Apostila+Prevenção+e+Combate+a+Sinistro (3)

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Tv. 14 de Março, 1279 – Nazaré CEP: 66055-490 – Belém-Pa E-mail:[email protected] www.virtualedutec.com.br Fone: (91) 3241-3888 APOSTILA DE PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO Tv. 14 de Março, 1279 – Nazaré – CEP Nº 66.055-490 – Belém/Pa – Fone: (91) 3241-3888 1

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Combate a Sinistro

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O QUE Windows

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APOSTILA DE PREVENO E COMBATE A SINISTRO

Organizador: Wilson Waldir da Silva Monteiro

Tcnico de Segurana do Trabalho

SUMARIO BSICO CONFORME NBR 14.276

PARTE TERICA

I - INTRODUO

Conhecer os objetivos gerais do curso, responsabilidades e comportamento dos brigadistas.

II - TEORIA DO FOGO

Conhecimento do processo da combusto, seus elementos, funes, pontos de fulgor, ignio e combusto, e a reao em cadeia.

III - PROPAGAO DO FOGO

Conhecimento dos processos e meios de propagao do fogo.

IV - CLASSES DE INCNDIO

Classificao e caractersticas.

V - PREVENO DE INCNDIOS

Conhecer as tcnicas de preveno e avaliao dos riscos em potencial.

VI - MTODOS DE EXTINO

Isolamento, abafamento, resfriamento e qumico.

VII - AGENTES EXTINTORES

gua (jato/neblina), p qumico seco (PQS), dixido de carbono (CO2), espumas e outros agentes extintores.

VIII - EQUIPAMENTOS DE COMBATE INCNDIOS

Extintores, hidrantes, mangueiras, acessrios, EPIs, corte, arrombamento, remoes e iluminao.

IX - EQUIPAMENTOS DE DETECO, ALARME E COMUNICAO

Tipos e funcionamento

X - TCNICAS DE COMBATE A INCNDIOS E ABANDONO DE REA

Tcnicas de combate e abandono de rea, sada autorizada, pontos de encontro, chamada e controle de pnico.

COMBATE INCNDIOS (Prtica)Praticar as tcnicas de combate a incndios em local adequado (Campo de Treinamento).I. INTRODUO

Um dos maiores marcos da humanidade foi, sem dvida, o domnio do fogo pelo ser humano. A partir da ele pode se aquecer, cozinhar os alimentos e fundir o metal para a fabricao de utenslios e mquinas, tornando desta forma possvel o desenvolvimento.

O fogo, do ponto de vista acima descrito nos benfico e de real necessidade, porm a partir do momento que nos foge do controle passa a ser causador de danos propriedades, pessoas e meio ambiente.

Ainda hoje, quando o fogo ameaa, a reao do homem moderno idntica dos primitivos: FUGIR.

O homem primitivo fugia por desconhecer a natureza do fogo, j o homem moderno conhece as origens do fogo, sabe que se trata de um fenmeno qumico e tambm conhece todas as maneiras de combat-lo.

Todos ns sabemos que fugir a atitude mais errada, pois:

O fogo sempre comea pequeno, com exceo das grandes exploses;

O homem conhece a natureza do fogo e possui os equipamentos necessrios para combat-lo.

Nada como uma Brigada de Incndio bem treinada para definir os caminhos que o fogo pode tomar.

Pela sua rapidez de interveno na primeira fase do incndio, poder conter as chamas que em segunda instncia poderiam gerar graves conseqncias.

Somente a Brigada de Incndio conhece realmente as instalaes, perigos especficos e meios de extino de que a empresa dispe, e sabe como proceder para salvar vidas e o patrimnio.

Elas so de real importncia em edificaes comerciais, residenciais, pblicos, centros comerciais e especialmente nas indstrias, ajudando sobremaneira em incndios de vulto especialmente pelos conhecimentos das particularidades das instalaes, processos e produtos manipulados.

Vamos trein-los para que sejam brigadistas atuantes, com bons conhecimentos das tcnicas de preveno e combate sinistros e tcnicas de primeiros socorros, melhorando a cada dia seu desempenho como profissionais, cidados e desenvolver em todos o esprito de trabalho em grupo, fundamental para se realizar o controle das emergncias, tanto no local de trabalho como na comunidade.

ATRIBUIES DE UMA BRIGADA DE INCNDIOS

a) Combater princpios de incndio, efetuar salvamentos e exercer a preveno de acordo com as normas existentes.

b) Avaliar todos os riscos existentes na planta.

c) Realizar inspees gerais dos equipamentos de combate a incndio.

d) Conhecer todas as rotas de fuga existente e realizar inspees gerais nas mesmas.

e) Elaborar relatrios das irregularidades encontradas.

f) Promover as medidas de segurana propostas pelo Coordenador de Emergncia (Tcnico de Segurana).

g) Conhecer os locais de alarme de incndio e o princpio de acionamento de todo o sistema.

h) Conhecer todas as instalaes da fbrica.

i) Conhecer o princpio de funcionamento e acionamento de todos os extintores.

j) Atender rapidamente a qualquer chamado de emergncia.

k) Agir de maneira rpida, enrgica e convincente em situaes de emergncia qualquer que seja ela.

l) Verificar se os locais onde existe a proibio de se acender fsforos, utilizarem chamas ou fumar esto sendo respeitados.

m) Atuar nos sinistros sempre utilizando os seus EPIs, sem se esquecer jamais que deve servir de exemplo para os outros.

n) Orientar a populao fixa e flutuante sobre as normas de segurana e preveno, bem como das rotas de fuga e reas de escape.

o) Participar ativamente de exerccios e simulados.

p) Controlar o trfego de pessoas e veculos de modo a facilitar a atuao das equipes de combate e socorristas.

q) Prestar qualquer tipo de apoio, na ocasio do sinistro, caso no lhe caiba misso especfica.

r) Remover materiais combustveis com o intuito de facilitar a entrada de equipamentos de combate a incndios.

s) Isolar e proteger equipamentos, mquinas, arquivos etc., ainda no atingidos pelo fogo.

t) Orientar o Corpo de Bombeiros da Polcia Militar quando da sua chegada.

II. TEORIA DO FOGO

O fogo um tipo de queima, de oxidao. um fenmeno qumico, uma reao que provoca profundas alteraes nas substncias que queimam.

