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3 Apresent ação Por que nasci aqui? Por que nesta família, nesta casa, nesta cidade? Por que Deus me criou? Qual o verdadeiro propósito de minha vida? Talvez você mesma já se tenha feito essas perguntas. Toda mulher, em qualquer momento de sua vida, talvez já tenha feito essas mesmas perguntas. Mesmo que você não tenha ainda encontrado as respostas, estas existem! Deus tem um grande propósito para cada um de seus filhos e filhas, e você é, com certeza, uma filha muito amada! Ao voltarmos os olhos para o início da igreja de Cristo, aqui na terra, lá em seu primeiro século de existência, vamos encontrar mulheres que, como qual- quer uma de nós, traziam dentro de si as mesmas indagações e senmentos, mas também o desejo de viverem suas vidas sob nobres propósitos, aos olhos de seu Senhor. Entre elas, Priscila, cooperadora do apóstolo Paulo, esposa, dona de casa, hospitaleira, evangelista, grande conhecedora da Palavra, mulher de dis- cernimento ímpar e espiritualidade sadia, uma irmã em Cristo que decidiu “viver para ser bênção!”. Você é nossa convidada a, numa caminhada pelas Sagradas Escrituras, ana- lisar conosco algumas das qualidades dessa mulher, que podem ser usadas como referencial no trabalho feminino na igreja, e refler também sobre a melhor ma- neira de aplicar essas verdades em sua vida diária. Bom estudo!

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Apresentação Por que nasci aqui? Por que nesta família, nesta casa, nesta cidade? Por

que Deus me criou? Qual o verdadeiro propósito de minha vida? Talvez você mesma já se tenha feito essas perguntas. Toda mulher, em qualquer momento de sua vida, talvez já tenha feito essas mesmas perguntas. Mesmo que você não tenha ainda encontrado as respostas, estas existem! Deus tem um grande propósito para cada um de seus filhos e filhas, e você é, com certeza, uma filha muito amada!

Ao voltarmos os olhos para o início da igreja de Cristo, aqui na terra, lá em

seu primeiro século de existência, vamos encontrar mulheres que, como qual-quer uma de nós, traziam dentro de si as mesmas indagações e sentimentos, mas também o desejo de viverem suas vidas sob nobres propósitos, aos olhos de seu Senhor. Entre elas, Priscila, cooperadora do apóstolo Paulo, esposa, dona de casa, hospitaleira, evangelista, grande conhecedora da Palavra, mulher de dis-cernimento ímpar e espiritualidade sadia, uma irmã em Cristo que decidiu “viver para ser bênção!”.

Você é nossa convidada a, numa caminhada pelas Sagradas Escrituras, ana-lisar conosco algumas das qualidades dessa mulher, que podem ser usadas como referencial no trabalho feminino na igreja, e refletir também sobre a melhor ma-neira de aplicar essas verdades em sua vida diária.

Bom estudo!

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Projeto Priscila

SEMINÁRIO SOBRE PRISCILA

CONhECENdO A PERSONAgEM

Se pudéssemos retornar à cidade de Roma, por volta de 49 d.C., encontraríamos Priscila arrumando as malas. Ela e seu marido, Áquila, estavam de mudança para Corinto. Era preciso deixar a casa, os amigos e a família. Cláudio, imperador romano, baixara um decreto por meio do qual grande número de judeus estava sendo expulso de seus domínios. Priscila e Áquila eram judeus. Ele, natural da província asiática do Ponto.

Priscila e Áquila, sempre citados juntos, são o único casal cristão citado pelos nomes, no livro de Atos (18:1-3,18,26) e nas cartas (Romanos 16:3-5; I Coríntios 16:19 e II Timóteo 4:19). Das seis vezes em que o casal é mencionado, em quatro delas, o nome de Priscila é citado em primeiro lugar. Esse fato levanta duas suposições entre os estudiosos: uma delas é que Priscila pertencia a uma família de classe social superior à de seu esposo; a outra, que Priscila possuía uma maior liderança e proeminência na igreja local.

Corinto havia sido a cidade escolhida para nova moradia. Tratava-se de uma cidade portuária e grande centro comercial, famosa por sua inclinação para o vício; “um lugar onde a liberdade se misturava com a licenciosidade, a imoralidade, os vícios, a idolatria, o pecado”.1 E foi exatamente para lá que Deus enviou aquele casal. Porém, as bases de sua vida cristã haviam sido bem fundamentadas, e o casal pôde manter-se firme naquilo que aprendera.

