Apresentação gestão educacional

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BOM DIA! Prof.ª MARIA APARECIDA CURSO: GESTÃO ESCOLAR DISCIPLINA: GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS /AVALIAÇÃO FORMATIVA TURMA POLO: ITAQUERA

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BOM DIA! Prof.ª MARIA APARECIDA CURSO: GESTÃO ESCOLAR

DISCIPLINA: GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS /AVALIAÇÃO

FORMATIVA TURMA

POLO: ITAQUERA

GESTÃO E PLANEJAMENTO BREVE HISTÓRICO

A escola no seu percurso histórico foi marcada pela necessidade de organização. Neste contexto que se associa

à relação entre educação e administração. O nascimento histórico de uma Filosofia administrativa caminha lado a lado com a própria história da administração pública. O sentido histórico do termo administração nasce com as

transformações econômicas, sociais e políticas de várias culturas. A administração, assim como a educação se

transformou; abandonaram as primeiras regras de organização, baseadas na família, na religião e no exército

e construíram novos mecanismos e metodologias de organização institucional, principalmente a partir da

Revolução Industrial, ocorrida na Europa do século XVIII. [2]

A perspectiva que relaciona educação e administração se

constrói por meio de caminhos interligados. Segundo Vitor Paro:"Se administrar é utilizar racionalmente os recursos para a realização de fins

determinados, administrar a escola exige a permanente impregnação de seus fins pedagógicos na forma de

alcançá-los".[3]

A administração escolar segundo Vítor Paro não se limita ao fato de se apropriar de

metodologias e estudos administrativos provindos de instituições empresariais e

aplicá-las diretamente à educação. A relação entre administração e educação tem a

proposta de viabilizar recursos às necessidades da escola, destinados em investir em materiais pedagógicos como bibliotecas e livros; investir na estrutura

física; na construção do aprendizado e do conhecimento crítico e possibilitar o incentivo à formação continuada dos

profissionais da educação.

A escola, no seu decorrer histórico utilizou vários pensamentos provenientes das teorias

administrativas, muitas vezes aplicadas em empresas e instituições financeiras. Embora haja a

troca de conhecimentos entre escola e teoria administrativa na condução da organização escolar,

torna-se necessário uma série de adaptações, porque a administração empresarial e a educação possuem papéis distintos para a história social. A

educação não se reduz a uma simples relação entre capital e trabalho; o pensamento educativo e sua

aplicação têm o compromisso de transformar, transmitir o saber, formar e preparar o homem para

o trabalho e viver em sociedade.

Sociedade esta que sofreu enorme transformação ao passar dos anos

desde a ditadura vivida nos anos 70 a um processo democrático que exigiu

um novo tipo de gestão para as escolas do país. Isso ocorreu devido ao fato de

que aquele “diretor “de escola que exercia o autoritarismo não se encaixava

mais no novo modelo de escola pós ditadura.

A partir de 1990, o Brasil vive um intenso clima de debates nacionais no campo educacional, eco das

intensas discussões ocorridas ao longo da Constituinte e que culminaram com a promulgação da nova Constituição em 1988. e finalmente no dia

12 de dezembro de 1996, a LDB, sinalizava com uma escola para todos e uma gestão democrática

inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais da solidariedade humana.

Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino;IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-

escolar;XI - vinculação entre a educação

escolar, trabalho e as práticas sociais

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do

ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e

conforme os seguintes princípios:I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;II - participação das comunidades

escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os

integram progressivos graus de autonomia pedagógica e

administrativa e de gestão financeira, observadas as normas

gerais de direito financeiro público.

OS GESTORES .............O trabalho conjunto entre diretor, coordenador pedagógico e supervisor de ensino garante o bom andamento da escola e a aprendizagem"A ideia de fortalecer a chamada trindade pedagógica vem em boa hora. Antigamente, o diretor, sozinho, fazia tudo."

.

Os dois primeiros geralmente estão todos os dias na escola, em contato direto com professores, alunos e funcionários. São eles que detectam,

com o olhar atento sobre a movimentação dentro e fora dos muros, nos corredores e nas salas de

aula, as necessidades de aprendizagem das crianças e dos jovens, a demanda por formação

docente e as condições da infraestrutura. O terceiro personagem dessa tríade é o educador

da Secretaria de Educação responsável por auxiliar diretores e coordenadores a melhor exercer suas tarefas. Em muitas redes, ele é

denominado supervisor de ensino e entre suas funções está fazer com que as políticas públicas sejam implementadas nas escolas. Por um lado, ele informa a Secretaria das necessidades dos

gestores escolares em seu dia a dia.