Oxidao significa uma transformao de um composto ou material da qual participa o oxignio. Ela pode ser:

LENTA, como no caso da ferrugem, que uma queima sem chamas.

RPIDA, como na queima de uma folha de papel, onde h chamas e calor.

INSTANTNEA, como na exploso de uma dinamite.

Esta reao qumica que libera luz e calor chamada de COMBUSTO.

Portanto, a combusto a reao qumica de oxidao que libera luz e calor radiante e tem como resultado gases tais como vapor dgua, gs carbnico, enxofre, etc., podendo ainda, dependendo do material que est queimando liberar gases cidos ou altamente txicos.

A fim de melhor explicar vamos nos utilizar do TRINGULO DO FOGO, que se compe de trs elementos:

COMBUSTVEL

o elemento que alimenta o fogo e facilita a sua propagao e, com pequenas excees, compreende todos os materiais slidos, lquidos e gasosos.

LQUIDOS: gasolina, lcool, ter, acetona, etc.

SLIDOS: madeira, papel, papelo, plsticos, tecidos, etc.

GASOSOS: butano, metano, propano, etc.

A maioria dos materiais de origem orgnica devem sofrer transformaes para a forma de vapores ou gases antes de ocorrer a combusto.

O combustvel tambm chamado de agente redutor.

COMBURENTE

o elemento que ativa e d vida ao fogo. Trata-se do oxignio (O2) presente na atmosfera, na proporo de 21% ao nvel do mar, sendo o restante constitudo por 78% de nitrognio (N2) e 1% de outros gases como argnio, hlio, gs carbnico, etc.

Para que se ocorra o fogo (chamas), necessrio que se tenha pelo menos 16% de oxignio presente no ambiente.CALOR

o elemento que d incio ao fogo, que o mantm e amplia a sua propagao. Ele eleva a temperatura de um combustvel at um ponto no qual uma quantidade suficiente de vapores seja obtida para ocorrer combusto.

Podemos ento concluir que para que possamos ter fogo, necessrio que tenhamos os trs elementos - COMBUSTVEL, CALOR E COMBURENTE na proporo exata para a queima e se retirarmos qualquer um deles no haver a combusto.COMPONENTES DO FOGO

Podemos dizer que o fogo a parte visvel de uma combusto e conseqentemente este pode apresentar-se de duas maneiras diferentes as quais podem aparecer isoladamente ou em conjunto:

Como brasas

Como Chamas

Normalmente estas apresentaes fsicas do fogo so determinadas pelo combustvel, sendo que se for lquido ou gasoso, o fogo ter sempre a forma de chamas, pois os lquidos se transformam em vapores antes de queimar.

Se for slido, o fogo poder apresentar-se na forma de chamas e brasas ou somente brasas.TEMPERATURA DAS CHAMAS E BRASAS

muito importante o conhecimento das temperaturas das chamas e brasas em um incndio. Com a prtica e como a cor das mesmas variam de acordo com as temperaturas, observou-se o seguinte:

CHAMASO CO F

Vermelho visvel luz do dia515957

Vermelho plido1.0001.832

Vermelho alaranjado1.1002.012

Amarelo alaranjado1.2002.192

Amarelo esbranquiado1.3002.372

Branco brilhante1.4002.550

BRASASO CO F

Incio da combusto = vermelho400752

Vermelho escuro7001.292

Vermelho plido9001.652

Amarelo1.1002.012

Comeo de azul1.3002.372

Azul claro1.5002.732

Os corpos quando submetidos temperaturas muito elevadas ou acima de seu normal, se dilatam. Este fenmeno responsvel pelo desmoronamento de edificaes durante um incndio, quando a temperatura muito elevada.

CARACTERSTICAS FISCO QUMICAS

PONTO DE FULGOR

a temperatura mnima necessria para que um combustvel comece a desprender vapores ou gases inflamveis que, combinados com o oxignio do ar e em contato com uma chama comecem a queimar.

O principal aspecto deste ponto que se retiramos a chama, o fogo se apagar devido a pouca quantidade de calor para produzir gases suficientes para manter a transformao em cadeia, ou seja, o fogo.

PONTO DE COMBUSTO

a temperatura mnima necessria para que um combustvel desprenda vapores ou gases inflamveis que combinados com o oxignio do ar e ao entrarem em contato com uma chama se inflamem e, mesmo que se retire a chama, o fogo no se apagar, pois a temperatura faz gerar do combustvel vapores e gases suficientes para manuteno da combusto ou transformao em cadeia.

PONTO DE IGNIO

a temperatura mnima em que os materiais, desprendendo gases ou vapores, entram em combusto apenas ao contato com o oxignio do ar, independente de qualquer fonte de calor.

A fim de ilustrarmos o acima citado, vejamos a seguinte experincia muito simples: coloquemos em um frasco, pequenos pedaos de madeira, esquentando-os em chama de gs. Com o desenvolvimento do calor passaremos a observar os seguintes fenmenos:

quando a temperatura alcanar 100oC , comea a se desprender vapor de gua;

Ao continuar o aquecimento observaremos que a madeira comea a ficar amarela, marrom e finalmente negra a partir dos 150oC. Se no momento em que comear a enegrecer acendermos um fsforo na boca do frasco, notaremos que os vapores: se incendiaro em contato com a chama, mas no se sustentar. Neste momento foi atingido o ponto de fulgor.

Com o aumento do calor veremos que os gases incendeiam-se em contato com a fonte de calor externe e se mantm em chamas. Neste momento foi atingido o ponto de combusto.

Continuando a aquecer o frasco chegaremos a uma temperatura em que os gases se incendiaro somente em contato com o oxignio do ar, no necessitando de uma fonte externa de calor. Neste momento atingiu-se o ponto de ignio.

Isto explica porque certos combustveis queimam mais rapidamente do que outros. So os combustveis que possuem maior facilidade de desprender gases ou vapores.

