Aprendizes e Feiticeiros - A Era dos Extremos - Eric Hobsbawn

13
Ciência , Tecnologia e Sociedade Aula 4 Hobsbawn Vitor Vieira Vasconcelos BC0602 Fevereiro de 2017

Transcript of Aprendizes e Feiticeiros - A Era dos Extremos - Eric Hobsbawn

Ciência, Tecnologia e SociedadeAula 4 – Hobsbawn

Vitor Vieira Vasconcelos

BC0602Fevereiro de 2017

Conteúdo

Recapitulação das aulas anteriores A Era dos Extremos Efeitos sociais do desenvolvimento

tecnológico

O que vimos até o momento

Definição de Ciência, Tecnologia e Sociedade Modelo linear e circular de desenvolvimento científico,

tecnológico, econômico e social Participação popular nas políticas de C&T Controvérsias e Paradigmas Científicas Robert Merton

• Ethos Científicoo Universalidadeo Comunismoo Desinteresseo Ceticismo Organizado

• Totalitarismo e Democracia no desenvolvimento científico• Protestantismo e Desenvolvimento da Ciência• Efeito Mateus na Ciência

Eventos Extraclasse

Palestra: “Paradigmas conflictivos en la construcción de conocimiento para la gestión de riesgos y adaptación al cambio climático en ciudades”• 13 de março, 17:00• Alfa 1, Auditório, Campus SBC, UFABC• Palestrante: Fernando Aragón (IPCC)

As Eras de Eric Hobsbawn• das Revoluções (1789-1848)

o Revolução Industrialo Revolução Francesa

• do Capital (1848-1875)o Economia liberal

• dos Impérios (1875-1914)o Grandes potências e Colonialismo

• dos Extremos (1914-1991)o das Catástrofes (1914-1950)

Guerras Mundiais Crise de 1929

o Dourada (1950-1970)o Desmoronamento (1970-1991)

O Aprendiz de Feiticeiro

Poema escrito por Johann Wolfgang von Goethe, em 1797.

Orquestrado pelo compositor Paul Dukas em 1890

Curta metragem de animação da Disney em 1940

Relançado em 2000 ao fim da animação Fantasia

https://youtu.be/cqyVZK5yN1E

O Aprendiz de Feiticeiro

Menção no “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels (1848):

“A moderna sociedade burguesa, com suas relações de produção, de troca e de propriedade, sociedade que conjurou gigantescos meios de produção e troca, assemelha-se ao feiticeiro que perdeu o controle dos poderes infernais que pôs em movimento com suas palavras mágicas.”

Como Eric Hobsbawn interpreta a história do “Aprendiz de Feiticeiro”?

Conclusão da Era dos Extremos

Não se atreve a tentar prever o que será o século XXI• Era de incertezas de valores e instituições• Não se sabe o que virá:

o Teoria do Caoso Novas descobertas científicas

Forças geradas pela economia tecnocientífica tem risco de destruir as fundações materiais da vidahumana

Riscos de Colapso no Século XXI Catastrofe:

• Global: matar a maior parte da vida na terra, mas permiterecolonização

• Existencial: extinção da humanidade

Possíveis riscos?• Pandemias geneticamente modificadas• Guerras mundiais (nucleares, biológicas, nanotecnológicas)• Acidentes científicos (física quântica, nanotecnologia)• Inteligência artificial• Modificação da espécie humana (genética, cyborgs)• Mudanças Climáticas• Geo-engenharia

BOSTROM, Nick; CIRKOVIC, Milan M. Global catastrophic risks. Oxford University Press, 2011COTTON-BARRAT, Owen, et al. (2016) Global Catastrophic Risks. Global Challenges Foundation. Available at: http://globalprioritiesproject.org/wp-content/uploads/2016/04/Global-Catastrophic-Risk-Annual-Report-2016-FINAL.pdfHAWKING, Stephen. Life in the Universe. Public Lecture. 2016. Available at: http://www.hawking.org.uk/life-in-the-universe.html

Visões criticadas de ciência

Ateórica• Descobertas por acaso, sem levar em conta o

contexto educacional do cientista

Rígida• Só haveria um método científico

Ahistórica• Sem considerar o contexto social passado

(causas e limitações)

Acumulativa linear• Ignora crises científicas e revoluções paradigmáticas

CEREZO, J. A. L. et al. Introdução aos estudos CTS. Cadernos de Ibero-América. Ed. OEI, v. 1, p. 172, 2003.

Visões criticadas de ciência

Individualista• Esquece a comunidade científica no entorno do

pesquisador

Elitista• A ciência só deve ser tratada por

“mentes previlegiadas”

Socialmente neutra• Objetivos e valores do cientísta• Financiamento da pesquisa

CEREZO, J. A. L. et al. Introdução aos estudos CTS. Cadernos de Ibero-América. Ed. OEI, v. 1, p. 172, 2003.

Causalidade Imparcialidade

Não tomar partido entre: Verdade ou falsidade Racionalidade ou irracionalidade Êxito ou fracasso

Simetria Explicar o que é verdadeiro Refutar o que é falso

Reflexividade Possível de ser analisado sociologicamente

12

O que faria um programa forte de desenvolvimento científico

Bloor, D. (1976/1992) Conocimiento e imaginario social. Barcelona, Gedisa, 1998

Dúvidas?Comentários?

Obrigado!