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Apresentação

Então você atraiu o seu novo amor... e a partir daí começa a prova real, os desafios mesmo. Você até pode achar que não foi tão difícil arrumar esse novo amor, ou talvez em algum caso não pode ter sido difícil. Mas não acabou aqui...você atrai seu novo amor e acabou? Não acabou, tem muita coisa a fazer. Você vai tentar se sabotar, isso é uma coisa do ser humano mesmo. Por exemplo, você vai estar lá, se sentia sozinho e triste, pediu o novo amor, fez o curso, fez todos os métodos, rituais e o novo amor apareceu. Aí passou uma semana e você ouve aquela vozinha falar: “Ah, mas era tão bom quando eu era solteiro, agora to aqui, tem que vir toda quarta feira aqui, tem que lidar com o filho da pessoa, ou tem que lidar com o pai da pessoa, muita incomodação, era bom quando eu não tinha incomodação nenhuma.” As vezes passam essas vozinha pela cabeça da gente, não tem como não passar. Você tava lá triste, desanimado, queria alguém, pagaria tudo para ter um novo amor, aí você fez o curso do Valentine e a pessoa apareceu e agora passou uma semana e você tá querendo dar o pé, quer sair fora? É normal do ser humano. Um pouco disso é ingratidão. Porque você pede para o universo, e o universo manda, e ai não passa nenhuma semana, ou nenhum mês, você já começa a sair fora, por que não é bem o que você queria. Por que quando você tava solteiro você podia fazer coisas que agora não pode. O ser humano é assim mesmo. Ele demora para conseguir as coisas e quando ele consegue, ele se acostuma e logo quer deixar da coisa.

Então aqui você vai aprender a como não se sabotar. São várias auto sabotagens que a gente comete no relacionamento, e eu tenho bagagem suficiente pra saber disso. Foram muitos relacionamentos desfeitos e tal, e muitos por essa auto sabotagens que a gente cometia. Eu via que a pessoa tentava se auto sabotar também e não tinha paciência e dizia “então tá bom, você não quer... tá bom”.

Hoje eu entendo que aquilo era uma auto sabotagem, natural que todo mundo faz. A própria pessoa começa a procurar coisas pra sair fora. Não significa que ela não goste de você, ou que tenha se arrependido. Isso é do ser humano mesmo de querer voltar para a zona de conforto. A pessoa tava sozinha e era confortável, ela não tinha que dar satisfação pra ninguém, podia sair com os amigos a hora que quisesse. E quando você tá em um compromisso, você tem esse compromisso de dar satisfação. Não para tudo, mas o básico para mostrar que você tem algum respeito por aquela pessoa. Você fala, por exemplo, “vou viajar”, “vou na casa do meu pai”... Eu sempre gosto de comprovar.. “olha, não vou aí por que to com um amigo meu aqui e nós estamos tomando uma cerveja” e bato foto e mando pra minha namorada, não por que eu tenha medo dela. Acho que isso é um respeito que tem que ser recíproco. E ela também faz isso. Ela diz por exemplo “ hoje vou sair com uma amiga, tá Anderson?!”, e eu falo brincando “quero registro, tô brincando”. Depois eu falo assim: “tô brincando não, quero mesmo”. E ela aceita por

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que ela faz por que eu faço isso, entendeu? Ela dá satisfação por que eu dou satisfação. Isso é o mínimo em uma relação. Se você tá numa relação que existe uma combinação entre vocês que não precisa dar satisfação e cada um faz o que quer, é uma escolha de vocês. Eu acho que uma relação para dar certo tem que existir o respeito, você tem que dar satisfação dos seus passos …”tô indo assim em tal lugar”, ou se alguém te cantou, ou se alguém ta dando em cima de você. Até isso é uma auto sabotagem da qual vamos tratar num capítulo posterior.

Falar para a pessoa, não para causar ciúmes nela, mas para deixar claro.. “olha, alguém falou isso pra mim e pode ser que se você descobrir sem eu contar, talvez você interprete errado, então estou contando aqui. A pessoa falou um negócio pra mim e tal, eu falei pra pessoa que eu sou compromissado e tal”. Não falar isso para se achar ou para a pessoa achar que você está sendo disputado e que ela não tá com um cara que ninguém quer, não. Algumas pessoas fazem isso; tentam colocar ciúmes no seu namorado. e até isso, inclusive, é uma auto sabotagem da qual também trataremos em capítulo posterior.

Então é isso pessoal, aqui a gente vai trabalhar para manter aquilo que a gente conquistou com tanta dedicação. Não vamos jogar fora assim e vamos fazer isso durar. Existem essas técnicas, estudem, apliquem elas. Você vai se ver em algumas auto sabotagens aqui, e vai pensar “poxa isso é verdade, o Anderson tem razão. Isso acontece mesmo” e isso pode destruir um relacionamento que você demorou tanto tempo pra conseguir. Enfim, por mais que o universo sempre vá te prover com outro relacionamento, outro e outro, não sei se seria interessante você ficar pulando de um para outro, entendeu? Tenta manter esse que você conseguiu, dê o valor devido. Seja grato. Vamos trabalhar para manter isso aí. Estamos aqui pra isso e vamos te ajudar.

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Primeira auto sabotagem

A primeira auto sabotagem que vamos tratar aqui é agir como solteiro né. Se você quer ter um relacionamento então você deve agir como tal. Mas então você arruma um relacionamento e quer continuar agindo como solteiro? Não sei se vai dar certo, a não ser que sua parceira ou parceiro aceite isso, que tenham uma combinação de que cada um faz o que quer. Eu tenho minha opinião sobre isso de que não funciona, mas se você tá num que funciona, tenho que lhe dar meus parabéns. É uma raridade, você está num relação e age como solteiro e dá certo, aparece lá quando quer, cada um sai com quem quiser, sem dar satisfação… se isso dá certo pra você… não quero ser pretencioso de me colocar como dono da verdade, pois não sou, mas eu acho que agir como solteiro num relacionamento não funciona. É uma falta de respeito. É como se você fosse trabalhar em uma empresa e chegar a hora que quer. Não existe isso, se você assumiu o compromisso de trabalhar naquela empresa, você vai receber o salário. Numa relação você não recebe o salário, mas você recebe carinho, parceria. Usei o exemplo da empresa aqui porque é similar; você faz entrevista de emprego, é contratado e quando começa a trabalhar você começa a faltar, chegar atrasado. O que vai acontecer? Você vai ser demitido, porque você não entrou com a sua parcela de participação nesse emprego. E em um relacionamento é parecido. Você não precisa dizer que você quer que a pessoa tenha um compromisso com você, se ela é tua namorada e se você é namorado dela é claro que você tem que dar satisfação pra ela. Não que ela mande em você, mas porque faz parte desse jogo de ter um relacionamento você dar satisfação. Se não é pra dar satisfação então não precisa ter um relacionamento...então nesse caso “quando a gente se encontrar a gente se beija e vai pra cama, então... pode ser daqui 1 ano… vamos deixar o universo cruzar o nosso caminho e quando cruzar a gente se trata como namorado... então que seja assim”...