Segue abaixo exemplo de pontos de ignio e fulgor de alguns materiais combustveis:

MATERIALPONTO DE FULGORPONTO DE IGNIO

OCOFOCOF

Acetaldedo- 27- 17185365

Acetato metlico- 1014454850

Acetona- 17.705381000

lcool Etlico12.655371700

lcool Metlico11.152426800

Benzeno- 11.1125381000

ter Etlico- 45- 49180842

Gasolina- 42- 45257495

Hexana- 26- 15260500

leo de amendoim282540445833

Parafina199390245473

Pentana- 40- 40308588

Tolueno4.4405521026

PRODUTOS DA COMBUSTO

Os materiais sob a ao do fogo sofrem transformaes que produzem subprodutos perigosos a quem no est protegido convenientemente e muito prximo ao fogo.

A maior parte dos materiais combustveis contm carbono. Durante o processo de queima estes materiais liberam o dixido de carbono (CO2) e mais freqentemente o monxido de carbono (CO).

Se existe oxignio suficiente para uma combusto completa, o que dificilmente ocorre, o principal gs liberado o dixido de carbono, entretanto como muitas substncias no queimam completamente, o monxido de carbono o maior produto da combusto.

O monxido de carbono um gs sem cheiro, gosto ou cor, que quando inalado forma um composto estvel com o sangue a carboxihemoglobina que impede a chegada do oxignio aos rgos e msculos, bem como a expulso do gs carbnico dos mesmos.

O Oxignio no pode ser levado atravs da corrente circulatria at os rgos vitais e as exposies s altas concentraes de monxido de carbono podem ser rapidamente fatais.

Para se ter uma idia de sua periculosidade basta dizer:

0,5% produzem a inconscincia

1,0% provocam a paralisao de braos e pernas

2,0% matam em uma hora

10% matam imediatamente

Por isso, quando um brigadista sentir a mais leve dor de cabea em um ambiente enfumaado, deve abandon-lo imediatamente, procurando respirar ar fresco antes que o monxido de carbono o impea de faz-lo.

A presena de combusto e gases de incndio em um ambiente, sempre indica que houve a diminuio dos nveis de oxignio (ambiente fechado), e medida que este nvel diminui, diminui a capacidade de julgamento das pessoas, pois a quantidade de oxignio que o sangue leva ao crebro tambm cai.

As equipes de combate ao fogo e salvamento, devem estar atentas a ambientes potencialmente perigosos que podem ser encontrados em operaes de combate e socorro em caso de sinistros.

Onde h fogo h sempre a presena de fumaa. Esta o produto da combinao de gases de incndio com partculas slidas e lquidas, obtidas na combusto e em suspenso no ar.

Em conjunto com os gases txicos, a fumaa diminui consideravelmente a visibilidade e causa pnico nas pessoas, principalmente em ambientes fechados. O contato direto com as partculas em suspenso na fumaa irrita os olhos, o nariz, a boca e passagens respiratrias.

III. PROPAGAO DO FOGO

De importncia indiscutvel, quer nos trabalhos de extino, quer nos trabalhos de preveno, conhecer como o fogo pode se propagar.

Onde h fogo, h calor, e este calor que faz com que o fogo aparea em pontos onde menos se espera. Trs so as formas de transmisso de calor:

CONDUO

a transmisso de calor de molcula para molcula, de matria para matria, isto , sem intervalo entre os corpos. No vcuo absoluto no h condutibilidade de calor.

Como exemplo podemos citar uma experincia bastante simples: colocamos a ponta de uma barra de ferro em uma chama. Depois de algum tempo a outra ponta estar to quente que no poderemos mais toc-la.

O calor foi transmitido de molcula para molcula da barra de ferro tomando conta da mesma como um todo.

Se, em um incndio temos trelias, vigas ou outros materiais que se comuniquem com reas adjacentes, mesmo isoladas por paredes, estes se aquecero e materiais que tenham seu ponto de ignio mais baixo e estejam em contato com o material aquecido, podero entrar em combusto do outro lado da parede, gerando um novo foco de incndio.

CONVECO

A transmisso de calor pela conveco caracterstica dos lquidos e gases. Nestas substncias as partes quentes tendem a subir e as mais frias a descer.

Normalmente a conveco se faz no sentido vertical, mas, correntes de ar podem conduzir o calor por conveco para todas as direes.

Como exemplo podemos citar o incndio em um edifcio. Temos por exemplo, o segundo andar pegando fogo e de repente verificamos que no quarto ou quinto andar tambm comea um novo foco de incndio. Como Isto possvel?

O incndio que comeou no segundo andar super aquece o ar neste andar. O ar e os gases de incndio superaquecidos sobem pelo poo do elevador e aquecem materiais dois ou trs andares acima. Estes materiais so aquecidos at atingirem seu ponto ignio, entrando em combusto e gerando novos focos de incndio.

RADIAO

a transmisso de calor por meio de ondas calorficas que se propagam atravs do espao, sem utilizar qualquer tipo de material.

A energia transmitida na velocidade da luz e ao encontrar um corpo as ondas so absorvidas ou refletidas.

Como exemplo podemos citar as ondas de calor emanadas do sol, de uma fogueira, de um forno, etc.

ABSORO DE CALOR

Alguns fatores influenciam diretamente para que um corpo absorva mais ou menos calor. So eles:

a) A cor

A cor preta absorve mais calor e a branca menos.

b) O polimento

A superfcie polida absorve mais calor e a spera menos.

c) O ngulo de incidncia

Quanto mais perpendicularmente as ondas de calor incidem na superfcie de um material, mais calor este absorve.

IV. CLASSES DE INCNDIO

Os incndios so classificados de acordo com as caractersticas do material, levando-se em conta ainda, as condies em que queimam, sendo divididos em quatro classes principais que veremos a seguir.

de suma importncia que, no combate ao fogo, o brigadista saiba identificar imediatamente que classe de incndio pertence aquele que est sua frente. Somente com o conhecimento do material que est queimando, poder descobrir o melhor mtodo a ser utilizado para uma extino rpida e segura.INCNDIOS CLASSE ANesta classe enquadram-se os incndios produzidos por materiais slidos ou fibrosos tais como o papel, a madeira, tecidos, algodo, e outros.

Uma caracterstica importante, que estes materiais queimam em superfcie e profundidade, formando brasas em pontos profundos.

Outra caracterstica que deixam como resduos da queima, brasas e cinzas, necessitando para sua extino um agente extintor que absorva calor e tenha poder de penetrao (gua e seus derivados).

INCNDIOS CLASSE BOcorrem em lquidos inflamveis, graxas, leos e em outros lquidos volteis e gases inflamveis e so incndios de superfcie.

