- Quando ativados por hormônios, proporcionam a clivagem dos triglicerídeos das células adiposas, com liberação de ácidos graxos livres.(Guyton, 1992)

Célula adiposa Fibroblastos modificados que tem capacidade de armazenar triglicerídeos

quase puros em quantidades muito elevadas, equivalentes a 80 à 95% de seu volume. (Guyton, 1992).

ATP Nucleotídeo formado pela base nitrogenada adenina, a pentose ribose e por três

radicais fosfato. Moeda energética celular, por se desfazer e refazer em poucos minutos. Sua

formação de dá na maior parte na mitocôndria, 95%. Transporte através da membrana. Síntese de compostos químicos.Trabalho

mecânico

Definição Forma de utilização de corrente elétrica, que não possui ainda uma

padronização pois as empresas produzem este tipo de equipamento de muitas maneira diferentes de emissão de corrente e com freqüência que variam muito. A utilização desta forma de tratamentos é muito recente.

As freqüências podem variar de 5 a 50 Hz e amperagem de até 40 mA. Em cada aparelho são propostas inúmeras formas de onda dependendo do seu

fabricante. Pode-se dizer que se trata de uma forma de corrente galvânica modulada em ondas diferentes. As mais comuns chamam-se retangulares ampla e aguda e trapezoidais ampla

e aguda com alternância de polaridade a cada um, dois e três segundos, que trata a gordura localizada e a celulite em seus diversos graus.

A Eletrolipólise tem duas formas de aplicação, levando-se em conta as seguintes precauções iniciais:

a pele deve estar íntegra, sem lesões cutâneas, observando-se ainda que a paciente não deva ter feito nenhum procedimento espoliativo prévio, tal como depilação por cera;

a região não pode Ter tumorações;

a pele deve estar sem cremes ou produtos;

pacientes que façam uso prolongados de corticóides e progesterona;

pacientes que tenham doenças uterinas como fibromas.

Com agulhas: método de aplicação exclusivamente médico, onde temos a colocação de agulhas de aço inoxidável, com 0,25 a 0,3 mm de diâmetro e, em geral, 3 a 12 cm de comprimento distribuídas aos pares, distanciadas entre si, com no máximo 5 cm de distância entre elas. Quanto mais grossa a agulha melhor o efeito da eletroterapia.

A colocação das agulhas não obedecem necessariamente a planos musculares ou circulatório, sendo de acordo com distribuição do tecido celulítico. Para penetrar a agulha, tomadas obviamente às precauções e rotinas de assepsia e anti-sepsia pertinentes a um procedimento invasivo, normalmente pinçamos o tecido, comprimindo a pele intensamente e procurando dar a angulação necessária para a colocação da agulha. Com a outra mão seguramos a agulha no máximo 0,5 cm da ponta do bisel. Evitando que no ato da penetração, a agulha fique fletida e perca o direcionamento da mesma.

Sem agulhas: esta aplicação é feita por eletrodos de silicone condutivo, de baixíssima resistência intrínseca, obedecendo o mesmo distanciamento, ou seja, colocadas aos pares, com distanciamento de 5 a 6 cm. Indicados para utilização quando não podemos colocar agulhas.

Deve se pôr um gel condutivo, sem princípios ativos, como cânfora e mentol, dispondo em regiões de acumulo de gordura, visando saturar pelo número de eletrodos. Este método, exemplificado abaixo nas fotos, além da praticidade, temos uma avaliação direta positiva no decorrer das sessões, com cerca de até 4 cm de diminuição em região de coxa, 2 cm em região de braços, em média 5 cm em região de glúteos. Para a empresa de equipamentos GS a discussão deste método se dá da seguinte forma

Na região da celulite os adipócitos são células estáticas, corrente elétrica realiza a despolarização dos mesmos e desencadeia um gasto energético celular

Sem dúvida alguma, toda a metodologia de tratamento com agulhas é segura e comprovada em termos de dosagens, seja através do AMP cíclico ou do glicerol urinário, sendo que a técnica de colocação sem agulhas dispõem apenas de observações clínicas, em termos de avaliação de perda de medidas.

Oliva mostra em seu estudo de dosagem de AMP cíclico, que em 10 pacientes submetidas à aplicação na região trocantérica (culote), tendo sido incrementada a lipólise em 8 das 10 pacientes.

No entanto Dang-Vu-Nguyen e Parienti optaram pela análise de glicerol urinário na análise laboratorial de urina de 24 horas, onde ficou demonstrado que após a 6ª aplicação a um expressivo aumento na eliminação do glicerol urinário.

Se fizermos um paralelo entre a efetividade dos dois, com certeza o método com agulhas apresenta uma melhor efetividade e rapidez nos resultados apresentados, sendo que nas aplicações sem agulhas temos a necessidade de até 3 vezes mais sessões para obter 70% a 80% do êxito da aplicação com agulhas, porém com uma cavitação muito grande por parte das pacientes.

O ritmo de aplicações é variável de acordo com o método selecionado de aplicação:

Com agulhas: Uma vez por semana, de 6 a 15 aplicações, não tendo a necessidade de fazermos uma hidratação prévia de paciente, visto que por ser uma corrente bidirecional não é necessário, conforme Raul Pinto cita em seu livro Paniculopatia Edemato fibro esclerótica.

Sem agulhas: 2 a 3 vezes por semana, dependendo do estágio da paciente, variando o número de sessões de 20 a 30 sessões, sem também a necessidade de fazer com que a paciente tome 2 litros de líquidos.

