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Apresentação de resumos científicos

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Orientação para as apresentações:

ATENÇÃO AO DIA/HORÁRIO de cada apresentação que está determinado acima do referido resumo.

Orientação para elaboração de pôsterDimensõesOs pôsteres deverão medir 0,90 m de largura por 1,10 m de altura.ConteúdoDeverão incluir os seguintes itens: título, nome do autor e co- autores e respectivas instituições, localidade, introdução, objetivos, material e métodos, resultados e conclusões e, quando for o caso, a(s) fonte(s) de financiamento do trabalho. O texto poderá conter gráficos, desenhos e ilustrações.AparênciaNão use informações em demasia na sua apresentação. Enfatize tendências e comparações, por meio de gráficos e diagramas simplificados. Redija um texto simples e claro. Evite abreviaçõese siglas. Evite também o excesso de números, bem como palavras ougráficos complicados. O uso apropriado de cores na construção e montagem de gráficos, diagramas e textos melhoram a aparência e facilitam a leitura.FontesA fonte deverá permitir a leitura a uma distância de 1 (um) metro. Evite fontes com corpo fino. Use maiúscula em negrito para títulos, subtítulos e cabeçalhos. No corpo do pôster, empregue maiúsculas e minúsculas. As letras do título do trabalho deverão ter, no mínimo, 4cm de altura e estar posicionadas na parte superior do painel.

Orientação para apresentação oralAs apresentações devem ser compatíveis com o PowerPoint ® (Microsoft) ou KeyNotes ® (Apple), o apresentador também poderá utilizar seu próprio disponistivo, desde que este tenha compatibilidade com um cabo VGA.Cada apresentação deve conter título do trabalho, nome do autor e co- autores e respectivas instituições, localidade, introdução, objetivos, material e métodos, resultados e conclusões e,quando for o caso, a(s) fonte(s) de financiamento do trabalho. O texto poderá conter gráficos, desenhos e ilustrações. A apresentação não deve ultrapassar 10 minutos. Após cada apresentação haverá 5 minutos para que os ouvintes proponham perguntas.

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Apresentação

Oral

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COMPORTAMENTO DE ESPREITA DO CARRAPATO Amblyomma sculptum NO PANTANAL BRASILEIROV.N.Ramos1, C.F.Ozava2, U.Piovezan3, M.P.J.Szabó2

1. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Universidade de São Paulo, SP 2. Laboratório de Ixodologia, Universidade Federal de Uberlândia, MG3. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Pantanal, MS

 O carrapato Amblyomma sculptum possui ampla distribuição e elevada relevância epidemiológica no Brasil por ser o principal vetor da Febre Maculosa Brasileira. Neste trabalho, descrevemos um dos comportamentos de busca por hospedeiros exibido por este carrapato – o comportamento de espreita. O estudo foi feito durante dois anos no Pantanal brasileiro, na região da Nhecolândia, Mato Grosso do Sul. As amostragens foram padronizadas para o período da manhã (7h00-11h00). Por meio de busca visual, carrapatos na vegetação, em trilhas no interior de formações florestais, foram detectados e identificados, tendo a altura de sua posição anotada. Além disso, amostras de serrapilheira dessas mesmas trilhas foram triadas à procura de carrapatos. Foram observados 173 adultos e 87 ninfas na vegetação e 09 adultos e 20 ninfas na serrapilheira. A maioria dos carrapatos foi observada entre 10 e 50cm de altura. A mediana da altura para adultos foi de 30cm, das ninfas foi de 25cm. Somente 12 espécimes (4.6% do total) estavam abaixo desta altura. O déficit de saturação hídrica (DH) foi baixo (de 1,5 a 4,0 mmHg) nas duas estações (seca e úmida). Não encontramos relação entre o número de carrapatos em espreita e o horário de observação ou DH. Entretanto, carrapatos em espreita tenderam estar em maior número no final da manhã, período em que o DH atingiu seu maior valor. Os padrões observados no Pantanal para A. sculptum podem ser utilizados como ponto de partida para inferências sobre as relações entre comportamento humano e de carrapatos que potencializam o contato e o risco a doenças transmitidas por esses [email protected]

O1 - 12/08 - 15:45 - 16:00h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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DETECÇÃO DE ANTICORPOS IgG ANTI R. RICKETTSII EM ANIMAIS DOMÉSTICOS E SILVESTRES NA REGIÃO DE CAMPINAS-SP, BRASIL.M. A. Carvalho1, L. S. Mascarini1, C. E. Souza1, F. C. M, Uchoa1, G. Laurindo2, A. Pinter3

1 Laboratório de Carrapatos, Superintendência de Controle de Endemias, Mogi Guaçu, SP.2 Divisão de Orientação Técnica, Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo, SP.3 Coordenação dos Laboratórios de Referência e Desenvolvimento Científico, Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo, SP. A febre maculosa brasileira (FMB) é uma zoonose transmitida por carrapatos da espécie Amblyomma sculptum, que é considerado o principal vetor da bactéria Rickettsia rickettsii no Brasil. Esta bactéria representa um problema de saúde pública de importância global. O objetivo deste estudo foi comparar estatisticamente as médias geométricas dos títulos de anticorpos anti R. rickettsii encontrados nos inquéritos soroepidemiológicos de algumas espécies de animais da região endêmica para FMB de Campinas-SP. Foram analisadas amostras de soros de 245 cães (Canis familiaris), 132 equinos (Equus caballus), 329 capivaras (Hydrochaeris hydrochaerus) e 109 gambás (Didelphis aurita 44 e 65 Didelphis albiventris). Essas amostras foram processadas pela técnica de imunofluorescência indireta (RIFI) contra o antígeno R. rickettsii, considerando reagentes os soros com títulos ≥1:64. Foram calculadas as médias geométricas dos títulos para cada espécie de animal testada: cães 162,3, equinos 244,9, capivaras 158,2 e gambás 113,3. A prevalência encontrada foi de 28,6% em cães, 47,7% em equinos, 37,7% em capivaras e 36,7% em gambás. Realizou-se o teste de X2, que mostrou diferenças estatísticas entre as médias dos títulos dos animais testados. Para saber dentre essas quais possuíam médias iguais ou não, foi realizado a análise de variância, testando a média de cada espécie (duas a duas). Apenas o equino mostrou diferença estatística em relação aos outros animais. Este estudo comprova que na região de Campinas, os equinos podem ser considerados melhores sentinelas quando comparado as outras espécies analisadas, pois apresentaram a maior média geométrica dos títulos de anticorpos contra o antígeno R. [email protected]

O2 - 12/08 - 16:00 - 16:15h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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FEBRE MACULOSA NO RIO DE JANEIRO: EPIDEMIOLOGÍA, VETORES E HOSPEDEIROS, 1980-2014. D.Montenegro-López1,2*, A. Borsoi2, K. Bitencourth2, K.M.  Cardoso2, M.B. Sousa3, C. Giordano-Dias3, M. Amorim2, N.M. Serra-Freire2, R.P. Brazil1, S.V. Oliveira4, G.S. Gazeta2.

1-Laboratório de Doenças Parasitarias, Instituto Oswaldo Cruz (IOC)/ Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ Brasil.2-Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses-SVS/MS,  IOC/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ Brasil.3-Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro –SES, Brazil4-Secretaria de Vigilância em Saúde-SVS /Ministério da Saúde -MS, Brasilia DF, Brazil. Introdução:  A febre maculosa (FM) é a zoonose transmitida por carrapatos mais prevalente no Brasil. Na região Sudeste do pais, o Estado do Rio de Janeiro (RJ) destaca-se por apresentar grande diversidade de ambientes, associada à elevada densidade populacional, o que pode permitir o contato próximo com animais, suas doenças e ectoparasitos, propiciando possíveis focos de zoonoses, incluindo a FM.  Objetivo:  o presente trabalho analisa a situação eco-epidemiológica da FM no RJ durante os últimos 34 anos. Métodos: Os ectoparasitos coletados foram identificados taxonomicamente e posteriormente submetidos a PCR na busca de gens (gltA  e  ompA) para detectar Rickettsia  spp. Os dados epidemiológicos vem do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e de dados não publicados da Secretaria do Estado de Saúde do RJ. As informações foram analisadas através de estatística descritiva, multivariada e estatística espacial. Resultados: Nos últimos 34 anos há 116 casos confirmados de FM em 51% dos municípios do RJ. A dinâmica epidemiologica é muito heterogênea no tempo e espaço, mudando seu perfil de doença rural para doença urbana. O estudo identifica vetores infectados naturalmente com riquétsias do grupo FM,  sugerindo que Amblyomma sculptum, Rhipicephalus sanguineus e Ctenocephalides felis podem ser incriminados no ciclo epidêmico e Anocentor nitens e Boophilus microplus podem estar envolvidos com o ciclo enzoótico da FM no RJ. Espacial e/ou temporalmente esses ectoparasitos estão sendo modelados pelos seus hospedeiros, principalmente, equinos, bovinos, cães e gatos. Conclusão: A dinâmica eco-epidemiológica da FM no RJ envolve vários hospedeiros e seus ectoparasitos primários específicos, nesse sentido, sugerimos estratégias de vigilância e controle que podem ser adotadas e/ou adaptados pelo sistema de saúde local e nacional, que permitam prevenir focos epidêmicos e redução da morbi-mortalidadeprovocada pela doença.  [email protected]

O3 - 12/08 - 16:15 - 16:30h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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DETECÇÃO MOLECULAR DE Candidatus “Rickettsia andeanae” EM Ixodes sigelos KEIRANS, CLIFFORD & CORWIN 1976 (ACARI: IXODIDAE) NO CHILE CENTRAL.S. Muñoz-Leal1, M.G. Lopes1, T.F. Martins1, C. Figueroa2, N. Fernández-Ferrada2, D. González-Acuña2, M.B. Labruna1. 1- Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Orlando Marques de Paiva, 87, Cidade Universitária, São Paulo, SP, Brasil 05508-270.2- Departamento de Ciencias Pecuarias, Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad de Concepción, Av. Vicente Méndez 595, CP 3780000, Chillán (Biobío), Chile. As Alfa-proteobactérias do gênero Rickettsia são parasitas intracelulares obrigatórios que naturalmente infectam uma grande diversidade de artrópodes incluindo dentro deles vários táxons de carrapatos. A Candidatus “Rickettsia andeanae” é um agente classificado dentro do Grupo da Febre Maculosa que possui uma ampla distribuição na América, infectando populações de Amblyomma maculatum, A. parvum, A. pseudoconcolor, A. tigrinum, A. triste e Ixodes boliviensis. Com o objetivo de avaliar a presença de Rickettsia spp. em carrapatos do gênero Ixodes nativos do Chile, foram testados por meio da técnica da PCR convencional, machos (M), fêmeas (F), ninfas (N) e larvas (L) de quatro espécies de carrapatos: I. neuquenensis (13N, 2L, Las Cascadas 41º05S; 73º37W), I. sigelos (7F, 28N, 40L, Parque Nacional Fray Jorge 30º39’S; 71º39W), I. taglei (3F, Santa Juana 37º10’S; 72º57’W; 2F, Los Ángeles 37º28’S; 72º17’W) e I. uriae (9M, 13F, 12N, 19L, Base GGV Antártica 64º49’S; 62º51’W). Somente quatro pools de larvas de  I. sigelos foram positivos, amplificando-se em todos eles fragmentos dos genes rickettsiais gltA, OmpA e htrA. As sequências obtidas foram comparadas na base de dados GenBank, configurando 100% de identidade com Ca. “R. andeanae” do norte da Argentina, Chile, Peru, Paraguai e dos Estados Unidos (Nº de acesso GenBank EU826510, JN180849, GU169050, KF179352, EF689729 respectivamente) para todos os genes amplificados. Com esses achados, reportamos a segunda espécie do gênero Ixodes naturalmente infectada com Ca. “R. andeanae”. Ixodes sigelos é um carrapato que realiza todo seu ciclo biológico em roedores, o que torna-se um bom modelo experimental para estudos sorológicos e de patogenicidade desta espécie de Rickettsia. Por outro lado, a distribuição de I. sigelos inclui a Patagônia da Argentina e do Chile, de modo que futuros estudos deverão confirmar se essas populações de carrapatos sustentam infecções por Ca. “R. andeanae”.Agradecimentos: Beca Chile N°[email protected]

O4 - 12/08 - 16:30 - 16:45h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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Transmissão horizontal de  Rickettsia rickettsii  entre carrapatos  Amblyomma aureolatum alimentados em cobaias susceptíveis e imunes a Rickettsia rickettsiiJ. Moraes-Filho, F.B. Costa, H.S. Soares, M. Gerardi, M.B.Labruna.

Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP.

A febre maculosa é a única doença reconhecida como uma zoonose transmitida por carrapatos no Brasil, sendo causada por uma bactéria da espécie Rickettsia rickettsii, sendo transmitida por carrapatos das espécies  Amblyomma cajennense,  Amblyomma aureolatum  e Amblyomma ovale. Estudos recentes relatam que a transmissão para os carrapatos de agentes patogênicos podem ocorrer entre carrapatos infectados e não infectados, durante alimentação em locais de infecções não sistêmicas ou chamado de co-alimentação. O objetivo desde trabalho foi avaliar a transmissão de R. rickettsii por co-alimentação não sistêmica entre carrapatos larvas e ninfas se alimentado próximos (transmissão de permuta) e se alimentando distantes (transmissão distante) uns dos outros, sobre cobaias não imunes e imunes. Foram utilizadas cobaias que tiveram duas câmaras coladas em seu dorso, isoladas entre si e distantes uma da outra por pelo menos 3 cm, onde receberam primeiramente ninfas infectadas em uma das câmeras e após alguns dias, as duas câmeras foram infestadas por larvas não infectadas. Nessa primeira infestação, as cobaias estavam susceptíveis, e apresentaram rickettsemia e doença clínica grave, sendo tratadas com doxiciclina a partir do segundo dia de febre. As mesmas cobaias foram novamente infestadas conforme descrito anteriormente, no entanto, nesta infestação as cobaias estavam imunes à doença clínica, comprovadas sorologicamente com a presença de anticorpos anti-Rickettsia rickettsii, e não apresentaram ricketsemia. As larvas e ninfas ingurgitadas recuperadas nos animais imunes foram colocadas em uma incubadora a 23oC e 95% UR, onde sofreram ecdise para ninfas e adultos, respectivamente. Uma parte dos adultos foi testada na PCR em tempo real para Rickettsia rickettsii, apresentando 100% de positividade, e as ninfas foram usadas para infestar cobaias susceptíveis. As cobaias susceptíveis que receberam ninfas provenientes de cobaias não imunes apresentaram rickettsemia, febre no 7ª. dia pós-infestação e vieram a óbito independemente de qual câmera em que se alimentaram, já os 23 animais que receberam ninfas provenientes da alimentação em cobaias imunes, apenas 4 cobaias apresentaram período febril entre o 10º. e 12º. dia pós-infestação e sorologia positiva para a presença de anticorpos anti-Rickettsia rickettsii, mas não vieram a óbito. Os carrapatos que se alimentarem nestes animais susceptíveis apresentaram 84% de positividade na PCR em tempo real para Rickettsia rickettsii e eram provenientes da câmera onde estava infestada com ninfas infectadas para a bactéria, durante o período de alimentação larval desses artrópodes nos animais imunes para a doença. Concluímos com esses dados que é possível uma transmissão por co-alimentação não sistêmica, mas numa porcentagem muito baixa (em torno de 17%) e os carrapatos larvas e ninfas devem se alimentar muito próximos uns dos outros.

O5 - 12/08 - 16:45 - 17:00h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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Diagnóstico eco-epidemiológico de circulação de Ricketssia sp. em Belo Horizonte, Minas Gerais E.V.V. Gusmão1, V.O.P. Fiúza1, L.R. Coutinho1, M.C.M. Cunha1, S.T. Brandão1, ACLRabelo1, J.A.Macedo1,2 M.H.F.Morais1

 1Gerência de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte2Escola de Veterinária da UFMG  Introdução: em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Ceará e Mato Grosso do Sul há ocorrência da Febre Maculosa Brasileira (FMB). Em Belo Horizonte foram confirmados 18 casos, no período de 2007 a 2014, sendo 15 residentes de 14 municípios do Estado de Minas Gerais. Em residentes de BH ocorreram três casos em 2011, 2013 e 2014, do sexo masculino, idade entre 15 a 44 anos e um óbito. Em 2013 um caso confirmado e um caso inconclusivo, ocorreram na Regional Pampulha, onde eqüinos e capivaras circulam na orla da Lagoa, local de amplo acesso para capivaras, por meio dos tributários da bacia hidrográfica da região. Objetivos: levantar e divulgar a situação dos possíveis hospedeiros e reservatórios da FMB.  Metodologia: entre 2012 e 2014 foram estimadas populações de capivaras na Lagoa e seus tributários e realizadas coletas e exames de carrapatos. Em 2014 foram capturadas capivaras e submetidas à sorologia para infecção por Ricketssia rickettsii. Resultados: em 2012 foram contabilizadas 71 capivaras, sendo 50% adultos com estimativa de 0,31 indivíduos /hectare. Foram coletados 548 espécimes de Amblyomma sculptum, 58 “pools” analisados e todos negativos na PCR. Em março de 2014 foram coletados 194 espécimes de A. sculptum, com PCR detectável para Rickettsia sp. Em agosto de 2014 coletou-se 97 exemplares de A. sculptum e um de Rhipicephalus sanguineus, negativos na PCR.   Foram capturadas 52 capivaras, com 28 amostras reagentes e 18 não reagentes, entre os animais testados sorologicamente (46). Foi elaborado projeto de vigilância para FMB na orla da Lagoa, com alerta da situação junto à rede assistencial e proposição de intensificação das medidas de controle ambiental, educação, mobilização e reforço da indicação de proteção individual. Conclusões: resultados demonstram a circulação do agente entre hospedeiros e reservatórios e a necessidade de manutenção da vigilância do agravo.

