Apresentação - Caso Dos Edificios Inclinados Em Santos

7/25/2019 Apresentao - Caso Dos Edificios Inclinados Em Santos

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GEOLOGIA E MECNICADOS SOLOS

CASO DOS EDFICIOS INCLINADOS EM SANTOS


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INTRODUO

Quando se comenta a respeito de construes inclinadas, osmbolo maior talvez seja a torre de Piza, carto postal da Itliaque recebe milhes de visitantes todos os anos !o "rasil, temoso e#emplo da cidade de $antos %& solo de $antos ' o se(undopior do mundo, in)erior apenas ao da *idade do +'#ico, onde

muitos edi)cios )oram construdos com t'cnicas insu-cientespara (arantir a estabilidade da estrutura, resultando no recalquedi)erencial ao lon(o de sua vida .til, onde /0 da populao%apro#imadamente 12 mil pessoas vivem em edi)cios inclinados%3sses edi)cios t4m entre 15 e 65 andares e a maioria )oiconstrudo nas d'cadas de 75, 25 e 85


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9 inclinao das edi-caes est relacionada com a soma deal(uns )atores que juntos levaram ao recalque apresentado, onde

o solo de $antos ' composto por uma camada -na de areia %: a16 metros se(uida de uma camada de ar(ila marinha %65 a ;5metros, che(ando somente a camada rochosa abai#o dos 75metros de pro)undidade


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PROBLEMAS

=iver em um pr'dio inclinado (era vrios problemas aos moradoresonde portas e janelas corredias precisam de travas para permanecer

paradas e mesas precisam de calos para -car niveladas

INFRA-ESTRUTURA DISPONVEL

> a conhecida )undao, responsvel por suportar o peso daedi-cao, devendo ser assentada em solo -rme, que ' previamente

determinado pelo servio de sonda(em9s )undaes se dividem em


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9 )undao direta ' assentada nas primeiras camadas do solo %emm'dia at' /m, e a )undao pro)unda nas camadas mais pro)undas dosolo, em virtude da resist4ncia s@ ser alcanada em camadas de 15m oumais Para a escolha do tipo de )undao interessa, portanto, saberA

!atureza e caractersticas do solo no local da obraB


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Solues e Tipologisposs!"eis #


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FUNDA$ES DIRETAS OURASAS

Bl&'(esF trataEse de )undao corrida em concreto simples ou pedraar(amassada indicada para pequenas car(as, distribudas linearmentesobre terreno super-cial de m'dio a bom %tenso admissvel acima de5,6 +PaSe)*+,i E.eu/i"#

+arcao do ei#o e )aces laterais no terrenoB3scavao at' a cota de apoio prevista %desprezar a cobertura da

capa ve(etalB

=eri-cao do solo previsto para a cota de apoio ' compatvel com

a capacidade de car(a estimadaB

3#ecuo do aterro compactadoB

3#ecuo da impermeabilizao F evitar pontes de umidadeB

3#ecuo da seqG4ncia normal das atividades posteriores%alvenaria, lastro, contraEpiso, piso etc


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Fundaes indiretas ou profundas

Sapata 0elemento de onreto armado om espessura !ari1!el ouonstante" om #ases $uadradas"retan%ulares ou trape&oidais'


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=eri-cao se o solo previsto para a cota de apoio ' compatvel com acapacidade de car(a do projetoB

3#ecuo do lastro para apoio da base da sapata %pedra preta F tipo ParB

*oncreta(em F concreta(em do )undo %concreto vibrado e posterior

concreta(em do tronco de pirHmide da sapata %dispensvel uso de )ormade madeira F concreto no vibradoB


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"loco F elemento em concreto sem necessidade de armadura de modoque as tenses de trao nele produzidas possam ser resistidas peloconcreto$uas )aces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas, com basequadrada ou retan(ular &s blocos e sapatas so indicados para car(as

de valor si(ni-cativo %solues no resolvidas por baldrames emterrenos com resist4ncia i ual ou su erior a 5 1 +Pa


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Se)*+,i E.eu/i"#+arcao do ei#o e )aces laterais no terreno %base da sapataB

3scavao do bloco %com ou sem escoramento lateralB

=eri-cao se o solo previsto para a cota de apoio ' compatvel com acapacidade de car(a do projetoB

3#ecuo da )orma lateral do blocoB

*olocao das )erra(ens do )undo %p'EdeE(alinha e )erra(ens deespera do pilarB

*oncreta(em F concreto cicl@pico %pedra preta F tipo Par,observarcuidados com a concreta(emB