Quando Paulo chegou à cidade de Corinto, Priscila e Áquila já estavam estabelecidos ali. A profissão em comum (fabricantes de tendas) foi, talvez, o elo inicial entre eles. Logo, convidaram-no para ficar em sua casa e trabalharem juntos, onde permaneceram por cerca de um ano e meio. Dia após dia, Paulo anunciava aos judeus que “Jesus é o Cristo” (At 18:5). Dia após dia, Priscila e Áquila ouviam a mesma mensagem: “Jesus é o Cristo”! A 1 Lições Bíblicas, nº 282, 1º trimestre 2008, p. 90.

fé daquele casal ia se consolidando cada dia mais, e o Senhor os preparava num ‘seminário intensivo de teologia’, aos pés do apóstolo Paulo. “Ela gravou na mente que o segredo da mensagem poderosa de Paulo era a pregação e o ensino centralizados em Jesus Cristo. Era a partir de Cristo que ele discorria sobre os demais assuntos da fé cristã. Cristo era sempre a base, o alicerce e a origem de suas palavras poderosas”.2

Depois disso, Paulo foi para Éfeso e, novamente, Priscila e Áquila estavam fazendo as malas. O apóstolo os convidou para irem com ele, e eles, que já haviam aprendido a identificar o agir de Deus em suas vidas, entenderam ser este o propósito divino para eles naquele momento.

Na cidade de Éfeso, Paulo entrava nas sinagogas, pregava aos judeus e muitos destes eram levados ao conhecimento do evangelho de Cristo. Apesar do progresso do evangelho naquele lugar, uma crescente oposição ao cristianismo era visível. Por isso, Paulo permaneceu por pouco tempo, em Éfeso, e prosseguiu em sua viagem missionária, pedindo ao casal de amigos que continuasse ali o trabalho que ele havia iniciado.

Certo sábado, na sinagoga, conheceram a Apolo, um judeu da cidade de Alexandria; homem de grande eloquência e conhecimento das Escrituras, que, com precisão, falava de tudo quanto sabia. Porém, Priscila e Áquila, logo que o ouviram falar, foram capazes de identificar uma deficiência em sua pregação. Imediatamente, o convidaram para estar com eles em sua casa e, lá, instruíram-no com mais exatidão sobre o caminho de Cristo.

As Escrituras Sagradas não mencionam muito mais que essas informações sobre a vida de Priscila e Áquila. Mas, em seus últimos dias de vida, quando Paulo, da prisão, em Roma, escreve sua última carta a Timóteo, seu filho na fé, envia saudações e este casal amigo.

Que tal analisarmos, juntas, algumas das qualidades encontradas nessa mulher virtuosa?2 Idem.

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Projeto Priscila

PRISCILA: UMA MULhER CONhECEdORA dA PALAVRA

Muitos judeus, até hoje, aguardam a chegada do Messias. Muitos dos judeus contemporâneos do Mestre, apesar de terem sido testemunhas oculares de seus feitos, de ouvirem sua mensagem, de conhecerem as profecias que falavam sobre sua vinda, não conseguiram identificar sua divindade. Não foi assim com Priscila. Ela creu no Senhor Jesus.

Crer no Senhor Jesus é o primeiro passo da verdadeira vida cristã. Os apóstolos e muitos de nossos irmãos da igreja primitiva viram o Senhor e creram nele de todo o coração, mas o próprio Jesus disse: Felizes os que não viram e creram (Jo20:29). Priscila era uma mulher feliz. É indispensável conhecermos as Escrituras Sagradas. Porém, é muito importante dizer que apenas conhecê-la não é suficiente! Até mesmo Satanás a conhece, a ponto de usá-la para tentar o próprio Salvador da humanidade (Mt 4:1-11).

O conhecimento das Escrituras Sagradas só revela seu valor em nossa vida, quando nos leva à prática de seus ensinamentos. Essa Palavra precisa estar impressa em nós de tal forma que nosso sentir, nosso modo de falar, de pensar, de agir sejam totalmente influenciados por ela. Ela precisa estar em nossa mente e em nosso coração.

Ela é viva, e fala conosco em toda e qualquer circunstância. Ela é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver (II Tm 3:16-NTLH). Ela pode moldar nosso caráter, e refletir a imagem de Cristo em nós.

E quanto mais nos expomos a ela, quanto mais a conhecemos, mais ela se torna viva em nós. Essa intimidade com Deus não precisa, nem deve ser buscada em outras fontes, que não a sua Palavra. É preciso conhecer a Deus e prosseguir nessa busca de conhecimento (Os 6:3), mas sempre tendo por base a imutável palavra de Deus. Ela é suficiente e única.

