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    Curso deFotografia Digital

    Para IniciantesOrganizador e coletnea de textos e fotos: Adrovando Claro

    (Reprteres fotogrfico/Associao Potiguar de Fotografia)

    Promoo e realizao:

    Prisma Fotografia

    Foto:A

    drovandoClaro/CajupirangaImagem

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    Curso de Fotografia Digital para Iniciantes

    Origens da foto digitalA fotografia digital uma evoluo recente da fotografia. Surgiu com o advento do computador, que trouxe todoum mundo novo de possibilidades e de mudanas para a sociedade moderna. Na verdade, foi a pesquisa espacial aprincipal responsvel pelo surgimento da fotografia digital, com a necessidade de um sistema que enviasse imagens

    capturadas por sensores remotos e retransmitidas via rdio para a Terra.No campo que nos interessa, da fotografia, as transformaes esto ocorrendo de forma radical, possibilitando queas imagens no sejam mais necessariamente capturadas atravs de processos qumicos, mas sim por meio digital, ouseja, capturadas por cmeras fotogrficas equipadas com sensores por fotoclulas e interpretadas em termos de n-meros binrios pelo computador. Em seguida, a imagem digital pode ser transferida para a memria do micro eapresentada no monitor, para posterior edio e impresso, ou ainda ser impressa diretamente atravs de uma cone-xo entre a cmera digital e impressoras que reconheam os arquivos de imagens digitais.

    Embora as cmeras fotogrficas digitais ainda sejam novidade em termos tecno-lgicos, isso no quer dizer que a fotografia digital ainda esteja na infncia, mui-to pelo contrrio. Mesmo que a maioria dos fotgrafos (amadores ou profissio-nais) ainda estranhe a fotografia digital, e independentemente das limitaes queainda cercam este equipamento, as cmeras digitais so com certeza o futuro da

    fotografia, e apenas questo de tempo sua plena aceitao pela maioria dosusurios.De fato, na realidade est cada vez mais difcil distinguir, uma vez impressa,uma fotografia tirada por uma mquina 35 mm tradicional utilizando filme foto-grfico de uma imagem produzida por uma cmera digital a nica diferenasubstancial ainda o custo dos equipamentos digitais mais sofisticados de ltimagerao. A verdade que as cmeras digitais esto incorporando controles sofis-ticados e at mesmo novidades jamais sonhadas pelo fotgrafo tradicional, comoo benefcio de se ver no mesmo instante se a foto ficou boa ou no, delet-la seno estiver de acordo, refaz-la quantas vezes forem necessrias at que sejaaprovada...

    claro que existem cmeras digitais mais populares, por questo de marketing (preo final baixo). Nesses modelos,a qualidade de imagem limitada e a falta de controles manuais so um problema (para fotgrafos experientes),mas tudo questo de custo-benefcio, e do que o usurio pretende de sua mquina fotogrfica. Se a idia for ape-nas produzir imagens para serem vistas na tela, ou mesmo em apresentaes, ou ainda enviar imagens rapidamentepela Internet para parentes e amigos (mesmo profissionais precisam de imagens de baixa resoluo para apresenta-o na WEB), ento cmeras de baixo custo, que geram imagens em baixa resoluo, so mesmo as mais indicadas.Nas cmeras digitais mais sofisticadas j existentes e em novos modelos que esto surgindo, o panorama bemdiverso. Na verdade, atualmente a qualidade da imagem rivaliza ou at excede, em alguns casos, as obtidas por c-meras SLR 35 mm tradicionais. Isso porque cmeras digitais com lentes intercambiveis e tantos controles quantoqualquer modelo reflex tradicional j so realidade, caso das Fuji FinePix SL-1 e SL-2, Nikon D100, Olympus E-20e Cnon EOS D-60, entre outras.

    O mais importante nesta discusso que os preos esto caindo rapidamente agora que o sensor de imagem (o itemmais caro desta tecnologia, atravs do qual a imagem capturada e formada no equipamento) est atingindo umnvel tecnolgico satisfatrio. Assim, boas cmeras digitais, com recursos exigidos por amadores avanados e pro-

    fissionais, esto chegando ao mercado. preciso entender que se um fotgrafo amador pode tirar boas fotos comuma cmera digital (dado o grau de automao existente), tambm pode conseguir excelentes fotos se dominar estatecnologia e utilizar recursos e capacidades que mesmo o mais capaz dos fotgrafos profissionais acostumado ape-nas com imagens captadas em filmes tradicionais ainda precisam conhecer e se adaptar. Este um dos objetivosdeste curso, ajudar tanto ao amador quanto ao profissional ainda no familiarizados com as novas tecnologias erecursos tornados possveis com as cmeras fotogrficas digitais. A compreenso de alguns detalhes e recursos aoalcance da fotografia digital pode tornar possvel, ao bom fotgrafo, resultados espetaculares e melhoria da produti-vidade. E mais, com grande vantagem econmica, j que na cmera fotogrfica digital, se o custo inicial alto, empouco tempo o benefcio do custo zero em termos de filmes, revelao, envio de material laboratrios, etc, a tor-

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    nam muito atraente.

    Imagens InusitadasA fotografia digital est encontrando rpida aceitao em muitas reas da fotografia. Um dos campos na qual estganhando muitos adeptos, por exemplo, o da macrofotografia. Quase todas as cmeras digitais permitem fotos emdistncias de apenas dois ou trs centmetros. Assim, fica fcil obtermos imagens inusitadas de pequenos objetos,

    insetos, etc. Outro lado da fotografia que ganhou impulso com a chegada das cmeras digitais o da fotografia ar-tstica. Fotos digitais podem se tornar em imagens incrveis a partir de softwares especiais ou montagens a partir decpias trabalhadas posteriormente por meio de tcnicas diversas.Um ponto interessante na fotografia digital que as fotos podem ser vistas instantaneamente. Desse modo, pratica-mente fica afastada a possibilidade de erros. Outra vantagem a facilidade de se repetir a foto em caso de necessi-dade - acabam assim as surpresas desagradveis, como, por exemplo, quando se vai buscar um filme no laboratrioe se descobre que a tampa da mquina ficou cobrindo a objetiva, que o filme estava vencido (e as cores ficaramalteradas) e assim por diante...

    Fotos na WEB so uma das principais aplicaes da foto digitalA maior de todas as vantagens, contudo, que ningum precisa mais economizar cliques, ou seja, hesitar em

    fazer qualquer foto, preocupar-se com o custo de filmes, revelao ou a quantidade disponvel de material. Com afoto digital, utilizando-se uma cmera equipada com um carto de grande capacidade de armazenamento, clica-se

    vontade, e com isso o fotgrafo acaba obtendo boas imagensque de outra forma poderiam ser perdidas num momento dedvida... J que o custo da imagem zero, ou melhor, ape-nas limitado ao custo inicial da mquina fotogrfica, clicar vontade no causa nenhum tipo de preocupao.Outra vantagem da fotografia digital que ficou fcil mostrarfotos para outras pessoas. Por exemplo, publicando-as empginas da Internet. Tambm se pode mostrar as fotos pelatela de uma televiso, bastando conectar a cmera digital entrada de vdeo do aparelho de TV. Graas a esse recurso, possvel selecionar as melhores fotos que esto gravadas nocomputador, regrav-las no carto de memria da cmeradigital e depois apreci-las num aparelho de TV. Softwarespodem fazer apresentao de fotos como se fosse uma proje-

    o de slides. E mais, como a maioria das cmeras digitais de melhor qualidade tambm podem produzir vdeos,filmar tambm muito simples, bem como transferir as imagens para uma fita de videocassete.Alguns fotgrafoscomerciais de estdio foram os primeiros a adotar a fotografia digital, j que graas a backs digitais as fotos sotiradas, corrigidas, editadas, impressas e enviadas com rapidez ao cliente, sem custos de transporte, provas, filmes,revelao, etc. Fotojornalistas e empresas como jornais e agncias de notcia j adotaram as cmeras digitais comopadro pela rapidez de captura e envio de imagens: fotografa-se um assunto, e do prprio local transmite-se a ima-gem digital por telefone ou outros meios redao.

    Hoje em dia, os maiores usurios de imagens fotogrficas digitais so os desenvolvedores de multimdia e os web-masters (fotos digitais poupam tempo e dinheiro). Desde que tanto a multimdia como pginas da WEB so apre-sentadas sempre em monitores de computador (ou projetadas por meio de equipamentos computadorizados), asimagens digitais so uma necessidade. Em pouco tempo o usurio domstico tambm estar lidando com desenvol-tura com a fotografia digital.Finalmente, outro campo para imagens digitais o de fotos de identificao para em-

    presas, por exemplo. Pode-se tambm usar fotos para cartes de visitas, no obrigatoriamente da pessoa, mas detemas que tenham relao com a profisso, atividade ou empresa.