Os incndios de classe B ocorrem freqentemente em tanques abertos, derramamentos ou vazamentos.

INCNDIOS CLASSE C

Ocorrem em equipamentos eltricos energizados como motores eltricos, transformadores, cabos eltricos, etc., podendo ser atacado somente com agentes extintores especficos, que no conduzam corrente eltrica.

Aps a interrupo do fornecimento de energia eltrica, podem ser combatidos como sendo um incndio de classe .

INCNDIOS CLASSE D

Este tipo de incndio ocorre em metais pirofricos tais como o alumnio, titnio, ltio, magnsio, etc., exigindo para sua extino agentes extintores especiais que isolem o material em combusto do oxignio presente no ar interrompendo a combusto.

V. PREVENO DE INCNDIOS

Para que possamos realizar uma boa preveno de incndio, torna-se imperativo que conheamos perfeitamente as causas bsicas que levam a dar incio ao incndio.

So cinco estas causas bsicas:

CHAMA EXPOSTA

Quando em contato com qualquer material d aquecimento capaz de gaseific-lo, dando incio combusto.

So exemplos de trabalhos que geram chama exposta:

Corte e solda a oxiacetileno

Solda eltrica

Esmerilhamento

Quaisquer outras operaes que produzam chamas ou centelhas

ELETRICIDADE

As principais causas que provocam a transformao da energia eltrica em energia calrica so:

Superaquecimento devido sobrecarga nos circuitos calculados.

Arcos e centelhas devido principalmente a curtos circuitos

Fascas provenientes de chaves e circuitos eltricos

Falta de proteo no circuito

ATRITO

Atrito ou frico a transformao da energia mecnica em energia calrica, desde que no estejam devidamente lubrificadas, que tm como principais agentes:

Mancais

Polias

Esteiras

REAES QUMICAS

Inmeras substncias qumicas podem ocasionar incndios devido SUS reaes, e dentre elas podemos destacar o cido sulfrico e a cal virgem, que em contato com a gua reagem despendendo uma grande quantidade de calor.

COMBUSTO EXPONTNEA

o processo pelo qual os corpos se inflamam sem a necessidade de uma chama ou fasca de ignio.

Podemos tomar como exemplo materiais de origem orgnica que durante sua estocagem ou decomposio podem dar incio a uma combusto espontnea gerando um incndio.

Existem ainda outras causas que podem provocar incndios como raios, calor solar, vulces, meteoros, etc.

CLASSIFICAO DAS CAUSAS DE INCNDIO

1. Causas naturais

So as causas que no dependem da vontade do homem, como os raios, vulco, terremoto, combusto espontnea, etc...

2. Causas acidentais

Chamas expostas, eletricidade, bales, etc...

3. Causas criminais

Fraudes para recebimento de seguros, para ocultao de crimes, piromania, etc...

MEDIDAS DE PREVENO

Aps a exposio das causas mais comuns de incndios podemos adotar algumas medidas que podem minimizar o risco de incndios:

Quando do trabalho com chama exposta certificar-se de que o local da realizao dos trabalhos no possui materiais inflamveis ou combustveis prximos;

Cobertura de tubulaes de passagem de produtos

Manter sempre um extintor de incndio prximo aos trabalhos com chama exposta;

No permitir gatos ou gambiarras em circuitos eltricos;

No aumentar as sadas das tomadas utilizando-se benjamins;

Verificar se mquinas e equipamentos esto desligados e seus plugs retirados das tomadas ao trmino do expediente;

Manter equipamentos de combate a incndios desobstrudos;

No deixar materiais combustveis ou inflamveis prximos a tomadas ou painis

No deixar materiais combustveis ou inflamveis prximos a tomadas ou painis eltricos;

Identificar os processos de produo que possam gerar energia calrica e adotar as medidas preventivas necessrias;

Estes so alguns pontos ora relacionados, mas o brigadista deve utilizar de seu conhecimento dos processos produtivos e de perspiccia para localizar outros pontos e adotar as medidas preventivas necessrias.VI. MTODOS DE EXTINO

Para que o combate ao fogo seja realizado de maneira eficiente, o brigadista deve conhecer tambm os mtodos de extino a fim de deles se utilizar corretamente.

So trs os mtodos de extino:

RESFRIAMENTO que quando se retira o calor

ABAFAMENTO que quando se retira o comburente (oxignio)

ISOLAMENTO que quando se retira o combustvel

RESFRIAMENTO

o mtodo mais comum de extino de incndios, ou seja, quando baixamos a temperatura do combustvel at um ponto onde no exista mais a possibilidade de desprendimento de gases ou vapores.

Em grandes quantidades a gua tem a capacidade de absorver uma grande quantidade de calor e pode ser aplicada na forma de jato pleno, neblina ou incorporada espuma.

ABAFAMENTO

A grande maioria dos combustveis s queima na presena do oxignio (comburente), presente na atmosfera a uma quantidade de 21%, portanto se conseguirmos retir-lo o fogo ser extinto.

Quando a porcentagem de oxignio limitada ou reduzida 15% o fogo deixa de existir, o que conseguido atravs da diluio com gs carbnico ou espuma mecnica.

Convm lembrar que certos materiais queimam em concentraes muito baixa de oxignio, como ocorre com a madeira (slido) ou o acetileno (gs) que necessitam de menos de 4% de oxignio para manterem a combusto.

ISOLAMENTO

A retirada do combustvel diminui muito o vulto que tomaria o incndio, pois estaria diminuindo as possibilidades de propagao do fogo por contato ou conduo.

Muitas vezes a retirada do combustvel perigosa e difcil, mas h excees.

O combustvel poder ser retirado isolando-o, bloqueando seu suprimento, transferindo-o, etc., sempre que houver condies de segurana para a equipe que est realizando o trabalho.

Um quarto mtodo a interrupo da reao em cadeia entre o combustvel e o agente oxidante. Estudos realizados nos ltimos anos tm demonstrado que o conceito de remover o calor, o combustvel e comburente para extino do fogo no se aplica quando so utilizados o p qumico seco ou compostos halogenados. Estes agentes inibem o produto da queima, resultando na diminuio da velocidade da combusto a velocidade da evoluo do calor com conseqente extino do fogo.

VII. AGENTES EXTINTORES

Todo material que por ventura possa ser utilizado no combate ao fogo podemos considerar como agente extintor.

