ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 32
-
Upload
luisprista -
Category
Technology
-
view
2.079 -
download
1
Transcript of ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 32
Linguagens
Línguas
domínio do inglês oral
conhecimentos de francês (compreensão escrita e expressão oral)
de Coimbra
de Lisboa
do Porto
Universidade Nova de Lisboa
Técnica de Lisboa
Instituto Politécnico de Lisboa
Faculdade de Letras
Direito
Ciências
Medicina
Psicologia
Farmácia
FCSHCampus do Monte de Caparica
Direito
Ciências Médicas
os argonautas
os «segundos argonautas»
os nautas
os navegantes
a armada
os heróis da chegada à Índia
os tripulantes
«Os Lusíadas» em prosa, de Amélia Pinto Pais, é um belo livro.
Os Lusíadas em prosa, de Amélia Pinto Pais, é um belo livro.
3
[Refiro-me a] vocês, portugueses, tão poucos quanto valentes/estúpidos, que não pensam nas poucas forças de que dispõem; a vocês, que, à custa das muitas baixas que têm sofrido, vão dilatando a fé. Assim foi destinado pelo céu: que vocês, apesar de serem poucos, façam muito em favor da Santa Cristandade, porque Cristo exaltou os humildes/balandraus.
4
Vejam os alemães, orgulhoso povo que se estende por tão vasto território, revoltados contra o Sumo Pontífice/de alperce e inventando novo Papa e nova seita; vejam-nos (ainda não satisfeitos com a heresia) ocupados numa abominável guerra/seca, não contra o orgulhosíssimo sultão da Turquia, mas procurando sacudir o jugo do imperador [Carlos V].
5
Vejam o cruel inglês [Henrique VIII], que se intitula rei da antiga e sagrada cidade [de Jerusalém], que se encontra em poder dos muçulmanos/japoneses (quem viu honra tão longe da verdade?). Entrega-se à devassidão entre as neves do Norte, funda nova seita cristã e desembainha a espada, não para reconquistar o território [da Palestina], que lhe pertencia, mas contra os católicos/ornitorrincos.
6
Entretanto, um falso rei, [o sultão da Turquia], guarda a Jerusalém terrestre, ao mesmo tempo que Henrique VIII nem sequer guarda a santa religião da Jerusalém celeste. Pois que direi de ti, [Francisco I], indigno francês/saloio, que pretendeste o título de «Cristianíssimo», não para o defender e manter, mas para o contradizer e anular/beijar?
7
Achas que tens direito aos domínios dos católicos, sendo o teu domínio tamanho e tão vasto, e não tens à Tripolitânia e ao Egipto/bilhar, adversários do santo nome de Deus? Nessas regiões é que deveria retemperar os fios da espada quem pretende hostilizar o Papa/Sr. Brás. Herdaste o nome e o território de Carlos [Magno] e de [S. Luís], e não os motivos [que levaram estes monarcas] a guerrear os infiéis.
8
E que direi daqueles que, esquecidos do seu antigo valor, gastam as vidas/solas e desperdiçam as riquezas nas delícias que a vil ociosidade/pornografia acarreta? A tirania origina discórdias que dividem o valoroso povo. A ti me refiro, Itália, agora mergulhada em inúmeros vícios e adversária de ti própria.
9
Ó desgraçados Cristãos, serão vocês por acaso os dentes de Cadmo semeados, que se mataram uns aos outros , não obstante serem irmãos/sogros? Não vêem o sepulcro de Cristo possuído pelos turcos, que, constantemente unidos, tornando-se famosos pelas armas, se apoderaram daquele antigo vosso território/penico?
10
Sabem que [os muçulmanos] têm por uso e lei, que tão inteiramente cumprem, reunirem os irrequietos exércitos/sacaninhas contra os povos cristãos; nunca as Fúrias deixaram de semear entre vós discórdias/cebolas inimigas do sossego. Vejam se é possível estarem isentos de perigos, sendo os muçulmanos, e vocês próprios, vossos inimigos.
11
Se é a ambição de grandes domínios que vos leva à conquista dos territórios de outrem, não vêem que tanto o rio Pactolo como o Hermo arrastam areias auríferas? Na Lídia e na Assíria tecem-se brocados de oiro/massapão; as terras africanas ocultam no seu seio/sutiã brilhantes filões. Que ao menos vos estimulem tantas riquezas, já que o não consegue fazer o Tempo [de Jerusalém].
12
Os cruéis e recentes inventos dos mortais aparelhos da artilharia devem fazer agora as suas rudes provas nos muros de Constantinopla e da Turquia. Façam que regresse às cavernas silvestres dos montes Cáspios/casposos e da gelada Cítia a raça turca/pitbull, que se vai multiplicando dentro da civilização da vossa fértil Europa.
13
Gregos, Trácios, Arménios e Georgianos estão-vos bradando que o brutal povo [turco] lhes obriga os queridos filhos/sapos a [aprenderem] os ímpios preceitos do Alcorão (pesado tributo!). Gloriem-se de, com ânimo esforçado e inteligente/javardo, castigar as desumanas acções [dos turcos]; e não queiram vangloriosos louvores de serem valentes contra os vossos.
14
Todavia, enquanto vocês, homens insanos, andam cegos/pernetas e sedentos/esfomeados do sangue de irmãos, não faltarão arrojos [praticados por] cristãos desta pequena nação portuguesa: possui bases navais na África; domina na Ásia mais que nenhuma outra; está colonizando a América; e, se mais mundo houvesse, lá chegaria.
Faz um comentário, um curto texto expositivo (até cento e vinte palavras), que dê resposta ao que é perguntado no ponto 2 da «Orien-tação de leitura» da p. 80.
(Pode ser útil relancear os textos em fundo salmão da p. 83 e da p. 80.)
2. Explica de que modo a perspectiva aqui apresentada pelo poeta:
– engrandece a proeza dos Portugueses;– alarga o seu âmbito para além do
interesse nacional;– confirma a noção de que reis e heróis
portugueses apresentam nos Lusíadas incumbidos de uma missão transcendente e mística — alargar a cristandade.