    Resgatando lbuns de FamliaQuantos de ns no possuem gavetas ou pastas lotadas de fotografias, familiares ou de viagens, em sua maioriaesquecidas e totalmente desorganizadas? Certo dia a gente lembra de uma ocasio especial, recorda ter alguma fotodaquele momento ou lugar, quer ver ou mostrar a algum, mas como encontrar a imagem? Pois , a maioria daspessoas tira montes de fotografias para depois abandon-las.Com a fotografia digital isso muda drasticamente, jque as imagens so facilmente inseridas em arquivos de texto, e-mails ou mesmo pginas da Web, alm de impres-

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    sas em impressoras caseiras (papel fotogrfico e impressoras jato de tinta oferecem timos resultados) ou mesmoem papel fotogrfico tradicional em laboratrios que lidem com arquivos digitais. Assim, fica muito fcil mostr-las e compartilh-las com outras pessoas. Por outro lado, possvel resgatar velhos lbuns de famlia esquecidosem gavetas, amarelando e estragando com o tempo. Se as imagens que eles contm forem escaneadas, podem serrecuperadas (e tambm as memrias que evocam), e depois apresentadas do mesmo modo que as novas fotos digi-tais. Sem falar da vantagem de que, enquanto fotos e negativos perdem cor e nitidez com o tempo, um arquivo digi-

    talizado perene (no esquecendo que devem sempre ser becapeados em CDs ou discos rgidos).Existem aindasoftwares que simulam lbuns tradicionais de fotos na tela do computador, permitindo assim organizar e apresentaras imagens com facilidade.

    Diferenas entre tradicionais e digitaisPara qualquer pessoa acostumada a fotografar com mquinas fotogrficas tradicionais, o uso da cmera digital, ape-sar de incorporar novidades, no exige muito esforo para adaptao. Vamos relacionar as principais semelhanas ediferenas:

    Nas cmeras digitais no se utilizam filmes, e sim um carto de memria para armazenamento das imagens. Essecarto permite que se grave, copie e apague (delete) arquivos de imagens (inclusive vdeo).A luz do flash funciona quase como numa cmera comum, e dependendo do modelo da cmera digital, pode virembutido no corpo e/ou utilizando um flash externo atravs de conexo por sapata ou pino (a diferena, tecnica-

    mente, que na fotografia digital existe um pr-disparo para avaliar a luz branca, ou whitepoint, o que obriga aouso de flashes especiais)As cmeras digitais, alm de um visor idntico s das mquinas fotogrficas tradicionais (no SLR), incorporamtalvez a maior novidade que um visor atravs de tela de cristal lquido (LCD) localizado na parte posterior docorpo da cmera. A principal vantagem que o fotgrafo v a imagem exatamente como ser fotografada. A maiordesvantagem que em ambientes de muita luz (sob o sol, por exemplo), praticamente impossvel usar o visorLCD e, alm disso, o uso contnuo do visor acaba rapidamente com a bateria.As objetivas so muito semelhantes, mas na fotografia digital muitas cmeras incorporam o recurso de zoom digi-tal, alm do zoom tico. Acontece que o zoom digital irreal, uma aproximao, ou, melhor ainda, umaampliao gerada por software. Isso resulta numa imagem imprecisa e de cores inconsistentes. De qualquer mo-do, mais tarde, atravs de qualquer software editor de imagens pode-se ampliar qualquer parte da imagem.Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura de diafragma, nos modelos mais simples de cmeras digitais,so totalmente automticos. Contudo, nas cmeras digitais mais modernas, pode-se regular no apenas cada umdesses itens individualmente, mas tambm estabelecer sensibilidade do filme, ou seja, definir se a captura da ima-

    gem se dar numa sensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA ou at mais, dependendo da sofisticao domodelo. As cmeras digitais, diferenciando ainda das tradicionais, vem equipadas com um cabo (geralmente USB)para conexo da cmera um computador, para transferncia das imagens, mais uma ou mais baterias recarregveisde longa durao, um cabo de udio e vdeo que pode inclusive ser conectado a uma aparelho de TV ou videocasse-te, e o carto de memria (existem vrios tipos que estudaremos adiante) onde as imagens so armazenadas.

    Conceitos e procedimentosUma grande fotografia comea quando se reconhece uma grande cena ou motivo. Mas reconhecer uma grande o-portunidade no o suficiente para fotograf-la; o fotgrafo deve estar preparado. E isso envolve o conhecimentode sua cmera de modo a fotografar o que se v. Conceitos de fotografia so os princpios sob os quais est a cme-ra que o fotgrafo est utilizando. Incluem coisas tais como a relao entre nitidez e tempo de exposio e seusefeitos numa imagem. Entender conceitos responde a qualquer questo de por que, que se pode ter sobre fotogra-fia.

    Procedimentos so aquelas caractersticas especficas de um tipo de cmera, e a explicao, passo a passo, de comoutilizar os controles de uma cmera para capturar uma imagem. Entender procedimentos d a resposta s questesde como.Discusses sobre procedimentos que se usa para cmeras especficas esto integradas aos conceitos, aparecendoquando se aplicam. Esta viso integrada permite que o fotgrafo entenda primeiro os conceitos de fotografia e de-pois veja como procurar no manual de sua cmera os passos necessrios para utiliz-los em qualquer situao.

    Para conseguir fotografias mais interessantes e criativas, o fotgrafo precisa entender como e quando usar um mni-mo de recursos de sua cmera, como profundidade de campo e controle de exposio. Assim, estar pronto para

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    manter tudo numa cena com nitidez absoluta para exibir melhores detalhes, ou deixar meio nebuloso para dar um arimpressionista um retrato. Ou tomar closes dramticos, congelar aes rpidas, criar maravilhosos panoramas, ecapturar a beleza de arco-ris, por-de-sol, queimas de fogos e cenas noturnas. No existem regras ou melhoresmodos de fazer fotos. Grande fotgrafos aprenderam o que sabem experimentando e tentando novos modos de foto-grafar. Cmeras digitais tornam isso muito fcil porque no existem custos de filmes ou demoras para se ver osresultados. Cada experincia livre, e cada fotgrafo poder registrar os resultados imediatamente, ou passo a pas-

    so.

    Controles da cmera e criatividadeCmeras digitais com recursos oferecem controles criativos sobre as imagens. Elas permitem que se controle a luz eo movimento em fotografias, bem como o que deve aparecer ntido e o que no deve. Embora a maioria das cme-ras digitais simples sejam totalmente automticas, algumas permitem que se faa pequenos ajustes que afetaro aimagem. As melhores cmeras oferecem uma ampla gama de controles, em alguns casos mais do que se pode en-contrar em uma cmera 35 mm SLR. De qualquer modo, independentemente de quais controles a cmera oferece,os mesmo princpios bsicos esto presentes. Mesmo que a cmera seja totalmente automtica, possvel control-la indiretamente, ou tirar vantagem desses efeitos para controlar as imagens.AutomatismoTodas as cmeras digitais possuem um modo automtico que determina o foco, a exposio e o balano de cor(White-balance). Tudo o que o fotgrafo tem a fazer apontar a cmera e apertar o boto do disparo.

    Preparando. Ligue sua cmera e deixe no modo automtico. Para conservar as baterias, desligue o monitor LCD ecomponha a cena pelo visor tico. Se a cmera tem capa de lente, lembre-se de remov-la antes de ligar a cmera.Enquadrando a imagem. O visor apresenta a cena que est para ser fotografada. Para enquadrar melhor, experimen-te o zoom da lente, aproximando ou afastando a cena para escolher a melhor composio. Ateno, se a imagemaparecer embaada, existe um boto de regulagem do foco do visor para ajuste.Autofoco. A rea que estiver no centro da imagem ser utilizada pela cmera como ponto de nitidez principal. Oquanto se pode focar depender da cmera que se estiver usando.Autoexposio. A autoexposio programada pela cmera mede a luz refletida pela cena e usa a leitura para estabe-lecer a melhor exposio possvel.Autoflash. Se a luz estiver muito fraca, o sistema de autoexposio ir disparar o flash da cmera para iluminar acena. Se o flash ser disparado, uma lmpada de aviso na cmera, geralmente vermelha, ir piscar quando vocpressionar o disparador metade do caminho.Balano de luz (White balance). O colorido de uma fotografia ser afetado pela cor da iluminao que afeta a cena,assim a cmera automaticamente ajusta o balano de cor para fazer os objetos brancos na cena parecerem brancosna foto.Velocidade alta de obturador congela a imagem

    Composio e enquadramentosFotografar de perto - Observe as fotos dos bons fotgrafos: no h espao vazio. O assunto de interesse est en-chendo o fotograma. por isso que as fotos ficam mais sugestivas e interessantes. Um assunto observado pelo vi-sor, ou mesmo um detalhe, podem resultar em belas fotos. Uma foto feita de perto elimina o excesso de fundo e oefeito desagradvel do segundo plano. Enquanto isso, um close mostra apenas os detalhes absolutamente essenciais,alm de oferecer maior impacto foto.Eliminar o fundo - Um dos problemas que prejudicam a boa fotografia o fundo. Os grandes mestres da fotografiaafirmam que fundos mal escolhidos podem estragar completamente as fotos. Uma foto em que no houve preocu-pao com o fundo por parte do fotgrafo, pode apresentar:- Muita coisa atrapalhando e se misturando com o assunto em primeiro plano.- Fundos como um poste, uma rvore, um ramalhete de flores ou outro objeto, se aparecerem atrs da cabea deuma pessoa, causam impresso desagradvel.Para melhorar o fundo da foto, voc deve:- Mudar o ngulo de tomada da fotografia, at conseguir eliminar o efeito desagradvel.- Mudar a posio do assunto.- Utilizar grande abertura do diafragma, com velocidade do obturador adequada s condies de iluminao. Issodiminui a profundidade de campo e desfocaliza o fundo.Planejar com antecedncia - Um dos pontos bsicos para melhorar suas fotos o planejamento antecipado do quevai ser fotografado.