O6 - 13/08 - 16:05 - 16:20h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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IDENTIFICAÇÃO DE RICKETTSIA SP. CEPA MATA ATLÂNTICA EM CARRAPATOS E INQUÉRITO SOROLÓGICO EM CÃES E PEQUENOS MAMÍFEROS PARA RIQUÉTSIAS NO RIO GRANDE DO SULF.S. Krawczak1; C.S. Oliveira1, L.C. Binder1, F.B. Costa1, T.F. Martins1, S.V. Oliveira2, J. Moraes-Filho1, F. Gregori1 e M.B. Labruna1

1- Un ivers idade de São Pau lo , FMVZ/VPS; 2 - M in is té r io da Saúde, SVS                                                            

Em 2005, o estado do Rio Grande do Sul (RS) notificou o primeiro caso suspeito de Febre Maculosa Brasileira (FMB) ao Ministério da Saúde. No período de 2005 a 2015, foram onze casos confirmados, quatro destes autóctones do município de Cerro Largo, área endêmica para a enfermidade riquetsial.  Em 2010, uma nova riquetsiose foi descrita no Brasil, causando doença em humanos, denominada como Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, sendo esta muito próxima filogeneticamente de R. parkeri. Posteriormente, perquisições verificaram que 13% dos carrapatos da espécie Amblyomma ovale estavam infectados com esta nova riquetsiose brasileira. Para tanto, o objetivo deste trabalho foi detectar riquétsias causadoras de FMB, em carrapatos da espécie A. ovale coletados em Cerro Largo- RS e realizar um estudo sorológico para riquétsias em pequenos mamíferos e cães deste mesmo município. A partir do arraste de flanela, coleta de carrapatos e soro de cães e pequenos mamíferos foi possível obter 33 exemplares de A. ovale. Destes carrapatos, 29 foram submetidos a uma qPCR que amplifica um fragmento de 147pb do gene gltA,  gênero Rickettsia. Todas as amostras que testaram positivas na qPCR foram submetidas a uma PCR convencional, que amplifica um fragmento de 617pb do gene codificador de uma proteína de membrana (OmpA), que detecta somente riquétsias do  Grupo da Febre Maculosa. Adicionalmente foram definidas as sequências nucleotídicas das amostras positivas e confrontadas com outras, mediante análise BLAST. Com o soro dos pequenos mamíferos e dos cães foi realizada a Reação de Imunofluorescência Indireta   (RIFI), frente a seis antígenos de riquétsia (R. rickettsii, R. parkeri, R. amblyommii, R. rhipicephali, R. felis e R. bellii). Obtivemos 20,7% (6/29) dos carrapatos testados, positivos para ambas as PCR’s. Após a análise de BLAST, constatamos que as nossas sequências (OmpA) apresentaram 100% de identidade com Rickettsia cepa Mata Atlântica, se comparada com o depósito Genbank (KJ855085.1). Dos 137 cães e 40 pequenos mamíferos testados na RIFI, 20,8% e 40% respectivamente, foram soropositivos para ao menos um dos antígenos testados, sendo que 16 cães e dois pequenos mamíferos apresentaram como provável antígeno homólogo R. parkeri. O presente estudo, relata a primeira detecção molecular de riquétsias causadoras de doença em humanos no estado do RS. Os resultados sorológicos atrelados às detecções moleculares, apresentam fortes indícios que Rickettsia cepa Mata Atlântica seja a bactéria responsável pelos casos de Febre Maculosa no RS.Agradecimentos: FAPESP Projeto 2012/21915-4, CAPES e [email protected]

O7 - 13/08 - 16:20 - 16:35h

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CASOS DE FEBRE MACULOSA NO ESTADO DE SÃO PAULO CONFIRMADOS LABORATORIALMENTE NOS ANOS DE 2013 E 2014F.C.P. Santos1, E.M.M. Nascimento1,2 , S. Colombo1, R.N. Angerami3, M. S. Cunha1 N.L.R. Arruda1, R.A. Brasil1, C. Kanamura1, S. D. Iglezias1

1-Instituto Adolfo Lutz, São Paulo2-Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo3-Coordenaria de Vigilância em Saúde, Campinas A Febre Maculosa (FM) é uma doença transmitida por carrapato com alta letalidade no Estado de São Paulo (ESP), onde se localiza a principal região endêmica do país. O Instituto Adolfo Lutz (IAL) é Laboratório de Referência Regional para Riquetsioses e disponibiliza para o diagnóstico de FM os seguintes exames: isolamento em cultura de células Vero pela técnica de Shell vial a partir de amostras de coágulo sanguíneo ou biópsia de lesão cutânea; PCR em tempo real para Rickettsia spp e Grupo Febre Maculosa (FMPCR) em amostras de soro de casos fatais; histopatologia e Imunohistoquímica para Rickettsia spp em tecido parafinado (IHQ) e a sorologia pela técnica de imunofluorescência indireta (IFI) com antígeno de Rickettsia rickettsii. O objetivo deste trabalho foi apresentar a casuística da vigilância laboratorial da FM atendida pelo IAL nos anos de 2013 e 2014. No ano de 2013 foram realizados 2.900 exames para o diagnóstico da FM, sendo 2395 sorologias, 137 isolamentos, 161 FMPCR e 207 IHQ. A confirmação laboratorial da suspeita clínica de FM por técnicas de detecção etiológica foi obtida em 3 isolamentos, 33 FMPCR e 9 IHQ. Na sorologia 186 exames resultaram em IgG e/ou IgM>=64, sendo 48 soroconversões identificadas no ESP. Em 2014 foram realizados 3.457 exames para o diagnóstico da FM, sendo 2774 sorologias, 167 isolamentos, 253 FMPCR, 263 IHQ. A confirmação laboratorial da suspeita clínica de FM foi possível em 4 isolamentos, 66 FMPCR e 12 IHQ. Na sorologia 198 exames resultaram em IgG e/ou IgM>=64, sendo 74 soroconversões no Estado de São Paulo. Os IAL Regionais de Campinas e Rio Claro tiveram o maior número de casos confirmados nestes anos. Atualmente o IAL responde por praticamente 100% do diagnóstico laboratorial da FM no ESP, sendo assim, sua casuística reflete tanto a ocorrência da doença, como o estado de alerta da assistência médica para a suspeição da [email protected]

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

O8 - 13/08 - 16:35 - 16:50h

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HISTÓRIA, ESTADO ATUAL E PERSPECTIVAS DA VACINA CONTRA A FEBRE MACULOSA BRASILEIRA (FMB)M. Camara.

Prefeitura do Município de Diadema, Departamento de Vigilância à Saúde, Epidemiologia e Controle de Doenças.

 A vacina contra a FMB foi imprescindível para a prevenção da doença quando não existia terapêutica para combatê-la e a letalidade elevava-se acima dos 80%. Mesmo após o desenvolvimento de antibióticos possibilitando o tratamento, a vacinação continuou a ser utilizada e preconizada até a retirada do mercado na década de 1980. Não há registro na literatura sobre os motivos que levaram à supressão de seu uso no Brasil. A fim de resgatar essa história, foram pesquisados os Relatórios Anuais do Instituto Butantan, abrangendo os anos de 1919 a 1990, extraindo-se as informações específicas sobre o tema, registradas nos relatórios do diretor e da Seção de Vírus e Virusterapia. Informações complementares foram obtidas em publicação de Victoria Harden para o National Institute of Allergy and Infectious Diseases, e pelo testemunho pessoal da Dra Dalva Mancini, responsável pelo Laboratório de Virologia do Butantan à época. Foi resgatada a história da vacina contra a FMB no Brasil: os primeiros estudos para sua implantação, os percalços que retardaram e dificultaram a produção em escala comercial, a produção da vacina tipo Spencer-Parker (S-P) e a substituição pela tipo Cox, o uso pela Secretaria de Saúde nos focos da doença no interior de São Paulo e distribuição para outros Estados (Minas Gerais e Rio de Janeiro). A comprovação nos Estados Unidos da não efetividade das vacinas tipo S-P e Cox, o fracasso nas tentativas de obter produtos mais imunogênicos e menos reatogênicos, e as baixas expectativas de lucros para os laboratórios comerciais desestimularam o desenvolvimento de novas vacinas para uso humano desde a década de 1980. Permanecem promissoras e aguardando mais pesquisas: a técnica para clonagem de antígeno específico da riquétsia em E.coli visando o desenvolvimento de vacina recombinante, e a possibilidade de vacinas atenuadas que poderiam ser utilizadas em animais, com o propósito de eliminar suscetíveis que atuam como [email protected]

O9 - 13/08 - 16:50 - 17:05h

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EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FEBRE MACULOSA NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS, SÃO PAULO. J.T. NasserI, C. StephanII, M.R. DonalísioII

I Laboratório de Análise Espacial de Dados Epidemiológicos/FCM/UNICAMP, Vigilância em Saúde Leste Campinas e CCZ de Valinhos  II Laboratório de Análise Espacial de Dados Epidemiológicos/FCM/UNICAMP

A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma zoonose transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma e de grande importância em saúde pública. A região de Campinas apresenta alta incidência da doença. O objetivo do estudo foi analisar a distribuição espacial e o padrão epidemiológico dos casos autóctones de FMB ocorridos na Região Metropolitana de Campinas (RMC) de 1998 a 2012. Foram estudados os casos confirmados (n = 224) com local de provável infecção (LPI) no município, notificados no SINAN, recuperados de fichas de investigação epidemiológica e relatórios dos municípios. As coordenadas geográficas dos LPI foram obtidas com auxilio do Google Earth. Para a análise espacial utilizou-se o estimador kernel disponível no software ArcGis 10.01. Os dados ambientais foram obtidos dos boletins de pesquisa acarológica da SUCEN.A letalidade encontrada foi de 25%, a doença acometeu mais adultos jovens e homens e o período de maior incidência foi de junho a novembro, sendo os anos de 2005 e 2011, os de maior ocorrência de casos. A maioria dos LPI estava próximo a coleções hídricas, com a presença de capivaras como hospedeiro primário e dos carrapatos A. sculptum e A. dubitatum. Houve uma expansão na distribuição geográfica dos casos na região com aumento progressivo no número de municípios com notificação. Observou-se expansão de áreas de transmissão dentro de um mesmo município, sendo que em Valinhos a densidade de casos passou a ocorrer em praticamente todo seu território. Em outros municípios, podem-se evidenciar áreas de maior densidade de casos, o que pode auxiliar na prevenção da doenç[email protected]

O10 - 13/08 - 17:05 - 17:20h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE CÃES SOROPOSITIVOS E NEGATIVOS PARA Rickettsia Rickettsii NO MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DO SUL-SP, BRASIL.L.S. Mascarini1, M.A. Carvalho1, A. Pinter2, F.C.M. Uchoa1, M.M. Holcman3, G. Laurindo4, C.E. Souza1

 1 Laboratório de Carrapatos, Superintendência de Controle de Endemias, Mogi Guaçu, SP.2  Coordenação dos Laboratórios de Referência e Desenvolvimento Científico, Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo, SP3 Diretoria de Combate a Vetores, Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo, SP.4 Divisão de Orientação Técnica, Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo, SP. A febre maculosa brasileira (FMB) tem como agente etiológico a bactéria Rickettsia rickettsii. O principal vetor desta doença é o carrapato Amblyomma sculptum, encontrado em todo o Brasil. O objetivo deste trabalho foi de estudar a distribuição espacial de cães soropositivos e negativos para R. rickettsii no município de Monte Alegre do Sul, Estado de São Paulo. Foram amostrados 108 cães (Canis familiaris) de todas as regiões do município. As amostras de sangue foram coletadas através de punção venosa e centrifugadas para a obtenção dos soros, os quais foram processados pela técnica da imunofluorescência indireta (RIFI) contra o antígeno R. rickettsii, considerando reagentes os soros com títulos superiores a 1:64. Coordenadas geográficas (X, Y) foram captadas por meio de Global Position System em cada ponto de coleta de sangue dos cães. Estes dados foram plotados no mapa, e foi estudada a concentração dos cães soropositivos e negativos utilizando-se o estimador kernel, que permite analisar a densidade das ocorrências por meio de interpolação. A largura de banda foi de 1 km, considerando-se toda a extensão do município e a prevalência encontrada foi de 32,4%. Observou-se maior concentração de cães soropositivos em dois aglomerados, com maior densidade, próximo ao Rio Camanducaia e na zona urbana da cidade, enquanto que os cães negativos foram distribuídos em vários aglomerados dispersos pelo município. Podemos concluir que a diferença entre a distribuição da concentração dos cães soropositivos e negativos, pode ocorrer devido aos cães soropositivos terem um contato maior devido a proximidade com as áreas de mata ciliar e com isso estarem mais expostos a carrapatos infectados pela R. rickettsii. [email protected]

O11 - 14/08 - 10:15 - 10:30h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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FEBRE MACULOS BRASILEIRA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS: UMA HISTÓRIA DE 20 ANOS. DADOS E FATOS.A.P.B. von Zuben, D. Becare, A.R.R. Freitas, T. de Lucca,  V.C. Almeida, M.C. Ferreira,  C.A lbuquerque, B. Kemp, R.N. Angerami

Departamento de Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.

Endêmica em Campinas desde 1995, a febre maculosa brasileira (FMB) figura como significativo problema de saúde pública no município. Com o objetivo de caracterizar epidemiologicamente a doença no município, foram analisados casos notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, entre 2007 e 2014. No período foram notificados 2131 casos suspeitos entre pacientes residentes em Campinas. Foram confirmados um total de 65 casos entre moradores de Campinas, variando de 06 (em 4 anos – 2007, 2011, 2012, 2013) à 14 (em 2010), dentre os quais 45 (69%) tiveram como local provável de infecção (LPI) áreas dentre o próprio município. Trinta e casos foram fatais (letalidade: 47,6%). Houve predomínio do sexo masculino (86%) e da faixa etária entre 20 e 49 anos (60%). Em 26% dos casos a infecção se associou a atividades ocupacionais e 30,8% durante a prática de atividades de lazer. O maior número de casos suspeitos ocorreu entre os meses de agosto e outubro (37,3%). Oitenta e seis por cento dos casos confirmados foram atendidos em serviços hospitalares e 14% foram tratados em regime ambulatorial. Entre as situações de risco seguem: parasitismo por carrapato (64%), presença de capivaras no LPI (46%), ter frequentado áreas de pastagens (54%) e áreas próximas a coleções hídricas (26%). Três das cinco regiões do município abrigaram LPI. Nos anos de 2009 e 2010 houve número de casos maior que a média histórica com total de 27 casos confirmados e 10 óbitos. Vinte anos após sua emergência em Campinas, a FMB se mantém como um dos maiores desafios a serem enfrentados pela Vigilância em Saúde do município.

O12 - 14/08 - 10:30 - 10:45h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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PRIMEIRA DETECÇÃO MOLECULAR DE RIQUÉTSIA EM HUMANO NO ESTADO DE SANTA CATARINA, BRASILF.S. Krawczak1; A.C. Guztazaky2; S. Muñoz-Leal1; S.V. Oliveira3; F.C.P Santos4; R.N. Angerami5; J.M. Filho1; J.C. de Souza Jr2, M.B. Labruna1

1- Universidade de São Paulo/FMVZ/VPS; 2- Universidade Regional de Blumenau, FURB, Blumenau-SC; 3- Ministério da Saúde/SVS; 4- Instituto Adolfo Lutz, Secretaria de Estado da Saúde; 5- Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Campinas, SP

 Santa Catarina (SC) nos últimos 10 anos (2005-2015) vem sendo o segundo estado brasileiro que mais notifica casos de febre maculosa brasileira (FMB) ao Ministério da Saúde, perdendo somente para São Paulo(SP). Entretanto, a letalidade dos casos em SC é nula, diferente do observado para os casos de SP. Estudos recentes, demonstraram a presença de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica em carrapatos coletados em SC na região de Blumenau, local com a maior casuística de FMB para este estado. O objetivo deste estudo é relatar a primeira detecção molecular de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica em um paciente humano da região de Blumenau- SC. Um paciente do sexo feminino, que apresentou sinais clínicos compatíveis com FMB 10 dias após ter sido picado por carrapato, teve seu diagnóstico de FMB confirmado através da sorologia pareada pela Reação de Imunofluorescência (RIFI), realizada pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório de referência regional. Após a extração de DNA de fragmentos de pele, coletados no local da picada do carrapato foi realizada uma PCR que amplifica um fragmento de 617pb do gene codificador de uma proteína de membrana (OmpA), que detecta somente riquétsias do   Grupo da Febre Maculosa. Adicionalmente, foram definidas as sequências nucleotídicas da amostra e esta foi confrontada com outras, mediante análise BLAST. Com a primeira e segunda amostras de soro da paciente, cedido pelo IAL foi realizada a R I F I f r e n t e a s e i s a n t í g e n o s d e r i q u é t s i a (R.  rickettsii, R. parkeri, R. amblyommii, R.  rhipicephali, R. felis e R. bellii). A análise de BLAST, demonstrou que a sequência obtida (OmpA) teve 100% de identidade com  Ricke t ts ia  sp.cepa Mata At lân t ica , comparando com o depós i to Genbank  (KJ855085.1). A partir da RIFI não foi possível indicar um provável antígeno homólogo para segunda amostra de soro, onde obtivemos os títulos de 1024 para R. rickettsii, R. parkeri, R. amblyommii, 512 para R. rhipicephali e R. bellii, o soro foi não reativo para R. felis. Ressaltamos que a primeira amostra (dia 0) não foi reagente para nenhum dos antígenos testados. O presente estudo relata a primeira detecção molecular de Rickettsia cepa Mata Atlântica em um paciente humano do estado de Santa Catarina, sendo esta bactéria responsável por uma nova riquetsiose no Brasil, denominada de FMB da Mata Atlântica. Esta bactéria é filogeneticamente próxima de R. parkeri. Os achados da presente perquisição aliados a outros estudos que detectaram Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica em carrapatos na mesma região de SC, sugerem que Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica esteja envolvida em mais casos humanos de FMB na região de Blumenau-SC.Agradecimentos: FAPESP, CNPq, CAPES [email protected]

O13 - 14/08 - 10:45 - 11:00h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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OCORRÊNCIA DE CARRAPATOS E IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE TRANSMISSÃO DE FEBRE MACULOSA BRASILEIRA (FMB) NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, PERÍODO DE 2013 À 2015.S.Marques1, K.V.A.B.Dini1, E.A.Silva2, V.A.Cardoso3, R.C.Oliveira4.  

