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APRESENTAÇÃO

A Universidade Federal de Rondônia (UNIR), após um longo processo interno de

discussão e reflexão, por absoluta exigência da sociedade, vem apresentar o projeto para

instalação do Curso de Medicina. O curso que pretendemos implantar terá como características

fundamentais a sua profunda vinculação com a realidade epidemiológica local, que conduz

necessariamente a um curso voltado para a Saúde Coletiva e a Saúde Comunitária. Pretende

ser inovador por ter como estratégia central colocar o aluno, desde o início de seu curso, em

contato com a realidade local, especialmente nas comunidades rurais, através de cursos,

disciplinas, estágios e atividades de extensão e pesquisa desenvolvidos em diversos locais do

Estado, através dos professores do quadro da UNIR e de pesquisadores e professores de outras

instituições associadas. Neste sentido, além da formação hospitalar, os alunos desenvolverão

atividades ambulatoriais importantes, em unidades de atenção básica e em equipes de saúde da

família. Outro ponto a salientar é a descentralização da formação clínica. Os campos de estágio

serão credenciados conforme as condições que apresentarem para o desenvolvimento de

atividades de ensino. Isto desencadeará um processo permanente de avaliação das unidades de

saúde existentes no estado, principalmente as públicas, com o objetivo de sempre oferecer as

melhores estruturas existentes como campos de prática.

A seguir, apresentamos um esquema geral da estruturação proposta para o curso e as

disciplinas que comporão o mesmo, a estrutura curricular do curso, além de um elenco

preliminar de disciplinas eletivas a serem oferecidas aos alunos. Tais proposições são

resultantes de discussões estabelecidas entre os professores da UNIR com consultores da

Universidade Federal de São Paulo, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de

São Paulo e com os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (CEPEM).

Em anexo, documentos que indicam a pertinência de tal iniciativa, como por exemplo,

parecer do Conselho Nacional de Saúde, cujo interessado era uma faculdade privada que

pretendia, em 1996, implantar o curso, indicando, já naquele momento, a necessidade social da

criação do mesmo em Porto Velho, aprovado em reunião plenária de 06/11/1996. Também

anexamos protocolo de intenções para cooperação, assinado por várias instituições/entidades

ligadas à prestação de serviços de saúde no Estado, como o Conselho Regional de Medicina, o

Sindicato Médico, o Conselho Estadual de Saúde, o Governo do Estado de Rondônia, a

UNIMED, entre outras. Também estão anexados documentos como resoluções da Comissão

Intergestora Bipartite, do Conselho Estadual de Saúde, moção da IIIª Conferência Estadual de

Saúde. Outros documentos anexo apontam para a importância social do curso na região.

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OS EIXOS ESTRUTURADORES DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR S ERÃO:

a) a construção do conhecimento, da vida em sociedade, do processo de produzir saúde e

doença e a subjetividade do adoecer, buscando estabelecer relações entre o coletivo e o

individual e trazer visões interdisciplinares para os problemas;

b) prática precoce, ampliada, nos diversos níveis de complexidade tecnológica, orientadas por

problemas em áreas adscritas. Será incorporado o currículo complementar na estrutura

curricular, de forma planejada e com orientação. O aluno será estimulado a aprender pela

prática orientada;

c) professores acompanharão e orientarão grupos de alunos em comunidades e unidades de

saúde. Será oferecido um professor com o qual os alunos possam interagir e se identificar na

formação profissional, nos aspectos técnicos e éticos;

d) supervisão psicopedagógica: professores e alunos serão supervisionados por equipe

interdisciplinar para discussão das práticas pedagógicas e dos conflitos em grupo, auxiliando

a formação de equipe, estimulando a solidariedade e a construção coletiva. Haverá

supervisão em tarefas específicas que demandem conhecimento técnico;

e) buscar-se-á construir um processo de avaliação permanente que, conjugado com as formas

tradicionais de avaliação, possam dar conta do desempenho cognitivo e ético do aluno e dos

grupos.

A ênfase do curso será a integração ensino-assitência. Desta forma, o aluno será

envolvido em tarefas e atividades que propiciem o aprender-fazendo, dentro das possibilidades

e potencialidades da instituição e do sistema de saúde local.

Através da integração dos alunos aos diversos programas implantados no Estado (PACS,

PSF, Vivas para Brincar, Redução da Mortalidade Materna, entre outros) e ao Centro de

Estudos em Saúde do Índio, serão desenvolvidas atividades complementares àquelas do período

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letivo. Serão incentivados a participar de encontros, jornadas e congressos, na medida das

possibilidades da instituição. Também serão estimulados a participar de projetos de pesquisa

em desenvolvimento.

O curso enfatizará os principais problemas e agravos de saúde da população,

orientando os alunos sobre a importância de sua atuação e fixação na região, onde prevalecem

vazios sanitários e populações cronicamente desassistidas.

A UNIR contará, para o desenvolvimento do curso e adequação curricular, com o

apoio de instituições nacionais de renome, com as quais já firmou acordos de cooperação, como

a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Universidade de Brasília e

Universidade de São Paulo, especialmente através do Instituto de Ciências Biológicas.

Será um curso em regime integral, obedecendo o sistema de créditos adotado pela

UNIR e com o oferecimento de 40 vagas ao ano.

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ANO SAÚDE E SOCIEDADE BASES MORFOLÓGICAS, CELULAR E

MOLECULAR INTRODUÇÃO À PRÁTICA MÉDICA

1 Antropologia Médica Anatomia Introdução à atenção básica Bioética Histologia/Embriologia Psicologia médica Sociologia Citologia e Biologia Molecular Metodologia Científica Genética Introdução à informática Estatísticas de Saúde 2 Saúde Coletiva I Fisiologia/Biofísica Semiologia Epidemiologia I Microbiologia Introdução às doenças infecto-parasitárias Patologia Geral Procedimentos básicos de enfermagem Imunologia Parasitologia e Entomologia médica Bioquímica Farmacologia

MEDICINA, SAÚDE E SOCIEDADE FORMAÇÃO CLÍNICA

3 Saúde Coletiva II Clínica Médica Epidemiologia II Clínica Cirúrgica Ética Médica e Exercício Profissional Saúde da Mulher Medicina Legal Saúde da Criança Saúde do Trabalhador Métodos diagnósticos e imagenologia Patologia Sistêmica Genética Médica 4 Medicina Preventiva Clínica Médica Comunicação Científica Clínica Cirúrgica Gestão dos Serviços de Saúde Saúde da Mulher Informática Médica Saúde da Criança Psiquiatria Doenças Infecto-Parasitárias 5 Internato 6 Internato

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ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE MEDICINA

PERIODO DE CONCLUSÃO: CARGA HORÁRIA TOTAL: 8.640 Prazo Mínimo: 12 semestres CRÉDITOS: 432 Prazo Máximo: 18 semestres CARGA HORÁRIA INTERNATO: 3.520 1º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

1 ANATOMIA I 100 80 180 9 2 CIT. BIOL MOLECULAR 60 40 100 5

3 SOCIOLOGIA 60 60 3

4 INT. À ATENÇÃO BASICA I 30 50 80 4 5 ESTATISTICA DE SAUDE 60 20 80 4

6 BIOÉTICA 60 60 3 7 METODOLOGIA CIENTIFICA 60 60 3

TOTAL SEMESTRE 430 190 620 31 2º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

8 ANATOMIA II 80 80 160 8 1 9

HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA 100 80 180 9 2

10 INT a ATENÇÂO BASICA II 20 40 60 3 4 11 ANTROPOLOGIA MEDICA 60 60 3

12 PSICOLOGIA MEDICA 40 40 2

13 GENETICA 60 20 80 4 2 14 INT A INFORMATICA 20 40 60 3

TOTAL DO SEMESTRE 380 260 640 32 3º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

15 PROC BAS DE ENFERMAGEM 20 40 60 3

16 SAUDE COLETIVA I 20 20 40 2

17 SEMIOLOGIA I 40 20 60 3 1, 8 18 FISIO/BIOFICA I 100 80 180 9 1, 8, 9

19 MICROBIOLOGIA 40 20 60 3 20 BIOQUIMICA I 60 40 100 5 2

21 PARASIT. ENTOM MÉDICA 60 40 100 5 9, TOTAL SEMESTRE 340 260 600 30

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4º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

22 EPIDEMIOLOGIA I 40 20 60 3

23 FARMACOLOGIA 60 40 100 5 18, 20 24 IMUNOLOGIA 60 60 3 18, 20

25 PATOLOGIA GERAL 80 40 120 6 18, 19, 21

26 FISIOL/BIOFISICA II 40 20 60 3 27 SEMILOGIA II 60 120 180 9 17

28 INT.DOENÇAS PARASITARIAS 80 40 120 6 19, 21 TOTAL SEMESTRE 420 280 700 35 5º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

29 EPIDEMIOLOGIA II 40 20 60 3 22

30 PATOLOGIA SISTEMICA 80 40 120 6 25 31 ETICA MED E EXERC PROFIS 60 60 3 6

32 BASES DA CLINICA MEDICA 60 40 100 5 23, 25, 26 33 BASES DA CLIN CIRURGICA 60 40 100 5 23, 25, 26

34 SAUDE DA MULHER I 40 20 60 3 25, 26 35 SAUDE DA CRIANÇA I 40 20 60 3 25, 26, 27

36 METODOS DE DIAGNOSTICO E IMAGENOLOGIA 60 40

100 5 24, 25, 26

TOTAL SEMESTRE 440 220 660 33 6º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

37 SAUDE COLETIVA II 40 20 60 3 29

38 MEDICINA LEGAL 60 20 80 4 25, 26 39 CLINICA MEDICA I 80 60 140 7 32

40 SAUDE DA MULHER II 80 40 120 6 34

41 SAUDE DA CRIANÇA II 60 40 100 5 35 42 CLINICA CIRURGICAI 60 60 120 6 33

43 GENÉTICA MEDICA 60 60 3 13 TOTAL DO SEMESTRE 440 240 680 34 7º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

44 MEDICINA PREVENTIVA 50 30 80 4 29, 37

45 COMUNICAÇÃO CIENTIFICA 20 40 60 3 46 CLINICA MEDICA II 80 60 140 7 39

47 CLINICA CIRÚRGICA II 80 60 140 7 42 48 SAÚDE DA MULHER III 60 40 100 5 40

49 SAÚDE DA CRIANÇA III 60 40 100 5 41

TOTAL DO SEMESTRE 350 270 620 31

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8º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

50 GESTÃO DOS SERV DE SAUDE 40 20 60 3

51 PSIQUIATRIA 40 20 60 3 32, 12 52 CLINICA MEDICA III 80 60 140 7 46

53 CLINICA CIRÚRGICA III 80 60 140 7 47

54 DIP 80 60 140 7 26, 46 55 INFORMÁTICA MÉDICA 20 40 60 3 14

TOTAL SEMESTRE 340 260 600 30 9º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CR PRÉ-REQUISITO

56 INTERNATO 180 700 880 44 TODAS AS ANTERIORES

TOTAL SEMESTRE 180 700 880 44 10º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOT CR PRÉ-REQUISITO

57 INTERNATO 180 700 880 44 56

TOTAL SEMESTRE 180 700 880 44 11º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOT CR PRÉ-REQUISITO

58 INTERNATO 180 700 880 44 57

TOTAL SEMESTRE 180 700 880 44 12º PERIODO TEÓRICA PRÁTICA TOT CR PRÉ-REQUISITO

59 INTERNATO 180 700 880 44 58

TOTAL SEMESTRE 180 700 880 44 Carga horária total : .......................................................................... 8 640H.

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DISCIPLINAS ELETIVAS – CURSO DE MEDICINA

São disciplinas que serão oferecidas durante o curso básico e curso profissionalizante

onde o aluno terá que escolher, dentre as várias disciplinas oferecidas, opções para totalizar:

Curso básico: 160 horas

Curso profissionalizante 200 horas.

DISCIPLINAS ELETIVAS PARA O CURSO BÁSICO

Nº DISCIPLINA CH

01 Filosofia 60

02 Prática Desportiva 60

03 Língua Portuguesa 60

04 Métodos de Estudo Celular 60

06 Psicofisiologia 40

07 Tópicos em Fisiologia Cardiovascular 40

09 História da Medicina 40

DISCIPLINAS ELETIVAS – CURSO PROFISSIONALIZANTE

Nº Disciplina CH

1. Homeopatia 40

2. Saúde em Família 40

3. Acupuntura 60

4. Primeiros Socorros 40

5. Reprodução Humana 40

6. Traumatologia Esportiva 40

7. Métodos de Diagnóstico das Doenças Infecto-Contagiosas 40

8. Sexologia 40

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9. Noções de Administração hospitalar 40

10. Fundamentos de Técnicas Operatórias 40

11. Saúde Indígena 40

12. Vacina em Saúde 40

13. Fundamentos de Saúde do Trabalhador 40

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1 INTRODUÇÃO 02

2 JUSTIFICATIVAS 10

2.1 RONDÔNIA: UMA BREVE APROXIMAÇÃO 13

2.2 A ANÁLISE DE ALGUNS INDICADORES 15

2.2.1 Mortalidade Geral 15

2.2.2 Mortalidade Infantil 19

2.2.3 Algumas Considerações sobre Malária 21

2.2.4 Alguns Indicadores de Serviço 24

3 PERFIL DO MÉDICO FORMADO PELA UNIR 31

4 CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS OPÇÕES PEDAGÓGICAS 31

5 ESPECIFICIDADES DA FORMAÇÃO MÉDICA 37

5.1 Importância das Ciências Básicas na Graduação em Medicina 37

5.2 O Ensino de Saúde Mental no Curso de Medicina 41

5.3 O Ensino da Clínica Médica 43

5.4 Objetivos do Ensino de Pediatria no Curso Médico 44

5.5 Ensino de Ginecologia e Obstetrícia no Curso de Medicina 48

5.6 Ensino de Cirurgia no Curso de Graduação em Medicina 50

6 PROGRAMA DAS DISCIPLINAS DO CURSO BÁSICO 55

7 PROGRAMA DAS DISCIPLINAS DO CURSO PROFISSIONALIZANT E 99

8 DISCIPLINAS NO INTERNATO 172

9 ANEXOS 177

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1. INTRODUÇÃO

Ocupando 243.044 Km² da parte sudoeste da Amazônia Brasileira, a área do Estado

de Rondônia (Mapa 1) corresponde a 2,8% da área do país. Foi criado como Território

Federal, nos anos 40, sob o nome de Guaporé, a partir de terras dos Estados do Amazonas

e Mato Grosso.

MAPA 1 - ESTADO DE RONDÔNIA, 2000.

N.Mamore

Porto Velho

G.Mirim

C.Marques

Buritis

C.Novo

A.Paraiso

Candeias

Jamary

M.Negro

G.J.Teix.

S.Francisco

R.Crespo

Ariquemes

Cacaul.

S.Miguel

Sering.

Alvorada

M.Serra

N.Uniao

Urupa

N.Brasil.

N.Horizonte

A.Floresta

Jaru

Theobroma

Teixeirop.

O.Preto

MachadinhoCujubim

V.Anary

V.Paraiso

Castanheira

S.Luzia

R.Moura

A.Alegre

Pimenteiras

Ji-Parana

P.Medici

M.Andreazza

Cacoal

Parecis

Primavera

S.Felipe

Corumbiara

Cerejeiras

P.Bueno

Chupinguaia

E.Doeste

Colorado

Cabixi

Vilhena

0 100 200

Quilômetros

!

A construção da estrada ligando Porto Velho a Cuiabá, a transferência da fronteira

agrícola do centro-sul para Rondônia e a implantação pelo governo federal, através do

INCRA, de projetos de colonização para pequenos produtores como forma de resolução de

conflitos de terra que ocorriam no centro-sul do país, foram instrumentos decisivos na

consolidação da ocupação da área que em 1980 atingia uma população residente de

491.025 habitantes, com uma densidade demográfica de 2,02 habitantes por Km2, e uma

taxa geométrica de crescimento em torno de 16% ao ano nos primeiros anos da década de

70 (IBGE, 1984).

Brasil, 2000.

Quilômetros

0 300 600

!

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O fluxo migratório gerou intensa ocupação espontânea e desordenada, provocando

a intervenção federal através do INCRA, que elegeu inicialmente uma faixa de seis

quilômetros às margens da BR 364, no trecho compreendido entre Ariquemes e Pimenta

Bueno, como prioritária para a reforma agrária. Esta atitude, associada com a expansão

das atividades mineradoras, com a mecanização da exploração da cassiterita e a abertura de

garimpos de ouro, concorreu para intensificar ainda mais a corrente migratória.

O ápice da migração em Rondônia foi atingido em 1986, reduzindo,

posteriormente, ano a ano. Em 1988, constatou-se queda de 50% em relação ao ano

anterior. No entanto, houve migração por entradas não vigiadas ou cadastradas, como

também há evasão para novas áreas atrativas (SEPLAN, 1990).

A importância da colonização agrária para o desenvolvimento demográfico também

se reflete na relação entre população rural e urbana. As cidades, em Rondônia, tornaram-

se pontos de atração populacional, com uma relação de 54% de população urbana frente a

46% de população rural, no período de 1960-1970. Esta tendência mudou para uma

relação de 53,5% de população rural para 46,5% de população urbana até 1980, indo

contra a tendência observada na região Norte e no Brasil como um todo. E mudou

novamente na década seguinte, quando os dados do censo de 1991 demonstraram que do

total de 1.130.296 habitantes, 58,8% estava na zona urbana e 41,2% na zona rural (IBGE,

1992). Desde o final dos anos 70, quando 70% dos migrantes provinha de regiões rurais, a

situação mudou de tal modo que a percentagem de migrantes rurais se reduziu até 30% em

1983, significando que as regiões urbanas predominavam como sítios de procedência.

Até o final dos anos 70, os poucos rondonienses que tinham acesso a cursos

superiores levavam dias a bordo de embarcações pelos rios da Amazônia para chegar a

outros centros do país. Com a abertura e asfaltamento da BR 364 e com a implantação de

linhas aéreas ligando Porto Velho ao restante do país, os jovens passaram a ter mais

facilidades para se dirigir a outros estados sem os percalços das rotas fluviais.

No início dos anos 80, com a proclamação do eldorado, deu-se início ao fluxo

migratório de pessoas que vieram atrás de esperanças e de um futuro melhor e mais

tranqüilo para os filhos e familiares. Entre tantos brasileiros que vieram habitar as

fronteiras de Rondônia, motivados por estímulos diversos, para aqui vieram também

médicos e outros profissionais da área da saúde.

O final do anos 80 se caracterizou, como já citado anteriormente, por uma

inversão no fluxo migratório que levou para os estados de origem milhares de famílias que

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não conseguiram se fixar no estado. Nesta mesma época, muitos profissionais

especializados retornaram ou decidiram tentar vida nova em outros estados do país.

Dados do Conselho Federal de Medicina sustentam que em Rondônia a relação

de médico por habitante é de 1 : 2.043, sendo que a taxa de crescimento de médicos é de

zero. Rondônia é o estado com a menor densidade de médicos por habitante de toda a

região Norte e do país.

A Universidade Federal de Rondônia – UNIR –, criada em 1982, vem

desempenhando importante papel na formação de quadros nos diversos campos do saber,

na prestação de serviços técnico-científicos, na produção de conhecimento sobre a região, a

despeito de todas as dificuldades que atravessam as universidades federais e o ensino

público de uma maneira geral e, mais especificamente, uma universidade periférica, longe

dos centros de influência e de decisão.

Foi criada em 08 de julho de 1982, através da Lei 7.011, a partir da

incorporação do patrimônio da antiga Fundação de Ensino Superior -

FUNDACENTRO - entidade vinculada à Prefeitura Municipal de Porto Velho, cuja

gênese se associava ao Núcleo de Extensão da Universidade Federal do Pará - UFPA.

Ao assumir a FUNDACENTRO, a Fundação Universidade de Rondônia

passou a responsabilizar-se pelos cursos de Bacharelado em andamento -

Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, contando com um efetivo

de 414 alunos para 150 vagas.

Na sua estruturação inicial, a UNIR teve que enfrentar problemas relativos à

implantação de uma Instituição de Ensino Superior localizada na Amazônia e,

particularmente, ao crescimento desordenado que caracterizou o recém-criado Estado

de Rondônia, com uma taxa de migração de mais 100%, tornando-se, na década de 80,

o “Eldorado Brasileiro”.

Tomando por base as diretrizes contidas no seu Plano de Desenvolvimento

elaborado em 1984, que focaliza a atuação da Universidade na promoção do homem e

no desenvolvimento da região, destacam-se os seguintes aspectos:

• da perspectiva Amazônica, abrangendo tanto a Amazônia brasileira como a

internacional, buscando uma percepção integrada da problemática regional;

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• do respeito ao ecossistema, procurando sempre identificar vias de desenvolvimento

não- perverso, em que o aproveitamento dos recursos naturais seja feito sem

prejudicar o equilíbrio ecológico da Amazônia e do Centro-Oeste;

• do zelo pela formação de identidade cultural do Estado, com o objetivo de propiciar

a integração das correntes migratórias, sem violentar a cultura local.

A UNIR, no seu desenvolvimento histórico-acadêmico de cursos de

graduação, apresenta três perspectivas, a saber:

1º. a criação de cursos, que visa a atender o preenchimento da máquina político-

burocrática do Estado. Nessa perspectiva, criou-se em 1985, curso de Bacharel em

Direito.

2º. a criação de curso, que visa a atender a enorme demanda de professores para a

rede de ensino de 1º e 2º grau. Nesse sentido, estruturaram-se os cursos de

licenciatura em Letras, Geografia, História, Educação Física, Ciências (Habilitação

em Matemática) e Pedagogia (Habilitação de Magistério e Técnico em Supervisão

Escolar)

3º. em fins da década de 80, a criação de curso que visou a atender recursos humanos

para a área de Saúde, tendo em vista a precariedade do Estado nessa área .

Criaram-se, então, os cursos de Enfermagem (1988) e Psicologia (1992); No ano

de 1997 foi aprovado, pelo Conselho Universitário, o Curso de Medicina, projeto

hora apresentado ao Conselho Nacional de Saúde para autorização de

funcionamento, previsto seu inicio para o ano de 2001.

4º. mais recentemente, implementação do curso de Ciências Biológicas e Letras -

Espanhol (1996), além do curso de Informática (1997), buscando atender à

realidade político-econômica e geográfica desta Universidade e aos anseios das

comunidades local e regional.

Adotando uma política de interiorização e de regionalização de suas atividades

acadêmicas durante o quadriênio 1986-1989, a Fundação Universidade Federal de

Rondônia, através do Iº Projeto Norte de Interiorização (1988), atendeu não apenas as

necessidades emergências da comunidade rondoniense, mas também, ao Art. 60,

parágrafo único, do ato das disposições transitórias da Constituição Federal

promulgada em 05.10.1988:

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“Nos dez primeiros anos da promulgação da Constituição

(...) as universidades públicas descentralizarão suas

atividades, de modo a estender suas unidades de ensino

às cidades de maior densidade populacional.”

Criaram-se, portanto, os Campi de Vilhena e Ji-Paraná (1988), com os cursos

de Ciências e, em 1989, foram criados os campi de Grajará Mirim, Cacoal e Rolim de

Moura, oferecendo os cursos de Letras, Pedagogia e Ciências Contábeis. Estes cursos

possuem caráter permanente e são destinados ao atendimento de demandas contínuas

das principais cidades do Estado.

A partir da interiorização em fins da década de 80, a UNIR passou de 707

alunos em 1983, distribuídos em 9 (nove) cursos de graduação, para 14 (quatorze)

cursos de graduação com 1580 vagas, sendo 1100 destinadas ao interior do Estado,

quer seja nos seus cursos permanentes, quer seja em seus cursos parcelados e 480

vagas na capital.

