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APRESENTAÇÃO DE DADOS PRELIMINARES DO IVº RGPH 2010 Gabinete do Censo 2010 Setembro 2010

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APRESENTAÇÃO DE DADOSPRELIMINARES

DO IVº RGPH 2010

Gabinete do Censo 2010 Setembro 2010

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RELATÓRIO DOS RESULTADOS PRELIMINARES DO RGPH 2010

Setembro, 2010

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICACABO VERDE

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INSTITUTO NACIONAL DA ESTATISTICA de Cabo Verde Resultados preliminares do Recenseamento Geral da População e Habitação, 2010

Presidente Antonio Duarte Gabinete do RGPH 2010

Sede Av. Amilcar Cabral, CP 116 Praia, Cabo Verde Tel. +238 2613827 Fax. +238 2611656 Email:[email protected]

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Índice

I- INTRODUÇÃO GERAL .............................................................................................. 4 

1.1- Legislação ............................................................................................................. 4 1.2- Objectivos do RGPH 2010 .................................................................................... 4 1.3- Planeamento do RGPH-2010 ................................................................................ 5 1.3.1- Fases do projecto ................................................................................................ 6 1.3.2- Porque utilizar a recolha com PDA? .................................................................. 6 1.3.3- Cartografia .......................................................................................................... 6 1.3.4- Recenseamento piloto ........................................................................................ 7 1.3.5- Sensibilização ..................................................................................................... 7 1.3.6- Recolha principal ............................................................................................... 7 1.3.7- Próximos passos ................................................................................................. 8 

II- PRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS PRELIMINARES ...................................... 9 2.1- DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ........................................................................... 9 3- PRINCIPAIS RESULTADOS ............................................................................... 11 3.1- Dados Populacionais ........................................................................................... 11 3.1.1- Rítmo de crescimento ....................................................................................... 12 3.1.2- Repartição da população por Ilha e Concelho .................................................. 13 3.1.4- Repartição da population por Concelho segundo o meio de residência ........... 16 3.1.5- Repartição da população por idade .................................................................. 18 3.2- Dados da habitação ............................................................................................. 22 3.2.1-Edifícios ............................................................................................................ 22 3.2.2-Alojamentos familiares ..................................................................................... 24 

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I- INTRODUÇÃO GERAL

O Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) acontece em Cabo Verde de dez em dez anos. Realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, o RGPH tem por objectivo contar os habitantes do território nacional, identificar as suas características e revelar como vivem os cabo-verdianos.

Desde 1960, vem sendo realizado Censos no país e, os três realizados após a Independência (Censos 1980, 1990 e 2000), abordaram também a habitação. Estes recenseamentos permitiram acompanhar a evolução das características da população ao longo do tempo, reforçar a consideração das variáveis demográficas nas políticas e programas de desenvolvimento, nomeadamente pelo sistema de planeamento. O presente documento apresenta os resultados preliminares do RGPH 2010 em que a fase de contagem decorreu de 16 a 30 de Junho de 2010, devendo os resultados definitivos publicados nos próximos meses, após o tratamento e análise do inquérito de avaliação da cobertura e qualidade dos dados. É estruturado em duas grandes secções. A primeira apresenta algumas generalidades sobre o RGPH 2010 e a segunda incide sobre os resultados preliminares.

1.1- Legislação O RGPH-2010 foi realizado com base na legislação geral que regula os levantamentos estatísticos em Cabo Verde. Dispõe, sobre a obrigatoriedade da prestação de informações e, protege o carácter confidencial das informações recolhidas. Para o efeito foi aprovado em Conselho de Ministros um decreto-lei específico para a sua realização, fixando a operação como primeira prioridade para o ano de 2010, o período de observação, a exclusividade, o quadro institucional e a obrigatoriedade e a confidencialidade das informações.

1.2- Objectivos do RGPH 2010

O RGPH-2010 visa melhorar o conhecimento das características da população e da habitação e, assim, contribuir para a consolidação das intervenções públicas e privadas, no contexto das políticas de desenvolvimento.

Objectivos específicos 1. Fornecer informações sobre o estado, a estrutura e as características socioeconómicas

da população ; 2. Fornecer informações relativas ao parque de edifícios e, em particular, o parque de

habitações e as características essenciais da habitação; 3. Estudar a dinâmica da população, em comparação com os recenseamentos anteriores e

outras fontes; 4. Estudar a fecundidade, a mortalidade, as migrações;

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5. Fazer o inventário das infra-estruturas e dos equipamentos colectivos existentes ao nível de cada localidade, nomeadamente os sistemas de abastecimento de água potável e os serviços de educação e de saúde;

6. Disponibilizar aos utilizadores os dados relativos à alfabetização, à educação, nomeadamente o nível de instrução da população em idade escolar, da frequência escolar a partir dos 3 anos de idade, tendo em conta os níveis pré-escolar, primário, secundário, a formação profissional e superior;

7. Disponibilizar aos utilizadores os dados relativos às características económicas da população, nomeadamente a população activa e inactiva, o emprego e o desemprego, a procura de emprego, para a população com idade de 6 anos ou mais;

8. Disponibilizar aos utilizadores dados sobre a população portadora de deficiência, 9. Reforçar a capacidade do INE em matéria de execução de recenseamentos

demográficos; 10. Reforçar a capacidade técnica e institucional do INE; 11. Reunir informações com vista às necessidades específicas de desenvolvimento das

contas nacionais; 12. Obter informações sobre TIC; 13. Disponibilizar as informações de base para as projecções demográficas; 14. Servir de base a Amostra-mãe para os inquéritos; 15. Viabilizar a criação de uma célula de SIG no seio do SEN; 16. Disponibilizar informação de base para o cálculo de vários indicadores do DECRP e

dos OMD e de outras agendas e compromissos nacionais.