1-Laboratório de Identificação e Pesquisa de Fauna Sinantrópica-LABFAUNA-Centro de Controle de Zoonoses-COVISA-Secretaria Municipal da Saúde-Prefeitura do Município de São Paulo.2-Núcleo de Vigilância Epidemiológica-Centro de Controle de Zoonoses-COVISA-Secretaria Municipal da Saúde-Prefeitura do Município de São Paulo.3-Gerência de Vigilância Ambiental-COVISA-Secretaria Municipal da Saúde-Prefeitura do Município de São Paulo.4-Gerência do Centro de Controle de Zoonoses-COVISA-Secretaria Municipal da Saúde-Prefeitura do Município de São Paulo.

A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma zoonose com característica de doença infecciosa aguda, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma. No município de São Paulo foram registrados casos confirmados de FMB entre 2008 e 2014 nos Distritos Administrativos de José Bonifácio (6 casos), Sacomã (1 caso), Pedreira (2 casos), Jd. São Luiz (2 casos). No interior do estado de São Paulo, FMB é transmitida pelo Amblyomma cajennense e na região metropolitana de São Paulo pelo Amblyomma aureolatum. O trabalho tem por objetivo apresentar os dados de identificação de ixodídeos realizada pelo LABFAUNA, como subsídio para as ações de vigilância para a FMB em São Paulo. A identificação ocorre após a coleta dos carrapatos realizada durante as vistorias em casos de FMB, e pelas amostras entregues por munícipes, instituições e outros municípios. O resultado da identificação e as informações que acompanham as amostras são digitalizados em banco de dados e disponibilizados para mapeamento, juntamente com os casos confirmados da doença. Após o mapeamento são analisadas as características ambientais, a ocorrência de hospedeiros e os carrapatos, para definição de áreas de risco. Foram mapeados 634 registros no período, com total de 33 registros de A. aureolatum, 61 de A. cajennense e 365 de Rhipicephalus sanguineus. Como resultado, constatou-se a presença de A. aureolatum em áreas próximas à bordas de mata; A. cajennense em áreas com coleções hídricas, relacionadas com a presença de cavalos e capivaras; R. sanguineus em toda a área urbana e próximo a áreas de ocorrência do A. aureolatum, que merece atenção no que diz respeito a circulação de cães errantes e posse responsável. Medidas educativas e preventivas devem ser dadas à população moradora e circulante em áreas de ocorrência de A. cajennense. Atenção e melhor investigação do R. sanguineus em áreas com casos humanos positivos para FMB e com presença de A. [email protected]

O14 - 14/08 - 11:00 - 11:15h

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Detecção Digital de Doenças (DDD) como estratégia de vigilância dafebre maculosa brasileiraR.N. Angerami

Universidade Estadual de Campinas; Departamento de Vigilância em Saúdede Campinas; ProMED-PORT

A DDD vem figurando como importante estratégia para vigilância deagravos (re)emergentes e surtos. O ProMED (Program for MonitoringEmerging Diseases) é considerado iniciativa pioneira de DDD em âmbitoglobal. O objetivo do presente estudo é descrever a importância doProMED-PORT como instrumento para a detecção de casos e caracterizaçãoepidemiológica da febre maculosa brasileira (FMB) no Brasil. Entre osanos de 1997 e 2015 foram reportados 124 posts relacionados à FMB(variando de 04 posts em 1997 a 22 posts em 2012). O maior número deposts ocorreu no período Junho-Setembro. Para todos os posts as fontesde informação foram notícias em veículos de comunicação nãocientíficos e não oficiais. Em relação aos anos de 2014 (20 posts) e2015 (21 posts) foram detectados 45 casos relacionados à doença: 32óbitos confirmados; 08 óbitos suspeitos; 03 casos suspeitos; 03 casosconfirmados com cura. A taxa de letalidade observada entre os casosdetectados foi 91%.  71% dos casos eram procedentes do estado de SãoPaulo. Os principais fatores de risco para infecção foram áreas comcoleções hídricas (48%), capivaras (31%), matas/pastagens (26%). Foramdetectados 3 surtos da doença (02 no estado de São Paulo, 01 no Rio deJaneiro). Em 2015 foram detectados 08 óbitos previamente suspeitoscomo dengue e posteriormente confirmados como FMB. A DDD pode serconsiderada mecanismo sensível, específico, oportuno e ágil paraidentificação e divulgação de casos (suspeitos e confirmados) e surtosde FMB, potencialmente auxiliando nas ações de vigilância, assistênciae educação em saúde.

O15 - 14/08 - 11:15 - 11:30h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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Apresentação

Poster

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INFLUÊNCIA DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO DA MISTURA GASOSA OXIGÊNIO/OZÔNIO EM TELEÓGINAS DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini, 1887) (ACARI: IXODIDAE) in vitro DURANTE O PERÍODO DE PRÉ-POSTURA. T.F.B. Figueiredo1, A.B. Fernandes1,2, C.J. Lima1,2, A.L.S. Mendes3, M.A. Salgado4, L.H. Moreira1,2. 1Instituto de Engenharia Biomédica, Universidade Camilo Castelo Branco - UNICASTELO, Estr. Dr. Altino Bondesan, 500, São José dos Campos, SP, 12247-016.2Associação Cidade da Ciência Tecnologia e Educação – CITÉ, Rua Machado Sidney, 160/601, Centro - CEP 12245-650, São José dos Campos – SP, Brasil.3Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia (DBA/IB), Rodovia BR 465- Km 07, UFRRJ - Seropédica, RJ, CEP 23890-000.4Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos - UNESP, Avenida José Longo, 777, Jardim São Dimas, São José dos Campos, SP, CEP 12245-000. Os carrapatos dos bovinos, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, são responsáveis por grandes prejuízos ao produtor, e o principal meio de controle é através dos acaricidas químicos. Entretanto, o uso inadequado tem culminado em carrapatos resistentes às drogas disponíveis no mercado, tornando-se necessário o desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas como carrapaticidas. O ozônio tem sido apontado como alternativa confiável e prática em aplicações em humanos e em animais. Este trabalho teve como objetivo avaliar um possível efeito acaricida da mistura gasosa oxigênio/ozônio em teleóginas de Rhipicephalus B. microplus in vitro. Teleóginas de Rhipicephalus B. microplus foram coletadas de bovinos e classificadas conforme a sua obtenção. O grupo A (n=45) pertenciam às teleóginas colhidas manualmente nos hospedeiros, o grupo B (n=30) as adquiridas através da queda natural no animal. Em cada grupo, 15 teleóginas foram utilizadas como controle (sem tratamento) para a observação do período de pré-postura do ciclo biológico. As outras teleóginas foram acondicionadas e tratadas com a mistura gasosa oxigênio/ozônio na dosagem de 1.550 mg/min.L-1. Após a aplicação as fêmeas foram observadas durante o período de pré-postura e postura. Como resultados, os grupos controles realizaram o desenvolvimento esperado do ciclo biológico com a finalização da eclosão dos ovos. O grupo A apresentou a taxa de mortalidade de 87% e o grupo B de 80%, nos períodos de 96h e 120h, respectivamente, após o tratamento. Em ambos os grupos tratados, os espécimes que sobreviveram e realizaram a postura, não apresentaram a eclosão dos ovos. Estas variações podem estar relacionadas com a ação da mistura gasosa oxigênio/ozônio alterando a conformação do seu ciclo biológico, podendo atuar como um possível acaricida e controle ambiental. Portanto, torna-se necessário a realização de mais estudos com envolvendo o ozônio para maior compreensão do seu mecanismo de ação frente às variáveis bioló[email protected]

P1 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

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DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DA NINFA DE Amblyomma cajennense sensu stricto (ACARI: IXODIDAE) UTILIZANDO MICROSCOPIA ÓPTICA E ELETRÔNICA DE VARREDURA. T. F. Martins1, P. H. Nunes2, F. A. Terassini3, F. S. Barbieri4, L. M. A. Camargo5, M. B. Labruna1

 1Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Laboratório de Doenças Parasitárias, FMVZ, USP, São Paulo/SP; 2Universidade Federal da Integração Latino-Americana, UNILA, Foz do Iguaçu, Paraná; 3Faculdade São Lucas, Rondônia; 4Embrapa Rondônia, Porto Velho/RO; 5Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo.  Ninfas (F1) foram obtidas em laboratório a partir de uma colônia iniciada com larvas coletadas na vegetação, em julho de 2014, no município de Governador Jorge Teixeira, estado de Rondônia, Brasil. As mensurações abaixo estão em milímetros, apresentadas como média ± desvio padrão (amplitude entre parênteses). Idiossoma: comprimento do ângulo escapular à margem posterior: 1.444±0.074 (1.280-1.579); largura maior: 1.156±0.056 (1.040-1.257); formato oval, presença de poucas e pequenas cerdas no aloescudo, número de festões: 11 sem tubérculos quitinosos. Escudo: comprimento: 0.730±0.027 (0.681-0.784); largura: 0.887±0.034 (0.835-0.944); razão largura/comprimento: 1.214±0.033 (1.146-1.265); não ornamentado, com pontuações largas por todo o escudo, sendo mais profundas nas porções laterais e posterior. Olhos não orbitados, nos ângulos laterais, ao nível da metade do escudo. Sulco cervical profundo no terço anterior do escudo, e em forma de pequena depressão rugosa no terço médio. Placa espiracular triangular com ângulos arredondados, com prolongamento dorsal evidente; comprimento: 0.276±0.016 (0.256-0.317); largura: 0.218±0.019 (0.192-0.257). Capítulo: comprimento do ápice do palpo à margem posterior do capítulo: 0.414±0.025 (0.373-0.473); largura: 0.331±0.009 (0.317-0.353); base do capítulo retangular, margem posterior ligeiramente côncava, sem córnuas; ventralmente margem posterior convexa, sem aurículas. Palpos: comprimento: 0.307±0.018 (0.280-0.345); artículo I com um prolongamento ventral vestigial; comprimento do artículo II: 0.182±0.012 (0.165-0.208); comprimento do artículo III: 0.098±0.009 (0.086-0.116); Hipostômio: espatulado apicalmente; comprimento total: 0.316±0.021 (0.291-0.364); parte dentada: 0.178±0.011 (0.164-0.204); dentição 2/2 com aproximadamente 7-8 dentes por fileira. Patas: coxa I com dois espinhos pontiagudos, separados por um espaço maior que a largura de um espinho, sendo o externo cerca de duas vezes mais longo do que o interno; coxas II-IV com um pequeno espinho triangular. Trocânteres sem espinhos; tarso I: comprimento: 0.450±0.023 (0.431-0.509); largura: 0.109±0.005 (0.099-0.115); tarso IV: comprimento: 0.337±0.016 (0.320-0.372); largura: 0.086±0.008 (0.072-0.099). A única diferença entre ninfas de Amblyomma cajennense sensu stricto e Amblyomma sculptum é a razão largura/comprimento do escudo: <1.3 em A. cajennense s. s. e >1.3 em A. sculptum. Por este motivo, a área geográfica e os marcadores moleculares devem ser usados para complementar as identificações sempre que possível.Financiamento: [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P2 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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DIVERSIDADE DE CARRAPATOS (ACARI: IXODIDAE) EM ANIMAIS SILVESTRES RECEBIDOS PELO ZOOLÓGICO MUNICIPAL DE GUARULHOS E PRIMEIRO REGISTRO DE GINANDROMORFO DE Amblyomma dubitatum NO BRASIL.T. F. Martins1, C. A. Igayara-Souza2, T. C. Sanches2, M. A. Melo2, C. E. Bolochio2, A. A. Nagahama2, H. Hidasi2, I. C. L. Acosta1, M. B. Labruna1

 1-Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo.2-Zoológico Municipal de Guarulhos, São Paulo.

O Zoológico Municipal de Guarulhos está localizado no estado de São Paulo. Guarulhos é o segundo município mais populoso do estado, sendo a cidade não capital mais populosa do Brasil. Entretanto o município vive um drama diário e silencioso, quase imperceptível, a cada dia a ocupação desordenada pelo homem traz uma nova tragédia para os animais silvestres, com a diminuição dos seus habitats o contato com o ser humano é quase sempre fatal. Animais silvestres estão aparecendo feridos com maior frequência nos últimos anos devido ao avanço da cidade sobre as matas que são o habitat de muitas espécies ameaçadas de extinção. Por outro lado, uma equipe de veterinários e biólogos especializados no atendimento de animais silvestres luta diariamente no Zoológico contra todas as adversidades com o único objetivo de salvar qualquer animal em perigo e reintegrá-lo a natureza. Entre os anos de 1997 à 2013 foram coletados carrapatos de animais silvestres recebidos pelo Zoológico e os mesmos preservados em álcool 70%. Os carrapatos foram identificados utilizando estereomicroscópio, chaves taxonômicas e depositados na "Coleção Nacional de Carrapatos" da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo sob os números de acesso (CNC-3023-3035). As seguintes associações carrapato-hospedeiro foram encontradas com seus respectivos Municípios: Mairiporã, Amblyomma sculptum 1 ninfa (Cariama cristata), Amblyomma longirostre 5 machos e 2 fêmeas (2 Sphiggurus villosus); Arujá, A. sculptum 1 fêmea (Alouatta guariba), Amblyomma varium 17 machos e 1 fêmea (2 Bradypus variegatus), A. longirostre 2 machos (S. villosus); São Paulo, A. longirostre 2 machos e 1 fêmea / Amblyomma parkeri 2 machos e 2 fêmeas (2 S. villosus), Amblyomma aureolatum 23 machos e 10 fêmeas / Rhipicephalus sanguineus 1 macho (Puma concolor); Guarulhos, A. aureolatum 6 machos e 6 fêmeas (2 Cerdocyon thous), Haemaphysalis juxtakochi 3 machos (Mazama gouazoubira), Ixodes loricatus 1 macho e 5 fêmeas / Amblyomma dubitatum 1 ninfa (3 Didelphis aurita), A. longirostre 9 machos (2 S. villosus), A. dubitatum 29 ninfas (Myocastor coypus), Amblyomma sp. 27 larvas / A. sculptum 17 machos e 5 fêmeas / A. dubitatum 351 machos, 73 fêmeas, 103 ninfas e 1 ginandromorfo (9 Hydrochoerus hydrochaeris). Apesar de todas as associações carrapato-hospedeiro já terem sido previamente relatadas no território brasileiro, o presente trabalho registra pela primeira vez no Brasil um ginandromorfo de A. dubitatum. Financiamento: [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P3 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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ESPÉCIES DE CARRAPATOS COLETADOS EM ÁREAS COM CASOS DE FEBRE MACULOSA BRASILEIRA E EM ÁREAS DE ALERTAC.S.Franco1, A. X. Linhares1

1-Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Biologia (IB), Campinas, SP.       A febre maculosa brasileira é uma zoonose cujo agente etiológico é a Rickettsia rickettsii. Carrapatos da família Ixodidae são considerados reservatórios e vetores de Rickettsias, sendo o Amblyomma cajennense o principal vetor no Brasil. Em Campinas, SP, a febre maculosa causou cinco mortes em 2014. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de carrapatos coletados em áreas de transmissão e em áreas de alerta para a febre maculosa. A coleta dos carrapatos foi realizada mensalmente de janeiro/2015 a junho/2015, no Parque Ecológico Professor Hermógenes de Freitas Leitão em Campinas, SP (área de transmissão) e nas margens do rio Mogi Mirim em Mogi Mirim, SP (área de alerta), ambos locais com presença de capivaras. Os métodos de coleta foram armadilha de gelo seco e arrasto. Os carrapatos coletados foram identificados utilizando chave de identificação. Coletou-se 88/33 machos de Amblyomma cajennense, 115/33 fêmeas de A. cajennense, 5/2 fêmeas de A. dubitatum, 98/21 ninfas de Amblyomma sp. e 267/152 larvas de Amblyomma sp. em Campinas e Mogi Mirim, respectivamente. Ambas as áreas de transmissão e de alerta apresentam o principal vetor brasileiro, portanto, é necessário mais estudos para se concluir o motivo de certas áreas apresentarem casos humanos da doença e em outras não.  [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P4 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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SUÍNOS DOMÉSTICOS MANTENDO POPULAÇÃO DE Amblyomma sculptum (ACARI: IXODIDAE)C.F. Osava¹, V.N. Ramos², A.C. Rodrigues¹, H.V. Reis-Neto¹, M.M. Martins¹, M.P.J. Szabó¹

1-Laboratório de Ixodologia, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia, MG.2-Pós doutoranda, Universidade de São Paulo, SP.