Devemos levar em consideração que, quando aplicamos o equipamento com a opção de agulhas, as intensidades máximas de aplicação chegam a 20mA, enquanto que para aplicação sem agulhas chegamos a 40mA, isto em função de termos a necessidade de vencer a resistência intrínseca da pele .

Com isto temos que ter em mente que a corrente terá de ser dosada de acordo com a tolerância da cliente, sem que haja sensação incômoda e apenas uma parestesia

formigamento, isto válido tanto para aplicação com agulhas quanto a sem agulhas, sendo que após a aplicação, deve ser recomendado a paciente a não exposição ao sol, devido à sensibilização causada pela aplicação. Também observamos que pode haver eritemas

vermelhidões

na pele, principalmente na aplicação com eletrodos epicutâneas

sem agulhas, fato este que pode se agravar se não for levado em consideração a tolerância ideal junto à paciente. Esse inconveniente, geralmente, ocorre por haver uma dose de ansiedade da paciente, o que faz com que a mesma refira uma intensidade tolerável, mesmo não sendo, o que levará a uma exposição da pele a uma carga elétrica superior a sua tolerância.

Contra indicações:

pacientes com lesões na pele.

pacientes com tumoração de natureza maligna.

pacientes em tratamento com corticóides e progesterona prolongados.

pacientes com mioma uterino.

pacientes que estejam em tratamento médico e que este tipo de aplicação seja contra indicado.

Conclusão

Podemos afirmar que a Eletrolipólise é um método eficaz, que tem sua efetividade ampliada quando temo-lo conjugado com outros métodos, tais como Ultra-som e a Ionização, formando esses três equipamentos uma rotina que dará, certamente, uma resolução a vários aspectos no tratamento da celulite e gordura localizada. (site da emprese GS www.gs.com.br ).

BIBLIOGRAFIA

Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 63-66

Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 129-133

Silva, Mariângela T. - ELETROLIFTING - Ed. Vida Estética - 1998 - pp. 31

Guirro, Elaine C. O. - Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS - Ed. Manole - 2ª Ed. - 1996

Silva, Marizilda, T. - ELETROTERAPIA EM ESTÉTICA CORPORAL - Ed. Robe - 1997 - pp. 5-8

Guirro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS - Ed. Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada 2002.

Guirro, E.C.O.; Ferreira, A. L; Guirro, R.R.J. Estudos preliminares dos efeitos da corrente galvânica de baixa intensidade no tratamento de estias atróficas da cútis humana. Anais do X Congresso Brasileiro de Fisioterapia, Fortaleza, CE, 1991

Silva, E. B. M., Takemura, I., Schwartz, S. M. - ANÁLISE DO TRATAMENTO DE REGENERAÇÃO DE ESTRIAS COM O USO DO GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA FILTRADA CONSTANTE STRIAT® EM MULHERES ENTRE 15 E 16 ANOS. - Trabalho de conclusão do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba - 1999. Apud Guirro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS - Ed. Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada 2002

WOLWACZ, A.; CÉSAR, E. O.; CIUFO, M. R.; WOLWACZ, I.; KUYVEN, C. R. & DEOS. M. F. Opções terapêuticas nas cicatrizes queloidianas. Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 15.1. 2000.

Pieraggi, M. T.; Julian, M.; Delmas, M.; Bouissou, H. Striae: morphologicalaspectsof connective tissue. VirchowsArch. Pathol. Anal., 396, pp. 279-89.1982.

Bittencourt-Sampaio, Sérgio. Striae Atrophicae. Rio de Janeiro, 1995.

SALGADO, A. S. I.

Eletrofisioterapia

Manual Clínico

Ed. Midiograf

Londrina

PR 1ª ed. 1999.

GUYTON, A. C. Fisiologia Humana Ed. Guanabara 1996.

WATSON, T. Estimulação Elétrica para cicatrização de Feridas (em Eletroterapia de Clayton) 10ª ed. Manole São Paulo 1998.

A PELE DOS IDOSOS. Guia prático de medicina. Rio de Janeiro: Orbis-Fabbri, 2000. p.8-9.

AS RUGAS. Guia prático de medicina. Rio de Janeiro: Orbis-Fabbri, 2000. p. 36-37.

CAMPOS, M.S.P. Fisioterapia Estética. In: Curso de Fisioterapia Estética. abr./2000. Curitiba.

GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

KARAGOZIAN, S.; ROSSETTI, R. Vacuoterapia. In: CURSO DE VACUOTERAPIA. Curitiba: Fisiobras, mar/2001

KASSCCHAU, P. L. Envelhecimento e gerontologia: introdução às noções básicas. São Paulo: Centro de Gerontologia, 1976.

LOBATO, E.; CASTELLON, L.; BOCK, L. Viva bem aos 100. Revista Isto É. São Paulo: Três, jan./2002. p.36-42.

MADEIRA, M. C. Anatomia da face: bases anatomo-funcionais para a prática odontológica. 2ed., São Paulo: Sarvier, 1997.

OS EXAGEROS DA PLÁSTICA. Revista Veja. São Paulo: Abril, mar/2002. p. 84-91.

PERRICONE, N. O fim das rugas. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

SANTOS, F. Beleza o bisturi pode esperar. Revista Tudo. [S.l.], mai/2002. p. 28-33.

SIQUEIRA, R. Guia de automassagem estética facial, 2ed. São Paulo, 1998.

WOOD & BECKER. Massagem de Beart. 3ed. São Paulo: Manole, 1990. p. 8-29

(Dumolim e Bisschop 1980)

Dieses Dokument wurde mit Win2PDF, erhaeltlich unter http://www.win2pdf.com/chDie unregistrierte Version von Win2PDF darf nur zu nicht-kommerziellen Zwecken und zur Evaluation eingesetzt werden.