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    Pense nos seguintes pontos:O que vou fotografar.Quais as condies de luz e de ambiente.Que sesibilidade Iso deverei utilizar.Que acessrios sero necessrios.Depois, verifique se o equipamento est em ordem. Confira

    as condies de luz, veja, atravs do visor, qual o nguloque lhe dar melhor enquadramento e composio do as-sunto. Lembre-se de que todo o processo fotogrfico podeser controlado por voc, antes de apertar o disparador. Anica coisa que no pode ser planejada a reao ou ex-presso da pessoa a ser fotografada. Ela deve ser natural.Para captar uma expresso caracterstica de uma criana,por exemplo, preciso, alm de todo o preparo antecipado, a oportunidade para conseguir o gesto, o olhar, o sorri-so. Nesse momento, a teleobjetiva ajudar bastante, pois permite que o fotgrafo se mantenha afastado do assunto,facilitando a desinibio e a expresso natural.Enquadrar bem - Procure enquadrar o tema corretamente, observando o alinhamento das linhas horizontais e ver-ticais da cmara. Enquadramento significa composio, isto , a seleo e o arranjo que se deve fazer do assunto,antes de fotograf-lo. Voc pode conseguir a melhor composio do assunto de vrias maneiras:- Coloque alguma coisa no primeiro plano para preencher os espaos vazios. Um porto, uma rvore ou uma pesso-a, para servir de moldura cena.- Ao fotografar pessoas, procure deix-las em destaque, para ocupar a maior rea do fotograma. O espao ocupadopelas pessoas deve ser maior na frente do que atrs.- As pessoas devem ser fotografadas em atitudes naturais, assim voc conseguir maior beleza e naturalidade emsuas fotos. Evite poses rgidas e foradas. Procure conversar com a pessoa para mant-la despreocupada. Quandoperceber o momento oportuno, acione o disparador e voc ver que os resultados sero bem melhores.- Acostume-se a escolher o ngulo a ser fotografado, atravs do visor da cmara. Procure examinar o assunto devrios ngulos: mais perto, mais longe, de cima para baixo, de baixo para cima. Analise bem todos os ngulos eescolha o que mais lhe agradar e s ento aperte o disparador. Se tiver dvidas, tire duas ou trs fotos de ngulosdiferentes e assim ser mais fcil estud-las para escolher a melhor depois.- Procure observar atentamente as fotografias feitas por outras pessoas. Os erros cometidos podem ser evitados nassuas fotos. Esse exerccio ajudar a melhorar sua tcnica fotogrfica.Se voc quiser aperfeioar o seu gosto pela arte fotogrfica, visite as exposies de fotografia, consulte lbuns de

    reproduo de fotos premiadas, com senso crtico. Observe cada detalhe, procurando descobrir a regulagem utiliza-da, os efeitos conseguidos com lentes, filtros e as possveis modificaes que tornariam a foto ainda melhor. Assim,voc estar aguando a sua capacidade de observao. Cada vez que analisa uma foto, em todos o seus aspectos,voc passa a tirar uma srie de concluses sobre seu prprio trabalho e sua imaginao comea a vislumbrar umainfinidade de assuntos a serem fotografados.

    O obturador e a exposioO obturador mantm a luz longe do sensor exceto durante uma exposio (foto), quando abre sua cortina para per-mitir a luz de atingir o sensor de imagem. O perodo de tempo em que a cortina do obturador fica aberta afeta tantoa exposio da imagem como o movimento.Velocidades baixas de exposio do obturador deixam luz atingir osensor da imagem por mais tempo, permitindo uma foto mais brilhante. Velocidades mais rpidas permitem menostempo de luz, e assim a foto resulta mais escura.Em adio ao diafragma (a quantidade de luz que atingir o sensor de imagem), a velocidade do obturador o mais

    importante controle que se tem para a captura da imagem na fotografia. Entender a velocidade do obturador vitalquando se pretende que um objeto aparea ntido ou tremido na fotografia. Quanto mais tempo o obturador ficaraberto, mais tremido ficar o objeto na imagem (tanto em funo de movimentos do objeto como por qualquer tre-mor do fotgrafo). Apesar das cmeras digitais poderem selecionar qualquer frao de segundo para uma exposi-o, h uma srie de ajustes que tem sido tradicionalmente utilizados quando se usa uma cmera manualmente (queno podem ser feitas em algumas cmeras digitais simples). A velocidade tradicional de disparo (listada a seguirdas velocidades mais rpidas s mais lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 1/60, 1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, e1 segundo (em cmeras mais sofisticadas podem chegar a 1/35.000 num extremo e no outro ficar o obturador abertopelo tempo que o fotgrafo quiser).

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    O momento certoFotgrafos tornaram-se famosos por capturar sempre o momento certo quando aes acontecem e apenas umnico momento a torna interessante. Para isso precisavam estar sempre pronto. Nunca se atrapalhar com controles eoportunidades perdidas. A grande maioria das cmeras digitais tem um sistema de disparo automtico que deixa ofotgrafo livre de preocupaes, mas por outro lado essas cmeras tm problemas que torna os momentos decisivosmais difceis de serem obtidos. Nas cmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demora entre o mo-

    mento de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso porque, no primeiro momento em que se pressiona o bo-to, a cmera rapidamente realiza um certo nmero de tarefas. Primeiro limpa o CCD, depois corrige o balano decor, mede a distncia e estabelece a abertura do diafragma, e finalmente dispara o flash (se necessrio) e tira a foto.Todos esses passos tomam tempo e a ao pode ter j ocorrido quando finalmente a foto feita. Assim, fotografiade ao com uma cmera digital amadora (esportes, por exemplo), praticamente impossvel. Somente as chama-das cmeras avanadas, ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, tm capacidade de fazer fotos em sequn-cias rpidas inferiores a um segundo.Depois ocorre um longo intervalo entre a foto tirada e a disponibilidade da cmera para uma nova foto porque aimagem capturada primeiro precisa ser armazenada na memria da cmera. Como a imagem precisa ser processada,uma certa quantidade de procedimentos so requeridos, e isso pode tomar alguns segundos (que parecero umaeternidade para um fotgrafo que precisa fotografar uma ao rpida, j que no poder ser feita outra foto enquan-to isso tudo no for processado).Mesmo nas cmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorrer uma limitao na quantidade de fotos que se

    tira em sequncia, em funo do tempo que a cmera necessita para gravar a imagem num carto de memria (oque pode depender da velocidade de gravao e leitura do prprio carto). Por exemplo, uma cmera digital podefazer fotos numa velocidade de 3 tomadas por segundo, mas at um mximo de 8 imagens.

    Os controles de abertura e profundidade de campoA abertura do diafragma, um srie de placas sobrepostas formando uma espcie de anel, ajusta o tamanho da aber-tura das lentes atravs da qual passar a luz para atingir o sensor. Conforme isso muda de tamanho, afeta tanto aexposio da imagem como a profundidade de campo (o espao dimensional no qual tudo ficar em foco).A abertura do diafragma pode ser mais aberta para permitir mais luz, ou fechada para deixar passar menos luz.Enquanto o obturador regula o tempo de exposio, a abertura do diafragma controla a quantidade de luz. Portanto,quanto maior a abertura, mais luz atinge o sensor de imagem, quanto menor, menos luz atinge o sensor.Assim como a velocidade do obturador, a abertura do diafragma tambm afeta a nitidez da fotografia, mas de ummodo diferente. Mudando-se o valor da abertura, muda-se a profundidade de campo, ou seja, o espao dimensionalque ficar ntido na cena, entre o primeiro plano e o segundo plano da imagem. Quanto menor a abertura usada,

    mais rea da cena ficar ntida. Por exemplo, numa fotografia de paisagem, o fotgrafo vai querer uma aberturamenor, de modo a que toda a paisagem (dos detalhes mais prximos aos mais distantes) estejam focados com niti-dez; num retrato, o melhor ser uma abertura maior, definindo a nitidez apenas na pessoa, tornando desfocado orestante da imagem e mantendo o interesse da foto apenas na pessoa.Ajustes da abertura so determinados por nmeros (F), e indicam o tamanho da abertura dentro da lente (no dia-fragma). Cada nmero deixa entrar metade da luz da abertura seguinte, e consequentemente duas vezes mais luzque a anterior. Da maior abertura possvel para a menor, os nmero f tradicionalmente tem sido f/1, f/1.4, f/1.8, f/2,f/2.4 f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32 e f/45. Nenhuma lente possui toda a gama de ajustes; por exemplo,uma cmera digital padro pode vir com uma lente de f/2 a f/16. A chamada luminosidade da lente definidapela maior abertura, ou seja, no exemplo acima, f/2. Quanto mais luminosa a lente, melhor a qualidade e mais sofis-ticado o sistema tico (e mais caro o preo).Ateno para o fato de que quanto maior o nmero, menor a aberturapara a luz. Assim, f/11 menos luz que f/8, e assim por diante. Um detalhe que a abertura maior pode mudar nu-ma lente zoom, de modo a acomodar o sistema tico, por exemplo, numa lente zoom de 35 a 200 mm, a abertura

    mxima (a luminosidade) pode ser f/2-f/4 (variando de f/2 a f/4 conforme se move o zoom de distncia focal de 35mm para 200 mm).Observao: distncia focal a distncia entre a lente e o sensor). Conforme essa distncia, a imagem parecer maisprxima ou mais distante. Uma lente zoom permite diferentes distncias focais, mudando assim a proximidade dosobjetos na foto.