 Recentemente relatou-se a possibilidade de suínos selvagens e domésticos serem hospedeiros capazes de manter populações de carrapato da espécie Amblyomma sculptum, em estudos observacionais em porcos monteiro no Pantanal e em infestações experimentais de suínos domésticos.  Neste trabalho é descrito pela primeira vez a manutenção natural e por mais de um ano de uma população de carrapatos A. sculptum por suínos domésticos de um sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (SISCAL) no município de Uberaba, Minas Gerais. Uma primeira coleta foi realizada no inverno de 2013 e depois mais quatro coletas, uma a cada estação do ano, a partir do inverno de 2014. Em cada coleta dois a quatro suínos e seus piquetes bem como áreas adjacentes foram inspecionados. Em suínos foi feita inspeção visual e no ambiente e arraste de flanela sobre vegetação. Os carrapatos coletados foram identificados por chaves dicotômicas e critérios morfológicos e carrapatos ingurgitados postos para ovipostura ou ecdise. Carrapatos A. sculptum foram encontrados em todas as coletas tanto nos suínos como na vegetação dos piquetes. Nas áreas adjacentes a infestação por A. sculptum foi menor. Nos suínos foram encontrados adultos e ninfas e na vegetação dos piquetes todos os estádios evolutivos. A prevalência de infestação dos suínos foi de 70,5% e a intensidade média de infestação por adultos de 6,05 carrapatos/animal. Os carrapatos ingurgitados sofreram ecdise em sua maioria e uma fêmea ingurgitada gerou larvas no laboratório. Os resultados indicam que suínos domésticos são capazes de manter infestação por A. sculptum assim como é descrito para cavalos, capivaras e antas. [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P5 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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REGISTRO DE Rickettsias EM POTENCIAIS VETORES DE FEBRE MACULOSA NO MACIÇO DE BATURITÉ, CEARÁR.C. Cavalcante1; S.V. Oliveira3; N.M. Serra-Freire2; F.C. Nacimento1; J.G. Silveira1; F.H.S. Furtado1; G.S. Gazeta2

 1- Ministério da Saúde. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará - MS/SESA/CE2- Lab. Ref. Nacional em Vetores das Riquetsioses - IOC/FIOCRUZ/RJ3- Secretaria de Vigilância em Saúde - MS/SVS/DF INTRODUÇÃO: As riquetsioses são doenças infecciosas agudas de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade, causadas por bactérias do gênero Rickettsia, parasito intracelular obrigatório, transmitido por piolho, pulga e carrapato. No estado do Ceará foi reconhecida em 2010, no município de Aratuba, maciço de Baturité. Este trabalho teve como objetivo, identificar potenciais vetores e as espécies de Rickettsia que circulam na região. MÉTODOS: Os dados comprobatórios referentes aos casos humanos foram obtidos através do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN). Foram coletados potenciais vetores de riquétsias em animais domésticos, em humanos e no ambiente domiciliar em nove municípios do maciço de Baturité. A identificação dos vetores e das espécies de riquétsias foi realizada no Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses - Instituto Oswaldo Cruz. RESULTADOS: Foram confirmados 12 casos humanos de febre maculosa por imunofluorescência indireta, distribuídos nos municípios de Aratuba, Baturité, Guaramiranga, Mulungu e Pacoti, de 2010 a 2014. De 1.326 espécimes de vetores identificados, pertencentes a 10 espécies, realizou-se extração de DNA para PCR em 567 exemplares. Foi detectada a presença de riquétsia em 64 indivíduos. CONCLUSÃO: Em estudo recente, relatamos para o estado do Ceará, espécies filogeneticamente semelhantes à R. parkeri, R. felis, R. Belli e R. andeanae. O encontro de Amblyomma calcaratum positivo para gene riquetsial do Grupo Febre Maculosa, é novo para o Maciço de Baturité e pode assinalar a circulação de espécie de riquétsia ainda não detectada na região e consequentemente, não relatada para o estado. A diversidade e prevalência de espécies ora encontradas infectadas, reforça a ideia da região como área endêmica para febre maculosa, existindo vários focos silenciosos. Dessa forma, faz-se necessário a continuação do Programa de Vigilância.

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P6 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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CULTIVO IN VITRO DE RICKETTSIAS (RICKETTSIA RICKETTSII, RICKETTSIA PARKERI E RICKETTSIA BELLII) NO LABORATÓRIO DA SUCEN DE MOGI GUAÇU, SP.L. S. Mascarini1, M. A. Carvalho1, C. E. Souza1, A. Pinter2

1 Laboratório de Carrapatos, Superintendência de Controle de Endemias, Mogi Guaçu, SP.2 Coordenação dos Laboratórios de Referência e Desenvolvimento Científico, Superintendência de Controle de Endemias, São Paulo, SP.

Rickettsia rickettsii é uma bactéria causadora da febre maculosa brasileira (FMB), sendo responsável por uma das infecções humanas mais virulentas do Hemisfério Ocidental. O objetivo é manter a produção de antígenos para realizar inquéritos sorológicos em animais sentinelas com a finalidade de identificar áreas com circulação de Rickettsias do grupo da febre maculosa, visando o tratamento precoce dos possíveis casos humanos de FMB. É produzido antígenos das seguintes espécies: R. rickettsii cepa Taiaçu, Rickettsia parkeri cepa AT-24 e Rickettsia bellii cepa Mogi. O cultivo in vitro de Rickettsia é feito obrigatoriamente em células, o procedimento é realizado em cabine de segurança biológica classe II em sala com pressão negativa. No laboratório utilizamos células Vero (células renais de macaco-verde africano), estas formam uma monocamada aderidas ao fundo do frasco, desta forma, são inoculadas 2 ml de Rickettsias (R. rickettsii, R. parkeri e R. bellii), após a inoculação são agitadas por duas horas em Roto-Shake. Após este tempo, acrescenta-se 25 ml de Meio Essencial Mínimo (MEM) 1X, suplementado com 10% de soro fetal bovino e mantidas em estufa a 28ºC. Decorridos três dias, para monitoramento do crescimento das Rickettsias, são confeccionadas lâminas com raspado do cultivo, coradas pelo método de Gimenez e observadas no microscópio óptico (1000x). Esta preparação pode permitir uma estimativa de células infectadas, caso tenha observado alta porcentagem de Rickettsias o frasco é raspado, o conteúdo é transferido para um tubo falcon (50 ml) e centrifugado por 5 minutos a 3.000 RPM. Após a centrifugação o sobrenadante é descartado em um Becker contendo formol, o material sedimentado pode ter dois destinos, obtenção de antígeno e produção de inóculos. A utilização do cultivo in vitro das bactérias tem dado um bom resultado, tanto para obtenção dos antígenos utilizados nas provas sorológicas (RIFI), quanto na preparação de inóculos para futuras [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P7 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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CARRAPATOS E RIQUÉTSIA DO GRUPO DA FEBRE MACULOSA EM TAMANDUÁ NA REGIÃO DE UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS, BRASIL J.O. Pascoal, M.M. Martins, T.F.M.S. Oliveira, A.L.Q. Santos, J. Yokosawa, M. P. J.Szabó

Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.  Carrapatos são vetores de vários agentes patogênicos responsáveis por causarem doenças de importância global. A ocorrência de Rickettsia sp. em Amblyomma nodosum, embora encontrada por outros autores, é escassa na literatura. No presente estudo, a infecção riquetsial de carrapatos de tamanduá foi avaliada pelo teste de hemolinfa e reação em cadeia da polimerase (PCR), tendo como alvo uma sequência parcial do gene que codifica a enzima citrato sintase (gltA) e um fragmento de 532 pb da proteína de membrana externa de 190- kDa do gene ompA. Os carrapatos foram coletados de um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) que estava à beira da represa de Miranda, no município de Uberlândia e pertenciam às espécies Amblyomma sculptum (seis machos; duas ninfas), Amblyomma nodosum (quatro machos) e Rhipicephalus microplus (duas fêmeas; três ninfas). Uma amostra de A. nodosum foi positiva para o teste de hemolinfa e a PCR detectou ambos os genes de riquétsia. A sequência de ompA exibiu uma identidade de 100% com quatro sequências de carrapato Amblyomma nodosum: Rickettsia sp. NOD (EU567180), Uncultured Rickettsia sp. (JX421686), Uncultured Rickettsia sp. clone 33 (GenBank KP686060), e Rickettsia endossimbionte de A. nodosum (KM262193). Portanto, este é o primeiro relato da presença de Rickettsia sp. pertencente ao grupo da febre maculosa em A. nodosum proveniente de tamanduá-bandeira em Minas Gerais. Os resultados demonstram que este genótipo do grupo da febre maculosa estava circulando no entorno da cidade Uberlândia, pressupondo-se que esta seja uma nova espécie, como suposto também por outros autores. Mais trabalhos deverão ser realizados, pois cada vez mais se comprova o envolvimento deste ixodídeo no ciclo biológico da Rickettsia, podendo a partir da infecção por esta bactéria em tamanduás e aves ocorrer a infecção por outras espécies mais generalistas, como o Amblyomma sculptum, gerando risco para animais domésticos e seres humanos. APOIO FINANCEIRO: CAPES e [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P8 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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NFECÇÃO RIQUETSIAL EM ORNITHODOROS sp. (ACARI: ARGASIDAE) PARASITA DE ROEDOR, NO CERRADO, GOIÁS, BRAZIL J.O. Pascoal1, M.M. Martins1, V.N. Ramos2, C. F. Osava1, R.S. Vieira1, J.O. Jorge1, M.B. Labruna2, J. Yokosawa1, M.P.J. Szabó1

1- Universidade Federal de Uberlândia – UFU. [email protected] Universidade de São Paulo –USP A emergência e reemergência de doenças transmitidas por carrapatos tornam-se mais freqüentes em todo o mundo, como resultado de alterações ambientais e comportamentais humanas. A elevada capacidade de proliferação dos roedores, bem como a co-habitação destes com o ser humano, em ambiente doméstico e peri-doméstico, faz com que estes animais desempenhem um papel fundamental na manutenção e dispersão ambiental de agentes infecciosos. Casos humanos de infecção por riquétsia são tipicamente associados à transmissão por uma variedade de carrapatos duros (Ixodidae), sendo que há poucas descrições destes agentes em argasídeos ou carrapatos moles. O objetivo do estudo foi investigar a presença de riquétsias em ninfas de carrapatos Ornithodoros sp. originários de duas espécies de roedores em Araguapaz, Goiás, Brasil. Onze ninfas foram coletadas de seis hospedeiros, pertencentes a dois gêneros, Cavia sp. e Thrichomys sp., e armazenados a -70 °C. DNA foi extraído de três amostras (duas de Cavia sp. e uma de Thrichomys sp.) e testado por reação em cadeia da polimerase (PCR) para amplificar uma sequência parcial do gene riquetsial que codifica a enzima citrato sintase (gltA), um deles (originário de Cavia sp.) apresentou reação positiva.A sequência de nucleotídeos do produto da PCR exibiu 99% (314/318) de identidade com sequências de Rickettsia raoultii isolado MDJ1, associado com carrapato Dermacentor na China; Rickettsia raoultii cepa Khabarovsk, relacionada com carrapatos Dermacentor na Europa; Uncultured Rickettsia sp. Clone G1, associada com carrapato Amblyomma parkeri do Brasil. Entre as quatro substituições de nucleotídeos observadas, somente uma representava uma substituição de aminoácido na sequência parcial de gltA. Outras avaliações da Rickettsia encontrada são necessárias para melhor caracterizar este microrganismo, pois, R. raoultii é conhecida por causar doença em humanos na Europa.

APOIO FINANCEIRO: CAPES e CNPq.

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P9 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DE INFECÇÃO POR Rickettsia rickettsii EM DIFERENTES POPULAÇÕES DE Amblyomma sculptum M. Gerardi; F. da S. Krawczak, L. C. Binder, M. B. Labruna Laboratório de Doenças Parasitárias, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. A febre maculosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, é a doença transmitida por carrapatos de maior importância na América Latina. No Brasil, Amblyomma sculptum é o seu principal vetor. O presente estudo objetivou avaliar, em condições de laboratório, a dinâmica da infecção por R. rickettsii em quatro populações geograficamente distintas de A. sculptum, sendo elas de Itu (ITU) e Piracicaba (PIC), estado de São Paulo; Poconé (PAN), estado do Mato Grosso; e Parque Nacional Grande Sertão Veredas (GSV), estado de Minas Gerais. A susceptibilidade de cada população foi quantificada através da determinação da perpetuação transestadial e transovariana da infecção nos carrapatos. Larvas foram alimentadas em cobaias febris, em período de riquetsemia, após serem inoculadas intraperitonealmente com R. rickettsii (GL). As ninfas resultantes foram alimentadas em cobaias e os adultos em coelhos, sendo que ninfas também foram expostas a cobaias riquetsêmicas (GN). Simultaneamente, foram realizadas infestações em cobaias não inoculadas - grupo controle (GC). Após a ecdise ou ovipostura dos carrapatos, os mesmos foram testados por PCR em tempo real para detecção de um fragmento do gene citrato sintase (gltA). No GL, um número significativamente maior de ninfas infectadas foi encontrado nas populações ITU e PIC (16% - 4/25 e 2,5% - 1/40 respectivamente), quando comparados a GSV (0% - 0/48) e PAN (1,25% - 1/80). O número de adultos infectados no GL foi significativamente maior em ITU (33,3% - 5/15) que nas demais populações (0% - 0/16, 0/20 e 0/10 respectivamente para GSV, PAN e PIC). No GN, somente na população GSV foram detectados carrapatos infectados (22,7% - 5/22), porém sem diferença significativa de ITU e PAN (0% - 0/15 em ambas), mas significativamente maior que PIC (0% - 0/30). Transmissão transovariana foi observada nas populações ITU e GSV, sendo na primeira 12,5% (2/16) no GL e 27,3% (3/11) no GN e, na segunda, 16,7% (1/6) no GN, sem diferença significativa entre elas. Estes resultados confirmam achados anteriores de que A. sculptum (relatado como A. cajennense) é parcialmente refratário à infecção por R. rickettsii e que variações na susceptibilidade a esta infecção podem ocorrer entre populações geograficamente distintas de uma mesma espécie de carrapato. Fatores que determinam estas variações merecem estudos. Financiamento: FAPESP e [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P10 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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CARRAPATOS E EXPOSIÇÃO A RIQUETSIAS DE EQUÍDEOS EM ARAGUAPAZ-GOIÁS, BRASILM.M.Martins¹; J.O.Jorge1; C.F.Osava ¹; M.B.Labruna2; M.P.J.Szabó¹ 1-Laboratório de Ixodologia, Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia, MG.2-Laboratório de Parasitologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de São Paulo. A região do cerrado é o segundo bioma em extensão no Brasil, estudos sobre ixodofauna nessa região são escassos. Os ixodídeos são ectoparasitos obrigatórios e o hábito hematofágico destes os transforma em vetores de vários agentes infecciosos, como protozoários, vírus, bactérias e riquétsias, tanto para humanos como para animais, portanto merecem serem alvos de pesquisas mais aprofundadas. Os equinos são considerados animais sentinelas da Febre Maculosa Brasileira, por servirem como hospedeiros primários aos carrapatos vetores. Com intuito de determinar a possível circulação de agentes como riquetsias, para elucidar melhor a sua distribuição e permitir ações estratégicas para estudos futuros, foi realizado um levantamento da ixodofauna de eqüídeos e exposição a riquetsias na Fazenda Moeda de Serra, Araguapaz, Goiás. Para tal, coletou-se carrapatos e sangue para sorologia de eqüinos e asininos. Em 36 dos 40 eqüídeos examinados, coletou-se 63 (36 machos e 27 fêmeas) e uma ninfa de Amblyomma sculptum, 127 (100 machos e 27 fêmeas) e cinco (5) ninfas de Dermacentor nitens, duas (2) fêmeas de R. Boophilus microplus. Em relação à sorologia desses eqüídeos, a mesma foi realizada por imunofluorescência indireta para cinco espécies de riquetsia (Rickettsia rickettsii, R. parkeri, R. amblyommii, R. rhipicephali, R.bellii). Os animais foram considerados positivos quando as amostras de soro apresentaram títulos ≥ 64, de 30 animais, 26 foram reagentes para pelo menos uma espécie da bactéria. Esses resultados demonstram uma exposição à Rickettsia nessa região do cerrado goiano.Palavras-chave: Sorologia, carrapatos, eqüídeos, Rickettsia, cerrado.Financiamento: Fapemig, CAPES, CNPq.

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P11 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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BIODIVERSIDADE DO COMPLEXO Amblyomma cajennense E RIQUÉTSIA EM ÁREAS ENDÊMICAS PARA FEBRE MACULOSA NOS BIOMAS CERRADO E MATA ATLÂNTICA.K. Bitencourth1,2, C.M. Voloch3, S.V. Oliveira4, M. Amorim1, G.S. Gazêta1,2

 1-Lab. de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses- IOC/ FIOCRUZ- RJ2- Pós Graduação em Biodiversidade e Saúde- IOC/ FIOCRUZ- RJ3-Lab. de Biologia Evolutiva Teórica e Aplicada- Departamento de Genética/ UFRJ.4-Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses - Secretaria de Vig. em Saúde / MS - DF

Febre Maculosa (FM) é a principal doença envolvendo carrapatos como vetores no Brasil. A diversidade genética desses vetores pode estar associada à habilidade em transmitir diferentes espécies ou linhagens de patógenos. Amblyomma cajennense s.l., é um complexo de seis espécies biogeograficamente específicas, sendo Amblyomma cajennense s.s. e Amblyomma sculptum as espécies de ocorrência no país. A. sculputm é relatado em diferentes biomas e em áreas endêmicas para FM, especialmente aquelas com óbitos confirmados, enquanto A. cajennense s.s. é de ocorrência no bioma Amazônia, região sem confirmação de casos de FM. O objetivo deste trabalho é a detecção de riquétsia, análise filogeográfica e de estrutura populacional de Amblyomma cajennense s.l. em áreas de investigação de caso e/ou vigilância de ambiente para FM no país. Foram coletados e identificados carrapatos em oito Estados dos biomas Cerrado e Mata Atlântica. O material genético extraído foi submetido à amplificação parcial do gene citocromo oxidase II, para análises populacionais, e dos genes gltA e ompA para pesquisa de riquétsia. Foram geradas 68 sequências correspondendo a A. sculptum e quatro a A. cajennense s.s.. Foram identificados 23 haplótipos de A. sculptum, com maior variância molecular ocorrendo entre populações em cada bioma, não havendo estruturação populacional de acordo com os biomas. No Cerrado A. cajennense s.s. e A. sculptum foram coletadas no mesmo nicho, assinalando a impossibilidade em delimitar a distribuição de espécies por biomas. Riquétsias foram detectadas apenas em A. sculptum, sendo identificadas a Rickettsia felis (Mata Atlântica), Candidatus Rickettsia amblyommii e Candidatus Rickettsia andeanae (Cerrado). A não detecção de genes de riquétsias em A. cajennense s.s. em áreas com casos confirmados e óbitos de FM não caracteriza a incapacidade de transmissão de riquétsias por esse ixodídeo, mas aponta uma diversidade na competência vetorial dentro do complexo A. cajennense. A relação entre riquétsias e haplótipos está em estudo. Análise em micro-escala, utilizando ecorregiões, pode ser mais adequada para estudo de distribuição, estruturação populacional e competência vetorial das espécies desse complexo no país. [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P12 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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INTERAÇÃO TRÓFICA ENTRE IXODIDEOS E HUMANOS EM ÁREA ANTRÓPICA, ENDÊMICA PARA FEBRE MACULOSA, NA REGIÃO DE FLORESTAS COSTEIRAS DA SERRA DO MAR.A.B.P. Borsoi1,2, V.M. Andrade1,3, M. Amorim1, G.S. Gazêta1,2, N.M. Serra-Freire1,2

1- Laboratório Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses – IOC/Fiocruz- Rio de Janeiro.2- Pós Graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde – IOC/Fiocruz- Rio de Janeiro.3- Pós Graduação Lato sensu em Entomologia Médica – IOC/Fiocruz – Rio de Janeiro. 