Ao mesmo tempo, garante a implantação dos programas oficiais,

fazendo com que a rede tenha unidade e coerência e se torne de fato um sistema de ensino. A reportagem de capa da edição de fevereiro/março de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR

fala da importância do trio gestor, esclarecendo o papel de cada uma das figuras que o compõem e mostrando

como três redes de ensino, de diferentes tamanhos e com diferentes

realidades, se estruturam para garantir o trabalho conjunto desses

educadores. 

A ideia de fortalecer a chamada trindade pedagógica é recente e vem em boa hora. Antigamente, o diretor, sozinho, fazia tudo: cuidava da parte administrativa, atendia pais, verificava os cadernos de apontamentos dos professores, sabia da vida de cada aluno e conhecia pessoalmente as famílias. Cuidava também da limpeza e da manutenção do prédio e comparecia à Secretaria de Educação para prestar contas e fazer solicitações. A escola cresceu, em tamanho e responsabilidade e, com 600, 700, mil alunos passaram a ser impossível uma só pessoa cuidar de todas as áreas. Aos poucos, as redes disponibilizaram novos colaboradores para ajudar o diretor (como o coordenador pedagógico, o orientador educacional e outros).

Contudo, não é difícil encontrá-los trabalhando de forma desarticulada, cada um cumprindo suas tarefas sem se

preocupar com a interação entre as diversas áreas. Atualmente, a necessidade de um trabalho integrado de

todos os gestores e dos demais atores do processo educacional - e que faça a rede caminhar na mesma

direção - tem sido apontada em pesquisas como um dos principais fatores que impactam a aprendizagem dos alunos. É nessa nova realidade que o supervisor de

ensino se une ao diretor e ao coordenador pedagógico. Sua principal tarefa é cuidar da formação dos gestores,

oferecendo informações e reflexões para que bem exerçam suas funções e informando a Secretaria sobre a necessidade de políticas públicas capazes de atender às

demandas de cada escola. 

Nessa trindade pedagógica, cada personagem tem uma função e uma obrigação. Porém, acima de tudo, é preciso que esses três educadores - como três pontos que não estão dispostos em linha reta - formem um único plano, equilibrado e seguro, para garantir a estrutura pedagógica da rede e a aprendizagem de todos os alunos.

A SEGUIR AS FUNÇÕES BASICAS DE CADA UM NESSA TRINDADE ................

FUNÇÕES BÁSICAS DE UM DIRETOR Responde legalmente, judicialmente e

pedagogicamente pela escola Assegura, acompanha e controla os materiais e

osrecursos financeiros da escola

Articula o relacionamento com a comunidade interna e externa escola

Colabora nas decisões da rede e concretiza as políticas públicas na escola

Lidera a elaboração e revisão do projeto Político pedagógico

Garante as condições para o cumprimento do projeto

Assegura e acompanha os momentos de planejamento e estudo da equipe

Cuida do desenvolvimento dos profissionais Levanta, analisa e acompanha o desempenho dos

alunosDesenvolve projetos institucionais em parceria

com o coordenadores e equipe

Articula a equipe para o planejamento e a realização das reuniões de pais

Elabora o cronograma e realiza reuniões regulares com os diferentes segmentos da escola Orienta a organização do espaço e assegura a

exposição das produções dos alunos Garante o acesso ao acervo da escola

FUNÇÕES BÁSICAS DE UM COORDENADOR PEDAGÓGICO

Coordena os momentos de formação em serviço dos professores

Participa junto com os professores do planejamento das atividades e

acompanha sua realização Observa aulas dos professores para

ajudá-los no desenvolvimento das atividades

Realiza com os professores nas reuniões de pais

Colabora na elaboração do projeto político-pedagógico

Cuida para que o projeto seja cumprido no dia a dia

Acompanha e analisa junto com os professores o desempenho dos alunos

Realiza, organiza e mantém os registros do trabalho pedagógico

Realiza reuniões regulares com o diretor para analisar as condições e o

processo de ensino e da aprendizagem Organiza junto aos professores a exposição das produções dos alunos