Inaugurou-se, em 1992, um novo Programa de Ensino para atender ao interior

do Estado com a denominação de “Cursos Parcelados”, onde a UNIR oferece cursos

temporários, com objetivo de atender as demandas periódicas, sendo cancelados à

medida que suprem a necessidade emergencial (no momento a formação de

professores leigos da Rede Pública do Ensino Fundamental). Essas atividades são

viabilizadas através de convênios com a Secretaria de Estado da Educação de

Rondônia - SEDUC e com as Prefeituras dos Municípios beneficiados.

Esse programa diferencia-se da estratégia anterior do processo de

interiorização na medida em que não fixa, necessariamente, uma estrutura permanente

da Universidade e, ao mesmo tempo, utiliza a estrutura dos Campi do interior e da

capital para as necessidades desses cursos, sobretudo as de recursos humanos

qualificados.

Em 1995 concorreram ao vestibular 9318 candidatos para 1580 vagas

oferecidas nos seus 14 cursos, sendo 1100 destinadas ao interior e 480 para a Capital.

O número de alunos matriculados alcançou 3918, sendo 2156 deles para Porto Velho e

1762 para as vagas dos cursos do Interior do Estado.

Atualmente, a UNIR oferece 47 cursos de graduação e licenciaturas,

distribuídos entre o Campus de Porto Velho e os cinco Campi do interior do Estado de

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7

Rondônia, contando com um contingente de 4.418 alunos de graduação e 980 alunos

de pós-graduação lato sensu.

Com relação à infra-estrutura básica (área física, acervo bibliográfico, laboratório,

equipamentos e recursos humanos, entre outros), cabe salientar que a UNIR, apesar de ser

uma Universidade nova, com apenas 18 anos e localizada na Região Amazônica,

continuou desafiando suas próprias dificuldades e limitações, objetivando cumprir seu

papel social enquanto co-responsável pelo desenvolvimento do Estado de Rondônia. A

UNIR conta hoje com uma ampliação de mais de 25% (vinte e cinco por cento) em sua

estrutura física. Duplicou e atualizou o acervo bibliográfico, que atualmente conta com

aproximadamente 65.000 (sessenta e cinco mil) livros. Instalou salas para treinamento em

informática em todos os Campi, além de três laboratórios de Informática em Porto Velho,

laboratório de microbiologia e imunologia, e a partir do segundo semestre de 2000 foi

dado início à implantação do laboratório de Morfologia Humana.

Além desse esforço concentrado para democratizar as oportunidades de acesso da

população ao Ensino Superior na Amazônia, a UNIR não deixou de buscar qualificar os

recursos humanos da Instituição, totalizando 236 técnicos administrativos (1998) e 266

docentes (1999), sendo que, de 1990 a 1996, estiveram afastados para cursar pós-

graduação (strito sensu) 56 deles. Ao final de 1999, o seu quadro docente era

constituído por 26 (vinte e seis) doutores, 77 (setenta e sete) mestres, 95 (noventa

vinte e seis) especialistas e 75 (setenta e cinco) professores graduados.

Diante da abrangência de suas ações junto à comunidade rondoniense, em 1995

a Universidade buscou redefinir seu Plano de Desenvolvimento, elaborando o

documento “Diretrizes e Metas”, ainda em vigência, aprovado pelo Conselho

Universitário (Resolução número 112/95-CONSUN), onde apresentou os seguintes

objetivos gerais para a instituição, entre outros:

* Prioridade da qualidade;

* Elevação do índice de qualificação de seus recursos humanos;

* Ampliação do Projeto de Avaliação Institucional;

* Ampliação da infra-estrutura laboratorial;

* Preparação de recursos humanos para atender as necessidades do Estado de

Rondônia.

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8

Com relação à pós-graduação, a UNIR vem oferecendo à comunidade

rondoniense e Estados adjacentes cursos de especialização desde 1988, procurando

atender, ainda que de forma tímida e dentro de sua realidade local e regional, a

urgente necessidade de atualização e qualificação dos egressos e de outros

profissionais já estabelecidos no mercado de trabalho. Esta trajetória pode ser

demonstrada através do quadro abaixo:

Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (1988 – 19991)

ANO/INICIO CURSO N°

1988 Contabilidade e Análise de Controladoria 01

1993 Língua Portuguesa 01

1993 Geografia: "Amazônia, à Questão Ambiental e Regional" 01

1993 Metodologia do Ensino Superior 01

1994 Gestão Escolar 01

1995 Língua Espanhola 01

1995 Alfabetização 01

1995 Desenvolvimento Regional Auto-Sustentável 01

1996 Uso de sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas

para o zoneamento sócio-econômico ecológico 01

1996 Desenvolvimento Gerencial de Unidade Básica de Saúde* 01

1996 Educação em Movimentos Sociais 01

1996 Metodologia do Ensino 01

1997 Análise Ambiental na Amazônia 01

1997 Energia, Sociedade e Meio Ambiente 01

1997 Educação Ambiental 01

1997 Geografia Contexto na Amazônia 01

1997 Administração Escolar 01

1997 Psicologia da Educação 01

1997 Treinamento Desportivo* 01

1997 Metodologia do Ensino Superior 03

1997 Língua Portuguesa 02

1997 Gestão de Serviço(Gestão da Produção e Serviços) 01

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9

1997 Contabilidade e Controladoria 01

1997 Educação em Movimentos Sociais 01

1997 Especialização em Letras 01

1998 Metodologia do Ensino Superior 03

1998 Psicopedagogia 02

1998 Educação para Jovens e Adultos 01

1998 Citologia Clínica* 01

1998 Língua Portuguesa 02

1998 Direito Público 01

1998 Agentes de Inovação Tecnológica 01

1999 Psicopedagogia* 07

1999 Direito Penal 01

1999 História Regional 01

1999 História e Meio Ambiente 01

1999 Medicina Tropical* 01

1998 Saúde Pública* 01

2000 Enfermagem e Saúde da Mulher* 01

* - Cursos da Área de Saúde

A UNIR também tem sido responsável pela identificação e provocação de

mudanças culturais. Ao longo desses poucos anos, tem agenciado novas mentalidades,

promovendo estímulos inovadores quanto às questões culturais. A instituição vem se

instrumentalizando para formar recursos humanos capacitados a atender as necessidades

locais que requerem, em alguns setores, como a saúde, suprimento de mão-de-obra

especializada e mesmo em caráter emergencial.

O curso de Enfermagem, implantado em 1988, veio suprir uma importante lacuna

nos quadros profissionais da saúde estadual. Seus resultados podem ser comprovados com

a melhoria nos padrões dos vários níveis de atendimento, onde funcionam seus campos de

estágio, seja a nível primário, como nos programas básicos de saúde, seja a nível

secundário e terciário, como no atendimento aos enfermos que requerem tratamento em

regime hospitalar.

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10

2 . JUSTIFICATIVAS

A linha de atuação da UNIR, que procura refletir os anseios da comunidade, tem a

área da saúde como objeto de preocupação constante, não só pelas carências regionais em

termos de formação de mão-de-obra para o setor, como pela necessidade de formar

quadros voltados para estudos e pesquisas no campo das doenças infecto-contagiosas e

carenciais da região amazônica. Destaque-se a premente necessidade de técnicos,

pesquisadores, cientistas, formados na Amazônia, com os olhos e as mãos postas nos

problemas sociais e médico-sanitários da Amazônia.

Hoje, o Estado conta com 52 municípios e aproximadamente 1.300.000 habitantes.

Destes, cerca de 100 mil encontram-se na faixa etária de 14 a 18 anos, clientela do

segundo grau. São absorvidos pela rede pública e privada cerca de 30% destes. Entre

esta população foi realizada pesquisa, com a finalidade de elaborar o plano de metas da

administração da UNIR. Entre as solicitações, o curso de medicina ocupou o primeiro

lugar, com 30% da preferência. A maioria dos alunos que passam no vestibular,

especialmente os de ciências biológicas, enfermagem e psicologia, fizeram esta opção

porque a UNIR não oferece o curso de medicina. Há entre 200 e 500 jovens cursando

este curso nas cidades bolivianas, que fazem fronteira com Rondônia.

A importância deste curso para a UNIR e para Rondônia pode ser vislumbrada

a partir do número e da qualidade das instituições/entidades que subscreveram o protocolo

001/97, em anexo, que trata de cooperação para sua instalação.

À diferença de pouco tempo atrás, hoje é praticamente consensual entre as

forças políticas e sociais, a necessidade de se implantar o curso de medicina na UNIR, em

consonância com antigas resoluções do Conselho Estadual de Saúde e Conselho Nacional

de Saúde, que apontam para a necessidade social deste curso para a região.

As Instituições de Ensino Superior (IES), em nosso país, passam por um

momento de profunda reflexão, impondo-se discussões sobre autonomia universitária,

financiamento, avaliação e articulação com outros setores da sociedade. O papel do

Estado na Educação e na Saúde, bem como a função social e relevância da universidade

são questões centrais destas discussões e exigem definições.

No que se refere à formação dos profissionais da área da saúde,

particularmente, há que se considerar questões específicas da área – processo acelerado de

mudanças do Sistema de saúde e respectivo financiamento, transformações no perfil

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epidemiológico e na composição sócio-demográfica da população e os avanços técnico-

científicos que exigem da universidade novas práticas de ensino, visando a formação de

um profissional capaz de buscar informação, atento às mudanças, motivado para o

aprimoramento contínuo e que compreenda seu papel na sociedade.

A saúde não é um conceito abstrato, nem um fenômeno puramente biológico. Para

uma avaliação da saúde de um determinado local, há que se levar em consideração o

contexto da sociedade em questão, bem como o estágio de desenvolvimento em que esta se

encontra. É a resultante das formas de organização social dos meios de produção que

podem ter como conseqüência grandes desigualdades relacionadas aos níveis de vida.

Em seu conceito mais amplo, saúde é o produto das condições objetivas de

existência, é resultante das condições de alimentação, educação, emprego, moradia, meio

ambiente, trabalho, lazer, liberdade, transporte, acesso e posse da terra, bem como acesso

aos serviços de saúde. Ao se falar em direito à saúde, significa dizer que o Estado tem por

obrigação proporcionar condições dignas de vida, como também garantir o acesso

universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde,

em todos os níveis e a toda a população.

Portanto, o direito à saúde não resulta apenas de um processo setorial de

formulação de políticas de saúde, mas sim de um processo integrado de todas as políticas

sociais do Estado, como também do balizamento, elaboração e implementação das

políticas econômicas.

Quanto à realidade brasileira, temos uma sociedade extremamente estratificada e

hierarquizada, caracterizando-se pela alta concentração de renda e da propriedade

fundiária, observando-se a coexistência de formas rudimentares de organização do

trabalho produtivo com as mais avançadas tecnologias da economia capitalista. As

desigualdades sociais e regionais existentes refletem as condições estruturais que vêm

atuando como fatores limitantes ao pleno desenvolvimento de um nível satisfatório de

saúde e de uma organização de saúde que defronta-se com inúmeros problemas

intrinsecamente ligados às condições de vida dos diferentes grupos sociais, refletindo as

desigualdades regionais, espaciais e sociais da distribuição de renda e dos recursos

públicos, traduzidas através dos indicadores de saúde.

Da mesma forma como a conceituação do que venha a ser saúde é muito complexa,

pelos vários fatores intervenientes, também é complexa a definição da situação de saúde

em um determinado local. Para tanto, utilizando-se de indicadores de saúde, que na

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12

verdade medem o risco do indivíduo adoecer e morrer, pode-se inferir as condições de

saúde do local.

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13

2.1 RONDÔNIA: UMA BREVE APROXIMAÇÃO

Marcadamente a partir da década de 70 a tradicional base econômica do

extrativismo em Rondônia, deu lugar a uma outra, tanto econômica como social e política,

centrada na agricultura e também na mineração. As grandes companhias mineradoras e os

projetos de assentamento rural (a partir do INCRA), aliadas à abertura de estradas para o

escoamento da produção, exerceram forte atração sobre a mão-de-obra, resultando num

fluxo migratório intenso a estas áreas que se sobrepõem e sobrepujam, em muitos casos, às

tradicionais populações ribeirinhas que ainda vivem do extrativismo ou de outros grupos

que ainda praticam a mineração manual.

Foi possível acompanhar o impacto resultante desses fluxos migratórios e das

relações sociais aí engendradas, tanto sobre a população migrante ou preexistente como

sobre as mudanças do ambiente, seja físico ou cultural. Ocorreram repercussões de toda

ordem sobre a débil e recém montada estrutura de prestação de serviços, saúde inclusive.

Segundo dados do censo de 1996, a população residente é de aproximadamente 1.300.000

hab., distribuídos em 52 municípios. A taxa de crescimento anual é de 1,68%. Cerca de

37% da população encontra-se dispersa em enormes áreas da zona rural. Considere-se que

as estatísticas superestimam o peso da população urbana, uma vez que o IBGE toma como

critério a definição político-administrativa municipal, que considera urbana toda sede de

município, distrito ou vila.

Problemas passíveis de controle, ao menos parcialmente, não têm encontrado

soluções, uma vez que de cada mil crianças que nascem vivas cerca de 35 morrem antes de

completar o primeiro ano de vida (ressalte-se que todos os indicadores de saúde do estado

são passíveis de questionamento. Indícios existem de que estas mortes chegam a números

muito mais elevados, devido ao subregistro), sendo que destas mortes cerca de 67%

ocorrem por afecções perinatais e doenças infecciosas, indicando falhas no serviço pré-

natal, na atenção obstétrica, no saneamento e na terapia de reidratação oral (ver tabela 1).

Entre as principais causas de hospitalização, encontram-se malária (cerca de 90.000 casos

anuais), enterites e desidratação, problemas que poderiam ser resolvidos a partir de um

acompanhamento precoce e adequado a nível ambulatorial. Chama atenção o fato de

homicídios, fraturas, lesões traumáticas e acidentes aparecerem entre as principais causas

de morte e hospitalização, demonstrando a necessidade de um pronto atendimento e de

mecanismos ágeis de encaminhamento para serviços de urgências, que sejam mais

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resolutivos e melhor equipados, evitando

reabilitadores longos e custosos.

TABELA 1: PRINCIPAIS

Grupo de Causas

Doenças infecciosas e parasitárias

Neoplasias

Doenças do aparelho circulatório

Doenças do aparelho respiratório

Afecções perinatais

Causas externas

Demais causas determinadas

Mal definidas

Total

Fonte: DATASUS,2000

Fonte: DATASUS, 2000.

Gráfico 1: Principais causas de óbito entre crianças menores de 1 ano, Rondônia,

Doenças infecciosas e parasitárias

Doenças do aparelho respiratório

Demais causas determinadas

resolutivos e melhor equipados, evitando-se mortes, seqüelas irreversíveis e tratamentos

reabilitadores longos e custosos.

ABELA 1: PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO ENTRE CRIANÇAS MENORES D

RONDÔNIA, 1997.

Óbitos

Doenças infecciosas e parasitárias 85

1

Doenças do aparelho circulatório 5

Doenças do aparelho respiratório 62

426

7

Demais causas determinadas 120

58

764

Gráfico 1: Principais causas de óbito entre crianças menores de 1 ano, Rondônia, 1997.

Doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias Doenças do aparelho circulatório

Doenças do aparelho respiratório Afecções perinatais Causas externas

Mal definidas

14

se mortes, seqüelas irreversíveis e tratamentos

E CRIANÇAS MENORES DE 1 ANO.

%

11,1

0,1

0,7

8,1

55,8

0,9

15,7

7,6

100

Gráfico 1: Principais causas de óbito entre crianças menores de 1 ano, Rondônia,

Doenças do aparelho circulatório

Causas externas

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15

2.2 A ANÁLISE DE ALGUNS INDICADORES

2.2.1. Mortalidade Geral

Este é um indicador geral, que é muito prejudicado pela presença de variáveis

intervenientes, relacionadas à qualidade dos serviços de registro de dados vitais. Outras

variáveis que afetam este indicador são a composição etária da população e a invasão e

evasão de óbitos. Por estas razões, não é o melhor parâmetro para análise da situação de

saúde, quando visto isoladamente.

Ressalte-se que seu valor varia entre 7 e 10/1.000 habitantes, tanto em países

desenvolvidos como em subdesenvolvidos. Em Rondônia, na série histórica mais recente

disponível, encontramos os seguintes valores:

TABELA 2 - COEFICIENTES DE MORTALIDADE GERAL (POR MIL HABITANTES),

RONDÔNIA, 1986-1994.

Ano Mortalidade Geral

1986 6,4

1987 6,0

1988 5,5

1989 5,6

1990 4,8

1991 4,2

1992 3,9

1993 3,7

1994 3,5

1995 4,0

1996 3,7

1997 3,9

Fonte: DATASUS

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16

Em uma análise superficial, é possível concluir que a mortalidade geral vem

diminuindo, o que indicaria melhoria na saúde da população. No entanto, é exatamente a

partir de 88 que a qualidade dos serviços de saúde começa a declinar de forma mais

sensível, apesar do aumento da capacidade instalada, muito em função da evasão de

profissionais especializados, que retornaram aos seus estados de origem, em busca de

melhores condições de vida e trabalho. Então, talvez esta redução seja o reflexo da piora

geral dos serviços (inclusive os relacionados com as estatísticas vitais, dado que, ao se

considerar os óbitos estimados, a taxa aumenta em 1997 para 5,7/1000 habitantes) e não o

contrário. Isto pode ser afirmado comparando-se o mesmo indicador para outras regiões,

conforme tabela abaixo:

TABELA 3 - MORTALIDADE GERAL PARA ALGUMAS CAPITAIS BRASILEIRAS

(1987) E ALGUNS PAÍSES

LOCAL TAXA

Rio Branco 7,8

Manaus 6,7

Curitiba 6,5

Porto Alegre 7,3

Cuiabá 6,5

Suécia (1985) 10,9

EUA (1984) 8,7

Uruguai (1984) 9,2

Fonte: Rouquayrol (1994)

Grafico 2: Taxa Bruta de Mortalidade

Rondonia, 1986-1997

Fonte: DATASUS

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 19970

1

2

3

4

5

6

7

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Entre as principais causas de óbito registradas, encontram

Tabela 4 - Principais Causas de Óbito (%), Rondônia, 1988

CAUSAS

Doenças infecciosas intestinais

Malária

Neoplasmas malignos

Doença isquêmica do coração

Doença cerebrovascular

Algumas afecções originadas período perinatal

Sinais, sintomas e afecções mal definidas

Acidentes de transporte

Homicídios e lesões intencion.por outr.pessoas

Outras causas definidas

Fonte: DIES/SESAU/RO

9%

Gráfico 4: Mortalidade Proporcional por Causa, Rondônia, 1997.

Causas externas

Demais causas determinadas

Doenças do aparelho respiratório

Entre as principais causas de óbito registradas, encontram-se:

Principais Causas de Óbito (%), Rondônia, 1988-1997.

1988 1989 1990 1991 1992 1993

7,2 6,2 6,7 4,8 3,1 2,6

5,6 4,3 2,6 2,8 1,5 1,0

5,6 5,2 5,7 5,1 5,9 6,2

3,6 3,8 3,4 4,1 3,8 3,2

5,6 5,8 5,4 6,7 6,7 6,5

Algumas afecções originadas período perinatal 10,9 10,8 10,4 8,9 9,5 8,6

Sinais, sintomas e afecções mal definidas 11,1 11,9 14,0 16,6 17,9 17,0

4,9 6,0 5,7 4,8 5,9 5,7

Homicídios e lesões intencion.por outr.pessoas 7,9 8,9 10,0 10,1 9,1 10,3

37,4 37,2 36,1 36,1 36,7 38,9

22%

18%

16%

13%

9%

7%6%

Gráfico 4: Mortalidade Proporcional por Causa, Rondônia, 1997.

Doenças do aparelho circulatório Mal definidas

Neoplasias Afecções perinatais

Doenças do aparelho respiratório Doenças infecciosas e parasitárias

17

1994 1995 1996 1997

2,8 2,3 1,2 1,6

0,9 0,9 0,3 0,2

6,8 6,7 7,7 8,8

3,3 4,1 4,3 8,4

6,1 7,9 7,7 6,5

7,2 6,1 7,2 8,8

16,7 18,4 18,3 15,7

5,1 5,3 6,4 5,9

8,3 6,2 10,9 9,1

42,8 42,0 35,9 34,8

Gráfico 4: Mortalidade Proporcional por Causa, Rondônia, 1997.

Mal definidas

Afecções perinatais

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18

Perceba-se que, nesta série histórica, na maioria dos anos principal causa de morte

das pessoas não foi esclarecida e as causas de óbito ficaram sem diagnóstico. Este é um

indicador de qualidade dos serviços que não pode ser desconsiderado. As afecções

originárias no período perinatal, as diarréias e a malária estão associadas às precárias

condições de vida da população, incluindo aí o acesso e a qualidade dos serviços de saúde,

até mesmo no que se refere à atenção ao parto. Outro fato que chama a atenção é a

importância dos homicídios e acidentes de trânsito no obituário. Estes elementos,

associados com as doenças cerebrovasculares e infarto, indicam a necessidade da

estruturação dos serviços em níveis mais complexos do que se estivéssemos frente apenas

a problemas infecciosos. Isto é, estamos diante de um quadro epidemiologicamente

denominado de Transição Epidemiológica (a convivência de doenças características da

pobreza com aquelas do desenvolvimento).

Quanto à distribuição dos óbitos por idade, dos 4.834 óbitos de 1997, 16,1%

ocorreram em menores de 1 ano. Na faixa etária de 0 a 4 anos, ocorreram 19,5% dos

óbitos. Nas idades entre 15 e 59 anos, ocorreram 42,6% do total de óbitos, em plena idade

produtiva, o que sugere um alto índice de doenças infecciosas além de causas externas. O

índice de Swaroop Uemura (nº de óbitos de 50 anos e mais em relação ao total de óbitos)

para o mesmo ano era de 46,0%, o que coloca Rondônia no 3º nível de saúde. Ressalte-se

que no Canadá, em 1979, este índice era de 84,7%, na Suécia 93,2%, no Chile, em 1980,

68,6% e, em 1979, São Paulo apresentava 51,6%. Este é um bom indicador do nível de

saúde de uma dada população, uma vez que relativiza o peso dos óbitos entre jovens e

velhos. O ideal seria atingir 100%, isto é, apenas pessoas com mais de 50 anos comporem

o obituário.

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2.2.2. Mortalidade Infantil

O coeficiente de mortalidade infantil, isto é, a relação entre o número de óbitos

entre menores de um ano e o número de nascidos vivos, é um indicador sensível do nível

de vida e de saúde de uma dada população. A morte em menores de um ano é influenciada

de maneira direta por condições de saneamento, nutrição, educação, habitação, assistência

ao pré-natal e ao parto, estando ligado diretamente às condições sócio-econômicas da

população. De acordo com a Tabela 1, a principal causa de morte neste grupo

populacional é a precariedade da assistência ao pré-natal e ao parto, denunciada pela

contribuição de problemas perinatais no obituário. Infecções intestinais delineiam

claramente a precariedade das condições sócio-econômicas, de habitação, saúde e

saneamento. Sinais, Sintomas e Afecções Mal Definidas demonstram a precariedade da

elucidação diagnóstica bem como o alto índice de óbitos sem assistência médica. As

carências nutricionais do menor de 1 ano denunciam ainda a carência de nutrição materna e

a inexistente educação em saúde, que deveria despertar a consciência da necessidade da

amamentação materna.

Outro dado que importante são os óbitos por septicemia, que evidenciam a má

assistência médica prestada à este grupo etário e, conseqüentemente, à população de modo

genérico. Fato que desperta a curiosidade é o comportamento deste indicador, conforme

pode ser visto na Tabela 5 e no gráfico 4:

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20

TABELA 5 - COEFICIENTES DE MORTALIDADE INFANTIL CALCULADO E ESTIMADO,

RONDÔNIA, 1988-1994.