1.3- Planeamento do RGPH-2010 O planeamento do RGPH-2010 teve início em 2006, com a realização das primeiras reuniões técnicas no INE e teve por objectivo elaborar uma proposta para a realização de um atelier de produtores/utilizadores para a montagem do projecto. O censo 2010 apostou na inovação tecnológica, substituindo a recolha tradicional (questionário em papel), pelo uso dos computadores de mão (PDA), com uma diferença substancial que permitiu uma maior eficiência no acompanhamento e controle da recolha. Após as entrevistas, o recenseador realizou a transmissão dos dados recolhidos para o computador central do INE, a partir de um ponto de linha telefónica, sem a necessidade de passar por um microcomputador. Outra possibilidade foi de conectar-se a qualquer microcomputador com acesso a Internet. A vantagem deste mecanismo está no facto de que, o avanço da recolha pode ser feito praticamente em tempo real em todos os municípios.

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1.3.1- Fases do projecto O RGPH- 2010 abrangeu toda a extensão do território nacional e, foi executado em três grandes fases, a saber:

A fase preparatória : consistiu na elaboração e promulgação dos diplomas legais das estruturas de implementação e execução, na apresentação do projecto para efeitos de financiamento, nas actividades de cartografia censitária, na determinação das necessidades de dados, na preparação do plano de tubulação e de análise, na elaboração dos instrumentos de recolha, na sensibilização da população e na realização do recenseamento piloto;

A fase principal de contagem que consistiu: na finalização dos documentos técnicos,

na sensibilização, na recolha dos dados e na realização do inquérito pós-censitário;

A fase de tratamento, análise e divulgação: ela diz respeito ao tratamento dos dados, a análise, a elaboração dos indicadores de avaliação e de impacto das políticas de desenvolvimento, a publicação e a divulgação de dados.

1.3.2- Porque utilizar a recolha com PDA? Tradicionalmente os INE's são entidades inovadoras do ponto de vista da utilização de tecnologias de informação, muito por força da natureza das suas actividades. O Censo foi por si só uma das principais actividades promotoras da utilização de tecnologia de ponta. O Censo 2010 teve, no entanto, um cariz tecnológico diferente dos censos precedentes. O INE adoptou uma postura pró-activa na busca de soluções tecnológicas que, por um lado, promoveu a realização de um censo com mais qualidade (na componente fiabilidade e oportunidade) e, por outro, reforçou as capacidades institucionais. Todas as actividades tiveram por enquadramento, o Plano Tecnológico do SEN e a Agenda Estatística para o Desenvolvimento.

1.3.3- Cartografia A cartografia serviu para delimitar e referenciar geograficamente o universo de estudo e as suas unidades de observação, estimando as distâncias e os levantamentos, planificar a estratégia de recolha, assegurar a cobertura de cada uma das unidades administrativas do país, e evitar o sub/sobre-registro. Isto foi obtido com o aperfeiçoamento dos mapas utilizados na operação e com um sistema de arquivos e cadastros, que juntos, constituem a Base Territorial. Os principais objectivos da cartografia para o RGPH-2010 foram de:

Assegurar a total cobertura do país; Geo-referenciar os edifícios; Constituir um cadastro de endereços e; Facilitar a representação, a análise e a divulgação dos resultados.

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1.3.4- Recenseamento piloto O recenseamento piloto constituiu uma das actividades preparatórias do RGPH- 2010. Ele visou, fundamentalmente, testar todos os procedimentos e métodos e, melhorar o conteúdo do questionário e outros instrumentos de recolha, assim como a formação, os procedimentos de recolha e de tratamento informático. Foi realizada de 31 de Agosto a 12 de Setembro de 2009, uma formação dirigida aos agentes de recolha de dados no terreno de forma centralizada na Praia, com vista a garantir uma boa realização e sucesso da mesma. Tinha por objectivos dotar os agentes de conhecimentos teóricos e práticos necessários a uma correcta orientação no terreno e abordagem junto dos representantes dos agregados familiares e preenchimento correcto dos questionários.

1.3.5- Sensibilização Sendo o RGPH-2010 uma operação complexa que consegue disponibilizar informações detalhadas até à menor divisão administrativa do país, apostou-se fortemente na sensibilização dos parceiros a nível de todos os concelhos, visto que o INE não possui serviços desconcentrados nesses concelhos. Por isso, foi criada, de Março a Maio de 2009, em todos os concelhos do País, uma Comissão Municipal, coordenada pelo Delegado do MADRRM no Concelho e, integrou ainda representantes das Câmaras Municipais, dos Ministérios da Educação e Desporto, da Saúde e da Administração Interna, através dos respectivos serviços desconcentrados. Essa comissão teve por finalidade apoiar o INE na logística e na sensibilização.