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$apata corrida ou contnua F elemento de concreto armado comespessura varivel ou constante, base retan(ular, quadrada ou trapezoidalcomum a vrios pilares cujos centros em planta sejam desalinhados

!a e#ecuo da sapata corrida, ap@s a abertura das cavas, colocaEse o

lastro de concreto ma(ro, )azEse o assentamento dos tijolos e, ao -nal, ocoroamento da )undao com uma cinta de concreto !esta )ase -nal, hque se cuidar da passa(em para o es(oto e da per)eita impermeabilizao


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R&ie'F quando a soma das car(as da estrutura dividida pela ta#aadmissvel do terreno e#cede a metade da rea a ser edi-cada,(eralmente ' mais econmico reunir as sapatas num s@ elemento de)undao, que toma o nome de radier > uma sapata associada, tipo lajearmada, onde descarre(am todos os pilares ou outras car(as ?ecorreEse aesse tipo de )undao quando o terreno ' de bai#a resist4ncia e aespessura da camada do solo ' relativamente pro)unda


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DJ! pre)erido o uso de estacas, por e#emplo, quando a ta#a admissvel doterreno )or in)erior ao carre(amento transmitido pela estrutura e quandoa )undao direta -car sujeita ao recalque incompatvel com a estrutura aser construda


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Tu#ules- So fundaes profundas a c'u aberto, tamb'm chamado de estacasde grandes dimetros. O sistema de escavao pode ser manual ou mecnico. Emambosos casos, o poo 'aberto at'encontrar terreno firme, onde, ento, a base 'alargadapara a concretagem da base do tubulo.

Duas so as raes !ue levam ao seu emprego" t'cnicas e econ#micas.>preferido o uso de estacas, por e$emplo, !uando a ta$a admissvel do terreno forinferior ao carregamento transmitido pela estrutura e !uando a fundao direta ficardas fundaes.


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Es/s E


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9 maior parte das estacas ' vertical, mas quando ' necessrio queresistam a es)oros horizontais, podem ser cravadas de )orma inclinada 9inclinao m#ima possvel dessas estacas depende do equipamento decravao a ser utilizado, e pode atin(ir at' ;7O

9s estacas mais anti(as conhecidas so as de madeira, que )oramutilizadas desde a pr'Ehist@ria, na construo de pala-tas &s tipos deestacas podem ser de madeira, concreto, ao ou uma combinao dessesmateriais


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A CIDADE DE SANTOS

9pesar de chamar a ateno de turistas durante d'cadas, moradoresdos pr'dios tortos localizados na orla da praia de $antos, no litoral de$o Paulo, so)rem com a desvalorizao dos im@veis 9p@s a divul(ao

do resultado de uma pesquisa realizada pela $ecretaria de In)raestruturae 3di-caes, o problema em uma das reas mais valorizadas da cidadepode estar pr@#imo de uma soluo com o realinhamento dos edi)cios$e(undo o levantamento, das 271 edi-caes, 27 precisam de umaanlise mais detalhada por possuir uma inclinao entre 5,7m a 1,:m3sses pr'dios, que re.nem 6:/6 apartamentos, abri(am 1275

pessoas, cerca de /0 da populao da cidade 9inda de acordo com a


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&s moradores dos pr'dios inclinados t4m problemas com adesvalorizao do im@vel &s apartamentos de tr4s quartos, de)rente para o mar, esto custando ?R 1,6 milho, ?R 1,/ milhoquando no so tortos S os apartamentos com inclinao, na mesmametra(em, custam bem menos *erca de ?R 755 mil ou menos,

dependendo do casoT, conta


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$e(undo o dele(ado do *onselho ?e(ional dos *orretores de Im@veis%*reci na "ai#ada $antista, *arlos Derreira, o metro quadrado de umapartamento em um pr'dio inclinado na orla da praia che(a a ser /:0menor do que um convencional de )rente para a praia & metro quadradode um pr'dio torto ' de ?R /,7 mil a ?R ; mil, dependendo do estado doapartamento *omo base de comparao, os apartamentos rec'mEconstrudos valem de ?R 2 mil a ?R 2,7 milU, e#plica 3mbora um apartamento em um edi)cio com problemas de inclinaotenha um valor menor do que os demais, o dele(ado do *reci a-rma que

reas como a do bairro do "oqueiro e 3mbar' tiveram uma valorizaode 1:0 em comparao ao ano passado

