Apresentação sobre a MP 579/2012 Brasília – Comissão Mista do Congresso Nacional –...
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Apresentação sobre a MP 579/2012
Brasília – Comissão Mista do Congresso Nacional – 07/11/2012 –
SINERGIA CUT - QUEM SOMOS
• Sinergia CUT é uma entidade sindical de trabalhadores;• Representa cerca de 20 mil trabalhadores
do setor energético - elétrico e de gás canalizado; • Localizado no Estado de São Paulo; • Sua sede está na cidade de Campinas-SP.
SINERGIA CUT – POR QUE ESTAMOS AQUIOs trabalhadores eletricitários vivenciaram na década de 90:•As mais profundas transformações e reestruturações promovidas no setor elétrico brasileiro decorrentes do processo da privatização;•A eliminação de mais de 120 mil postos de trabalho;•A rotatividade de mão de obra, precarização do trabalho, terceirização, aumento assustador dos índices de acidentes de trabalho;•O maior racionamento de energia da história deste país;
A experiência diante das transformações por que passou a categoria eletricitária nos credencia a
contribuir com o debate visando melhorias da MP 579.
EMPRESAS DA BASE SINERGIA IMPACTADAS :
• CESP: Três Irmãos, Ilha Solteira e Jupiá;• CTEEP;• EMAE: Henry Borden, Isabel, Porto Góes, Rasgão
e Edgard de Souza; • FURNAS: UHE Estreito (Luís Carlos B. de
Carvalho) e transmissão; • CPFL Energia: Jaguari, Mococa, Sul Paulista,
Leste Paulista e Santa Cruz;• GRUPO REDE: Bragantina, Nacional, Cauiá e Vale
do Paranapanema;TOTAL DE TRABALHADORES IMPACTADOS: 5.000
O QUE SEMPRE DEFENDEMOS:• A apropriação pela sociedade da renda
hidráulica decorrente da amortização dos ativos das usinas que foram construídas em sua grande maioria pelo Estado e pagas com o dinheiro do povo brasileiro; • A garantia que esta energia velha,
amortizada, seja ofertada exclusivamente para o mercado cativo;• Redução da tarifa;• Eliminação e redução de encargos setoriais;• Redução do ICMS;
O QUE SEMPRE DEFENDEMOS:
• Redução na distribuição dos lucros aos acionistas para garantir novos investimentos na ampliação do sistema, qualificação do trabalhador, saúde e segurança no trabalho, melhoria dos benefícios e do atendimento aos consumidores;
• Preservação e ampliação de postos de trabalho para garantir a excelência dos serviços prestados à população;
• Trabalho decente;• Fim da terceirização de atividades fim, precarização e
da rotatividade de mão-de-obra;• Energia segura e de qualidade para garantir
desenvolvimento econômico e sustentável;• A importância desse setor estratégico ficar sob o
controle do Estado;
A MP 579 ATENDEU PARTE DOS NOSSOS PLEITOS
• Promove a redução das tarifas;• Reafirma o papel do Estado como regulador e
planejador do sistema;• Preserva empresas estatais sob o controle do
estado;• Permite aumentar a competitividade do país;• Promove efeito multiplicador em outros setores da
economia;• Garantiu que a energia amortizada seja ofertada
exclusivamente ao mercado cativo.
E combinado com outras medidas, garantirá ao país uma década de crescimento.
CRÍTICAS A MP 579:
• Não houve diálogo com a classe trabalhadora;• Não tratou dos trabalhadores – principais
responsáveis pela geração, transmissão e distribuição segura e confiável da energia neste país;• A ganância pelo lucro poderá levar investidores
inescrupulosos a reduzir e precarizar postos de trabalho visando recompor seus lucros; • Poderemos, novamente, ter parte significativa da
inteligência da mão de obra da indústria de energia elétrica ameaçada pelo desemprego, o que colocaria em risco a estabilidade do sistema;
O QUE PRETENDEMOS:
• Diálogo permanente com o poder concedente e a agência reguladora;
• Mais e melhores empregos;• Emprego decente e seguro que preserve a saúde
do trabalhador;• Primarização de todas as atividades essenciais do
processo de produção, transmissão e distribuição;• Concessões que não forem renovadas sob o
controle do Estado;• Energia barata, de qualidade e segura;• Distribuição de renda mais justa para a classe
trabalhadora e sociedade;
EMENDAS PROPOSTAS PELO SINERGIA CUT / FNU E CUT NACIONAL
As emendas apresentadas 072 a 89, 145, 191 e 243 tratam de:•Garantias de conquistas e direitos;•Qualidade dos serviços;•Terceirização;•Saúde e segurança dos trabalhadores;•Investimentos e expansão do sistema;•Participação em Conselhos de Administração e na Aneel;
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Setor elétrico é altamente lucrativo e de riscos reduzidos (receita garantida, mercado cativo, segmento regulado, etc...);
• As empresas em sua maioria estão configuradas em holdings, o que possibilita um ganho extra decorrente do compartilhamento de suas estruturas;
• Muitas já foram reestruturadas (CTEEP, por exemplo) já possuindo um quadro de trabalhadores bastante enxuto;
• A mão de obra desse setor é qualificada, requer experiência e não se encontra facilmente no mercado, principalmente por se tratar de um segmento de alta exposição ao risco;
• Setor fortemente financiado com recursos públicos (BNDES, principalmente) e de longo prazo;
• A MP 579 deu um poder ainda maior para a Aneel;
PORTANTO NÃO PODEMOS ADMITIR:• Que a ganância do capitalismo precarize as condições de trabalho e
coloque em risco a estabilidade e segurança do sistema e consequentemente dos trabalhadores e da sociedade em nome do lucro incessante;
• Que dinheiro público financie empresas sem exigir contrapartidas sociais, de geração de emprego, de investimentos em qualificação profissional, de preservação da vida e do meio ambiente;
• Que a Aneel continue se recusando a regular o processo de trabalho da indústria de energia elétrica;
• Que os Estados da Federação não façam a sua parte reduzindo o ICMS que incide sobre a tarifa;
• Não pactuaremos com nenhum processo de reestruturação, fusão, cisão que elimine posto de trabalho, precarize, terceirize, reduza benefícios e salários;
ISSO PORQUE O BARATO NÃO PODE SAIR CARO!
A redução tarifária não pode vir acompanhada de apagões, mortes, acidentes, desemprego, contrariando, assim, os motivos que levaram a presidenta Dilma a editá-la.
ObrigadoGentil Teixeira de Freitas