Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149
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1.1 A expressão “Cidadão do seu tempo” (l. 1) desempenha a função sintática de
Cidadão do seu tempo, Pessoa deixou-se arrastar pela torrente dos novos ventos que sopravam e …
a) complemento oblíquo.
b) predicativo do sujeito.
c) sujeito.
d) modificador do nome apositivo.
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1.2 A forma verbal “deixou-se” (l. 1) exemplifica a conjugação
a)pronominal. deixou-a
b)pronominal recíproca. beijaram-se
c)pronominal reflexa. deixei-me, deixaste-te
d)na voz passiva. foi deixada
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Reflexa
Lavo-me (X lava X)
Secámo-nos ao sol (X s. X; Y s. Y)
Eles sentiam-se bem
Concentraram-se no estudo
Recíproca
Beijámo-nos (X b. Y; Y b. X)
Abraçaram-se
Cumprimentaram-se
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1.3 A oração sublinhada na frase “Usou todos os meios para alcançar este fim” (l. 4) é subordinada adverbial
a)final.
b)causal.
c)concessiva.
d)temporal.
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1.4 No contexto, a expressão “erguer das cinzas” (l. 4) é usada com o sentido de
[Fez erguer das cinzas D. Sebastião]
a) exumar o corpo. ‘tirar da sepultura’
b) recuperar a simbologia.
c) imitar a figura.
d) reavivar a biografia.
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1.5 O pronome “o” (l. 9) recupera anaforicamente o referente
Esse tal Encoberto que levaria Portugal a constituir-se como Quinto Império não o via, Pessoa, na figura de D. Sebastião
a) “Encoberto” (l. 9).
b) “Portugal” (l. 9).
c) “Quinto Império” (l. 9).
d) “Esse tal Encoberto que levaria Portugal a constituir-se como Quinto Império.” (l. 9).
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1.6 O adjetivo “redivivo” (l. 10) significa
na figura de D. Sebastião redivivo
a)regressado.
b)ressuscitado. (que revive)
c)nascido.
d)figurado.
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1.7 O vocábulo “sim” (l. 14) pertence à classe
a)das preposições.
b)das conjunções.
c)dos advérbios.
d)dos quantificadores.
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2.1 Identifica a função sintática desempenhada pela oração subordinada relativa restritiva presente em “Cidadão do seu tempo, Pessoa deixou-se arrastar pela torrente dos novos ventos que sopravam” (ll. 1-2).
oração subordinada adjetiva relativa restritiva
A função sintática desempenhada pela oração subordinada relativa restritiva que está em análise é a de Modificador do nome restritivo.
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2.2 Classifica a oração iniciada por “porque”, na linha 5.
Na linha 5, a oração iniciada por “porque” é subordinada adverbial causal.
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* «porque» é oração subordinada adverbial causal
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2.3 Indica o antecedente do determinante possessivo que ocorre em “substância que essa pessoa e o seu nome simbolizam” (ll. 10-11).
O antecedente do determinante possessivo é “essa pessoa” (l. 10).
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O «antecedente» é uma expressão ou uma palavra (não é a realidade a que estas correspondam).
O «antecedente» é o imediato antecedente.
Qualquer expressão citada ficaria entre aspas.
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Ainda podem (devem) melhorar bastante em gramática.
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Comentário à própria peça (como reflexão que poderia acontecer num texto que não
fosse do género dramático):
Os denunciadores valorizam os seus serviços exagerando a gravidade da conjura.
O Principal Sousa, que só no segundo acto se revela inteiramente, apenas pretende salvar a sua consciência, isto é, apenas deseja ser convencido, pelos outros, da necessidade de tomar as medidas, que, aliás, já está inteiramente decidido a tomar.
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Esta situação é, em si mesma, uma crítica a Portugal, que ele, como se depreende, despreza.
Beresford é um homem prático, que encara objetivamente a realidade. [...]
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• ? O público tem de entender, logo de entrada, que tudo o que se vai passar no palco tem um significado preciso. Mais: que os gestos, as palavras e o cenário são apenas elementos duma linguagem a que tem de adaptar-se.
• Esta posição é deliberada. Pretende-se criar desde já, no público, qa consciência de que ninguém, no decorrer desta peça, vai esboçar um gesto para o cativar ou para acamaradar com ele. (O réu não se senta ao lado dos juízes.)
• ? Entende-se, todavia, que a personagem se refee ao ambiente político da época.
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Referência à posição das personagens em cena (ou aos movimentos que fazem):
D. Miguel anda, no palco, de um lado para o outro.
(Do púlpito.)