Muitos que se dizem cristãos acabam por preocupar-se em conhecer, por exemplo, as estratégias de Satanás para melhor se defenderem dele. Certa ilustração diz que um professor de teologia, em seu primeiro dia de aula, entregou aos novos alunos uma folha em branco para uma atividade. Pediu-lhes que registrassem em um lado da folha, todos os atributos que eles conheciam sobre Deus. Do outro lado da folha, deveriam registrar os atributos que conheciam sobre Satanás. Um dos alunos começou com diligência sua tarefa, esforçando-se por colocar os predicados divinos: Deus é Amor, Deus é Santo, Deus é justo, Deus é Onipotente, Deus é longânimo, Deus é verdadeiro. Enfim, se empolgou tanto que virou a página e continuou: Deus é fiel, Deus é misericordioso, Deus é Soberano, Deus é onipresente, Deus é onisciente, Deus é puro. Quando se deu conta, havia preenchido os dois lados da folha com os atributos de Deus. Escreveu embaixo da última linha da folha: E pra Satanás, não tem espaço!

Ocupemos nossa vida com o conhecimento de Deus! Quando conhecemos a verdade, identificamos a mentira com facilidade. Quando conhecemos a Palavra, qualquer outra fala que não confira com ela, pode ser reconhecida. Ao nos depararmos com alguma pregação que acrescenta ou diminui o que a palavra de Deus diz, logo a identificaremos.

Foi assim com Priscila. Ela ouviu a mensagem de Paulo, em Corinto, durante um ano e meio. Todos os dias, a palavra de Deus e a pessoa de Cristo eram a base para os diálogos e aprendizado. Ela não se cansou de ouvir, nem achou que já sabia o suficiente e não mais precisava deste ensinamento.

A revelação de Deus para nós, através de sua palavra é gradativa. Não amadurecemos no conhecimento de Deus de um dia para o outro. Diariamente, através dela, o Espírito Santo vai produzindo em nós uma maior compreensão e entendimento, e nos moldando.

Quando conheceu Apolo, “ela prestou atenção

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no conteúdo da mensagem e analisou a linha de argumentação do pregador, e concluiu que Apolo só havia entendido uma parte do evangelho: ele era eloquente e poderoso nas Escrituras, instruído no caminho do Senhor, ensinava com precisão a respeito de Jesus, porém conhecia somente o batismo de João (At 18:24-25). Em outras palavras, Apolo pregava baseado na visão de João Batista, cuja principal missão era ser o precursor de Jesus, o que fizera com êxito. Apolo, portanto, precisava atualizar sua pregação, mostrar a seus ouvintes um Jesus pós-João Batista, ou seja, um Salvador que se encarnara, morrera, ressuscitara, está vivo, à direita de Deus, e voltará para buscar os que nele crêem e lhe obedecem”.3 Sem demora, Priscila e seu esposo o convidaram para ir à sua casa, e, com precisão, lhe ensinaram sobre “o que ele não sabia a respeito da mensagem bíblica, instruíram-no na fé, tiraram-lhe as inadequações teológicas e devolveram-no ao campo missionário”.4

Depois disso, vamos encontrar Apolo retornando a Corinto, onde, com argumentos fortes, derrotava os judeus nas discussões públicas, provando pelas Escrituras Sagradas que Jesus é o Messias (At 18:28-NTLH).

“Priscila era uma mulher que via, percebia, analisava, pensava, raciocinava. Priscila conhecia a Deus, conhecia a Cristo e sua palavra; era cheia do Espírito Santo, mas não desprezava o conhecimento do evangelho; era mulher estudiosa da Bíblia”.5 Ainda hoje, Deus procura mulheres dispostas a buscarem esse conhecimento, a fim de serem usadas por ele para ajudarem outras pessoas a compreenderem as verdades eternas contidas em sua Palavra. Você pode ser uma conhecedora da palavra de Deus, como foi Priscila!