Ano CMI Calculado CMI Estimado

1989 55,7 44,44

1990 48 41,96

1991 40,8 40,01

1992 24,9 38,52

1993 16,2 37,37

1994 25,3 36,51

1995 26,5 35,86

1996 19,6 35,38

1997 25,4 35,02

1998 nd 34,76

Fonte: DATASUS

Coeficiente de Mortalidade InfantilRondonia, 1989-1998.

Fonte: DATASUS

1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 19980

10

20

30

40

50

60

CMI Calculado CMI Estimado

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21

Não é difícil perceber que algum evento ocorreu a partir do ano de 1991. Este

coeficiente é muito sensível tanto a medidas gerais como a específicas. Seguramente não

ocorreu nenhum evento significativo, do ponto de vista da melhoria das condições

sanitárias da população, a ponto de praticamente reduzi-lo pela metade entre um ano e

outro. Se medidas como reidratação oral, incentivo à amamentação, ampliação das

coberturas vacinais, ampliação do abastecimento da população com água tratada e com

esgoto, tivessem sido adotadas, poderia se pensar que tal redução fosse verdadeira. Como

tal não ocorreu, só nos resta inferir que houve uma brutal queda na qualidade dos registros.

Outro fato que indica má qualidade do dado é a proporção de óbitos masculinos e

femininos nesta faixa etária. Normalmente há cerca de 1028 óbitos masculinos para 1000

femininos. Em 1992, esta proporção foi de 1223 óbitos masculinos para 1000 femininos.

Ressalte-se que o Chile, em 1980, apresentava 33/1000, o Uruguai 37,5/1000 e Portugal

26/1000 n.v.

2.2.3. Algumas Considerações sobre Malária

No ano de 1999 ocorreram 49.632 casos de malária, sendo o Índice Parasitário

Anual (IPA) de 51,30 lâminas positivas para cada 1000 habitantes. Dos municípios do

estado, conforme mapa 2 a seguir, 25% são considerados de risco muito alto, com IPA

acima de 100. Os demais encontram-se classificados como alto (10%), médio (13%) e

baixo risco (52%). Estão entre os de risco muito alto e alto os municípios de Porto Velho,

Ariquemes, Machadinho, Monte Negro, Candeias, Campo Novo, Buritis, Cujubim, Vale

do Anary, Alto Paraíso, Itapuã D’Oeste, Rio Crespo, Cacaulândia, Theobroma, Nova

Mamoré, São Francisco, Costa Marques e Guajará Mirim. Entre os de médio risco estão

Urupá, Vale do Paraíso, Governador Jorge Teixeira, Seringueiras, Chupinguaia, Alvorada

D’Oeste e São Miguel. Os demais estão classificados como de baixo risco, mas sob

vigilância, pois a endemia pode recrudescer.

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MAPA 2 - DISTRIBUIÇÃO DA MALÁRIA NO ESTADO, POR NÍV EIS DE RISCO,

RONDÔNIA, 1999.

N.MamoreBuritis

Porto Velho

C.Novo

G.Mirim

C.Marques

Ariquemes

Candeias

A.ParaisoR.Crespo

Jamary

Cacaul.M.Negro

M.Serra

G.J.Teix.

S.Miguel

S.Francisco

Sering.

A.Floresta

Machadinho

Theobroma

V.Anary

Cujubim

O.PretoN.Uniao

V.Paraiso

JaruJi-Parana

P.Medici

Alvorada

Teixeirop.Urupa

N.Brasil.Castanheira

Cacoal

M.Andreazza

E.Doeste

N.Horizonte

S.Luzia

R.Moura

Parecis

Primavera

S.Felipe P.Bueno

Cabixi

A.Alegre

Pimenteiras

Cerejeiras

Corumbiara

Vilhena

Colorado

Xupinguaia

No gráfico 6 pode ser acompanhada a evolução do número de casos de malária

entre 1987 e 1999, além da contribuição de cada uma das formas parasitárias. Já no

gráfico 7 pode-se observar o comportamento dos óbitos por malária em Rondônia. Sua

queda indica, provavelmente, que as medidas de diagnóstico e tratamento estão sendo

melhor desenvolvidas, além, evidentemente, de uma redução nos números da endemia.

IPA 1999

893,8670,4447,0223,5

0

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Nos próximos gráficos, pode-se acompanhar a evolução da letalidade e dos óbitos

ocorridos por malária no Estado, entre 1987 e 1994. A redução da letalidade por malária é

atribuída, não à redução da gravidade da doença, mas ao fato de que os municípios

começaram a investir na sua rede, descentralizando ações de diagnóstico e tratamento,

especialmente no que se refere ao atendimento médico.

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

Ca

sos

Anos

Gráfico 6: Distribuição dos casos de malária, Estado de Rondônia, 1987-1999

Positivas Falcíparum

Grafico 7: Obitos por MalariaRondonia, 1980-1997

Fonte: DATASUS

80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97

Ano

0

50

100

150

200

250

300

350

Grafico 8: Letalidade por Malaria (por 10.000 habitantes)

Rondonia, 1980-1997

Fonte: DATASUS

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

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24

2.2.4 Alguns indicadores de serviço

As tabelas a seguir mostram a distribuição da rede do Sistema Único de Saúde

(pública e privada conveniada). Esta é numericamente importante, mas com graves

problemas de estruturação e funcionamento, especialmente no que se refere ao quadro de

recursos humanos, principalmente quanto ao pessoal de nível superior. Isto tanto em

termos quantitativos (na maioria dos municípios) como em termos de adoção de programas

treinamento e educação continuada.

Tabela 6: Rede Ambulatorial do SUS - Unidades segundo Regional Saúde e Tipo de

Unidade, abril de 2000.

Tipo Unidade SESAU I DRS II DRS III DRS Total

Posto de Saúde 184 215 178 60 637

Centro de Saúde 29 29 13 18 89

Policlínica 6 2 1 1 10

Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 12 9 6 3 30

Ambulatório de Unidade Hospitalar

Especializada 1 1 1 0 3

Unidade Mista 10 9 5 1 25

Unidade Móvel Fluvial/Marítima 1 0 0 0 1

Clínica Especializada 7 4 1 0 12

Centro/Núcleo de Reabilitação 0 0 3 0 3

Outros Serviços Auxiliares de Diagnose e

Terapia 17 9 8 1 35

Unidade Móvel Terrestre p/ Atendimento

Médico/Odontológico 2 0 0 1 3

Farmácia para Dispensação de Medicamentos 1 0 0 0 1

Unidade de Saúde da Família 19 10 9 5 43

Unidades não especificadas 11 13 12 4 40

TOTAL 300 301 237 94 932

Fonte: DATASUS

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Tabela 7: Rede Hospitalar do SUS distribuída conforme Regime e Regional de Saúde.

Hospitais Leitos

Públicos Privados Total Públicos Privados Total

TOTAL 60 28 88 2.420 915 3.335

I DRS 17 11 28 571 357 928

II DRS 14 8 22 435 190 625

III DRS 8 2 10 308 43 351

SESAU 21 7 28 1.106 325 1.431

Fonte: DATASUS

Considerando a população atual, temos 2,7 leitos por cada mil habitantes (mapa 4).

Esta rede é numericamente importante, com a possibilidade de cobrir, em termos de

atendimentos, consultas e internações, em torno de 70% das necessidades da população.

Mas existem postos fechados, serviços mal equipados, falta de recursos humanos

adequados, especialmente médicos, falta de insumos básicos, baixa resolutividade e

disponibilidade. Com isto, a população encontra-se com um de seus direitos de cidadania

cerceado: o do acesso aos serviços. Como exemplo disto, apenas entre 50 e 80% das

crianças menores de 1 ano foram vacinadas para os agravos mais importantes e passíveis

de prevenção nesta faixa.

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MAPA 4 - NÚMERO DE LEITOS POR MIL HABITANTES - ROND ÔNIA, 1996.

N.MamoreBuritis

Porto Velho

C.Novo

G.Mirim

C.Marques

Ariquemes

Candeias

A.ParaisoR.Crespo

Jamary

Cacaul.

M.Negro

M.Serra

G.J.Teix.

S.Miguel

S.Francisco

Sering.

A.Floresta

Machadinho

Theobroma

V.Anary

Cujubim

O.PretoN.Uniao

V.Paraiso

Jaru

Ji-Parana

P.Medici

Alvorada

Teixeirop.

Urupa

N.Brasil.Castanheira

Cacoal

M.Andreazza

E.Doeste

N.Horizonte

S.Luzia

R.Moura

Parecis

Primavera

S.Felipe P.Bueno

Cabixi

A.Alegre

Pimenteiras

Cerejeiras

Corumbiara

Vilhena

Colorado

Xupinguaia

Os conselhos de saúde, previstos em legislação específica do setor, e que

constituem o aspecto mais inovador e potencialmente capaz de introduzir mudanças na

gerência e controle dos serviços prestados à população, são incipientes e, na maioria das

vezes, controlados pelos prefeitos, acabam por se tornar mera etapa burocrática para o

repasse de recursos do nível federal para o estado e municípios.

Estes aspectos poderiam ser revertidos, especialmente contando com vontade

política para tal, com a mudança do atual modelo assistencial e com a alocação de um bom

quadro de recursos humanos. Observa-se que os investimentos em construção, reforma e

equipamento de unidades de saúde, não têm sido, sozinhos, capazes de reverter o quadro

sanitário atual. Além disto, embora quantitativamente importante, do ponto de vista

qualitativo e em termos de composição por faixa profissional, os recursos humanos da área

necessitam de investimentos para sua adequação. Especialmente no que se refere a

profissionais médicos. Há no estado 611 médicos em atividade, distribuídos nos diversos

municípios (mapa 5). Ressalte-se que 17 municípios não têm nenhum médico, onze deles

têm apenas um, sete têm somente dois e 307 dos médicos estão em Porto Velho.

Leitos/1000 hab.

5,013,762,511,250,00

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MAPA 5 - NUMERO DE MÉDICOS POR MUNICÍPIO, RONDÔNIA, 2000

N.MamoreBuritis

Porto Velho

C.Novo

G.Mirim

C.Marques

Ariquemes

Candeias

A.ParaisoR.Crespo

Jamary

Cacaul.

M.Negro

M.Serra

G.J.Teix.

S.Miguel

S.Francisco

Sering.

A.Floresta

Machadinho

Theobroma

V.Anary

Cujubim

O.PretoN.Uniao

V.Paraiso

Jaru

Ji-Parana

P.Medici

Alvorada

Teixeirop.

Urupa

N.Brasil.Castanheira

Cacoal

M.Andreazza

E.Doeste

N.Horizonte

S.Luzia

R.Moura

Parecis

Primavera

S.Felipe P.Bueno

Cabixi

A.Alegre

Pimenteiras

Cerejeiras

Corumbiara

Vilhena

Colorado

Xupinguaia

Fonte: CRM/RO

O número de médicos por habitantes pode ser observada no mapa 6, a seguir. A

concentração maior destes profissionais se dá em Porto Velho, onde está a rede de

referência estadual dos serviços de saúde, tanto pública como privada.

Número de Médicos

100 a 321 (1)50 a 100 (1)30 a 50 (3)20 a 30 (1)10 a 20 (4)

5 a 10 (4)3 a 5 (4)2 (4)1 (13)0 (17)

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MAPA 6 - NÚMERO DE MÉDICOS PARA CADA 1000 HABITANTE S,

MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2000.

N.MamoreBuritis

Porto Velho

C.Novo

G.Mirim

C.Marques

Ariquemes

Candeias

A.ParaisoR.Crespo

Jamary

Cacaul.

M.Negro

M.Serra

G.J.Teix.

S.Miguel

S.Francisco

Sering.

A.Floresta

Machadinho

Theobroma

V.Anary

Cujubim

O.PretoN.Uniao

V.Paraiso

JaruJi-Parana

P.Medici

Alvorada

Teixeirop.

Urupa

N.Brasil.Castanheira

Cacoal

M.Andreazza

E.Doeste

N.Horizonte

S.Luzia

R.Moura

Parecis

Primavera

S.Felipe P.Bueno

Cabixi

A.Alegre

Pimenteiras

Cerejeiras

Corumbiara

Vilhena

Colorado

Xupinguaia

Fonte: CRM/RO

Considerando somente os leitos existentes no Sistema Único de Saúde, a proporção

de leitos por médico pode ser observada no mapa 7.

MAPA 7 - NÚMERO DE LEITOS POR MÉDICO, RONDÔNIA, 199 7.

N.MamoreBuritis

Porto Velho

C.Novo

G.Mirim

C.Marques

Ariquemes

Candeias

A.ParaisoR.Crespo

Jamary

Cacaul.

M.Negro

M.Serra

G.J.Teix.

S.Miguel

S.Francisco

Sering.

A.Floresta

Machadinho

Theobroma

V.Anary

Cujubim

O.Preto

N.Uniao

V.Paraiso

Jaru

Ji-Parana

P.Medici

Alvorada

Teixeirop.

Urupa

N.Brasil.Castanheira

Cacoal

M.Andreazza

E.Doeste

N.Horizonte

S.Luzia

R.Moura

Parecis

Primavera

S.Felipe P.Bueno

Cabixi

A.Alegre

Pimenteiras

Cerejeiras

Corumbiara

Vilhena

Colorado

Xupinguaia

Fonte: CRM/RO

Médicos/1000 hab.

1,020,770,510,260

Leitos/Médico

60 a 100 (1)30 a 40 (1)20 a 30 (3)10 a 20 (14)4 a 10 (11)2 a 4 (2)0 a 2 (20)

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Quando se observa o que vem acontecendo com os médicos do estado, do ponto de

vista numérico, conclui-se que estes profissionais estão oscilando muito ano a ano. Na

tabela e no gráfico a seguir, pode-se acompanhar este comportamento.

Tabela 8: Comportamento da população médica, Rondônia, 1992-1996.

Ano Inscritos Transferidos Médicos em atividade

1992 40 42 594

1993 56 34 592

1994 72 52 614

1995 72 48 634

1996 48 32 650

Fonte: CRM/RO

Ressalte-se que, embora em 1996 houvesse 650 médicos no estado, em março de

1997 este número reduziu-se para 611. E, em maio de 2000, o número de médicos com

registro no CRM/RO era de 645.

19921993

19941995

19961997

560570580590600610620630640650

Núm

ero

AnoFonte: CRM/RO

Gráfico 9: Evolução da População Médica, Rondônia, 1992-1997

Não se pensa que o Curso de Medicina, isoladamente, será capaz de reverter todo

este quadro. Nem mesmo o de oferta de médicos para o Sistema Único de Saúde do

Estado. No entanto, é socialmente injusto cercear o direito ao acesso a esta profissão de

cidadãos moradores nesta região da Amazônia. É importante ressaltar que, entre Cuiabá

(sede mais próxima de um curso médico, com acesso por terra) e Porto Velho há mais de

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1.500 Km. E entre Porto Velho e Manaus, há uma distância aproximada de 3 dias de

navegação no Rio Madeira, em épocas de cheias na Amazônia.

Medidas ligadas à criação do Curso resultarão obrigatoriamente em melhoria na

organização e na estruturação dos serviços de saúde oferecidos, o que, certamente, trará

impactos nos riscos de adoecer e morrer da população. A proposta é criar um curso

voltado para a Saúde da Comunidade, com intensa vinculação com as características

epidemiológicas regionais. Além disto, não se pretende que o curso, em seu ciclo

profissionalizante, seja desenvolvido em uma ou duas unidades de saúde, como por

exemplo, nos hospitais de referência estadual. A proposta é que unidades que se

destaquem do ponto de vista da prestação dos serviços e da capacidade de absorção de

atividades acadêmicas, independente do município onde elas estejam localizadas, sejam

utilizadas como locais destinados para a formação profissional. Neste sentido, contamos

com a cooperação o Centro de Medicina Tropical (CEPEM), que possui unidades de

pesquisa e serviço em municípios do interior do Estado e também com unidades de saúde

de média complexidade em vários municípios. Isto tudo contribuirá, de forma

significativa para a melhoria das condições de saúde da população e, como ganho direto

do curso, para a fixação de profissionais médicos na região.

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3 – PERFIL DO MÉDICO FORMADO PELA UNIR

É esperado que o médico formado pela UNIR apresente, ao concluir seu curso,

características básicas comuns aos profissionais formados no país, além de características

especiais, dadas as especificidades locais, que interferirão em sua formação.

3.1 – Características Básicas:

• conhecimento do método científico, inclusive o da investigação clínica;

• treinamento em pesquisa através de programa de iniciação científica;

• conhecimento das bases da medicina molecular e celular;

• conhecimento da estrutura e função de órgãos, sistemas e aparelhos que permita

acompanhar processos fisiológicos e de doença;

• entendimento crítico de princípios diagnósticos e terapêuticos que possibilite o

exercício profissional baseado na melhor evidência médico-científica;

• competência para diagnosticar, tratar e orientar portadores das doenças mais

prevalecentes, reconhecendo os limites de sua ação;

• adquirido habilidades básicas específicas da profissão;

• compreensão das dimensões biológica, psicológica, social assim como individual e

populacional do processo saúde-doença;

• conhecimentos básicos de promoção da saúde e prevenção da doença;

• conhecimento teórico e prático em gestão na área de saúde;

• capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;

• competência para desempenho profissional ético.

3.2 – Características Especiais:

• competência especial para atuação em programas de Medicina Comunitária, como

os Programas de Saúde da Família e o de Agentes Comunitários de Saúde;

• capacidades especiais para atuação quanto aos processos determinantes e junto aos

portadores e de doenças endêmicas prevalentes da região.

4. CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS OPÇÕES PEDAGÓGICAS

Durante quase 80 anos e ainda como reflexo das recomendações do relatório

Flexner (EUA, 1910), o ensino médico em nosso país e na América Latina como um todo,

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teve sua base centrada no modelo biomédico, atenção hospitalar, sem integração com

serviços de saúde e pouca ênfase à promoção da saúde e prevenção de doenças. As

mudanças curriculares ocorridas limitaram-se, em sua maioria, à incorporação de novas

disciplinas que visavam responder à ampliação do conhecimento e aos avanços da ciência

da saúde.

As propostas de medicina comunitária das décadas de 50 e 60, que se

iniciaram também nos EUA, desencadearam a formulação de novos programas de ensino

que tinham como objetivo principal a aproximação com a comunidade e favorecem,

também, criação dos departamentos de medicina preventiva, inclusive no Brasil. Surgem

então as experiências de centros de saúde-escola destinados à assistência de pequenas

localidades e, ainda que representassem um avanço naquele momento, muitas dessas

experiências desenvolveram-se desintegradas do sistema de saúde, periféricas em relação

à universidade e isoladas. Não conseguiram modificar significativamente o perfil do

profissional, contribuindo pouco para a construção de modelos inovadores de atenção à

saúde. Na década de 70, surgem os projetos da área materno-infantil, alguns associados à

medicina preventiva, muitos deles financiados por agências internacionais e apoiados pela

Organização Panamericana de Saúde, que se somaram às experiência dos centros de

saúde-escola, porém não determinaram mais do que conquistas pontuais e localizadas. Na

década de 80, as propostas de Integração Docência/Assistência influenciadas pelas

mudanças do setor saúde e criação do Sistema Único de Saúde (SUS), passam a

considerar uma atuação em sistemas locais, gestão integrada com serviços e comunidade,

com área geográfica definida, questionando a falsa dicotomia entre cura e prevenção.

Outros desafios que se colocavam naquele momento era o envolvimento da universidade

como um todo, incluindo as áreas clínicas, assim como a atuação em experiências

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33

multiprofissionais e interdisciplinares. Estes desafios ainda estão presentes até os dias de

hoje.

A graduação deve possibilitar o exercício competente da profissão em qualquer

nível do sistema de saúde (primário, secundário e terciário). Daí a necessidade de buscar

criar competências relativas não só à clínica, mas também as relativas à pesquisa, à

administração dos serviços, à relação interpessoal com pacientes e outros membros de

uma equipe de saúde.

O conhecimento epidemiológico deverá estar na base da seleção dos conteúdos

programáticos, adotando como critério a relevância para a solução dos problemas de

saúde.

A superação da tradicional separação entre os ciclos básico e profissional, que

favorece a interpretação de que a ciência é apenas pré-requisito e não parte integrante da

Medicina Clínica, é um desafio constante e que deve ser enfrentado, através da articulação

das diferentes disciplinas ao longo do curso. Para propiciar uma formação básica

avançada contar-se-á com professores convidados de outras instituições, que oferecerão

cursos dentro de módulos específicos, na forma de disciplinas eletivas. Buscar-se-á fazer

com que ações clínicas de natureza preventiva e de promoção à saúde sejam incorporadas

às atividades habituais dos profissionais. Serão priorizadas atividades curriculares

regulares e obrigatórias que permitam a interação de professores e alunos com ambientes

de ensino/aprendizagem, pesquisa e assistência.

Quanto aos métodos de ensino a serem utilizados, é importante considerar três

aspectos: a diversificação dos locais de ensino/aprendizagem; o treinamento em serviço e

as experiências de aprendizagem em equipes multiprofissionais.

Em todo o curso, mas principalmente nas atividades práticas, deverá predominar a

experiência de aprendizagem, isto é, a interação do aluno com o meio ambiente. O aluno

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aprende o que ele próprio faz ou descobre, não o que faz ou ensina o professor. O

princípio da participação ativa dos alunos indica como adequado o método de resolução

de problemas e a participação dos alunos em projetos de investigação científica.

No Estado há núcleos urbanos importantes para a irradiação do atendimento à

população, que foram historicamente construídos. Estes núcleos constituem, hoje, pólos

capacitados a prestar assistência especializada e são potenciais estruturas

descentralizadas para participar do processo de formação, ao longo da graduação.

Estágios rurais obrigatórios e eletivos serão oferecidos nos núcleos hoje vinculados ao

Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (CEPEM) e aos principais municípios do

Estado. Estes serão credenciados a partir de critérios acadêmicos e técnicos pré-definidos

e contarão com professores e/ou orientadores selecionados e contratados especialmente

para o acompanhamento das atividades desenvolvidas.

Visando a formação de um médico com pensamento crítico e criatividade,

educado para a cidadania e para a participação plena na sociedade, algumas estratégias

serão priorizadas no currículo:

• Tempo pró-aluno (um período por semana, que deverá ser ampliado gradativamente

com o envolvimento do aluno no processo de auto-aprendizagem e acompanhamento

tutorial docente);

• Criação de um elenco de disciplinas eletivas com o intuito de promover maior

flexibilização do currículo;

• Integração e compatibilização das disciplinas. São importantes e necessárias

integrações horizontais “básico-básicas” e clínico-clínicas” e adotar estratégias de

integração vertical “básico-clínico” buscando promover a relação tranversal “ciências

médicas – ciências sociais” “medicina – gestão” e “medicina – engenharia”;

• Introdução dos recursos de informática no ensino e nas habilidades;

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Os eixos estruturadores da organização curricular serão:

f) a construção do conhecimento, da vida em sociedade, do processo de produzir saúde e

doença e a subjetividade do adoecer, buscando estabelecer relações entre o coletivo e o

individual e trazer visões interdisciplinares para os problemas;

g) prática precoce, ampliada, nos diversos níveis de complexidade tecnológica, orientadas

por problemas em áreas adscritas. Será incorporado o currículo complementar na

estrutura curricular, de forma planejada e com orientação. O aluno será estimulado a

aprender pela prática orientada;

h) professores acompanharão e orientarão grupos de alunos em comunidades e unidades

de saúde. Será oferecido um professor com o qual os alunos possam interagir e se

identificar na formação profissional, nos aspectos técnicos e éticos;

i) supervisão psicopedagógica: professores e alunos serão supervisionados por equipe

interdisciplinar para discussão das práticas pedagógicas e dos conflitos em grupo,

auxiliando a formação de equipe, estimulando a solidariedade e a construção coletiva.

Haverá supervisão em tarefas específicas que demandem conhecimento técnico;

j) buscar-se-á construir um processo de avaliação permanente que, conjugado com as

formas tradicionais de avaliação, possam dar conta do desempenho cognitivo e ético do

aluno e dos grupos.

