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PORTUGUÊS PROF. TATIANA

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PROF. TATIANA

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// QUESTÃO 01 Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita,

que, a depender do estrato social e do nível de escolaridade do

falante, são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até mesmo em

falantes que dominam a variedade padrão, pois, na verdade,

revelam tendências existentes na língua em seu processo de

mudança que não podem ser bloqueadas em nome de um

“ideal linguístico” que estaria representado pelas regras da

gramática normativa. Usos como ter por haver em construções

existenciais (tem muitos livros na estante), o do pronome objeto

na posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), a não

concordância das passivas com se (aluga-se casas) são

indícios da existência, não de uma norma única, mas de uma

pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como

conjunto de hábitos linguísticos, sem implica- juízo de valor.

CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de

gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).

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// QUESTÃO 01 Considerando a reflexão trazida no texto a respeito da multiplicidade do

discurso, verifica-se que

a) estudantes que não conhecem as diferenças entre língua escrita e língua

falada empregam, indistintamente, usos aceitos na conversa com amigos

quando vão elaborar um texto escrito.

b) falantes que dominam a variedade padrão do português do Brasil

demonstram usos que confirmam a diferença entre a norma idealizada e

a efetivamente praticada, mesmo por falantes mais escolarizados.

c) moradores de diversas regiões do país que enfrentam dificuldades ao se

expressar na escrita revelam a constante modificação das regras de

emprego de pronomes e os casos especiais de concordância.

d) pessoas que se julgam no direito de contrariar a gramática ensinada na

escola gostam de apresentar usos não aceitos socialmente para

esconderem seu desconhecimento da norma padrão.

e) usuários que desvendam os mistérios e sutilezas da língua portuguesa

empregam formas do verbo ter quando, na verdade, deveriam usar

formas do verbo haver, contrariando as regras gramaticais.

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// QUESTÃO 02Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou

estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do

território, seja numa relação de oposição, seja de

complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos

configuram uma norma nacional distinta da do português

europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas

do português de Portugal às normas do português brasileiro, mas

também as chamadas normas cultas Iocais às populares ou

vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se

consolidam em diferentes momentos da nossa história e que só

a partir do século XVIII se pode começar a pensar na

bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de

mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em

ambos os territórios.

CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática:

descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).

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// QUESTÃO 02O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação

linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas

estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto

mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas

socialmente, chamando a atenção do leitor para a

a) desconsideração da existência das normas populares pelos

falantes da norma culta.

b) difusão do português de Portugal em todas as regiões do

Brasil só a partir do século XVIII.

c) existência de usos da língua que caracterizam urna norma

nacional do Brasil, distinta da de Portugal.

d) inexistência de normas cultas locais e populares ou

vernáculas em um determinado país.

e) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes

de uma língua devem ser aceitos.

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// QUESTÃO 03Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a

variedades da língua portuguesa no mundo e no Brasil.

Texto I

Acompanhando os navegadores, colonizadores e comerciantes portugueses

em todas as suas incríveis viagens, a partir do século XV, o português se

transformou na língua de um império. Nesse processo, entrou em contato —

forçado, o mais das vezes; amigável, em alguns casos — com as mais

diversas línguas, passando por processos de variação e de mudança

linguística. Assim, contar a história do português do Brasil é mergulhar na sua

história colonial e de país independente, já que as línguas não são

mecanismos desgarrados dos povos que as utilizam. Nesse cenário, são

muitos os aspectos da estrutura linguística que não só expressam a diferença

entre Portugal e Brasil como também definem, no Brasil, diferenças regionais e

sociais.

PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br. Acesso em: 5 jul. 2009 (adaptado).

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// QUESTÃO 03Texto II

Barbarismo é vício que se comete na escritura de cada uma das

partes da construção ou na pronunciação. E em nenhuma parte

da Terra se comete mais essa figura da pronunciação que nestes

reinos, por causa das muitas nações que trouxemos ao jugo do

nosso serviço. Porque bem como os Gregos e Romanos haviam

por bárbaras todas as outras nações estranhas a eles, por não

poderem formar sua linguagem, assim nós podemos dizer que as

nações de África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam quando querem

imitar a nossa.

BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957 (adaptado).

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// QUESTÃO 03Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras

línguas e processos de variação e de mudança decorridos desse

contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que a posição

de João de Barros (Texto II), em relação aos usos sociais da

linguagem, revela

a) atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a

serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de

benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de

suas línguas.

b) atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob

domínio português, dado o interesse dos falantes dessas línguas

em copiar a língua do império, o que implicou a falência do

idioma falado em Portugal.

c) o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante

padrão da língua grega — em oposição às consideradas

bárbaras —, em vista da necessidade de preservação do

padrão de correção dessa língua à época.