    Obturadores das cmeras digitaisQuando um obturador se abre, ao invs de expor um filme, na cmera digital ele coleta luz no sensor de imagem um dispositivo eletrnico de estado slido. Como se viu anteriormente, o sensor de imagem contm uma grade de

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    pequenas fotoclulas. Conforme a lente foca a cena no sensor, algumas fotoclulas gravam as luzes mais fortes,outras as sombras, enquanto terceiras os nveis de luzes intermedirias. Cada clula converte ento a luz que caisobre ela numa carga eltrica. Quanto mais brilhante a luz, mais alta a carga. Quando o obturador fecha e a exposi-o est completa, o sensor recorda o padro gravado. Os vrios nveis de carga so ento convertidos para nme-ros binrios que podem ser usados para recriar a imagem. Uma vez que o sensor tenha capturado a imagem, estaprecisa ser convertida, ou seja, digitalizada, e depois armazenada. A imagem armazenada no sensor no lida de

    uma vez, mas em partes separadas. Existem dois modos de se fazer isso usando escaneamento interlaado(interlaced) ou progressivo.Num sensor de escaneamento interlaado, a imagem inicialmente processada por linhas mpares, depois por li-nhas pares. Este tipo de sensor freqentemente utilizado em cmeras de vdeo porque a transmisso de TV inter-laada. Num escaneamento progressivo, as colunas so processadas uma aps outra em seqncia.

    Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmo tempoComo tanto a velocidade do obturador como a abertura do diafragma afetam a exposio (a quantidade total de luzque atinge o sensor da imagem), assim se pode controlar se a foto ser mais clara ou escura, mais ntida ou menosntida, e assim por diante. A velocidade do obturador controla o tempo que o sensor da imagem ser exposto luz ea abertura controla a quantidade de luz que entrar para compor a imagem. O fotgrafo, ou o sistema automtico dacmera, pode casar uma velocidade de obturador curta (para deixar entrar luz num perodo curto) com uma aberturagrande (para deixar entrar mais quantidade de luz); ou uma velocidade de obturador longa (para deixar entrar luzpor um perodo maior) e uma abertura pequena (para deixar entrar menos luz). Em termos tcnicos, no faz diferen-a a combinao usada. Contudo, os resultados no sero os mesmos, da a magia de se controlar manualmente acmera, ao invs de deixar ao sistema automtico. controlando de forma criativa essa combinao que se podeobter grandes fotografias. O objeto sempre se move, ou pelo menos acmera poder ser mover num curto espao de tempo. Tambm aprofundidade de campo ser afetada. A conjugao desses fatores, e ocontrole sobre eles, que fazem a diferena entre fotos convencionaise fotos de grande qualidade.Como vimos, cada abertura de um nmero f/ determina metade ou odobro da abertura seguinte (para mais ou para menos). Assim, umaabertura de f/8 deixa entrar metade da luz de uma abertura de f/5.6. Juma velocidade de obturador de 1/60 s deixa passar metade da luz queuma abertura de 1/30. Se o fotgrafo mudar a regulagem de uma ex-

    posio que mostra luz correta (balanceada) de f/8 com 1/30 s para

    f/5.6 com 1/60, obter o mesmo resultado tcnico correto s que aprofundidade de campo muda, assim como o controle dos movimentos portanto, na primeira foto, teremos maior profundidade de campocom menos velocidade, na segunda, o contrrio. Quanto maiores asdiferenas nos controles, mais dramticos sero os resultados da foto.Para fotografia padro, precisa-se de uma mdia de velocidade emtorno de 1/60 e de abertura f/5.6. Velocidades menores resultaro emtremores (embora um trip possa ajudar) e aberturas menores limita-ro a profundidade de campo. Uma cmera automtica pensa pelo

    padro, assim dificilmente se obtero fotos espetaculares com um sis-tema automtico.Para objetos em movimento rpido, ser necessria uma velocidademaior para congelar o movimento (embora a distncia focal das lentes,

    a proximidade do objeto e a direo do movimento tambm afetem anitidez final da foto)Para uma mxima profundidade de campo, com a cena ntida do mais prximo ao mais longinquo, ser necessriauma abertura de diafragma menor (embora a distncia focal da lente e a distncia aos objetos do cenrio tambmafetem)

    Escolhendo modos de exposioMuitas cmeras oferecem mais de um modo de exposio. No modo totalmente automtico, a cmera faz um ajustede velocidade e abertura para produzir a melhor exposio possvel. Geralmente, existem dois outros modos, que

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    so muito usados, o de prioridade de abertura, ou de prioridade de velocidade. Todos oferecero bons resultados namaioria das condies de fotografia. De qualquer modo, alternar entre esses modos pode trazer algumas vantagens.Vamos examinar cada um desses modos.Totalmente automticos este modo configura a velocidade e abertura, mais o balano de cor (White-balance) efoco sem a interveno do fotgrafo. Permite que o fotgrafo preste ateno na cena e ignore a cmera.Modo programado pemite que o fotgrafo selecione uma variedade de situaes como fotos de retrato, cenrios,

    esportes, crepsculo, etc. Ainda a cmera que estabelece a abertura e a velocidade nessas condies.Prioridade de abertura este modo permite que o fotgrafo selecione a abertura necessria para obter uma certaprofundidade de campo enquanto o sistema combina essa abertura com a velocidade de obturador necessria paracorreto balano da exposio. Usa-se esse modo sempre que a profundidade de campo for importante. Para ter cer-teza de um foco geral num cenrio, escolhe-se uma pequena abertura (ex, f/16). O mesmo funciona para uma fotoclose-up (onde o foco crtico). J para deixar o fundo fora de foco e concentrar a nitidez num nico plano, selecio-na-se uma abertura grande, exemplo f/4.Prioridade de obturador este modo permite que se escolha a velocidade do obturador como prioritria, e ne-cessria quando se pretende congelar uma imagem ou tremer propositalmente um objeto, deixando a escolha daabertura para a cmera. Por exemplo, quando se fotografa ao de esportes, animais ou em fotojornalismo, a esco-lha de velocidade de obturador quase obrigatrio, com velocidades maiores, 1/500 por exemplo, para congelar aao, ou baixas velocidades, 1/8 por exemplo, para tremer a imagem.Modo manual permite que se selecione tanto a velocidade como a abertura. Recomendado somente para fotgra-fos experientes e profissionais.Um dos fatores que fazem da fotografia algo to fascinante a chance que temos de interpretar a cena do nossoponto de vista. Controles de velocidades de obturador e de abertura so dois dos modos mais importantes de fazerfotos nicas. Conforme o fotgrafo vai se tornando mais familiar com os efeitos da foto, encontrar a oportunidadede fazer escolhas instintivamente.