So certas substncias qumicas, lquidas ou gasosas, que so utilizadas para extino de um incndio, dispostas em aparelhos portteis de utilizao imediata (extintores), conjuntos hidrulicos (hidrantes) e dispositivos especiais (sprinklers ou baterias fixas de CO2).

GUA

o mais comum e mais utilizado agente extintor utilizado no combate ao fogo, sendo tambm o mais barato e o mais fcil de se encontrar na maioria dos casos.

utilizada principalmente nos incndios de classe A, quando necessitamos extinguir as brasas em pontos profundos do material incendiado. Para aumento da capacidade de penetrao da gua nestes materiais comum que se misture mesma detergentes ou agentes umectantes, que quebram a tenso superficial da gua, soluo esta que recebe o nome de gua molhada.

Com o esguicho regulvel, a gua pode ser aplicada em jatos de 30o aumentando o seu rendimento no que se refere rea a ser resfriada, alm de proteger ao mesmo tempo o brigadista ou bombeiro que se encontra manejando o esguicho. Tambm com o esguicho regulvel, podemos utiliz-la em forma de neblina, aumentando ainda mais o campo de aplicao, sendo muito utilizada nesta forma para combater incndios da classe B.

H ainda, o vapor dgua, muito utilizado em locais onde os agentes convencionais no podem ser utilizados ou por qualquer motivo se tornem ineficazes, agindo, neste caso, por abafamento.

Utilizamos ainda a forma de espuma, que formada quase que exclusivamente por gua mais um agente espumante Lquido Gerador de Espuma (LGE) que pode ser base de protenas ou sinttico. obtida atravs de um sistema de aerao e batimento em um esguicho especial chamado de canho lanador de espuma.

Nos lquidos inflamveis ou combustveis, a espuma forma uma pelcula em sua superfcie isolando-o do ar ambiente extinguindo o fogo por abafamento.

Toda vez que lquidos imissveis so agitados juntos e um dos lquidos se dispersa atravs do outro em forma de pequenas gotculas, forma-se uma emulso. Pode-se obter por este mtodo a extino de incndios em lquidos inflamveis viscosos, pela aplicao de gua, pois o efeito de resfriamento que proporcionar na superfcie destes lquidos, impedira a liberao de seus vapores inflamveis.

Normalmente na emulsificao, gotas de inflamveis ficam envolvidas individualmente por gotas de gua, dando no caso dos leos, um aspecto leitoso.

Com alguns lquidos viscosos a emulsificao apresenta-se na forma de uma espumao que retarda a liberao de vapores inflamveis.

Precisam ser tomados cuidados especiais na utilizao deste mtodo em lquidos com grande profundidade, pois o efeito de espumao pode ser violento, a ponto de derramar o lquido para fora do tanque que o contm.

O efeito da emulsificao pode ser obtido por meio de jatos de neblina de alta velocidade com partculas pesadas.

Jatos plenos devem ser evitados nos lquidos inflamveis viscosos, pois podem ocasionar violenta efervescncia com grande espumao (superebulio).

Incndios em materiais solveis em gua podem, em alguns casos, serem extintos por diluio.

Por exemplo, a diluio tcnica pode ser realizada com sucesso em incndios envolvendo lcool etlico ou metlico derramado e espalmado no solo, onde for possvel estabelecer-se uma adequada mistura de gua e lcool no inflamvel, no sendo esta tcnica recomendvel para extino em tanques ou recipientes contendo grandes quantidades de inflamvel.

GS CARBNICO

Trata-se de um gs mais pesado que o ar e age por abafamento. Possui tambm a ao de resfriamento e pode ser utilizado em qualquer tipo de incndio, sendo, porm mais eficiente em incndios em equipamentos eltricos energizados.

O dixido de carbono ou simplesmente gs carbnico, composto de carbono e oxignio. Neste gs o carbono est ligado ao mximo de tomos de oxignio que quimicamente pode adquirir, portando no pode ocorrer nova oxidao e conseqentemente isto determina que este gs incombustvel.

Embora no seja txico, pode ocasionar asfixia, pois quando liberado provoca o deslocamento do ar respirvel, substituindo .

So armazenados em cilindros de ao e quando liberado da compresso, se vaporiza e sua rpida expanso abaixa violentamente a temperatura que pode chegar a menos 78o C, sendo que parte do gs se solidifica em pequenas partculas formando uma neve carbnica conhecida como gelo seco.

O gs carbnico utilizado para extino de incndios especiais, onde exigido um agente extintor no condutor de eletricidade ou que no deixe resduos, que no tenha ao prejudicial sobre os equipamentos ou pessoas.

Pode ser utilizado para o servio de extino de incndio por meio de extintores portteis, carretas, instalaes fixas e carros especiais.

Como agente extintor tem inmeras qualidades: no corrosivo, no produz estragos, no deixa resduos, fornece sua prpria presso para funcionamento dos extintores, penetra e se espalha por todos os lados, no conduz eletricidade, etc.

Apesar de ser um timo agente extintor, possui limitaes como:

superfcies quentes e em brasas, pois estas podem reacender aps a dissipao do gs;

materiais que contenham oxignio em sua composio, pois neste caso h um auto suprimento de comburente e devemos usar os agentes oxidantes como o nitrato de celulose ou permanganato de potssio;

produtos qumicos reativos como o sdio, o potssio, o magnsio, o titnio e o zircnio, ou os envolvendo hidretos metlicos que decompem o gs carbnico.

considerado satisfatrio para proteo nos seguintes riscos:

materiais inflamveis lquidos e gasosos;

equipamentos eltricos energizados;

motores e mquinas que utilizam gasolina ou outros combustveis;

muitas substncias qumicas perigosas;

auxilia na extino de combustveis comuns como o papel, madeira, tecido, etc., sendo neste caso bastante efetivo quando usado em compartimentos fechados pelo sistema de inundao total.

P QUMICO SECO PQS

Os principais produtos qumicos utilizados na produo industrial normal dos ps qumicos para agentes extintores so:

bicarbonato de sdio

bicarbonato de potssio

cloreto de potssio

uria-bicarbonato de potssio

fosfato de monoamnio

Tambm diversos aditivos so misturados a estes produtos bsicos a fim de melhorar suas caractersticas de armazenamento, fluidez, repelncia gua, resistncia aglomerao e resistncia vibrao.