Analisa e divulga o acervo da escola

FUNÇÕES BÁSICAS DE UM SUPERVISOR Sistematiza as diretrizes

curriculares da rede Coordena e acompanha a formação

de coordenadores e diretores Acompanha, organiza e mantém registros da formação continuada na

rede Realiza e levanta estudos e

pesquisasArticula a troca de experiências entre os profissionais das escolas

Acompanha e articula a execução dos projetos político-pedagógico das escolas com o

Pano Educacional da Secretaria Acompanha e auxilia o trabalho

dos gestores e coordenadores Avalia o desempenho dos alunos

e indicadores de aprendizagem das

EscolasParticipa de comissões

sindicantes Acompanha o cumprimento dos

dias letivos

O que é planejamento e qual a sua importância na organização e gestão da escola?

O processo e o exercício de planejar constituem uma antecipação da prática, ou seja, planejar é prever e programar as ações e os resultados desejados, possibilitando à equipe gestora a tomada de decisões.

Sem planejamento, as ações dos diversos atores da escola irão ocorrer ao sabor das circunstâncias, com base no improviso ou na reprodução mecânica de planos anteriores e sem avaliar os resultados do trabalho.

O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma autoritária e centralizadora, uma vez que se pretende instituir uma cultura mais democrática e participativa nos processos desenvolvidos na escola.

Aquilo que for gerado pelo processo de planejamento deve assegurar a operacionalização do projeto político-pedagógico , garantindo a manutenção do instituído e instituição do novo.

Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento participativo, que conte com o envolvimento dos segmentos representativos da comunidade escolar nos processos de tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de ação.

A participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar nesse processo é fator relevante para o seu sucesso, pois agrega ao planejamento o compromisso e a corresponsabilidade na consecução de metas e objetivos definidos.

Planejamento é processo que deve gerar planos de trabalho ou planos de ação com temporalidade definida e áreas específicas. Os planos de trabalho gerados a partir do planejamento auxiliam no desenvolvimento do trabalho da escola nas dimensões pedagógica, política e administrativo-financeira.

O processo de planejamento exige uma atenção permanente ao projeto político-pedagógico da escola e, por isso mesmo, permite acompanhá-lo e avaliá-lo.

Segundo Libâneo (2004), o planejamento é uma prática de elaboração conjunta dos planos e sua discussão pública, é um processo contínuo de conhecimento e análise da realidade escolar em suas condições concretas, de busca de alternativas para solução de problemas e de tomada de decisões.

O planejamento deve ser flexível, ou seja, deve permitir ajustes nos objetivos e nas estratégias durante a sua execução, tendo em vista que possui caráter processual e é uma atividade permanente de reflexão e ação.

As funções do PlanejamentoLibâneo (2004, p. 150) considera que o planejamento atende, em

geral, às seguintes funções: Diagnóstico e análise da realidade da escola: busca de

informações reais e atualizadas que permitam identificar as dificuldades existentes e as causas que as originam, em relação aos resultados obtidos até então.

Definição de objetivos e metas que compatibilizem a política e as diretrizes do sistema escolar com as intenções, expectativas e decisões da equipe da escola.

Determinação de atividades e tarefas a serem desenvolvidas em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com os recursos disponíveis (elementos humanos e recursos materiais e financeiros).

Como um processo, o planejamento resulta num plano de operacionalização do projeto político-pedagógico da escola.

PROPOSTA PEDAGÓGICA Na atual LDB, considerando suas contradições, o PPP está

assegurado no título IV, nos seguintes artigos:Art. 12: Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino terão a incumbência de:

I- elaborar e executar sua proposta pedagógica; (...)VII- informar os pais e responsáveis sobre a frequência e

rendimento dos alunos, bem como sobre as execuções de sua proposta pedagógica.

Art. 13: Os docentes incumbir-se-ão de:I- participar da elaboração da proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino; II- elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.

Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas e a gestão democrática do ensino público na educação

básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.

16 PASSOS PARA P.P.P.1 - Para construir o Projeto Pedagógico é preciso que

direção, professores, funcionários, alunos e pais saibam o que ele significa. Para as escolas que ainda têm dúvidas na elaboração do seu Projeto Pedagógico, ressaltamos que a leitura e discussão desse artigo pelos professores, no primeiro dia de planejamento, contribuirá para a compreensão do tema.