Na minha concepção, eu acho que quando você assume um relacionamento, você tem que saber onde a pessoa tá, onde ela trabalha. É claro que você não vai ficar lá investigando a vida dela... não vai falar “não vai pra esse lugar”, mas isso é um assunto pra outro capítulo esse negócio de ficar determinando os passos da pessoa. Você não deve determinar os passos da pessoa, mas deve saber onde ela trabalha ou onde ela vai, entendeu? Não como controle nem nada disso, mas mais como uma empresa mesmo. Você tem que saber onde a pessoa tá. Alguns podem me interpretar errado. Eu não sou ciumento ao ponto de botar uma coleira na minha namorada e vai até onde alcança a coleira, onde alcança a corrente. Não é bem assim. Eu dou espaço pra pessoa estudar, trabalhar, mas eu quero saber onde a pessoa tá. Vai fazer um curso de dança? Quem é? Como é que funciona lá? Quem são as pessoas? Eu não tô falando pra pessoa não ir. Eu só quero saber como é que é o ambiente , se o ambiente é ameaçador.

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Existem algumas coisas que ameaçam a relação. Por exemplo, quando você age como solteiro e você vai participar de uma coisa onde só tem solteiro... não é legal, entendeu? As pessoas lá tem uma outra cabeça, tem outro assunto e aquilo vai acabar contaminando seu relacionamento. Você pode ter um amigo solteiro sendo casado? Pode. Mas você frequentar um ambiente onde só tem solteiro, poxa, isso vai contaminar o seu relacionamento. Não vai dar certo, por que você vai começar a pensar como solteiro. Uma pessoa só não vai te influenciar a sair de um relacionamento. Um amigo seu falando ali que sai pra balada, que tá curtindo muito bem a vida de solteiro, isso até pode te deixar meio assim “ah, seria bom se tivesse lá com ele e tal”, mas não vai ser suficiente pra te tirar do teu relacionamento, mas um monte de amigo falando a mesma coisa... Um monte de solteiro falando isso e aquilo e tal. Não tem chance de você ficar nessa relação porque a provocação é muito grande, de todos os lados. A influência é muito grande. E mesma coisa as mulheres. Uma mulher que só anda com mulher solteira. Uma ou outra tudo bem, mas só mulher solteira?

Ah, Anderson você é muito caretão. Não é que eu seja caretão, eu já vi isso em muitos relacionamentos, então assim, eu não sou assim um cara que sabe de tudo, mas eu já vi isso se repetindo. É um padrão; A pessoa começa a andar muito com solteiros, aquela relação dela não dura muito, se ela é casada, no caso, Se a pessoa é casada e começa a andar só com solteiro, em ambiente onde tem solteiro. A relação dela não vai durar. Não é que eu seja pessimista nem nada, mas o hábito faz o monge. O que quer dizer isso, Anderson? Você não é só monge porque quer. Você tem que ter o hábito de monge para ser monge. Por que um monge tem que raspar a cabeça. Existe monge com a cabeça não raspada? Pode até existir, mas a maioria é cabeça raspada, com aquela túnica… mas enfim, o hábito faz o monge. Pra você ser monge tem que ter o hábito de monge, e pra você ser casado ou namorado de alguém, você tem que ter o hábito, a conduta de uma pessoa que namora. Se a sua conduta é de solteiro você não cabe em um relacionamento.

Quem é você pra falar isso, Anderson? Então tá, então se você discorda de mim, tente achar alguém que concorde com seu espírito selvagem de quem não quer ser dominado. Se você quer entrar para um relacionamento, você tem que aceitar um pouco de... não é submissão... mas de controle. E mesma coisa é uma empresa, se você quer trabalhar para uma empresa, você tem que aceitar as regras daquela empresa. Tem que entrar em tal horário. Não que isso tem que ir para um relacionamento, tipo “vem aqui todo dia tal horário”... não é bem assim, mas existe uma regra de conduta, como eu falei: O hábito faz o monge. Um monge não é um monge à toa só por que quer. O ser monge envolve um monte de

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determinantes ali, tem que fazer isso, fazer aquilo, e no relacionamento é a mesma coisa. Tá? Então não se sabote.

É claro que a pessoa não vai ter controle total sobre você e você não vai ser bobinho de fazer tudo que a pessoa quer e só viver em função dela, também não é bom você viver grudado na pessoa só em função dela. Você tem que ter a sua vida, você tem que ter os seus interesses, coisas diferentes, coisas que vocês não partilham. Não precisa ter tudo parecido, gostar de tudo que ela gosta, ir sempre onde ela vai. Isso é meio doentio. Você tem que ter o seu espaço só para você, mas desde que seja um espaço que não seja contaminado, ou que vá ameaçar a sua relação. Essa é a primeira auto sabotagem desse livro que devemos evitar a fim de ter um relacionamento saudável: não agir como solteiro se você tem um relacionamento , se você quer ficar num relacionamento.

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Segunda auto sabotagem

A outra auto sabotagem que vamos tratar aqui é de comparar o nosso atual amor com nossos ex amores. Isso é uma coisa que te leva a desistir as vezes de um relacionamento, que poderia muito dar certo, mas por que você fica comparando a sua atual ou seu atual com a sua ex ou seu ex, é um auto sabotagem muito perigosa e muitas pessoas fazem isso.

