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    BREVE HISTRIA DE HOTEL

    Historicamente, a idia de hotel est ligada aos castelos e palcios que hospedavam as famliasreais e suas escoltas, cortes, sbios, msicos, artistas, etc. Evidentemente, com caractersticas bemmarcantes em cada momento histrico. Esta hospedagem era dada gratuitamente dentro dos maiselevados requintes da politesse e hospitalidade. Com Luiz XIV(Lus XIV de Bourbon ,francsLouis XIV (5 de Setembro de1638, Saint-Germain-en-Laye, Frana - 1 de Setembro de 1715,Versalhes), conhecido como "Rei-Sol", foi o maior monarca absolutista da Frana, e reinou de1643 1715) acabou a era dos palcios. Paralelamente a este tipo de hospedagem, e mesmo muitotempo antes, havia aquela dada pelos albergues e casas, onde se comia e se bebia mediantepagamento. poca do Imprio Romano, por exemplo, este meio de hospedagem (taberna) foiamplamente difundido ao longo das estradas, ainda que pessoas consideradas de boa reputao noos utilizassem nem os quisessem explorar. Aps a queda do Imprio Romano e com o domnio deCarlos Magno, surgiu um novo tipo de viajante: OPEREGRINO. A Igreja, sobretudo atravs dasabadias, passou a ocupar-se dele. Era mesmo um dever de caridade aloj-lo.

    Somente aps a Revoluo Francesa (1789), surgiu a necessidade de hotis pblicos. As antigas

    formas de hospedagem havia praticamente desaparecido. Foi ento (fim do sculo XIX) quehomens como Cezar Ritz procuraram dar formas e organizao aos hotis. Cezar Ritz o "pai" dahotelaria moderna, desde muito jovem ocupou todos os postos de trabalho possveis em um hotelat chegar a gerente de um dos maiores hotis de seu tempo. Melhorou todos os servios do hotel,criou a figura do sommelier, introduziu o banheiro nas unidades habitacionais (UHs) criando assutes, revolucionando aadministrao. (converteu os hotis decadentes nos melhores de Europa,o que lhe gerou o pseudnimo de mago). bem verdade que estes se destinavam s classesabastadas. Nessa poca, o importante para a hotelaria era o ttulo do cliente, que valia fortunas,pois sua permanncia nos mesmos se estendia por longos perodos. Aps a guerra de 1914/18,verificou-se profunda mudana nesse quadro. O progresso tcnico mudou as estruturas sociaisexistentes. Comeou-se a trabalhar nas indstrias, obtendo-se direito a frias. Os hotis passaram a

    ocupar-se com essa clientela. Este fato deu surgimento a um outro, o chamado pecado originaldo turismo que a sazonalidade, que permitia maior mobilidade.

    Todas essas mudanas fizeram com que se alterasse tambm a estrutura dos hotis. Estasprocuraram gradativamente atender aos desejos de conforto e qualidade dos servios, de umademanda cada vez mais crescente. A empresa hoteleira, para poder satisfazer aos desejos destademanda e, alm disso, obter lucros, teve que estudar processos especficos de racionalizao,exigindo do hoteleiro uma formao mais profunda e adequada.

    Como fazer turismo implica necessariamente em deslocamento, a evoluo dos meios queproporciona a locomoo (transportes) tem sido fator primordial para o desenvolvimento dasempresas hoteleiras. Na medida em que os meios de transporte ganhavam velocidade, segurana econforto, o mesmo progresso era registrado nos meios de hospedagem. Este desenvolvimentoimps tambm uma qualificao cada vez maior dos servios atravs de uma mo-de-obraespecializada.

    Nestas ltimas dcadas, com o surgimento de meios de transporte mais rpidos e confortveis(areos), houve uma completa ruptura com o turismo tradicional martimo ou terrestre, gerando emconseqncia, uma falta de planejamento e previso, em quase todas as reas que integram oCURSO DE GAROM 1 - Jos Wilson de Santana

    http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesahttp://pt.wikipedia.org/wiki/5_de_Setembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1638http://pt.wikipedia.org/wiki/1638http://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-Germain-en-Layehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Setembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1715http://pt.wikipedia.org/wiki/Versalheshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Versalheshttp://pt.wikipedia.org/wiki/1643http://pt.wikipedia.org/wiki/1715http://pt.wikipedia.org/wiki/Sommelierhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Banheirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%ADtehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pseud%C3%B4nimohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesahttp://pt.wikipedia.org/wiki/5_de_Setembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1638http://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-Germain-en-Layehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Setembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1715http://pt.wikipedia.org/wiki/Versalheshttp://pt.wikipedia.org/wiki/1643http://pt.wikipedia.org/wiki/1715http://pt.wikipedia.org/wiki/Sommelierhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Banheirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%ADtehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pseud%C3%B4nimo
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    turismo, especialmente aquelas que dizem respeito a mo-de-obra qualificada. bom lembrar quea falta de qualificao da populao ativa torna bem mais difcil a utilizao desta mo-de-obra.

    HOTEL Palavra francesa que designava os palcios urbanos. um estabelecimento comercialespecializado em proporcionar acomodaes paraviajantes: a hospedagem. Essemeio dehospedagem, geralmente, classificado de uma a cinco estrelas, de acordo com o conforto,luxo eserviosoferecidos. A maioria dos hotis oferece tambm servios de alimentao, eventos eoutros para uma maior satisfao e permanncia de seus hspedes.

    Restaurante - Estabelecimento pblico que fornece alimentao mediante pagamento.O termo restaurante (do Francs restaurer, restaurar) surgiu no sculo XVI, com o significado de"comida restauradora", e se referia especificamente a uma sopa. O uso moderno da palavra surgiupor volta de 1765 quando um parisiense conhecido por Boulanger (padeiro em francs) abriu seuestabelecimento. O primeiro restaurante como o conhecemos (com clientes escolhendo poresindividuais em um cardpio, aguardando em suas mesas, com horrios fixos) foi o "GrandeTaverne de Londres", fundado em 1782 por Antoine Beauvilliers, na rua de Richelieu, em Paris,que permaneceu 20 anos sem rival.