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// QUESTÃO 03d) adesão à concepção de língua como entidade homogênea

e invariável, e negação da ideia de que a língua portuguesa

pertence a outros povos.

e) atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa,

por se tratar de sistema que não disporia de elementos

necessários para a plena inserção sociocultural de falantes

não nativos do português.

GABARITO: D

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// QUESTÃO 04TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem

na ponta da língua

tão fácil de falar

e de entender.

A linguagem

na superfície estrelada de letras,

sabe lá o que quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,

e vai desmatando

o amazonas de minha ignorância.

Figuras de gramática, esquipáticas,

atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

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// QUESTÃO 04Já esqueci a língua em que comia,

em que pedia para ir lá fora,

em que levava e dava pontapé,

a língua, breve língua entrecortada

do namoro com a priminha.

O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar.

Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.

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// QUESTÃO 04Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o

contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em

a) situações formais e informais.

b) diferentes regiões do país.

c) escolas literárias distintas.

d) textos técnicos e poéticos.

e) diferentes épocas.

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// QUESTÃO 05Em bom português

No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria

que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular

como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a

cada dia uma parte do léxico cai em desuso.

Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os

que falam assim:

— Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.

Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com

um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de

roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca.

Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de

um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de

ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.

SABINO, F. Folha de S.Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado).

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// QUESTÃO 05A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto

exemplifica essa característica da língua, evidenciando que

a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.

b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações.

c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica.

d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que

pertence o falante.

e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em

todas as regiões.

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// QUESTÃO 06A velha contrabandista

Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira

montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega –

1tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela

parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que

diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela

adquirira no odontólogo e respondeu:

– É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da

lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha

areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e

foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no

outro com 2muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou

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// QUESTÃO 06na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou outra vez. Perguntou o que é que ela levava

no saco e ela respondeu que era areia, 3uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um

mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era

areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. 4Manjo essa coisa

de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal

propôs:

– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não

conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora

está passando por aqui todos os dias?

– O senhor promete que não “5espaia”? – quis saber a velhinha.

– Juro – respondeu o fiscal.

– É lambreta.

PRETA, Stanislaw Ponte. Primo Altamirando e elas. São Paulo: Agir, Martins Fontes, 2008.

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// QUESTÃO 06No texto de Stanislaw Ponte Preta, aparecem com frequência expressões da fala popular, a

exemplo de “tudo malandro velho” (referência 1), “muamba” (referência 2) e “manjo...pra

burro” (referência 4). Sobre esta questão, leia as afirmações que seguem.

I. Este tipo de linguagem revela, no texto, uma escrita marcada por um estilo coloquial

através do uso consciente de gírias e expressões tiradas da fala informal.

II. Expressões da fala coloquial, como as usadas no texto A velha contrabandista, são

próprias da crônica, que é um gênero que se utiliza de alguns recursos típicos da

oralidade para dar maior dinamicidade ao texto.

III. As expressões coloquiais utilizadas no texto, na verdade, mostram uma escrita

desleixada do autor que não domina o registro padrão da língua portuguesa.

IV. O emprego destes coloquialismos podem contribuir para o caráter humorístico da

crônica.

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// QUESTÃO 06Está correto o que se afirma em

a) I e III apenas.

b) II, III e IV apenas.

c) I, II e IV apenas.

d) I, II, III e IV.

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// QUESTÃO 07

Vocabulário

Fulla (fula): etnia africana presente em

países como Níger, Mali, Camarões,

Senegal, Gana, Nigéria e Guiné.

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// QUESTÃO 07O texto acima é um anúncio publicado no ano de 1886. Nele há algumas

diferenças com relação ao português atual, sendo um bom exemplo de

variação histórica. Tal variação pode ser constatada, principalmente,

a) pela forma de registrar local e data: no final do texto e não no topo ou no

início dele, como nas cartas atuais.

b) pela organização sintática, como em “quem os entregar na referida

fazenda”, que antepõe o pronome ao verbo.

c) pela grafia de algumas palavras, como “pollegar” e “annos”, o que

comprova que a variação não se dá apenas na fala, mas também se reflete

na escrita de uma língua.

d) pela formalidade ao descrever os escravos com o uso de expressões como

“desdentado”, “preto”, “pernas finas” etc.

e) pela forma de fazer referência ao mês em que os escravos fugiram:

“Fugiram da fazenda da Boa Vista de Pirassununga no dia 20 do corrente...”.

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// QUESTÃO 08No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que

apontar no título do filme Que horas ela volta? um erro de português “revela

visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica:

“O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial.

Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são

familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será

preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade

para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o

mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma

revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua,

mas da arte também.”

(Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em

http://www.melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/.

Acessado em: 08/06/2016.)