É uma coisa do ser humano , ele compara mesmo. Ele entra num carro e daqui a pouco ele troca de carro e vai fazer comparações de um carro com outro e tal. Mas quando isso vai para o campo do ser humano é complicado. Você não tem como comparar, é uma competição que só existe na sua cabeça. Cada pessoa é de um tipo e ninguém vai ser igual a ninguém e você querer que a sua atual ou o seu atual seja parecido com a sua ex... A pergunta que surge é “se era tão bom seu/sua ex, por que que não ficaram juntos”?

Quando eu era mais imaturo e tal, quando alguém me comparava...nunca aconteceu de alguém me comparar assim com ex, não a pessoa em si, mas alguém ligado a ela falava “Olha Anderson, você faz isso com ela, o outro fulano não fazia isso”. Eu pensava assim “poxa”, realmente tocava em mim, tipo assim, estão me comparando com um cara. A minha namorada não estava me comparando a nenhuma pessoa, mas alguém do convívio dela ficava me comparando. Isso mexe um pouco com o brio da pessoa. Cada caso é um caso. Na época eu não tinha maturidade pra responder desse jeito, mas hoje eu responderia que… “cara se fosse tão bom, eles estariam juntos até hoje”. Ela não ficou com ele por essa qualidade e essa qualidade não fez diferença. Se eles terminaram é por que ela focou mais em algum defeito. Eu posso realmente trabalhar essa qualidade, mas agora não me compare. Eu vou fazer de outro jeito, se ele fazia de um jeito eu vou fazer de outro jeito. E a mesma coisa é a pessoa que tá com você. Você não pode comparar a pessoa que tá com você hoje com ex amores seus.

Claro que você quer que aquelas qualidades se repitam nesse novo relacionamento, mas não compare. E pior se você falar, meu Deus se você falar... O meu pai, por exemplo, se separou da minha mãe depois de trinta e poucos anos de casamento e tal e ele fazia assim... Não quero falar mal do pai, até por que ele não ta mais aqui entre nós, já desencarnou e seria chato falar mal dele. Só estou usando o exemplo dele e não é só ele que fazia isso, muitos fazem. Ele falava para a nova mulher dele “olha, minha ex mulher fazia assim e você não está fazendo como ela fazia”. É chato isso né. “Minha ex mulher cozinhava muito bem, minha ex mulher fazia um empadão maravilhoso”.

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Na verdade, quando você compara alguém da sua vivencia hoje com alguém que não tá mais na sua vida hoje, você está anulando a pessoa que está com você hoje. Você está falando que as qualidades dela não são tão boas o suficiente como eram as da pessoa que você não está mais. Então não compare. A pessoa que você está hoje tem as qualidades dela hoje, e o incrível é que se você deixar dessa pessoa hoje você vai para um outro relacionamento e você vai comparar o seu outro relacionamento com essa pessoa de agora. Você vai dizer “poxa, deixei daquela pessoa porque ela não era tão boa comparada a fulana ou fulano”, mas num terceiro relacionamento, você também vai comparar essa pessoa com a que você deixou. Então, é um ciclo vicioso. Você nunca vai estar contente, se você ficar comparando os seus relacionamentos. Você vai de um para outro, de um para outro, sempre comparando e sempre você vai achar algum defeito ou alguma carência que esse atual tem e o outro não tinha. Então fica só nesse, não vai mudar por que o outro era isso e mais isso e aquilo..

Muitos no meio de um relacionamento novo, voltam para o X, para o primeiro. Vamos dizer, você deixou de uma pessoa, vai para um segundo relacionamento, talvez seja o terceiro ou quarto. Mas vamos usar o exemplo do segundo relacionamento. Você tinha um primeiro relacionamento e foi para o segundo, nesse segundo você começou a comparar a pessoa desse segundo relacionamento com o primeiro, e aí “ah, não está bom esse segundo, o primeiro era melhor”... daí você volta para o primeiro e quando você está lá no primeiro você começa a comparar esse primeiro com o segundo. “Ah peraí, ela realmente tem qualidades, mas lá no segundo, tinha outras coisas também boas”. Então você fica nessa de ir pra cá e pra lá, sempre se comparando com algo que você não tem.

Eu vou lhe ensinar um método, mas vai ser na próxima aula, porque daí já complementa uma coisa com a outra para você meio que fugir disso, de ficar se comparando e tal. Mas isso é coisa para o próximo capítulo, ok? Lá gente entra em mais detalhes sobre esse método. A teoria do carrossel, já vou lhe adiantando aqui. Alguns já conhecem... se você é meu aluno no Gratitude Life, você já conhece. Se você frequenta o meu canal também, se você já viu todos os vídeos, deve ter esbarrado com esse vídeo aí da teoria do carrossel, mas como já disse e repito, isso é assunto para o próximo capítulo…

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Terceira auto sabotagem

A terceira auto sabotagem que vamos tratar aqui é a de botar defeito no parceiro. Primeiro você compara dizendo algo do tipo “essa pessoa não é tão boa quanto a outra”. Aí depois não contente, você começa a botar defeito. Eu acho que essa auto sabotagem de colocar defeito na pessoa é quando você não tá bem consigo mesmo e você não se sente bem o suficiente e por não se sentir bem o suficiente sozinho você começa a esculhambar a outra pessoa. Isso talvez nem é no relacionamento.

Um exemplo que eu sempre uso é quando alguém chega pra você e fala assim “pô você tá acabado, tá velho”. Na verdade essa pessoa tá se sentindo acabada, ela tá se sentindo velha e aí para não se sentir velha sozinha e acabada e sozinha, ela começa a procurar velhice em todo mundo. E o que é pior é que quando você procura ruga nos outros as suas rugas aumentam porque você tá procurando nos outros aquilo que você vê em você mesmo. Então quando você coloca defeito nos outros é por que você já tá vendo defeitos em você. Então é muito importante entrar no relacionamento com a auto estima boa, porque se você entra no relacionamento com a auto estima ruim qualquer silêncio da outra pessoa, você vai tratar como desprezo. E você pode responder dizendo o seguinte:”Você tá me desprezando, mas você não poderia nem me desprezar, por que você é isso, você é aquilo, você é uma pessoa que se não der certo comigo não vai dar certo com ninguém, por que você tem 3 filhos”...eu não estou falando que isso seja defeito , tô falando que as pessoas usam isso... “Por que seus pais são assim, por que você não tem faculdade”... daí você começa a esculhambar com a pessoa… “por que teu nariz é grande, porque teu cabelo tá branco”. A pessoa falando isso é por que ela não tem a auto estima boa e aí ela começa a atacar o outro pra esculhambar aquela pessoa, pra aquela pessoa não ser maior que ela. Na cabeça dela ela tá pensando assim “vou te esculhambar vou te diminuir pra eu me sentir grande”. Entendeu?