    CAMPO DE ATUAO:

    Apart-hotis Cantinas Clubes Eventos (recepes, convenes,

    congressos, etc.) Fast-food Flats

    Hospedarias Hotis (grande, pequeno e mdioporte)

    Hotis-fazenda Hotis-residncia Lanchonetes Motis Penses Pousadas Resort

    Restaurantes Bares Spas

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visitantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visitantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_hospedagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_hospedagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_hospedagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Confortohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Confortohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Luxohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Luxohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7oshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7oshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alimenta%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1765http://pt.wikipedia.org/wiki/1782http://pt.wikipedia.org/wiki/Parishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visitantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_hospedagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_hospedagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Confortohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Luxohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7oshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alimenta%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1765http://pt.wikipedia.org/wiki/1782http://pt.wikipedia.org/wiki/Paris
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    O TRABALHO COMO NECESSIDADE HUMANA

    No tempo das cavernas, o homem tinha necessidade apenas de abrigo e comida. Ao longo dostempos, o ser humano foi evoluindo e tendo necessidades cada vez maiores. Para cadanecessidade imaginada, h um bem equivalente, capaz de satisfaz-la. E para atingir esse bem, necessrio rendimento proveniente do trabalho (salrio). Atravs do trabalho, o homemmodifica a natureza e adapta o meio ambiente as suas necessidades.Em resumo, por que o homem trabalha? O que move o homem em direo ao trabalho? Razeseconmicas, sociais e psicolgicas, principalmente.

    O HOMEM TRABALHA

    Para ter dignidade e ser aceito socialmente;

    Para se sentir til sociedade;

    Para atender s suas necessidades e s de sua famlia;

    Para se desenvolver e garantir um crescimento pessoal e profissional.

    NOTRABALHO, DEVEMOS:

    a) Compreender a importncia do trabalho, para si, para a comunidade e para o pas;b) No misturar a vida familiar com a vida profissional;c) Conhecer nossas funes e as funes dos companheiros;d) Conhecer e utilizar as normas de segurana adequadas a cada tipo de trabalho;e) Fazer o nosso trabalho bem feito, de forma produtiva, com boa qualidade e sem perda de

    tempo;f) Manter uma postura sbria e condizente com o local de trabalho;g) Manter bom relacionamento com os companheiros, superiores e clientes.

    NABOAEQUIPEDETRABALHO

    a) Todos se conhecem, se relacionam e se comunicam bem;

    b) Todos entendem as necessidades e dificuldades dos colegas;c) Todos trabalham de forma coesa e confiante, apoiando-se mutuamente;d) Todos cooperam com todos.

    CIDADANIAEPOLTICA

    Cidado todo indivduo que est em pleno gozo de seus direitos civis e polticos. Os direitosdo cidado esto expressos na Constituio Federal, que o conjunto das leis de um pas. At a

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    Revoluo Francesa (1789), o homem no tinha direitos. Podia ser livremente explorado e atser disposto de acordo com a vontade de seu dono, no caso de escravido.

    GAROM: DESCRIODEOCUPAO

    Garom uma funo especializada, que atua em pontos de venda ou servios de alimentos ebebidas. Desempenha esta funo em uma equipe com outros profissionais, cada um comatribuies especficas, dentro de uma estrutura organizacional. uma atividade diretamenterelacionada com o cliente.O garom ocupa-se, principalmente, da acomodao do cliente mesa, do servio de alimentose bebidas, da finalizao dos pratos, do preparo e adio de molhos, flambagens, apresentaoda conta e recebimento do pagamento.Interage com a cozinha ou bar para agilizar o atendimento.Para que a atividade principal seja cumprida, h necessidade de manter as mesas em condiesde uso, as louas e utenslios mo, conhecer bem o cardpio e saber quais as disponibilidadesde alimentos e bebidas no momento de anotar os pedidos.

    O garom que atua em funo especializada deve ser capaz de:

    a) acomodar o cliente mesa o que pode incluir identificar uma mesa adequada prefernciado cliente; acomodar cliente com necessidade especial;

    b) apresentar o cardpio o que pode incluir informar a disponibilidade dos itens do cardpio,composio, acompanhamentos e quantidade dos pratos; tirar pedidos; aconselhar e orientar ocliente na escolha; informar o tempo de preparo;

    c) servir o cliente mesa o que pode incluir servir couvert, bebida e refeio; executar servio

    francesa, inglesa direta e indireta, prato pronto e table dhte; finalizar prato; servirsobremesa, caf e licor;

    d) cuidar da manuteno de mesa ocupada o que pode incluir repor bebida, couvert, talher,loua e utenslios; limpar a mesa e retirar o que no est sendo mais utilizado;

    e) atuar como elo entre o cliente e a cozinha/copa o que pode incluir entregar e retirar pedidosna cozinha e monitorar o seu andamento; confirmar a conformidade dos pratos com o que foisolicitado; solucionar problemas; estabelecer prioridade;

    f) assegurar a satisfao do cliente o que pode incluir antecipar-se expectativa do cliente;aproximar-se sem necessidade de ser chamado; pesquisar opinio sobre produtos e servios;receber reclamaes e providenciar solues;

    g) finalizar o atendimento e receber o pagamento o que pode incluir certificar-se de que ocliente deseja encerrar o servio; solicitar a conta ao caixa; conferir a pertinncia das despesas;apresentar a conta ao cliente; esclarecer dvida sobre gasto; acordar sobre a forma depagamento; conferir e receber valores;

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    h) apoiar a equipe o que pode incluir identificar diferena em comandas e notas; atender aochamado da rea de outro garom; auxiliar na arrumao, limpeza e higienizao do salo,mesa, utenslios e equipamentos;

    i) cuidar da segurana alimentar o que pode incluir aplicar os procedimentos de higiene esegurana no trato com alimentos e na limpeza de utenslios manipulados;

    j) cuidar da apresentao pessoal o que pode incluir cuidar da higiene pessoal, uniforme eacessrios que influenciam a aparncia.

    COMPETNCIA

    A competncia necessria ao alcance dos resultados esperados deve ser avaliada atravs dosseguintes conhecimentos, habilidades e atitudes:

    CONHECIMENTOS DE:

    a) normas de etiqueta mesa e no salo;

    b) diferentes tipos de servio mesa;

    c) preparao de pratos e molhos e finalizao de pratos;

    d) tcnicas para servir bebidas e drinques;

    e) termos tcnicos relativos ao servio de alimentos e bebidas;

    f) funes e responsabilidades dos diversos servios de um restaurante;

    g) procedimentos de emergncia em caso de incndio, roubo ou falta de energia;

    h) requisitos de higiene pessoal adequados ocupao.

