Mdia Televisiva na Fronteira

A QUALIDADE DA NOTCIA EM UMA RDIO DA FRONTEIRA BRASIL-PARAGUAI - ANLISE DO PROGRAMA LDER NOTCIAS, DA RDIO LDER FM, DE PONTA POR (MS)

Apresentao Rodrigo Teixeira

IV Seminrio de Estudos Fronteirios UFMS Corumb 2013 Resumo: Este artigo pretende investigar as notcias divulgadas no programa Lder Notcias, transmitido pela Rdio Lder FM, sediado em Ponta Por, cidade localizada na fronteira de MS com o Paraguai. O objetivo utilizar os conhecimentos adquiridos no seminrio Ferramentas Para a Qualidade Jornalstica, ministrado pelo professor doutor Josenildo Guerra (Universidade Federal de Sergipe), em outubro de 2012 no curso de Mestrado em Comunicao, na UFMS, para criar critrios de qualidade que sirvam de referncia para analisar o contedo do programa Lder Notcias. Promover a integrao entre a populao brasileira e paraguaia, assim como informar sobre os acontecimentos principais que atingem as cidades irms Ponta Por, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, faz parte das funes, entendidas pelo autor, de um programa de notcias fronteirio.

Amrica do Sul

PONTA POR (MS)25.maro.1892

324 km de CG

83.747 hab IBGE - 2013 318.901 cabeas de gado

Altitude de 755 metros

2 universidades 4 faculdades

Monumento na entrada de Ponta Por, com guampa de terer e cuia de chimarro

A integrao PP e PJC envolve aspectos comerciais, sociais, culturais, polticos e geogrficosPonta Por e Pedro Juan Caballero so hermanas siamesas. Isto quer dizer que todas as crises e todos os sucessos so sentidos por ambas as comunidades ao mesmo tempo e de forma semelhante. Como hermanas xipfagas, quando afetada uma delas, imediatamente sente tambm a outra. Suas populaes vivem em irmandade indissolvel. Nunca se verificaram atritos nem desgastes graves. Athamaril Saldanha, antigo morador e intelectual de Ponta Por (GOIRIS, 1999) FRONTERA'Las zonas de frontera seran como barreras flexibles. Jams una frontera puede ser entendida como un elemento restrictivo y diferenciador.Los limites de las fronteras separan e integran al mismo tiempo. La estabilidad de las comunidades en contacto estaran, pues, condicionadas por fatores culturales, polticos, histricos y demogrficos, que redundan en un sentido de humanidad, de civilizacon y de cooperacon mutua.(SERRA PADRS, 1994) PADROPara definir critrios de qualidade preciso entender o que , qual o objetivo e como funciona no dia a dia a construo da notcia.

A dificuldade justamente conseguir padronizar e criar um esquema geral que atenda as demandas particulares de cada veculo jornalstico! GUERRAA notcia a mais importante fonte de acesso ao direito informao dos cidados (GENTILLI, 2005) permite a formao de uma agenda de temas para o cidado discutir e formar opinio sobre os mais diversos temas (GOMES, 2005) importante para gerar impacto pblico e conseqncias prticas na vida das pessoas (GUERRA, 2012)NORRIS e ODUGBEMI[...] o papel dos jornalistas pode ser dividido em trs esferas: 1) WATCHDOGS: Os meios de comunicao fariam um contrapeso aos poderes Executivo, Legislativo e Judicirio; 2) AGENDA-SETTERS: Atribuio que destaca os temas importantes na agenda pblica e poltica; 3) GATE-KEEPERS: Fomentar a pluralidade de pontos de vista de diversos assuntos.(p. 30-32, 2008).

GUERRAObjetivo do jornalismo

Atender a expectativa da audincia

Esfera privada (dimenso real)Esfera pblica (dimenso formal)

Desafio Articular as duas dimenses: Formal x Real

GUERRAA verdade, relevncia e pluralidade so requisitos bsicos de qualidade para o jornalismo O resultado geraria dois reflexos: 1) as pessoas usariam os veculos jornalsticos para se expressar nos conflitos que estivessem envolvidas2) por meio da notcia teria acesso a informaes sobre o fato, o que permitiria a esta pessoa ter uma maior capacidade de formar juzo sobre os acontecimentosGUERRAParadigma da Mediao

O jornalismo cumpriria seu papel informando, de maneira contextualizada, os cidados de tal forma que estes possam participar de modo mais ativo da vida poltica, fiscalizando e cobrando a promoo de todos os direitos humanos. (CANELA, 2007, p. 2)GUERRA No existe um parmetro adotado por todos para dimensionar o grau de eficincia de cada veculo ou profissional de jornalismo. Organizaes jornalsticas avaliarem o contedo no quesito qualidade uma das opes adotar o Programa de Cobertura

Conjunto de diretrizes editoriais e de produo que orientam e moldam a forma de uma organizao jornalstica perceber os fatos potencialmente de valor jornalstico. (GUERRA, 2012). RDIOSPONTA POR (MS)

2 FM LderFM e NovaFM2 AM Rdio Ponta Por (Transamrica) e Super FronteiraAM

PEDRO JUAN CABALLERO (PY)

3 FM AmambayFM, Cerro Cor e FronteiraFM2 AM Amambay e MBurucya.OBJETOPROGRAMA LDER NOTCIASRdio Lder FM (104,9)

Silvio Dias (Locutor)Segunda a sexta das 11h s 12h Cem (100) notcias

29/10/12 (seg)30/10/12 (ter)05/11/12 (seg) 20/11/12 (ter)

GUERRA / 5 DIMENSES 1 Foco das notcias (Diversidade)Regional (MS)Local (Ponta Por)Fronteiria (PJC e PY)Nacional (Brasil)Internacional (Mundo) 2 Notcias por editoria (Equilbrio)Polcia, Poltica, Sade, Educao, Economia, Esporte, Agronegcio, Informtica, Turismo, Cultura... GUERRA / 5 DIMENSES 3 Informao sobre a origem da fonte (Credibilidade) Autor da notcia divulgada (Entrevista, assessoria, nota, outro veculo, agncia...) 4 Entrevistados diretos (Imparcialidade)Na notcia divulgada pelo programa, qual o nmero de fontes e/ou entrevistados, tem os dois lados?

GUERRA / 5 DIMENSES 5 Divulgao dos critrios (Transparncia)Poltica editorial ou normas jornalsticas da empresa divulgadas no site da rdio ou durante o programa

TABELA 1 PADRO - FOCOTABELA 1 PADRO - FOCORegional e Local (30% cada) Menos de 30% - Nota 0 Mais de 30% - Nota 1 Na mdia 30% - Nota 2 Nacional (20%) Menos de 20% - Nota 0 Mais de 20% - Nota 1 Na mdia 20% - Nota 2 Fronteiria e Internacional (10% cada) Menos de 10% - Nota 0 Mais de 10% - Nota 1 Na mdia 10% - Nota 2 Nota 0 a 4 Nvel 1Nota 5 a 7 Nvel 2 Nota 8 a 10 Nvel 3TABELA 2 PADRO - EDITORIATABELA 2 PADRO - EDITORIA

FIMEl periodista de frontera tiene la noble tarea de acercar a los pueblos que estn a ambos lados de la lnea fronteriza, de ensearles a descubrir ms lo que nos une que lo que nos separa, um modo de convivencia que les permita emprender labores conjuntas, em todos los campos posibles, y que puedan redundar en una mejor calidad de vida para todos.

(PORTUGAL, 2001-2003, p. 101)