Carrapatos são ectoparasitos hematófagos, importantes na transmissão de agentes infecciosos para homens e animais, participando diretamente dos ciclos de diversas doenças. Diferentes espécies estão associadas à transmissão de riquétsias patogênicas em grande variedade de ambientes, propiciando a formação e manutenção de focos de Febre Maculosa (FM) em um complexo e amplo contexto epidemiológico. No Brasil, a FM era considerada uma doença rural. Entretanto, a concentração de casos e óbitos em ambiente urbanizado nos últimos anos, modificou o entendimento de sua vulnerabilidade, sendo, contudo, incipiente o conhecimento sobre a formação do ciclo epidêmico da FM em essas áreas. O objetivo do trabalho foi analisar a interação trófica entre carrapatos e humanos em ambiente antrópico, em área endêmica para FM. Estudo observacional e transversal foi realizado através de busca ativa dos casos de ixodidose humana, em indivíduos que aderiram voluntariamente à pesquisa após a exposição do mesmo, em quatorze bairros do Município de Belford Roxo, localizado dentro da ecorregião de Florestas Costeiras de Serra do Mar, bioma Mata Atlântica. Cento e trinta e um carrapatos foram entregues voluntariamente por indivíduos parasitados, após remoção manual dos mesmos fixados na pele. Oitenta casos de ixodidose humana foram confirmados em 64,29 % das áreas investigadas (9/14). Homens foram mais parasitados que mulheres e houve uma dominância de casos na faixa etária de adultos. Amblyomma cajennense s.l. foi a espécie dominante (75), seguida por Rhipicephalus sanguineus (28) e Amblyomma dubitatum (28). O cálculo de risco (RR=0) permitiu concluir que a infecção por uma das espécies não influencia a probabilidade de parasitismo por uma das outras duas espécies. A presença de potenciais vetores de riquétsias infestando humanos, tanto em ambiente urbano quanto rural, aponta para as particularidades de cada espaço analisado, parecendo haver um maior perigo de infestação por A. dubitatum em ambiente rural, R. sanguineus em ambiente urbano e A. cajennense s.l. em ambiente de transição entre essas duas áreas.Protocolos de atenção à saúde devem considerar tempo, lugar e pessoa para o controle de carrapatos vetores na área analisada. 

[email protected]

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P13 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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Babesia caballi e Theileria equi EM EQUINOS DA MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE, ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL: ESTUDO SOROLÓGICO E MOLECULARR.M.S.N. de C. Guerra1, A.B.Silva2,3, T.P.Sato2, A.C.G. dos Santos1, E. F. Amorim Filho1, T.L. do Vale1, G.S.Gazêta2

1-Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Maranhão – MA, Brasil. 2-Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses – LIRN –IOC/ FIOCRUZ- Rio de Janeiro - RJ, Brasil.3-Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde – IOC/FIOCRUZ- Rio de Janeiro - RJ, Brasil.

A Piroplasmose Equina é uma doença causada por Babesia caballi e Theileria equi, ambas transmitidas por carrapatos. A Microrregião da Baixada Maranhense, caracteriza-se por extensos conjuntos de lagos e lagoas naturais, denominada também de pantanal amazônico. Neste cenário é criado o cavalo baixadeiro, nativo da região, caracterizado pela rusticidade e resistência a vastas áreas de campos alagados e terras secas. Face à inexistência de dados para o Estado do Maranhão e considerando a importância destes agentes para a saúde dos equinos, objetivou-se investigar a ocorrência de B. caballi e T. equi em equinos da Microrregião da Baixada Maranhense, por meio de técnicas sorológicas e moleculares. Amostras de sangues e carrapatos foram coletadas de 97 cavalos baixadeiros. Os soros obtidos foram testados pela Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) por meio de kits comerciais. Foram realizadas extração de DNA genômico (DNAg) do sangue total e dos carrapatos. Após a extração de DNAg, os fragmentos gênicos referente ao gene 18S rRNA de Babesia spp. e Theileria spp. foram amplificados em reações de PCR, e posteriormente submetidas ao sequenciamento de DNA. Do total de amostras analisadas no teste sorológico, 37 (38,14%) foram reativas para T. equi e 18 (18,55%) para B. caballi, considerando o título 1:80 para os dois bioagentes. Foram coletados 170 espécimes; as espécies de carrapatos identificadas foram Dermacentor nitens, Amblyomma cajennense e Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Os resultados da PCR a partir do sangue mostraram que 13,40% (13/97) foram positivos para T. equi e 3,09% (3/97) para B. caballi. No que se refere aos carrapatos, obteve-se 2,35% (4/170) e 0,59% (1/170) de positivos para T. equi e B. caballi, respectivamente. As análises de similaridade das sequências obtidas demonstraram identidade de 97% a 100% com T. equi (acesso KF559357.1) e 98% a 100% com B. caballi (acesso AY309955.1). Os resultados apresentados indicam a ocorrência destes agentes na região estudada.Palavras-chave: RIFI , PCR, Infecção, Piroplasmose Equina,Agência financiadora: Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhã[email protected]

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P14 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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CIRCULAÇÃO DE Ehrlichia canis NA MESORREGIÃO DO OESTE MARANHENSE, BRASILA.B.Silva1,2, R.M.S.N. de C.Guerra3, K.M.Cardoso1, G.S.Gazêta1

 1-Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses – LIRN –IOC/ FIOCRUZ- Rio de Janeiro - RJ, Brasil.2-Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde – IOC/FIOCRUZ- Rio de Janeiro - RJ, Brasil. [email protected] Estadual do Maranhão – UEMA, Maranhão – MA, Brasil. 

Ehrlichia canis é o agente etiológico da Erliquiose Monocítica Canina. A ocorrência desta enfermidade vem aumentando significativamente nos últimos anos em todas as regiões do Brasil. O estudo dos aspectos epidemiológicos dos patógenos, especialmente daqueles com potencial zoonótico, como é o caso de E. canis, permite antever situações de risco para a população humana e animal. Assim, a erliquiose tem sido motivo de grande interesse para pesquisas em medicina veterinária e também em saúde pública, pela possibilidade de acometimento humano. No Brasil, registros sobre a prevalência de Ehrlichia são descritos na literatura variando de 4,8% a 86,2%, porém, estudos envolvendo a ocorrência de E. canis em cães no Estado do Maranhão, através de técnicas moleculares são preliminares. O objetivo deste estudo foi verificar a circulação de E. canis na Microrregião de Imperatriz, Mesorregião do Oeste Maranhense, Brasil. Foram amostrados, randomicamente, 200 cães da Microrregião de Imperatriz – MA, provenientes de ambientes urbano e rural. As amostras sanguíneas foram submetidas à extração de DNA genômico, e posteriormente à PCR visando a amplificação de fragmentos gênicos do gene dsb de Ehrlichia sp. As amostras que amplificaram no tamanho esperado foram submetidas ao sequenciamento de DNA. Os resultados da PCR mostraram que 2% (4/200) dos animais foram positivos para Ehrlichia sp. A análise de similaridade das sequências obtidas demonstrou identidade de 100% com E. canis dos EUA e do Brasil (acesso no GenBank CP000107.1 e GU586135.1, respectivamente). A detecção molecular de E. canis, mesmo que em baixa frequência, assinala a circulação subclínica deste patógeno na região investigada. Este é o primeiro relato da ocorrência de E. canis na Mesorregião do Oeste Maranhense, Brasil. Palavras-chave: PCR, Infecção, Erliquiose Monocítica Canina, Saúde Pública  Agradecimentos: Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P15 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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Anaplasma phagocytophilum EM EQUINOS DA MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE, ESTADO DO MARANHÃO, BRASILR.M.S.N. de C. Guerra1, A.B.Silva2,3, T.P.Sato2, A.C.G. dos Santos1, E.F.Amorim Filho1, T.L. do Vale1, G.S.Gazêta2

1-Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Maranhão – MA, Brasil. 2-Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses – LIRN –IOC/ FIOCRUZ- Rio de Janeiro - RJ, Brasil.3-Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde – IOC/FIOCRUZ- Rio de Janeiro - RJ, Brasil.  A Anaplasmose Granulocítica Equina é uma enfermidade sazonal, normalmente auto-limitante, cujo agente etiológico é o Anaplasma phagocytophilum. Tem despertado o interesse na saúde pública pelo desenvolvimento de infecção em humanos. A doença tem presença assinalada em vários países, sendo Ixodes spp. o principal carrapato vetor. No Brasil, existem poucos relatos sobre a infecção por este agente, bem como de seus vetores naturais. O Estado do Maranhão possui o segundo maior rebanho de equinos do Nordeste. Na mesorregião Norte Maranhense encontra-se a Microrregião da Baixada Maranhense, sendo denominada também de pantanal amazônico, pois incorpora uma complexa interface de ecossistemas, marcado por estações de inundações alternadas com secas. É neste ambiente que se destaca uma raça de cavalos nativa da região, denominada de “baixadeiro”, esta raça é caracterizada pela rusticidade, além do que, são utilizados para o trabalho, e desta forma assumem grande importância socioeconômica para a região. Considerando-se que os cavalos baixadeiros são essenciais para o desenvolvimento da região por executarem as atividades rurais, e estarem adaptados às condições da região acima descritas, aliado ao fato de não existirem informações sobre a sanidade destes animais, objetivou-se verificar a exposição do cavalo baixadeiro ao bioagente A. phagocytophilum, através da detecção de anticorpos IgG reativos. Amostras de sangue foram coletadas de 97 cavalos baixadeiros. Os soros obtidos foram testados pela Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) utilizando-se o kit diagnóstico do Laboratório Füller/USA. Do total de amostras analisadas, 11 (11,34%) foram reativas para A. phagocytophilum, com títulos que variaram de 1:80 a 1:320. Os resultados apresentados sugerem a exposição do cavalo baixadeiro ao A. phagocytophilum, o que denota sua importância, em virtude do seu potencial zoonótico e pela possibilidade de acometimento humano. Estes dados podem fornecer mais informações sobre a epidemiologia da doença no Brasil. Palavras-chave: RIFI, Infecção, Anaplasmose Granulocítica Equina.Agência financiadora: Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhã[email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P16 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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BIOAGENTES CIRCULANTES EM RIPHICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS NO BIOMA CAATINGA, CEARÁ, BRASIL T.P. Sato 1, A.B. Silva 1,2, V.F. Vizzoni 1, G.S. Gazeta1,2 

1 Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses (LIRN) – Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2 Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúde – Rio de Janeiro, RJ, Brasil. O carrapato Riphicephalus (Boophilus) microplus está amplamente distribuído, predominando nas áreas tropicais e subtropicais. Trata-se de um parasito monóxeno com ciclo biológico dividido em uma fase parasitaria e outra fase de vida livre, sendo o bovino seu hospedeiro preferencial. É responsável por inúmeras perdas econômicas na pecuária bovina, devido aos danos diretos ao animal ou por ser vetor de patógenos, tais como protozoários do gênero Babesia e a bactéria do gênero Anaplasma, agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina. Estima-se 80% da população bovina mundial está exposta a infestação de carrapatos. A babesiose na maioria do territótio brasileiro caracteriza-se por estabilidade enzoótica. Entretanto, essa situação epizootiológica não impede que esta enfermidade cause prejuízos acima de 250 milhões de dólares anuais no Brasil. O trabalho tem como objetivo de verificar a circulação de piroplasmídeos em R. (B.) microplus. Foram coletados espécimes de carrapatos em Bos taurus, Equus asinus e Canis familiaris em diferentes regiões do Estado do Ceará, durante a investigação de casos de febre maculosa ou vigilância de ambiente para riquetsioses. Após identificação taxonônica, os espécimes foram submetidas à extração total de DNA genômico e amplificação de fragmentos do gene 18S rRNA dos gêneros Babesia   e Theileria, utilizando-se os iniciadores BT-F1, BT-R1 e BT-R2. As amostras que amplificaram no tamanho esperado (aproximadamente 395 pb para Babesia  spp. e 410pb para Theileria spp) foram submetidas ao sequenciamento de DNA. Das 87 exemplares analisadas, 19,54% (17/87) estavam positivas. Para confirmação das espécies é necessário aguardar o sequenciamento de DNA que está em [email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P17 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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ESTUDO ENTOMOLÓGICO PARA A DETECÇÃO DE VETORES POTENCIAS A TRANSMISSÃO DE RIQUETSIOSES EM PORTO VELHO, RONDÔNIA, 2014.C.J.L. Aprigio1, A.E.F. Lobato2 , G.S.Gazêta3.                                     1- Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental - Agência Estadual de Vigilância em Saúde – AGEVISA/RO 2 – Laboratório de Entomologia – Laboratório Central em Saúde Pública3 – Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses-SVS/MS - Serviço de Referência em Carrapatos de Importância Médica e Veterinária-Fiocruz/MS

No município de Porto Velho, é desconhecido a presença de vetores que poderiam transmitir riquetsioses a humanos e muito menos se estes vetores estão infectadoss por Rickettsia. Portanto, o objetivo do trabalho foi realizar um estudo entomológico em Porto Velho para identificar a presença ou não de artrópodes incriminados na transmissão das riquetsioses. Realizaram-se coletas de artrópodes nos animais (domésticos, de produção e silvestres) e no ambiente em três áreas distintas (área interna e externa do parque ecológico; uma propriedade agropecuária e o canil municipal). No parque ecológico, foram realizadas coletas no ambiente do parque (trilhas) e captura de roedores e marsupiais utilizando armadilhas tipo Sherman e Tomahawk. Na área externa do parque foram coletadas espécime em equídeos. Na propriedade rural coletou-se espécimes diretamente nos animais, nos estábulos e parede dos cômodos. No ambiente desta área realizou-se a técnica de arrasto com flanela branca. Foi possível coletar um total de 288 espécimes, sendo 172 de A. nitens, 56 espécimes de R.sanguineus, 23 de B.microplus, 20 de A. cajennense, 10 de C. felis, 03 de A. naponense, 03 de Tur turki, um de A. scalpturatum, totalizando oito espécies identificadas. A maior diversidade de espécies foi encontrada na área rural, local também com maior diversidade de animais (cães, bovinos, equinos). O A. cajennense, foi encontrado apenas em uma propriedade perto do Parque Ecológico do município, que indica um importante achado, pois é o principal vetor da R. rickettsii, bactéria causadora da Febre Maculosa Brasileira. Entretanto, o R. sanguineus e a C. felis também podem carrear agentes causadores das doenças Febre Escaro-Nodular e Riquetsiose Felis, respectivamente. Em todas as áreas estudadas observou-se a presença de vetores que poderiam carrear e transmitir as riquetisioses a humanos, necessitando fazer o monitoramento destes vetores e a possível infecção destes artrópodes. email:[email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P18 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE Rickettsia parkeri EM Monodelphis domesticaM.D. Cordeiro1, L.C. Oliveira1, A.H. Fonseca1

 1 – Laboratório de Doenças Parasitárias – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

A cuíca de laboratório (Monodelphis domestica) é um pequeno marsupial encontrado na América do sul, principalmente no Brasil. Rickettsia parkeri é uma rickettsia patogênica encontrada principalmente em carrapatos do gênero Amblyomma (Amblyomma ovale e Amblyomma triste). O marsupial Didelphis aurita (gambá) foi relatado como hospedeiro amplificador de Rickettsia rickettsii, mas não de R. parkeri. O objetivo do presente estudo foi avaliar a infecção e o papel de M. domestica como hospedeiros amplificadores de R. parkeri para carrapatos do gênero Amblyomma. Dez espécimes machos de M. domestica foram inoculados com PBS + macerado de carrapatos + 106 células VERO infectadas com R. parkeri. Em 7 animais a aplicação foi feita por via intramuscular (IM) e 3 por via intraperitoneal (IP). Um macho (animal controle) recebeu, por via IP, 1 mL do mesmo veículo utilizado para inoculação. Os três animais inoculados por IP foram infestados por larvas e ninfas de Amblyomma sculptum entre o 2º e 9º dia pós-infecção (DPI). A parasitemia foi acompanhada do 3º ao 9º DPI por meio da PCR usando os primers 17kDa e ompA. Os animais foram avaliados clinicamente. Dos animais infectados por via IM, apenas um apresentou-se positivo no sangue no 5º DPI. Os três infectados por IP foram positivos no sangue no 2º, 5º, 7º e 9º DPI. Dos 10 pools de carrapatos recuperados, 6 apresentaram bandas positivas para os genes testados. O rim, fígado, coração e o baço de um animal infectado por via IM também foram positivos.  Houve um aumento da temperatura retal dos animais experimentados apenas nos 3 primeiros DPI. Os animais inoculados por IP apresentaram prostração, pêlos arrepiados e emagrecimento. A espécie M. domestica apresentou uma parasitemia suficiente para transmitir ao carrapato a bactéria R. parkeri, portanto essa espécie pode atuar como amplificador desse agente, uma vez que frequentemente esse marsupial é encontrado sendo parasitado por fases imaturas de carrapatos do gênero Amblyomma. *[email protected]

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P19 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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ISOLAMENTO DE Ehrlichia canis EM LINHAGEM DE CÉLULAS IDE8 DE Ixodes scapularis (ACARI: IXODIDAE)C.M. Ribeiro, M.D. Cordeiro, B.A. Baêta; A.H. Fonseca O gênero Ehrlichia compreende bactérias intracelulares obrigatórias do sistema fagocitário mononuclear. A espécie Ehrlichia canis é responsável pela erliquiose monocítica canina, uma doença considerada endêmica principalmente em áreas urbanas, onde abundam populações do carrapato vetor Rhipicephalus sanguineus. O presente estudo promove o isolamento e o cultivo de E. canis em linhagem de células IDE8 a partir de amostras de sangue e carrapatos de cão doméstico naturalmente acometido. Amostras de sangue e carrapatos foram coletadas de um cão domiciliado no município de Seropédica, com sintomatologia da fase aguda doença. Mórulas foram visualizadas no esfregaço de capa leucocitária e amplificação de um fragmento do gene 16SrRNA na PCR utilizando os primers ECC/ECB (1ª reação) e ECAN5/HE3 (2ª reação). Para o preparo dos inóculos, a amostra de sangue foi processada para separação da camada de mononucleares e os carrapatos foram esterilizados, macerados. Ambos inóculos foram adicionados com meio Leibovitz´s L-15B à monocamada de células IDE8. na cultura de células IDE8 e incubadas a 34°C em estufa bacteriológica O crescimento do microrganismo em cultura in vitro foi acompanhado com auxílio de exames citológicos a cada 7 dias. O cultivo oriundo do sangue e dos carrapatos apresentou-se positivo aos 32 dias e 14 dias pós-inoculação (DPI) pela citocentrifugação, respectivamente. A cultura de IDE8 infectada com E. canis foi repicada quando aproximadamente 80% das células estavam infectadas (ao 42º DPI do sangue e 38º DPI do carrapato), sendo uma alíquota de 1 ml do seu sobrenadante inoculadas em nova monocamada não-infectada, a fim de estabelecer a propagação do isolado. Atualmente, o cultivo de E. canis encontra-se estabelecido em células IDE8 e, com alíquotas criopreservadas em SPG à -80oC. A perspectiva é que esse isolado irá proporcionar melhor entendimento do conhecimento da biologia do patógeno com estudo da interação entre o agente e o vetor.