    HABILIDADES PARA:

    a) clculo das quatro operaes aritmticas;

    b) leitura e escrita para anotao de pedidos e preenchimento de formulrios com caligrafialegvel;

    c) comunicao oral clara e articulada, com emprego de gramtica e vocabulrio adequados;

    d) trabalho em equipe;

    e) interpretao de linguagem corporal;

    f) compreenso das necessidades do cliente de maneira emptica.CURSO DE GAROM 5 - Jos Wilson de Santana

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    ATITUDES / ATRIBUTOS:

    a) coordenao motora para transportar e manusear objeto;

    b) condio fsica para transportar pequenos pesos, permanecer em p ou andando durante ajornada de trabalho;

    c) memria de curto prazo para recordar detalhe de pedido especfico;

    d) acuidade visual para distinguir detalhe;

    e) compreenso de necessidades do cliente, com empatia;

    f) ateno com o cliente;

    g) equilbrio emocional perante reclamao e situao imprevista.

    OUTROS RESULTADOS APLICVEIS EM SITUAES PARTICULARES DAOCUPAO DE GAROM QUE ATUA EM FUNO ESPECIALIZADA:

    a) servir vinho o que pode incluir sugerir o vinho adequado ao prato escolhido ou ocasio;servir os preparativos; efetuar ritual conforme o vinho escolhido;

    b) atuar em servio especial o que pode incluir servir banquete, buf, coffee-break, coquetel eservio em unidade habitacional ou estabelecimento;

    c) preparar drinque o que pode incluir bebida, coquetel, caf, ch e suco;

    d) conhecer o prato o que pode incluir informar sobre a histria, origem e curiosidades doprato;

    e) receber o cliente o que pode incluir conferir os dados da reserva; orientar os funcionrios dasegurana e recepcionistas sobre o procedimento de chegada para cliente recomendado (VIP),ou com necessidade especial;

    f) vender servio extra o que pode incluir sugerir outros produtos e servios, visandoincrementar a receita do estabelecimento;

    g) comunicar-se em outro idioma o que pode incluir aplicar o vocabulrio operacional, emingls ou espanhol, necessrio ao servio de alimentos e bebidas;

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    h) ministrar primeiros socorros o que pode incluir realizar procedimentos de emergncia paraengasgo, vmito, reao alrgica a alimento e parada cardaca;

    i) operar equipamentos do salo o que pode incluir operar rchaud, mquina de caf e outrasbebidas e comanda eletrnica.

    TICA PROFISSIONAL

    tica o conjunto de normas e regras morais de conduta e comportamento. Assim como no seconsegue trafegar nas ruas sem as leis de trnsito, tambm difcil exercer bem uma profissosem considerar seu cdigo de tica, mesmo quando no escrito. Por exemplo:

    TICA PROFISSIONALNunca deponha contra a imagem da empresa em que voc trabalha.

    Seja leal sua profisso.Nunca deixe de atender um cliente ou negue um pedido de ajuda.

    Colabore com os colegas. Afinal, OTRABALHODEEQUIPE.

    COMPROMISSO COM A PROFISSO

    Ao escolher uma profisso o indivduo tem em mente atender s suas necessidades, que so:

    a) Necessidades de auto-realizao: o trabalho em si, responsabilidade, progresso,crescimento.

    b) Necessidades do ego: realizao, conhecimento, status.

    c) Necessidades sociais: relaes interpessoais, superviso, colegas e subordinados.

    d) Necessidades de segurana: superviso tcnica, polticas administrativas e empresariais,segurana no cargo.

    e) Necessidades fisiolgicas: condies fsicas de trabalho, salrio, vida pessoal.

    f) Deves-se levar em conta que, para satisfazer essas necessidades, o indivduo tem que terum comprometimento real com a profisso (funo) escolhida, levando em conta suasaptides, seus desejos, e no apenas a questo financeira. No deve aceitar um emprego

    apenas porque outro de seu real interesse ainda no surgiu. Isso seria falta de tica de suaparte, tica esta, que j vimos anteriormente.

    SERVIR BEM UMA ARTE

    Ser muito difcil algum prestar um bom servio, sem amor profisso. Geralmente, os artistasamam o que fazem e por isso que, em hotelaria e gastronomia, costuma-se dizer que: SERVIRBEMUMAARTE.

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    ATITUDES BSICAS PERANTE O CLIENTE

    O garom um cidado que est trabalhando. O cliente um cidado que est recebendoseus servios. Portanto, seja gentil, agradvel, mas mantendo a distncia recomendadapela boa educao.

    "O propsito dos negcios criar e manter clientes satisfeitos. A nica fonte de lucro o cliente." (Peter Drucker)

    O cliente algum que paga pela prestao do servio do garom e, em troca, espera umbom atendimento.

    "J no basta simplesmente satisfazer clientes. preciso encant-los. (PhilipKotler)

    Atender bem ao cliente no s obrigao, mas uma questo de sobrevivncia, pois umcliente insatisfeito com o atendimento provavelmente ir procurar refgio no seuconcorrente. E o pior, vai fazer a propaganda negativa do estabelecimento.

    Quando um cliente vai a um restaurante, ele busca satisfazer duas necessidades bsicas

    do ser humano: se alimentar e/ou beber algo. Mas ele tambm vai em busca de servio,limpeza, atmosfera, prestgio, cortesia, conforto e etc. todos os elementos de umaexperincia total de comer em restaurante.

    O bom atendimento ao cliente depende no s das tcnicas de comunicao e de pesquisade opinies pblicas, bem como de conhecimentos bsicos sobre cordialidade,relacionamento e tica profissional.

    Portanto, receba o cliente com cordialidade e presteza, conduzindo-o a mesa, reservadaou no, puxando a cadeira para o mesmo, acomodando os seus pertences, ajudando a

    retirar casaco ou palet, conforme o caso. Da satisfao do cliente depende, em grandeparte, o sucesso ou o fracasso de um estabelecimento.

    No exagere na intimidade com o cliente. Use o tratamento adequado, no relacionamentogarom / cliente: o senhor, a senhora, evitando voc ou outros tratamentos menosformais.

    Do mesmo modo, espere do cliente um tratamento digno. Em casos de ofensas, sejadiscreto, no discuta, mas comunique imediatamente o ocorrido ao mitre ou gerente.

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    Fornea ao cliente informaes claras e precisas sobre os produtos ofertados (alimentos,bebidas etc.).

