Apresentação de Tese do Mestrado - Dr. Francisco Franceschini Neto
-
Upload
chiquinho9309 -
Category
Documents
-
view
109 -
download
0
Transcript of Apresentação de Tese do Mestrado - Dr. Francisco Franceschini Neto
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IMPLANTODONTIA
AVALIAÇÃO DA REPARAÇÃO ÓSSEA EM MANDÍBULA DE COELHOS UTILIZANDO BIOCERÂMICA FOSFO-CÁLCICA
BIFÁSICA MICRO-MACRO POROSA DE HIDROXIAPATITA E BETA TRICÁLCIO FOSFATO (Osteosynt®)
SÃO PAULO2008
FRANCISCO FRANCESCHINI NETO
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM IMPLANTODONTIA
FRANCISCO FRANCESCHINI NETO
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em odontologia, área de concentração em Implantodontia,sob orientação Prof. Dr. Carlos Eduardo Xavier dos Santos Ribeiro da SilvaSÃO PAULO
2008
AVALIAÇÃO DA REPARAÇÃO ÓSSEA EM MANDÍBULA DE COELHOS UTILIZANDO BIOCERÂMICA FOSFO-CÁLCICA BIFÁSICA MICRO-MACRO POROSA DE HIDROXIAPATITA
E BETA TRICÁLCIO FOSFATO (Osteosynt®)
• Avanços em busca de melhorias na qualidade de vida;
• Implantodontia como melhor forma de reabilitação bucal total e parcial;
• Reabsorção óssea alveolar modificando a altura e a espessura do rebordo ósseo remanescente;
• Impossibilidade de tratamento implantodôntico imediato; • Necessidade de técnicas para reconstrução óssea levando em consideração o tamanho da reconstrução;
INTRODUÇÃO
- Alternativas para reconstruções ósseas;
– Osso autógeno;– Osso homólogo;– Osso xenógeno;
- Substitutos ósseos (Biomateriais);
– Vários materiais são estudados com a finalidade de regenerar e/ou substituir o osso perdido;
INTRODUÇÃO
- Substitutos ósseos (Biomateriais)
• Capacidade:
- Propriedades mecânicas;
Osteocondutora
Osteoindutora
Osteogênica
Osteocondutora
Osteoindutora
Osteogênica
INTRODUÇÃO
Biomateriais
- Hidroxiapatita
- Biocerâmica de beta tricálcio fosfato (βTCP)
INTRODUÇÃO
• MAC NEILL et al. (1999) – evidência de neoformação óssea com utilização de hidroxiapatita (HA).
• AL RUHAIMI (2001) – hidroxiapatita demonstra ser um material de boa osteocondutividade.
• WOLF et al. (2001) – biocerâmica de beta tricálcio fosfato (βTCP) demonstra biocompatibilidade e interface direta do material com o osso.
• WILTFANG (2001) – biocerâmica de βTCP, material biocompatível e osteoindutivo.
• ZERBO et al. (2001) – biocerâmica de βTCP, bom material de preenchimento sendo degradado e substituído por tecido ósseo gradativamente, mostrando-se também, biocompatível e osteocondutor.
• PALTI e HOCH (2002) – substituição completa da biocerâmica de βTCP por osso neoformado após 12 meses de implantação, com pouca perda de estrutura de preenchimento.
REVISÃO DA LITERATURA
• TRISI et al. (2003) – biocerâmica de βTCP levou à neoformação óssea, não havendo interferência na formação da matriz.
• GARRIDO (2003) – biocerâmica de HA/βTCP segura e eficaz no tratamento de falhas ósseas.
• NISHIKAWA et al. (2004) – HA em contato com células mesenquimais induziu a formação óssea e manteve estrutura tecidual.
• ZERBO et al. (2004) – na utilização da biocerâmica de βTCP, houve atraso na formação óssea e, perda de estrutura devido a sua rápida reabsorção.
• SCHERME (2006) – biocerâmica de βTCP material ideal para preenchimento de defeitos ósseo evitando uma segunda área doadora.
• LE NIHOUANNEN et al. (2006) – bicerâmica de HA/βTCP promoveu crescimento ósseo ectópico, evidenciando osteoindução do material.
REVISÃO DA LITERATURA
Avaliar histomorfologicamente caracterizando e comprovando a viabilidade da utilização da biocerâmica de HA/βTCP (Osteosynt®), como material de preenchimento de defeitos ósseos, comparando-a com dois grupos, sendo osso autógeno e coágulo sanguíneo em relação a sua capacidade osteoindutora, osteocondutora e osteogênica.
PROPOSIÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
• Respeito aos princípios éticos de experimentação animal elaborado pelo COBEA;
• 11 coelhos (New Zeland), hígidos, peso médio 3 kg;
• Medicação pré-anestésica: 0,2 ml de Acepran 1%;
• Medicação anestésica: Ketamina (40mg/Kg), Xilazina (5mg/Kg) e Meperidina (10mg/Kg) por via intramuscular;
• Realização de 3 defeitos ósseos “inlay” de 7mm de diâmetro e 3mm de profundidade na mandíbula do animal;
• Preenchimento de cada defeito com osso autógeno, coágulo sanguíneo e biocerâmica de hidroxiapatita associada a beta tricálcio fosfato (HA/βTCP).
1. Osso Autógeno2. Biocerâmica de HA/βTCP3. Coágulo Sanguíneo (grupo controle)
1
ESQUEMA CIRÚRGICO
MATERIAL E MÉTODOS
23
Anti-sepsia local com iodopolvidona Oxigenação do coelho
MATERIAL E MÉTODOS
Realização da incisão longitudinal ântero-posterior Vista da incisão realizada
MATERIAL E MÉTODOS
Região exposta após descolamento
MATERIAL E MÉTODOS
Demarcação dos defeitos cirúrgicos
MATERIAL E MÉTODOS
Destacamento cuidadoso da cortical externa do defeito
MATERIAL E MÉTODOS
Defeitos críticos vazios
MATERIAL E MÉTODOS
Defeito preenchido com osso autógeno triturado
MATERIAL E MÉTODOS
Invólucro de biocerâmica de HA/βTCP – Osteosynt®
MATERIAL E MÉTODOS
Defeito preenchido com biocerâmica de HA/βTCP
MATERIAL E MÉTODOS
Coágulo sanguíneo preenchendo o defeito ósseo
MATERIAL E MÉTODOS
Realização da sutura com nylon 3.0, pontos simples
MATERIAL E MÉTODOS
Após o período de 3 meses
Realização da eutanásia dos animais pela equipe veterinária responsável
Coleta do material para análise
MATERIAL E MÉTODOS
Exposição dos defeitos preenchidos com osso autógeno e biocerâmica de HA/βTCP
MATERIAL E MÉTODOS
Aspecto do grupo controle (coágulo sanguíneo) – defeito na reparação
MATERIAL E MÉTODOS
1. Os espécimes removidos foram armazenados em formol a 10%;
2. Corados com Hematoxilina e Eosina (H.E.) por técnicos em histologia;
3. Confecção das lâminas histológicas.
MATERIAL E MÉTODOS
Análise clinica:
•Sem intercorrências pós-cirúrgicas.
•Nenhuma infiltração tecidual nas áreas enxertadas
com biocerâmica de HA/βTCP e com osso autógeno na
reabertura em nenhum animal.
•Perda de estrutura nas áreas preenchidas com coágulo
sanguíneo, devido à infiltração tecidual em todos animais.
RESULTADOS
PRESENÇA DE OSSO MADURO
OSSO AUTÓGENO
COÁGULO SANGUÍNEO
Biocerâmica de HA/βTCP
Coelho 1 S S S
Coelho 2 S S S
Coelho 3 S S S
Coelho 4 S S S
Coelho 5 S S S
Coelho 6 S S S
Coelho 7 S S S
Coelho 8 S S S
Coelho 9 S S S
Coelho 10 S S S
Coelho 11 S S S S = Sim N = Não
100%
RESULTADOS
100% 100%
Análise Histológica:
PRESENÇA DE OSSO IMATURO
OSSO AUTÓGENO
COÁGULO SANGUÍNEO
Biocerâmica de HA/βTCP
Coelho 1 N N S
Coelho 2 S S N
Coelho 3 S N N
Coelho 4 N N N
Coelho 5 S N N
Coelho 6 N N N
Coelho 7 N N N
Coelho 8 N N N
Coelho 9 S N S
Coelho 10 S N N
Coelho 11 S N N S = Sim N = Não
RESULTADOS
55% 9% 18%
Análise Histológica:
PRESENÇA DE OSTEOBLASTOS
OSSO AUTÓGENO
COÁGULO SANGUÍNEO
Biocerâmica de HA/βTCP
Coelho 1 S S S
Coelho 2 S S S
Coelho 3 S S S
Coelho 4 S N S
Coelho 5 S S S
Coelho 6 S S S
Coelho 7 S N N
Coelho 8 S S S
Coelho 9 S S S
Coelho 10 S S S
Coelho 11 S N N S = Sim N = Não
RESULTADOS
100% 73% 82%
Análise Histológica:
PRESENÇA DE OSTEOCLASTOS
OSSO AUTÓGENO
COÁGULO SANGUÍNEO
Biocerâmica de HA/βTCP
Coelho 1 S S S
Coelho 2 S S S
Coelho 3 S S S
Coelho 4 S N N
Coelho 5 S S S
Coelho 6 S S S
Coelho 7 S N N
Coelho 8 S S N
Coelho 9 S N S
Coelho 10 S N S
Coelho 11 S N N S = Sim N = Não
RESULTADOS
100% 13% 55%
Análise Histológica:
PRESENÇA DE MATERIAL RESIDUAL
Biocerâmica de HA/βTCP
Coelho 1 S
Coelho 2 N
Coelho 3 N
Coelho 4 N
Coelho 5 S
Coelho 6 S
Coelho 7 S
Coelho 8 S
Coelho 9 S
Coelho 10 S
Coelho 11 N S = Sim N = Não
RESULTADOS
64%
Análise Histológica:
Presença de osso maduro e osso em metabolismo com osteoclastos e osteoblastos.