2e' &e 34 & popul5o s,/is/ "i"e e( p'6&ios i,li,&os &o'l 7Fo/oRep'o&u5o8TV T'i9u,:


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& secretrio de In)raestrutura e 3di-caes de $antos, !ilson da Piedade"arreiro, a-rma que o problema no coloca em risco moradores e vizinhos9 inclinao dos pr'dios acontece h anos Jma situao de risco dedesabamento e#pe sinais como rachaduras, trincas e outras evid4ncias!o se pode dizer que o nvel de inclinao de-ne o risco, que envolve

outros aspectos, como solo, (eometria e evoluo da inclinao Por isso 'necessrio uma anlise mais apro)undadaU, e#plica

$e(undo o en(enheiro Pedro +arco, pro)essor da Daculdade de3n(enharia *ivil da Jniversidade $anta *eclia %Jnisanta e mestre em3n(enharia de $olos pela Jniversidade de $o Paulo %J$P, a inclinao nos

pr'dios da orla da praia santista acontece por conta de rebai#amentosa(ravados pela pro#imidade dos edi)cios Isso acontece tamb'm porqueestudos demonstram que a altura m#ima recomendada para os edi)ciosem $antos seria de 15 pavimentos quando apoiados em sapatas +ase#istem edi)cios que atin(iram at' 1 andaresT


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Jma das solues apontadas pelo en(enheiro +arco seria omacaqueamento do pr'dio, quando cilindros hidrulicos trazem o im@velde volta ao nvel ori(inal 3sse procedimento pode ser adotado junto coma e#ecuo de um re)oro nas )undaes por estacas !o e#iste risco,

mas ' recomendvel que o pr'dio seja evacuado 9 interveno podelevar em torno de um anoT

9l'm dos estudos, a pre)eitura estuda estmulos econmicos pararealinhar os pr'dios da orla santista 9 inteno ' discutir com a *Hmara acriao de incentivos -scais que estimulem os proprietrios a realizarem a

recuperao dos pr'dios e, ainda, conse(uir com a *ai#a 3conmicaDederal a abertura de linha de -nanciamento pr@pria para tais obras


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2ASO N;N2IO MAL


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9 recuperao de cada pr'dio teve o custo de ?R 1,7 milho 9ntes deserem reaprumados, os edi)cios se tornaram atrao tursticaU na o'l&e S,/os 9l(uns moradores pensaram em colocar N venda seusim@veis, mas eles che(aram a desvalorizar at' 870, o que inviabilizou a

possibilidade de venda Por serem edi-caes anti(as, construdas h maisde 75 anos, e ocupadas em sua maioria por idosos, a melhor soluo F sobo aspecto econmico e social F )oi realinhElos 9 operao )oirelativamente simples, mas porque houve coordenao $em isso, poderiater o superespecialista em estruturas, o superespecialista emmacaqueamento e o superespecialista em solos que no iria dar certoU,

estima o pro)essor 2'los M=ei, que tamb'm j atuou em obrassemelhantes em !ovo Wambur(oE?$ e ?eci)eEP3


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>? e/pA implantao de )undaes pro)undas com a e#ecuo deoito estacas de cada lado do edi)cio *om diHmetro variando de 1,5 a1,;m, estas estacas t4m uma pro)undidade m'dia de 78,5 m e atin(emum solo residual resistente e se(uro situado abai#o da camada de ar(ilamole !a )oto, podeEse observar a camisa metlica utilizada para conter

o solo durante a e#ecuo das estacas


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@? e/pA )oram e#ecutadas oito vi(as de transio com cerca de ;,7m de altura para receber os es)oros dos pilares e transmitiElos Ns novas)undaes


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3? e/pA quatorze macacos hidrulicos acionados por seis bombas,instalados entre as vi(as de transio e os novos blocos de )undao,)oram utilizados para reaprumar o edi)cio &s vos em que estavam osmacacos )oram preenchidos com calos metlicos e posteriormenteconcretados

9 )achada lateral esquerda do edi)cio )oi levantada ;7 cm e a )achadaposterior, 67 cm, levando o pr'dio a -car novamente no prumo


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?eaprumado, o !.ncio +alzoni repousa hoje sobre as novas estacas, quetransmitem suas 2755 t) ao solo residual se(uro e resistente situado acerca de 25 m de pro)undidade


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"I"CI&X?9DI9AX&C&+"3Y, $i(mundo Palestra do en(enheiro $i(mundo XolombeZ

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