A ênfase do curso será a integração ensino-assitência. Desta forma, o aluno será

envolvido em tarefas e atividades que propiciem o aprender-fazendo, dentro das

possibilidades e potencialidades da instituição e do sistema de saúde local.

Através da integração dos alunos aos diversos programas implantados no Estado

(PACS, PSF, Vivas para Brincar, Redução da Mortalidade Materna, entre outros) e ao

Centro de Estudos em Saúde do Índio, serão desenvolvidas atividades complementares

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àquelas do período letivo. Serão incentivados a participar de encontros, jornadas e

congressos, na medida das possibilidades da instituição. Também serão estimulados a

participar de projetos de pesquisa em desenvolvimento.

O curso enfatizará os principais problemas e agravos de saúde da população,

orientando os alunos sobre a importância de sua atuação e fixação na região, onde

prevalecem vazios sanitários e populações cronicamente desassistidas.

A UNIR contará, para o desenvolvimento do curso e adequação curricular, com

o apoio de instituições nacionais de renome, com as quais já firmou acordos de

cooperação, como a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo,

Universidade de Brasília e Universidade de São Paulo, especialmente através do Instituto

de Ciências Biológicas.

Será um curso em regime integral, obedecendo o sistema de créditos adotado

pela UNIR e com o oferecimento de 40 vagas ao ano.

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5 – ESPECIFICIDADES DA FORMAÇÃO MÉDICA:

5.1 – IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS BÁSICAS NA GRADUAÇÃO

EM MEDICINA

Uma definição abrangente de um graduado em Medicina engloba, além do seu

treinamento nos princípios e práticas da Medicina, o seu vasto conhecimento das ciências

biológicas, desde os eventos moleculares até a fisiologia do organismo como um todo,

com um especial apreço pela vida humana e as necessidade das pessoas em sofrimento.

Além disto, não pode desprezar a influência da sociedade moderna e da estrutura social na

vida das pessoas.

O programa desenvolvido nos módulos “Bases da Medicina Celular e

Molecular” e “Bases Morfológicas de Medicina” visam introduzir o aluno de Medicina à

dinâmica dos aspectos morfológicos e moleculares numa abordagem que envolve o

conhecimento do corpo humano numa leitura vertical de seus processos biológicos.

Assim, analisamos os processos vitais que ocorrem no corpo humano como um todo, a

participação integrada dos órgãos e tecidos que o compõem, a fisiologia e desempenho

das células que integram os vários sistemas, e a dinâmica das moléculas que constituem

os processos celulares.

Embora os princípios das chamadas ciências básicas e seus processos devam

ser vistos de forma global, é muitas vezes importante para o médico se aprofundar em

alguns aspectos, para obter um avanço qualitativo no sentido de ampliar as fronteiras da

Medicina. Hoje, o conhecimento deve sempre ser visto como um processo contínuo de

aprendizado e não como um repositório de informações. As ciências biomédicas são

fundamentais para a compreensão das doenças, a realização de diagnósticos, o

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desenvolvimento de novas terapias e o entendimento da complexidade das novas

abordagens terapêuticas.

Estamos nos aproximando de uma era onde os agentes farmacoterápicos não

são mais meros produtos de química orgânica, mas freqüentemente produtos de origem

biológica. Alguns desses são isolados da natureza, outros são desenvolvidos pela

tecnologia do DNA recombinante. Nenhum médico pode utilizar essas novas classes de

agentes sem uma completa compreensão de seu significado, bem como de seus efeitos

colaterais potenciais.

A pesquisa biológica está numa fase exponencial de produção de

conhecimento, motivada pela percepção inovadora de uma unidade básica, comum a todas

formas de vida. Hoje, a chave para um problema envolvendo células neuronais, pode

residir em pesquisas sobre fungos, anfíbios ou moscas. As ciências moleculares estão nos

mostrando como reconhecer e explorar tais conexões e estão nos levando a refletir sobre

as origens ancestrais de todos os componentes que nos constituem. Pesquisando a

biologia celular ficamos maravilhados com a variedade sem fim de sistemas vivos ou com

a similaridade fundamental dos mecanismos com os quais as células operam. O desafio

ao se estruturar um curso com esse enfoque é o de selecionar os conceitos fundamentais, a

pertinência dos temas abordados e a adequação da profundidade para o graduado em

Medicina.

Devemos levar em conta que o conhecimento tem mudado rapidamente e

novos conceitos tem emergido. Assim, a dificuldades reside em sumariar os novos fatos,

pois muitos novos fatos podem mudar muito pouco nossa visão das células, enquanto

alguns poucos podem transformar todo o quadro.

Reconhecendo que é impossível abranger toda a área de conhecimento

optamos por estabelecer uma diretriz geral de biologia celular e molecular que transcende

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áreas específicas como por exemplo bioquímica, biofísica, microbiologia, imunologia,

entre outras.

O curso deverá ser estruturado levando em consideração os avanços recentes

do cerne da biologia celular e molecular. Os novos conceitos da função e estrutura das

diferentes organelas, da interação celular e formação de tecidos e órgãos, do

desenvolvimento celular, das proteínas como moléculas código, de como os compostos

operam e se distribuem entre as diferentes partes da célula, de análise computacional, de

tecnologia do DNA recombinante, da ação de hormônios e drogas à nível molecular, das

bases moleculares das doenças, da diversidade genética dos anticorpos do papel dos

diferentes tipos de linfócitos, dos mecanismos da adesão a invasão de patógenos, do

câncer, são alguns dos temas abordados.

O objetivo do curso de Medicina é dar ao estudante os principais fundamentos

para firmar um alicerce sólido, sobre o qual o aluno possa continuamente construir novas

estruturas, e eventualmente reformulá-la. É desejável que esse processo dinâmico do

conhecimento seja contínuo, fazendo com que o médico profissional sempre incorpore à

estrutura que ele mesmo construiu durante a graduação, as experiências profissionais e

pessoais adquiridas no decorrer de sua vida.

A preocupação durante o ensino básico é ajudar na formação de um médico

com conhecimento científico sólido, sem esquecer entretanto que o bom médico – aquele

que os pacientes procuram – deve combinar técnicas científicas com compaixão e

responsabilidade social. Desde o primeiro ano, busca-se ensinar ao aluno as

responsabilidades e qualidades humanísticas do “bom médico” que envolve ajuda ao

paciente:

• No sofrimento;

• Na doença;

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• Na envelhecimento;

• Nas interações com a família;

• Na interação com outros profissionais da área de saúde.

Assim, no ciclo básico foram integrados os conhecimento de:

• Biofísica, Bioquímica, Biologia Molecular, Farmacologia, Físico-Química, Fisiologia,

Imulonogia, Microbiologia, Parasitologia, Psicobiologia no bloco das “Bases da

Medicina Celular e Molecular”.

• Anatomia Descritiva, Anatomia Patológica, Biologia Celular, Embriologia, Histologia

no bloco das “Bases Morfológicas da Medicina”.

• Bioestatística, Epidemiologia, Práticas Hospitalares de Enfermagem, Psicologia

Médica, Antropologia Médica, Filosofia e Sociologia no bloco “Medicina, Paciente e

Sociedade”.

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5.2 – O ENSINO DA CÍNICA MÉDICA

Este ensino desenvolve-se da 3ª à 6ª séries do curso de Medicina em dois

ciclos que alternam análise e síntese. Os 40 alunos, divididos em turmas de 8 alunos (3ª e

4ª séries) ou 5 alunos no Internato (5ª e 6ª séries) passam pelas diferentes disciplinas

(análise) assim como por ambulatórios, enfermarias gerais e pronto-socorro (síntese). Os

dois ciclos desenvolvem-se não apenas nas unidades ambulatoriais de referência

(municipais) e no Hospital de Base Ary Pinheiro e no Centro de Medicina Tropical.

Na 3ª e 4ª séries será desenvolvido o ensino da semiologia (16 semanas) e dos

seguintes módulos (rodízio de 5 semanas em cada módulo): sistema urinário, aparelho

respiratório, aparelho digestório, sistema nervoso, saúde comunitária e clínica médica.

Este ciclo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas onde o aluno aprende a atender

o paciente.

No Internato (com duração de 2 anos) o aluno, sob supervisão docente, atende

pacientes nas enfermarias e ambulatórios da diferentes disciplinas (5ª série, análise) ou

nas enfermarias gerais e pronto socorro (6ª série, síntese).

A carga horária total de cada aluno é de aproximadamente 2000 horas, não

contabilizados os plantões.

O ensino da Clínica tradicionalmente se caracteriza pelo forte desenvolvimento e individualização das disciplinas. No entanto, tem-se claro que o paradigma na educação clínica mudou nas últimas décadas:

De Para

Enfermaria Ambulatório Diagnostico e tratamento Prevenção e bem estar Blocos (ciclos) Continuidade Departamento Multidisciplinar Disciplina Interdisciplinar Indivíduo População

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5.3 – OBJETIVOS DO ENSINO DE PEDIATRIA NO CURSO MÉDICO

O objetivo geral do ensino de pediatria na graduação do curso médico é

capacitar o aluno para diagnóstico e tratamento das patologias mais freqüentes da criança

em diferentes serviços de saúde – unidades básicas, enfermaria geral, emergência, sala de

parto, bem como reconhecimento das situações que exijam o encaminhamento para

especialistas e/ou serviço de maior complexidade. O aluno, no final do curso, deverá

também ter uma compreensão da estrutura do Sistema Único de Saúde, da organização

dos serviços e da fundamentação dos programas com base em critérios epidemiológicos,

assim como do papel profissional de saúde, em sua missão maior que é a assistência

integral, com bases humanitárias, alívio do sofrimento e a atuação na promoção da saúde,

prevenção de doenças, cura e reabilitação.

Estratégias

3ª série – Módulo I: Semiologia, Ética e Atitudes

Neste módulo, desenvolvido em conjunto com a Disciplina de Clínica

Médica, Diagnóstico por Imagem, Nutrição, Bioética e Informática, o objetivo principal é

capacitar o aluno para a realização da consulta pediátrica, considerando as características

da faixa etária (zero a 19 anos). Os objetivos específicos incluem:

• Capacitar o aluno para a realização da anamnese, exame físico geral e

específico;

• Capacitar o aluno para a avaliação do crescimento e desenvolvimento da

criança e adolescente;

• Capacitar o aluno para a elaboração sistematizada de hipóteses

diagnósticas.

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O curso desenvolve-se com carga horária de 44 horas, sendo 50% de

atividades teóricas e 50% de atividades práticas (ambulatório, enfermaria e Pronto

Socorro), com alunos divididos em pequenos grupos de (cinco).

3ª série/4ª série

Módulos: Bases da Medicina por Sistemas e Aparelhos (BMSA)

A Pediatria participa de sete dos treze módulos que são desenvolvidos na 3ª e

4ª série. Os seis módulos dos quais não há participação de disciplinas e/ou setores de

Pediatria, referem-se a módulos cujos conteúdos de atenção pediátrica são abordados por

outros departamentos (Dermatologia, Otorrino, Psiquiatria) ou são abordados no internato

devido a uma melhor adequação do tema e/ou especificidade (Endocrinologia,

Reprodutor) ou, ainda, não têm a ver com a Pediatria (Clínica Médica).

Os conteúdos da atenção pediátrica são desenvolvidos, integrante às demais

disciplinas, com cargas horárias de 10 a 20 horas, em média, nos seguintes módulos –

Locomotor (Reumato e Hemato), Sistema Urinário, Cárdio-circulatório, Respiratório,

Digestório, Nervoso e Atenção Integral à Saúde da Mulher e da Criança (neste módulo a

Pediatria conta com 40 horas). Serão grupos com no máximo 8 alunos, permitindo o

desenvolvimento de estratégias educacionais mais participativas. Cada módulo terá a

duração de 5 semanas. Os objetivos da Pediatria, nestes módulos, incluem a capacitação

do aluno para o reconhecimento das principais patologias pediátricas no que se refere ao

conceito, epidemiologia, etiologia, fisiologia, quadro clínico, diagnóstico (clínico e por

exames subsidiários). Esta carga horária será distribuída entre atividades teóricas (50%) e

atividades práticas (50%) em ambulatórios, enfermarias e centro de saúde.

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Deve-se destacar a importância dos Centros de Saúde do Município de Porto

Velho que desempenharão um papel fundamental, na 4ª série, como campo de prática nas

áreas básicas – clínica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, o que permitirá o

estabelecimento de correlações entre a assistência individual e coletiva no que se refere à

definição de prioridades na organização e nos programas de saúde voltados para essas

áreas. Será possível aprimorar estas atividades com a integração junto aos conteúdos da

saúde coletiva. Assim, incidência, prevalência, coeficiente de morbidade e mortalidade

serão abordados em conjunto com a prática assistencial individual como parte dos

programas de saúde. Nesse mesmo momento, é possível discutir o papel dos serviços de

saúde, a complexidade e atribuição de cada nível do sistema, referência, contra-referência,

hieraquização, regionalização, atenção integral (promoção, prevenção, cura e

reabilitação), rompendo com falsas dicotomias entre área clínica e saúde coletiva ou cura

e prevenção.

5ª série – Internato

Na 5ª série, o estágio de Pediatria tem duração de 4 semanas em período

integral, com grupos de 8 a 10 alunos. A carga horária (160 horas) tem 80% de atividades

práticas, no Ambulatório Geral de Pediatria do Hospital de Base, ou outra unidade a ser

credenciada. Os alunos assumem, individualmente, atividades de atendimento sob

supervisão docente; tem agenda própria, preparo de casos e funções bem definidas com o

objetivo de desenvolver atividades no Programa de Saúde do Pré-Escolar e Escolar

(creches e escolas) e visitas domiciliares. Os objetivos deste estágio incluem não só o

reconhecimento da patologia pediátrica, mas também o manejo (tratamento) das doenças

mais prevalentes, além de permitir uma melhor compreensão do Sistema Único de Saúde

(SUS), considerando a atuação no Sistema Municipal de Saúde, favorecendo discussões

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sobre as competências das diferentes esferas do Governo, níveis de complexidade,

financiamento e repasse de recursos na área de saúde.

6ª série – Internato

Na 6ª série, o estágio de pediatria é uma das quatro divisões das grandes áreas,

em período integral, com duração de 12 semanas. Estas 12 semanas, por sua vez, estão

subdivididas em três setores – enfermaria, neonatologia e serviços de emergência (quatro

semanas cada um). O objetivo geral do estágio da 6ª série na Pediatria é capacitar o aluno

para o reconhecimento e tratamento de patologia mas freqüentes em pediatria, em

serviços de enfermaria geral e emergência pediátricas. No que se refere à Neonatologia,

especificamente, os objetivos são assistência em sala de parto e acompanhamento até a

alta de recém-nascidos normais e de médio risco, bem como reconhecimento das

patologias mais freqüentes no período neonatal.

Serão buscadas parcerias junto às secretarias estadual e municipal, visando o

desenvolvimento destas atividades em locais que possam proporcionar ao aluno uma

prática mais próxima daquela que deverá encontrar futuramente como profissional.

Assim, o ensino de enfermaria de pediatria e neonatologia será desenvolvido em Hospital

Municipal ou Estadual, sob supervisão docente. Quanto à emergência, se dará no

Hospital de Pronto Socorro, havendo demanda suficiente, qualitativa e quantitativamente,

que permita ao aluno uma experiência significativa no atendimento das patologias mais

freqüentes da criança, em nosso meio, diferentemente dos serviços de internação que são

mais referenciados.

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5.4 – ENSINO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA NO CURSO DE

MEDICINA

O ensino de Ginecologia e Obstetrícia na Graduação do Curso Médico será

realizado em quatro anos, isto é, nos terceiros, quarto, quinto e sexto anos. A estrutura do

curso é responsabilidade das disciplinas de Ginecologia e Obstetrícia. O currículo que

será implantando possibilitará maior integração dos conhecimentos e dos conteúdos, além

de participação gradual nos diferentes setores: ambulatório geral, ambulatório de

especialidade, enfermarias, centro cirúrgico e obstétrico, pronto-socorro.

Objetivos do Ensino de Ginecologia e Obstetrícia

O ensino de Ginecologia e Obstetrícia na Graduação do Curso Médico tem

como objetivos preparar o aluno para:

• Diagnosticar e tratar as afecções ginecológicas mais freqüentes na mulher, bem como

capacitá-lo a realizar medidas preventivas;

• Realizar o rastreamento das neoplasias ginecológicas (genitais e mamárias);

• Efetuar a assistência pré-natal de baixo risco, rastreando as afecções mais freqüentes e

diagnosticando as principais intercorrências clínicas (gestação de alto risco);

• Participar de procedimentos cirúrgicos ginecológicos, na qualidade de auxiliar ou

instrumentador, bem como realizar partos normais e participar de cirurgias obstétricas

(cesáreas e curetagem) como auxiliar ou instrumentador.

Estratégias

3ª série – Módulo III: Sistema Reprodutor

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Neste módulo, o ensino de Ginecologia o Obstetrícia é realizado em conjunto

com as Disciplinas de Pediatria, Patologia, Radiologia, Urologia e Endocrinologia. Tem

como objetivo preparar o aluno a realizar adequadamente a anamnese e os exames

ginecológico e obstétrico, além de capacitá-lo a reconhecer as principais entidades

nosológicas que acometem mulher durante a sua evolução biológica e no ciclo gravídico-

puerperal.

4ª série – Módulo: Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança

Este módulo é desenvolvido em conjunto com as Disciplinas de Pediatria,

Saúde Coletiva, Nutrição e Psicologia Médica sendo realizado em unidade básica de

referência. Tem como objetivo treinar o aluno a atender as pacientes em um Centro de

Saúde, priorizando as ações destinadas à Saúde Coletiva, além de desenvolver com mais

particularidades a propedêutica ginecológica e obstétrica e o raciocínio fisiopatológico.

5ª série – Internato

Na 5ª série o internato é realizado na Disciplina de Ginecologia As atividades

são basicamente práticas, sendo a série subdivididas em pequenos grupos; essas

atividades são desenvolvidas no Ambulatório de Ginecologia Geral e de Especialidades

Ginecológicas e na Enfermaria de Ginecologia do Hospital de Base, e no Pronto Socorro.

O objetivo principal é capacitar o aluno a atender as afecções ginecológicas de um modo

geral, incluindo as urgências, diagnosticando e tratando-as adequadamente e

encaminhando-as a serviços especializados quando necessário, como também aumentando

a sua participação nas atividades cirúrgicas.

6ª Série – Internato

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O internato na 6ª série é efetuado na Disciplina de Obstetrícia. As atividades

são fundamentais práticas e são realizadas no Hospital de Base (Ambulatório de Pré-

Natal, Ambulatório de Gestação de Alto Risco, Enfermaria, Centro Obstétrico, Pronto-

Socorro) e Pronto Socorro, ou outra unidade a ser credenciada. O seu objetivo é preparar

o aluno a realizar o atendimento obstétrico de baixo risco, quer durante a gravidez quer

durante o parto, bem como prevenir e identificar a gestação de alto risco.

5.5 – ENSINO DE CIRUGIA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM

MEDICINA

Objetivo Geral

O ensino de cirurgia tem como objetivo proporcionar ao aluno do Curso de

Graduação em Medicina da UNIR a competência (conjunto de conhecimentos,

habilidades e atitudes) necessária para, por meio de anamnese, exame clínico

interpretação de exames complementares e procedimentos cirúrgicos básicos, reconhecer,

tratar em nível de primeiro atendimento e prevenir: as patologias cirúrgicas agudas e

crônicas mais prevalentes em nosso meio, a agressão tecidual e sistêmica decorrente do

ato operatório e do trauma, as emergências cirúrgicas.

Objetivos Específicos:

O ensino tem como objetivo específico oferecer ao aluno a oportunidade de

desenvolver:

Conhecimento sobre:

• Princípios de diérese, hemostasia e síntese;

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• Fisiopatologia da cicatrização e dos processos metabólicos envolvidos no trauma

operatório;

• Material e instrumental cirúrgico usual;

• Epidemiologia, bases fisiopatológicas e raciocínio clínico das doenças de tratamento

de anamnese e propedêutica geral e especial;

• Os principais métodos de investigação das doenças cirúrgicas mais prevalentes

(Radiografia simples, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, endoscopia,

angiografias etc.);

• Indicações terapêuticas das doenças cirúrgicas;

• Vias de acesso para vasos sangüíneos, tórax e abdome;

• Cuidado pré e pós-operatório imediatos;

• Emergências cirúrgicas – diagnóstico e tratamento;

• Noções de clínica cirúrgica em: Anestesiologia; Gastroenterologia Cirúrgica; Cirurgia

Plástica; Cirurgia Cardiovascular; Cirurgia Vascular; Urologia; Cirurgia Torácica e

Cirurgia Pediátrica.

Habilidade:

• Comportamento dentro de sala operatória;

• Instrumentação cirúrgica;

• Acesso vascular por punção venosa periférica, punção venosa (intra-cath), flebotomias

e punção arterial para colheita de exames;

• Monitorização de doente sob anestesia geral;

• Raquianestesia e anestesia locais;

• Sondagem gástrica, vesical e retal;

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• Ventilação com Ambu e Máscara;

• Intubação orotraqueal;

• Punção de tórax diagnóstica e terapêutica e drenagem pleural;

• Punção de abdome;

• Curativos de feridas operatórias e ferimentos;

• Sutura de ferimentos de partes moles;

• Drenagem de abscesso, exérese de tumores benignos de pele e subcutâneo;

• Curativos de queimaduras;

• Identificação de fratura exposta e imobilização temporária de fraturas em trauma.

Estratégias

O ensino de Cirurgia será desenvolvido no ciclo profissionalizante (3ª e 4ª

séries) e no internato (5ª e 6ª séries), no ciclo profissionalizante (3ª e 4ª séries) e no

internato (5ª e 6ª séries).

No ciclo profissionalizante será dada ênfase ao conhecimento da

fisiopatologia da doença, à semiologia e ao diagnóstico, além dos fundamentos e bases da

técnica operatória. No internato será dada ênfase ao tratamento e ao treinamento das

atitudes e habilidades.

3ª série

A disciplina Cirurgia participa do ciclo profissionalizante na 3º série, no

módulo “CIRURGIA”, onde são ensinado os fundamentos e bases técnicas da cirurgia.

Nesta fase inicial o aluno aprende a fisiopatologia da cicatrização e dos processos

metabólicos envolvidos no trauma operatório, os princípios de diérese, hemostasia e

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síntese, o material e instrumental cirúrgico e as vias de acesso para vasos sangüíneos,

tórax e abdome. Também é neste módulo que o aluno aprende o comportamento dentro

da sala operatória e a instrumentação cirúrgica, além de iniciar o treinamento das

habilidades: punção de tórax, punção venosa periférica e central (intra-cath), flebotomias,

e sondagem gástrica, vesical e retal em animais (cão).

4ª Série

Incluem conhecimentos cirúrgicos 5 módulos, a saber: cardiovasculatório,

digestório, urinário, respiratório e tegumentar. Nestes módulos são abordados de forma

integrada, as bases fisiopatológicas e epidemiológias, o raciocínio clínico, os métodos de

investigação diagnóstica e noções de terapêutica das doenças mais prevalentes

relacionadas ao aparelho em questão.

5ª e 6ª Série (Internato)

Na 5ª série, os alunos iniciarão o internato em cirurgia no Hospital de Base

que é um Hospital Geral, ou outra unidade a ser credenciada. Neste estágio os alunos

participarão de atividades ambulatoriais (cirurgia geral e infantil), de enfermaria de

clínica cirúrgica e de centro cirúrgico, exercendo atividades de ensino com ênfase na

prática médica.

O objetivo específico do internato é reforçar conteúdos oferecidos no ciclo

profissionalizante e treinar os alunos na aquisição de habilidades e atitudes da profissão.

Nesta fase, os estudantes têm ação direta em maior e mais ativo grau na assistência a

pacientes cirúrgicos em atividades ambulatoriais e hospitalares.