    Usando o flashO flash incorporado em cmeras digitais, apesar de suas limitaes, pode ser aproveitado com criatividade pelofotgrafo. Existem basicamente os seguintes modos de uso de flash em cmeras digitais (algumas acrescentam maisou menos recursos)Automtico neste modo, a cmera faz a leitura da luz ambiente, e se for necessrio, dispara o flash para melhoriluminar a cenaNunca disparar neste modo, a cmera no dispara mesmo que tenha detectado iluminao insuficiente. Este um recurso interessante para se conseguir efeitos especiais em fotos noturnas

    Sempre disparar obriga a cmera a disparar o flash mesmo que as medies concluam que h luz suficiente.Este um recurso bom para melhorar a iluminao de rostos em contra-luz, por exemplo, ou para melhorar o con-traste em cenas de pouco contrasteReduo de olhos vermelhos um recurso da cmera para evitar o chamado efeito de olhos vermelhos que ocorrems vezes no uso de flash

    A qualidade da imagemExistem cmeras de baixo custo e recursos equivalentes, que se refletem no apenas na simplicidade de uso (parafotgrafos inexperientes), mas tambm na simplicidade da fotografia digital gerada. Assim como existem cmerasextremamente sofisticadas, cheias de recursos manuais (regulagens de sensibilidade luz, abertura prioritria dediafragma, velocidade de obturador, etc), mais indicadas para profissionais e amadores avanados. Contudo, o pon-to fundamental, para simplificarmos, na tecnologia de uma cmera digital, a sua capacidade de resoluo da ima-gem. Para entendermos isso, vamos estudar como as mquinas fotogrficas digitais capturam a imagem. Fugindo

    do sistema das cmeras tradicionais que utilizam filmes (processos qumicos baseados em halogenetos de prata)para gravar e armazenar uma imagem, as cmeras digitais usam um equipamento chamado sensor de imagem(image sensor). Trata-se de chips de silcio do tamanho de uma unha, tambm conhecidos como CCD (Charge-Coupled Device), que contm diodos fotossensveis, ou fotoclulas. No curto espao de tempo em que o obturador aberto, cada fotoclula grava a intensidade ou brilho da luz que a atinge por meio de uma carga eltrica; quantomais luz, maior a carga. O brilho gravado por cada fotoclula ento armazenado como uma srie de nmeros bi-nrios que podem ser usados para reconstruir a cor e o brilho dos pontos da tela ou da tinta que imprimiro a ima-gem a partir de uma impressora.OS INVENTORES - George Smith e Willard Boyle inventaram os sensores de imagens, os CCDs, nos laboratrios

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    Bell, em 1969. Em 1970, os pesquisadores dos laboratrios da Bell construram o primeiro CCD para vdeocmera.Em 1975, eles apresentaram a primeira cmera equipada com CCD com imagem de qualidade suficiente para ateleviso.Hoje a tecnologia do CCD atinge no apenas a televiso comum, mas tambm aplicaes em vdeo que vo de mo-nitoramento de segurana televiso de alta definio, e do endoscpio videoconferncia. Fax, copiadoras, scan-ners, cmeras digitais e leitores de barras tambm empregam CCDs para transformar padres de luz em informao

    til.

    A relao entre pixels e imagem.

    As fotografias digitais so feitas de centenas de milhares ou at mi-lhes de pequenos pontos chamados elementos da imagem, ou sim-plesmente pixels. Cada um desses pixels capturado por uma nicafotoclula do sensor de imagem ao se tirar uma foto, assim a quanti-dade de fotoclulas do sensor que determina a quantidade de pixelsnuma imagem (e conseqentemente, sua resoluo, ou seja, a relaoentre nitidez e tamanho da imagem). Portanto, numa cmera digital,cada fotoclula captura o brilho de um nico pixel. O modo comoessas fotoc-lulas esto dispostas determina a forma fsica da teia (ougrade, como queiram), que por fileiras e colunas simples. Isso podeser bem observado se ampliarmos demais as fotos, pois a imagemaparece montada em pequenos quadrados.

    O computador e a impressora utilizam cada um desses pequenos pi-xels capturados pelas fotoclulas do sensor da cmera para apresentara imagem na tela ou imprimir as fotos. Para isso, o computador divi-de a rea do monitor onde ser apresentada a imagem (ou a pgina deimpresso onde ser impressa) numa teia de pixels, de modo muitoparecido ao modo como o sensor divide a imagem ao captur-la. Soutilizados os valores armazenados pelas fotoclulas para especificar o

    brilho e a cor de cada pixel dessa teia uma forma de reproduo da imagem por nmeros. Por isso, enderear uma

    teia de pixels individuais desse modo se chama bit mapping (mapeamento de bits). Concluindo, a qualidade da fo-tografia digital, tanto impressa como a apresentada na tela, depende principalmente do nmero de pixels utilizadospara criar a imagem (fator tambm conhecido como resoluo). Esse nmero, como vimos, determinado pelaquantidade de fotoclulas existentes no sensor de imagem da cmera.

    Capacidade de resoluo da imagemQuanto mais fotoclulas e conseqentemente mais pixels, melhores sero os detalhes gravados e mais ntidas asimagens. Se algum ampliar e continuar ampliando qualquer imagem digital, chegar um momento em que os pi-xels vo comear a aparecerem multifacetados (esse efeito se chama pixelizao). Portanto, quanto mais pixels e-xistirem em uma imagem, mais ela aceitar ampliaes com qualidade; quanto menos pixels, menor a ampliaopossvel.Portanto, aqui est a diferena bsica entre modelos de cmeras digitais (e seus preos): a capacidade deresoluo da imagem (e sua subseqente qualidade e tamanho final). Outras diferenas so pertinentes quantidadede recursos disponveis na cmera e seu grau de automao ou possibilidade de ajustes manuais.

    Voltando a falar sobre resoluo, como vimos, os sensores de imagens contm uma teia (ou grade) de fotoclulas,cada uma delas representando um pixel na imagem final - assim a resoluo de uma cmera digital determinadapela quantidade de fotoclulas que existem na superfcie de seu sensor. Por exemplo, uma cmera com um sensorno qual cabem 1600 (largura) x 1200 (altura) fotoclulas gera uma imagem de 1600 x 1200 pixels. Ento, para efei-to de terminologia e definio da capacidade de uma cmera, dizemos simplesmente que ela tem uma resoluo de1600 x 1200 pixels, ou 1,92 megapixels.Atualmente as cmeras mais simples geram arquivos de 640 x 480 pixels, enquanto cmeras de capacidade mdiaesto por volta de 1600 x 1200 pixels, e cmeras de ponta produzem imagens de 2.560 x 1.920 pixels (perto de 5megapixels). Importante notar que isto se refere s cmeras amadoras, pois algumas profissionais j produzem maisde seis milhes de pixels. Quanto maior a capacidade de resoluo, geralmente maior tambm o preo. Outro deta-

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    lhe importante que quanto maior a imagem em pixel, maior o tamanho do arquivo resultante. Por isso, normal-mente as cmeras digitais possuem uma regulagem para o tamanho do arquivo, dando a opo para o fotgrafo deescolher o modo de resoluo. Assim, se algum vai capturar imagens para a WEB e possui uma cmera de 3.3megapixels, pode regul-la para gerar imagens de apenas 640 x 480 pixels, bem mais fceis de armazenar e lidar.Por exemplo, uma cmera de alta resoluo, 2048 x 1560 pixels, gera uma imagem mdia em arquivo JPEG(depende das tonalidades e intensidade de luz retratadas) de aproximadamente 1,2 MB (megabytes). J na resoluo

    de 640 x 480 pixels, no mesmo formato JPEG, gerar um arquivo de apenas 220 Kb (kilobytes), ou seja, menos de1/5 do tamanho.

    Alm da preocupao com espao de armazenamento e rapidez em transmisso pela Internet, em termos prticosdeve-se levar em conta o tamanho com o qual se pretende imprimir a imagem. Ainda seguindo os exemplos acima,a imagem de 2048 x 1560 pixels (3.3 MB) pode ser impressa, sem qualquer perda, em alta resoluo (300 dpi), notamanho de 17,34 x 13 cms, enquanto a imagem de 640 x 480 pixels permite apenas uma boa imagem impressa notamanho 5,42 x 4,06 cms. Como se calcula o tamanho em termos de resoluo assunto que trataremos mais adian-te neste curso, quando abordarmos a impresso.

    ResoluoTamanho em pixelsTamanho do arquivoTamanho da impresso

    300 dpi640x480938.292 bytes5,42x4,06 cm

    300 dpi800x6001.456.648 pixels6,77x5,08 cm

    300 dpi1024x768

    2.375.728 bytes8,67x6,50 cm

    300 dpi1600x12005.375.728 bytes13,55x10,16 cm

    300 dpi2048x15369.453.572 bytes17,34x13,00 cm

    Apesar de quanto maior o nmero de fotoclulas num sensor melhores imagens serem produzidas, acrescentar sim-plesmente fotoclulas um sensor nem sempre fcil e pode resultar em problemas. Por exemplo, para se colocarmais fotoclulas num sensor de imagem, o sensor precisaria ser maior ou as fotoclulas menores. Chips maiorescom mais fotoclulas aumentam as dificuldades de construo e os custos para o fabricante. Fotoclulas menores,por outro lado, sero menos sensveis e iro capturar menos luz que as de um chip normal. Concluindo, colocarmais fotoclulas num sensor, alm de sua complexidade e alto custo, acaba resultando em arquivos maiores, dedifcil armazenamento. Por isso a constante corrida tecnolgica entre os fabricantes na busca de sensores de maiorresoluo, com qualidade e preo competitivo.

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    A tecnologia FoveonRecentemente, em 2002, surgiu um novo tipo de sensor digital no mercado, o Foveon X3, que por enquanto equipaapenas uma cmera digital, a Sigma SD9. Este sensor, do tipo CMOS, uma verdadeira revoluo no mercado,pois apresenta os sensores de imagem em camadas, e no mais num nico nvel com trs fotoclulas diferentes paracapturar cada cor (como os CCDs comuns). A vantagem desse sistema, que aproveita a capacidade do silcio deabsorver as ondas de luz, que permite ao sensor funcionar como um filme fotogrfico (que tambm captura a luz

    em camadas, embora tenha como sensor uma pelcula qumica). Assim, cada pixel formado por todas as cores, eno por clculos e interpolaes entre as informaes colhidas por trs fotoclulas diferentes (o que gera perdas).Teoricamente, com isso obtm-se mais resoluo, nitidez na imagem, e melhor amplitude de cores, igualando ouat superando a qualidade da fotografia convencional. Contudo, a tecnologia ainda est em seu comeo, com o a-madurecimento, se for comprovada a sua eficincia, deve se constituir no futuro da fotografia digital.