(Levanta-se e passeia de um lado para o outro)
(Avançando do fundo do palco e falando)
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• Ao dizer isto, a personagem está quase de costas para os espetadores.
• encontrando-se uma única personagem, ao
centro e à frente do palco.
• (Dá dois passos em direção ao fundo do palco, detém-se, e continua)
• (Avança e detém-se junto de...
• O primeiro popular volta a sentar-se.
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Indicação das atitudes, gestos, das personagens (destinadas aos actores,
sobretudo, e ao encenador):
(Sorrindo.)
(Abre os braços no gesto dramático de quem faz uma revelação importante e inesperada.)
(Para D. Miguel)
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(Depois de um momento de espanto.)
(Atrapalhado. Olhando à sua volta.)
(Cumprimenta os dois)
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• A pergunta é acompanhada dum gesto que revela a impotência da personagem ...
• (Levantando-se dum salto e macaqueando as maneiras dum fidalgo, finge tirarum relógio do bolso dum colete inexistente)
• A pergunta não é dirigida a ninguém.• Algumas personagens mostram certa agitação.• (Finge levantar o relógio para ver melhor. Desfaz
o gesto com violência e continua em tom raivoso• # (Ouve o som dos tambores)• (Como ninguém responde, volta a dirigir-se a
Manuel.)
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Caracterização do tom de voz (e estado de espírito) e pausas:
(Pausa)
Zombeteiro
(Rindo-se)
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Estaca. A última frase é proferida no tom de quem já pensou no assunto.
Fala lentamente. Está a lembrar-se de tudo o que deixou atrás de si.
Impaciente.
(Irónico.)
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• Muda de tom à voz. Está a imitar, com sarcasmo, alguém que não se sabe quem seja.
• Volta ao seu tom de voz habitual
• (Pausa)
• ? O gesto é lento, deliberadamente sarcástico.
• O tom é irónico
• (Silêncio)
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Indicação imprescindível a encenador (cenógrafo, aderecista, luminotécnico):
(Começa a entrar povo pela direita e pela esquerda do palco. Os tambores tocam sem cessar.)
«Os tambores entram em fanfarra e o palco enche-se de soldados»
![Page 29: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/29.jpg)
(Ilumina-se o palco. D. Miguel Forjaz, Beresford e o principal Sousa estão sentados em três cadeiras pesadas e ricas com aparência de tronos.)
(O principal Sousa surge no palco, imponentemente vestido)
![Page 30: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/30.jpg)
• Ao abrir o pano, a cena está às escuras ...
• Esta personagem está andrajosamente vestida.
• Ilumina-se, subitamente, ...
• mulher ainda nova, que dorme, no chão, coberta por uma saca
• Começa a ouvir-se ao longe o ruído dos tambores.
• # (Ouve o som dos tambores)
![Page 31: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/31.jpg)
Marcação da saída ou da entrada de personagens (o que, no fundo, corresponde
ao limite de cada cena):
(Entram Corvo e Vicente, respectivamente pela esquerda e pela direita do palco.)
(Corvo e Morais Sarmento saem pela esquerda do palco.)
(Sai pela esquerda do palco.)
(Entra Vicente pela esquerda do palco.)
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Didascálias lateraisEm redondo, espécie de «notas de rodapé» das falas.
Longas.
Subjetivas.
Didascálias na mancha principalEm itálico e entre parânteses.
Curtas.
Objetivas.
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Didascálias lateraisExplicação de determinado som;
intenção do autor com a indicação de certos gestos, movimentos, entoações;
juízos valorativos sobre personagens; preocupação com a interpretação do público.
Didascálias na mancha principalIndicações sobre sons, luz, gestos das personagens, prosódia, movimentos em palco, etc.
![Page 35: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/35.jpg)
Outros elementos paratextuais
•Dedicatória
«Ao Fernando de Abranches Ferrão — amigo de todas as horas — que quase me obrigou a escrever esta peça.»
![Page 36: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/36.jpg)
• Epígrafe (aliás, longa citação)
de peça de John Osborn (A subject of scandal and concern), com paralelismo entre a personagem do professor inglês Holyoake e a de Gomes Freire
![Page 37: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/37.jpg)
• Lista de personagens
![Page 39: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/39.jpg)
![Page 40: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/40.jpg)
A nota de ironia mais evidente encontra-se na apresentação de Morais Sarmento e Andrade Corvo — «dois denunciantes que honraram a classe» —, pois, independentemente da actuação das personagens, a conotação negativa de «denunciantes» confere ao resto da frase uma nota dissonante. O mesmo acontece em relação a Vicente, pois parece estranha a relação entre «provocador» e estar em vias de ser promovido.