Os estudantes, em sistemas de rodízio, participarão das atividades de

ensino-aprendizagem nas diversas especialidades cirúrgicas e cada estágio terá a duração

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média de vinte dias. Os conteúdos específicos serão ministrados pelas seguintes sub-

áreas: gastroenterologia cirúrgica, cirurgia cárdio-vascular, cirurgia vascular, urologia,

cirurgia plástica, cirurgia torácica, anestesiologia e pronto socorro de cirurgia.

Serão utilizadas as seguintes estratégias de ensino:

• Prontuário médico e evolução diária de pacientes como ferramenta para o

aprendizado, com ênfase no raciocínio clínico;

• Visitas à beira do leito, para discussão e correlação de dados clínicos com conteúdos

teóricos sobre a doença e a conduta clínico-cirúrgica a ser adotada;

• Sessões didáticas específicas, em forma de aulas teórico-práticas e/ou seminários,

onde serão discutidos os temas mais importantes ou revisões da literatura;

• Aprendizado auto-dirigido: o aluno deve saber como e onde buscar a informação para

satisfazer sua necessidade intelectual;

• Informática como ferramenta para a informação e apoio à decisão.

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EMENTAS DAS DISCIPLINAS, AGRUPADAS POR PERÍODO:

PRIMEIRO SEMESTRE:

1. ANATOMIA I

Introdução ao estudo da anatomia. Generalidades sobre o aparelho locomotor.

Generalidades sobre o sistema circulatório. Generalidades sobre o sistema nervoso.

Generalidades sobre vísceras. Membro superior. Membro inferior. Cabeça e pescoço. Sistema

respiratório: parte receptora, parte condutora, parte metabólica. Sistema digestivo: parte

receptora, parte condutora, parte metabólica, parte excretora. Glândulas sem ductos. Sistema

circulatório: órgão central, parte condutora, parte metabólica. Serosas. Sistema urinário: órgão

central, parte excretora. Órgãos genitais masculinos. Órgãos genitais femininos. Períneo. Sistema

nervoso autônomo. Noções de anatomia radiológica.

Metodologia:

Aulas teóricas e práticas, utilizando-se de recursos áudio-visuais, de informática e laboratório.

Avaliação:

Provas teóricas e práticas.

Bibliografia:

• SOBOTTA, J Atlas de anatomia humana 20ª ed. Rio de Janeiro vol. 1 e 2 Guanabara

Koogan, 1993

• MAYO, C. et al., 1993. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

2. CITOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR

Conceitos sobre biologia celular e molecular. Estrutura geral das células. Métodos de

estudo. Tipos de células. Composição química da célula. Mobilidade celular. Junções celulares e

comunicação celular. Fluxo de informação através das células. Cultura de células e de tecidos.

Adesão e reconhecimento celular. Estrutura e conformação de DNA e RNA.Organização gênica

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de procariotos e eucariotos.Replicação, transcrição e tradução da informação gênica.Oncogênese

e gêneses virais. Regulação do ciclo celular: componentes moleculares, transformação maligna e

drogas antineoplásicas.Tecnologia do DNA recombinante. Engenharia genética. Superfície

celular: membranas, transdução de sinal, reconhecimento e adesão celulares. Citoesqueleto:

estrutura e função. Lisossomos e degradação de macromoléculas. Complexo de Goldi e

glicosilação. Matriz extracelular. Transformação neoplástica. Bases moleculares dos erros inatos

de metabolismo: gangliosidoses, mucopolissacaridoses e calegenoses. Mecanismos moleculares

da coagulação sangüínea.

Avaliação:

Trabalhos desenvolvidos e apresentados, seminários, provas teóricas e práticas.

Bibliografia:

• Cooper, G.M. – The Cell: a Molecular Approach – Ed ASM Press,. (1997).

• Zaha, A – Biologia Molecular Básico – Ed Mercado Aberto 7ª ed. (1994).

• Albert,B; Bray, D et al – Biologia Molecular da Célula – Ed. Artes Médicas Sul, 7ª ed.

(1994).

• Darnell, J. et. Al – Molecular Cell Biology – Scientific Amerian Book, 3ª ed. (1994).

3. BIOFÍSICA

A físico-química deve ser encarada como uma ferramenta a mais a ser utilizada pelo

futuro profissional da área médica. Serão estudados: processo de transporte através de

membranas celulares, bioeletrogênese, transmissão sináptica, biofísica da contração muscular,

mecânica pulmonar e trocas gasosas pulmonares, princípios físicos da eletrocardiografia,

princípios físicos da hemodinâmica, biofísica da visão e da audição, radiobiologia.

Tipo de aulas: teóricas, práticas e seminários

Avaliação: provas teóricas e práticas, participação em seminários.

Bibliografia:

• Biofísica. F. Lacaz . Ed. Guanabara – Koogan

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• Physiology: A regulatory system approach. J.M. Murray & A. Weber; 2a. Edição Macmillan

Publishing Co., Inc., 1983 –

• Basic principles of membrane transport. Schultz S. G. Cambridge University Press, New

York, 1980

• Molecular Cell Biology. J Darnell & H. Lodish. Baltimore ed., terceira edição, 1986.

• Biofísica. E.A.C. Garcia, Ed. Sarvier, 1998.

4. SOCIOLOGIA

Através de conceitos e instrumentos metodológicos das Ciências Sociais, sensibilizar e

instrumentalizar o aluno para a compreensão dos processos que articulam os serviços de Saúde

às diferentes práticas sociais em geral, e à prática médica em particular. Também compreender a

dimensão social da saúde e da doença e o processo de constituição dos Serviços de Saúde no

Brasil em sua articulação com as esferas econômicas e política da sociedade. A prática médica é

uma prática social, inscrita naquele processo e constituída de maneira complementar na divisão

social do trabalho, requerendo, portanto, aprendizado específico para o desempenho do trabalho

em equipes multiprofissionais.

Conteúdo Programático;

• Modelo Biomédico de conhecimento.

• Caráter histórico da concepção biológica da doença.

• Transformação e transição epidemiológica.

• Desenvolvimento urbano e processo saúde-doença.

• Distribuição sócio-cultural das doenças e a organização dos serviços de saúde.

• Evolução dos serviços de saúde no Brasil I e II.

• Os movimentos de descentralização política e o SUS.

• Trabalho médico e assalariado.

• A prática médica na divisão social do trabalho.

• Assistência médica e diversidade sócio-cultural.

Tipo de aulas: seminários, teóricas e práticas.

Tipo de Avaliação: organização e participação em seminários, trabalhos desenvolvidos ao longo

da disciplina.

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5. INTRODUÇÃO À ATENÇÃO BÁSICA I

Essa disciplina tem por finalidade proporcionar ao aluno de medicina uma visão política

e administrativa da rede básica de serviços de saúde, com ênfase nas unidades públicas

utilizadas no curso. Pretende ainda preparar o aluno com o seu primeiro contato com o paciente

e a equipe de enfermagem.

Seus principais objetivos são:

• proporcionar uma visão administrativa da rede básica;

• discutir a política de saúde;

• capacitar o aluno em alguns procedimentos assistenciais básicos;

• colaborar com a adaptação do aluno na unidade.

Conteúdo Programático:

• Política nacional de Saúde

• As Unidades Básicas de Saúde

• A comunicação na relação Médico-Paciente

• Atendimento à demanda espontânea

• Atendimento aos programas especiais

Tipo de aulas:

Aulas expositivas e atividades práticas desenvolvidas nos Centros de Saúde.

Tipo de avaliação:

O resultado da avaliação será uma ponderação entre a auto-avaliação e o desempenho nas

atividades desenvolvidas.

Bibliografia:

• Focault, M. - Microfísica do Poder - 11º ed, Edição Graal, 1979.

• Koch, R.M. et al. - Técnicas básicas de Enfermagem 13ª ed, Florence, 1995.

• Ministério da Saúde - Lei Orgânica da Saúde. Assessoria da Comunicação Social. 2ª ed.

Brasília da Comunicação Social. 1991.

• Manuais de atenção básica do Ministério da Saúde

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6. ESTATISTICAS DE SAÚDE

O curso tem como objetivo apresentar uma visão geral da aplicação das técnicas

estatísticas em estudos dos fenômenos relativos às ciências da vida. Ênfase é dada ao conjunto

de métodos e técnicas quantitativas que auxiliam a organizar, descrever analisar e interpretar os

fenômenos coletivos. Ao final do curso espera-se que o aluno tenha adquirido conhecimento:

• das diversas etapas que devem ser cumpridas para planejar, e executar uma investigação;

• da forma de apresentar um conjunto de dados;

• dos métodos de amostragem e da generalização dos resultados da amostra para a população;

• das técnicas utilizadas para verificar a existência de relações entre variáveis;

• da utilização de programa de microcomputador para a análise de dados;

• da leitura crítica do artigos científicos e da maneira de interpretar os resultados estatísticos.

Tipo de aulas: teóricas e práticas.

Tipo de Avaliação: provas teóricas e desempenho nas atividades práticas

Bibliografia:

Berquó, E.; Gotlieb, S.V. & Pacheco, J.M., 1986. Bioestatística. São Paulo: Ed. EPU.

Rosner, B., 1995. Fundamentals of Biostatistics. Boston: Duxburry Press.

7. BIOÉTICA Fornecer ferramentas psíquicas de natureza filosófica, capazes de conferir aos alunos a

sagacidade necessária para a dúvida permanente quando à aparente "certeza" dos mais

subjugadores sistemas científicos. Para tanto, serão apresentados aspectos relativos aos

fundamentos filosóficos da moral, aspectos especiais da moral aplicada à medicina e valores de

ciência e valores de cultura na educação e prática médicas.

Considerações:

O curso é ministrado à primeira série do curso médico embora se entenda que as

reflexões, as leituras, a discussão interativa com os alunos e mesmo a discussão franca dos

casos ocorridos nos ambulatórios, pronto socorro e enfermarias, devam ser progressivamente

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absorvidos ao longo dos seis anos de curso com previsão para que as questões bioéticas se

prolonguem pela residência, pelos cursos de pós-graduação e além, sob a forma de reciclagens.

Quanto mais precocemente os alunos forem apresentados à problemática, espera-se que haja

uma maior receptividade mental às questões discutidas, levando para as atividades práticas

conceitos distintos dos equívocos presenciados e incorporados na prática médica de um modo

geral.

Metodologia de ensino:

As atividades compreendem: seminários leitura dirigida, exposição dialogada, análise de texto

em grupos.

Avaliação:

Os alunos são avaliados pelo desempenho nos seminários além da assiduidade e interesse.

Bibliografia:

• Almeida M - Considerações de Ordem ética sobre o Início da Vida. Tese de Livre Docência.

Faculdade de medicina da USP 1988.

• Almeida M. - Comentário sobre os princípios Fundamentais da Bioética, in Fundamentos da

Bioética Pessini, L e Barchifontaine, C.P. ed. São Paulo 1996

• Almeida, M- Ética da Investigação Científica - Medicina ( Ribeirão Preto)

• Almeida M, e Munoz. D.R - Noções de Responsabilidade em Bioética, in Bioética Segre M.

e Cohen C, ed. Edusp São Paulo 1995

• Campbell A. V. - Moral Dilemas in Medicine: A Coursebook in Ethics for Doctors and

Nurses 21 Ed. Churchil Livingstone Edínburgh, 1975

• SOBOTTA, J Atlas de anatomia humana 20ª ed. Rio de Janeiro vol. 1 e 2 Guanabara

Koogan, 1993

• Almeida, M- Ética da Investigação Científica Almeida, M- Ética da Investigação Científica

• Reiser S J Dyck ª J. and Curran W> J. (eds) - Ethics in Medicine: hítorical Perspective and

Contemporany Concerns M.I.T Press Cambridge Massachusetts 1977

• Spisantoi S - Ética Biomédica Ed. Paulinas Rio de Janeiro 1990.

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8. INICIAÇÃO CIENTÍFICA Como parte do programa de iniciação científica a ser desenvolvido com os alunos em

todos os semestres do curso, a disciplina abordará tópicos como: conhecimento científico e sua

relação com a metodologia científica na universidade. Métodos e estratégias de estudo na

construção do trabalho científico bibliográfico. Método da pesquisa científica. Métodos e

técnicas da pesquisa científica na elaboração de monografias e projetos.

Tipos de aula: as discussões teóricas serão conduzidas diante da elaboração de um projeto de

investigação.

Avaliação:

Elaboração do Projeto.

Bibliografia:

Minayo, M. C. S., 1992. O Desafio de Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. São

Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro:ABRASCO.

Becker, H., 1993. Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Hucitec.

Sevrino, A. J., 1993. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Hucitec.

Bastos, L. R. et al., 1993. Manual para a Elaboração de Projetos e Relatórios de Pesquisa,

Teses, Dissertações e Monografias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

SEGUNDO SEMESTRE 9. ANATOMIA II

Introdução ao estudo do sistema nervoso central. Filogênese e ontogênese do sistema

nervoso. Medula espinhal. Tronco encefálico: medula oblonga, ponte, mesencéfalo e diencéfalo.

Cerebelo. Sistema reticular. Tálamo. Hipotálamo. Hemisférios cerebrais. Áreas corticais. Centro

branco medular. Núcleos da base. Sistema límbico. Ventrículos. Meninges. Líquor.

Vascularização do SNC. Sistema nervoso visceral. Classificação geral das vias e componentes

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funcionais dos nervos. Vias aferentes. Vias eferentes. Estesiologia: olfação, visão, gustação,

audição e tato. Nervos oculomotor, trigêmeo, facial, glossofaríngeo e vago. Sistema nervoso

visceral periférico. Plexo braquial. Plexo lombossacro. Noções de diagnóstico neurológico

topográfico.

Metodologia:

Aulas teóricas e práticas, utilizando-se de recursos áudio-visuais, de informática e laboratório.

Avaliação:

Provas teóricas e práticas.

Bibliografia:

• SOBOTTA, J Atlas de anatomia humana 20ª ed. Rio de Janeiro vol. 1 e 2 Guanabara

Koogan, 1993

• MAYO, C. et al., 1993. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

10. HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA

Elementos de tecidos animais: epiteliais, conjuntivos (cartilagem, osso, mielóide, linfóide

e sangue), musculares e nervoso. Organização microscópica e histofisiológica dos órgãos e

sistemas humanos: órgãos hemocitopoéticos, sistema circulatório, sistema respiratório, sistema

digestivo, sistema urinário, sistema endócrino, sistemas genitais masculino e feminino, órgãos

dos sentidos, sistema tegumentar. Gametogênese e fecundação. Estudo das quatro primeiro

semanas da embriogênese humana. Destino dos folhetos germinativos. Característica dos

períodos embrionário e fetal. Anexos embrionários. Embriogênese: coração, grandes vasos,

circulação pré-natal e modificações após o nascimento. Sistema urogenital. Teratologia.

Tipo de aulas: teórica e prática

Tipo de avaliação: provas teóricas e práticas

Bibliografia:

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• Alberts, A.; et al. Molecular Biology of the Cell. Ed. Garland Publishing. New York &

London. 3ª Ed.; 1994

• Freeman, W. H. & Bracegirdle, B.; Atlas de Histologia. Ed. Interamericana. Segunda

Edição, 1985.

• Geneser, F. Atlas de Histologia. Ed. Médica Panamericana. Primeira Edição, 1987.

• Junqueira, L. C. & Carneiro, L.; Histologia Básica. Nona Edição. Ed. Guanabara – Rio de

Janeiro, 1998.

• Ross, M. H., Reith, E. J. & Romrell, L. J.; Histologia – Texto e Atlas. Ed. Médica

Panamericana. Segunda Edição, São Paulo, 1993.

• Stevens, A.; Lowe, J. S. – Human Histology. Second Ed. Ed. Mosby, 1997.

• T.W. Sadler-Langsman's Embriologia Médica - Ed Guanabara-Koogan, 7ª ed. (1997).

• K.W. Moore, T.V.N. Persaud- Embriologia Clinica Ed Guanabara-Koogan, 5ª ed. (1994).

11. INTRODUÇÃO À ATENÇÃO BÁSICA II Atividades da rede básica de serviços de saúde. Acompanhamento das ações desenvolvidas pelos programas implantados nos Centros de Saúde. Visita domiciliar. Participação em inquéritos para levantamento da problemática de saúde da área de abrangência da unidade de referência.

Metodologia:

Aulas práticas nos Centros de Saúde do Município de Porto Velho.

12. ANTROPOLOGIA MÉDICA

OBJETIVO: propiciar ao estudante de medicina a compreensão de que a teoria e prática

médicas inserem-se em um sistema sócio-cultural mais amplo.

Conteúdo:

Antropologia: conceitos teóricos e metodológicos básicos (10 horas)

1.1 As origens e vinculações da antropologia com o momento histórico do seu surgimento

1.2 Cultura, aculturação, endoculturação e etnocentrismo

1.3 Comunidade e Sociedade

1.4 Indivíduo e Sociedade

1.5 A especificidade do olhar antropológico

Textos:

LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1991.

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DA MATTA, Roberto. Relativizando. Rio de Janeiro: Rocco, 1990.

LARAIA, Roque. Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1986.

ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo? São Paulo: Brasiliense, 1984.

HARRIS, Marvin. Vacas, porcos, guerras e bruxas: os enigmas da cultura. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1978.

Natureza e Cultura (10 horas)

2.1 O surgimento do ser humano

2.2 O processo de hominização

2.3 A relação homem natureza

2.4 Adaptação cultural e diversidade ambiental

2.5 Concepções nativas e científicas referentes a sociedade e a natureza

Textos:

DORST, Jean. O homem na natureza. São Paulo: EDUSP, 1973.

MORAN, Emílio. Adaptabilidade humana. São Paulo: EDUSP, 1994.

LEAKEY, Richard. Origens. São Paulo: Melhoramentos, 1989.

LEVI-STRAUSS, Claude. O pensamento Selvagem. Campinas: Papirus, 1989.

A medicina na Sociedade Ocidental (40 horas)

3.1 O surgimento da medicina

3.2 A medicina ocidental como sistema

3.3 Práticas médicas e práticas sociais

3.4 Representações Sociais: saúde e doença

3.5 Relação médico-paciente

Textos:

FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1986.

________. A microfísica do Poder. São Paulo: Perspectiva, 1984.

GOFFMAN, Irwin. Prisões, Manicômios e Conventos. São Paulo: Perspectiva, 1992.

_________. A representação do Eu na vida cotidiana. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1987.

LEVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural. Rio Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.

LOYOLA, Maria Andréa. Médicos e curandeiros: conflito social e saúde. São Paulo: Difel,

1984.

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VON BERTALANFY, Ludwig. Teoria General de los sistemas. México: FCE, 1991.

KLEINMAN, Arthur. Patients and healers in the context of culture. Los Angeles: University

of Califórnia Press, 1980.

SPINK, Mary Jane. Conhecimento no cotidiano. São Paulo: Brasiliense, 1995.

COSTA, Jurandir Freire. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

HELMAN, Cecil. Cultura, Saúde e Doença. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

13. PSICOLOGIA MÉDICA

Conceito de psicologia médica. Desenvolvimento da personalidade. Personalidade e

constituição. Formas de integração bio-psico-sócio-cultural da personalidade. Importância do

isolamento social na integração psicodinâmica da personalidade. Conceitos de normalidade e

anormalidade. Conceito geral de enfermidade. Problemática geral da relação médico-paciente.

Formas de relacionamento inter-humano: empatia, encontro e comunicação. Medicina

psicossomática. Dinâmica familiar.

Tipo de aulas:

• Aula expositiva.

• Grupos de discussão

• Mesas redondas com os representantes dos grupos

• Aplicação de questionários (com estudantes de outros cursos da área de saúde)

• Entrevistas (com colegas de turma; com um médico; com um paciente)

Bibliografia:

• Milan, L.R. O universo psicológico do futuro médico Casa do Psicólogo SP 1999

• Noto, J.R.S Formation d’enseignants en psychologie medicale 1992, 24,2: 177-181

• Schneider, P.B.: Psychologie Medicale, 1971, Payot, Paris

Distinguir os diagnósticos diferenciais

• screts sur le medicin, 1991,Masson Paris.

14. GENÉTICA

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Introdução ao Curso. Natureza e função do material genético. Código genético. Genética de Resistência a antibióticos. Recombinação gênica em bactérias. Recombinação gênica em bactérias. Conjugação bacteriana.Conjugação bacteriana.Resultado e discussão da prática. Regulação da Expressão gênica. Regulação da Expressão gênica. Expressao Gênica em Eucariotos. Citogenética Humana.

Cromossomopatias. Citogenética Humana. Citognética e Câncer. Aconselhamento genético.

Diagnóstico pré-natal. Mutação. Efeitos biológicos das radiações. Indução de aberrações

cromossômicas: irradiação de linfócitos. Substâncias Mutagênicas. Reparo de DNA.

Genética Mendeliana. Ligação, Permuta, Mapeamento. Introdução à Genética de Populações.

Exercícios de genética de população - simulação em computador

Alteração das freqüências gênicas. Efeitos da consangüinidade nas populações. Cálculo de

risco. Princípios da evolução e história da evolução humana.

Erros inatos de metabolismo. Grupos sangüíneos. Polimorfismo proteico. Grupos sangüíneos.

Polimorfismos genéticos: Proteínas. Polimorfismos genéticos HLA e DNA.

Imunoglobulina : um exemplo de regulação gênica. Suscetibilidade genética a doença.

Metodologia:

A genética neste ano básico será dada através de Aulas Teóricas (T), Seminários (S), Práticas

(P) e Estudo Programado (EP).

O objetivo do EP: levar o aluno a participar ativamente quer resolvendo exercícios, quer

discutindo um texto previamente estudado.

Avaliação

Seminário: apresentado por um grupo de 03 alunos de cada turma.

Nota do Seminário: levará em conta o preparo, apresentação e discussão de seu próprio

seminário.

Bibliografia:

Rothwell, N. N., 1996. Understanding Genetics. Oxford University Press

Gelehrter, T. D.; Collins, F. S., Principles of Medical Genetics. Williams & Wilkins

Vogel, S. & Motulsky, A. G., 2000. Genética Humana: Problemas e Abordagens. 3° edição,

Ed. Guanabara Koogan

Griffith AGS; Miller, JH; Suzuki, DT; Lewonti, RC & Gelbart, WM. Introdução à Genética. 6°

edição. Ed. Guanabara Kkoogan

PARA OS SEMINÁRIOS: artigos extraídos da revista SCIENTIFIC AMERICAN

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15. INFORMÁTICA MÉDICA

Apresentar ao aluno temas de Informática Médica, destacando-se Prontuário Eletrônico,

além de ferramentas de informática para apoio ao futuro médico em suas atividades. Ao final do

curso o aluno deverá estar habilitado a utilizar ferramentas de apoio à decisão; pesquisar

informações médicas via Internet; conhecer os meios computacionais para localização,

estruturação e análise da Informação Médica.

Metodologia de ensino:

O curso começa com uma aula teórica para toda a turma, seguida de aulas práticas e teóricas-

práticas, em laboratório de informática, com um aluno por computador, sob a orientação de um

docente.

Avaliação:

Cada docente avalia o grupo de alunos que acompanhou. A avaliação é realizada através de

prova prática (no computador)

TERCEIRO SEMESTRE 16. PPROCEDIMENTOS BÁSICOS EM ENFERMAGEM Trata das técnicas básicas de enfermagem, com desenvolvimento de habilidades práticas

realizadas na assistência à clientela e a execução de procedimentos não-invasivos e invasivos

utilizados no exame físico e na terapêutica, respeitadas as normas de biossegurança.

Tipo de aulas:

Aulas expositivas, apresentação de filmes e exercícios em laboratório.

Tipo de avaliação:

Os alunos avaliados através de desenvoltura nas atividades práticas.

Bibliografia:

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• JESUS, Maria Cristina P. & DELLY, Cirlene Maria L. Manual de procedimentos de

enfermagem. São Paulo: Cortez, 1993.