    O Tamanho da ImagemVamos comear por uma pequena reviso do visto at aqui. Como j sabemos, a qualidade da fotografia digital,tanto impressa como a apresentada na tela, depende principalmente do nmero de pixels utilizados para criar a ima-gem (fator tambm conhecido como resoluo). Esse nmero, como vimos, determinado pela quantidade de foto-clulas existentes no sensor de imagem da cmera (algumas cmeras usam o artifcio de acrescentar pixelsartificiais, inflando o tamanho da imagem, mas na prtica isso no funciona; apenas aumenta o tamanho da ima-gem custa da qualidade).Quanto mais fotoclulas e conseqentemente mais pixels, melhores sero os detalhes

    gravados e mais ntidas as imagens. Se algum ampliar e continuar ampliando qualquer imagem digital, chegar ummomento em que os pixels vo aparecer multifacetados (esse efeito se chama pixelizao). Portanto, quanto maispixels existirem em uma imagem, mais ela aceitar ampliaes com qualidade; quanto menos pixels, menor a am-pliao possvel.

    Como funciona o artifcio de acrescentar pixels fantasmas, artificiais, na imagem, para simular maior resoluo?Como o leigo pode distinguir entre a realidade e a fico no mundo dos pixels e das cmeras digitais? As questesacima so pertinentes, pois preciso cuidado com algumas propagandas de cmeras digitais e tambm de scanners.Acontece que existem dois tipos de resoluo, a tica e a interpolada. A resoluo tica o nmero absoluto depixels que o sensor da imagem consegue capturar fisicamente durante a digitalizao. Ou seja, corresponde exata-mente realidade. Contudo, por meio de software incorporado na cmera (qualquer programa editor de arquivos deimagem tambm pode fazer isso), possvel acrescentar mais pixels fictcios, num processo chamadointerpolao. Para isso o software avalia os pixels ao redor de cada pixel que o cerca, para imaginar como de-veria ser um novo pixel vizinho em termos de cor e brilho. O que na prtica nunca d certo - as imagens assim gera-das apresentam geralmente inmeras deficincias. O importante ter em mente que a resoluo interpolada noadiciona nenhuma informao imagem s acrescenta pixels que fazem o arquivo ficar maior. A qualidade finalda fotografia fica geralmente comprometida.

    Bits e BytesQuando lemos textos sobre sistemas digitais, freqentemente encontramos os termos bit e byte. Alguns conceitosabordados nesta apostila exigem algum conhecimento bsico a respeito, portanto, antes de prosseguirmos, faamosum pequeno resumo destes conceitos.Um bit a menor unidade digital, e tambm a unidade bsica de informao que um computador utiliza. O termotem como origem o termo binary digit, ou seja, dgito binrio. Pode ser representado por dois possveis estados,ligado (indicado pelo nmero um) e desligado (indicado pelo zero). J os bytes so grupos de 8 bits (agrupados parafim de processamento). Como cada grupo de 8 bits tambm tem dois estados (ligado-desligado), e o total de infor-mao contido 28 , ou seja, 256 combinaes possveis. interessante acrescentar ainda que kilobyte uma me-dida que representa mil bytes, enquanto um megabyte corresponde um milho de bytes.

    RGBAs cores na imagem fotogrfica apresentada no monitor de um computador diferem em muito das cores naturais.Na verdade, so mais uma simulao de cores de modo a enganar a vista humana, e permitir que ns enxergue-mos as cores na tela.As cores num monitor so baseadas em trs cores primrias vermelho, verde e azul (em ingls; red, green andblue, ou RGB). Este modo chamado aditivo, porque quando as trs cores so combinadas em quantidades iguais,formam o branco. O sistema aditivo utilizado sempre que a luz projetada para formar cores, como em monito-

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    res. Assim, num monitor, cada pixel composto por um grupo de trs pontos, cada um de uma cor (vermelha, verdee azul). O grande problema com os monitores para a fotografia digital, que existem centenas de modelos de moni-tores, cada um com um modo prprio de apresentar cores na tela. importante estudarmos o que fazer a respeito,pois de repente, vemos uma foto linda em nosso monitor, e quando impressa (seja numa impressora caseira ounum laboratrio fotogrfico), temos uma decepcionante foto descolorida ou com cores fortes demais...

    Armazenamento da imagemImagens digitais so armazenadas em arquivos debitmaps uma srie de pixels individuais. Ao longodos anos, grande nmero de diferentes formatos dearquivos de bitmap foi desenvolvido. Cada um temsuas caractersticas nicas que o tornam interessantepara determinado uso. Entretanto, vrios desses for-matos tambm caram em desuso ou so encontradossomente em circunstncias especiais. Conforme no-vas necessidades surgem, como imagens para seremvistas na WEB, novos formatos de arquivos apare-cem. De qualquer modo, todas as imagens (no-animadas) que se encontram na WEB ou em progra-

    mas multimdia, bem como a maior parte das ima-gens que se v impressas, foram criadas ou editadas no computador como digitais.

    Imagens em bitmap (ou mapa de bits)Imagens em bitmap so formadas por pixels e so definidas por suas dimenses (em pixels) bem como pelo nmerode cores incorporadas. Por exemplo, quando se amplia uma pequena rea de uma imagem de 640 x 480 pixels, ospequenos pixels misturam-se a tons contnuos do mesmo modo que fotos ampliadas num jornal apresentam umamistura de pontos indefinidos. Cada um dos pequenos pixels pode ter uma escala de cinza ou uma cor. Utilizando-se 24 bits de cor, cada pixel pode assumir qualquer uma das 16 milhes de cores possveis. Todas as fotografias epinturas digitais so em bitmaps, e qualquer tipo de imagem assim pode ser salva ou exportada. De fato, quando seimprime qualquer formato de imagem numa impressora laser ou jato de tinta, a imagem primeiro convertida(rasterized) tanto pelo computador como pela impressora em bitmap, de tal modo que seja impresso em forma depontos.

    Formatos para cmera digitalPraticamente todas as cmeras digitais salvam as fotos no formato JPEG, embora algumas poucas (as mais sofisti-cadas) tambm o faam em TIFF. Algumas ainda salvam no modo original em que capturam a imagem, tambmconhecido como formato RAW (palavra que significa cru, natural, matria-prima). Vejamos as principais caracte-rsticas de cada um desses formatos.JPEGO formato JPEG (Joint Photographic Experts Group), que os americanos pronunciam jay-peg, e no Brasil jota-peg, um dos mais populares, principalmente para fotos na Web. Ele tem duas caractersticas importantes: A pri-meira que o JPEG utiliza um esquema de compresso que sofre perdas, mas o grau de compresso (e conseqenteperda de qualidade) pode ser ajustado. Em resumo, muita compresso, muita perda, pouca compresso, pouca per-da.A segunda que este formato suporta 24 bits de cores. J o formato GIF, o outro tipo de arquivo muito utilizadona Internet suporta apenas 8 bits.Um detalhe importante que se uma foto em JPEG for aberta e depois salva novamente, cada vez que salva torna

    a ser comprimida, o que gera mais perda. Portanto, a perda de qualidade acumulativa. Para evitar que uma ima-gem v se deteriorando, deve-se abri-la e tornar a salv-la o menos possvel. Uma recomendao quando se traba-lha com imagens em JPEG salvar um original em TIFF (formato sem compresso como veremos adiante), e sem-pre que for necessrio trabalhar nesse formato, para somente no momento de enviar a foto ou disponibiliz-la poroutros meios (como a WEB) gravar a imagem em JPEG.Em termos prticos, quando se utiliza o formato JPEG, que praticamente o padro utilizado pelas cmeras digitaispor causa do problema de falta de espao para armazenamento de arquivos, na primeira vez em que o arquivo aberto a perda quase imperceptvel em relao a uma mesma foto salva sem compresso. Contudo, se a mesmaimagem for sendo editada, aberta e novamente salva, consecutivamente, vai chegar um momento em que a perda

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    ser notvel.