Os aditivos mais comuns utilizados so os estearatos metlicos, tricloreto de fosfato e polmeros de silicone, que recobrem as partculas do p para torn-las soltas e fluentes, resistentes ao empedramento, umidade e vibrao.

O p necessita ser estvel s temperaturas normais e baixas, entretanto, como alguns de seus aditivos podem se fundir tornando-se pegajosos sob a ao de altas temperaturas, normalmente se recomenda uma temperatura mxima para armazenamento de 60o C (140o F).

Os ingredientes utilizados atualmente nos ps qumicos no so txicos, mas uma descarga de grande volume pode causar dificuldades respiratrias temporrias durante e imediatamente aps, alm de dificultar seriamente a viso.

O tamanho das partculas de p variam entre 10 e 75 micras, sendo que, seu tamanho muito importante na sua eficincia extintora, exigindo um cuidadoso controle no excedam ou fiquem alm do tamanho ideal (mdia ideal entre 20 e 25 micras).

O sucesso na aplicao de qualquer agente extintor depende quase sempre da forma que este utilizado pelo operador, no caso do p qumico segue abaixo algumas regras bsicas:

O efeito extintor aumenta na proporo que a rea de queima seja envolvida por nuvem de p, pois abrangendo toda a superfcie de queima, esta interrompe a reao em cadeia a um s tempo;

A nuvem de p deve pairar sobre a superfcie em chamas a uma altura entre 30 e 40 centmetros;

A nuvem de p somente ser obtida sobre a superfcie em combusto, se for respeitada uma determinada distncia entre a pistola do aparelho extintor e a superfcie em chamas, variando de trs a cinco metros para extintores e de cinco a dez metros para unidades mveis providas de pistolas.

No havendo distncia, ou sendo ela muito pequena, entre a pistola do aparelho extintor e a superfcie em chamas, o p atingir as chamas em forma de jato e ter seu efeito muito reduzido, aumentando o consumo;

Sendo muito grande distncia a nuvem de p se formar antes da rea de queima e o efeito ser praticamente nulo;

Em qualquer circunstncia o fogo dever ser atacado na direo do vento, no s para que este no desfaa a nuvem de p, como tambm para que o brigadista esteja protegido pela prpria nuvem;

Para uma rpida e melhor formao da nuvem de p recomenda-se logo aps o acionamento da pistola, realizar movimentos laterais com a mo, como um pndulo, realizando um trajeto em zig-zag;

Outra forma de produzir a nuvem de p dirigir o jato slido para o solo, nas proximidades do incndio. A nuvem se forma prximo parede de chamas e empurrada para dentro do incndio medida que o brigadista avana, saturando o ambiente e extinguindo o fogo rapidamente;

Na extino com PQS, como com qualquer outro agente extintor, importante notar que a vazo do agente influi decisivamente no sucesso. Quando a vazo pequena nenhuma quantidade de agente extintor capaz de controlar o incndio;

Se um aparelho extintor for insuficiente para garantir boa vazo de PQS, em razo do volume do fogo, recomenda-se a utilizao conjunta de dois ou mais aparelhos;

H casos onde existe obstculos na rea do fogo, os quais seriam uma barragem para o p, atrs do qual o fogo no se extingue. Deve-se ento utilizar um segundo extintor para extino dos focos secundrios.

VIII. EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIOS

EXTINTORES

Todos os estabelecimentos devero ser dotados de extintores de incndio portteis, inclusive os dotados de chuveiros automticos, a fim de combater as chamas em seu incio, devendo serem apropriados classe do fogo a extinguir, conforme descrito abaixo:

Espuma Mecnica dever ser utilizado em incndios das classes A e B.

Dixido de Carbono (CO2) dever ser utilizado em incndios das classes B e C, embora possa ser utilizado nos de classe A.

P Qumico Seco dever ser utilizado para os incndios das classes B e C.

gua Pressurizada ou gua Gs dever ser utilizada em incndios da classe A.

Os extintores devero ser inspecionados pelo menos uma vez por ms, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres e os manmetros quando o extintor for do tipo pressurizado.

Os cilindros dos extintores de presso injetada devem ser pesados semestralmente, e se a perda de peso for alm dos 10%, dever ser providenciada a sua recarga.

Devem, os extintores, possuir uma etiqueta de identificao presa em seu bojo, constando data da carga, data para recarga, e nmero de identificao, devendo esta ser convenientemente protegida a fim de que estes dados no sejam danificados.

Chamamos de extintores portteis as unidades extintoras que possuem as seguintes caractersticas referentes sua capacidade:

gua Pressurizada

P Qumico Seco

CO2Espuma Mecnica10 litros

1, 4, 6, 8 e 12 kg

4 e 6 Kg

9 litros

Acima destas capacidades os extintores obrigatoriamente devem ser sobre rodas, j sendo caracterizados como carretas.

Ainda podem ser pressurizados, ou seja, j possuem presso interna de trabalho ou de presso injetada, quando o extintor possui em sua lateral uma ampola de nitrognio que deve ser aberta antes do uso, a fim de pressurizar o cilindro tornando-o apto para o uso.

Os extintores de gua pressurizada, p qumico seco e espuma mecnica possuem manmetros que indicam as condies de presso de trabalho, sendo normalmente compostos de trs cores:

VERMELHO: o extintor est sem pressurizao ou descarregado

VERDE: o extintor est em condies normais de operacionalidade

BRANCO OU AMARELO: o extintor est com presso acima do normal.

Os extintores devero estar localizados em locais onde haja menos probabilidades do fogo bloquear o seu acesso, e bem sinalizados alm de terem que ter fcil acesso.

Devem possuir sinalizao area e de solo, imediatamente abaixo do extintor, a qual no poder ser obstruda de forma alguma, devendo esta rea ter no mnimo 1m x 1m, no podendo os mesmos terem a sua parte superior a mais de 1,60 m acima do piso.

SELEO DE EXTINTORESCLASSES DE INCNDIOGS CARBNICO (CO2)P QUMICO SECO

(PQS)ESPUMAGUA

CLASSE A

Fogo em materiais combustveis comuns, tais como papel, papelo, tecidos, madeira, onde o efeito de resfriamento pela gua ou solues contendo gua de primordial importncia.NO RECOMENDADO

Apaga o fogo somente na superfcieNO RECOMENDADO

Apaga o fogo somente na superfcieRECOMENDADO

Apaga por resfriamento e abafamentoEXCELENTE

Resfria, encharca e apaga totalmente.