PRISCILA: UMA MULhER dE ESPIRITUALIdAdE SAUdÁVEL

A todos os lugares por onde o apóstolo Paulo passava, chegava o evangelho de Cristo. Nessas 3 Idem, p.91 e 924 Idem, p.925 Idem, p.94

localidades, o progresso da igreja de Cristo era visível. Em Corinto, muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados (At 18:8). Também, em Éfeso, as boas novas do evangelho prosperavam, alcançando a muitos (At 19). Porém, na mesma intensidade, os cristãos eram perseguidos por amor a este evangelho. Muitas vezes, Priscila presenciou levantes contra a igreja e seus líderes. Muitas pessoas que acompanhavam o apóstolo, nos primeiros anos da igreja, desistiram do evangelho por não suportarem as aflições; cansaram da caminhada, tiveram medo da perseguição e da morte, traíram e abandonaram a Paulo, conforme ele menciona em sua segunda carta a Timóteo, capítulo 4:10,14,16.

Mas Priscila não! Ela testemunhou muitas situações e algumas vezes, junto ao esposo Áquila, arriscou a vida por Paulo (Rm 16:4). Afinal, a mensagem do evangelho era por eles vivida diariamente. E quanto mais ela conhecia a Palavra de Deus, mais ela se comprometia com o Deus da Palavra. Afinal, como retroceder? Como virar as costas à verdade do evangelho? Como viver longe de Cristo após tê-lo encontrado? É como disse inspiradamente o apóstolo Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna (Jo 6:68). Ela não podia voltar atrás!

Em Éfeso, “Priscila havia presenciado uma cena insólita: viu um homem endemoninhado dar uma surra em sete homens espiritualmente despreparados, filhos do sacerdote Ceva. Eles tentaram libertar o possesso usando a autoridade de Paulo; disseram ao demônio: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega (At 19:13b). E a resposta do demônio foi esta: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? (At 19:14). Em seguida, o homem que estava dominado pelo espírito mau os atacou e bateu neles com tanta violência, que eles fugiram daquela casa feridos e com as roupas rasgadas. (At 19:15 – NTLH)”.6

Priscila entendeu que vida espiritual é coisa séria. Que não dá para se valer da autoridade da 6 Idem, p.89

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vida de outra pessoa. No corpo de Cristo, cada um de nós precisa beber diretamente da fonte de água viva, que é Cristo. Somente estando devidamente saciadas (Jo 4:14, 6:51), alimentadas pela palavra de Deus (Jr 15:16), e revestidas do poder do Espírito Santo (Lc 24:49) é que estaremos preparadas para toda boa obra.

Não dá para viver a vida cristã apoiada na fé de outra pessoa. Cada uma de nós precisa amadurecer na fé em Cristo Jesus, e essa é uma experiência pessoal, intransferível e imprescindível, pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6).

Outro detalhe que nos chama atenção, na espiritualidade de Priscila, tem a ver com a sua atitude em relação a Apolo. Paulo já havia deixado a cidade de Éfeso, e havia confiado a Priscila e Áquila a responsabilidade de continuarem o trabalho naquela cidade. Quando ouviram a pregação de Apolo, logo perceberam a deficiência em sua mensagem, mas também o valor daquele homem. O casal não se sentiu enciumado, diante do potencial de Apolo, nem tripudiou sobre suas falhas. Champlin diz que “Alguns pregadores e mestres, até mesmo no meio evangélico, teriam agido assim erroneamente, ainda que talvez sob formas indiretas”.7

Priscila entendia que cada pessoa é única e tem o seu próprio valor e sua função no corpo de Cristo (I Co 12:12). Somos diferentes umas das outras, mas Deus colocou os membros no corpo, cada um como Ele quis (I Co 12:18). Priscila também sabia que cada membro do corpo recebeu de Deus diferentes ministérios (I Co 12:28-31), mas que, em qualquer função no corpo de Cristo, é sempre DE CRISTO toda a glória e louvor.

O cristão espiritualmente sadio e maduro na fé sempre sentirá alegria em dividir o que sabe, em ajudar o irmão a crescer na fé, em orientar com amor aqueles que precisam de orientação, em compartilhar aquilo que aprendeu, enfim, em doar-se como servo. A ideia de servir a Cristo, 7 CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Mile-nium, 1986, Vol. 3, p.404.

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por vezes, nos parece nobre. Mas muitos não se agradam da ideia de servir ao próximo. Como corpo de Cristo, fomos chamados a servir a Deus e aos homens! Servir é a nossa missão e devemos desempenhá-la com alegria, testemunhando, como disse João Batista: É necessário que Ele cresça e que eu diminua (Jo 2:30).