    TIFFO formato TIFF (Tag Image File Format), foi originalmente desenvolvido para salvar imagens capturadas por scan-ners e para uso em programas editores de imagens. Este formato, sem compresso e sem perda de qualidade, lar-gamente aceito e praticamente reconhecido por qualquer software e sistema operacional, impressoras, etc. Alm

    disso, o formato preferido para aplicaes em editorao eletrnica. O TIFF tambm um modo de cores de 24bits.RAWQuando um sensor de imagem captura informao que gera uma imagem, algumas cmeras digitais permitem quese salve um arquivo no processado, ainda cru (por isso chamado RAW). Este formato contm tudo o que acmera digitalizou. O motivo para seu uso livrar o processador da cmera digital da tarefa de realizar os clculosnecessrios para otimizao da imagem digital, possibilitando que isso seja feito no computador. Uma imagem emRAW ter, depois de aberta no computador e otimizada, de ser salva num formato qualquer para ser utilizada.GIFs (.GIF)O formato GIF (Graphics Interchange Format) amplamente usado na Internet, mas principalmente para artes edesenhos, no para fotografias. Este formato armazena apenas 256 cores numa tabela chamada palette. Contudo,em termos de fotografia, podemos deix-lo de lado a no ser que se pretenda exibir uma animao no caso, o GIFfunciona bem para isso.

    Cartes de memriaMuito bem, agora que j se tem uma idia de como uma mquina fotogrfica digital captura e salva a imagem, va-mos tocar num ponto muito importante: o armazenamento das fotos.Gravar as fotografias (como arquivos de imagem) uma das tarefas mais difceis e (ainda) limitantes para um equi-pamento digital. O problema que fotografias em alta resoluo, com qualidade para ser impressa em tamanhosrazoveis, formam arquivos muito grandes.Este , de fato, ainda um dos fatores no resolvidos da fotografia digital. Para se ter melhor idia, vamos relacionarformatos de arquivos, resolues de fotos e tamanhos estimados de arquivos:

    FormatoResoluoTamanho (estimado)

    TIFF2048x15369,0 MB

    JPEG2048x15361,2 MB

    JPEG1600x12000,7 MB

    JPEG

    640x4800,2 MB

    Equipamentos para armazenamento de arquivos de imagensCom cmeras tradicionais, o filme utilizado tanto para gravar como armazenar a imagem. Com cmeras digitais,equipamentos separados realizam essas duas funes. A foto capturada pelo sensor de imagem, e depois gravadanum equipamento de armazenamento.Praticamente todos os novos modelos de cmeras digitais usam alguma forma de mdia de armazenamento remov-vel, normalmente cartes de memria flash. Tambm so usados pequenos discos rgidos e at mesmo disquetes.

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    Qualquer que seja o tipo utilizado, a cmera permite que se remova o equipamento quando este ficar com o espaode armazenamento completo e que se insira outro. O nmero de imagens que se pode gravar at completar o espaodisponvel depende de uma srie de fatores:

    A capacidade em tamanho (expressa em Megabytes) do equipamentoA resoluo com a qual as fotos so feitas

    O quanto de compresso usada no arquivo salvoO nmero de imagens a ser armazenada importante porque uma vez que se atinja esse limite no h outra escolhaseno parar de tirar fotos ou apagar algumas j feitas de modo a criar espao. O quanto de espao o usurio precisadepende parcialmente do uso que pretende da cmera.

    Mdias para armazenagem de imagensDesde que cartes de memria flash e discos magnticos (rgidos e disquetes) so amplamente usados em cmerasdigitais, vamos examinar e comparar os diferentes formatos disponveis.Em comum:Ambos so reutilizveis, pode-se apagar arquivosNormalmente so removveis, assim podem ser trocados quando se chega ao limite do armazenamentoPodem ser removidos da cmera e conectados no computador ou na impressora para transferir as imagensDiferenas:Discos magnticos tem partes mveis, enquanto cartes de memria flash noDiscos magnticos so geralmente mais baratos (por foto armazenada) e mais rpidosCartes de memria so menores, mais leves e menos sujeitos a danosVejamos agora os principais tipos de equipamentos para armazenamento de fotos em cmeras digitais.

    Cartes de Memria FlashConforme a popularidade das cmeras digitais e outros equipamentos portteis cresce, tambm aumenta a demandapor equipamentos de armazenamento baratos e de pequeno tamanho. O de maior sucesso o carto de memriaflash, que usa chips de estado slido (solid state) para armazenar os arquivos de imagem. Embora os chips de me-mria flash sejam similares ao chips RAM usados dentro do computador, existe uma importante diferena: cartesflash no precisam de baterias e no perdem as imagens se forem desligados. As fotos so mantidas indefinidamen-te sem qualquer energia.Cartes de memria flash consomem pouca energia, ocupam pouco espao e so muito robustos. So tambm mui-to convenientes, fceis de transportar e trocar conforme o necessrio.

    Tipos de cartes flashExiste grande quantidade de cartes de memria flash disponveis no mercado, contudo preciso cuidado pois amaioria deles no so compatveis. Ou seja, se uma cmera adota um tipo, dificilmente pode acomodar outro.Quando se investe num determinado tipo de carto, fica-se preso ao tipo de cmera que o utiliza e vice-versa. Atrecentemente, a maioria dos cartes de memria vinham no formato PC Card (PCMCIA) que eram originalmenteusados em computadores tipo notebook. De qualquer modo, com o crescimento do mercado digital e outros, surgi-ram novos formatos ainda menores. Como resultado, existe uma confusa variedade de cartes de memria incom-patveis uns com os outros, e que so:

    PC CardsCompactFlashSmartMedia

    xD CardsMemorySticksMultimedia Cards

    Cartes CompactFlashOs cartes de memria CompactFlash foram desenvolvidos pela SanDisk, e usam a popular arquitetura ATA quesimula um disco rgido. Os cartes tem 36.4 mm de largura por 42.8 mm de comprimento. o formato mais usadoentre os fabricantes e atualmente o mais avanado modo de armazenamento para cmeras digitais destinadas aoconsumidor comum e avanado. O CompactFlash type I chega a 1 GB. Existe ainda o CompactFlash type II, de

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    menores dimenses.Cartes SmartMediaO modelo SmartMedia o maior competidor para o CompactFlash e usado por alguns importantes fabricantes.Tambm baseado na arquitetura ATA. A maior vantagem do SmartMedia a simplicidade; no passa de um chiptipo flash num carto. No contm controladores nem circuitos de suporte, o que resulta numa miniaturizao deacordo com os interesses do fabricante. O problema com esta abordagem que so necessrias funes de controle,

    que precisam ento ser construdas na cmera, assim compatibilidade entre velhos modelos e novos modelos nofica garantida. Podem armazenar at 128 MB e so menores em tamanho que o CompactFlash.Cartes xD-Picture CardOs cartes xD-Picture Card so cartes flash de memria desenvolvidos e de propriedade de um consrcio formadopela Olympus, FujiFilm e Toshiba. So os de concepo mais recente, caracterizando-se por dimenses bem dimi-nutas. Surgiram no final de 2002, e tem ganho espao no mercado por estarem equipando as novas cmeras digitaisda Olympus e da Fuji. Atualmente atigem capacidade de at 512 MB, e podem chegar, com o desenvolvimentonatural por parte de seus fabricantes, at 8 GB. Os cartes xD-Picture podem representar o fim dos cartes Smart-Media, vindo a substitu-los.

    Cartes Sony MemorySticksA Sony desenvolveu um novo tipo de carto de memria flash chamado Memory Stick. A verso atual tem capaci-

    dade para at 128 MB. um formato prprio de cmeras SonyCartes MultiMediaUm carto MultiMedia pesa menos que duas gramas e do tamanho de um selo postal. Idealizado inicialmente paratelefones celulares e pagers, outros mercados como fotografia digital e tocadores de msica MP3 o adotaram princi-palmente pelo tamanho reduzido. Capacidade varia muito, e pode chegar at 1 GB

    Discos rgidosUm dos pontos fracos dos cartes de memria CompactFlash a capacidade de armazenamento relativamente pe-quena. Para cmeras digitais de alta resoluo, isso um problema grave. Uma soluo o uso dos ultra-rpidosdiscos rgidos, iguais aos dos computadores mas em tamanho miniatura. A soluo da IBM, que criou o Microdri-ve, um disco rgido do tamanho de um carto de memria flash, e que pode ter at 1 GB de espao para armazena-mento.O microdrive da IBM menor em volume e mais leve do que um rolo de filme tradicional. To pequenosque podem ser conectados num slot do CompactFlash Type II (compatvel) numa cmera digital ou num leitor de

    cartes. O Microdrive apareceu primeiro nas cmeras mais caras, mas eventualmente, com os preos caindo, poderser adotada por equipamentos mais acessveis.

    Transferindo arquivosVamos agora ao que mais interessa na prtica ao fotgrafo, ou seja, uma vez feita a foto, como transferi-la para ocomputador, otimiz-la atravs de software e depois armazen-la adequadamente. Existem diversos modos detransferir as imagens para um computador. O menos recomendado atravs de porta serial, por ser um processo decomunicao muito lento. Portanto, o mais prtico usar uma cmera com sada USB diretamente no computador.Funciona de um modo bem simples: basta instalar o drive da cmera no sistema operacional, depois s conectar acmera na porta USB atravs de cabo apropriado que j vem com a cmera. Surge um menu de transferncia natela, ou o carto de memria da cmera aparece como se fosse mais um disco de armazenamento do computador,sendo-lhe atribudo uma letra. Por exemplo, se o seu computador tem o disco rgido como C: e o CD-ROM comoD:, o carto da cmera (uma vez acoplada) surgir como E: Assim, bastar clicar sobre o cone de E: para acessar o

    carto da cmera diretamente do computador. Depois basta selecionar e arrastar os arquivos de fotos (como se fazpara copiar ou mover arquivos entre pastas do Windows, por exemplo) para transferir as fotos para o disco rgido.