CLASSE B

Fogo em lquidos inflamveis, graxas, leos e outros semelhantes onde o efeito abafante primordial.RECOMENDADO

No deixa resduos e inofensivo. Age por diluio do oxignioEXCELENTE

Abafa rapidamenteEXCELENTE

Produz um lenol de espuma que abafa o fogoNO RECOMENDADO

CLASSE C

Fogo em equipamentos eltricos energizados, onde a extino deve ser feita com material no condutor de eletricidade.EXCELENTE

No deixa resduos, no danifica e no conduz eletricidade.BOM

No conduz energia eltricaNO RECOMENDADO

condutora e danifica o equipamentoNO RECOMENDADO

condutora

CLASSE D

Fogo em metais como o magnsio, titnio, alumnio em p e outros onde a extino dever ser feita por meios especiais.NO RECOMENDADORECOMENDADO

Compostos qumicos especiais, sal gema, grafite, areia, monofosfato de amnia.NUNCANUNCA

HIDRANTES

O sistema de proteo por hidrantes, composto pelo conjunto de canalizaes, abastecimento de gua, vlvulas ou registros, colunas ou tomadas dgua, mangueiras de incndio, esguichos, chaves de mangueiras e meios de aviso e alarme.

O conjunto compreende:

ABRIGO

ESGUICHO

REQUINTE

MANGUEIRAS

CHAVES DE UNIO

ENGATES RPIDOS

Compartimento destinado a proteger as mangueiras e demais pertences do hidrante.

Dispositivo destinado a formar e orientar o jato de gua.

Bocal rosqueado ao esguicho, destinado a dar forma ao jato.

Tubo flexvel, constitudo internamente de borracha e protegido externamente com lona

Peas destinadas a facilitar a conexo das unies ou engates.

Peas localizadas nas tomadas de gua e mangueiras, destinadas a interligar e conectar as mesmas ao sistema de hidrantes.

Os pontos de captao de gua e os encanamentos de alimentao devem ser acionados e testados freqentemente, a fim de evitar o acmulo de resduos.

Existe ainda, uma infinidade de acessrios que utilizamos em conjunto com o sistema hidrulico de combate a incndios, tais como derivantes, redutoras, proporcionadores entre outros, que trataremos com o decorrer do treinamento.

Alm destes materiais anteriormente citados, temos ainda os equipamentos de arrombamento e corte, que servem para a abertura de portas e paredes, para retirarmos materiais combustveis do trajeto do fogo, etc., que compreendem os machados, marretas, alicates de corte, corta vergalhes, etc.

Outro equipamento de suma importncia para os brigadistas e o EPI, pois estes protegem os brigadistas permitindo que os trabalhos de extino, rescaldo, salvamento ou qualquer outro seja possvel.

Os principais so:

Capacete com viseiras refratrias

Luvas em Nomex ou Neoprene

Capas em Nomex ou Neoprene

Mscaras autnomas

Luvas de procedimento em caso de socorro

Botas isolantes e resistentes cortes.

Balaclavas em Nomex

IX. EQUIPAMENTOS DE DETECO, ALARME E COMUNICAO

SISTEMAS DE DETECO E ALARME

Enderevel

composto de equipamentos apropriados e de alta tecnologia que realizam o gerenciamento, superviso e sinalizao precisa ponto a ponto do sistema, proporcionando fcil interpretao das informaes registradas pela central de alarme no exato momento da ocorrncia do sinistro, e garante segurana e confiabilidade alm de permitir maior preciso na deteco de um eventual foco de incndio.

Este sistema possui uma rede de detectores de calor e fumaa e botoeiras de alarme, interligados a uma central de deteco. No caso da ocorrncia de um princpio de incndio, o sensor que o detectou, envia uma mensagem para a central que imediatamente aciona o alarme e mostra no painel o ponto exato da ocorrncia.

Esta central possui a vantagem de que, se por qualquer motivo, um ponto apresentar defeito ou ocorrer uma perda em determinada seco, no compromete nenhum outro trecho do sistema.

Convencional

Da mesma maneira que o sistema enderevel, este sistema possui sensores e botoeira ligados a uma central, s que em vez de mostrar o ponto exato de uma ocorrncia, mostra apenas a rea que est ligado.

Se, por qualquer motivo houver o seccionamento de uma parte da rede, toda a rede aps a parte seccionada no funcionar.

Existe ainda sistemas de deteco interligados a sistemas de combate a incndios automticos, que quando detectam a presena de fumaa ou calor, acionam sistemas de supresso de gs carbnico ou heptafluoropropano, que um gs ecologicamente limpo.

Estes gases inundam o ambiente a ser protegido extinguindo o incndio, mas so recomendados para ambientes onde no existe a permanncia de pessoas, pois so asfixiantes simples.

Quando utilizados em reas onde existe pessoas devem possuir um sistema de retardamento, a fim de que do acionamento do alarme at seu disparo, as pessoas tenham tempo de se evadirem.

Sistemas de Comunicao

Um bom sistema de comunicao interno fundamental para que o combate a sinistros seja realizado eficientemente,

Este sistema deve prever desde o acionamento de brigadistas e Coordenador de Emergncias fora da empresa at pessoal de diretoria e gerentes de rea.

Deve haver tambm um sistema capaz de avisar as pessoas o mais rapidamente possvel, para que as aes apropriadas possam ser desenvolvidas, como a evacuao de uma rea ou do prdio como um todo.

X. TCNICAS DE COMBATE INCNDIOS E ABANDONO DE REA

Neste captulo iremos discutir normais gerais que se aplicam ao combate direto a um sinistro, pois no existem livros nem instrues que possam ensinar as regras ou maneiras exatas para que haja o domnio de um determinado incndio., contudo, existem certas prticas que quando seguidas aumentam as possibilidades de xito no combate ao fogo.

O combate ao fogo pode ser comparado a uma batalha na qual se enfrenta um inimigo: O FOGO. Em toda operao de combate existem trs fases que devem ser consideradas:

a) A preparao

b) A Ttica

c) A tcnica

A preparao levada a efeito antes do fogo se manifestar e compreende os meios e disposies preventivas contra os incndios. E, enfim, a preveno contra incndios.