1.3.6- Recolha principal

A recolha de informações constituiu uma das fases mais importantes do RGPH-2010. As principais preocupações foram garantir a cobertura da população; assegurar a qualidade das informações e atender ao cumprimento dos prazos estabelecidos. Assim, aspectos como dimensionamento adequado das equipes de terreno, o planeamento e execução cuidadosa das actividades de controlo dos trabalhos e o suporte de um sistema de informações adequado contribuíram, decisivamente, para o sucesso desta actividade.

A recolha dos dados decorreu de 16 a 30 de Junho de 2010, em toda a extensão do território. O pessoal do terreno era composto por cerca de 1200 agentes recenseadores, 141 controladores e 75 supervisores, numa proporção de 5 agentes recenseadores por controlador.

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1.3.7- Próximos passos Serão disponibilizados aos diferentes departamentos ministeriais e parceiros, e outros utilizadores, 24 volumes referentes aos resultados sob forma de quadros brutos; um volume estatístico para cada município, um volume correspondente à distribuição espacial da população, um volume relativo aos equipamentos colectivos e 17 volumes de análise sobre os seguintes temas :

1- Avaliação da qualidade do Censo 2- Estrutura por sexo e idade da população e repartição espacial 3- Migração e urbanização 4 -Situação matrimonial e nupcialidade 5- Educação e alfabetização 6- Características económicas da população 7 - Condições de vida das famílias 8- Fecundidade 9- Crianças e adolescentes em Cabo Verde 10- População com incapacidade 11- População idosa 12- Mulheres e Homens em Cabo Verde 13- Mortalidade 14-Monografia da Praia 15- Medidas de pobreza a partir dos dados do Censo (incluindo cartografia da pobreza) 16-Síntese dos principais resultados (incluindo os indicadores recomendados nas conferencias internacionais). 17- Infra-estruturas de base (dados da cartografia).

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II- PRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS PRELIMINARES

2.1- DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

Edifício

É considerado edifício, toda a construção independente, coberta, limitada por paredes exteriores ou paredes-meias que vão da fundação à cobertura, destinada a servir de habitação ou outros fins.

Um edifício é, por princípio, uma construção distinta:

• Tem uma entrada particular; • Não tem habitualmente comunicação com outros edifícios • Pode ter um número de identificação independente (nº de lote, de porta, de bloco, etc.)

Alojamento

Entende-se por alojamento todo o local distinto e independente que, pelo modo como foi construído, reconstruído, ampliado ou transformado, se destina à habitação e que no momento censitário, não está a ser utilizado totalmente para outros fins.

Alojamento Familiar

Define-se como alojamento familiar todo o alojamento que pelo modo como foi construído, ou como está a ser utilizado, se destina a alojar, normalmente, apenas um agregado familiar, embora nele possam residir vários agregados no momento censitário. Os alojamentos familiares podem ser de dois tipos: Alojamento familiar clássico e Alojamento familiar não clássico

Alojamento colectivo

Define-se como alojamento colectivo todo o alojamento, estruturalmente separado e independente que, pela forma como foi construído ou transformado, se destina a alojar um conjunto de pessoas e que, no momento censitário está em funcionamento, ocupado ou não por uma ou mais pessoas, independentemente de serem residentes ou apenas presentes não residentes.

Tipos de alojamento colectivo

o Hotéis, Residenciais e Similares

Alojamento colectivo que ocupa a totalidade ou parte de uma construção permanente ou de um conjunto de construções permanentes, que se destina a albergar um conjunto de pessoas sem objectivos comuns e segundo um determinado preço, tal como um hotel ou uma pensão entre outros. Incluem-se também os estabelecimentos de turismo em espaço rural.

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o Convivências

Alojamento colectivo que ocupa a totalidade ou parte de uma construção permanente ou de um conjunto de construções permanentes ou de circunstância e que se destina a ser habitado por um grupo numeroso de pessoas submetidas a uma autoridade ou a um regime comum e ligadas por um objectivo ou interesses pessoais comuns.

Agregado familiar

É um conjunto formado por uma ou mais pessoas, aparentadas ou não, que vivem habitualmente debaixo do mesmo tecto, sob a responsabilidade de um representante, partilhando em comum a satisfação das necessidades essenciais, ou seja, a despesa da habitação, alimentação e/ou vestuário.

População residente

Toda a pessoa que vive habitualmente (há 6 meses ou mais) num agregado familiar, independentemente de ali ter ou não passado a noite de 15 para 16 de Junho de 2010;

Toda a pessoa que vive, há menos de 6 meses, num agregado familiar, mas que tenciona aí ficar durante seis meses ou mais.

o Residente presente

Toda a pessoa que reside habitualmente (há 6 meses ou mais) no agregado e ali passou a noite de 15 para 16 de Junho de 2010.

o Residente ausente

Toda a pessoa que reside habitualmente no agregado familiar, mas na noite de 15 para 16 de Junho de 2010 se encontrava temporariamente ausente, ou seja, estava fora do local de residência ou do país, por um período inferior a 6 meses e tenha intenção de retorno.

o População não residente -Visitas

Toda a pessoa que passou a noite de 15 para 16 de Junho de 2010 no agregado familiar, mas que ali não reside habitualmente e nem tem intenção de ficar por 6 meses ou mais.