Quando você quer pisar no outro para crescer, a sua auto estima tá pifada , não tá funcionando bem, a sua auto estima é baixa. Então é importante ter uma boa autoestima e o curso Valentine Life prepara você para isso. Lá tem aquele método de se olhar no espelho e tal, é muito pouco para melhorar a auto estima mas já é um princípio, já é um começo... você trabalhar a sua auto estima porque isso pode acontecer, de tentar sabotar o seu relacionamento colocando defeito no seu parceiro.

Então, ai eu falei lá no capítulo da auto sabotagem da comparação que no capítulo seguinte eu falaria do método da teoria do carrossel. O método da teoria do carrossel é quando você sentir vontade de colocar defeito no seu parceiro, mesmo que você não fale, que você modifique a direção disso. Vamos explicar a teoria do carrossel rapidamente. A teoria do carrossel é, por exemplo... num dia em que eu estava no parque de diversão, num carrossel, aquele do cavalinho... para adultos

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também, adultos podiam entrar... E quando a gente saiu do carrossel uma parte do nosso grupo começou a falar que foi legal, que se divertiram e tal, tava todo mundo alegre com a brincadeira ali, de participar do carrossel, mas tinha um reclamão ali no meio falando que o brinquedo tava enferrujado, que fazia muito barulho. Eu pensei assim “poxa, por mais que a brincadeira seja divertida, sempre tem alguém, um chato que vai focar no que ta errado”. Tem gente que vai pra New York e vê as ruas esburacadas. Tem rua esburacada lá e qualquer lugar tem, mas tem muita coisa boa lá também. Se você olhar pra cima, tem muita luz, tem muita beleza, tem muita riqueza. Você imagina que o centro comercial do mundo é ali em New York, mas se você procurar defeito você vai achar, até mesmo no paraíso. Aquilo que a gente procura a gente acha. Então se você procurar defeitos você vai achar até em você mesmo. Se você tá vendo no outro é porque você já viu em você.

E a teoria do carrossel é o seguinte... você pode até ver o defeito (procura não ver), mas se você ver, conclua com um elogio. A teoria do carrossel é o seguinte... a gente vê um filme e a maioria das pessoas fala assim “O filme era bom, mas não gostei do final”. E o que ficou por último ali na sentença? Que você não gostou do filme. Então o fato de que o filme era bom se anulou porque você começou com um elogio que o filme era bom, mas quando você diz que não gostou do final, quando você concluiu a frase, ficou aquela última emoção de que você não gostou do filme, e é isso que vai ficar registrado.

Na teoria do carrossel ensina você tem que trocar, você tem que pegar a crítica e colocar antes e terminar com um elogio . Para o elogio ficar mais evidente no seu corpo e na sua aura. No caso, vamos trocar a frase aqui: “O filme era bom, mas eu não gostei do final” você inverte... você fala “Eu não gostei do final, mas o filme era bom”. Notou a diferença? Parece sutil, mas existe uma grande diferença. Essa é a teoria do carrossel. É o que o cara lá deveria ter usado no dia que brincou no carrossel. Ele poderia ter falado “olha, faz muito barulho, tá enferrujado ali, mas foi bem divertido”. Entendeu? Mas ao contrário disso ele trocou dizendo ou pensando algo como “Foi divertido, mas tinha muito barulho e tava enferrujado”. Enfim, a última emoção predominante que ficou ali foi da emoção ruim. Trazendo isso para um relacionamento , você pode fazer isso quando você achar um defeito no seu parceiro. “Meu parceiro ta um pouco gordinho (ou gordinha)” no caso dos homens com as mulheres, enfim se você é hétero ou homossexual (não há como eu saber ao certo) então vou falar aqui com a linguagem de hétero que é o que eu sou e tal, não se ofenda. Respeito se você é e tal, você leva para o seu universo. Se você vê lá o seu parceiro que tá muito gordinho ou gordinha, aí você fala “poxa, ta meio gordinho né, mas tem qualidades que se sobressaem a isso aí… Tá gordinha, mas é boa de cama, tá gordinha mas é uma boa mãe”, entendeu? O bom é não ver o defeito, mas se você achar um defeito , tem que colocar a qualidade acima do defeito. “Ah ela é irritada”.

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Vamos trazer aqui um exemplo de uma discussão. Discutiram lá, ela falou uma besteira, falou mal da sua mãe, falou mal da sua família, daí vocês ficam emburrados ali porque aquela coisa fica na tua cabeça… “ela falou mal da minha mãe, não pode falar mal da minha mãe” e aquilo fica instigando na sua cabeça. Se você usar a teoria do carrossel, você pode tirar esse tormento da sua cabeça em um instante. É só você colocar assim “ela falou mal da minha mãe, mas já falou um milhão de coisas boas, me elogiando e até falando bem da minha própria mãe”. Pronto, aquela raiva que você sentia pode ser que não passe na hora, mas você não deixou de notar o defeito ou o problema, mas também não deixou de notar as qualidades. Muitas pessoas brigam e se deixam por aquela coisinha, mas esquecem aquela coisona, depois que separam, aí que vão lembrar.. “ah, ela fez isso pra mim, mas poxa, agora que tô lembrando aqui que quando a gente se conheceu ela fazia assim e ela era boa com não sei quem, ajudou nos meus estudos”, mas terminaram por causa de uma coisinha assim, que foi falado que causou mágoa e não precisava sair do relacionamento pra perceber as coisas boas.

Não saia do relacionamento pra perceber as coisas boas, perceba já. Use a técnica do carrossel. Veja o defeito, se é que existe, não vá criar um defeito que não existe. Veja o defeito, mas ... coloque o “mas” na sentença... ela isso mas, (...) complete com a coisa boa, entendeu? “Ela fez isso de ruim, mas ela fez isso de bom. Ela tem esse defeito, mas ela tem essa qualidade. Sempre termina com a coisa boa, entendeu? Nunca deixa a coisa ruim pra depois do “mas”. A sentença é= defeito percebido mas + a qualidade valorizada. E assim você consegue manter um relacionamento por muito tempo e não vai se sabotar dessa maneira colocando defeito.