2 - O Projeto Pedagógico é a intenção de a escola e seus Profissionais realizarem um trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus profissionais sobre o que é a escola hoje e o que poderá a vir a ser. Visa, pois, a inovar a prática pedagógica da escola e elevar a qualidade do ensino.

3-O Projeto Pedagógico não começa de uma só vez, e não nasce pronto. Não é obra exclusiva do diretor, ou do professor coordenador, mas sim de um grupo que engloba, no início, coordenação, direção e corpo docente. Com o tempo, incluirá todo o coletivo escolar

4 - Durante a construção do Projeto Pedagógico, os educadores explicitam seus propósitos, apontam metas e objetivos comuns, vislumbrando caminhos para melhorar a atuação da escola. O Projeto Pedagógico confere identidade à escola como uma instituição que tem personalidade própria, por refletir o pensamento do seu coletivo.

5 - Na construção do Projeto Pedagógico, a escola deve levar em consideração as práticas e necessidades da comunidade escolar, as diretrizes nacionais, e as normas, regulamentos e orientações curriculares e metodológicas do seu sistema. No nosso caso, esse sistema é o estadual.

6 - O Projeto Pedagógico é, ao mesmo tempo, um dever e um direito da escola. Deve ser um instrumento democrático,

abrangente e duradouro.7 - Os princípios, nos quais se baseia o

Projeto Pedagógico, são: garantia do acesso e permanência, com sucesso, do

aluno na escola; gestão democrática; valorização dos profissionais da educação;

qualidade do ensino;organização e integração curricular; integração

escola/família/comunidade; autonomia.

Esses princípios estão todos interligados: alunos de escolas que contam com a participação dos pais apresentam melhor rendimento e menor taxa de evasão. Escolas que se articula com a comunidade geralmente oferecem uma educação de melhor qualidade aos seus alunos. A integração escola/comunidade, por sua vez, será sempre decorrência de uma gestão democrática, ou seja, a abertura e o incentivo, proporcionados pela direção, para a participação dos vários segmentos da comunidade na vida escolar. Na medida em que a escola se democratiza, coloca em discussão com a sua comunidade o que vem realizando. Disso resulta uma certa autonomia, principalmente para as ações pedagógicas. Todavia, autonomia não é sinônimo de soberania, uma vez que a unidade escolar pertence, e se vincula, a um determinado sistema.

8 - Há três fases bem definidas na construção do Projeto Pedagógico:

1ª fase - Diagnóstico: Como é a nossa escola? Nessa fase, vamos levantar informações sobre o

trabalho que a escola vem realizando, ou seja, a sua prática pedagógica. A comunidade escolar vai analisar e debater esses dados, sugerindo medidas para as eventuais alterações.

O que fazer? Nesta fase, a escola coletará dados sobre sua

realidade, e irá analisá-los, do ponto de vista qualitativo e quantitativo: tanto os que significam dificuldades, quanto os que representam sucesso.

Como fazer? A partir do trabalho que a escola vem realizando, seus

membros farão uma série de questionamentos, entre os quais:

- Como é o contexto sócio-político-econômico da escola?- Qual tem sido a função da nossa escola?- Como tem sido a participação dos pais na vida da

escola?- Que resultados a nossa escola está apresentando para

a sociedade?- Como nossa escola tem considerado os alunos, na

relação ensino-aprendizagem?Na fase do diagnóstico, a escola identificará os

recursos humanos e financeiros disponíveis. É preciso saber como a escola funciona, como o processo pedagógico é acompanhado e avaliado.

Muitas vezes, a escola está fragilizada por culpa de uma gestão inadequada; outras vezes, por falta de recursos; outras, ainda, por falta ou despreparo de seus profissionais. Na medida em que vamos coletando informações, para conhecermos nossos problemas, vamos também encontrando soluções para eles.

Ao se conhecer as pessoas e o funcionamento da escola, começa-se a observar que há em cada segmento da comunidade escolar (professores, funcionários, alunos, pais) o desejo de mudar alguma coisa, visando melhorar o desempenho da escola. Os serventes gostariam que ela fosse mais limpa; os funcionários da secretaria, que a documentação estivesse em melhor ordem; os professores, que houvesse mais disciplina e melhor organização, facilitando seu trabalho em sala de aula.