    Oua o cliente com toda ateno, mas seja discreto. Aps o atendimento, mantenha-seprximo mesa sob sua responsabilidade (praa), porm a uma distncia que respeite aprivacidade dos clientes.

    Se precisar falar com o cliente, aguarde o melhor momento. No o interrompa quandoem conversao. Faa-se notar, pedindo licena oportunamente.

    Tenha com o cliente uma relao baseada na honestidade, sinceridade e verdade. Nuncadiga ao mesmo que o seu pedido j est vindo, quando sabe que vai haver uma demora.Isto tapeao.

    Os servios esto abertos a todos, sem distino de sexo, religio, cor, idade, origem,aparncia ou poder aquisitivo. Portanto trate igualmente bem todos os clientes, no o

    ignore, pois qualquer pessoa poder vir a ser um cliente em potencial, e preconceito crime previsto em lei.

    LEI N. 7.437, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1985 Art. 4 - Recusar a venda de mercadoria em lojas de qualquer gnero ou o atendimento de clientes em restaurantes,

    bares, confeitarias ou locais semelhantes, abertos ao pblico, por preconceito de raa, de cor, de sexo ou de estado civil.

    NORMAS DE CONDUTA

    Existem normas que podem e devem ser adotadas por qualquer estabelecimento independentedo seu porte, categoria ou preos e devem ser seguidas por seus colaboradores:

    Seguir as orientaes e executar as tarefas determinadas pela superviso, gerncia, mitreetc.

    Se houver outros colaboradores sob sua responsabilidade (commis), transmitir asorientaes de forma clara e objetiva, mas sem hostilidade. No alterar a voz e nemrepreender em pblico.

    Evitar fofocas, papos e rodinhas ou intimidades com os colegas durante o servio.

    Ser assduo e pontual demonstra responsabilidade junto ao estabelecimento e respeito aos

    colegas e aos clientes.

    No fumar durante o trabalho. Se for o caso que o faa nos intervalos para almoo, jantarou lanche e nos locais permitidos, por medida de segurana.

    Jamais se apresentar ao trabalho alcoolizado, doente ou indisposto para executar suastarefas.

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    Discusses, gritos, palavres e grias so proibidos, especialmente na presena defornecedores e de clientes.

    No bocejar, espreguiar-se ou debruar-se sobre mesas, cadeiras, bancadas e balces.Distribua o peso do corpo sobre as duas pernas, evitando o apoio ora sobre uma perna,ora sobre a outra, pois essa atitude torna a postura deselegante.

    Nunca mascar chicletes ou mastigar algo durante o trabalho.

    Andar rpido, porm sem correr ou pular, pois o servio do garom requer agilidade edestreza, no correria.

    Demonstrar sua capacidade de trabalho e educao em quaisquer circunstncias,independente de receber ou no gorjetas ou elogios.

    Trabalhar em conjunto e ordenadamente com a equipe.

    Executar os servios sem elevar nem abaixar excessivamente o tom de voz, pois pelo tomde voz possvel perceber o estado emocional das pessoas. No provocar rudos oubarulho durante o servio, pois isto incomoda o cliente e irrita os seus colegas detrabalho.

    POSTURA:

    So posies adotadas com o corpo e tambm nas atitudes e comportamento, pois um dependedo outro. De nada adianta se tem um uma postura correta e tratarmos mal as pessoas.A boa postura imprescindvel sade, pois contribui para o bom funcionamento dos rgos,

    evita o aparecimento de dores e deformidades, propicia maior circulao sangnea eoxigenao do crebro. Transmite tambm receptividade, segurana, respeito, elegncia,simpatia.A postura, bem como a disciplina e o respeito demonstrado pelos colaboradores, o carto devisita de uma organizao, pois a primeira impresso a que fica. Portanto devemos sempreimpressionar positivamente.

    SEJA UM BOM PROFISSIONAL E CONTRIBUA PARA:

    Maior satisfao do cliente;

    Sucesso do estabelecimento;

    Mais e melhores oportunidades detrabalho;

    Uma carreira mais promissora paravoc.

    PESQUISAS RECENTES SOBRE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR REVELAM QUE:

    96% dos clientes insatisfeitos nunca reclamam do mau atendimento

    CURSO DE GAROM 10 - Jos Wilson de Santana

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    90% deixaro de comprar naquele estabelecimento

    O cliente insatisfeito vai contar para nove outras pessoas sobre sua experincia de mau atendimento.

    65% das vendas no realizadas podem ser creditadas indiferena do pessoal de atendimentos (FGV)

    PRECISO ENCANTAR O CLIENTE.

    No basta apenas satisfazer o cliente.

    preciso encant-lo. O cliente satisfeito volta ao mesmo restaurante ou continua consumindo o

    mesmo prato ou a mesma bebida.Com o aumento da concorrncia, o que faz a diferena o atendimento.

    HIGIENE PESSOAL

    Limpeza, asseio, higiene, so palavras que estamos acostumados a ouvir desde criana. Uma casalimpa reflete a imagem do dono. Para manuteno de uma boa sade, o requisito bsico manter ahigiene pessoal, extremamente essencial para evitar os riscos de contaminao e garantir aqualidade do trabalho, principalmente para profissionais que lidam com alimentos (hotis,restaurantes, bares, casas de espetculos etc.).

    BONSHBITOSDEHIGIENE:

    dever de todas as pessoas cuidar da sade, da higiene e da aparncia. Por isso no devemosdescuidar das regras que seguem:

    a) Recomenda-se tomar banhos diariamente, principalmente antes e depois do trabalho,usando preferencialmente sabonetes e desodorantes neutros. EVITEPERFUMES.

    b) Lavar e enxugar os ps cuidadosamente, com bastante ateno para a parte entre osdedos, a fim de evitar o aparecimento de frieiras ou p-de-atleta.

    c) Manter os cabelos cortados, limpos e penteados.

    d) As mulheres devem usar maquiagem bem discreta, unhas curtas, esmalte claro e cabeloscurtos ou presos (coque).

    e) Cuidar bem dos dentes, para evitar m aparncia e o inconveniente mau hlito. Escov-los diariamente, principalmente aps as refeies e visitar periodicamente o dentista.