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P20 - 12/08 - 09:00 - 13/08 - 13:00h

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RICKETTSIA SP. CEPA MATA ATLÂNTICA INFECTANDO AMBLYOMMA NODOSUM EM BREJOS DE ALTITUDE DO NORDESTE, ÁREA ENDÊMICA PARA FEBRE MACULOSA. L. Moerbeck1,2, V.F. Vizzoni1,3, N.F.H. Duarte4, G.C.B. Coelho4, S.V. Oliveira5, M. Amorim2, G.S. Gazeta1,2. 1- Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Biodiversidade e Saúde - IOC/FIOCRUZ – Rio de Janeiro/RJ.2- Laboratório Ref. Nacional em Vetores das Riquetsioses - IOC/FIOCRUZ – Rio de Janeiro/RJ.3- Laboratório de Genética Molecular de Eucariontes e Simbiontes – Departamento de Genética/UFRJ – Rio de Janeiro/RJ.4- Núcleo de Controle de Vetores / Coordenação de Promoção e Proteção à Saúde / Secretaria Estadual de Saúde – CE.5- Secretaria de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde/MS – Brasília/DF. A Febre Maculosa (FM) é zoonose re-emergente e negligenciada no Brasil. O surgimento de novos focos é frequente e apresenta variação epidemiológica segundo a região. O Estado do Ceará confirmou 10 casos de FM, a grande maioria no Maciço de Baturité, região composta por complexa formação vegetal, com características de Mata Atlântica dentro do bioma Caatinga, região ecologicamente identificada como Brejo de Altitude do Nordeste, propiciando o isolamento de ectoparasitos vetores e dos bioagentes por eles transmitidos. O presente estudo buscou identificar a circulação de riquétsias em ectoparasitos de hospedeiros silvestres em área endêmica para FM nessa região. Cem espécimes adultos de Amblyomma nodosum foram coletados, durante vigilância de ambiente para FM, sobre Tamandua tetradactyla recolhido ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama pelo Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet-SESA/CE). Vinte e quatro espécimes foram submetidos à extração de DNA genômico e amplificação de fragmentos de DNA dos genes gltA, ompA e ompB. Todos os lotes foram positivos para, ao menos, um dos fragmentos de DNA investigados, e três lotes foram positivos para todos os fragmentos. A análise das sequências apresentou identidade de 82% com Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, espécie filogeneticamente próxima de Rickettsia parkeri. Os Brejos de altitude do Nordeste são regiões climaticamente isoladas na Caatinga, com amplas áreas preservadas e porções antropizadas. Os casos de FM nessa região ocorrem principalmente em focos próximos às bordas de matas e são caracterizados por uma condição clínica já reconhecida para áreas endêmicas de FM em região de Mata Atlântica. O encontro de A. nodosum coletados em tamanduá, em área de foco de FM, infectados por riquétsia filogeneticamente próxima à riquétsia patogênica, evidencia ciclo enzoótico em ambiente silvestre nessa região. Apesar de ser parasito comum em Myrmecophagidae, essa espécie de ixodídeo tem sido relatada infectada com riquétsias em diferentes regiões do país e hospedeiros, incluindo aves e cães. Contudo, não há evidência de sua participação no ciclo epidêmico de zoonoses, mas sinaliza para o potencial dessa espécie na transmissão de riquétsias.

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P21 - 13/08 - 13:00 - 14/08 - 16:00h

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Rickettsia rickettsii EM Rhipicephalus sanguineus DE DUAS ECORREGIÕES DO BRASILR.L. Caetano1,2, K. Bittencourt1,2, C.M. Voloch3, S.V. Oliveira4, M. Amorim1, G.S. Gazêta1,2 1Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses (LIRN)- IOC/FIOCRUZ2Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde – IOC/FIOCRUZ3Laboratório de Biodiversidade Molecular, Departamento de Genética – IB/UFRJ4Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses, Sec. de Vigilância em Saúde – SVS/MS

 Rhipicephalus sanguineus, comumente conhecido como “carrapato-vermelho-do-cão”, tem ampla distribuição geográfica, parecendo ser a espécie mais prevalente entre os ixodídeos. É parasito de cães, produzindo infestações que chegam a atingir níveis letais. Estão bem adaptados ao ambiente antrópico, onde podem parasitar o homem e outros vertebrados habituais. Nesse sentido, pode participar do ciclo de diferentes doenças, sendo, comprovadamente, vetor de Ehrlichia canis e Babesia canis, microrganismos de grande importância na saúde animal, e de riquétsias patogênicas para humanos. Assim, participam do ciclo enzoótico de riquétsias e sua importância no ciclo epidêmico já foi observada para algumas regiões do planeta. Entretanto, o conhecimento sobre sua importância nos focos de Febre Maculosa (FM) do Brasil ainda são incipientes. O objetivo deste estudo é investigar a circulação de Rickettsia rickettsii, espécie com maior importância patogênica para FM, em R.  sanguineus de áreas endêmicas para essa doença. Espécimes de R. sanguineus foram coletados durante investigação de caso ou vigilância de ambiente para FM em quatro diferentes biomas. Foi feita a confirmação da diagnose específica através da identidade molecular dos espécimes utilizando-se o gene mitocondrial 12S, e a amplificação de fragmentos dos genes gltA e ompA para a detecção de riquétsia. Quatro espécimes foram positivos para a presença de genes de riquétsias; três provenientes da região ecológica de Brejos de Altitude do Nordeste, bioma Caatinga, e um da Florestas Costeiras da Serra do Mar, bioma Mata Atlântica. Todas as sequências tiveram 99% de identidade com a Rickettsia rickettsii cepa Morgan. Brejos de altitude do Nordeste são regiões com característica de Mata Atlântica, isoladas climaticamente dentro do bioma Caatinga, indicando que essas regiões compartilham características que permitem a ocorrência dessa cepa. R. sanguineus infectado por R. rickettsii no Brasil já foi assinalado para os biomas Cerrado e Mata Atlântica. Entretanto, este é o primeiro relato de R.  rickettsii para o Estado do Ceará, evidenciando o potencial desse carrapato na formação de novos focos, especialmente em área urbana, onde é crescente o número de casos de FM sem comprovação da espécie de vetor envolvido.

Biologia molecular, agentes, hospedeiros vertebrados e vetores.

P22 - 13/08 - 13:00 - 14/08 - 16:00h

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TENDÊNCIA GERAL DA LETALIDADE E DO RISCO DE ÓBITOS POR FEBRE MACULOSA NO ESTADO DE SÃO PAULO.T.L. Coutinho1, S.S.A.L. Souza1, O. Rangel1.

1 - Superintendência de Controle de Endemias – SR5 – Campinas

Entre as doenças transmitidas por vetores, a febre maculosa (FM) tem papel preponderante devido a sua alta letalidade. Entretanto, os coeficientes de letalidade (CL) têm oscilado no decorrer dos anos, o que dificulta conhecer a tendência geral e o risco de óbitos pela doença. Neste sentido foi realizado um estudo para analisar a tendência da letalidade e do risco de óbitos consolidados por ano no período compreendido entre 1985 a 2012 no estado de São Paulo (ESP). A fonte dos casos e dos óbitos foi o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) analisados e divulgados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica- CVE - do ESP. Para análise da tendência geral da letalidade e de autocorrelação foi ajustado um modelo aditivo generalizado para locação escala e forma (GAMLSS) com distribuição gama zero ajustado, e para análise do risco por óbitos, foi utilizado o modelo linear generalizado (GLM) com distribuição binomial. O risco foi estimado pela razão de chances – Oddsratio (OR). No período estudado foram confirmados 555 casos e 225 óbitos (CL=40,54%).  As estimativas dos parâmetros obtidos para letalidade (-0.1643 p-valor>0.05) e para o risco de óbitos (0.003382 p-valor>0.05-OR=1,003(IC:0,0973-1.036) não foram significativas.Não foi observado autocorrelação significativa em nenhuma defasagem na análise da letalidade. Os resultados encontrados apontam para necessidade de incremento das atividades preventivas da FM tendo em vista que a tendência da letalidade e  do risco de óbitos tem se mantido durante os anos no ESP . Sugere-se outros modelos de análise que incorporem o número de casos por mês e distribuição inflacionadas para melhor descrever a série temporal.E-mail – [email protected]

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

P23 - 13/08 - 13:00 - 14/08 - 16:00h

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RELATO DA INVESTIGAÇÃO AMBIENTAL DE TRÊS CASOS DE FEBRE MACULOSA BRASILEIRA NA REGIÃO DE PEDREIRA, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/SP ENTRE OS ANOS DE 2012 E 2015.M. Gutjahr1, J.N. Mecca1, M.C.P. T. Mota 2.

1-      Supervisão de Vigilância em Saúde Santo Amaro e Cidade Ademar – Vigilância Ambiental.2-       Supervisão de Vigilância em Saúde Santo Amaro e Cidade Ademar – Vigilância Epidemiológica

Introdução: A febre maculosa brasileira é uma doença grave causada pela bactéria Ricketssia rickettsii através da picada de carrapato do gênero Amblyomma sp. O distrito administrativo de Pedreira situa-se na região sul de São Paulo, divisa com Diadema e parte do território é banhado pela represa Billings. Há no local resquício de Mata Atlântica e presença de caninos, felinos e animais silvestres que estão ou adentram a mata, mas mantém proximidade com a população. Neste habitat se relata a presença do A. aureolatum. Metodologia: As investigações ambientais ocorreram após o recebimento das notificações do SINAN. Foram realizadas vistorias verificando-se: tipo de vegetação, proximidade com a represa, presença de animais domésticos e/ou relato de animais silvestres, coleta de carrapatos e coleta de sangue dos cães e/ou gatos com realização de sorologia para R. rickettsii. As investigações epidemiológicas foram realizadas com base nos relatos dos locais frequentados pelos pacientes, picada por carrapato, data dos 1° sintomas e sorologia dos pacientes para R. rickettsii. Após as notificações foram realizados trabalhos educativos (casa-a-casa) nos imóveis do entorno da residência dos pacientes. Resultados e discussão: Os locais prováveis de infecção dos casos ocorreram próximos da represa, onde ainda há resquícios de mata atlântica. Houve relato da picada do carrapato nos pacientes, presença de carrapatos A. aureolatum em cães e/ou gatos do domicílio e título sorológico para R. ricketssii em alguns dos animais e pacientes. Realizadas medidas educativas com colocação de faixas, alertando sobre a área ser de risco para a transmissão da Febre Maculosa, informando sobre a prevenção, sintomas e a necessidade da procura por atendimento médico. Realizadas reuniões com unidades e hospitais de atendimento para alertar sobre a ocorrência da doença na região. Conclusão: É necessária a vigilância constante da doença nas áreas de transmissão detectadas e alerta aos profissionais que realizam os atendimentos (relato de picada de carrapato e/ou sintomas compatíveis com FMB) em moradores destas áreas, iniciando o tratamento [email protected]

P24 - 13/08 - 13:00 - 14/08 - 16:00h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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ATUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS E SUAS DIFICULDADES NO ENFRENTAMENTO DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRAJ.T. NasserI, M.R. DonalísioII

I Laboratório de Análise Espacial de Dados Epidemiológicos/FCM/UNICAMP, Vigilância em Saúde Leste Campinas e CCZ de Valinhos  II Laboratório de Análise Espacial de Dados Epidemiológicos/FCM/UNICAMP

A Febre Maculosa Brasileira (FMB) na Região Metropolitana de Campinas reemergiu a partir de 1985, quando foram notificados casos em Pedreira. Este estudo descreve a atuação dos municípios da RMC e suas dificuldades no controle da FMB. Foram visitados todos os 19 municípios entre 2012 e 2013 e realizadas entrevistas com profissionais responsáveis por ações de prevenção da FMB. Levantou-se a situação epidemiológica e ações desenvolvidas pelas equipes locais. Apenas 1 município nunca registrou casos de FMB. Foram avaliadas as atividades educativas tanto para profissionais de saúde como para a população  e  42,2% dos municípios referiram não ter realizado nenhuma atividade educativa desse tipo nos últimos 4 anos. Quanto à colocação de placas informativas em locais de risco de FMB 11 municípios referiram executar essa ação. Foi relatada em 4 municípios (21%) a preocupação em desenvolver uma estratégia  própria estruturada para enfrentamento da FMB . Em 9 (47,4%) municípios não existe articulação da Secretaria da Saúde com responsáveis pela manutenção de áreas verdes. Em relação à saúde do trabalhador, em 4 (21%) dos municípios não há utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) para realizar o corte de mato de áreas de transmissão de FMB. Em 8 (42,1%) não são  dadas orientações a esses trabalhadores quanto ao risco a que estão expostos e às medidas preventivas.   Apesar do envolvimento e dedicação dos profissionais, a maioria dos municípios da RMC apresenta dificuldades estruturais, de capacitação e organização na condução de ações de prevenção e controle da doenç[email protected]   

P25 - 13/08 - 13:00 - 14/08 - 16:00h

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA NO ESPÍRITO SANTO (BRASIL) – 2007 A 2015.G.L. ALMADA1, M.A.C.R. CUNHA1, A.M. ZAGO1, G.N.S. CORREA2, F.S. ALMADA3, C.L.S. PIMENTA3, V.S. SANTOS3

1 - Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo2 - Secretaria Municipal de Saúde da Serra (ES)3 – Universidade Vila Velha (UVV) – Espírito Santo

 A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma zoonose de caráter endêmico. Há poucos registros na literatura científica em relação a doença no Espírito Santo. Este estudo objetiva caracterizar o perfil epidemiológico no Estado. Utilizamos o banco de dados do SINAN (janeiro de 2007 a maio de 2015). Para análises usamos o programa Epi Info 3.5.2. Realizamos estudo descritivo utilizando apenas casos autóctones do Estado. No período foram notificados 838 casos. Destes, foram confirmados 30 casos autóctones. Os municípios de infecção estão distribuídos por todo o estado. Quanto às características dos locais de infecção, prevaleceu zona rural (63,3%) e ambiente domiciliar (43,3%). A maioria era do sexo masculino (73,3%), raças branca e parda (46,7%), baixa escolaridade (40,0%) e mediana de idade de 30 anos. Os principais sintomas foram: febre (96,7%), cefaléia (90%), mialgia (83,3%), hemorragia (73,3%), dor abdominal (63,3%), prostração (60%) e náuseas (53,3%), sendo que em 63,3% ocorreu hospitalização. A taxa de letalidade foi de 26,7% (25% a 100%). A mediana do período de evolução clínica para o óbito foi de nove dias (4 a 176 dias). O diagnóstico laboratorial foi usado na confirmação da maioria dos casos (90%). Quanto a situação de risco, os contatos com os animais foram: carrapato (70%), cão/gato (70%), bovino (53,3%), equino (33,3%0 e capivara (26,7%). Cerca de 57% frequentou ambientes com mata, etc. Quanto a avaliação de encerramento oportuno de investigação, apenas 51,7% foram encerrados dentro do prazo, caracterizando como inadequado. A doença tem ocorrência esporádica no Estado. Há necessidade de manter a vigilância constante sobre as doenças febris-hemorrágicas, haja vista que é um quadro clínico muito comum as doenças como dengue, meningites, leptospiroses, que são endêmicas no estado, assim como febre amarela, malária e hantaviroses, principalmente nas áreas rurais, onde geralmente a qualidade da assistência não é [email protected]

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Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS PODEM MODIFICAR A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE ESPÉCIES DO COMPLEXO Amblyomma cajennense NO BRASIL?S.V. Oliveira1, 2, 4, J.A. Ribeiro 2, K.M. de Araújo-Vilges 2, J.P. dos Santos 2, T.F. Martins 3, M.B. Labruna 3 , G.S. Gazeta 4, R. Gurgel-Gonçalves 2

1-      Ministério da Saúde; 2 - Universidade de Brasília; 3 - Universidade de São Paulo; 4 - Fundação Oswaldo Cruz - RJ

Os carrapatos do complexo Amblyomma cajennense são os principais transmissores da Febre Maculosa no Brasil. Alguns estudos sugerem que as mudanças climáticas (MC) e as alterações no perfil das emissões de CO2 na atmosfera ao logo dos anos podem influenciar a ocorrência de doenças transmitidas por carrapatos. Sendo assim, o presente estudo busca analisar a influência das MC na distribuição potencial (DP) de carrapatos do complexo Amblyomma cajennense no Brasil. Analisou-se 91 registros de Amblyomma cajennense sensu stricto, 120 de A. cajennense sensu lato e 215 de A. sculptum. Foram produzidos modelos de adequabilidade climática (AC) atual e futuros pelo algoritmo Maxent versão 3.2.1. considerando variáveis climáticas das últimas décadas (1950-2000) e projetadas para os anos de 2050 e 2070, obtidas do projeto WorldClim.  Foram utilizados dois cenários de emissões de gases (2.6 e 8.5) associados a diferentes padrões de desenvolvimento econômico. Os modelos gerados foram editados no programa QGIS 2.8.   Amblyomma cajennense s. s. apresentou maior AC atual ao sul da região amazônica, porém em cenários de MC é possível verificar aumento da AC no sul do Cerrado.  A. cajennense s. l. tem AC atual em todo território brasileiro e em cenários de MC suas ACs concentraram-se em áreas ao sul da Amazônia e noroeste do Cerrado. A AC atual e futura de A. sculptum foram similares. As espécies do complexo A. cajennense no Brasil em cenário atual e em projeções futuras de MC e emissão de gases mostraram diferentes padrões de AC, inferindo que MC podem influenciar na DP destes vetores. No entanto, características dos efeitos das MC nas DP dessas espécies (amplitude e sobreposição dos nichos ecológicos) deverão ser avaliadas para confirmar os resultados obtidos.