A ttica compreende o estudo do emprego adequado, no momento do fogo, de todos os meios providenciados na preparao, conjugando-os de modo a se obter o mximo de eficincia no mais curto espao de tempo possvel.

A tcnica compreende a maneira como so utilizados acertadamente todos os meios disponveis.1. PREPARAO

Da preparao Preveno compreende, segundo o seu prprio nome, a preparao do campo onde se dar o combate ao inimigo fogo. Para isso, deve-se criar as maiores dificuldades possveis para que, em caso de um princpio de incndio surgir, os meios de combate devero estar disponveis para ataque imediato.

A preparao deve ser sempre melhorada, e por este motivo, quando do surgimento de um princpio de incndio, este deve ser minuciosamente analisado para que tiremos o mximo de proveito dos ensinamentos que possa oferecer, providenciando imediatamente as correes e adotar as medidas preventivas que se fizerem necessrias.

2. TTICA DE INCNDIO

Comea com o preparo dos membros das equipes no que se refere sua instruo individual e coletiva, na distribuio do material de combate previamente estudado segundo a preveno contra incndios.

Em qualquer luta que tenhamos que enfrentar, devemos nos estabelecer em terreno seguro e com os meios suficientes para atacarmos o inimigo em seus pontos fracos. Esta uma idia bsica para combatermos qualquer inimigo, inclusive o fogo.

Para que tenhamos xito em um combate, devemos conhecer as armas inimigas, que no nosso caso so as que contribuem para o desenvolvimento do fogo, e contra elas, que as nossas aes devem se direcionar:

a) O tempo decorrido entre o incio do fogo e o comeo do combate

Exige dos brigadistas e bombeiros, rapidez, bons conhecimentos e treinamento, que desta maneira reduziro ao mnimo o tempo necessrio para o estabelecimento dos dispositivos de ataque ao fogo. Na preparao, os meios de combate devem ser oferecidos equipe que atua diretamente no combate, o mais perto possvel da rea de atuao.

b) Propagao do fogo durante aquele perodo

Os componentes da brigada de incndio, devem estar psicologicamente preparados para enfrentarem o fogo, pois durante os exerccios, dificilmente sero criadas condies e situaes idnticas s de um incndio real, o que poder ocasionar dificuldades em relao ao pessoal se esta providncia no for tomada.

Um exerccio de extino ao ar livre, onde, por exemplo, coloca-se um tanque regular de leo para queimar, teremos condies de calor e fumaa bastante sensveis, entretanto, estas condies sero muito mais sensveis se colocarmos este mesmo tanque dentro de um edifcio. Quando o incndio, nesta situao for verdadeiro, existem mais dois fatores que devem ser considerados: a propagao e a surpresa.

c) Velocidade de combusto e poder calorfico do material da queima

Estes fatores muito contribuem para um rpido desenvolvimento do incndio e determinar as dificuldades em combat-lo.

Este fator tem seu potencial reduzido pela preveno atravs do armazenamento dos materiais inflamveis, explosivos e perigosos, em locais apropriados e em quantidades limitadas dentro dos requisitos de segurana recomendveis e adoo dos meios adequados de extino segundo o combustvel.

Aps a anlise de todos os fatores que favorecem o incndio, podemos concluir que o sucesso do combate ao fogo depender principalmente do equipamento adequado disponvel, da eficincia do treinamento das equipes da brigada, das reservas de gua para incndio e das condies atmosfricas.

No momento de um sinistro, o Coordenador de Emergncias dever realizar um reconhecimento prvio do local, embora o mesmo j deva ser por ele conhecido. Este reconhecimento dever ser feito em conjunto equipe de explorao, que se necessrio far os arrombamentos necessrios, enquanto as equipes de combate e retaguarda preparam e armam o material para ataque.

No reconhecimento deve ser verificado se h pessoas no interior da rea sinistrada a serem retiradas, certificar-se sobre o que est queimando e sua exata localizao, as possibilidades de propagao do fogo, o foco do incndio e a sua extenso, o acesso e os pontos onde deve iniciar o combate.

Imediatamente aps estas verificaes, dar as ordens considerando as observaes feitas.

Deve tambm concluir sobre os perigos a que ficaro expostos os membros das equipes da brigada, como perigos de exploso, desmoronamentos, intoxicaes, etc.

O combate deve ser conduzido diretamente ao fogo, atacando-o de frente, lateralmente, e sempre procurando envolv-lo para cortar o seu alastramento.

Entretanto as circunstncias que o fogo se manifesta e as do terreno so fatores que ditaro qual o meio de ataque mais apropriado.

3. TCNICA DE INCNDIO

A ttica de incndio s ser empregada com xito no combate ao fogo, quando os membros das equipes da brigada que a empregarem conhecerem suficientemente a tcnica de extino de incndios, o emprego do agente extintor adequado e o conhecimento do emprego tcnico de todo material de bombeiro, usando-o sempre corretamente.

Devido a inmeros fatores que cercam o desenvolvimento de um incndio, so diversos os problemas que se apresentam ao se atacar um sinistro. Para solucion-los em tempo oportuno no interior de um estabelecimento, necessitamos conjugar todos os fatores acima estudados, ou melhor: Dentro de uma organizao perfeita devemos ter uma preparao adequada do terreno onde segundo a tcnica certa, ser desenvolvida uma ttica de combate que proporcionar um rpido domnio do incndio.

Nos estabelecimentos com boa organizao de proteo contra o fogo, inicia-se o combate contra incndios, pela defesa individual, que compreende o conhecimento do uso do aparelhamento primrio de combate por todos os empregados que no fazem parte da brigada de incndio, aos quais, devem ser ministrados, alm do conhecimento sobre os extintores, como dar um alarme, como proceder em caso de um incndio em seu setor de trabalho como desligar mquinas, desimpedir caminhos, afastar determinados materiais, etc.

Entretanto, toda vez que o fogo for dominado por estes empregados, caber a brigada verificar se o fogo no se espalhou no interior de mquinas, dutos e outros espaos fechados e quando necessrio far salvamento de mquinas, produtos e estoques.COMBUSTVEL

COMBURENTE

CALOR

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