![Page 41: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/41.jpg)
Também a apresentação dos polícias não está isenta de ironia (como se as personagens fossem desinteressantes logo pela sua profissão). Quanto aos governadores, o adjectivo «conscienciosos» é propositadamente ambíguo, e depois de lida a peça será decerto percebido como pejorativo.
![Page 43: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/43.jpg)
Poder absoluto || Poder liberal
Beresford, Corvo, Antigo soldado
Morais Sarmento
Principal Sousa Frei Diogo
D. Miguel Sousa Falcão
Matilde
Vicente, [Polícias] Manuel, Rita
Populares
![Page 44: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/44.jpg)
• Nota biobibliográfica (na orelha e no anterrosto)
![Page 46: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/46.jpg)
a. A vivência dos primeiros anos de vida de Luís de Sttau Monteiro no estrangeiro influenciou a sua criação literária posterior.
![Page 47: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/47.jpg)
b. A primeira obra do autor publicada foi um texto do modo dramático.
Um homem não chora pertence ao modo narrativo (é um romance).
![Page 48: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/48.jpg)
c. A peça Felizmente Há Luar! foi escrita em 1962.
1961
![Page 49: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/49.jpg)
d. As obras de Sttau Monteiro mereceram o reconhecimento do poder político.
Sim, reconheceram-no, tendo-o posto na prisão.
![Page 50: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/50.jpg)
e. Durante a sua vida, Sttau Monteiro dedicou-se apenas à escrita literária.
Escreveu também textos cronísticos (já vimos uma das suas «Redações da Guidinha»), textos em torno da gastronomia, etc.
![Page 51: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/51.jpg)
Relancear 6. (na p. 233):
![Page 52: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/52.jpg)
6.1
modificador apositivo do nome
![Page 53: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/53.jpg)
6.2
Subordinada adjetiva relativa restritiva
![Page 54: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/54.jpg)
• Lista de obras do autor (orelha e verso da p. com o título corrente)
![Page 55: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/55.jpg)
![Page 56: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/56.jpg)
![Page 57: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/57.jpg)
![Page 58: Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149](https://reader034.fdocumentos.com/reader034/viewer/2022042813/5494de99b479599d188b4673/html5/thumbnails/58.jpg)
Passar a trazer (nas duas próximas aulas, pelo menos) a folha agora
entregue
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Prazos das tarefas, desta vez, são mesmo para cumprir.
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Recitações não serão logo na primeira aula da próxima semana.
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Guerra e ocupação estrangeira
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Retomámos hoje o filme no momento em que se resolvia a guerra, a Segunda Guerra Mundial, com o desembarque dos aliados e os saques por parte do povo (tendo mais sorte Peppino do que a futura namorada, Mannina). Soldados americanos são bem recebidos — a sua chegada é vista como libertadora —, com Mannina a ser a melhor a interpretar o que querem. Estamos em 1943.
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O período que se vive é ainda consequência da guerra, isto é, das Invasões francesas (1807, 1809, 1810). Por fuga e estratégia, a corte portuguesa fora para o Brasil em 1808. Na peça estamos em 1817. Chegados para ajudar os portugueses, militares ingleses estão instalados no país já há muito — desde 1808 —, o que não agrada ao povo. Quem governa é o Conselho da Regência.
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Organizações políticas e secretas
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Vive-se num momento de evolução política: por um lado, o fim do fascismo; por outro, em termos de regime, perspetivava-se a mudança de monarquia para república. Vemos Peppino a inscrever-se no Partido Comunista. Assistimos a um comício (na sequência do qual, Peppino e Nino lutam entre si, só depois se identificando) e à mobilização de massas por alturas do assassinato de populares. E há outros testemunhos da repressão e da exploração de camponeses e operários. Entretanto, apercebemos-nos dos pequenos expedientes, ora políticos ora comerciais, em que se envolve Peppino Torrenuova.
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Por falas de personagens, sabemos do papel que teria a maçonaria (aparece também referida como «os pedreiros livres») na promoção de uma mudança política. Gomes Freire era mação (e, aliás, grão-mestre); os próprios Andrade Corvo e Morais Sarmento pertenciam a uma loja maçónica. Pelos cafés, pelos botequins, germinava o ambiente que prenunciava a revolta liberal de 1820; e havia pasquins revolucionários afixados. Nesta altura, em 1817, estaria em curso uma conspiração ou, pelo menos, o poder fez que se fizesse crer que estava em curso essa conjura, alegadamente chefiada por Gomes Freire de Andrade.
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