[email protected]

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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INQUÉRITO ACAROLÓGICO PARA RIQUÉTSIAS DO GRUPO DA FEBRE MACULOSA EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - 2014 G.L. ALMADA1; M.A.C.R. CUNHA1; A.M. ZAGO1; R.T.N. E SILVA1, G.N.S. CORREA2; C.C. JUNIOR3; G.S. GAZÊTA4; F.S. ALMADA5

1 - Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo2 - Secretaria Municipal de Saúde da Serra (ES)3 – Núcleo de Doenças Infecciosas/Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)4 - Lab. Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses – IOC / FIOCRUZ5 – Universidade Vila Velha (UVV) – Espírito Santo

A febre maculosa brasileira (FMB) é uma infecção aguda causada pela Rickettsia rickettsii. Devido a ocorrência de casos suspeitos de FMB nos municípios de Pancas, Guaçui, Iuna, Vila Valério e Ibatiba, realizamos um inquérito acarológico. As coletas foram realizadas nos prováveis locais de infecção. Foram coletadas amostras dos animais e usando a técnica de arrasto. As análises foram realizadas no Lab. Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses/FIOCRUZ (RJ). Coletamos 2039 carrapatos (Amblyomma sculptum, A. dubitatum, A. aureolatum, Dermacentor nitens, Rhipicephalus sanguineus e R. microplus,), a maioria A. sculptum (89,7%), além de 10 pulgas (Ctenocephalides felis). Das amostras de carrapatos, uma (0,05%) foi positiva (Pancas) e das amostras de pulgas, quatro (40%) foram positivas (Guaçui –1, Ibatiba –1 e Iúna –2). Mesmo com a baixa prevalência de amostras positivas para riquétsias, a alta frequência de A. sculptum no local provável de infecção, espécie sabidamente transmissora de riquétsia patogênica, aponta para a necessidade de orientação para o controle dessa espécie na área, especialmente em equinos, importante na manutenção de riquétsias circulantes em algumas áreas, podendo, inclusive, ampliar o foco ou propiciar a instalação de novos focos transportando carrapatos infectados para diferentes áreas. A C. felis também é transmissora de riquétsia patogênica (Rickettsia felis). Assim, o encontro de amostra positiva também aponta para necessária orientação em educação em saúde dos residentes da área, bem como para a orientação de controle de ectoparasitos de cães e equinos. Os resultados encontrados possibilitaram confirmar o caso de Pancas pelo critério clínico-epidemiológico, pois a paciente foi a óbito e não foi possível coletar amostras clínicas. Nos demais municípios as análises sorológicas das pessoas suspeitas foram negativas, embora terem ocorrido dois casos confirmados em Vila Valério em 2011 e um caso importado em Guaçuí em [email protected]

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CARRAPATO Amblyomma ovale CARREADO POR GATO DOMÉSTICO PARA INTERIOR DE RESIDÊNCIA COMO POTENCIAL CAUSADOR DE FEBRE MACULOSA(FM) NO MUNICÍPIO DE LINDOLFO COLLOR, RIO GRANDE DO SUL(RS)B. Stenzel1, K.L. Ribeiro1

1-Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde - CEVS/SES-RS

No RS, o primeiro caso de FM ocorreu no ano de 2005. Desde então outros casos foram confirmados no Estado. Em Lindolfo Collor, dois ocorreram entre os meses de outubro e dezembro de 2013 sendo provavelmente um relacionado à caça e outro a carrapato carreado para interior de residência por gato doméstico. A suspeita por envolvimento do gato partiu de parente do paciente que percebera anteriormente esses parasitos no felino que costuma frequentar a mata. Tanto a residência do paciente, quanto da família foram investigadas, ambas circunscritas por fragmentos de mata atlântica. Na residência do paciente, não foi possível percebermos condições ambientais propícias para ser considerado local provável de infecção. Porém na residência dos parentes podemos perceber que o gato possuía lesão característica de picada de carrapato na região interescapular. Os demais animais (cães) não possuíam esse parasito, nem foi possível capturá-lo no ambiente mesmo diante do uso de armadilhas de gelo seco e arrasto. Orientamos que o felino fosse castrado para diminuir sua perambulação e vistoriado frequentemente para a presença de carrapatos, sendo que os mesmos deveriam ser coletados e encaminhados para identificação de espécie e análise quanto à presença de riquétsias. Diante disso, nos foram encaminhados 2 exemplares: um retirado da perna de uma pessoa, moradora da casa; e outro do gato. Ambos identificados como A.ovale sendo que o exemplar que estava no gato era macho e apresentou-se negativo ao PCR e o que estava no humano, fêmea, sendo o primeiro carrapato positivo no RS para riquétsias do grupo FM. O humano parasitado foi monitorado e não apresentou nem sintomatologia, nem conversão sorológica para FM. Concluímos que em Lindolfo Collor, RS, bioma Mata Atlântica o carrapato A.ovale é potencial candidato aos casos de transmissão de FM.

[email protected]

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INVESTIGAÇÃO DE UM CASO DE FEBRE MACULOSA EM CAMPUS UNIVERSITARIO EM GOIÁSS.F.F. Marques¹, A.K.Jesus¹, H.C. Rocha1, W. Mendes Júnior¹, M. Santalucia¹, I. L.B. Garcia¹, B.S.A. Silva2, C.V. França², W. P. Oliveira1, S.V. de Oliveira3, G.S. Gazeta4

1Secretaria de Estado da Saúde de Goiás2Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás3Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, Distrito Federal, Brasil4Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

A febre maculosa (FM) é conhecida como um problema emergente de saúde pública no Brasil. Descreveu-se a investigação de um caso notificado em novembro de 2014 de um paciente de 47 anos, masculino, residente em zona urbana do município de Goiânia, professor do curso de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. Apresentou febre, cefaleia, artralgia, mialgia e prostração, referiu contato com carrapato, capivara, equino, bovino, cães e gatos. Foi hospitalizado vinte dias após início dos sintomas, apresentando traços de sangue na urina. Houve regressão dos sintomas e alta hospitalar após utilização de doxiciclina. Realizou-se diagnóstico para dengue e teste de aglutinação com Proteus, com resultados não reagentes. Não foi realizado imunofluorecência em tempo oportuno. Identificou-se o local provável de infecção e coletaram-se amostras de possíveis vetores de riquétsias no ambiente. Foi feita a diagnose, pela Reação em Cadeia pela Polimerase, de um espécime de Rhipicephalus sanguineus, 368 espécimes de Amblyomma cajennense e 311 espécimes de Amblyomma dubitatum (680 espécimes). Dos 253 espécimes examinados (larvas, ninfas e adultos) 36 foram positivos obtendo-se um percentual de positividade de 14,2%. Diante de circulação de Riquétsias do grupo febre maculosa na área sob investigação, criou-se comissão permanente de vigilância, implementou-se ações de controle de carrapatos, orientações aos frequentadores da área, manejo adequado de animais e  treinamento de profissionais da saúde, professores e alunos dos cursos de agrárias. Identificaram-se grande infestação de carrapatos em outras nove áreas do campus, outros casos suspeitos em alunos e funcionários sugerindo uma maior sensibilidade na vigilância da doença na á[email protected]

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FEBRE MACULOSA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NOTIFICADOS NO ESTADO DE GOIÁS DE 2007 A 2015.S.F.F.Marques¹, A.K.Jesus¹, H.C. Rocha1, W. Mendes Júnior¹, M. Santalucia¹, I. L.B. Garcia¹, B.S.A. Silva2, C. V. França², W. P. Oliveira1, S.V. de Oliveira3

1Secretaria de Estado da Saúde de Goiás2Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás3Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, Distrito Federal

A febre maculosa (FM) é uma doença infecciosa febril aguda, causada por Rickettsias spp., de transmissão vetorial e que na região Sudeste do país apresenta alta letalidade. No Brasil é doença de notificação compulsória imediata para casos suspeitos e ou confirmados. Em Goiás o primeiro caso confirmado registrado no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN-NET) foi em 2010. Objetivou-se a descrição do perfil epidemiológico dos pacientes notificados no SINAN-NET de 2007 a 2015.  Neste período foram notificados 84 casos suspeitos em 31 municípios, com confirmação de 3,6% (3/84).  A análise das notificações retratou uma maioria masculina 64,3% (54), com idade entre 20-39 anos 47,6% (40), escolaridade superior incompleta 20,2% (17), morando em zona urbana 80,9%, referindo ter contato com carrapatos 54,8% (46), cães e gatos 34,52% (29) e frequentado ambiente de matas/florestas 54,76% (46) em atividades de lazer. Os principais sinais e sintomas registrados nestes pacientes foram febre 77,4 % (65), cefaleia 61,9% (52), dor abdominal 21,4% (18), náusea/vômito 40,5% (34), exantema 25,0% (21), diarréia 16,7% (14), icterícia 8,3% (7), hiperemia conjuntival 5,9% (5), hepato/esplenomegalia 9,5% (8), petéquias 20,23% (17), manifestações hemorrágicas 11,9% (10), linfadenopatia 13,1% (11), convulsão 2,38% (2), prostração 47,6% (40), choque 2,4% (2), esturpor/coma 4,5% (4), sufusão/hemorágicas  4,5% (4) e alterações respiratórias  11,9% (18). Destes, 41,7% (35) foram hospitalizados e 57,00% (48) realizaram diagnóstico por critério laboratorial. Não houve óbitos, a evolução dos casos confirmados foi para cura, em alguns casos 66,7% sem a utilização de tratamento. Este fato pode estar relacionado à circulação de uma cepa com menor patogenicidade. Necessitam-se maiores estudos deste agente do grupo febre maculosa de ocorrência no cerrado brasileiro. [email protected]

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FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA FEBRE MACULOSA E OUTRAS RIQUETSIOSES EM GOIÁS.S.F.F.Marques¹, A.K.Jesus¹, H.C. Rocha1, W. Mendes Júnior¹, M. Santalucia¹, I. L.B. Garcia¹, B.S.A. Silva2, C. V. França², W. P. Oliveira1, S.V. de Oliveira3, G.S. Gazeta4  

1Secretaria de Estado da Saúde de Goiás2Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás3Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, Distrito Federal, Brasil 4Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, Instituto Oswaldo Cruz. Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

A febre maculosa (FM) é uma doença infecciosa, febril, aguda causada por Rickettsias spp., bactéria gram-negativa intracelular obrigatória, transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma spp. Cursa desde quadros leves ate formas graves, com alta letalidade. O primeiro caso confirmado em Goiás registrado no SINAN-NET foi em 2010. O baixo número de notificações oportunas e a carência de investigações ambientais dificultam a elucidação de casos, a caracterização dos ciclos de transmissão e a adoção de medidas de prevenção. Objetivou-se descrever a formação de uma rede de vigilância de ambientes no Estado. Foram realizadas quatro capacitações técnicas em investigação e vigilância de ambientes no período de 2012 a 2015. Abordaram-se aspectos como sinais e sintomas, tratamento, epidemiologia, notificações, investigação de casos, vigilância de ambientes e noções de taxonomia de vetores. Capacitaram-se 83 técnicos entre Médicos Veterinários, Engenheiros Agrônomos, Médicos, Enfermeiros, Biólogos, Agentes de Endemias e Agentes de Saúde de 15 municípios estratégicos (Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Edéia, Edealina, Indiara, Jandaia, Gameleira de Goiás, Jataí, Morrinhos, Ceres, Formosa, Silvania, e Cesarina). Observaram-se aumento no número de notificações e identificação de casos positivos diagnosticados laboratorialmente, passando de 05 suspeitos em 2007 para 32 no primeiro semestre de 2015 e a confirmação de 03 casos neste mesmo período. A divulgação sobre a doença entre os profissionais de saúde tornou mais sensível o sistema de vigilância da febre maculosa e outras riquetsioses no [email protected]

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FEBRE MACULOSA BRASILEIRA (FMB) OS DESAFIOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO (RMSP).C. Sabbo1, M.M. Holcman1, M. Camara2, E. A. da Silva3, V.A. Cardoso3, M.C.N.C. Mendes3, R.M. Leite4

1- Superintendência de Controle de Endemias Sucen/SES/SP2- Secretaria Municipal de Saúde de Diadema3-  Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/COVISA/CCD4- Centro de Vigilância Epidemiológica “Professor Alexandre Vranjac” SES/SP A RMSP, que representa 47% da população do Estado de São Paulo (ESP), tem registro de FMB desde 1929. De 1998 a 2003, ocorreram 90 casos autóctones em oito dos seus 39 municípios. Nesta região tanto o vetor, hospedeiro, amplificador como as características ambientais dos locais prováveis de infecção (LPI) apresentam diferenças em relação às demais regiões do ESP. Estas diferenças suscitaram a necessidade dos profissionais de saúde conhecer melhor a epidemiologia dessa zoonose na RMSP e definir ações de vigilância e controle específicas. Neste contexto, a ocorrência de um óbito na divisa dos municípios de São Paulo, Diadema e São Bernardo do Campo desencadeou reuniões técnicas conjuntas entre municípios e a Sucen. Incluíram-se no grupo os municípios de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e o CVE, com participação de equipes multiprofissionais das áreas da vigilância epidemiológica, ambiental e zoonoses. Como produto, visando homogeneizar as informações dos profissionais envolvidos na investigação e prevenção da doença, foi realizado um Fórum Técnico de FMB da RMSP no dia 05/11/2014, com a participação de 110 pessoas de 13 municípios. Temas abordados: bioecologia do vetor; vigilância e controle; técnicas de diagnóstico; sintomatologia; tratamento; caracterização ambiental de LPI e experiências municipais. Os próximos desafios são: manter a interação do grupo multiprofissional; capacitar profissionais na identificação de vetores da espécie Amblyomma; definir protocolos de investigação de campo e estratégias de educação; elaborar informe técnico que atenda as especificidades da doença na região; difundir métodos de diagnóstico e manejo clínico, implantar o sistema de informação e mapear as áreas de circulação de riquétsias de acordo com os critérios de risco Estas propostas permitirão aprimorar a vigilância e ações relacionadas a doença na RMSP com o esforço conjunto de todos os profissionais destas áreas.Email: [email protected]

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ANÁLISE DA FEBRE MACULOSA NA REGIÃO DO MÉDIO PARANAPANEMA SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO DE 2007 A 2015 I.G. Rosa Xavier¹, G.G. Ciciliato4, M.T.M. Andrighetti², J.T. Deus³ (1) Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) – SR11 Marilia, Setor Assis(2) Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) – SR11 Marilia(3) Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) – Laboratório São Paulo(4) Grupo de Vigilância Epidemiológica Estadual - GVE XIII Assis  A febre maculosa brasileira ocorre na região do Médio Paranapanema desde 2007, sendo os primeiros casos notificados nos municípios de Cândido Mota, Ourinhos e Pedrinhas Paulista. O presente estudo objetiva descrever o perfil epidemiológico da enfermidade na região. Os casos foram avaliados pelas fichas do SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação) e as informações acarológicas obtidas pelo sistema de informação da Sucen.No período de 2007 a 2015 foram notificados 523 casos em 23 municípios e confirmados 35 casos em 12, na frequência: Assis (11), Cândido Mota (5), Chavantes (1), Ibirarema (2), Maracai (2), Ourinhos (5), Paraguaçu Paulista (1), Pedrinhas Paulista (1), Platina (1), Salto Grande (1), Santa Cruz do Rio Pardo (3), Tarumã (2). A média de idade dos atingidos foi de 37 anos, sendo 76% do sexo masculino, a letalidade de 56% e o período de início de sintomas ao óbito foi em média 5 dias.Nos LPIs investigados, observou-se predominância de mata ciliar, proximidade a bacia do Médio Paranapanema, presença de vestígios de capivaras, relação com atividades agrícolas, pesqueira e lazer. Os carrapatos identificados até o nível de espécie foram Amblyomma cajennense.As equipes de saúde dos municípios investigados, foram orientadas para a afixação de placas informativas sobre os riscos da contaminação por carrapatos, estimuladas a desenvolverem atividades de mobilização social quanto a notificação de parasitismo humano, adoção de medidas de proteção individual ao frequentar áreas infestadas e sensibilização da classe médica quanto a notificação e tratamento precoce dos casos. Levando em conta a intermitência das ocorrências, a elevada letalidade, a rápida mortalidade, o difícil diagnóstico e os hábitos da população em questão, fica clara a complexidade da situação epidemiológica e a dificuldade de adoção de medidas efetivas de prevenção e controle. 