Anderson, isso é garantia de que você vai ficar pra sempre com a sua namorada ou que eu vou ficar com a minha? Não. Não é garantia. Eu por exemplo não perdoo traição, por mais que eu não coloque defeito na minha parceira, por mais que eu não fique comparando ela com ninguém, se eu um dia for traído… não estou dizendo que isso vai acontecer. Nem é um medo que eu tenha. Tô sarado disso ai. Mas pode acontecer. O universo é muito surpreendente às vezes. Por mais que a gente tenha controle sobre algumas coisas, mas não sobre tudo. Então, por mais que eu saiba de todas as auto sabotagens, e evite elas, se acontecer uma traição, pra mim é game over e acabou. Pode ser que existam outros motivos, mas, não por comparar ou ser comparado.

Eu não vou comparar ela com ninguém, não vou colocar defeito nela, e se ela colocar defeito em mim eu vou ver que existe ali uma auto sabotagem nela. Eu vou alertar ela, vou falar assim “Ó Ana isso é uma auto sabotagem, você não tá com a auto estima boa e tá tentando se engrandecer pra cima de mim, porque você mesmo não se sente grande”. Eu por ter consciência disso, e por saber dessas auto sabotagens, tenho uma vantagem, mas isso não quer dizer que vai dar sempre tudo

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certo pra mim não. Pode acontecer. Eu tenho muitas armas pra vencer...não vamos dizer que é uma guerra. Eu tenho muitos artifícios para me sair bem num relacionamento e fazer durar pra sempre. Mas não existe 100% de chance não, pra ninguém.

Então é isso galera, vamos para a próxima auto sabotagem. Ficou claro essa de não colocar defeito. Não coloque defeito, se achar defeito, use o “mas” seguido da qualidade. “Ela falou assim comigo, mas em muitas outras oportunidades ela falou bem comigo, foi carinhosa”, enfim. “Ela tem esse defeito, mas tem essa qualidade”. Ficou bem claro, né? Se não ficou bem claro a gente volta e leia o capítulo novamente. Se ficou claro, bola pra frente e vamos para o próximo capítulo com a próxima auto sabotagem.

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Quarta auto sabotagem

Então é isso, a quarta auto sabotagem é tentar colocar ciúme no parceiro, falei disso vagamente na apresentação. Às vezes a pessoa tem uma auto estima baixa, ela fica olhando para aquela pessoa, daí ela acha que aquela pessoa não tá dando bola pra ela e ela quer provocar a outra pessoa. Ah, não tá dando bola pra mim? Tá achando que eu sou um objeto que pode ser jogado de lado, então vou inventar uma história aqui, que alguém tá dando em cima de mim, só pra ela se tocar que se ela não quiser, tem alguém que quer. Essa é mais ou menos a jogada psicológica por trás de colocar ciúme no parceiro. Quem é mais jovem faz muito isso. Depois que a pessoa é mais madura, acho que ela esquece, não usa tanto esse artifício.

Eu trabalhei numa empresa onde tinha uma moça que era muito namoradeira. No sentido assim que ela não tinha compromisso com ninguém, um dia com um, um dia com outro e tal. Ela era minha amiga, minha vizinha, nunca tive nada com ela, não era muito o meu perfil, enfim. Não sei nem porque to especificando isso. Mas alguém pode dizer assim, já que ela era namoradeira, você também era namorador. Namorador não, eu era namorador mas um namorador diferente do que as pessoas podem interpretar ou entender deste termo. Eu namorava sério muito tempo, não durava e tal, mas eu namorava sério muito tempo uma pessoa só. Ela era aquela pessoa que tava com um, tava com outro, ao mesmo tempo, então não fazia o meu tipo isso. Mas enfim, era uma pessoa muito legal para ser amiga. Eu tive amizade com ela. E um dia ela atendeu o telefone lá na empresa, a gente trabalhava no mesmo escritório , e ela ficou branca e a pessoa no outro lado da linha tava xingando ela, e eu fiquei observando. Perguntei “o que foi, o que aconteceu?” e ela pediu para que eu esperasse e eu vi que a reação dela ficou estranha, ficou assustada, depois ela desligou o telefone e aí ela falou assim…”a mulher do fulano ligou pra mim aqui me xingando, falando que eu tô dando em cima dele mas eu dou bola pra esse cara,nunca dei e não vou nem com a cara dele”. E realmente, ela saia com muitos caras, mas aquele fulano em questão, ela nunca deu moral pra ele. Só que… o que aconteceu?... em casa ele queria causar ciúmes na mulher, e ele pensou assim, na cabecinha dele “o que que eu posso usar...” ...depois eu falei com ele, pois era amigo dos dois. Ele queria causar ciúmes na mulher, aí pensou… “lá na minha empresa tem uma mulher que sempre dá bola pra todo mundo, eu vou falar pra minha mulher que ela deu bola pra mim e eu não quis nada com ela”. Aí ele ganhava duas vezes, ganhava aparentando para a mulher que era alguém disputado, e ganhava como um cara fiel, ele falava essa mentira para a mulher e saia por cima duas vezes. Ganhava dois pontos com a mulher, um por ser um cara desejado, que não era um cara qualquer, que tinha mulher que tava dando em cima dele, e outra por ter recusado a cantada e mostrado para a mulher que era um cara fiel. Só que o tiro saiu pela culatra porque a mulher acreditou na história e foi tirar a

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limpo e aí a coitada lá teve que levar a bronca gratuitamente. Essa é uma estratégia que muitas pessoas fazem.