    CURSO DE GAROM 11 - Jos Wilson de Santana

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    f) Fazer a barba diariamente. No usar bigode, cavanhaque ou costeletas.g) Manter o uniforme limpo e troc-lo com freqncia.

    h) No usar jias, bijuterias ou outros adornos (anis, cordes, pulseiras, brincos, relgio,piercing, etc.).

    i) Durante o servio, no assoar o nariz nem cuspir.

    j) Comunicar a superviso (mitre, gerente etc.) a ocorrncia de ferimentos, acidente detrabalho, doenas transmissveis ou sintomas suspeitos (gripes, resfriados, diarrias,vmitos, tonturas, eczemas, dermatites etc.).

    AS MOS

    As mos so as partes do nosso corpo que mais utilizamos, portanto, de grande importncia quepermaneam limpas. Se no estiverem bem higienizadas, transforma-se em veculos transmissores

    de microorganismos (micrbios, bactrias, vrus, fungos, vermes, etc.) que provocaro acontaminao dos alimentos. Por isso essas partes do corpo merecem um cuidado especial.

    Manter as unhas sempre bem aparadas, limpas e sem esmalte.

    Quando tiver algum ferimento nas mos e antebraos, no manipular alimentos nemexecutar qualquer outro servio de atendimento ao cliente.

    No esquecer de lavar as bem mos sempre aps a utilizao do banheiro, como tambmantes de iniciar o trabalho.

    DOENAS CAUSADAS POR ALIMENTOSAGENTE VETOR DOENA

    GRUPO SALMONELLA Mos sujas, ratos, carne mal passada. Infeco intestinaSTAPHYLOCOCUS Feridas, furnculo Infeco em geral

    EBERTELLA TYPHIMos sujas, gua, leite, ostras contaminadas,

    moscas. Febre tifide

    ENTARMOEBA HISTOLYCAMos sujas, gua, instalaes hidrulicas

    defeituosas, moscas. AmebianaGRUPO SHIGELLA Mos sujas, gua, vasilhames, moscas. Disenteria bacilar

    TRICHINELLA SPIRALIS Carne de porco mal cozida TriquinoseCLOSTRIDIUM BOTLINUM Conservas mal preparadas, enlatados. Botulismo

    GRUPO STREPTCOCUS Leites crus de fonte contaminadaAngina estreptocci

    escarlatina

    BACILLUS DIFHTHERIADEPratos e talheres contaminados pelo espirro, tosse

    e perdigotos. Difteria

    CURSO DE GAROM 12 - Jos Wilson de Santana

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    BRUCELLA ABORTUS Leites crus contaminado BruceloseMYCOBACTERIUM

    TUBERCULOSISLeites crus, carne contaminada, espirro, tosse,

    perdigotos. TuberculoseBALANTIDIUM gua contaminada por fezes de sunos BalantidioseVIRUS AFTOSE Leites crus contaminado Estomatite vesiculo

    CISTICERCUS CELLULOSAE Carne de porco mal cozida ou contaminada Tenase salium

    CONCEITOS DE HIGIENE E LIMPEZA:

    LIMPEZA: o ato de limpar, retirar as sujeiras visveis.

    ASSEIO: a freqncia com que se faz a limpeza.

    HIGIENE: o resultado das medidas de limpeza.

    HIGIENIZAO: qualquer procedimento que elimina os riscos de transmisso de doenas.

    ASSEPSIA: conjunto de medidas visando a impedir a contaminao por germespatognicos (causadores de doenas).

    UNIFORME

    O uniforme do garom poder variar de cor, tipo ou modelo conforme as funes e a categoria doestabelecimento. Mas uma norma fixa: ele deve ser trocado diariamente, estar sempre limpo, bempassado e sem remendos.

    O UNIFORMETEMVRIASFUNES:

    Proteo ao funcionrio;

    Preveno de contaminao do alimento;

    Igualdade e uniformidade dos funcionrios e do ambiente;

    Distino entre funcionrios e usurios.

    ALGUMASOBSERVAESQUANTOAOUSODOUNIFORME:

    Guard-lo em local apropriado;CURSO DE GAROM 13 - Jos Wilson de Santana

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    Us-lo somente no local e horrio de trabalho;

    Deve estar sempre limpo e passado;

    Deve ser confortvel, no apertado no corpo;

    Dever estar ntegro (no dever conter buracos, rasges, manchas, faltar botes, etc.).

    CALADOS

    Os calados, do mesmo modo que a roupa, refletem a higiene e a aparncia pessoal, e aindaprevinem contra acidentes e evitam contrair doenas.Usar sempre sapatos confortveis, limpos, antiderrapantes e com solados e saltos de borracha demodo que no provoque rudos ou barulho.MISE-EN-PLACE

    Mise-en-place uma palavra francesa que significa: arrumao do ambiente de trabalho executadoantes do desenvolvimento do servio que consiste, especificamente em arrumar ou por a mesa.Pronuncia-se mi-zan-plce.

    A mise-en-place no restaurante tem diversas finalidades:

    Facilitar o trabalho do garom no atendimento aos clientes, tornando-o mais rpido. Estimular o cliente para refeio Criar um ambiente agradvel.

    A mise-en-place fundamental para a realizao do servio do garom e contribui para o bomfuncionamento de qualquer restaurante. Os commis devem zelar pelo material do restaurante,limpando, polindo e conferindo cada pea e evitando que se use algum talher, prato ou copo fora decondies.

    A funo em si da mise-en-place consiste na arrumao do salo, que comea com o alinhamentodas mesas, que deve ser feito com o maior cuidado: dele depende todo o visual do salo. Depois dealinhadas as mesas de acordo com os padres do restaurante, alinham-se as cadeiras, indicandoexatamente o lugar dos pratos. O cliente dever sentar-se sem que os ps da mesa o incomodem.Ao trmino da mise-en-place, o garom voltar a realinhar as cadeiras para que as mesmas fiquemlevemente encostadas s toalhas, de modo que no fiquem distantes destas nem embaixo das

    mesmas.

    MISE-EN-PLACEBSICA:

    Moletom o forro da mesa que dever ser preso s mesas com percevejos ou elsticos, devendopermanecer bem esticado. Serve para proteger a mesa do calor das travessas e dos pratos, abafar orudo dos utenslios, evitar que a toalha escorregue e, absorver com eficincia o lquido, porventuraderramado.

    CURSO DE GAROM 14 - Jos Wilson de Santana

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    Toalhas estendem-se as toalhas sobre as mesas de modo que os vincos centrais coincidam com ocentro das mesas e as pontas caiam sobre os ps. Os vincos principais das toalhas ficam alinhados,todos na direo da porta de entrada.

    Napperon (cobre-manchas) coloca-se o napperon sobre a toalha de mesa na posio diagonal mesma de modo que a ponto coincida com o centro da cadeira.