Correspondência para:[email protected]

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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FEBRE MACULOSA NA REGIÃO DO GRUPO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA VII DE SANTO ANDRÉ, COMO FATOR DETERMINANTE PARA INÍCIO PRECOCE DO TRATAMENTO DOS CASOS SUSPEITOS ATENDIDOS NO HOSPITAL E PRONTO SOCORRO CENTRAL.A.M. Losacco1, A.B. Almeida2, E.V.C. Miranda3

1 -Supervisora de Enf. do Núcleo de Vigilância do Hospital e Pronto Socorro Central – SBC - Enfermeira do Núcleo de Informação em Vigilância Epidemiológica – CVE – SESSP2 - Núcleo de Informação em Vigilância Epidemiológica – CVE – SESSP3 - Enfermeira do Núcleo de Vigilância do Hospital e Pronto Socorro Central – SBC

 INTRODUÇÃO: A Febre Maculosa Brasileira é uma doença reemergente, que apresenta altas taxas de letalidade, sendo a região do grande ABC considerada prioritária para a ocorrência da doença no Estado de São Paulo pois apresenta processos de fragmentação florestal com número elevado de residentes nestes locais, tornando a população mais exposta.   Interessante notar que a distribuição dos casos nestes municípios cursa na mesma direção das instalações do rodoanel. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi caracterizar a distribuição espacial da Febre Maculosa Brasileira (FMB), nos municípios do Grupo de Vigilância Epidemiológica VII, de Santo André, entre os anos de 2010 e 2015, como fator determinante para o tratamento precoce dos casos suspeitos de FMB atendidos no Hospital e Pronto Socorro Central. METODOLOGIA: Utilizou-se a base de dados do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As análises de distribuição espacial foram realizadas através do programa Terraview 4.2. RESULTADOS: No período estudado foram notificados 328 casos suspeitos de FMB sendo 32 casos confirmados laboratorialmente, com letalidade de 65%. Os locais prováveis de infecção estão localizados próximos às regiões de represas, sendo que o Mapa de Kernel, mostrou que a principal concentração de casos é a região do bairro Recreio da Borda do Campo em Santo André, que concentrou 14 casos (43% do total). Sendo outras áreas prioritárias de ocorrência de FMB os bairros de Alvarenga, Cooperativa (divisa com o município de Diadema), e no Montanhão em São Bernardo do Campo. A correlação espacial positiva entre áreas vizinhas pode decorrer do fato da FMB ter uma característica de ocorrência em áreas endêmicas, e se disseminar para as áreas mais próximas. CONCLUSÃO: Podemos concluir que o início precoce do tratamento para febre maculosa, baseado no conhecimento da procedência dos pacientes que apresentam quadros febris graves, atendidos no Hospital e Pronto Socorro Central de São Bernardo do Campo pode determinar o sucesso na evolução destes casos.Palavras-chaves: Febre Maculosa Brasileira. Georreferenciamento. Diagnóstico

[email protected] ou [email protected]

P35 - 13/08 - 13:00 - 14/08 - 16:00h

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POTENCIAIS VETORES DA FEBRE MACULOSA NO ESTADO DE GOIÁSS.F.F.Marques¹, A.K.Jesus¹, H.C. Rocha1, W. Mendes Júnior¹, M. Santalucia¹, I. L.B. Garcia¹, B.S.A. Silva2, C.V. França², W.P. Oliveira1, S.V. de Oliveira3, D. Montenegro4,5, G.S. Gazeta4  

1Secretaria de Estado da Saúde de Goiás2Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás3Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, Distrito Federal, Brasil 4Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro5Laboratorio de Doenças Parasitarias, Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

Doenças causadas por riquétsias tem ampla distribuição mundial estando associadas a artrópodes como vetores (carrapatos, pulgas, piolhos e ácaros). Entre 2007 e 2015 o Estado de Goiás notificou no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET) 84 casos suspeitos de febre maculosa (FM) em 31 municípios, sendo 03 positivos. Inicialmente as investigações dos casos eram feitas apenas pelo acompanhamento das fichas de notificação. A partir de 2011, com o treinamento das equipes de profissionais da saúde, foram incluídas as pesquisas de potenciais vetores relacionados às investigações de casos suspeitos e ou confirmados e vigilância passiva da doença. O presente trabalho apresenta os vetores coletados em áreas de investigação de casos e a circulação de riquétsias do grupo febre maculosa (RGFM) no Estado de Goiás, entre os anos de 2007 a 2015. Investigaram-se 12 casos incluindo pesquisas de possíveis vetores no ambiente e em animais. Procederam-se coleta de vetores no local provável de infecção pela técnica de arrasto de flanela, armadilha de gelo seco e colheita no corpo de animais domésticos, silvestre e seres humanos. Identificaram-se aproximadamente 3.590 vetores, nas respectivas proporções Amblyomma cajennense, 72,26% (2594), Dermacentor (Anocentor) nitens 11,31% (406), Amblyomma dubitatum 8,89% (319), Boophilus (Rhipicephalus) microplus 2,81% (83), Rhipicephalus sanguineus 0,31% (11), Ctenocephalides felis 0,38% (10) e Amblyomma ovale 0,28% (10). A circulação de RGFM foi observada em 17 indivíduos Amblyomma cajennense 47,06% (08), Amblyomma dubitatum 35,20% (06), Rhipicephalus sanguineus 11,70% (2) e Ctenocephalides felis 5,80% (01). Amblyomma cajennense foi coletado em caninos, seres humanos, antas, equinos, bovinos e no meio ambiente. Estes resultados chamam a atenção para a diversidade de potenciais vetores da febre maculosa no Estado de Goiás e da necessidade de acompanhamento destas áreas para verificar a flutuação sazonal de vetores e das taxas de infecção de RGFM, correlacionando ao risco da ocorrência de casos da doenç[email protected]

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Relato de óbitos confirmados de febre maculosa brasileira associados a atividade de lazer e provável transporte passivo de carrapatos. M.J.C.P. Alves1, R.C. Mayo1, V.L.M.Oliveira1.

1- Superintendência de Controle de Endemias.

No Brasil, a maioria dos casos de febre maculosa brasileira – FMB concentram-se na região sudeste. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado de São Paulo concentra a maioria dos casos e a taxas de mortalidade mais elevadas dessa região. A região de Campinas, composta por 88 municípios distribuídos em 3 Departamentos Regionais de Saúde concentra a maioria dos casos. No período de 1998 a 2012, 63% dos 519 casos registrados no Estado, pertenciam a essa região. De acordo com o SINAN-NET no período de 2012 a 2015 (junho) ocorreram 91 óbitos na região de Campinas. Em janeiro de 2015 foram confirmados 2 casos de FMB que evoluiram para óbito residentes no município de Holambra- SP. A investigação epidemiológica apontou tratar-se de um casal cujo o marido frequentou uma localidade rural no município de Santo Antonio de Posse/SP para atividade de pesca e caça. O mesmo foi atendido no pronto socorro central do município de Holambra vindo a falecer 7 dias depois no hospital de clinicas da UNICAMP. A esposa não acompanhou o marido nesse atividade, porém apresntou sintomas semelhantes vindo a falecer um dia após. Sugere-se que o vetor possa ter sido levado a residência na vestimentas ou caça e no contato, a esposa possa ter se infectado. Pesquisas acarológicas realizadas pela SUCEN – Campinas, identificaram exemplares de Amblyomma cajennense e Amblyomma dubitatum na localidade frequentada e nas vestes dos funcionários da equipe de campo. Essa ocorrência evidencia a grande dificuldade do diagnóstico precoce da doença uma vez que existe também a possibilidade de transporte passivo do vetor.

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PRIMEIRO CASO HUMANO DE FEBRE MACULOSA EM IBIÁ-MG: ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE B.D.Tourinho1; M.M.Souza2; J.M.Sales2; A.O.D.Temponi1; M.G.Brito1; M.L.Ferraz1.

1. Diretoria de Vigilância Ambiental, Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.2. Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Superintendência Regional de Saúde de Uberaba, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Introdução: A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda e de transmissão vetorial. Em Dezembro de 2014, o primeiro caso da doença foi confirmado em Ibiá/MG. Objetivo: Descrever a investigação de caso de FMB segundo pessoa, tempo e lugar. Material e método: Estudo epidemiológico descritivo. Resultados: Paciente de 48 anos, sexo masculino, apresentou febre, fraqueza, prostração e dores no corpo cerca de três dias após contato com carrapatos durante as atividades laborais. A suspeita de FMB e instituição de tratamento específico ocorreram quando o paciente buscou serviço de saúde pela quinta vez, dez dias após o início dos sintomas. O caso foi confirmado por critério laboratorial, com evolução para óbito relacionado a choque séptico, pneumonia e FMB. O local provável de infecção (LPI) caracteriza-se por área urbana com mata ciliar densa, rio, presença de capivaras e cães. Foram realizadas inspeções em áreas próximas ao LPI identificado (estabelecimentos comerciais, rede ferroviária, unidade de saúde, indústria alimentícia e áreas públicas de lazer) e coleta e identificação de vetores no ambiente, realizada em parceria com a universidade, que avaliou uma elevada infestação ambiental por carrapatos. Diante da ocorrência do caso de FMB, foram desencadeadas reuniões com gestores de saúde, setores da administração municipal (obras, meio ambiente, educação), empresas privadas e universidade, que levaram ao desenvolvimento de medidas preventivas, de controle, capacitações para profissionais da assistência e ações de educação em saúde no município. Conclusões: A identificação precoce de casos suspeitos de FMB, a instituição imediata do tratamento e o estabelecimento de medidas preventivas e de controle em áreas com risco para a ocorrência da FMB poderão reduzir o número de casos e a morbimortalidade pela doença. As medidas relacionadas aos hospedeiros amplificadores constituem desafios no que tange à vigilância da FMB. [email protected], [email protected]

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FEBRE MACULOSA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NOTIFICADOS NO ESTADO DE GOIÁS DE 2007 A 2015.S.F.F.Marques¹, A.K.Jesus¹, H.C. Rocha1, W. Mendes Júnior¹, M. Santalucia¹, I. L.B. Garcia¹, B.S.A. Silva2, C. V. França², W. P. Oliveira1, S.V. de Oliveira3

1Secretaria de Estado da Saúde de Goiás2Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás3Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, Distrito Federal

A febre maculosa (FM) é uma doença infecciosa febril aguda, causada por Rickettsias spp., de transmissão vetorial e que na região Sudeste do país apresenta alta letalidade. No Brasil é doença de notificação compulsória imediata para casos suspeitos e ou confirmados. Em Goiás o primeiro caso confirmado registrado no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN-NET) foi em 2010. Objetivou-se a descrição do perfil epidemiológico dos pacientes notificados no SINAN-NET de 2007 a 2015.  Neste período foram notificados 84 casos suspeitos em 31 municípios, com confirmação de 3,6% (3/84).  A análise das notificações retratou uma maioria masculina 64,3% (54), com idade entre 20-39 anos 47,6% (40), escolaridade superior incompleta 20,2% (17), morando em zona urbana 80,9%, referindo ter contato com carrapatos 54,8% (46), cães e gatos 34,52% (29) e frequentado ambiente de matas/florestas 54,76% (46) em atividades de lazer. Os principais sinais e sintomas registrados nestes pacientes foram febre 77,4 % (65), cefaleia 61,9% (52), dor abdominal 21,4% (18), náusea/vômito 40,5% (34), exantema 25,0% (21), diarréia 16,7% (14), icterícia 8,3% (7), hiperemia conjuntival 5,9% (5), hepato/esplenomegalia 9,5% (8), petéquias 20,23% (17), manifestações hemorrágicas 11,9% (10), linfadenopatia 13,1% (11), convulsão 2,38% (2), prostração 47,6% (40), choque 2,4% (2), esturpor/coma 4,5% (4), sufusão/hemorágicas  4,5% (4) e alterações respiratórias  11,9% (18). Destes, 41,7% (35) foram hospitalizados e 57,00% (48) realizaram diagnóstico por critério laboratorial. Não houve óbitos, a evolução dos casos confirmados foi para cura, em alguns casos 66,7% sem a utilização de tratamento. Este fato pode estar relacionado à circulação de uma cepa com menor patogenicidade. Necessitam-se maiores estudos deste agente do grupo febre maculosa de ocorrência no cerrado brasileiro. [email protected]

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  IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA PARA DETECÇÃO DE VETORES POTENCIAS A TRANSMISSÃO DE RIQUETISIOSES EM ÁREAS NO ESTADO DE RONDÔNIA EM 2014 C.J.L. Aprigio1, A.E.F. Lobato2 , G.S.Gazêta3, S.V. de Oliveira4                              1- Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental - Agência Estadual de Vigilância em Saúde – AGEVISA/RO2 – Laboratório de Entomologia – Laboratório Central em Saúde Pública3 – Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses-SVS/MS - Serviço de Referência em Carrapatos de Importância Médica e Veterinária-Fiocruz/MS4 - Vigilância da febre maculosa brasileira e outras riquetsioses - Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde

Introdução: No estado de Rondônia, até o momento, não se conhece as espécies de artrópodes que poderiam servir de vetores a transmissão das riquetsioses e muito menos se estas enfermidades estão circulando no estado. Objetivo: Implantar a vigilância entomológica dos artrópodes incriminados na transmissão das riquetsioses no estado de Rondônia. Material e Métodos: Em 2014 foi realizado um curso elaborado e ministrado por técnicos do Ministério da Saúde, Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses e o Programa Estadual de Vigilância e Controle da Febre Maculosa. Neste curso foram selecionadas pessoas que desempenhassem atividades de entomologia ou de Vigilância em Saúde Ambiental no estado. As atividades executadas foram aulas teóricas, visitas com coletas de artrópodes no ambiente, nos animais silvestres, em animais domésticos e de produção em três áreas (parque ecológico, propriedade agropecuária e canil municipal). A coleta destes artrópodes foi realizada coletando os espécimes diretamente nos animais e no ambiente utilizando a técnica de arrasto com flanela branca. Capacitou-se os técnicos para o acondicionamento, preservação e transporte dos espécimes capturados a campo e no laboratório de entomologia do LACEN/RO foram realizadas as práticas de Identificação taxonômica. Resultados: Dos 25 técnicos capacitados 18 mostraram interesse em implantar a vigilância entomológica de vetores para riquetisioses; 08 técnicos se prontificaram a ser multiplicadores para o estado; 03 demonstraram interesse em adequar a estrutura laboratorial a identificação taxonômica destes vetores e o LACEN se tornou a referência no estado para coleta, acondicionamento transporte e identificação taxonômica. Conclusão: A vigilância entomológica de vetores para as riquetsioses está desenvolvendo atividades em 4 municípios, com coleta de espécimes ações de educação em saúde e estruturação do laboratório de entomologia, demonstrando que a capacitação foi exitosa

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FEBRE MACULOSA BRASILEIRA (FMB): AÇÕES DE PREVENÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO DE ÁREAS DE RISCO NA REGIÃO DO M´BOI MIRIM, SÃO PAULO - BRASIL A.V. Costa1, I.P.R. Rocha1, M.M. Pellini1, A.B. Zunder1, E. A. Silva2, M.C.N.C. Mendes2

1Supervisão de Saúde Ambiental M’ Boi Mirim2CCZ – Centro de Controle de Zoonoses Prefeitura de São Paulo, Brasil.  Introdução: A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada de carrapato infectado, podendo causar formas assintomáticas, leves ou graves, evoluindo com complicações hemorrágicas e elevada taxa de mortalidade. Na área metropolitana de São Paulo, no período de 2004 a 2014 ocorreram 19 casos, com 13 óbitos e letalidade de 68%, conforme dados do SINAN. Na região do M’ Boi Mirim ocorreram três casos confirmados de FMB e todos evoluíram a óbito. Os casos ocorreram em um mesmo bairro, em área de mata preservada e em frente à represa Guarapiranga. Em 2009, paciente com 25 anos, caseiro de uma chácara; Em 2010, paciente de 12 anos de idade que fazia equitação; Em 2014, paciente de 54 anos que fazia caminhadas na mata. Objetivo: Orientar a população residente em área de risco para FMB da SUVIS M’ Boi Mirim sobre as medidas de controle e prevenção, a fim de evitar novos casos. Material e Métodos: Todos os casos suspeitos foram notificados por meio da ficha SINAN. A partir do recebimento da notificação de FMB, a SUVIS iniciou ações em conjunto com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e COVISA (Coordenação de vigilância em saúde), para investigação da provável fonte de infecção e medidas de controle do caso de 2014. Foi realizado visita domiciliar; Investigação acarológica no ambiente; Reunião com os agentes de zoonoses para orientações sobre a doença e multiplicação desse conhecimento com a população; Ação educativa casa-a-casa, com distribuição de informativos e orientações. Resultados: Foi caracterizada como fonte de infecção a espécie Amblyomma aureolatum (Acari:Ixodidae); Sorologia para FMB de 30 animais domésticos da região, sendo três com resultado positivo; Instalação de placas alertando sobre a área de risco para febre maculosa em oito locais estratégicos do bairro; Reunião com moradores do condomínio e associação do bairro para divulgação de sinais e sintomas da doença, com um total de 60 munícipes; Reunião com a UBS da região para alertar sobre a ocorrência de casos e conseguir um diagnóstico precoce. A ação educativa abrangeu uma área com 250 residências.

Médica e vigilância, Controle e Educação em Saúde

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