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// QUESTÃO 08Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que

corrobora os comentários do post.

a) Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo

social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (MATTOSO

CÂMARA JR., Joaquim. História da Linguística. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1975.)

b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a

um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas

vinculadas. (CAMACHO, Roberto Gomes. O sistema escolar e o ensino da língua

portuguesa. Alfa, São Paulo, 29, p. 1-7, 1985.)

c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para

continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no

português brasileiro. (BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma

pedagogia da variação linguística. São Paulo: Editorial, 2007.)

d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma

gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a

língua. (GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e

divulgação. Campinas, SP: Mercado das Letras; Associação de Leitura do Brasil, 1996.)

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// QUESTÃO 09Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem

Leitores fazem sugestões para o Museu das Invenções Cariocas

“Falar ‘caraca!’ a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção

do carioca, como também o ‘vacilão’.”

“Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘merrmão’ e ‘é merrmo’ para um

amigo pode até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca.”

“Pedir um ‘choro’ ao garçom é invenção carioca.”

“Chamar um quase desconhecido de ‘querido’ é um carinho inventado pelo carioca

para tratar bem quem ainda não se conhece direito.”

“O ‘ele é um querido’ é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.”

SANTOS, J. F. Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).

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// QUESTÃO 09Entre as sugestões apresentadas para o Museu das Invenções Cariocas, destaca-se o

variado repertório linguístico empregado pelos falantes cariocas nas diferentes situações

específicas de uso social.

A respeito desse repertório, a testa-se o(a)

a) desobediência à norma-padrão, requerida em ambientes urbanos.

b) inadequação linguística das expressões cariocas às situações sociais apresentadas.

c) reconhecimento da variação linguística, segundo o grau de escolaridade dos

falantes.

d) identificação de usos linguísticos próprios da tradição cultural carioca.

e) variabilidade no linguajar carioca em razão da faixa etária dos falantes.

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// QUESTÃO 10Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou

com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante

disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de

seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do

vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No

momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi

interrompido pelo alfaiate premiado, que disse:

– Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em:

http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.

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// QUESTÃO 10A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato

envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

a) evidenciar a importância de marcas linguísticas valorizadoras da linguagem

coloquial.

b) demonstrar incômodo com a variedade característica de pessoas pouco

escolarizadas.

c) estabelecer um jogo de palavras a fim de produzir efeito de humor.

d) criticar a linguagem de pessoas originárias de fora dos centros urbanos.

e) estabelecer uma política de incentivo à escrita correta das palavras.

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// QUESTÃO 11A Rede Veia

Luiz Queiroga e Cel. Ludugero

Eu tava com a Felomena

Ela quis se refrescar

O calor tava malvado

Ninguém podia aguentar

Ela disse meu Lundru

Nós vamos se balançar

A rede veia comeu foi fogo

Foi com nois dois pra lá e pra cá

Começou a fazer vento com nois dois a palestrar

Filomena ficou beba de tanto se balançar

Eu vi o punho da rede começar a se quebrar

A rede veia comeu foi fogo

Só com nois dois pra lá e pra cá

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// QUESTÃO 11A rede tava rasgada e eu tive a impressão

Que com tanto balançado nois terminava no chão

Mas Felomena me disse, meu bem vem mais pra cá

A rede veia comeu foi fogo

Foi com nois dois pra lá e pra cá

Disponível em http://www.luizluagonzaga.mus.br/index.php?

option=com_content&task=view&id=&&&Itemid= 103

Acessado em: 02 ago 2011.

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// QUESTÃO 11Pescaria

Dorival Caymmi

Ô canoeiro,

bota a rede,

bota a rede no mar

ô canoeiro,

bota a rede no mar.

Cerca o peixe,

bate o remo,

puxa a corda,

colhe a rede,

ô canoeiro,

puxa a rede do mar.

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// QUESTÃO 11Vai ter presente pra Chiquinha

ter presente pra laiá,

canoeiro, puxa a rede do mar.

Cerca o peixe,

bate o remo,

puxa a corda,

colhe a rede,

ô canoeiro,

puxa a rede do mar.

Louvado seja Deus,

ó meu pai.

Disponível em: http://www.miltonnascimento.com.br/#/obra. Acessado em: 02 ago 2011.

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// QUESTÃO 11TEXTO III

A Rede

Lenine e Lula Queiroga

Nenhum aquário é maior do que o mar

Mas o mar espelhado em seus olhos

Maior me causa o efeito

De concha no ouvido

Barulho de mar

Pipoco de onda

Ribombo de espuma e sal

Nenhuma taça me mata a sede

Mas o sarrabulho me embriaga

Mergulho na onda vaga

E eu caio na rede,

Não tem quem não caia

E eu caio na rede,

Não tem quem não caia

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// QUESTÃO 11Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe

De raios que controla a onda cerebral do peixe

Nenhuma rede é maior do que o mar

Nem quando ultrapassa o tamanho da Terra

Nem quando ela acerta,

Nem quando ela erra

Nem quando ela envolve todo o Planeta

Explode e devolve pro seu olhar

O tanto de tudo que eu tô pra te dar

Se a rede é maior do que o meu amor

Não tem quem me prove

Se a rede é maior do que o meu amor

Não tem quem me prove

Disponível em: http://www.lenine.com.br/faixa/a-rede-1

Acessado em: 02 ago 2011.