    Pratos de mesa colocam-se os pratos de mesa nos lugares dos comensais, procurando-se fazercom que a borda do mesmo se alinhe com a borda da mesa ou um pouco acima desta. No caso depratos com logotipo, este deve ficar voltado para o cliente.

    Talheres de mesa colocam-se os talheres de mesa da seguinte forma: a faca de mesa ao ladodireito do prato, com o corte voltado para este; o garfo de mesa no lado esquerdo do prato.

    Prato de po o prato de po colocado esquerda e um pouco acima do prato de mesa. Sobre omesmo deve ser colocada uma faca de sobremesa (para manteiga), com o corte voltado para a

    esquerda.

    Copo para gua - o copo para gua colocado direita do prato, mais precisamente na ponta dafaca de mesa.

    Guardanapo - o guardanapo colocado dobrado, sobre o prato de mesa. Convm que o guardanaposeja dobrado de tal forma que d a impresso de ter sido pouco manuseado. Quando for utilizadoguardanapo de pano, sugere-se fazer algum tipo de dobradura, arte que um bom garom geralmentedomina.

    Centro de mesa - finalmente feita a colocao do saleiro, pimenteira, galheteiro, numerao de

    mesa, vaso com flores ou similar etc., e encerra-se a mise-en-place bsica.

    A arrumao de mesa para banquetes em essncia igual ao de arrumao de mesa para servio la carte; altera-se apenas a quantidade de talheres e copos correspondentes ao cardpiopreestabelecido. Lembrando que a colocao dos e talheres e copos obedece seqncia dospratos, ou seja, de fora para dentro.

    RECEBENDO O CLIENTE

    Nos estabelecimentos de padro mais elevado, o cliente recebido pelo mitre e conduzido

    por ele at a mesa. Em outros, o prprio garom encaminha e o acomoda na rea escolhida.

    O garom cumprimenta educadamente o cliente (bom dia...boa tarde...boa noite), diz seunome e informa que estar sempre sua disposio.

    Puxa a cadeira para o cliente, se necessrio, ajud-lo a acomodar bolsas, pastas e/oupacotes.

    CURSO DE GAROM 15 - Jos Wilson de Santana

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    Retira da mesa as montagens (pratos e talheres) que no sero usados.

    REGRAS BSICAS DE SERVIO DO GAROM EM RESTAURANTE

    direita do cliente:

    Servio de todas as bebidas;

    Servio de todos os pratos prontos;

    Servio de desembarao de todos os pratos, exceo do prato de po, taa de consomm;

    Servio de desembarao de todos os copos e facas e colheres;

    Apresentao dos vinhos;

    Apresentao dos acessrios (sal, pimenta, azeite, etc.);

    Apresentao do cardpio;

    Apresentao da nota;

    Limpeza.

    ESQUERDA DO CLIENTE:

    Apresentao de todos os pratos

    (travessas);

    Servio de refeies inglesa direta;

    Servio de refeies francesa (oudiplomata);

    Servio de desembarao do prato de

    po;

    Lavanda;

    Garfos e facas de couvert;

    Limpeza.

    MODALIDADES DE SERVIO EM RESTAURANTE

    Existem vrios tipos de servios executados pelo garom para atendimento ao cliente: entre osprincipais, esto.

    SERVIOFRANCESAOUDIPLOMATA: o tipo de servio onde o prprio cliente se serve das iguarias,trazidas na bandeja pelo garom. Trata-se de um tipo de servio bem adaptado ao esprito francs,muito usado em banquetes requintados ou em casas de famlia que contam com servio de garonsou serviais.

    CURSO DE GAROM 16 - Jos Wilson de Santana

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    Neste tipo de servio, o garom coloca os pratos vazios na mesa pelo lado direito do cliente e, emseguida, apresenta a travessa pelo lado esquerdo, colocando-a sobre a mo esquerda com aproteo de um guardanapo de servio, com os talheres voltados para o cliente, a fim de que estepossa servir-se. O garom deve inclinar-se ligeiramente para frente, de modo a deixar a travessa omais prximo possvel do prato.

    SERVIOINGLESA: esta modalidade teve origem h sculos na Inglaterra e derivou do costume,cultivado pelo prprio dono da casa (lorde), de servir ele mesmo a refeio a seus familiares econvidados.

    Este servio, que bastante rpido, exige grande habilidade profissional do garom, pois o mesmodever saber fazer uso do alicate (colher e garfo de mesa), e bastante utilizado em banquetes.Pode ser direta ou indireta.

    Inglesa direta: nesta modalidade, o garom coloca o prato vazio na mesa pelo lado direitodo cliente, em seguida apresenta-se com a travessa pelo lado esquerdo, servindo as iguariascom o uso do alicate na mo direita.

    Inglesa indireta: nesta modalidade, o garom traz a travessa e apresenta-a ao cliente pelolado esquerdo. Depois, coloca-a sobre o guridon. Serve as iguarias em um prato vazio queest no guridon, usando uma colher na mo direita e um garfo na mo esquerda. Entoretira pelo lado direito o prato vazio que est diante do cliente e, tambm pela direita, serveo prato com as iguarias. Se houver necessidade de repasse o mesmo dever ser feito pelosistema inglesa direta.

    A disposio dos pratos no guridon a seguinte: a travessa principal direita, os

    acompanhamentos esquerda e o prato vazio no centro.

    No servio inglesa, direta ou indireta, o garom deve ter o mximo de cuidado com aapresentao dos pratos. O garom deve usar critrios preestabelecidos para a disposio dosalimentos no prato e jamais colocar uma quantidade excessiva de comida, a fim de lhe garantirsempre um aspecto agradvel e apetitoso. Portanto as iguarias devem ser colocadas de formaordenadas e separadas.

    SERVIOAMERICANA: consiste basicamente em montar no restaurante um mesa-buffet, com toda avariedade de pratos. Os clientes dirigem-se ao buffet, servem-se e depois se sentam em suas mesas

    ou permanecem em p.Neste servio, o trabalho do garom limita-se ao servio de bebidas e de solicitaes especiais.Muito utilizado para atender grande nmero de pessoas ou para reunies informais. tambmmuito utilizado nos hotis para caf da manh, o que racionaliza o trabalho reduzindo o nmero defuncionrios.