• SORDI, Maria Regina L & NUNES, Maria Aparecida G. Manual básico de enfermagem.

Campinas: Papirus, 1988.

• Borba W.R. - Administração hospitalar: Princípios Básicos - Cedas, 1985.

• Brunner & Suddarth - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica-Guanabara Koogan, 1994.

• Carmagnani, et al - Procedimentos básicos de Enfermagem - Interlivros, 1995.

17. SAÚDE COLETIVA I

O conteúdo programático básico abordará duas das três áreas que conformam o tripé da

Saúde Coletiva: Administração e Planejamento em Saúde; Ciências Sociais em Saúde.

Epidemiologia será contemplada em disciplinas individualizadas. O projeto de ensino terá como

referência as reais necessidades de saúde da população, contribuindo para a construção do

Sistema Único de Saúde, possibilitando que o aluno seja capaz de uma leitura e avaliação

críticas dos diferentes Modelos de Atenção à saúde. O ensino estará estreitamente vinculado

com os serviços de saúde e ser desenvolvido, predominantemente, na área de abrangência de

unidades da Secretaria Municipal de Saúde – Secretaria de Estado de Saúde a serem

previamente determinadas. Quanto à forma de abordar o processo saúde e doença deve-se

buscar e utilizar paradigmas / modelos que permitam uma abordagem coletiva, diferenciando-se

da abordagem clínica (biológica e individual).

O modelo pedagógico tem como pressuposto básico o ensino centrado no aluno, e o

ensino-aprendizagem com um ativo e contínuo processo de mão dupla entre professores e

estudante, orientado para os problemas prioritários de saúde da população. Tem como

referências:

- as necessidades de saúde da população;

- a interdisciplinaridade;

- trabalho em equipe multiprofissional; e

- ensino-aprendizagem em serviço de saúde com campo de práticas.

Metodologia de Ensino;

• O curso será desenvolvido através de discussões em pequenos grupos, aulas expositivas,

leitura crítica de textos, seminários e reconhecimento de território.

• Durante o curso será elaborado um diagnóstico / necessidades de saúde através dos

seguintes procedimentos;

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1 Aplicação de questionários com roteiro semi-estruturado junto a;

• população residente na área de abrangência do serviço

• usuário do serviço de saúde

• outros equipamentos da região serviços de saúde igrejas, farmácias, parteiras,

vendedores de ervas / drogas entre outros

2 Visitas às unidades de saúde

3 Coleta de dados secundários

• o modelo pedagógico tem como pressuposto fundamental a divisão dos alunos em grupos

• será realizado o trabalho de campo por meio de reconhecimento do território de abrangência

da unidade de saúde de referência. Os alunos aplicarão questionários semi-estruturado para

o diagnóstico da situação da saúde e realizarão visitas a unidades de saúde instituições e

entidades sociais e a outros equipamentos da região.

Avaliação;

Os alunos serão avaliados individualmente e em grupo, levando-se em consideração sua

capacidade de articular os conhecimentos teóricos com a experiência vivenciada no trabalho de

campo. No aspecto individual, serão observados a pontualidade, a assiduidade, o interesse, a

cooperação e o envolvimento no trabalho. Em grupo, os alunos deverão elaborar e apresentar

em seminário o relatório do trabalho teórico-prático.

Bibliografia:

Nunes, E. D., 1999. Sobre a Sociología da Saúde. São Paulo: Hucitec.

Barata, R. B., 1997. Condições de vida e Situação de Saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO.

Donnangelo, M. C., 1975. Medicina e Sociedade. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências

Sociais.

Campos, G. W., 1988. Os Médicos e a Política de Saúde. São Paulo: Hucitec.

18. SEMIOLOGIA I

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Fornecer conhecimento de semiologia clínica contemplando as áreas cognitivas, habilidades e

atitudes, e dos princípios da relação médico-paciente dentro das características humanísticas da

Medicina.

Fornecer conhecimentos específicos de semiologia médica por meio de aulas teóricas,

utilizando-se de ferramentas de ensino adequadas aos objetivos do processo ensino /

aprendizagem, e práticas à beira do leito em enfermaria e em ambulatório de clínica médica.

O curso será desenvolvido de forma integrada, envolvendo a semiologia clínica e disciplinas das

ciências básicas, visando a verticalização do conhecimento.

Competências e Habilidades:

O(a) aluno(a) deverá:

• Aprender a contatar o paciente e estabelecer relação médico-paciente. Desenvolver a

capacidade de extrair informações fundamentais para a definição de hipóteses diagnósticas

durante a execução da anamnese.

• Distinguir os diagnósticos diferenciais

• Aprender a examinar o paciente fazendo uso de diferentes recursos: inspeção, palpação,

percussão e ausculta.

• Aprender a fazer uso de instrumentos básicos de exame e aferição: fita métrica, balança,

espátula, lanterna, estetoscópio, martelo de reflexos, diapasão, etc.

• Aprender a elaborar o diagnóstico sindrômico, anatômico e etiológico.

Durante todo o curso, é dada ênfase à postura do médico frente ao paciente, realçando-se os

aspectos éticos, sociais e espirituais, visando desenvolver, além das aptidões cognitivas, o

aspecto humanístico da profissão médica.

Avaliação Teórica e Prática:

Serão realizadas as seguintes avaliações:

• diagnóstica

• somativa

• formativa

Bibliografia:

• Semiologia Médica. Celmo Celeno Porto 3ª Ed. Guanabara Koogan. 1997.

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• Semiotécnica da Observação Clínica José Ramos Júnior 8ª Ed. Sarvier 1998.

• Cecil Tratado de Medicina interna, Benneth 21ª Ed. W.B. saunders, 2000

• Atualização Terapêutica. Prado, 19ª ed. W. B. Sauders, 2000

• Harison, Princípios de Medicina Interna Fauci 14ª Ed, Magyom Hill 1997.

• Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais John Bernard Henry - 19ª Ed.

Editora Manole 1999.

19. FISIOLOGIA

O objetivo central é fazer o aluno entender as bases do funcionamento dos vários sistemas de

nosso corpo, e assim dar os fundamentos para a adequada compreensão dos processos

patológicos. O curso busca dar uma visão integrada dos vários sistemas ao invés de uma

abordagem com base exclusiva nas suas divisões (cardiovascular, nervoso, renal, etc.), busca-se

sempre uma inter-relação dos assuntos de um tópico com os demais.

Tipos de aula: teórica e práticas

Tipo de Avaliação: provas teóricas e práticas

Bibliografia:

• FISIOLOGIA - Margarida de Mello Aires - Ed. Guanabara Koogan

• FISIOLOGIA - Robert M. Berne e Mathew N. Levy - Ed. Guanabara Koogan

• TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA - Arthur C. Guyton e Jonh E. Hall - Ed. Guanabara

Koogan

20. MICROBIOLOGIA

Estrutura e fisiologia de microorganismos e agentes de interesse em Medicina (prions,

viróides, vírus, bactérias e fungos). Genética de microorganismos e noção de biotecnologia

aplicada à Medicina. Interação microorganismos-homem-ambiente (alimentos, água, solo,

ambiente hospitalar). Características inter e intra-espécie. Ação de agentes físicos e químicos

(esterilização, desinfecção e antimicrobianos) sobre microorganismos. Mecanismos de

patogenicidade microbiana. Bacteriologia, micologia e virologia médica.

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O curso pretende ainda que o aluno, além do conhecimento básico dos

microorganismos e da relação com o hospedeiro humano:

• Tenha subsídios para interpretar criticamente resultados de exames microbiológicos e

avaliar condutas de intervenção específicas;

• Tenha uma visão dos métodos modernos de diagnóstico microbiológico sem, contudo deixar

de conhecer os métodos simples que ainda constituem, em grande parte, a realidade

brasileira;

• Adquira o hábito de procurar informação em fontes modernas (Internet), objetivando uma

visão mais completa e atualizada de conceitos que, devido ao progresso rápido, estão em

constante reformulação;

• Adquira a capacidade de se inteirar de assuntos específicos, de forma a poder discuti-los

criticamente;

• Sinta-se estimulado a participar de projetos de iniciação científica que lhe propiciem

detectar problemas presentes na prática da medicina e noções de metodologia científica para

procurar as soluções.

Tipo de aulas: teóricas e teórico-prática

Tipo de Avaliação: provas teóricas, seminários, atividades práticas.

Bibliografia:

• Gerard. J. Tortora/Berdell R. Funke/Cristine. L. Case - Microbiology: an Introduction -

Editora Benjamin Cummings/Publishing Company. Inc. 6ª ed. (1998).

21. BIOQUÍMICA I

Noções básicas dos fenômenos moleculares fundamentais para a compreensão de

aspectos fisiológicos e fisiopatológicos importantes em medicina. Conhecimento de aspectos de

metodologia bioquímica importante para a futura interpretação de informações derivadas de

análises clínicas. Aquisição de alguns conceitos básicos da contribuição da bioquímica à

investigação científica em ciências da saúde. Alguns conceitos para o entendimento da

bioquímica na saúde e na doença. Bases bioquímicas necessárias à compreensão da

fisiopatologia das doenças envolvendo distúrbios metabólicos. Disproteinemias,

hiperlipidemias, nefropatias, hepatopatias, distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-

básico, hipóxias, disendocrinias e doenças metabólicas.

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Competência:

O curso procura fundamentar a estrutura de moléculas biológicas, sobretudo

macromoléculas como proteínas, carboidratos e lipídeos, conceitos básicos para compreensão

da ação de enzimas, noções básicas de óxido-reduções e compreender os fenômenos de geração

e transferência de energia em sistemas biológicos, a degradação e a síntese de carboidratos,

sobretudo da glicose, o papel dos ácidos graxos e lipídeos em geral no armazenamento de

energia e sua participação em estruturas celulares, o metabolismo de compostos nitrogenados

com destaque para o destino da amônia e a formação de ácido úrico.

Habilidade:

• informação: o curso procurará transferir conhecimentos específicos para que os

alunos possam enfrentar as demais etapas da sua formação médica. Não se espera

que ao final do curso os alunos sejam bioquímicos, mas sim que sejam capazes de

progredir na utilização de informação médica de forma consistente.

• Formação : A tarefa maior do curso é transmitir conhecimentos básicos para que os

alunos sejam capazes de, no futuro, navegarem na informação bioquímica

necessária para o seu progresso profissional. É certo que muitas informações

bioquímicas, necessárias para o exercício de Medicina em um futuro próximo, não

são ainda conhecidas.

Tipo de aulas: teórica, prática e discussão de casos bioquímicos

Tipo de Avaliação: participação nas atividades, provas teóricas.

Bibliografia:

• Stryer, L. – Bioquímica – Ed. Edgar Blucher

• Devlin, T.M. – Manual de Bioquímica com relações Clinicas – Ed. Edgar Blucher.

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• Montgomery, R. et al. – Bioquímica: uma abordagem dirigida por Casos Clínicos –

Ed. Artes Médicas.

22. PARASITOLOGIA E ENTOMOLOGIA MÉDICAS

Conhecer as doenças causadas por protozoários, helmintos e artrópodos; saber

reconhecer os agentes etiológicos causadores e os vetores das doenças; conhecer o ciclo

evolutivo dos parasitas; conhecer os métodos diagnósticos para detectar as diversas parasitoses;

conhecer as medidas profiláticas para evitar as parasitoses; conhecer as bases moleculares dos

processos gerais envolvidos na relação parasita-hospedeiro, identificar as principais espécies

entomológicas de interesse sanitário; perspectivas do controle químico e biológico dos vetores.

Tipos de aulas: teóricas e práticas.

Tipos de Avaliação: provas teóricas, seminários, atividades práticas.

Bibliografia:

• Rey,L - Bases da Parasitologia Médica-Ed Guanabara-Koogan, 7ª ed. (1992).

• Consoli, R. A. & Lourenço de Oliveira, R. Principais Mosquitos de Importância Sanitária

no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1994.

QUARTO SEMESTRE

23. EPIDEMIOLOGIA I

Impacto das relações sociais sobre a percepção do processo saúde-doença. Determinação

social (nas suas dimensões econômica, política e cultural) do processo saúde-doença. Relação

entre espaço e modo de produção econômica. Conceitos de condições de vida, segundo regiões

homogêneas. Diferentes modelos causais em epidemiologia. A investigação em epidemiologia e

as etapas de seu método. Propriedades dos testes diagnósticos ao rastreamento populacional dos

principais agravos à saúde

Competência e habilidades:

O curso de epidemiologia garante os domínios afetivo e cognitivo da aprendizagem que

desenvolvem o relacionamento e a comunicação, além do conhecimento, elementos importantes

para modular o nível de domínio psicomotor, ou seja, as próprias habilidades.

Avaliação:

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Espera-se que o aluno seja capaz de: compor e interpretar diagnóstico de condição de

vida e situação de saúde de populações: estruturar e avaliar projetos de pesquisa e julgar a

validade e adequação de testes diagnósticos e rastreamentos populacionais.

Bibliografia:

• Epidemiologia & Saúde. M. Zélia Rouquayrol - 5 ed. Rio de Janeiro MEDSI, 1999.

• Epidemiologia: Teoria e Prática Maurício Gomes Perreira Rio de Janeiro GUANABARA-

KOOGAN 1995.

• Foundations of Epidemiology. David Lilienfeld, Paul D. Stoley (rev.). New York: Oxford

University Press, 1994.

• Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e de suas doenças Carlos

Augusto Monteiro (org) - São Paulo EDITORA HUCITEC - NUPENS/USP. 1995 359p.

• Equidade e saúde: contribuições da Epidemiologia Rita Barradas Barata (org) - Rio de

Janeiro. EDITORA FIOCRUZ - ABRASCO. 1997 260p (série Epidemiológica).

• Francisco R. Gonçalves santos, Carla Yunis - São Paulo Livraria Atheneu Editora 1992

135p.

• Epidemiologia Clínica: bases científicas da conduta médica. Robert H. Fletcher, Suzanne

W. Fletcher. Edward H. Wagner – 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

24. FARMACOLOGIA

Apresentar e discutir mecanismos gerais de ação das drogas.Classificar os principais

grupos farmacológicos. Fármacos naturais e sintéticos. Discutir a farmacodinâmica dos

principais compostos de cada grupo farmacológico. Correlacionar os mecanismos de ação com

os efeitos farmacológicos dos principais compostos. Discutir a farmacocinética, as principais

indicações terapêuticas, os efeitos tóxicos mais importantes e as principais interações

farmacológicas. Associar conhecimentos farmacológicos e noções fisiopatológicas na seleção

de medicamentos para doenças prevalentes.

Tipo de aulas: teórica e prática

Avaliação: provas teóricas e práticas, seminários e participação.

Bibliografia:

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• Drug and Alcohol Abuse - A Clinical Guide to Diagnosis and Treatment - Second Edition -

Marc A Schuckit.

• As bases Farmacológicas da Terapêutica - 9º Edição - Mc Graw Hill - Joel G. Hardman Lee

E. Limbird Alfred Goodman Gilman

• Essential Psychopharmacology - Neuroscientific Basis and Practical

• Drogas psicotrópicas e seu modo de ação, 2ª Edição Revista e ampliada - Editora

Pedagógica e Universitária Ltda, Frederico G. Graeff

• Fisiologia Médica 1 e 2 - 13ª edição - Guanabara Koogan - Mount Castle

25. IMUNOLOGIA

Abordar os mecanismos imunológicos básicos e princípios de Imunopatologia, com a

finalidade de fornecer aos alunos subsídios necessários para as cadeiras clínicas afins ou

aplicações em outras. Abrange os aspectos mais modernos do ensino de Imunologia para o

curso básico, enfocando seus mecanismos do ponto de vista molecular e celular. A interação da

disciplina com as cadeiras clínicas será feita através de mesas redondas, com especialistas das

diferentes áreas, mostrando a aplicação direta dos conceitos estudados.

Tipo de aulas: teóricas, seminários e teórico-práticas

Tipo de Avaliação: provas teóricas e participação nas atividades propostas.

Bibliografia:

• Pekman, M. e Vergani, D. - Imunologia Básica e Clínica - Ed Guanabara 7ª ed. (1998).

• ABUL K. ABBAS; ANDREW H. LICHTMAN; JORDAN S.POBER; Celular and

Molecular Immnology; W.B. SAUNDERS COMPANY; Edição: 3a , 1997

• CHARLES A, JANEWAY; PAUL TRAVERS; Immunobiology; Current Biology

Ltd./Garland Publishing Inc. Edição: 3ª; 1997

26. PATOLOGIA

Processos patológicos gerais correspondentes à reação do organismo frente a agentes

agressores físicos, químicos ou biológicos. Anomalias do desenvolvimento, os distúrbios

genéticos e metabólicos e os processos blastomatosos. Demonstrações práticas macro e

microscópicas e discussões em grupo dos temas acima. Participação em necrópsias e nas sessões

de Patologia Cirúrgica.

Unir
Typewriter
Unir
Typewriter
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Conteúdo Programático:

• Objetivos gerais do curso.

• Definição e classificação de patologia. Etiologia geral.

• Classificação dos processos patológicos gerais.

• Processos degenerativos.

• Necrose e morte somática.

• Calcificação e pigmentação patológica.

• Hiperemia e edema.

• Hemorragia e hemostasia.

• Trombose e embolia.

• Isquemia e infarto.

• Inflamação.

• Importância da correlação anátomo-clínica.

• Cicatrização, regeneração e reparação das feridas.

• Granulomas.

• Tuberculose.

• Hanseníase.

• Neoplasias.

• Anomalias do crescimento e desenvolvimento.

• Patologia geral das neoplasias.

• Linfohematopoiéticas.

• Patologia geral das neoplasias do sistema nervoso.

• Citologia oncótica geral.

Tipo de aulas: teórica e prática

Bibliografia:

• Patologia estrutural e Funcional – Robins 5 ed

• Patologia Geral – Bogliolo 2 ed.

• Pathology – Anderson 1 ed.

Tipo de Avaliação: participação nas atividades, provas teóricas.

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27. SEMILOGIA II

Aprofundar os tópicos abordados na semiologia I, especificamente quanto ao treinamento em

anamnese, exame físico geral e especial, realização de diagnóstico diferencial, hipótese

diagnóstica e tratamento das patologias freqüentes em ambulatórios de clínica médica.

Os conhecimentos específicos de semiologia médica serão abordados em aulas teóricas,

utilizando-se de ferramentas de ensino adequadas aos objetivos do processo ensino /

aprendizagem, e práticas à beira do leito em enfermaria e em ambulatório de clínica médica.

Avaliação Teórica e Prática:

Serão realizadas as seguintes avaliações:

• diagnóstica

• somativa

• formativa

Bibliografia:

• Semiologia Médica. Celmo Celeno Porto 3ª Ed. Guanabara Koogan. 1997.

• Semiotécnica da Observação Clínica José Ramos Júnior 8ª Ed. Sarvier 1998.

• Cecil Tratado de Medicina interna, Benneth 21ª Ed. W.B. saunders, 2000

• Atualização Terapêutica. Prado, 19ª ed. W. B. Sauders, 2000

• Harison, Princípios de Medicina Interna Fauci 14ª Ed, Magyom Hill 1997.

• Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais John Bernard Henry - 19ª Ed.

Editora Manole 1999.

28. INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS

Introdução ao estudo clínico, epidemiológico, fisiopatológico e dos métodos de

diagnóstico, tratamento e profilaxia das principais doenças infecciosas e parasitárias prevalentes

na região e no país.

Metodologia:

Aulas teóricas, práticas nos laboratórios e nos Centros de Saúde.

Avaliação:

Os alunos serão avaliados durante o curso, através de sua participação e interesse, e da

demonstração de conhecimentos adquiridos.

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Bibliografia:

Veronesi, R., 2000. Tratado de Infectologia. São Paulo: Atheneu.

QUINTO SEMESTRE

29. EPIDEMIOLOGIA II

Sedimentação dos conceitos de fatores de risco, de multicausalidade e de etiologia;

conhecimento do benefício populacional que pôde ou não ser obtido a partir de diferentes

medidas preventivas; conhecimento para analisar criticamente alguns importantes estudos

epidemiológicos; preparo para julgar os valores preditivos de exames diagnósticos; preparo para

tomada de decisão em relação a tratamentos apoiados pelas melhores evidências, com base na

avaliação metodológica dos artigos científicos sobre terapêutica.

Metodologia de Ensino:

• As atividades compreendem: leitura dirigida, exposição dialogada. Análise de texto em

grupos, e síntese pelos grupos.

• Entrevistas com pacientes para colher informações clínico-epidemiológicas da doença em

foco.

Avaliação:

Após o trabalho de campo, os alunos são solicitados a apresentar um relatório com proposta de

intervenção.

Bibliografia:

• Epidemiologia & Saúde M. Zélia Rouquayrol - 5 ed. Rio de janeiro. MEDSI, 1999

• Epidemiologia: teoria e prática Maurício Gomes Pereira - Rio de Janeiro. Gaunabara-

Koogan 1995

• Foundations of Epidemiologia David, E Lilienfeld, Paul ED. Stolley (ver.) - New York

OXFORD UNIVERSITY PRESS 1994

• Equidade e saúde contribuições da Epidemiologia Rita Barradas Barata - Rio de Janeiro

EDITORA FIOCRUZ - ABRASCO 1997

• Epidemiologia clínica bases científicas da conduta médica Robert H Fletcher, Suzanne W.

Fletcher, Edward. H Wagner

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• Elementos de Epidemiologia geral Walter Leser, Victorio Barbosa, Roberto Baruzzi et al. -

rio de Janeiro Livraria Atheneu, 1985

• Epidemiologia geral : exercícios para discussão Luiz F. Marcopito, Francisco R. Gonçalves

Santos Carla Yunis - São Paulo livraria Atheneu Editora 1992.

30. SAÚDE DO TRABALHADOR

Propiciar aos participantes um referencial teórico-metodológico e prático que possibilite

o desenvolvimento de ações no campo da Saúde do Trabalhador, na perspectiva da participação

em de atividades e programas relacionados ao enfrentamento dos problemas de saúde

decorrentes do trabalho.

Descrição do Curso

O curso está organizado por áreas temáticas, a serem ministradas sob a forma de aulas

expositivas, seminários e atividades práticas. As áreas temáticas estão assim distribuídas:

• Trabalho e saúde

• Política nacional de saúde do trabalhador

• Gênero, trabalho e saúde

• Educação, saúde e trabalho

• Processo de adoecimento relacionado à exposição ambiental e ocupacional

• Saúde mental e trabalho

• Vigilância em saúde do trabalhador

Avaliação:

Participação nas atividades desenvolvidas.

Bibliografia:

Schraiber, L. B. et al., 2000. Saúde do Adulto: Programas e Ações na Unidade Básica. São

Paulo: Hucitec.

Breilh, J., 1991. La Triple Carga. Quito: Ediciones CEAS.

Epidemiologia & Saúde M. Zélia Rouquayrol - 5 ed. Rio de janeiro. MEDSI, 1999

Epidemiologia: teoria e prática Maurício Gomes Pereira - Rio de Janeiro. Gaunabara-Koogan

1995

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31. ÉTICA MÉDICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

- Serão abordados aspectos especiais da moral aplicada à medicina, em especial os que se

referem aos limites da vida, aos transplantes de órgãos, aos direitos do paciente,

especificamente no que se refere aos modelos básicos no relacionamento médico x

paciente, ao direito à privacidade e à confidência, ao direito à verdade: revelação e

consentimento, ao direito de escolha, à vulnerabilidade do paciente e ao direito à saúde e

à assistência médica. Será abordado, também, a ética da investigação científica.

Merecerá atenção especial tópicos relacionados à corporação médica, especialmente a

história da regulamentação profissional, os códigos profissionais, o contrato implícito de

serviço e suas conseqüências, os aspectos ético-jurídicos do exercício profissional e a

responsabilidade social do médico

Metodologia de ensino:

As atividades compreendem: seminários leitura dirigida, exposição dialogada, análise de texto

em grupos.

