Apresentação Trabalho

4
Apresentação trabalho: 1 . Traçar uma crítica à epistemologia feminina, (“Women´s ways of knowing) postulada por Carol Gilligan a partir da ética do care em seu livro “In a Different Voice”, contrapondo tais noções a uma epistemologia universalista, representada por feministas como Susan Haack e Elisabeth Badinter. 1. Passar rapidamente pelo conceito de epistemologia. 1.2 Críticas de Haack aos métodos de Belenky (Women´s Ways of Knowing) = silenciamento e Gilligan (noção de voz) = epistemologia feminina e noções de moralidade ligado ao cuidado e à relação. 1.3 Enganos metodológicos “as autoras dizem desde o início que eles pressupunham que houvesse uma inclinação masculina no coração da maior parte das disciplinas, metodologias e teorias acadêmicas” (HAACK, 2011, p. 204) 1) se basearem amostras viciadas, visto que os participantes das pesquisas sabiam sobre aquilo que seria estudado a partir dos resultados de suas entrevistas e testes e (2) não se pode concluir, a partir de pesquisas baseadas em pressupostos, que os aspectos delineados pelos estudos sejam capazes de definir uma moralidade voltada para o cuidado ou para as relações afetivas; um modo de pensamento feminino , visto que outros fatores, como culturais, sociais, econômicos etc., e especialmente os

description

english work

Transcript of Apresentação Trabalho

Page 1: Apresentação Trabalho

Apresentação trabalho:

1 . Traçar uma crítica à epistemologia feminina, (“Women´s ways of knowing) postulada por Carol Gilligan a partir da ética do care em seu livro “In a Different Voice”, contrapondo tais noções a uma epistemologia universalista, representada por feministas como Susan Haack e Elisabeth Badinter.

1. Passar rapidamente pelo conceito de epistemologia.

1.2 Críticas de Haack aos métodos de Belenky (Women´s Ways of Knowing) = silenciamento e Gilligan (noção de voz) = epistemologia feminina e noções de moralidade ligado ao cuidado e à relação.

1.3 Enganos metodológicos

“as autoras dizem desde o início que eles pressupunham que houvesse

uma inclinação masculina no coração da maior parte das disciplinas, metodologias

e teorias acadêmicas” (HAACK, 2011, p. 204)

1) se basearem amostras viciadas, visto que os participantes das pesquisas

sabiam sobre aquilo que seria estudado a partir dos resultados de suas entrevistas e

testes e (2) não se pode concluir, a partir de pesquisas baseadas em pressupostos, que os

aspectos delineados pelos estudos sejam capazes de definir uma moralidade voltada

para o cuidado ou para as relações afetivas; um modo de pensamento feminino, visto

que outros fatores, como culturais, sociais, econômicos etc., e especialmente os aspectos

individuais de cada uma das amostras são impossíveis de serem isolados e não deveriam

ter sido ignorados na pesquisa. Haack leva ainda mais adiante a exposição dos enganos

metodológicos das pesquisas de Belenky e Gilligan na pretensa comprovação da

existência do “modo de saber das mulheres”, quando as autoras parecem não constatar

um fato, mas atribuir a ele (a existência de modo próprio de conhecimento feminino),

uma superioridade moral em relação ao ethos científico duramente criticado:

“Mas, mesmo se houvesse tal coisa, no caso da epistemologia feminista seria preciso mais argumento para mostrar que ‘os modos de saber das mulheres’[...] representam melhores procedimentos de investigação ou padrões de justificação mais sutis do que os dos homens.” (HAACK, 2011, p. 204-205). 

Page 2: Apresentação Trabalho

Força na fraqueza: A voz das mulheres e Freud

Gilligan conclui, assim como Freud, que as mulheres não tem um senso de maturidade moral e alto grau de senso de justiça, porém para ela, isso é digno de superioridade moral, dado que as relações ocorrem no mundo, nas teias de afetos e não nos âmbitos abstratos do direito e da justiça, que ela classifica como tendenciosas e masculinistas.

2 – Contextualizar e analisar a emergência do feminismo diferencialista (essencialista) o feminismo universalismo (igualitarista, culturalista). Do privado para o político. Volta ao naturalismo

“É preciso, ao contrário reivindicar nossa diferença identitária e fazer dela uma arma política e moral. Um nove feminismo que expunha cada um dos aspectos da experiência biológica feminina tinha nascido. Ele exaltava as regras, a gravidez e o parto. Assistiu-se, naturalmente, a uma volta com toda a força da celebração maternal. A vulva se tornou a metonímia da mulher.” (Badinter, 2011, p.73). – in: “O conflito – a mulher e a mãe”

Sarah Hrdy – primatóloga, antropóloga e bióloga: “Para amamentar, é preciso reaprender a ser um animal!” – in: “Um feliz acontecimento”.

2.1 – Discutir brevemente as associações entre a noção de uma epistemologia própria das mulheres (care) e setores e ideologias conservadoras da sociedade. OU quando direitos se tornam deveres.

O caso Leche League.

A criminalização da prostituição na Suécia.

3 – O sexo como verdade última. Transexualidade e sexualidades não-binárias dentro do feminismo: um problema político.

O mito do feminino e suas origens na genitália e reprodução, também origem da moralidade essencialista.

Page 3: Apresentação Trabalho

“Contudo, a ideia de que se deve ter finalmente um verdadeiro sexo está longe de ter sido completamente dissipada. Seja qual for a opinião dos biólogos sobre esse assunto, encontramos, pelo menos em estado difuso, não somente na psicanálise e na psicologia, mas também na opinião corrente, a ideia de que entre sexo e verdade existem relações complexas, obscuras e essenciais . Somos, na verdade, mais tolerantes em relação às práticas que transgridem as leis. Porém continuamos a pensar que algumas delas insultam a “verdade”: um homem “passivo”, uma mulher “viril”... [...] Talvez haja a disposição de admitir que isso não é um grave atentado à ordem estabelecida, porém estamos sempre prontos a acreditar que há nelas algo como um “erro”. Um “erro” entendido no sentido mais tradicionalmente filosófico: uma maneira de fazer que não é adequada à realidade; a irregularidade sexual é percebida, mais ou menos, como pertencendo ao mundo das quimeras.” (FOUCAULT, 2006, p.84-85)

Transexuais – taxa de suicídio 26 vezes maior do que entre pessoas cissexuais– pesquisa realizada nos EUA.

Patologização do eu e exclusão social de pessoas trans: o não reconhecimento, a falta de referência na formação do indivíduo, do self, e especialmente a situação de angústia e opressão.

Fatores de miséria econômica e exclusão dos lugares sociais tais como família e escola e a marginalização também dentro dos movimentos sociais, permeados pelas categorizações da autoridade biomédica.

Feminismo deve acolher as pautas de mulheres trans e abolir a normatividade, e a necessidade de policiamento de práticas individuais, particulares. Perceber as categorias de gênero como instrumentos políticos úteis e não elementos de opressão e exclusão.