    EMPRATADO (A LASSIETTE)

    CURSO DE GAROM 17 - Jos Wilson de Santana

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    comum chamar tambm de servio americana, o servio em que o prato preparado nacozinha, e de l sai pronto para ser servido ao cliente pelo garom, que serve pelo lado direito.

    PRATOSEntende-se como tal a disposio dos alimentos no material de servio. Um dos fatores maisimportantes na gastronomia que a melhor comida perde quando no apresentada corretamente.Por isso muitas iguarias de aspecto pouco atrativas comeam a ganhar, quando dispostasesteticamente, bem arrumada e num recipiente apropriado no momento de servi-lo.

    COMPOSIAO DOS PRATOS

    As comidas se servem sozinhas, melhor dizendo, o prato se apresenta como alimento nico, oucombinado.

    OSPRATOSCOMBINADOSCOMPEM-SEDOSSEGUINTESELEMENTOS:

    O ingrediente principal ou base do

    prato

    O acompanhamento ou alimento

    complementar

    A decoraoO INGREDIENTEPRINCIPAL , em geral, o comestvel mais caro e que determina o nome do prato.

    O ACOMPANHAMENTO um complemento do ingrediente principal cuja funo realar o sabor doelemento bsico do prato, equilibrar o valor alimentcio e o preo do conjunto.A DECORAO tem por objetivo ressaltar a aparncia do prato, dando-lhe maior esttica.

    SELEAO DO MATERIAL DE SERVIO

    DETERMINADAPELOSSEGUINTESFATORES:

    - O tipo de servio

    - A caracterstica do servio

    - A esttica

    O TIPODESERVIO: existem diferentes maneiras de servir o alimento num restaurante, de acordo coma tcnica que se pratica no estabelecimento; em particular, as iguarias apresentam-se geralmente

    com uma das seguintes modalidades:

    - Em pratos, copos e taas.

    - Em travessas pequenas para uma a cinco pessoas, no servio francesa ou a inglesa.

    - Em travessas grandes, em servio de buffet ou carros de servio.

    CURSO DE GAROM 18 - Jos Wilson de Santana

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    NOSERVIOEMPRATOS, CADAPRATOUMAPOROINDIVIDUAL, OUSEJA, CADAPRATODEVE:

    - Compor-se de um ingrediente principal, o acompanhamento e/ou a decorao.

    - Ter harmonia em sabor, colorido e apresentao em cada um dos seus componentes.

    - Ser apresentado de maneira que se possa com-lo sem ser entendido de culinria, ouseja, os ingredientes devem ser apresentados trinchados e devidamente arrumados.

    - Conservar sempre a mesma aparncia e sabor, para justificar o nome que ocaracteriza e o preo.

    NOSERVIODETRAVESSASPEQUENAS, de uma a cinco pessoas observam-se, em princpio, as mesmasregras acima expostas nos servio em pratos, levando-se em conta ainda o seguinte:

    - Os comestveis apresentados em travessas, devem ser divisveis pela quantidade de

    comensais para o quais se destinam, respeitando-se o porcionamento padro.

    - Ao servir, mesmo sem experincia deve cuidar-se que nem a aparncia da travessa enem o comestvel servido percam sua qualidade esttica.

    As travessas destinadas a um buffet so as mais difceis de preparar, do ponto de vista doservio.Em geral, de uma travessa colocada numa mesa de buffet servem-se muitas pessoas,freqentemente inexperientes nestes assuntos e muitas vezes desejosas de apanhar somente amelhor parte do prato. Para prevenir a desarrumao total da travessa depois do primeiro a servir-se, devemos levar em conta o seguinte:

    - Dar a cada prato um carter determinado. No apresentar as travessasdemasiadamente misturadas, ou seja, no mais de dois ingredientes principais e doisacompanhamentos diferentes.

    - Cortar os alimentos em tamanhos de maneira a que o cliente somente se sirva umaou duas vezes de cada produto diferente.

    - Fazer aparecer cada poro igualmente desejvel para que o cliente retire sua iguariada forma mais arrumada.

    - No colocar o ingrediente principal, nem os acompanhamentos debaixo dadecorao, para evitar que o cliente comece a remexer a travessa.

    - Apresentar os comestveis de maneira que o cliente possa tir-los da travessa, com ostalheres que dispe, sem destroar o conjunto e sem deix-lo cair em cima da toalha.

    - Nas travessas com peas grandes (peixe, rosbife, presuntos etc.) esses alimentosdevem vir cortados, ou garom/repositor dever trinchar, a fim de facilitar o

    CURSO DE GAROM 19 - Jos Wilson de Santana

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    atendimento e que o cliente desarrume o comestvel, a travessa, o buffet e todaordem do servio.

    ALIMENTO: toda substancia ou mistura de substncias no estado slido, lquido, pastoso ouqualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os elementos normais sua formao, manuteno e ao seu desenvolvimento.

    A CARACTERISTICA DO ALIMENTO

    CADATIPODEALIMENTOREQUERSEUPRPRIORECIPIENTE, POREXEMPLO:

    - Coquetis de entrada em taade coquetel

    - Saladas compostas em pratomdio e raso

    - Molhos em molheiras

    - Sopas em prato fundo

    - Arroz em prato mdio ou raso

    - Massas italianas assadas emprato raso

    - Massas italianas salteadas emprato fundo

    - Queijo em prato mdio

    - Prato forte em prato raso

    A ESTTICA em relao com a seleo do material de servio. Os pratos, copos, e travessas parautilizao devem estar limpos, secos e polidos e ter o tamanho apropriado.

    AOSELECIONAROSRECIPIENTESNECESSRIOTEREMCONTAQUE:

    Os comestveis no devem amontoar-se demasiadamente no prato, nem cobrir

    a borda do mesmo.

    Um recipiente oxidvel (de prata) no apropriado para servir ovos ecomestveis cidos (saladas).

    Um recipiente defeituoso no apenas deprecia todo o prato, com tambm seuuso higienicamente condenado.

    NORMAS PARA MONTAR OS PRATOS

    A disposio das iguarias sobre o material de servio, deve obedecer a certas regras estticas eculinrias.

    PARAOSPRATOSCOMPOSTOSDEUMSINGREDIENTE, REGEMASSEGUIDASNORMAS:

    A iguaria colocada sempre no centro do prato

    O alimento no deve tocar as bordas do recipiente

    CURSO DE GAROM 20 - Jos Wilson de Santana

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    O recipiente deve estar na temperatura adequada; comidas quentes soservidas em recipientes pr-aquecidas e as frias em recipientes frios.