Avaliação:

Os alunos são avaliados pelo desempenho no seminários além da assiduidade e interesse.

Bibliografia:

• Almeida M - Considerações de Ordem ética sobre o Início da Vida. Tese de Livre Docência.

Faculdade de medicina da USP 1988.

• Almeida M. - Comentário sobre os princípios Fundamentais da Bioética, ín, Fundamentos

da Bioética Pessini, L e Barchifontaine, C.P. ed. São Paulo 1996

• Almeida, M- Ética da Investigação Científica - Medicina ( Ribeirão Preto)

• Almeida M, e Munoz. D.R - Noções de Responsabilidade em Bioética, in Bioética Segre M.

e Cohen C, ed. Edusp São Paulo 1995

• Campbell A. V. - Moral Dilemas in Medicine: A Coursebook in Ethics for Doctors and

Nurses 21 Ed. Churchil Livingstone Edínburgh, 1975

• SOBOTTA, J Atlas de anatomia humana 20ª ed. Rio de Janeiro vol. 1 e 2 Guanabara

Koogan, 1993

• Almeida, M- Ética da Investigação Científica Almeida, M- Ética da Investigação Científica

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• Reiser, S. J. Dyck; A. J. & Curran, W. J. (eds) - Ethics in Medicine: Historical Perspective

and Contemporany Concerns M.I.T Press Cambridge Massachusetts 1977

• Spisantoi, S. - Ética Biomédica Ed. Paulinas Rio de Janeiro 1990.

32. BASES DA CLÍNICA MÉDICA

Fornecer conhecimentos atuais de clínica médica, especialmente no que se refere

aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos, contemplando as áreas cognitivas, das

habilidades e das atitudes, valorizar a relação médico-paciente e o ensino baseado na

comunidade. Estimular os alunos a elaborar o próprio conhecimento, utilizando os recursos

modernos da informática e os princípios da epidemiologia clínica, ética profissional e bioética.

Estimular o desenvolvimento das habilidades e a vivência das atitudes em ambiente hospitalar e

ambulatorial.

Metodologia de ensino:

Tem por objetivo desenvolver o processo ensino/aprendizado, em regime de tempo

integral, à beira do leito e no ambulatório, com responsabilidade do aluno sobre o doente,

visando a formação holística do aluno, valorizando sempre a relação médico-paciente e o

caráter humanístico e social da clínica médica.

Avaliação:

♦ Diagnóstico no início do curso (teórica e prática)

♦ Somativa ao término do curso (teórica e prática)

Bibliografia Recomendada:

♦ Cecil textbook of medicine – Wyngaarden; Smith e Bennett, 20ª ed.

♦ Atualização terapêutica – Prado, Ramos & Valle, 19ª ed.

♦ Emergências: manual de diagnóstico e tratamento – Fisoli, Lopes, Amaral, Feraro e

Blum; Sarvier, 1997.

33. BASES DA CLÍNICA CIRÚRGICA

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Contribuir para a formação do médico generalista oferecendo informações gerais sobre

cirurgia, fundamentos de técnicas operatórias, cuidados com animais de experimentação e

noções de experimentação cirúrgica. Noções de exames subsidiários para diagnóstico das

doenças cirúrgicas mais prevalentes. Indicações terapêuticas das doenças cirúrgicas.

Fisiopatologia da cicatrização e dos processos metabólicos envolvidos no trauma operatório.

Princípios de diérese, hemostasia e síntese. Vias de acesso para vasos sangüíneos, tórax e

abdome. Propedêutica cirúrgica para diagnóstico.

Competências e Habilidades:

Acesso vascular por punção periférica, punção venosa central (intra-cath), flebotomias e

punção arterial para coleta de exames.

Comportamento dentro da sala operatória.

Conhecimento de material instrumental cirúrgico usual (incluir grampeadores e

videocirurgia).

Instrumentação cirúrgica.

Punção de tórax diagnóstica e terapêutica.

Reconhecer e correlacionar os achados anátomo patológicos com os achados clínicos-

cirúrgicos.

Sondagem gástrica, vesical e retal.

Metodologia de ensino:

Aulas teóricas, aulas práticas em laboratório de técnica operatória (utilizando cães),

discussão de casos ilustrativos, apresentação de vídeos.

Avaliação:

Provas teóricas, avaliação prática, desempenho nas atividades desenvolvidas.

Bibliografia:

Goldenberg, Saul; Bevilacqua, Ruy G. Bases da Cirurgia. São Paulo; EPU; 1981. 304 p.

Goldenberg, Saul; Nigro, Amaury José Teixeira. Atlas de técnicas operatórias em cirurgia geral.

São Paulo; Manole; 1990. 820p.

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34. SAÚDE DA MULHER I

Oferecer ao aluno oportunidade de aprendizado na área de Saúde da Mulher, englobando

o conceito da atenção integral à saúde da mulher. Capacitar o aluno ao atendimento individual

da mulher com aprendizado em anamnese e exame físico, formulações de hipóteses

diagnósticas e condutas adequadas. Compreensão do papel da assistência individual da Mulher

na saúde Comunitária. Sensibilização e elaboração de vivências psicológicas relacionadas à

relação médico-paciente no processo de profissionalização. Discussão de temas de Saúde

Coletiva na área da Saúde da mulher. Identificar as necessidades de organização dos serviços às

necessidades de saúde da população.

Habilidades:

♦ Realização da assistência pré-natal básica.

♦ Prevenção do câncer ginecológico

Metodologia de Ensino:

Conteúdos teóricos acessados através de aulas teóricas, vídeos, seminários, grupos de discussão.

Aulas práticas em ambulatórios e hospitais.

Avaliação:

Desempenho ao longo da disciplina, com aprendizado dos conteúdos propostos.

Bibliografia Recomendada:

♦ Atualização terapêutica – Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. FC Prado,

J. Ramos, JR Valle. Editora: OL Ramos, HÁ Rothschild. Ed. Artes Médicas. 19ª

ed. 1999.

♦ Obstetrícia Normal – Briquet.

♦ Williams Obstetrics – Cunnigham e col.

♦ O médico, seu paciente e a doença – M. Balint.

♦ A Medicina da Pessoa – D. Perestrello.

♦ Psicossomática Hoje – Julio Mello Filho.

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83

♦ Rosso, P. – Nutrition and metobolism in pregnacy. New York, Oxford university

Press, 1990.

♦ Stefanini, M.L.R.; Lerner, B.R., Lei L.D.M. & Chave, S.P. – Fome e Política –

Coleção Monografias. Série Políticas Públicas em Saúde/SP, 1994.

♦ UNICEF – Estratégia para melhorar a nutrição de crianças e mulheres nos países

em desenvolvimento. New York, 1990.

35. SAÚDE DA CRIANÇA I Oferecer ao aluno oportunidade de aprendizado na área de Saúde da Criança,

englobando o conceito da atenção integral à saúde da criança. Capacitar o aluno ao atendimento

individual da criança com aprendizado em anamnese e exame físico, formulações de hipóteses

diagnósticas e condutas adequadas. Compreensão do papel da assistência individual da Criança

na saúde Comunitária. Sensibilização e elaboração das vivências psicológicas relacionadas a

relação médico-paciente no processo de profissionalização. Entendimento dos princípios

básicos sobre alimentação e nutrição e embasamento teórico-prátrico para o diagnóstico e as

intervenções nutricionais à nível individual e coletivo. Discussão de temas de Saúde Coletiva na

área da Saúde da Criança. Reconhecimento da adequação da organização dos serviços às

necessidades de saúde da população.

Habilidades:

♦ Puericultura: orientação dos pais sobre amamentação e vacinação, alimentação nos

primeiros anos de vida e avaliação do crescimento da criança.

♦ Exame físico: medidas antropométicas, exame psicomotor, exame de orofaringe,

otoscopia e registro destes dados em prontuário.

Bibliografia Recomendada:

♦ Atualização terapêutica – Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. FC Prado,

J. Ramos, JR Valle. Editora: OL Ramos, HÁ Rothschild. Ed. Artes Médicas. 19ª

ed. 1999.

♦ Semiologia Pediátrica – Perneta.

♦ SCHETTHINO, C.E. – Doenças Exantemáticas em Pediatria e outras doenças

mucocutâneas. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Atheneu, 1999.

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84

♦ SUCUPIRA, A.C.S.L. et. al. – Pediatria em Consultório. 1ª Edição. Sarvier, 1996.

♦ O médico, seu paciente e a doença – M. Balint.

♦ A Medicina da Pessoa – D. Perestrello.

♦ Psicossomática Hoje – Julio Mello Filho.

♦ Akré, J. – Alimentação infantil. Bases fisiológicas IBFA/Instituto de Saúde. São

Paulo.

♦ Brasil. – Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição.

Condições nutricionais da população brasileira: adultos e idosos. Brasília, 1991, 39

p.

♦ Duchiade, M. P. – População brasileira: um retrato em movimento. In: Minayo.

M.C.S. (org) Os muitos Brasis: saúde e população na década de 80. São Paulo –

Rio de Janeiro. HUCUTEC/ABRASCO, 2000. P. 14-59.

♦ Johnson, V. – As causas da fome. In: Valente, FLS – Fome e Desnutrição.

Determinantes Sociais. Cortez Ed., São Paulo.

♦ L’Abbates, S. – As políticas da alimentação e nutrição no Brasil I Período de 1940

a 1964. Rev. Nutr. PUCCAMP, 1(2): 87-138, 1988.

♦ L’Abbates, S. – As políticas da alimentação e nutrição no Brasil II a partir dos anos

setenta. Rev. Nutr. PUCCAMP, 2 (1): 7-54, 1989.

♦ Monteiro, C.A. – O mapa da pobreza no Brasil. Cadernos de Nutrição, 4: 1-6,

1992.

♦ Monteiro, C.A. – O panorama da nutrição infantil nos anos 90. Cadernos de

Políticas Sociais, 1. Brasília, UNICEF, 1987.

♦ Monteiro, C.A. – Velhos e novos males de saúde no Brasil – A evolução do país e

suas doenças. São Paulo, editora Hucitec – NUPENS/USP, 1995.359P. [caps. 5, 6,

7, 8, 14].

♦ Stefanini, M.L.R.; Lerner, B.R., Lei L.D.M. & Chave, S.P. – Fome e Política –

Coleção Monografias. Série Políticas Públicas em Saúde/SP, 1994.

♦ UNICEF – Estratégia para melhorar a nutrição de crianças e mulheres nos países

em desenvolvimento. New York, 1990.

♦ Valente, F.L.S. – Do combate à fome à segurança alimentar e nutricional: o direito

à alimentação adequada. R. Nutr. PUCCAMP, 10 (1): 20-36, 1997.

♦ Vannucchi, H.; Freitas, M.L.S. & Szarfac, S.C. – Prevalência de anemias

nutricionais no Brasil. Cadernos de Nutriação, 4: 7-26. 1992.

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85

♦ Who Working Group. Use and interpretation of anthropometric indicators of

ntritional status. Bull. WHO, 64 (6): 929-41, 1986.

♦ World health Organization – Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva, 1989. (Tech. Resp. Series 854).

♦ American Diabetes Association – Nutritional recommendations and principles for

individuals with diabetes mellitus: 1986. Diabetes care, 10 (1): 126-32. 1987.

♦ Bantle, J.P. – Tratamento dietético do diabete mellitus. In: Clín. Med. Am. Norte,

1988. P. 1335-53.

♦ Chumlea, W.C. – Anthropometric assessment of nutritional status in the elderly. In:

Himes, J.H. ed. Anthropometric assessment of nutritional status. New York, Willy-

Liss. 1991.

♦ Clínicas Médica da América do Norte – Obesidade. Rio de Janeiro. Interlivros.

1989 (vol. 1).

♦ Frisancho, A.R. – triceps Skinfold and upper arm muscle size norms for assessment

of nutritional status. Amer. J. Clin. Nutr., 27: 1052-8, 1974.

♦ Grant, J.P.; Custer, P.B.; Thurlow, J. – Técnicas atuais para avaliação nutricional.

Clin. Med. A. Norte, junho, 1991, p. 441.

36. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

Interpretação dos aspectos relacionados com exames laboratoriais bioquímicos, visando

ao diagnóstico ou ao controle terapêutico. Fornecer conhecimentos específicos de medicina

laboratorial por meio de aulas teóricas, utilizando-se de ferramentas de ensino adequadas aos

objetivos do processo ensino / aprendizagem, e práticas à beira do leito em enfermaria e em

ambulatório de clínica médica.

O curso será desenvolvido de forma integrada, envolvendo a semiologia clínica, a

medicina laboratorial e disciplinas das ciências básicas, visando a verticalização do

conhecimento.

Avaliação Teórica e Prática:

Serão realizadas as seguintes avaliações:

• diagnóstica

• somativa

• formativa

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86

Bibliografia:

• Atualização Terapêutica. Prado, 19ª ed. W. B. Sauders, 2000

• Harison, Princípios de Medicina Interna Fauci 14ª Ed, Magyom Hill 1997.

• Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais John Bernard Henry -

19ª Ed. Editora Manole 1999.

SEXTO SEMESTRE

37. SAÚDE COLETIVA II

Desenvolver no aluno a capacidade de identificar, analisar e intervir nos problemas que

se apresentam no campo da Vigilância à Saúde, em especial aquelas relacionadas à vigilância

Epidemiológica e Vigilância Sanitária, habilitando-o para atuar nos diferentes níveis do sistema.

Metodologia de Ensino;

• O curso será desenvolvido através de discussões em pequenos grupos, aulas

expositivas, leitura crítica de textos, seminários e reconhecimento de território.

• Durante o curso será elaborado um diagnóstico / necessidades de saúde através dos

seguintes procedimentos;

1 Aplicação de questionários com roteiro semi-estruturado junto a:

• população residente na área de abrangência do serviço

• usuário do serviço de saúde

• outros equipamentos da região serviços de saúde igrejas, farmácias, parteiras,

vendedores de ervas / drogas entre outros

2 Visitas às unidades de saúde

3 Coleta de dados secundários

• o modelo pedagógico tem como pressuposto fundamental a divisão dos alunos em

grupos

• será realizado o trabalho de campo por meio de reconhecimento do território de

abrangência da unidade de saúde de referência. Os alunos aplicarão questionários

semi-estruturado para o diagnóstico da situação da saúde e realizarão visitas a

unidades de saúde instituições e entidades sociais e a outros equipamentos da

região.

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Bibliografia:

Costa, E. A., 1999. Vigilância Sanitária: Proteção e Defesa da Saúde. São Paulo: Hucitec.

Rosenfeld, S., 2000. Fundamentos da Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Avaliação;

Os alunos serão avaliados individualmente e em grupo, levando-se em consideração sua

capacidade de articular os conhecimentos teóricos com a experiência vivenciada no trabalho de

campo. No aspecto individual, serão observados a pontualidade, a assiduidade, o interesse, a

cooperação e o envolvimento no trabalho. Em grupo, os alunos deverão elaborar e apresentar

em seminário o relatório do trabalho teórico-prático.

38. MEDICINA LEGAL

Introdução ao estudo da Medicina legal. Perícias e Peritos. Documentos médicos legais.

Antropologia médico-legal. Traumatologia médico-legal. Sexologia forense. Tanatologia

Metodologia de ensino:

Aulas teóricas, expositivas e apresentação de vídeo para toda a turma

Avaliação:

Os alunos são avaliados por prova teórica.

Bibliografia: FRANÇA, G. V.; Medicina Legal. RJ: Guanabara Koogan, 1998 CARVALHO, H. V. et al.; Compêndio de Medicina Legal. SP: Ed. Saraiva, 1992 ARBENZ, G. O.; Medicina Legal e Antropologia Forense. SP/RJ: Livraria Atheneu, 1988 GOMES, H.; Medicina Legal. RJ: Livraria Freitas Bastos S/A, 1997.

39. CLÍNICA MÉDICA I Fornecer conhecimentos atuais de clínica médica, especialmente nos tópicos relacionados a

cardiologia, pneumologia e gastroenterologia, estimulando os alunos a elaborar o próprio

conhecimento, utilizando os recursos modernos da informática e os princípios da epidemiologia

clínica, ética profissional e bioética. Estimular o desenvolvimento das habilidades e a vivência

das atitudes em ambiente hospitalar e ambulatorial.

Metodologia de ensino:

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Tem por objetivo desenvolver o processo ensino/aprendizado, em regime de tempo

integral, à beira do leito e no ambulatório, com responsabilidade do aluno sobre o doente,

visando a formação holística do aluno, valorizando sempre a relação médico-paciente e os

carcteres humanístico e social da clínica médica.

- procedimento diagnósticos

- procedimentos terapêuticos

Avaliação:

♦ Diagnóstico no início do curso (teórica e prática)

♦ Somativa ao término do curso (teórica e prática)

Bibliografia Recomendada:

♦ Cecil textbook of medicine – Wyngaarden; Smith e Bennett, 20ª ed.

♦ Atualização terapêutica – Prado, Ramos & Valle, 19ª ed.

♦ Emergências: manual de diagnóstico e tratamento – Fisoli, Lopes, Amaral, Feraro e

Blum; Sarvier, 1997.

40. SAÚDE DA MULHER II Oferecer ao aluno oportunidade de aprendizado na área de Saúde da Mulher, englobando

o conceito da atenção integral à saúde da mulher. Capacitar o aluno ao atendimento individual

da mulher com aprendizado em anamnese e exame físico, formulações de hipóteses

diagnósticas e condutas adequadas. Compreensão do papel da assistência individual da Mulher

na saúde Comunitária. Sensibilização e elaboração de vivências psicológicas relacionadas à

relação médico-paciente no processo de profissionalização. Discussão de temas de Saúde

Coletiva na área da Saúde da mulher. Identificar as necessidades de organização dos serviços às

necessidades de saúde da população.

Habilidades:

♦ Atividades ambulatoriais e hospitalares relativas à saúde reprodutiva.

Metodologia de Ensino:

Conteúdos teóricos acessados através de aulas teóricas, vídeos, seminários, grupos de discussão.

Aulas práticas em ambulatórios e hospitais.

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89

Avaliação:

Desempenho ao longo da disciplina, com aprendizado dos conteúdos propostos.

Bibliografia Recomendada:

♦ Atualização terapêutica – Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. FC Prado,

J. Ramos, JR Valle. Editora: OL Ramos, HÁ Rothschild. Ed. Artes Médicas. 19ª

ed. 1999.

♦ Obstetrícia Normal – Briquet.

♦ Williams Obstetrics – Cunnigham e col.

♦ O médico, seu paciente e a doença – M. Balint.

♦ A Medicina da Pessoa – D. Perestrello.

♦ Psicossomática Hoje – Julio Mello Filho.

♦ Rosso, P. – Nutrition and metobolism in pregnacy. New York, Oxford university

Press, 1990.

♦ Stefanini, M.L.R.; Lerner, B.R., Lei L.D.M. & Chave, S.P. – Fome e Política –

Coleção Monografias. Série Políticas Públicas em Saúde/SP, 1994.

♦ UNICEF – Estratégia para melhorar a nutrição de crianças e mulheres nos países

em desenvolvimento. New York, 1990.

41. CLÍNICA CIRÚRGICA I

Contribuir para a formação do médico generalista oferecendo informações gerais sobre

anestesia, cirurgia torácica, vascular, gastroenterológica e urologia. Noções de exames

subsidiários para diagnóstico das doenças cirúrgicas mais prevalentes. Indicações terapêuticas

das doenças cirúrgicas.Propedêutica cirúrgica para diagnóstico.

Metodologia de ensino:

Aulas teóricas, aulas práticas, discussão de casos ilustrativos, apresentação de vídeos.

Avaliação:

Provas teóricas, avaliação prática, desempenho nas atividades desenvolvidas.

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90

Bibliografia:

Goldenberg, Saul; Bevilacqua, Ruy G. Bases da Cirurgia. São Paulo; EPU; 1981. 304 p.

Goldenberg, Saul; Nigro, Amaury José Teixeira. Atlas de técnicas operatórias em cirurgia geral.

São Paulo; Manole; 1990. 820p.

42. SAÚDE DA CRIANÇA II

Oferecer ao aluno oportunidade de aprendizado na área de Saúde da Criança,

englobando o conceito da atenção integral à saúde da criança. Capacitar o aluno ao atendimento

individual da criança com aprendizado em anamnese e exame físico, formulações de hipóteses

diagnósticas e condutas adequadas. O neonato e o prematuro. O desenvolvimento da criança.

Patologias do meio. Compreensão do papel da assistência individual da Criança na saúde

Comunitária. Sensibilização e elaboração das vivências psicológicas relacionadas a relação

médico-paciente no processo de profissionalização. Discussão de temas de Saúde Coletiva na

área da Saúde da Criança. Reconhecimento da adequação da organização dos serviços às

necessidades de saúde da população.

Habilidades:

♦ Cuidados com o recém nascido e com o prematuro.

♦ Crescimento e desenvolvimento da criança.

♦ Identificação dos problemas mais comuns entre as crianças da região.

Bibliografia Recomendada:

♦ Atualização terapêutica – Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. FC Prado,

J. Ramos, JR Valle. Editora: OL Ramos, HÁ Rothschild. Ed. Artes Médicas. 19ª

ed. 1999.

♦ Semiologia Pediátrica – Perneta.

♦ SCHETTHINO, C.E. – Doenças Exantemáticas em Pediatria e outras doenças

mucocutâneas. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Atheneu, 1999.

♦ SUCUPIRA, A.C.S.L. et. al. – Pediatria em Consultório. 1ª Edição. Sarvier, 1996.

♦ O médico, seu paciente e a doença – M. Balint.

♦ A Medicina da Pessoa – D. Perestrello.

♦ Psicossomática Hoje – Julio Mello Filho.

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♦ Akré, J. – Alimentação infantil. Bases fisiológicas IBFA/Instituto de Saúde. São

Paulo.

♦ Brasil. – Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição.

Condições nutricionais da população brasileira: adultos e idosos. Brasília, 1991, 39

p.

SÉTIMO SEMESTRE

43. MEDICINA PREVENTIVA

Proporcionar aos alunos a oportunidade contato com os programas de saúde

desenvolvidos em Unidade Básica de Saúde, com ênfase nos programas desenvolvidos

exclusivamente por estas, como os de Tuberculose e Hanseníase. Será estimulada a

participação dos alunos nas atividades da Unidade, além da consulta médica, tais como

atividades educativas em grupo para os pacientes e atividades de vigilância epidemiológica

como visitas domiciliares e levantamento do atendimento de setores específicos.

♦ Além desses programas, os alunos desenvolvem atividades nos programas de Diabetes,

Saúde da Família, Saúde do Idoso, entre outros.

♦ Além dessas atividades, desenvolvidas em ambulatórios, com o atendimento

supervisionado de paciente, são desenvolvidos seminários de Economia da Saúde e

Vigilância Epidemiológica.

♦ Em todas as atividades da disciplina, procura-se enfatizar a visão de saúde da população

ou da comunidade, em comparação com a visão unicamente individual, de cada doente,

hegemônicos no atendimento médico.

Habilidades Práticas

♦ Ao final da disciplina os alunos deverão estar capacitados para, de acordo com os

programas desenvolvidos na unidade:

� Realizar o atendimento dentro dos programas citados, abrangendo a consulta clínica e

condutas adequadas;

� Relatar a consulta objetivamente, possibilitando a discussão do caso, formulação de

hipóteses diagnósticas e estabelecimento de condutas;

� Realizar exame físico, geral e especial;

� Determinar condutas, sempre justificando cada medida:

Orientação;

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Prescrições;

� Solicitação de exames subsidiários;

� Encaminhamentos;

� Programação.

Avaliação

Os alunos serão avaliados individualmente e em grupo, levando-se em consideração sua

capacidade de articular os conhecimentos teóricos com a experiência vivenciada no trabalho de

campo. No aspecto individual, serão observados a pontualidade, a assiduidade, o interesse, a

cooperação e o envolvimento no trabalho. Em grupo, os alunos deverão elaborar e apresentar

em seminário o relatório do trabalho teórico-prático.