Como todos desejam alguma coisa, falta apenas articular esses desejos, com o fim de construir-se uma proposta capaz de mudar os rumos da escola. O diagnóstico da escola será feito, considerando-se os seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e jurídicos.

No aspecto pedagógico, deverão ser analisados: proposta pedagógica (objetivos e conteúdos, metodologias de ensino e processos de avaliação); faixas etárias, posição social, necessidades e valores dos alunos; dados sobre repetência e evasão; relação idade/série; estratégias para recuperação dos alunos com menor ou baixo rendimento escolar; valorização dos profissionais da educação.

No aspecto administrativo, recursos materiais e humanos; composição das equipes; nível de organização da escola; qualificação e atualização dos professores.

No aspecto financeiro, recursos disponíveis; necessidades e carências; formas de aplicação das verbas, tendo-se como prioridade o processo ensino-aprendizagem.

No aspecto jurídico, a relação que a escola mantém com a sociedade e com as várias instâncias do seu sistema de ensino; a sua autonomia, dentro dos princípios da legalidade, e com responsabilidade.

As estratégias para esse diagnóstico irão variar, de acordo com a realidade de cada escola. Sugere-se: análise da evolução das matrículas; índices de aprovação, reprovação e evasão; situação socioeconômica das famílias; análise e interpretação de avaliações externas- SARESP, SAEB, ENEM-; análise de estudos sobre a situação da educação básica; ciclos de debates com a comunidade, destacando-se a realidade de cada escola.

 

2ª Fase - Que identidade a escola quer construir?

Não basta apenas a escola realizar seu diagnóstico. Após avaliar-se, ela precisa buscar uma fundamentação que oriente a ação conjunta dos seus segmentos. A prática precisa estar sustentada em uma teoria.

O que fazer?Nessa fase, será fundamental levantar as

concepções que o coletivo tem do trabalho pedagógico, visando propor inovações no cotidiano escolar. É preciso conhecer o que cada segmento pensa a respeito da educação, a fim de estabelecer uma linha de ação que o coletivo considere prioritária para o trabalho escolar.

Como fazer?

Fazer sempre através do questionamento de todos a respeito de suas concepções: Que tipo de sociedade nossa escola quer? Que cidadão nossa escola deseja formar? O que entendemos por educação? Que escola pretendemos construir? Como concebemos a gestão escolar? Qual é a nossa compreensão de currículo? Qual será a missão da nossa escola? Qual é a visão da nossa escola sobre avaliação? Como nossa escola encara a questão metodológica? Que tipo de relação nossa escola quer manter com a comunidade local? Que tipo de profissional temos e qual queremos? De que profissionais precisamos?

Das respostas a essas questões resultará um posicionamento político- pedagógico, o que levará a uma definição das concepções e ações a serem compartilhadas pelos seus autores. Portanto, a identidade, a "cara" da escola, resultará dessas concepções, o que, de alguma forma, unificará o trabalho do coletivo

3ª fase- Como executar as ações definidas pelo coletivo?

Uma vez estabelecidas as concepções do coletivo, é preciso definir:

- as prioridades da escola;- as ações que a escola irá desenvolver;- as pessoas que irão realizá-las.É nessa fase que a escola irá definir a maneira pela qual

superará os desafios do seu cotidiano, discutindo e aproveitando as propostas apresentadas pelos participantes. É necessário identificar os segmentos que vão realizar as ações que representam o desejo do coletivo. Muitas dessas ações, de cunho pedagógico, serão realizadas, evidentemente, pela direção, coordenação e corpo docente.

Outra questão importante nesta fase é saber se as soluções apontadas são criativas, realistas, e se serão capazes de superar as dificuldades identificadas pelo coletivo.

A necessidade de avaliação permanenteA constante avaliação do Projeto Pedagógico é a

garantia do seu sucesso.É essa avaliação que vai identificar os rumos que a escola vem tomando. Considerando as diversas funções da avaliação, seria interessante responder às seguintes indagações: Em que medida os desafios foram atendidos, no Projeto Pedagógico? Quais os novos desafios que estão surgindo no percurso? As ações propostas foram desenvolvidas? Quais são os seus efeitos?