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3- PRINCIPAIS RESULTADOS Convem relembrar que o RGPH abrangeu 4 unidades estatísticas de observação, ou sejam : os edifícios, os alojamentos, os agregados familiares e os indivíduos. Os resultados da vertente População são oriundos das informações recolhidas nas unidades estatísticas «Agregados Familiares» e «Indivíduos», enquanto os da habitação provêm das informações recolhidas nas unidades estatísticas «Edifícios» e «Alojamentos».

3.1- Dados Populacionais Na sequência do Recenseamento Geral da População e Habitação realizado de 16 a 30 de junho de 2010, a população de Cabo Verde eleva-se a 491.575 habitantes. A quase totalidade da população recenseada era residente presente no momento censitário (96,5%). No que diz respeito os efectivos por género, os resultados mostram que não existe grande diferença entre os homens e as mulheres, com cerca de 50% para ambos os sexos. Por outro lado, nota-se grandes disparidades entre os dois meios de residência, com cerca de 62% da população vivendo no meio urbano contra cerca de 38% no meio rural.

Urbano62%

Rural38%

Gráfico 4.1.1: Repartição da população por meio de résidência, 2010

Fonte: Quadro 4.1.1

Quadro 4.1.1: Distribuição da população por sexo e por meio de residência, 2010

Sexe Masculino Feminino Total

Efectivo % Efectivo % Efectivo % 243.315 49,5 248.260 50,5 491.575 100

Meio de residência

Urbano Rural Total Efectivo % Efectivo % Efectivo % 303.673 61,8 187.865 38,2 491.575 100

Fonte : dados RGPH, 2010

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3.1.1- Rítmo de crescimento Entre 2000 e 2010, a população cresceu de 434.625 habitantes para 491.575 habitantes. Este corresponde a um ritmo de crescimento médio anual de 1,23%. Em comparação com a década 1990-2000, em que se verificou um ritmo de 2,4%, houve uma diminuição importante do ritmo de crescimento da população, de quase metade. Essa diminuição é mais accentuada nos concelhos de Ribeira Grande de Santo Antão, Paul, Brava e Ribeira Brava de São Nicolau. Se o ritmo actual se mantiver constante, o efectivo da população Cabo-verdiana duplicará em 56,3 anos.

‐4,0

‐2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

Ribeir

a Gran

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ogo Brava

Cabo

Verde

%

Gráfico 4.1.2: taxa de crescimento médio anual por Concelho, 2000-2010

Fonte: Quadro 4.1.2

Quadro 4.1.2: População e Taxa de Crescimento Médio Anual-TCMA (%) por Concelho, Cabo Verde, 2000-2010

CONCELHO POPULAÇÃO 

TCMA  

2000  2010    Total Cabo Verde  434625  491575  1,23 

Ribeira Grande  21.594  18.890  ‐1,3 Paul  8.385  7.032  ‐1,8 Porto Novo  17.191  17.993  0,5 S. Vicente  67.163  76.107  1,3 Ribeira Brava  8.467  7.580  ‐1,1 Tarrafal de S. Nicolau  5.194  5.237  0,1 Sal  14.816  25.657  5,5 Boavista  4.209  9.162  7,8 Maio  6.754  6.952  0,3 Tarrafal  17.792  18.565  0,4 Santa Catarina  40.852  43.297  0,6 Santa Cruz  25.206  26.609  0,5 Praia  98.129  132.317  3,0 S. Domingos  13.320  13.686  0,3 Calheta de S. Miguel  16.128  15.648  ‐0,3 

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S. Salvador do Mundo  9.172  8.677  ‐0,6 S. Lourenço dos Órgãos  7.809  7.388  ‐0,6 Ribeira Grande de Santiago  8.219  7.732  ‐0,6 Mosteiros  9.469  9.524  0,1 S. Filipe  23.156  22.228  ‐0,4 Santa Catarina do Fogo  4.796  5.299  1,0 Brava  6.804  5.995  ‐1,3 

3.1.2- Repartição da população por Ilha e Concelho

o População por ilha Os resultados mostram que mais de metade da população caboverdiana vive na ilha de Santiago (55,7%), seguida pelas ilhas de São Vicente (15,5%), Santo Antão (8,9%), Fogo (7,5%) e Sal (5,2%). Por outro lado, o restante das ilhas representa apenas menos de 8% da população.

Gráfico 4.1.3: Repartição da População por ilha, 2010  

 

o População por concelho A análise por concelho revela que Praia é o concelho mais povoado, albergando ligeiramente mais de um quarto da população do país (26,9%). De igual modo, Praia abrange 48% da população da ilha de Santiago. São Vicente e Santa Catarina são o segundo e o terceiro concelhos mais povoados do país, onde vivem respectivamente 15,5% e 8,8% da população. Em Santo Antão, o essencial da população da ilha vive nos concelhos de Ribeira Grande e Porto Novo (respectivamente 43% e 41%). No Fogo, 60% da população vive no concelho de São Filipe e um quarto (25,7%) vive nos Mosteiros.