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// QUESTÃO 11TEXTO IV

Nina

Chico Buarque

Nina diz que tem a pele cor de neve

E dois olhos negros como o breu

Nina diz que, embora nova

Por amores já chorou

Que nem viúva

Mas acabou, esqueceu

Nina adora viajar, mas não se atreve

Num país distante como o meu

Nina diz que fez meu mapa

E no céu o meu destino rapta

O seu

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// QUESTÃO 11Nina diz que se quiser eu posso ver na tela

A cidade, o bairro, a chaminé da casa dela

Posso imaginar por dentro a casa

A roupa que ela usa, as mechas, a tiara

Posso até adivinhar a cara que ela faz

Quando me escreve

Nina anseia por me conhecer em breve

Me levar para a noite de Moscou

Sempre que esta valsa toca

Fecho os olhos, bebo alguma vodca

E vou

Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=nina_2011.htm

Acessado em: 02 ago 2011.

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// QUESTÃO 11Uma língua varia em função de aspectos sociais, localização geográfica e uso de

diferentes registros, ligados às situações de comunicação.

Marque a alternativa que analisa corretamente a ocorrência de variação linguística nos

textos.

a) O verso “Nós vamos se balançar” (Texto 1, linha 6) apresenta um exemplo da

modalidade culta da língua, revelada no emprego dos pronomes.

b) No verso “A rede veia comeu foi fogo” (Texto 1, linha 7), a grafia da palavra

sublinhada procura reproduzir pronúncia comum em algumas regiões do Brasil (veia

por velha), que exemplifica uma variação fonética.

c) Em: “E eu caio na rede / Não tem quem não caia” (Texto III, linhas 11 – 12), o

emprego do verbo ter é marca do registro culto da língua, utilizado

preferencialmente na modalidade escrita.

d) Em: “Vai ter presente pra Chiquinha” (Texto II, linha 12), o nome “Chiquinha”

exemplifica o uso do registro informal, utilizado, sobretudo, em documentos oficiais e

sermões religiosos.

e) No verso: “Posso até adivinhar a cara que ela faz” (Texto IV, linha 16) a palavra cara

exemplifica uma variação de registro linguístico predominante em situações formais.

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// QUESTÃO 12TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e

subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a

língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da

sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas

diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por

exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre

a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal

linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função

coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força

contrária à variação.

Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.

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// QUESTÃO 12De acordo com o texto, em relação às demais variedades do idioma, a

língua padrão se comporta de modo

a) inovador.

b) restritivo.

c) transigente.

d) neutro.

e) aleatório.

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// QUESTÃO 13Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o

ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes,

mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que

todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas

que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande

do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes

do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e

todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar

não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal

do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase

um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos

os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam

o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

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// QUESTÃO 13Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação

linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As

características regionais exploradas no texto manifestam-se

a) na fonologia.

b) no uso do léxico.

c) no grau de formalidade.

d) na organização sintática.

e) na estruturação morfológica.

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// QUESTÃO 14Nuances

Euforia: alegria barulhenta. Felicidade: alegria silenciosa.

Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar

claro que não é de televisão.

Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos

preferenciais.

Guardar: na gaveta. Salvar: no computador. Salvaguardar: no Exército.

Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco

de abacaxi.

Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz

com ele.

DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 2014 (adaptado).

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// QUESTÃO 14O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos.

Essa diferença é apresentada considerando-se a(s)

a) alternâncias na sonoridade.

b) adequação às situações de uso.

c) marcação flexional das palavras.

d) grafia na norma-padrão da língua.

e) categorias gramaticais das palavras.

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// QUESTÃO 15Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos

Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:

A linguagem

na ponta da língua,

tão fácil de falar

e de entender.

A linguagem

na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar, 1988.)

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// QUESTÃO 15a) As estrofes fazem oposição entre as modalidades falada e escrita da

língua.

b) Para o poeta, a modalidade escrita é mais valorizada, complexa e,

portanto, letrada; daí a sua dificuldade em entendê-la.

c) As estrofes focalizam o fenômeno da variação linguística, isto é, das

variedades coloquiais e poéticas.

d) As estrofes sugerem que a língua não é homogênea nem uniforme

sob o ponto de vista de seu uso.

e) O poeta sugere que há melhor desempenho do usuário em uma

modalidade linguística que em outra.

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// GABARITO

1. B

2. C

3. D

4. A

5. B

6. C

7. C

8. C

9. D

10. C

11. B

12. B

13. A

14. B

15. B