    Recipientes fundos no devem ser cheios at as bordas.

    Lembre-se:As outras pessoas tm muito a lhe ensinar: tenha humildade para aprender.

    Voc tem muito a ensinar: compartilhe o que sabe com seus colegas.

    APRENDER SEMPRE

    Ento lembrem-se: voc parte de uma engrenagem e deve estar atento ao papel que lhe compete,de modo a contribuir para o sucesso do conjunto.

    Tenha isto em mente: nunca parar de aprender, na teoria (cursos, leituras, etc.) e na prtica(conhecendo as novidades da rea, as outras funes que voc poder aprender e exercer em meiosde hospedagem restaurantes, bares, etc.)

    CHECK LIST

    Balde para geloBalde para vinhoClice de licorCinzeirosColher de cafColher de chColher de mesaColher de sobremesaColher de sorveteColher de sucoCopo de guaCopo de aperitivoCopo de cerveja

    Copo de sucoCopo de vinho brancoCopo de vinho tintoEsptula para bolo, torta.Faca de mesa

    Faca de poFaca de peixeFaca de sobremesaFaca de trincharGalheteirosGarfo de mesaGarfo de peixeGarfo de sobremesaGarfo de trincharGuardanapo de mesaGuardanapo de serviojarraManteigueiras

    Moinho de pimentaMolheirasMoletomNapronPaliteiros

    Pegador de gelo (pina)Pegadores para massaPimenteirasPlissadoPrato de couvertPrato de mesa (raso)Prato de poPrato de sobremesaPrato fundoQueijeirasSaleirosTaa de champanheTaa para coquetel

    Toalha de mesaTrip (suporte caamba)Xcara de caf com piresXcara de ch com piresXcara de consomm

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    Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

    Art.5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos destaConstituio;II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude delei;III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao pordano material, moral ou imagem;VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livreexerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de cultoe a suas liturgias;VII - assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidadescivis e militares de internao coletiva;VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convicofilosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todosimposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei;IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao,independentemente de censura ou licena;

    CURSO DE GAROM 22 - Jos Wilson de Santana

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    X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de suaviolao;XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar semconsentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou paraprestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial;XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e

    das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses ena forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processualpenal;XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas asqualificaes profissionais que a lei estabelecer;XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte,quando necessrio ao exerccio profissional;XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquerpessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico,

    independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormenteconvocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridadecompetente;XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem deautorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento;XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suasatividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em

    julgado;XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade

    para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;XXII - garantido o direito de propriedade;XXIII - a propriedade atender a sua funo social;XXIV - a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ouutilidade pblica, ou por interesse social, mediante justa e prvia indenizao emdinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio;XXV - no caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar depropriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano;XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pelafamlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de suaatividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduode suas obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;XXVIII - so assegurados, nos termos da lei:a) a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imageme voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;b) o direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou deque participarem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicaise associativas;

    CURSO DE GAROM 23 - Jos Wilson de Santana

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    XXIX - a lei assegurar aos autores de inventos industriais privilgio temporrio para suautilizao, bem como proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aosnomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e odesenvolvimento tecnolgico e econmico do Pas;XXX - garantido o direito de herana;XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela leibrasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja

    mais favorvel a lei pessoal do de cujus;XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor; (Lei N 8.078 de11/set/1990)XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesseparticular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sobpena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado;XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ouabuso de poder;

    b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos eesclarecimento de situaes de interesse pessoal;XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;XXXVII - no haver juzo ou tribunal de exceo;XXXVIII - reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei,assegurados:a) a plenitude de defesa;b) o sigilo das votaes;c) a soberania dos veredictos;d) a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

    XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominaolegal;XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;XLI - a lei punir qualquer discriminao atentatria dos direitos e liberdadesfundamentais;XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena derecluso, nos termos da lei; (LEI N 7.437, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1985.).XLIII - a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prticada tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidoscomo crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,podendo evit-los, se omitirem;XLIV - constitui crime inafianvel e imprescritvel a ao de grupos armados, civis oumilitares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico;XLV - nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de repararo dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aossucessores e contra eles executadas, at o limite do valor do patrimnio transferido;XLVI - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes:a) privao ou restrio da liberdade;b) perda de bens;

    CURSO DE GAROM 24 - Jos Wilson de Santana

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    c) multa;d) prestao social alternativa;e) suspenso ou interdio de direitos;XLVII - no haver penas:a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,XIX;b) de carter perptuo;c) de trabalhos forados;

    d) de banimento;e) cruis;XLVIII - a pena ser cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a naturezado delito, a idade e o sexo do apenado;XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral;L - s presidirias sero asseguradas condies para que possam permanecer com seusfilhos durante o perodo de amamentao;LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito deentorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

    LII - no ser concedida extradio de estrangeiro por crime poltico ou de opinio;LIII - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente;LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral soassegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;LVI - so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos;LVII - ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penalcondenatria;LVIII - o civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nashipteses previstas em lei;LIX - ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no

    prazo legal;LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa daintimidade ou o interesse social o exigirem;LXI - ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentadade autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crimepropriamente militar, definidos em lei;LXII - a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicadosimediatamente ao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele indicada;LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado;LXIV - o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seuinterrogatrio policial;LXV - a priso ilegal ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciria;LXVI - ningum ser levado priso ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisria, com ou sem fiana;LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplementovoluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel;

    CURSO DE GAROM 25 - Jos Wilson de Santana

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    LXVIII - conceder-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar ameaadode sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abusode poder;LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, noamparado porhabeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ouabuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio deatribuies do Poder Pblico;

    LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por:a) partido poltico com representao no Congresso Nacional;b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e emfuncionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ouassociados;LXXI - conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de normaregulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e dasprerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania;LXXII - conceder-se- habeasdata:a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante,

    constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carterpblico;b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso,

    judicial ou administrativo;LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular atolesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor,salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;

    LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovareminsuficincia de recursos;

    LXXV - o Estado indenizar o condenado por erro judicirio, assim como o que ficarpreso alm do tempo fixado na sentena;LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:a) o registro civil de nascimento;b) a certido de bito;LXXVII - so gratuitas as aes de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, osatos necessrios ao exerccio da cidadania. 1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicaoimediata.2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outrosdecorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionaisem que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

    "Conhecimento vem de seu instrutor; sabedoria vem de seu interior