Quadro 4.1.3: Distribuição da população por ilha e Concelho, 2010

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Ilha Efectivo % Concelho Efectivo %

Total 491.575 100,0 Total 491.575 100,0 Santo Antão

43.915

8,9

Ribeira Grande 18.890 3,8 Paul 7.032 1,4 Porto Novo 17.993 3,7

S. Vicente 76.107 15,5 S. Vicente 76.107 15,5 S. Nicolau

12.817

2,6

Ribeira Brava 7.580 1,5 Tarrafal de S. Nicolau 5.237 1,1

Sal 25.657 5,2 Sal 25.657 5,2 Boavista 9.162 1,9 Boavista 9.162 1,9 Maio 6.952 1,4 Maio 6.952 1,4 Santiago

273.919

55,7

Tarrafal 18.565 3,8 Santa Catarina 43.297 8,8 Santa Cruz 26.609 5,4 Praia 132.317 26,9 S. Domingos 13.686 2,8 Calheta de S. Miguel 15.648 3,2 S. Salvador do Mundo 8.677 1,8 S. Lourenço dos Órgãos 7.388 1,5 Ribeira Grande de Santiago 7.732 1,6

Fogo

37.051

7,5

Mosteiros 9.524 1,9 S. Filipe 22.228 4,5 Santa Catarina do Fogo 5.299 1,1

Brava 5.995 1,2 Brava 5.995 1,2 Fonte: dados RGPH, 2010

3.1.3- Repartição da população por concelho segundo o sexo Como acima referido, no total, existe poucas diferenças entre os efectivos de homens e de mulheres. Contudo, nota-se disparidades quando se trata da repartição por concelho. O quadro 1.4 mostra que nos 3 concelhos de Santo Antão, em São Vicente, nos 2 concelhos de São Nicolau, no Sal e na Boavista, existe uma ligeira superioridade numérica de homens em relação as mulheres. As diferenças observadas entre os dois sexos variam de 4,4% em Santo Antão e 18,4% na Boavista. Por outro lado, nota-se uma tendência inversa nos outros concelhos do país onde a proporção das mulheres ultrapassa ligeiramente a dos homens.

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0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

Ribeira GrandePaul

Porto NovoS. Vicente

Ribeira BravaTarrafal de S. Nicolau

SalBoavista

MaioTarrafal

Santa CatarinaSanta Cruz

PraiaS. Domingos

Calheta de S. MiguelS. Salvador do Mundo

S. Lourenço dos ÓrgãosRibeira Grande de Santiago

MosteirosS. Filipe

Santa Catarina do FogoBrava

Cabo Verde

Gráfico 4.1.4: Repartição da população por Concelho segundo o sexo, 2010

Feminino

Masculino

Fonte: Quadro 4.1.4

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 16 

Quadro 4.1.4 Distribuição da população segundo o sexo e por Concelho, 2010

Concelho

Total Masculino Feminino Efectivo Efectivo % Efectivo %

Total 491.575 243.315 49,5 248.260 50,5 Ribeira Grande 18.890 9.858 52,2 9.032 47,8 Paul 7.032 3.846 54,7 3.186 45,3 Porto Novo 17.993 9.413 52,3 8.580 47,7 S. Vicente 76.107 38.347 50,4 37.760 49,6 Ribeira Brava 7.580 3.888 51,3 3.692 48,7 Tarrafal de S. Nicolau 5.237 2.734 52,2 2.503 47,8 Sal 25.657 13.791 53,8 11.866 46,2 Boavista 9.162 5.424 59,2 3.738 40,8 Maio 6.952 3.368 48,4 3.584 51,6 Tarrafal 18.565 8.400 45,2 10.165 54,8 Santa Catarina 43.297 20.272 46,8 23.025 53,2 Santa Cruz 26.609 12.855 48,3 13.754 51,7 Praia 132.317 64.924 49,1 67.393 50,9 S. Domingos 13.686 6.651 48,6 7.035 51,4 Calheta de S. Miguel 15.648 7.025 44,9 8.623 55,1 S. Salvador do Mundo 8.677 4.066 46,9 4.611 53,1 S. Lourenço dos Órgãos 7.388 3.571 48,3 3.817 51,7 Ribeira Grande de Santiago 7.732 3.669 47,5 4.063 52,5 Mosteiros 9.524 4.666 49,0 4.858 51,0 S. Filipe 22.228 10.977 49,4 11.251 50,6 Santa Catarina do Fogo 5.299 2.596 49,0 2.703 51,0 Brava 5.995 2.974 49,6 3.021 50,4 Fonte: dados RGPH, 2010

3.1.4- Repartição da population por Concelho segundo o meio de residência O gráfico 1.4 mostra que nos concelhos da Praia, São Vicente e Sal a população é maioritariamente urbana (mais de 90%), seguidos pelos concelhos de Tarrafal de São Nicolau (71,9%), de Boavista (59%) e de Porto Novo (52,4%), sendo os outros maioritariamente rurais. Em Santa Catarina de Fogo, Ribeira Grande de Santiago, Paul, S. Salvador do Mundo e São Domingos, mais de 80% das suas populações vivem no meio rural.