    Gerenciando fotosQuando se fala de imagens digitais num computador, existem dois passos a serem tomados para quem quer lidarcom fotografia: organizar as imagens de modo a encontr-las facilmente, ou seja, criar uma espcie de lbum defotografia virtual, e saber como retocar as imagens para que estas fiquem otimizadas tanto para visualizao comopara impresso.

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    VER

    J foi dito que a mquinafotogrfica uma cmera escura comalguns melhoramentos.De qualquermodo o que a cmera escura faz e a

    cmera fotogrfica tambm pegarum pouquinho das coisas que nos ro-deiam e as transforma em imagem. Acmera escura v as coisas de um mo-do diferente que voc v ou melhor,ela v igual mas depois d uma ima-gem diferente.O que voc v so coi-sas com volume, tridimensionais, eque esto colocadas a diferentes dis-tncias dos seus olhos. E voc estsempre movendo seu olhar, pode repa-rar nos objetos a toda a sua volta, epode no se fixar nos objetos que no interessam.A imagem que a cmera fotogrfica lhe d diferente: todas as

    coisas esto mesma distncia de seus olhos na superfcie do papel, e no tm volume. Os objetos esto fechadosno espao da imagem, voc no pode saber o que estava volta deles.Ento, o que acontece que muitas coisas quevoc no teria reparado ficam muito importantes na fotografia e alguns objetos que voc viu bem destacados qua-se no aparecem.Voc precisa aprender a ver como a cmera escura, para saber qual ser o aspecto da fotografiaque est fazendo. Voc precisa olhar para as coisas e imagin-las num espao fechado, sem volume e sem profundi-dade, como vo aparecer depois em sua foto.Isto quer dizer que voc tem que se habituar a prever como vo ficarsuas fotografias; antes de apertar o boto da cmera deve concentrar-se um pouco no que aparece no visor, e imagi-nar como vai ser depois no papel.No se limite a fazer as regulagens no aparelho e a focar; preste bem ateno na-quilo que est sua frente, e ande com o visor de um lado para o outro, procura da imagem certa.Mas o que aimagem certa? Enquanto olha pelo visor de sua mquina, faa a voc prprio algumas perguntas:O que que eu quero mostrar? (uma pessoa? Alguma coisa acontecendo? Um local ou objeto em especial? Ummomento importante? No quero mostrar uma coisa , mas a sensao que essa coisa me d? No quero mostrar umapessoa, mas o que sinto em relao a essa pessoa?)Aquilo que eu quero mostrar est vem visvel? (ou est escondido ou disfarado por outra coisa qualquer? Est bem

    na frente, ou demasiado longe? Est isolado, ou tem coisas prximas que desviam a ateno?)Aparecem coisas que eu no quero mostrar? (essas coisas esto perturbando os elementos principais? Posso evit-las desviando a cmera? Se no posso evit-las, como fazer para que no fiquem muito em evidncia?

    Estas perguntas voc precisa fazer sempre, olhando pelo visor de sua mquina, at que se tornem autom-ticas. Percorra tudo o que tem sua frente, procurando os detalhes, escolhendo bem o que interessa e o que nointeressa.Fazer isto faz parte de saber fotografar e to importante quanto a tcnica. uma coisa que voc podecomear imediatamente a treinar, mesmo antes de saber os aspectos tcnicos. Se tem uma cmera automtica, ouento uma daquelas to simples que no precisa regulagens, voc no precisar se preocupar com a tcnica; mas

    precisa escolher bem o que aparece em seu visor ou no vidro despolido.Quantas vezes lhe aconteceu fotografar umacoisa e depois, ao ver a fotografia, no estar l nada do que voc queria? Se isto lhe aconteceu foi porque voc no

    olhou bem na altura, e no se fez as perguntas.

    E, por falar nisso, ainda se lembra delas? Confirme aqui se decorou bem quais so:

    Estou mostrando as coisas importante? Estou mostrando coisas que no so importantes? Esto bem separadas u-mas das outras?O que que quero mostrar? O que quero mostrar est bem visvel? Estou vendo coisas que no quero mostrar?Estou vendo o que vai aparecer na fotografia? Como que vai ficar depois? Estou vendo o que quero mostrar?

    Veja na pgina anterior se acertou. Agora que voc conhece as perguntas que se deve fazer, tem que en-contrar as respostas, ou seja, o modo como conseguir que sua fotografia destaque as coisas que voc quer destacar,e d menos fora s outras. Um dos problemas que mais aparece a fotografia ter coisas demais dentro dela. ta-manha a mistura de pessoas e objetos, e h tantas cores, que no se entende nada. O observador se perde na confu-

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    so, e demora muito tempo para entender oque o fotgrafo quer mostrar, ou no vaientender nunca. Fica uma imagem confusa,desagradvel.

    O modo de evitar este problema colocar o menor nmero de elementos den-

    tro da fotografia. Quanto menos elementosvoc coloca, mais eles aparecem em evi-dncia.

    A confuso mais comum entreas coisas principais e o fundo. Isto aconte-ce porque voc v os fundos separados dascoisas mais prximas voc v os planosem perspectiva, bem distanciados mas nafotografia tudo se aproxima e fica numaplano s.

    Olhe atravs de seu visor e lem-bre-se: quanto menos coisas apareceremnele, mais em evidncia ficam. Se estfotografando uma pessoa, veja bem o queest por detrs dela. Os objetos que estoatrs da cabea, l no fundo, depois voficar muito perto, parece que saemdacabea. As rvores, por exemplo, se mistu-ram com os cabelos.

    Procure fundos simples, lisos,com poucos elementos. Ou ento fundosescuros para coisas claras, ou fundos clarospara coisas escuras, ou ainda e cor bemdiferente da cor do objeto principal.

    Se a fotografia tem a desvanta-gem de misturar planos afastados, tem poroutro lado a vantagem de salientar as dife-

    renas de tom ou de cor. Mas o melhorainda reduzir ao mximo o nmero deelementos. Isto s vezes parece difcil (vejao caso do jogo de futebol) mas quasesempre possvel. Lembra-se que a lentecoloca em foco s os objetos a uma certa distncia, e desfoca os outros? Isso tambm pode ser utilizado para sim-plificar a fotografia: o fundo fica borrado, reduzido a manchas, com as coisas mais prximas bem ntidas.

    Agora que fez suas perguntas e retirou alguns elementos perturbadores, olhe de novo com ateno. Apesarde ter poucas coisas em visor, as mais importantes esto devidamente destacadas? No podia eliminar ainda maisdetalhes? Para isso voc deve aproximar-se daquilo que importante. Quanto mais perto voc estiver de uma coisa,melhor ela se ver na fotografia.

    Aproximando-se, voc reduz o espao que aparece. As pequenas coisas tornam-se mais evidentes, masdesaparecem uma poro de outras. Torna-se mais fcil entender o que ficou.

    Boas Fotos!

    Fotos da apostila de Adrovando Claro - www.lulu.com/adrovandoContato com o instrutor: Wellington Lima - 9975 3572 [email protected] para consultas: htpp://prismaoficinadefoto.tripod.com http://.ofoco.tripod.comhttp://.apofotonatal.tripod.com http://centraldefotografos.tripod.com http://fotojornal.tripod.com

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    Aulas prticas de fotografia

    TemasFigura humana retratos, poses, gestos, expresses, etc.Natureza - folhas, frutos, gua , tronco, aves, etc. Explorar texturas e cores.

    Objetos e formas brinquedos, detalhes arquitetnico.Paisagismo praias, lagos, pr-do-sol, vista panormica , etc.Fotos de rua feiras populares, profisses informais, retratos, flagrantes, trem urbano, etc.Livre criao fotos com composio variada, pode incluir o elemento humano.

    Os objetivos do ensaio fotogrfico:

    simplificar as fotos, selecionando fundos e evitando assuntos no relacionados com o tema principal, chegandomais perto para eliminar objetos ou coisas no desejadas na imagem.

    Seguir a regra: quanto menos elementos voc coloca, mais eles aparecem em evidncia.Arranjar as formas, cores, reas de luz e sombra num equilbrio perfeito.Enquadrar respeitando de forma harmoniosa os objetos que se encontram em primeiro plano.Diversificar os ngulos, de lado, de cima, de baixo, etc.

    Lembrar sempre antes de apertar o boto do disparador: o que eu quero mostrar, aquilo que quero mostrar estvisvel, aparecem coisa que eu no quero mostrar, estou vendo o que vai aparecer na foto, como que vaificar depois..., etc. Sempre buscar realizar fotos em formato horizontal e vertical sobre o tema.

    Fotos: Adrovando Claro

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    Foto: Adrovando Claro

    Apostila gratuita, proibida a venda.