Eu acho assim, você tem que abrir para a pessoa quando alguém te cantando. Até esses dias, uma pessoa mandou lá no meu Messenger, que “Ah, Anderson a tua voz é não sei o que, vou dormir te escutando”... acontece muito disso, não tô me achando nem nada, mas daí eu como a Ana ia trabalhar comigo, eu falei “Ana, muitas mensagens você vai ter que responder por mim. Como é que tu responderia uma mensagem dessa? Não vai xingar a pessoa. Ela ta falando que me ama aqui, mas é um amor de ídolo, tipo... não quer dizer que ela quer ir pra cama comigo, que quer viver comigo”. Tipo, como ela gostava da Maria Mendonça, eu falei…”você gosta da Maria Mendonça, mas você não quer ter uma relação com ela, uma relação amorosa. É um amor diferente, de ídolo, de admiração”. Então eu compartilhei isso com ela, não para causar ciúmes nela, mas para ver como seria a reação dela, se ela ia aceitar bem, porque ela ia ter que lidar muito com isso.

Eu não sou um cara famoso, nada disso, mas recebo muita mensagem assim, de alguém que me admira porque escutou alguma coisa lá no canal, enfim. Não tô me achando tá gente, é que acontece mesmo. Então, a Ana tá lidando bem com isso. Ela responde algumas mensagens minhas, umas coisas que são mais pessoais ela manda pra mim, e enfim.

Quando você fala para o seu parceiro que tem alguém dando em cima de você, que não seja para causar um ciúme besta, para ver o seu parceiro saindo do sério, para ir lá brigar com aquela pessoa. É melhor a pessoa saber por você do que por outro, não é? Você não conta para o seu parceiro ou para a sua parceira que tem alguém dando em cima de você e daí ela descobre por outra pessoa, fica pior. Só que você tem que ter um bom senso de contar, desde que seja verdade e desde que seja alguma coisa realmente de que você tá abrindo o jogo para não saber por outro.

Então assim, Anderson conto ou não conto? Sim, desde que seja verdade. Não inventa, como meu amigo lá do trabalho, só pra fazer ponto com a mulher, e a mulher saiu das estribeiras e foi tomar satisfação com a guria lá e a guria nunca tinha dado em cima dele, realmente nunca tinha dado. Ela gostava de cara mais novinho, e o cara já era mais velho, não fazia parte do radar dela, não fazia parte das preferências dela. Enfim, então não coloque ciúme à toa, não fique provocando.

Um pouco de provocação é legal, interessante. “Ó, fulano ela ta dando em cima de mim” e tal. É interessante desde que a pessoa que você tá fazendo essa provocação não seja muito enfurecida, não seja uma pessoa que vai querer brigar com a outra. Provocar um pouquinho de ciúme é interessante, desde que seja mais no campo da piada, de fazer graça e tal, mas não para provocar. Não para provocar uma briga. Não vamos brigar, não vamos fazer da nossa relação um motivo para

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brigar com as pessoas que estão ao nosso redor. Essa é uma auto sabotagem que se deve evitar. Não causar ciúme à toa, não causar ciúme besta, mas abrir o jogo quando tiver que abrir o jogo. Vamos para a próxima auto sabotagem.

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Quinta auto sabotagem

Existem muitas auto sabotagens, eu só reuni aqui aquelas que eu vivi, que eu tenho experiência sobre elas, mas só com o conhecimento dessas auto sabotagens, já garante bastante que essa relação vai durar um pouco mais do que o normal. Espero que dure para sempre, mas sabendo dessas auto sabotagens, já garante que você vai ficar bastante tempo nesse relacionamento. Saber e aplicar. Porque só saber não adianta, tem que saber e aplicar de modo a não se auto sabotar.

A auto sabotagem deste capítulo aula é sobre querer exclusividade do parceiro, ou anular a sua individualidade. É quando você quer que a pessoa seja só para você. Você vê ela sorrindo lá numa foto e você já pergunta “Por que você tava rindo lá? Só eu que posso te dar alegria, você só pode sorrir comigo”. Tem esse tipo de coisa, quando a gente é mais novo que você é mais imaturo, você quer que aquela pessoa seja exclusiva pra você. Então quando você vê ela se divertindo com alguém, você pensa assim “poxa, não aceito, queria que eu fosse a única fonte de alegria dela”. É um pouco egoísta da sua parte, mas existe isso, não existe? Com certeza, existe. Por mais que seja um pouquinho e tal. E quando a gente vai ficando mais maduro a gente até aceita que a gente não seja a única fonte de alegria daquela pessoa. Alguns sabem lidar com isso, alguns não. Alguns até pensam “ah, já que ela se divertiu lá naquela festa sem mim”... ou “já que ela vai lá pra mãe dela e volta toda diferente então eu vou querer que ela viva só debaixo do meu controle, debaixo do meu radar”. Aí você quer anular a pessoa, quer anular a individualidade dela. E isso nunca dá certo porque a pessoa não pode ser só a sua namorada, ela tem outras personalidades, ela tem outras identidades na vida dela. Ela é o que é na profissão dela, às vezes é mãe, às vezes irmã, às vezes filha, e você quer que ela seja só sua esposa. Ela tem variantes na vida dela, por mais que ela seja uma pessoa só, ela tem papéis que ela tem desempenhar e você querer que ela desempenhe só um papel é muito egoísmo da sua parte. Por isso que a gente vê por aí alguns malucos que trancaram a esposa no quarto. Eles literalmente queriam anular todos os outros papéis dessa pessoa. Eles não aceitavam que a pessoa fosse feliz com alguém mais. Eles queriam que aquela pessoa vivesse exclusivamente pra eles e a trancavam. Deve ter na internet aí uma mulher que foi achada... até vi esses tempos uma reportagem de uma mulher que depois de anos, até acharam que tinha morrido já. Ela tava trancada no quarto durante 20 anos, o marido isolando ela. É o tipo de coisa doentia. Claro que nem todo mundo é doentio a esse ponto e tal, mas isso reflete um desejo de algumas pessoas, que alguns até não tem coragem de fazer isso, mas se pudessem fazer fariam. Deixar a pessoa presa num lugar só para ser minha esposa, só para sorrir para mim, só para respirar por mim. Esse é um egoísmo doentio.