Lâmina Histológica - OSSO AUTÓGENO
OsteoclastosOsteoblastos
Osso maduro
(100 X)
RESULTADOS
Presença em maior quantidade de osso maduro e osso em processo de maturação com grande quantidade de osteoblastos.
Lâmina Histológica - COÁGULO SANGUÍNEO (GRUPO CONTROLE)
Osso maduro
Osteoblastos
(100 X)
RESULTADOS
Presença de material residual e osteoclastos em maior aumento.
Lâmina Histológica - Biocerâmica de HA/βTCP - 1
Material residual
(400 X)
Osteoclastos
RESULTADOS
Presença de osso maduro em íntimo contato com a biocerâmica de HA/βTCP e osso em alto grau de metabolismo.
Lâmina Histológica - Biocerâmica de HA/βTCP - 2
Osso maduro
Osso imaturo
Material residual
(100 X)
RESULTADOS
Presença de material residual envolto por osso em alto grau de metabolismo, circundado por osso maduro evidenciando neoformação óssea centrípeta.
Lâmina Histológica - Biocerâmica de HA/βTCP - 3
(100 X)
Osso maduro
Osso imaturo
Material residual
RESULTADOS
(100 X)
•Clinicamente houve uma perda de estrutura de preenchimento nos sítios do grupo controle (coágulo sanguíneo) em todos os animais, o que não foi observado nos outros grupos, porém, a quantidade de osso maduro encontrada nestes sítios foi maior do que nos sítios dos outros materiais.
RESULTADOS
Hidroxiapatita
Biomaterial + Biocerâmica de βTCP
Biocerâmica de HA/βTCP
Garrido, 2003; Le Nihouannen et al., 2007
DISCUSSÃO
- Biocerâmica de HA/βTCP:
- osteocondutiva
- osteoindutiva
Facilitando regeneração e orientando neoformação do trabeculado ósseo.
Merten et al., Wiltfang et al., Szabó et al., Zerbo et al., 2001; Palty e Hoch, 2002;Le Nihouannen et al.,2007
DISCUSSÃO
- Biocerâmica de HA/βTCP:
- ausência de reação imunogênica
- biocompatível
Garrido, 2003; Le Nihouannen et al., 2007
DISCUSSÃO
- Biocerâmica de HA/βTCP:
- Sem presença de infiltração tecidual
- Presença de material residual nas lâminas
Evidenciando característica bifásica da associação HA + biocerâmica de βTCPMerten et al., Wiltfang et al., Szabó et al., Zerbo et al.,
2001
DISCUSSÃO
- Biocerâmica de HA/βTCP:
- Maior neoformação óssea quando em contato com o osso.- Presença de material residual nas lâminas em região central.
- Evidenciando crescimento centrípeto.- Não apresentando características osteogênicas.
Wolf et al., 2001; Zerbo et al., Peters e Reif, 2004; Le Nihouannen et al., 2007
DISCUSSÃO
- Biocerâmica de HA/βTCP:
-Não houve modificações da estrutura celular
-Não houve diferença na presença de células viáveis
Aybar et al., 2004
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
• O material possui biocompatibilidade, é
totalmente solúvel e reabsorvível.
• É um material com capacidade osteoindutiva e
osteocondutiva.
• Pode ser classificado como um substituto
ósseo para defeitos “inlay”.
CONCLUSÕES
• O material mantêm-se estável, preenchendo e
protegendo o defeito ósseo contra migração
epitelial.
• O material acelera o processo metabólico de
neoformação óssea, quando comparado ao
osso autógeno.
Obrigado!!!