Também será importante definir formas claras de acompanhamento e avaliação das ações, assim como os segmentos que ficarão responsáveis por elas. O acompanhamento do Projeto Pedagógico deverá ter por base os dados obtidos, possibilitando à escola a análise dos resultados de seus esforços, fazendo com que eventuais problemas possam ser resolvidos, enquanto ainda é tempo de resolvê-los.

Assim, as três perguntas que guiaram toda a discussão: Como é a nossa escola? Que identidade nossa escola quer construir? Como executar as ações definidas pelo coletivo? - são orientadoras do Projeto Pedagógico e devem ser objeto do processo de avaliação.

9- Articulação do Projeto com a prática pedagógicaAté o momento, os colegas observaram que o coletivo

mergulhou numa série de questionamentos, com vistas à mudança de rumos na unidade escolar. Agora, esses questionamentos servirão de base para a organização pedagógica da escola.

A escola pública necessita de uma gestão que, partindo da construção do Projeto Pedagógico, crie condições para que ela possa alcançar sua finalidade, concretizando sua função social: promoção da cidadania, o desenvolvimento pleno e o sucesso dos alunos.

Para que isso seja possível, a escola necessita de um Planejamento, onde organizará seu trabalho e sua prática pedagógica, de modo que as ações implementadas se articulem, promovendo uma educação de qualidade, conforme o proposto, pelo coletivo, no Projeto Pedagógico.

10- Revendo o cotidiano escolarAo tempo em que não se falava da construção do Projeto

Pedagógico, o Planejamento caracterizava-se por uma atividade quase burocrática: a elaboração dos programas que cada professor iria desenvolver ao longo do ano.

A partir do momento em que as escolas voltaram-se para a construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento passou a incluir uma profunda reflexão na montagem dos conteúdos programáticos. Assim, é preciso termos clareza de que a relação entre o Projeto Pedagógico e o Planejamento é bem próxima, embora tenham eles significados distintos:

- O Projeto Pedagógico busca a construção da identidade da escola; estabelece seu direcionamento; almeja o comprometimento da comunidade escolar com uma visão comum e compartilhada de educação. É, portanto, o norteador de todas as práticas da escola;

- O Planejamento é o processo de uma ação organizada que pretende transformar a escola. Ele tem diferentes abordagens em diferentes partes do país. No sistema escolar público do Estado de São Paulo, recebe a denominação de Plano de Gestão.

11- A função social da escola públicaPara que a gestão do trabalho na escola pública ocorra

de forma organizada, é necessário ter-se clareza da sua função social, da sua missão, dos objetivos estratégicos que precisam ser desenvolvidos a fim de que os planos de ação assegurem o sucesso da escola. Algumas definições:

Missão Define o que a escola é hoje, seu propósito, e como se pretende atuar no seu dia-a-dia. Sintetiza a identidade da escola, sua função social orientando a tomada de decisões e garantindo a unidade e o comprometimento de todos na ação pedagógica. Assim, nossa escola tem por MISSÃO: um ensino de qualidade, garantindo o acesso e permanência dos alunos, formando cidadãos críticos e participantes, capazes de agir para transformar a sociedade.

Objetivos Estratégicos São situações que a escola pretende atingir num certo prazo. Indicam áreas nas quais a escola concentrará suas preocupações. Refletem as suas prioridades. Representam a escola que temos e definem a escola que queremos construir: melhorando e fortalecendo o relacionamento escola/comunidade; diminuindo o índice geral de reprovação e evasão; promovendo a qualificação dos professores e funcionários; incentivando a convivência democrática na escola.

A partir da MISSÃO e dos OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, definidos pela comunidade escolar, é preciso elaborar o Plano de Ação.

 Plano de AçãoPLANO DE AÇÃO é o documento que apresenta a

forma de operacionalização e de implementação de todas as ações planejadas. Deve conter, no mínimo, as METAS OU OBJETIVOS ESPECÍFICOS, a justificativa, as ações ou estratégias de ações, os responsáveis pela implementação das ações, o período em que elas vão acontecer e os recursos materiais e humanos necessários para a execução dessas ações ou estratégias.

METAS ou OBJETIVOS - Justificativa das Ações - Estratégias - Responsáveis - Período - Recursos

O que fazer? Por que fazer? Como fazer? Quem vai fazer? Quando?