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 17 

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0100,0110,0

Ribeira GrandePaul

Porto NovoS. Vicente

Ribeira BravaTarrafal de S. Nicolau

SalBoavista

MaioTarrafal

Santa CatarinaSanta Cruz

PraiaS. Domingos

Calheta de S. MiguelS. Salvador do Mundo

S. Lourenço dos ÓrgãosRibeira Grande de Santiago

MosteirosS. Filipe

Santa Catarina do FogoBrava

Cabo verde

Gráfico 1.4: Repartição da população por Concelho segundo o meio de residência, 2010

RuralUrbano

Fonte: Quadro 4.1.5

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 18 

Quadro 4.1.5: Distribuição da população por Concelho segundo o meio de residência, 2010

Concelho Total Urbano Rural

Efectivo Efectivo % Efectivo % Total Cabo Verde 491.575 303.673 61,8 187.902 38,2 Ribeira Grande 18.890 4.625 24,5 14.265 75,5 Paul 7032 1.263 18,1 5.769 82,0 Porto Novo 17.993 9.430 52,4 8.563 47,6 S. Vicente 76.107 70.468 92,6 5.639 7,4 Ribeira Brava 7.580 1.884 24,9 5.696 75,1 Tarrafal de S. Nicolau 5.237 3.766 71,9 1.471 28,1 Sal 25.657 23.839 92,9 1.818 7,1 Boavista 9.162 5.407 59,0 3.755 41,0 Maio 6.952 2.980 42,9 3.972 57,1 Tarrafal 18.565 6.177 33,3 12.388 66,7 Santa Catarina 43.297 12.026 27,8 31.271 72,2 Santa Cruz 26.609 9.345 35,1 17.264 64,9 Praia 132.317 127.832 96,6 4.485 3,4 S. Domingos 13.686 2.583 18,9 11.103 81,1 Calheta de S. Miguel 15.648 4.220 27,0 11.428 73,0 S. Salvador do Mundo 8.677 1.406 16,2 7.271 83,8 S. Lourenço dos Órgãos 7.388 1.699 23,0 5.689 77,0 Ribeira Grande de Santiago

7.732 1.214 15,7 6.518 84,3

Mosteiros 9.524 3.598 37,8 5.926 62,2 S. Filipe 22.228 8.125 36,6 14.103 63,4 Santa Catarina do Fogo 5.299 659 12,4 4.640 87,6 Brava 5.995 1.127 18,8 4.868 81,2 Fonte: dados RGPH, 2010

3.1.5- Repartição da população por idade

Os resultados mostram que a população Cabo-verdiana é jovem. A idade média é de 26,8 anos e 50% da população tem menos de 22 anos. No entanto, a análise por grupo etário mostra que cerca de 1/3 (31,7%) da população cabo-verdiana tem menos de 15 anos de idade, 61,9%, entre 15 e 65 anos, enquanto 6,4%, 65 anos e mais.

Quadro 4.1.6: Repartição da população por grupos etários, 2010

Grupo etário %

TOTAL 100,0 0-14 31,7 15-64 61,9 65 e + 6,4 ND 0,1

Fonte : dados RGPH, 2010

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 19 

A pirâmide abaixo ilustra o mesmo esquema e mostra uma base larga mas que comece a apertar-se. Nas tenras idades, nota-se um equilíbrio entre os dois sexos. Todavia, a forma do topo da pirâmide mostra uma sobremortalidade masculina que intervém a partir dos 85 anos. A forma da pirâmide na faixa dos 15-54 anos, indica uma estabilidade da população em idade activa para os dois sexos. Uma redução acentuada dos efectivos para ambos os sexos observa-se na faixa dos 60-69 anos. Isso poderia ser imputado à sobremortalidade de crianças durante o período da fome de 1947, ou seja à emigração.

40.000 30.000 20.000 10.000 0 10.000 20.000 30.000 40.000

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-8485-89

90+

Grafíco 4.1.6: Pirâmide etária, Cabo Verde 2010

Feminin Masculin

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 20 

Quadro 4.1.7: Repartição da população por sexo e por grupos etários, 2010

Grupos etários

Total Masculino Feminino Efectivo Efectivo % Efectivo %

Total Cabo Verde 491.575 243.315 49,5 248.260 50,5 0-4 50.198 25.122 50,0 25.076 50,0 5-9 50.204 25.167 50,1 25.037 49,9 10-14 55.219 27.862 50,5 27.357 49,5 15-19 59.055 29.655 50,2 29.400 49,8 20-24 52.886 27.309 51,6 25.577 48,4 25-29 44.311 23.310 52,6 21.001 47,4 30-34 34.484 18.147 52,6 16.337 47,4 35-39 27.225 14.097 51,8 13.128 48,2 40-44 26.290 12.988 49,4 13.302 50,6 45-49 23.510 11.348 48,3 12.162 51,7 50-54 18.158 8.160 44,9 9.998 55,1 55-59 12.142 4.946 40,7 7.196 59,3 60-64 6.190 2.610 42,2 3.580 57,8 65-69 6.215 2.499 40,2 3.716 59,8 70-74 8.666 3.437 39,7 5.229 60,3 75-79 7.433 2.979 40,1 4.454 59,9 80-84 5.276 2.092 39,7 3.184 60,3 85-89 2.185 827 37,8 1.358 62,2 90+ 1.570 549 35,0 1.021 65,0 ND 358 211 58,9 147 41,1

Fonte: dados RGPH, 2010 Por outro lado, os resultados mostram que as 491.575 pessoas foram recenseadas em 124.911 agregados familiares, correspondendo a uma média de 3,9 pessoas por agregado. Comparativamente à média nacional, a análise por Concelho revela que São Domingos, São Salvador do Mundo e São Lourenço dos Órgãos são os concelhos com maiores pessoas por agregado (5), ao contrário da Boavista e do Sal com 3,3 e 3,4 pessoas por agregado.