Bibliografia

• Tuberculose – Do Ambulatório a Enfermaria Afranio L. Kritsk, Marcus B. Conde, Gilvan R.

Muzy de Souza. Atheneu, 1999.

• Manual de Padronização: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção de Tuberculose Pulmonar

Bacilifera.

• Epidemiologia & Saúde M. Zélia Rouquayrol - 5 ed. Rio de janeiro. MEDSI, 1999

• Epidemiologia: teoria e prática Maurício Gomes Pereira - Rio de Janeiro. Gaunabara-

Koogan 1995

• Foundations of Epidemiologia David, E Lilienfeld, Paul ED. Stolley (ver.) - New York

OXFORD UNIVERSITY PRESS 1994

• Equidade e saúde contribuições da Epidemiologia Rita Barradas Barata - Rio de Janeiro

EDITORA FIOCRUZ - ABRASCO 1997

• Epidemiologia clínica bases científicas da conduta médica Robert H Fletcher, Suzanne W.

Fletcher, Edward. H Wagner

• Elementos de Epidemiologia geral Walter Leser, Victorio Barbosa, Roberto Baruzzi et al. -

rio de Janeiro Livraria Atheneu, 1985

• Epidemiologia geral : exercícios para discussão Luiz F. Marcopito, Francisco R. Gonçalves

Santos Carla Yunis - São Paulo livraria Atheneu Editora 1992.

44. COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

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93

Identificar os mecanismos de divulgação do conhecimento científico. Identificar as

principais bases bibliográficas na área da saúde. Identificar as principais revistas e os critérios

de publicação. Principais congressos médicos e mecanismos de participação.

Metologia:

Seminários, aulas práticas em laboratório de informática, seções de orientação para

elaboração de trabalhos.

Avaliação:

Apresentação de um trabalho dentro dos critérios de divulgação como artigo ou

apresentação em congresso.

Bibliografia:

Instruções para colaboradores de revistas nacionais e estrangeiras.

Day, R. A., 1990. Como escribir y publicar trabajos científicos. Washington: OPAS.

45. CLÍNICA MÉDICA II

Fornecer conhecimentos atuais de clínica médica, especialmente nos tópicos relacionados a

neurologia, oncologia, nefrologia e dermatologia, estimulando os alunos a elaborar o próprio

conhecimento, utilizando os recursos modernos da informática e os princípios da epidemiologia

clínica, ética profissional e bioética. Estimular o desenvolvimento das habilidades e a vivência

das atitudes em ambiente hospitalar e ambulatorial.

Metodologia de ensino:

Tem por objetivo desenvolver o processo ensino/aprendizado, em regime de tempo

integral, à beira do leito e no ambulatório, com responsabilidade do aluno sobre o doente,

visando a formação holística do aluno, valorizando sempre a relação médico-paciente e o

caráter humanístico e social da clínica médica.

- procedimento diagnósticos

- procedimentos terapêuticos

Avaliação:

♦ Diagnóstico no início do curso (teórica e prática)

♦ Somativa ao término do curso (teórica e prática)

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94

Bibliografia Recomendada:

♦ Cecil textbook of medicine – Wyngaarden; Smith e Bennett, 20ª ed.

♦ Atualização terapêutica – Prado, Ramos & Valle, 19ª ed.

♦ Emergências: manual de diagnóstico e tratamento – Fisoli, Lopes, Amaral, Feraro e

Blum; Sarvier, 1997.

46. CLÍNICA CIRÚRGICA II

Contribuir para a formação do médico generalista oferecendo informações gerais sobre

cirurgia pediátrica, cabeça e pescoço, oftalmologia e otorrinolaringologia. Noções de exames

subsidiários para diagnóstico das doenças cirúrgicas mais prevalentes. Indicações terapêuticas

das doenças cirúrgicas. Propedêutica cirúrgica para diagnóstico.

Metodologia de ensino:

Aulas teóricas, aulas práticas, discussão de casos ilustrativos, apresentação de vídeos.

Avaliação:

Provas teóricas, avaliação prática, desempenho nas atividades desenvolvidas.

Bibliografia:

Goldenberg, Saul; Bevilacqua, Ruy G. Bases da Cirurgia. São Paulo; EPU; 1981. 304 p.

Goldenberg, Saul; Nigro, Amaury José Teixeira. Atlas de técnicas operatórias em cirurgia geral.

São Paulo; Manole; 1990. 820p.

47. SAÚDE DA MULHER III

Oferecer ao aluno oportunidade de aprendizado na área de Saúde da Mulher, englobando

o conceito da atenção integral à saúde da mulher. Capacitar o aluno ao atendimento individual

da mulher com aprendizado em anamnese e exame físico, formulações de hipóteses

diagnósticas e condutas adequadas. Compreensão do papel da assistência individual da Mulher

na saúde Comunitária. Sensibilização e elaboração de vivências psicológicas relacionadas à

relação médico-paciente no processo de profissionalização. Discussão de temas de Saúde

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Coletiva na área da Saúde da mulher. Identificar as necessidades de organização dos serviços às

necessidades de saúde da população.

Habilidades:

♦ Exame ginecológico normal e patológico

♦ Coleta de Papanicolaou.

Metodologia de Ensino:

Conteúdos teóricos acessados através de aulas teóricas, vídeos, seminários, grupos de discussão.

Aulas práticas em ambulatórios e hospitais.

Avaliação:

Desempenho ao longo da disciplina, com aprendizado dos conteúdos propostos.

Bibliografia Recomendada:

♦ Atualização terapêutica – Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. FC Prado,

J. Ramos, JR Valle. Editora: OL Ramos, HÁ Rothschild. Ed. Artes Médicas. 19ª

ed. 1999.

♦ Obstetrícia Normal – Briquet.

♦ Williams Obstetrics – Cunnigham e col.

♦ O médico, seu paciente e a doença – M. Balint.

♦ A Medicina da Pessoa – D. Perestrello.

♦ Psicossomática Hoje – Julio Mello Filho.

♦ Rosso, P. – Nutrition and metobolism in pregnacy. New York, Oxford university

Press, 1990.

♦ Stefanini, M.L.R.; Lerner, B.R., Lei L.D.M. & Chave, S.P. – Fome e Política –

Coleção Monografias. Série Políticas Públicas em Saúde/SP, 1994.

♦ UNICEF – Estratégia para melhorar a nutrição de crianças e mulheres nos países

em desenvolvimento. New York, 1990.

48. SAÚDE DA CRIANÇA III

Oferecer ao aluno oportunidade de aprendizado na área de Saúde da Criança,

englobando o conceito da atenção integral à saúde da criança. Capacitar o aluno ao atendimento

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96

individual da criança com aprendizado em anamnese e exame físico, formulações de hipóteses

diagnósticas e condutas adequadas. O adolescente. Patologias do meio. Compreensão do papel

da assistência individual da Criança na saúde Comunitária. Sensibilização e elaboração das

vivências psicológicas relacionadas a relação médico-paciente no processo de

profissionalização. Discussão de temas de Saúde Coletiva na área da Saúde da Criança.

Reconhecimento da adequação da organização dos serviços às necessidades de saúde da

população.

Habilidades:

♦ Cuidados com o adolescente.

Bibliografia Recomendada:

♦ Atualização terapêutica – Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. FC Prado,

J. Ramos, JR Valle. Editora: OL Ramos, HÁ Rothschild. Ed. Artes Médicas. 19ª

ed. 1999.

♦ Semiologia Pediátrica – Perneta.

♦ SCHETTHINO, C.E. – Doenças Exantemáticas em Pediatria e outras doenças

mucocutâneas. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Atheneu, 1999.

♦ SUCUPIRA, A.C.S.L. et. al. – Pediatria em Consultório. 1ª Edição. Sarvier, 1996.

♦ O médico, seu paciente e a doença – M. Balint.

♦ A Medicina da Pessoa – D. Perestrello.

♦ Psicossomática Hoje – Julio Mello Filho.

♦ Akré, J. – Alimentação infantil. Bases fisiológicas IBFA/Instituto de Saúde. São

Paulo.

♦ Brasil. – Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição.

Condições nutricionais da população brasileira: adultos e idosos. Brasília, 1991, 39

p.

OITAVO SEMESTRE

49. GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Introduzir questões relativas à gestão de unidades de saúde. Desenvolver Conhecimentos

para identificar e analisar o processo de produção em uma unidade de saúde, o contexto social

no qual a mesma está inserida, assim como as possíveis relações e transformações daí

decorrentes. Capacitar para a utilização de ferramentas de avaliação do quadro de necessidades

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de saúde, da oferta de serviços e da disponibilidade de recursos no ambiente institucional e

sócio-político. Desenvolver conhecimentos para a programação/planejamento/condução de

operações visando enfrentar ou antecipar problemas. Desenvolver conhecimentos para delinear

o perfil gerencial dos serviços de saúde, para atuação num ambiente complexo, variável e

repleto de limitações, empregando o enfoque estratégico e utilizando a negociação como

instrumento de gerência.

Metodologia: desenvolvimento de atividades em grupo, leitura de texto, utilização de manuais

de estudos dirigidos sobre gestão. Atividades práticas nas unidades e os trabalhos de reflexão

sobre a realidade identificada.

Avaliação: auto-avaliação; trabalho de grupo construído ao longo da disciplina.

Bibliografia:

Ministério da Saúde, 1998. Manual de Gerência de Unidades de Saúde.

50. PSIQUIATRIA

Oferecer aos alunos conhecimentos necessários sobre os principais transtornos mentais.

Oferecer recursos para o aprendizado de técnicas de entrevista para a elaboração da história de

vida e correlação com o início do transtorno. Treinamento para a realização do exame psíquico

Competências e Habilidades:

Habilitar o aluno para o conhecimento e manejo terapêutico dos transtornos mentais

que estão ao alcance do clínico geral para atender nos serviços de atenção primária.

Metodologia: aulas teóricas e práticas.

Avaliação: Diagnóstica e somativa, ao final do curso.

Bibliografia:

• Almeida P. O.; Dractu L.; Laranjeira R. Manual da Psiquiatria

• Louzã R. M.; Motta T.; Elkis H.; Psiquiatria Básica

• Kaplan H.; Sadock.B. J.; Greeb J. A. Compêndio de Psiquiatria

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51. CLÍNICA MÉDICA III

Fornecer conhecimentos atuais de clínica médica, especialmente nos tópicos relacionados a

reumatologia, endocrinologia, hematologia, geriatria e oncologia, estimulando os alunos a

elaborar o próprio conhecimento, utilizando os recursos modernos da informática e os

princípios da epidemiologia clínica, ética profissional e bioética. Estimular o desenvolvimento

das habilidades e a vivência das atitudes em ambiente hospitalar e ambulatorial.

Metodologia de ensino:

Tem por objetivo desenvolver o processo ensino/aprendizado, em regime de tempo

integral, à beira do leito e no ambulatório, com responsabilidade do aluno sobre o doente,

visando a formação holística do aluno, valorizando sempre a relação médico-paciente e o

caráter humanístico e social da clínica médica.

- procedimento diagnósticos

- procedimentos terapêuticos

Avaliação:

♦ Diagnóstico no início do curso (teórica e prática)

♦ Somativa ao término do curso (teórica e prática)

Bibliografia Recomendada:

♦ Cecil textbook of medicine – Wyngaarden; Smith e Bennett, 20ª ed.

♦ Atualização terapêutica – Prado, Ramos & Valle, 19ª ed.

♦ Emergências: manual de diagnóstico e tratamento – Fisoli, Lopes, Amaral, Feraro e

Blum; Sarvier, 1997.

52. CLÍNICA CIRÚRGICA III

Contribuir para a formação do médico generalista oferecendo informações gerais sobre

cirurgia plástica, oncológica, traumalologia e ortopedia. Noções de exames subsidiários para

diagnóstico das doenças cirúrgicas mais prevalentes. Indicações terapêuticas das doenças

cirúrgicas.Propedêutica cirúrgica para diagnóstico.

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Metodologia de ensino:

Aulas teóricas, aulas práticas, discussão de casos ilustrativos, apresentação de vídeos.

Avaliação:

Provas teóricas, avaliação prática, desempenho nas atividades desenvolvidas.

Bibliografia:

Goldenberg, Saul; Bevilacqua, Ruy G. Bases da Cirurgia. São Paulo; EPU; 1981. 304 p.

Goldenberg, Saul; Nigro, Amaury José Teixeira. Atlas de técnicas operatórias em cirurgia geral.

São Paulo; Manole; 1990. 820p.

53. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Estudo clínico, epidemiológico, fisiopatológico e dos métodos de diagnóstico, tratamento e

profilaxia das principais doenças infecciosas e parasitárias prevalentes na região e no país,

especialmente malária, febre amarela e dengue, AIDS, leishmaniose, doenças imuno-

previníveis, tuberculose, hanseníase, arboviroses prevalentes na região, hepatites, infecção

hospitalar, entre outras, além de abordar os mecanismos de vigilância e os programas de

controle adotados.

O aluno deverá se familiarizar com o atendimento a pacientes de doenças infecciosas a

nível hospitalar e ambulatorial, incluindo cuidados no atendimento a pacientes com doenças

transmissíveis e noções de prevenção e controle de infecções hospitalares.

♦ Ao fim do estágio o aluno deverá:

1. Conhecer a epidemiologia e a clínica das síndromes infecciosas mais prevalentes;

2. Saber solicitar e interpretar os principais testes laboratoriais utilizados no

diagnóstico etiológico em doenças infecciosas;

3. Utilizar adequadamente os antimicrobianos, anifúngicos, antivirais e

antiparasitários.

Metodologia de ensino:

Aulas teóricas, expositivas e apresentação de vídeo, seminários, painéis de discussão

com especialistas da área, aulas práticas nos ambulatórios e leitos das unidades voltadas para o

atendimento destes problemas da população.

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Atividades Práticas ♦ Enfermaria: As atividades são desenvolvidas no Centro de Medicina Tropical, ou

outra unidade credenciada para tal, sob supervisão de um preceptor.

♦ Ambulatório: Os alunos devem prestar atendimento no ambulatório das unidades

credenciadas, sob a supervisão de um preceptor.

Avaliação

O conceito é o emitido levando-se em consideração as atividades assistenciais,

particularmente a responsabilidade e o comportamento no atendimento aos pacientes,

freqüências, interesse e estudo da bibliografia recomendada.

Bibliografia:

♦ Tratado de Infectologia – Veronesi, 1996.

♦ Doenças Infecciosas e Parasitárias – Vicente Amatto Neto.

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DISCIPLINAS NO INTERNATO

9º E 10º PERÍODOS

O objetivo do internato no quinto ano (9º e 10º períodos) é aproximar o aluno dos problemas

mais comuns enfrentados nas unidades de saúde de nível primário e secundário, principalmente

aquelas que prestam assistência ambulatorial. As unidades hospitalares servirão de apoio à

atividades teóricas ainda demandadas.

RODÍZIO DE CLÍNICA MÉDICA, NEUROLOGIA E NEUROCIRURG IA

♦ CLÍNICA MÉDICA

♦ Doenças Infecciosas e Parasitárias

♦ Edocrinologia

♦ Gastroenterologia

♦ Cardiologia / Pneumologia

♦ Nefrologia

♦ NEUROLOGIA CLÍNICA E NEUROCIRURGICA

RODÍZIO MEDICINA COMUNITÁRIA

♦ Ambulatório Geral/Familiar

♦ Pediatria Geral e Comunitária

♦ Medicina Preventiva

♦ Informática em Saúde

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102

DEMAIS DISCIPLINAS (RODÍZIO)

♦ Ginecologia

♦ Otorrinolaringologia

♦ Oftalmologia

♦ Psiquiatria

11º e 12º PERÍODOS

O objetivo do internato no SEXTO ano (11º e 12º períodos) é aproximar o aluno dos problemas

mais comuns enfrentados nas unidades de saúde de nível secundário e terciário, principalmente

aquelas que prestam assistência hospitalar. As unidades de saúde credenciadas (hospitalares e

ambulatoriais) servirão de apoio à atividades teóricas ainda demandadas.

RODÍZIO DE CLÍNICA CIRÚRGICA I

♦ Anestesiologia

♦ Ginecologia

♦ Cirurgia vascular

♦ Cirurgia torácica

♦ Cirurgia cardiovascular

♦ Urologia

♦ Cirurgia plástica

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RODÍZIO DE CLÍNICA CIRÚRGICA II E OBSTETRÍCIA

♦ Gastroenterologia Cirúrgica

♦ Ortopedia e Traumatologia

♦ Obstetrícia

RODÍZIO NAS CLÍNICAS BÁSICAS

♦ Enfermaria Geral Clínica

♦ Enfermaria Geral Cirúrgica

♦ Pronto Socorro de Clínica

♦ Pronto Socorro de Cirurgia

Além destas atividades, acreditamos ser de fundamental importância dois estágios que são descritos mais detalhadamente: o de Pronto Socorro e o de Interiorização e Interação Comunitária.

1) PRONTO SOCORRO:

Objetivo:

O estágio tem por objetivo o treinamento teórico-prático em situações de urgência e emergência

em clínica e cirurgia, dando ênfase às estratégias do ATLS (suporte avançado de vida no

trauma)

Habilidades pretendidas:

♦ Conhecer as manifestações das patologias clínicas e cirúrgicas mais freqüentes em um

pronto socorro;

♦ Identificar os graus de gravidade em patologias clínicas

♦ Obter destreza para Entubação oro-traqueal

♦ Praticar pequenos procedimentos cirúrgicos

♦ Dominar as técnicas de ressuscitação cárdio-respiratória

♦ Identificar o uso adequado de antimicrobianos

♦ Saber Indicar e avaliar exames subsidiários

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♦ Participar em atos cirúrgicos como membro da equipe

♦ Interação com outros profissionais de saúde

♦ Dominar as condutas frente ao trauma

Estratégias:

♦ As atividades de Pronto Socorro serão desenvolvidas durante dez meses, nos últimos dois

semestres do curso.

♦ Os alunos serão divididos em grupos de prestarão plantões de 24 horas semanais (12 horas

diurnas e 12 horas noturnas, em dias diferentes)

♦ Os plantões serão feitos em local de atendimento de urgências e emergências (atualmente o

Hospital e Pronto Socorro João Paulo II).

♦ Os alunos farão rodízio entre as diversas especialidades.

2) INTERIORIZAÇÃO E INTERAÇÃO COMUNITÁRIA

Objetivo:

O estágio tem por objetivo o contato acadêmico com as comunidades do interior do

estado e o trabalho nas unidades de saúde lá existentes.

Habilidades pretendidas:

♦ Conhecer as patologias mais freqüentes em cada região e a forma de preveni-las e tratá-las;

♦ Participação no trabalho junto às unidades de saúde locais, com conhecimento das formas de

gestão;

♦ Aprender a se relacionar com outras pessoas que atuam na área de saúde, como parteiras,

rezadeiras, etc.

Estratégias:

As atividades serão desenvolvidas durante 21 dias no 11º e no 12º semestres.

Os alunos serão divididos em grupos que farão o estágio nas regiões do interior onde houver

campi da UNIR ou outra atividade acadêmica que permita acompanhamento e supervisão.

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8 –DISCIPLINAS NO INTERNATO

5ª SÉRIE

O objetivo do internato no quinto ano é aproximar o aluno dos problemas mais comuns

enfrentados nas unidades de saúde de nível primário e secundário, principalmente aquelas que

prestam assistência de nível ambulatorial. As unidades hospitalares servirão de apoio à

atividades teóricas ainda demandadas.

RODÍZIO DE CLÍNICA MÉDICA, NEUROLOGIA E NEUROCIRURG IA

♦ CLÍNICA MÉDICA

♦ Doenças Infecciosas e Parasitárias

♦ Edocrinologia

♦ Gastroenterologia

♦ Cardiologia / Pneumologia

♦ Nefrologia

♦ NEUROLOGIA CLÍNICA E NEUROCIRURGICA

RODÍZIO MEDICINA COMUNITÁRIA

♦ Ambulatório Geral/Familiar

♦ Pediatria Geral e Comunitária

♦ Medicina Preventiva

♦ Informática em Saúde

DEMAIS DISCIPLINAS (RODÍZIO)

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♦ Ginecologia

♦ Otorrinolaringologia

♦ Oftalmologia

♦ Psiquiatria

6ª SÉRIE

O objetivo do internato no SEXTO ano é aproximar o aluno dos problemas mais comuns

enfrentados nas unidades de saúde de nível secundário e terciário, principalmente aquelas que

prestam assistência de nível hospitalar. As unidades de saúde credenciadas (hospitalares e

ambulatoriais) servirão de apoio à atividades teóricas ainda demandadas.

RODÍZIO DE CLÍNICA CIRÚRGICA I

♦ Anestesiologia

♦ Ginecologia

♦ Cirurgia vascular

♦ Cirurgia torácica

♦ Cirurgia cardiovascular

♦ Urologia

♦ Cirurgia plástica

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RODÍZIO DE CLÍNICA CIRÚRGICA II E OBSTETRÍCIA

♦ Gastroenterologia Cirúrgica

♦ Ortopedia e Traumatologia

♦ Obstetrícia

RODÍZIO NAS CLÍNICAS BÁSICAS

♦ Enfermaria Geral Clínica

♦ Enfermaria Geral Cirúrgica

♦ Pronto Socorro de Clínica

♦ Pronto Socorro de Cirurgia

Além destas atividades, antes de iniciar o curso, acreditamos ser de fundamental importância dois estágios que são descritos mais detalhadamente: o de Pronto Socorro e o de Interiorização e Interação Comunitária.

1) PRONTO SOCORRO:

Objetivo:

O estágio tem por objetivo o treinamento teórico-prático em situações de urgência e emergência

em clínica e cirurgia, dando ênfase às estratégias do ATLS (suporte avançado de vida no

trauma)

Habilidades pretendidas:

♦ Conhecer as manifestações das patologias clínicas e cirúrgicas mais freqüentes em um

pronto socorro;

♦ Identificar os graus de gravidade em patologias clínicas

♦ Obter destreza para Entubação oro-traqueal

♦ Praticar pequenos procedimentos cirúrgicos

♦ Dominar as técnicas de ressuscitação cárdio-respiratória

♦ Identificar o uso adequado de antimicrobianos

♦ Saber Indicar e avaliar exames subsidiários

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♦ Participar em atos cirúrgicos como membro da equipe

♦ Interação com outros profissionais de saúde

♦ Dominar as condutas frente ao trauma

Estratégias:

♦ As atividades de Pronto Socorro serão desenvolvidas durante dez meses, nos últimos dois

semestres do curso.

♦ Os alunos serão divididos em grupos de prestarão plantões de 24 horas semanais (12 horas

diurnas e 12 horas noturnas, em dias diferentes)

♦ Os plantões serão feitos em local de atendimento de urgências e emergências (atualmente o

Hospital e Pronto Socorro João Paulo II).

♦ Os alunos farão rodízio entre as diversas especialidades.

2) INTERIORIZAÇÃO E INTERAÇÃO COMUNITÁRIA

Objetivo:

O estágio tem por objetivo o contato acadêmico com as comunidades do interior do

estado e o trabalho nas unidades de saúde lá existentes.

Habilidades pretendidas:

♦ Conhecer as patologias mais freqüentes em cada região e a forma de preveni-las e tratá-las;

♦ Participação no trabalho junto às unidades de saúde locais, com conhecimento das formas de

gestão;

♦ Aprender a se relacionar com outras pessoas que atuam na área de saúde, como parteiras,

rezadeiras, etc.

Estratégias:

As atividades serão desenvolvidas durante 21 dias no 11º e no 12º semestres.

Os alunos serão divididos em grupos que farão o estágio nas regiões do interior onde houver

campi da UNIR ou outra atividade acadêmica que permita acompanhamento e supervisão.