PRISCILA: UMA MULhER COOPERAdORA E EVANgELISTA

É interessante pensarmos em como os propósitos de Deus se cumpriram na vida de Priscila. A aristocracia romana, predominantemente masculina, impedia que as mulheres tomassem posição de liderança. A religião judaica separava os adoradores por raça e gênero. Mas aprouve ao Senhor, nosso Deus, enviá-la justamente para uma cidade e uma cultura em que, além de ser aceita, podia também exercer influência para a causa do evangelho.

Priscila, com certeza, não era uma mulher acomodada. No livro de Atos, vamos encontrá-la sempre trabalhando diligentemente. Além de trabalhar com o marido, fabricando tendas, era uma mulher hospitaleira, pois abriu seu lar, na cidade de Corinto, para receber Paulo, por um longo período, e, em Éfeso, convidou Apolo para ir a sua casa, após o culto. Ali, na casa de Priscila e Áquila, nasceu a igreja de Éfeso. Priscila, com alegria e disposição, abriu as portas de sua casa, a fim de que a igreja de Cristo pudesse se reunir, pois a religião cristã era ainda nova, e não havia templos. Daí a importância desse gesto do casal, que aparece nas Escrituras sempre fazendo um ótimo trabalho em equipe.

Hospitalidade não é uma virtude muito cultivada em nossos dias, principalmente para aqueles que vivem em grandes centros. É cada vez mais raro encontrarmos pessoas que tenham o hábito de receber outras em suas casas. Vivemos dias muito corridos e atarefados, e temos a tendência de sermos influenciados por este rítmo.

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Mesmo nas igrejas evangélicas, muitas vezes, tem sido difícil encontrarmos esse perfil hospitaleiro. Afinal, receber alguém em casa exige certo trabalho e desprendimento. E nem todos estão dispostos a isso. Imaginemos se tais visitas se reunissem em sua casa todos os sábados, e, talvez, nos domingos, ou, ainda fizessem algumas reuniões na semana. O que você acharia? Priscila se sentia privilegiada por ser cooperadora de Deus. Sabemos que uma mulher dificilmente se sujeitaria a fazer algo desse tipo, por tanto tempo, se não sentisse vontade e alegria em fazê-lo. Se não quisermos receber visitas consecutivas, logo isso fica explícito, na forma como recebemos, a ponto de nossas visitas desistirem de fazê-lo. Ao conviver e aprender com Paulo, Priscila, provavelmente, partilhou com ele esse enorme senso de responsabilidade pela pregação do evangelho (I Co 9:16). Era uma evangelista nata! Que dom maravilhoso ela recebeu!

No tempo em que estivera em Corinto, é possível imaginarmos os três zelosos obreiros de Cristo (Paulo, Priscila e Áquila), após a jornada diária de trabalho, dedicando-se ao evangelismo pessoal e ao discipulado entre vizinhos, novos amigos e simpatizantes da fé cristã. E, em meio a uma cidade de valores morais tão corrompidos, eles pregavam muito mais com suas ações do que com suas palavras.

O testemunho pessoal é uma ferramenta evangelizadora poderosíssima! Como cristãs, somos diariamente observadas por nossos filhos (importantes discípulos que o Senhor nos concedeu), por nossos vizinhos, colegas de trabalho, pessoas com as quais convivemos em nossa rotina diária. Tenha sempre em mente que, mesmo se você não tiver a facilidade de evangelizar com suas palavras, suas ações estão sempre dando testemunho de Cristo. Deus espera que esse testemunho seja edificante!

A cidade de Éfeso, depois que Jerusalém foi destruída, no ano 70 d.C., tornou-se o centro cristão mais importante da época. Era uma cidade rica, que abrigava muitas pessoas ricas e

intelectuais. Priscila e Áquila eram comerciantes, também cultos e estudiosos da palavra de Deus, e certamente não negligenciaram a pregação do evangelho também para essas pessoas.

Champlin cita que “a proeminência conferida a Priscila na instrução dada a Apolo, subtende que ela era mulher de cultura acima do comum, uma estudiosa das antigas Escrituras sagradas, mulher apta, dotada de discernimento profético, a ponto de ter podido ajudar um intelectual como ele a compreender melhor a verdade do que até então ele a entendia”.8

É importante refletirmos sobre esse aspecto, porque, muitas vezes, evidenciamos nossas ações evangelísticas voltadas para as classes menos favorecidas socialmente, ressaltamos a influência benéfica do evangelho de Cristo nas vidas dessas pessoas, e esquecemos que milhares de pessoas ricas e intelectuais talvez sejam negligenciadas em nossa atuação. São pessoas que também carecem da salvação que Cristo tem para oferecer-lhes. E é exatamente a igreja, o instrumento deixado por Deus, aqui na terra, como agência de salvação, que precisa levar-lhes essa mensagem.