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 21 

3,8

4,24,0

3,6 3,7

4,1

3,4 3,3 3,6

4,1 4,4 4,6

3,7

5,04,4

5,0 5,0 4,84,2 4,3 4,6

3,73,9

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Ribe

ira G

rand

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S. V

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édio 

Gráfico 4.1.7: Tamanho médio dos Agregados Familiares por Concelho, Cabo verde 2010

Fonte: Quadro 4.1.8 Quadro 4.1.8: tamanho médio dos agregados familiares por Concelho, 2010

Concelho População Agregado Familiar Tamanho médio Total 491.538 124.911 3,9 Ribeira Grande 18.890 4.952 3,8 Paul 7032 1.676 4,2 Porto Novo 17.993 4.544 4,0 S. Vicente 76.107 20.986 3,6 Ribeira Brava 7.580 2.058 3,7 Tarrafal de S. Nicolau 5.237 1.290 4,1 Sal 25.657 7.564 3,4 Boavista 9.162 2.819 3,3 Maio 6.952 1.941 3,6 Tarrafal 18.565 4.531 4,1 Santa Catarina 43.297 9.929 4,4 Santa Cruz 26.609 5.750 4,6 Praia 132.317 35.476 3,7 S. Domingos 13.686 2.719 5,0 Calheta de S. Miguel 15.648 3.561 4,4 S. Salvador do Mundo 8.677 1.739 5,0 S. Lourenço dos Órgãos 7.388 1.481 5,0 Ribeira Grande de Santiago 7.732 1.605 4,8 Mosteiros 9.524 2.270 4,2 S. Filipe 22.228 5.229 4,3 Santa Catarina do Fogo 5.299 1.149 4,6 Brava 5.995 1.642 3,7

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 22 

3.2- Dados da habitação

Como acima referido, esta secção apresenta os resultados das informações recolhidas nas unidades estatísticas denominadas «Edifícios» e «Alojamentos». Para essa última unidade, os resultados dizem respeito aos alojamentos familiares.

3.2.1-Edifícios O quadro abaixo mostra que 121.359 edifícios foram recenseados durante o RGPH. Quase todos os edifícios (92,5%) estão destinados exclusivamente à habitação. A análise por concelho mostra que a Praia concentra 22,7% dos edifícios do país. É seguido pelo São Vicente (16%) e Santa Catarina de Santiago (9,2%). Ao contrário, os menores números de edifícios foram observados nos concelhos do Tarrafal de São Nicolau, Santa Catarina do Fogo, Paul (a volta de 1,3%) e Brava (1,7%).

0,02,55,07,5

10,012,515,017,520,022,525,0

Rib

eira

Gra

nde

Paul

Port

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S. V

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do …

Bra

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%

Gráfico 4.2.1: répartição dos edifíos por Concelho, Cabo verde 2010

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 23 

Quadro 4.2.1: Repartição dos edifícios por Concelho, Cabo verde 2010

Concelho Edifícios % Total Cabo verde 121359 100,0 Ribeira Grande 5472 4,5 Paul 1713 1,4 Porto Novo 5245 4,3 S. Vicente 19423 16,0 Ribeira Brava 2474 2,0 Tarrafal de S. Nicolau 1569 1,3 Sal 4690 3,9 Boavista 2486 2,0 Maio 2323 1,9 Tarrafal 5338 4,4 Santa Catarina 11196 9,2 Santa Cruz 6333 5,2 Praia 27542 22,7 S. Domingos 2855 2,4 Calheta de S. Miguel 4468 3,7 S. Salvador do Mundo 1959 1,6 S. Lourenço dos Órgãos 1656 1,4 Ribeira Grande de Santiago 1816 1,5 Mosteiros 2859 2,4 S. Filipe 6291 5,2 Santa Catarina do Fogo 1572 1,3 Brava 2079 1,7

Por outro lado, quando consideramos o tipo de uso dos edifícios, a maioria é afectada exclusivamente à habitação (92,5%). Todavia, nota-se que não há uma diferença significativa em termos de proporção entre os concelhos. Os outros tipos de uso só representam 7,5%. Relativamente aos edifícios maioritariamente destinados à habitação, Sal e Boavista se destacam, apresentando respectivamente 15,1% dos edifícios recenseados e, 12,4%.