Algumas pessoas não tem coragem de trancar a outra como esses que aparecem nas reportagens por aí, mas é algo parecido. Eles começam a falar “não vai lá na

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tua mãe”, “não quero que você tenha amizade com aquela guria”, porque eles estão vendo que a pessoa não é só a namorada deles. Não é só o namorado. Eles têm outros papéis. Então você tem que permitir que a pessoa tenha esses outros papéis, desde que alguns desses papéis não ameacem a relação. Às vezes a pessoa tá lá se divertindo demais com aquela outra pessoa, demais ao ponto de que você tá sendo desinteressante e a outra pessoa tá sendo mais interessante. É daí já é um alerta de que a coisa não tá bem. Ou você e torna mais interessante do que aquela pessoa que ta chamando mais a atenção da sua mulher ou seu namorado, ou você já fica ligado. Mas proibir… pode ser que você fale “você tá se divertindo mais com aquela pessoa porque tá chato aqui comigo? O quê que ela ta te dando que eu não to te dando?” Você tem que deixar as coisas claras. É um momento mesmo de você se abrir... “Você quer sair da nossa relação? Quer dar um tempo?” Não sei se seria saudável. Dar tempo para mim não existe, a pessoa vai com outro e você vai com outra e depois voltam e ficam perguntando “Com quem que você foi? Como é que era?” E fica um fantasma entre vocês. Então dar um tempo não sei se seria a melhor solução. Mas se essa pessoa tá se divertindo mais com uma amiga do trabalho e sempre fala “fulano isso, fulana aquilo”... é um sinal de alerta de que a relação de vocês tá um pouco que apodrecendo. A solução seria você ver o que que tá acontecendo.. se vocês estão passando muito pouco tempo, ou você tá desinteressante. Tá desinteressante por que?

Cadê aquele cara que no começo fez de tudo para essa pessoa se apaixonar por você? Você fez de tudo para ela se apaixonar por você no começo. E agora? Não está fazendo mais nada? Não elogia mais ela, você não é mais engraçado, você tá sempre criticando? Por que se ela tá se divertindo com outra pessoa é por que você se tornou um(a) chato(a). Então querer exclusividade a força, nunca vai dar certo.

Deixe a pessoa ter o espaço dela, viver os outros papéis que ela tem. Às vezes o cara tem ciúmes até de filho da namorada. “Você tá dando muita atenção para o teu filho e eu tô aqui isolado”. Poxa, é uma coisa meio doentia. A pessoa é mãe e ela tem que dar atenção para o filho. Aí o cara se sente rejeitado porque ela tá dando atenção para o filho. Complicado.

Assim, não queira exclusividade do seu parceiro porque essa é uma auto sabotagem. Como eu falei, não dá pra deixar muito livre também e se ela estiver se expondo demais com outras pessoas, faz uma auto avaliação de onde é que você está falhando. Mas em todo o caso, não force. É isso aí. Acho que não tem que acrescentar mais nada nessa aula. Eu também não gosto que a pessoa fique querendo que eu seja exclusivo dela. Eu também tenho os meus outros papéis. Sou amigo de alguns caras, sou amigo dos amigos, sou pai, sou filho também, seria chato alguém querer me controlar o tempo todo. E Se eu não quero isso pra mim, também não posso exigir da outra pessoa, que ela fique só vivendo pra mim, olhando pra mim e colocar ela numa redoma, como se fosse um troféu que tivesse

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que ficar a minha disposição 24 horas por dia. Isso não dá certo. Então vivamos relações saudáveis onde a gente respeite o espaço do outro, onde a gente respeite a individualidade do outro. Então é isso aí, essa é mais auto sabotagem que você não deve cometer se você quer que seu relacionamento seja saudável. Vamos para a próxima.

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Sexta auto sabotagem

A última auto sabotagem aqui que a gente vai tratar é de ficar emburrado por qualquer coisinha e não perdoar a pessoa. Você dormir emburrado com a pessoa, se você mora junto com ela, ou ficar muito tempo emburrado. A gente tem que praticar o perdão diário. Eu sei que às vezes é difícil, eu também passo por situações como essas diariamente. A nossa própria vida nos coloca nessas situações onde a gente tem que exercitar o perdão diário.

Para entrar num relacionamento tem que perdoar pessoas do seu passado, para entrar 100% no relacionamento. Você perdoa o seu passado… se você fica vivendo o passado, então é melhor você cortar esses laços com o passado perdoando as pessoas que fizeram parte da sua história. Mas esse perdão não termina ali, esse perdão tem que ser diário. Você entra numa relação e você tem que exercitar o perdão diário. Não é só perdoar o seu passado e entrar num novo relacionamento. Nesse novo relacionamento que você vai estar, você vai ser convidado a todo momento a fazer esse exercício de perdoar. É um perdão diário. O perdão está sempre sendo convocado para que a coisa não fique empacada. Porque se você não perdoa, daqui a pouco aquilo vai ficar acumulado, e isso se reflete na falta de libido, porque às vezes a pessoa vai para a cama com seu(sua) namorado(a), mas aquela mágoa que ficou lá no inconsciente continua resmungando. Inconscientemente você fica ouvindo aquela vozinha que algo assim “tô indo para a cama com você porque eu tenho essa necessidade e tal, mas não esqueci do que você fez não, tá”. E isso vai se acumulando e daqui a pouco vocês não estão mais nem se relacionando, nem mais transando porque vira uma vingança. “Você fez isso, então eu vou ficar tantos dias sem te procurar. Você fez aquilo, então eu vou ficar sem te procurar mais tempo”. Vira tipo uma vingança mesmo. Não é bom para o relacionamento não ter relação. Fica um pouco contundente dizer que não é bom para o relacionamento não ter relação. Estou falando em relação sexual, é claro. E por que que às vezes os casais ficam assim sem ter relação por muito tempo, relação sexual, por muito tempo? Porque estão magoados um com o outro. Não se deixam pensando algo assim “por um lado é bom... não vou te deixar mas também vou te castigar de outro jeito. Não vou te dar intimidade, no caso”. Por isso que é bom ... eu sempre repito, sou repetitivo, mas é bom ser repetitivo porque aí a mensagem passa clara. É bom o perdão diário. O perdão diário tem que ser exercitado diariamente, se você quer viver um relacionamento duradouro. E aí eu volto de novo na técnica do carrossel que a gente usou para não colocar defeito no parceiro. Se colocar, começa com o defeito, mas termina com um elogio. E de novo pode ser usada a mesma técnica de começar a sentença no perdão diário com a crítica primeiro e depois terminando com o elogio. Porque a nossa vida é uma conversa com a gente mesmo. Você fica falando pra você mesmo algo assim “ah, ela fez isso comigo, tô irritado por que ela fez isso comigo... como é que ela pode ter

