Aposto e Vocativo

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Aposto e Vocativo Aposto Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir: Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro. Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração. Observe a próxima: Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem. Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos. Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. Há alguns tipos de apostos: Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro. Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais. Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua. Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores,professores , todos devem comparecer à reunião. Vocativo Observe as orações: 1. Amigos, vamos ao cinema hoje? 2. Lindos, nada de bagunça no refeitório! Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que:

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Aposto e Vocativo

 Aposto

Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir: 

Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro. 

Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da

oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração. 

Observe a próxima: 

Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem. 

Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram

eles... Eles quem? Os meninos. 

Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona

com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. 

Há alguns tipos de apostos: 

• Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento

barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro. 

• Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio

Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais. 

• Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo

anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno,

cola, tesoura, apontador e régua. 

• Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares,

coordenadores,professores, todos devem comparecer à reunião. 

Vocativo 

Observe as orações: 

1. Amigos, vamos ao cinema hoje? 

2. Lindos, nada de bagunça no refeitório! 

Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas

ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na

primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que: 

Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por

meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.

Vozes do Verbo

Como já é do nosso conhecimento, a classe gramatical ora denominada de “verbo”, é aquela,

dentre as demais, que mais apresenta flexões. Tais flexões referem-se a tempo, modo, pessoa

e número e voz. 

Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão

diretamente ligadas à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao

sujeito. 

No objetivo de compreendermos melhor como se forma todo este processo, as estudaremos

detalhadamente, priorizando conceitos seguidos de seus respectivos exemplos: 

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Voz ativa 

Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o

exemplo: 

O repórter leu a notícia

Sujeito agente Verbo na voz ativa

Voz passiva 

Nela, a situação se inverte, pois o sujeito torna-se paciente, isto é, ele sofre a ação expressa

pelo fato verbal. Vejamos: 

A notícia foi lida pelo repórter

Sujeito paciente Verbo na voz passiva

Podemos perceber que o agente, neste caso, foi o repórter, que praticou a ação de ler a

notícia. 

A voz passiva apresenta-se em dois aspectos: 

Voz passiva sintética – Formada por um verbo transitivo direto (ou direto e indireto) na

terceira pessoa (do singular ou plural) mais o pronome “se” (apassivador). 

Exemplo: 

Praticaram-se ações solidárias

Voz passiva sintética Sujeito paciente

Voz passiva analítica – Formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um

verbo transitivo direto (ou direto e indireto). 

Exemplo: 

Ações solidárias foram praticadas

Sujeito paciente Voz passiva analítica

foram – verbo ser / praticadas - particípio

Voz reflexiva 

Ocorre quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, ou seja, ele tanto pratica quanto

recebe a ação expressa pelo verbo. Conforme demonstrado a seguir: 

A garota penteou-se diante do espelho

Sujeito agente Verbo na voz reflexiva

É importante entendermos que desta forma a garota praticou a ação de pentear-se e recebeu a

ação de ser penteada.