O QUE SÃO METAS?METAS explicitam os resultados que a escola

espera obter após a implementação das AÇÕES. Podem ser mensuradas; podem ser vinculadas a um determinado período de tempo. Por exemplo, aumentar em 20%, até o fim do ano, o índice de aprovação dos alunos da 5ª série.

Pode haver mais de uma META para alcançar um OBJETIVO ESTRATÉGICO. Exemplo: OBJETIVO ESTRATÉGICO= fortalecer a participação dos pais na escola. META 1 - promover pelo menos duas atividades esportivas com os pais das oitavas séries; META 2- desenvolver pelo menos uma ação pedagógica com pais das primeiras séries do ensino fundamental.

12 - O envolvimento de todosA construção e a implementação dos planos de ação

devem ser compartilhadas por todos os segmentos da escola. Nem todos farão tudo, mas é importante que todos tenham acesso às informações sobre o planejamento e o acompanhamento das ações, evitando-se que alguns pensem e outros façam, sem saber por que o fazem.

13 - Características organizacionais que favorecem o sucesso da escola

14- Relação do Projeto Pedagógico com o Regimento Escolar

As escolas trabalham com grupos heterogêneos. Muitas vezes, a convivência entre os participantes fica comprometida, em decorrência de uma série de mal-entendidos. Por isso, é necessário que as normas sejam muito bem definidas, pelo coletivo. A materialização dessas normas será o Regimento Escolar,cujas diretrizes encontram-se no Projeto Pedagógico.

O cotidiano escolar apresenta, às vezes, situações conflitantes, que se repetem, e que

demandam decisões rápidas. O Regimento Escolar é o instrumento que permite à equipe gestora tomar essas decisões, com base nos

princípios e normas estabelecidas pelo grupo. Para que o Regimento favoreça essas ações, é

necessário que, na elaboração do PP, os problemas do cotidiano sejam abordados. Por

exemplo, na questão da disciplina, o Regimento estabelece os direitos e os deveres de todos os segmentos. No entanto, na maioria das vezes, as penalidades são aplicadas apenas

aos alunos. O aluno que chega atrasado é punido, o que nem sempre acontece com um

professor na mesma situação.

15- Relação do Projeto com a prática pedagógica

A prática pedagógica remete-nos à elaboração do currículo, ao conhecimento

selecionado e organizado socialmente, peças fundamentais no processo de

aprendizagem. .Por isso, é preciso responder às seguintes perguntas:

Para quem são selecionados os conteúdos ? A quem interessam os conteúdos

selecionados? Por que alguns conteúdos são selecionados,

e outros, não? Quem seleciona esses conteúdos?

16- Concluindo - A construção do Projeto Pedagógico é um processo que compreende três momentos

distintos e interligados:Diagnóstico da realidade da escola;Identidade da escola, decorrente do levantamento das concepções do

coletivo; Programação das ações a serem

desenvolvidas pelo coletivo.

Todos esses momentos passam por um processo de avaliação, o que permite ao grupo caminhar do real para o ideal, desenvolvendo

as ações possíveis e pertinentes.Nossa pergunta inicial, "por que construir

coletivamente o Projeto Pedagógico?", sempre terá que ser feita, para que as ações não se tornem um mero cumprimento de tarefas.

Este trabalho tomou como base o MODELO III - da coleção Pró-gestão

de José Vieira de Souza e Juliana Corrêa Marçal

Decálogoa ser seguido pelos gestores para a solução dos

problemas de infraestrutura das Escolas Públicas Estaduais

1 -Se não houver merendeira na escola,não será fornecida a merenda;2 -Se não houver pessoa responsável pela Biblioteca, ela permanecerá fechada;3 -Se não houver escriturários e secretário, de acordo com o módulo, não haverá entrega de documentos na DE;4-Se não houver verba para compra de material e manutenção da sala de informática, o local não será utilizado;5-Se não houver recursos para reparos e vazamentos no prédio escolar, não haverá consertos;

6-Se não houver recursos para pintura do prédio, o prédio não será pintado;7 -Se não houver verba para a contratação de contador para a escola, não haverá prestação de contas à FDE;8-Se não houver verba suficiente para a contratação de funcionários pela CLT, o dinheiro será devolvido;9-Se a mão de obra provisória não for qualificada, será recusada;10 - Se as festas não tiverem o objetivo de integrar a escola à comunidade, não serão realizadas

A nossa escola é, por previsão constitucional, pública e gratuita. Portanto, ela tem de ser custeada pelos cofres públicos. Todas as omissões do Estado, com relação aos itens acima, deverão ser objetos de ofícios da direção às Diretorias Regionais de Ensino, a fim de isentarem o diretor de eventuais responsabilidades administrativas.