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feito isso comigo?”. Fica aquela coisa na tua cabeça. É uma conversa contigo mesmo. E como é que a gente tem que fazer? Tem que mudar o teu auto diálogo. Tem que mudar aquela conversa que você tem com você mesmo. Porque isso vai ficar rodando na tua cabeça o dia todo. Você vai trabalhar pensando nisso. Aquela conversa, sempre a mesma coisa; “Por que que ela fez isso comigo, por que ela falou aquilo, como é que ela teve coragem de falar isso pra mim?”. Você tem que silenciar essa voz, porque senão vai refletir no seu relacionamento. Como eu falei, vai começar com a falta de intimidade, você não vai mais a procurar, vão ficar emburrados um com o outro, esbarrando pela casa, não é legal viver num relacionamento desse. Concorda? Então o perdão diário é importante na manutenção dessa relação. Como é que eu faço para perdoar diariamente Anderson? Usa a teoria do carrossel. Geralmente a conversa que tem na nossa cabeça é assim “Eu não quero deixar dela, não vivo sem ela, mas ela me aborreceu demais com isso que ela fez”. E aquele mas ela me aborreceu demais fica o dia todo na tua cabeça e você esquece que não quer deixar dela, você esquece que ela é importante pra você e fica mastigando o problema. Então troca de posição, troca o que ela fez que te aborreceu para o começo da sentença, da sua auto conversa, nesse diálogo que você tá tendo com você mesmo. Você pega aquilo que você tá mastigando e coloca no começo da sentença, no começo da conversa e pega aquilo que te deixa no relacionamento, a parte positiva, pra depois. Você entendeu, né? Lá no capítulo sobre não colocar defeito mais ou menos você já pegou a ideia. Como eu falei lá, quando você diz algo assim “essa comida é gostosa, mas tá muito quente”, o que ficou é que ela tá muito quente. O que ficou na tua cabeça, que ficou por último registrado na sua emoção no seu corpo, é que a comida tava quente e que ela era gostosa ficou em segundo plano. Então você troca a frase dizendo “essa comida tá muito quente, mas é gostosa”. Começa com a crítica, coloca o mas no meio e termina com o elogio e o que fica por último é que a comida é gostosa. Fica o elogio, fica a sensação boa. Fica a parte positiva… você transforma a conversa dentro da sua cabeça. E quando existe uma briga entre você e seu parceiro ou parceira, você faz isso. Aquela frase que fica na tua cabeça lá “mas ela fez isso, mas ela fez aquilo, ela falou assim, foi brusca, falou uma idiotice, falou uma M…” ...você fica lá na sua cabeça instigando o ódio e aí você troca a ordem dessa conversa da seguinte maneira: Coloca as qualidades dela no final da sentença. “Eu não deixo dela por isso, eu não deixo dela por aquilo, por aquele motivo, eu não deixo dela por essa qualidade que ela tem”. Coloca no final, entendeu? Começa com o que tá te endiabrando, te perturbando... “Ela falou isso, falou essa besteira pra mim, eu não gostei, mas ela é uma boa esposa, eu não deixo dela por que ela é uma boa parceira, ela é mãe dos meus filhos”... o que tô falando aqui você coloca dentro da sua realidade, da pessoa que tá com você. Às vezes você não tem nem filho com a pessoa, mas você vai achar qualidades aí que são as qualidades pelas quais você quer se manter no relacionamento e vai colocar depois da crítica que você tá tendo. “Ela falou isso, ela agiu dessa maneira, ela foi idiota”... pode usar

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essas palavras, tá... “ela (ou ele) foi imbecil, mas ela(ele) já foi muito legal pra mim, ela(ele) é muito importante pra mim, eu preciso dela(dele), eu não vivo sem ela(ele)”. Entendeu? você sempre termina a frase com a questão positiva referente à pessoa. E aí aquela parte que tava te instigando ao ódio, que tava te perturbando, vai ficar anulada, pelo último registro, que foi a parte do elogio que você colocou mais em evidência terminando a frase. Você tem que saber dialogar com você mesmo. Nós conversamos com nós mesmos o tempo todo. É todo mundo. Não tem como fugir disso. A gente fala com a gente mesmo. A gente até fala em voz alta, e o segredo é você trabalhar essa conversa interior que você tem com você mesmo. E um dos métodos que eu posso oferecer para você e indicar para você é a teoria do carrossel, que começa com a crítica, mas termina com um elogio. “Ela(ele) fez isso de ruim, mas ela fez milhares de coisas boas. Ela(ele) agiu incorretamente no meu conceito do que é correto ou incorreto, ela(ele) agiu incorretamente nessa situação, mas ela(ele) já agiu corretamente em centenas de outras ocasiões”. Essa é a estratégia para não sabotar o seu relacionamento através de picuinhas, através de coisas bobas que podem colocar uma nuvem que vai inviabilizar sua capacidade de perceber as qualidades da pessoa. Aí você deixa da pessoa… ta lá nos bares da vida, enchendo a cara e começa a pensar “poxa briguei por causa disso, mas a pessoa era tão legal... ela fazia isso e aquilo…” ... cara, depois que se deixaram que você foi perceber isso? Então não deixe a coisa ir para o limbo. Não deixe a coisa esculhambar em briga ou separação pra só depois perceber as qualidades desse seu parceiro, ou dessa sua parceira.

Então tá era isso, as auto sabotagens eram essas.

Essas são as auto sabotagens que você vai se auto infligir. Por isso é bom uma consulta constante a esse e-book a fim de poder identificá-las quando elas surgirem e você poder evitá-las a fim de dar maior continuidade a sua relação. Você não pode deixar esse seu castelo desmoronar já que você o construiu com tanto afinco, com tanto amor e dedicação. Tem que manter ele de pé por muito tempo e uma das maneiras é não se sabotar.

Agora você tem o conhecimento que é primeiro passo para o sucesso. O passo seguinte é do da aplicação. Aplique o que aprender e terá sucesso. É garantido, Anderson? Nesse universo nada pode ser garantido. Ninguém pode ser eficiente 100% das vezes em que tenta ser eficiente. Mas se você tem o conhecimento certo e aplicá-lo pode chegar e se manter bem perto dos 100%... Agora é com você…

Abraço de Luz, Anderson Montreanjo