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 24 

Quadro 4.2.2: Repartição dos edifícios segundo o tipo de utilização por concelho, Cabo verde 2010

Concelho

Total

Edifício afecta exclusivamente à

habitação

Edifício com a maior parte afecta

à habitação

Edifício com a maior parte

afecta a outros fins

Efectivo % Efectivo % Efectivo % Total Cabo Verde 121359 112268 92,5 7601 6,3 1490 1,2 Ribeira Grande 5472 5160 94,3 269 4,9 43 0,8 Paul 1713 1594 93,1 84 4,9 35 2,0 Porto Novo 5245 4952 94,4 224 4,3 69 1,3 S. Vicente 19423 17461 89,9 1749 9,0 213 1,1 Ribeira Brava 2474 2342 94,7 107 4,3 25 1,0 Tarrafal de S. Nicolau 1569 1445 92,1 101 6,4 23 1,5 Sal 4690 3860 82,3 707 15,1 123 2,6 Boavista 2486 2129 85,6 309 12,4 48 1,9 Maio 2323 2155 92,8 108 4,6 60 2,6 Tarrafal 5338 5118 95,9 172 3,2 48 0,9 Santa Catarina 11196 10556 94,3 554 4,9 86 0,8 Santa Cruz 6333 6051 95,5 194 3,1 88 1,4 Praia 27542 24789 90,0 2380 8,6 373 1,4 S. Domingos 2855 2772 97,1 65 2,3 18 0,6 Calheta de S. Miguel 4468 4350 97,4 72 1,6 46 1,0 S. Salvador do Mundo 1959 1913 97,7 39 2,0 7 0,4 S. Lourenço dos Órgãos 1656 1610 97,2 39 2,4 7 0,4 Ribeira Grande de Santiago

1816 1800 99,1 12 0,7 4 0,2

Mosteiros 2859 2682 93,8 145 5,1 32 1,1 S. Filipe 6291 6046 96,1 192 3,1 53 0,8 Santa Catarina do Fogo 1572 1499 95,4 20 1,3 53 3,4 Brava 2079 1984 95,4 59 2,8 36 1,7

3.2.2-Alojamentos familiares As análises revelam que dos 121.359 edifícios recenseados, 146.542 alojamentos familiares foram identificados. De entre os tipos de alojamentos recenseados, um pouco mais de 3/5 (61,7%) são constituídos por alojamentos independentes, cerca de 1/3 (31,6%) são apartamentos e, menos de 1/5 (17,2%) são constituídos por outros tipos de alojamentos.

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 25 

Gráfico 4.2.2: Repartição dos alojamentos familiares, segundo o tipo, 2010  

 

Ribeira Grande de Santiago e São Salvador do Mundo são os concelhos que albergam mais alojamentos independentes (a volta de 98%), ao contrário dos do Sal e da Boavista onde esses tipos de alojamentos não são frequentes (respectivamente, 26,1% e 52,2%). Os alojamentos de tipo «apartamento» são mais frequentes no Sal e na Praia (respectivamente, 70,7% e 51,7%) e, numa escala menor, na Boavista, São Vicente e Santa Catarina de Santiago (respectivamente, 44,7%, 35,9% e 25,8%).

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Relatório de apresentação dos dados Preliminares do Censo 2010 (Setembro de 2010)   Página 26 

Quadro 4.2.3: repartição dos alojamentos familiares segundo o tipo por concelho, Cabo verde 2010

Concelho

Total Moradia independente

Apartamento Outros

Efectivo Efectivo % Efectivo % Efectivo % Total Cabo Verde 146.542 98.360 67,1 46.376 31,6 1.806 1,2 Ribeira Grande 5.796 4.956 85,5 824 14,2 16 0,3 Paul 1.867 1.583 84,8 247 13,2 37 2,0 Porto Novo 5.615 4.725 84,1 883 15,7 7 0,1 S. Vicente 24.746 14.883 60,1 8.882 35,9 981 4,0 Ribeira Brava 2.649 2.308 87,1 333 12,6 8 0,3 Tarrafal de S. Nicolau 1.701 1.467 86,2 231 13,6 3 0,2 Sal 9.001 2.346 26,1 6.363 70,7 292 3,2 Boavista 3.474 1.813 52,2 1.552 44,7 109 3,1 Maio 2.601 2.007 77,2 586 22,5 8 0,3 Tarrafal 5.623 4.725 84,0 894 15,9 4 0,1 Santa Catarina 11.992 8.889 74,1 3.091 25,8 12 0,1 Santa Cruz 6.641 5.901 88,9 717 10,8 23 0,3 Praia 38.548 18.390 47,7 19.938 51,7 220 0,6 S. Domingos 2.897 2.767 95,5 126 4,3 4 0,1 Calheta de S. Miguel 4.587 4.301 93,8 226 4,9 60 1,3 S. Salvador do Mundo 1.962 1.933 98,5 29 1,5 0 0,0 S. Lourenço dos Órgãos 1.679 1.596 95,1 83 4,9 0 0,0 Ribeira Grande de Santiago

1.813 1.777 98,0 22 1,2 14 0,8

Mosteiros 2.945 2.702 91,7 242 8,2 1 0,0 S. Filipe 6.673 5.806 87,0 865 13,0 2 0,0 Santa Catarina do Fogo 1.590 1.511 95,0 76 4,8 3 0,2 Brava 2.142 1.974 92,2 166 7,7 2 0,1 Instituto Nacional de Estatística