Avaliação da manhã

1) DE SUA OPINIÃO A RESPEITO DA IMPORTÂNCIA

DA E GESTÃO DEMOCRÁTICA PARA UMA

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

Avaliação formativaSabemos que o futuro profissional de cada um de nós depende diretamente das interpretações da escola e de seu poder de certificação. Ao final de cada etapa de

ensino, atribuir-se-á aos discentes um certificado correspondente. Portando

estes documentos, pré-requisitos para o ingresso no mercado de trabalho, nos mostraremos aptos, ou não, a ocupar

aquela vaga disponível. Todo esse processo de análise e conferência de certificados só é possível através de

ferramentas avaliativas.

A avaliação formativa compreenderá os diversos caminhos da formação do aluno, bem como servirá de espelho para prática pedagógica do professor. Avaliar formativamente é entender que cada aluno possui seu próprio ritmo de aprendizagem e, sendo assim, possui cargas de conhecimentos diferentes entre si.

Nessa ótica, o professor deverá utilizar-se da avaliação para o aperfeiçoamento da sua praxe docente. Ele deverá utilizá-la para diagnosticar as insuficiências das metodologias aplicadas, provendo a recuperação integral do aluno que ficou para trás. Deve ainda o professor se encaixar como indivíduo avaliado, pois diante do retrato divulgado pela avaliação, ele poderá concluir o quanto foi eficiente, mas também quão grande foi a sua falha naquele processo de ensino e aprendizagem.

A avaliação formativa é aquela que observa cada momento vivido pelo aluno, seja na sala de aula ou fora dela. Ela fortalece a teoria de que o indivíduo humano aprende em cada instante de sua existência e, portanto, são nesses diversos momentos que ele terá que ser avaliado. Todas essas microavaliações se tornarão um todo através do somatório de suas partes.

Talvez a própria nomenclatura desse modelo avaliativo já forneça-nos muitas informações sobre a sua personalidade. No contexto escolar, onde o processo de ensino-aprendizagem acontece, ela fornece dados sobre as partes e o todo e encara o indivíduo humano como ser evolutivo, que aprende na medida em que vive. Todos os instantes de aprendizagem são considerados nesse modelo avaliativo.

É muito importante também tornar clara a necessidade de fornecer mais atenção àqueles alunos com maior dificuldade de aprendizagem. Essa é mais uma face da avaliação formativa, além de subsidiar panoramicamente a classe aprendiz, ela emite um olhar mais atento e solidário ao aluno que tem um ritmo de aprendizagem um pouco menos acelerado.

Considerações finaisÉ inconcebível imaginar um modelo educacional que

não seja alicerçado na avaliação formativa. Porém, a realidade dos fatos nos leva a concluir que em muitas das nossas escolas ainda prevalecem figurando modelos avaliativos opressores, unicamente propositado à punição. Nesses casos, o professor se utiliza da avaliação apenas para testar se o aluno aprendeu os conteúdos ministrados.

Ele ainda não se deu conta que, se o aluno não aprendeu, foi por que sua metodologia foi tão falha que não proporcionou o êxito ao discente.

A avaliação nos moldes tradicionalista, assim como todo o ensino baseado nessa vertente, já se mostrou inoperante. Avaliar deve significar o diagnóstico do ensino, com vistas na busca pela cura das doenças que inibam a aprendizagem. O importante é ver que avaliar significa muito mais do que um simples teste sobre aquisição de conteúdos programáticos, ela significa a verificação do ensino e da aprendizagem em todas suas amplitudes. Ela deverá visualizar o indivíduo humano como ser social, cultural, afetivo, cognitivo, transcendental, ou seja, um ser de complexidades revestidas e entrelaçadas sobre si, que somente um olhar mais acurado e desprendido da hierarquia e do tradicionalismo.

“Não há espaço para práticas de ensino diagnosticadas com o vírus do insucesso.”(Robison

Sá)

Avaliação da tarde

Disserte a respeito da frase:

“ avaliar não pode ser apenas punição “