Que privilégio, em nossos dias, têm as mulheres que podem ser reconhecidamente hospitaleiras e cooperadoras, como Priscila! Há tanto a ser feito e tamanho é o nosso desejo de vermos nosso Senhor Jesus voltar a buscar a sua igreja. Tantas pessoas ainda podem ser alcançadas pelo evangelho de Cristo e nós podemos ser usadas por Deus como cooperadoras nessa obra. Basta nos dispormos! Você está à disposição do Senhor Jesus para este serviço?

CONCLUSÃO:

Quanta alegria sentimos, ao conhecermos mais profundamente a vida dessa mulher valorosa. Quanta disposição em sua vida e quantos exemplos dignos de serem seguidos! Há uma grande quantidade de serviços a serem feitos na igreja de Deus, que podem e devem ser 8 Idem

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desempenhados por nós, mulheres. Há algumas situações e lugares a que as mulheres têm mais acesso que os homens. Se estivermos bem preparadas, com as qualidades que encontramos em Priscila, podemos fazer a diferença em nossa geração. Jesus, o Senhor da igreja, continua esperando que mulheres dispostas a servi-lo juntem-se ao rol daquelas que, desde os primeiros séculos, o fizeram com dedicação e alegria. O nosso desejo é que Deus mova o seu coração de tal maneira que você queira ser também uma mulher notável, como foi nossa irmã Priscila.

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APRENdENdO SOBRE A ESPIRITUALIdAdE SAUdÁVEL

Priscila, Áquila e Timóteo foram discipulados por Paulo. As orientações recebidas foram de fundamental importância para uma vida dedica-da, comprometida com Deus, com sua Palavra, tornando-os espiritualmente maduros e sadios.

Nas cartas de Paulo a Timóteo, veremos que a mesma preocupação é demonstrada com os cren-tes da igreja de Éfeso, ao transmitir orientações para o ministério do jovem pastor, que deveria levá-los a serem espiritualmente sadios.

Aproveitemos esses ensinamentos, extraindo deles toda a vontade de Deus para a mulher pro-messista.

As CArtAs - I e II tImóteo

As cartas de Paulo a Timóteo e a Tito são cha-madas “Cartas pastorais”, pois contêm diretrizes para pastores e líderes na direção da igreja.

Provavelmente, da Macedônia, Paulo escreve a primeira carta a Timóteo, que estava em Éfe-so como seu representante na igreja (I Tm 1:3). Essa carta foi escrita para animá-lo, encorajá-lo ao trabalho, para dar-lhe instruções a respeito da sã doutrina, a fim de que estivesse alerta contra os falsos mestres e as falsas doutrinas; a respeito da atitude na oração, do relacionamento com as pessoas de sua convivência, como tratar a cada um (I Tm 5:1-3), sendo exemplo para os outros, e também a respeito das qualidades necessárias a pastores e diáconos (I Tm 3:1-13).

Timóteo é orientado a fazer parar os falsos mes-tres, pois estavam ensinando doutrina diferente da verdade do evangelho (I Tm 4:1-2, 6:3-4), visando ao lucro na parte material (I Tm 6:5); a fugir do amor ao dinheiro (I Tm 6:9-10); a seguir a verdadeira fonte de riquezas, pois para isso fora chamado por Deus (I Tm 6:11-12), e a lutar no combate pela fé para ganhar a vida eterna (I Tm 6:12).

Sabendo que sua morte estava perto, Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo, pedindo que o visitasse, pois estava preso em Roma. Por causa da perseguição que sofria, muitos o aban-donaram. Ele pediu a Timóteo que não temesse a

perseguição, que fosse valente e desse testemu-nho de Jesus Cristo.

Timóteo é instruído a ensinar os cristãos a evi-tarem discussões tolas (II Tm 2:14,23-26), a ensi-nar a palavra de Deus como Mestre (II Tm 2:15-19), a fugir da má conduta e a seguir a justiça, a fé, o amor e a paz, buscando do Senhor vida verda-deira (II Tm 2:22), a evitar os falsos mestres – ego-ístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos pais, sem respeito à religião e contra a verdade (II Tm 3:1-5). Timóteo é chamado a permanecer fiel, seguindo o mesmo propósito de vida de Paulo, na fé, na paciência, no amor, na perseverança (II Tm 3: 11-13), e a pregar o evangelho com paciência (II Tm 4:1,2), porque o povo iria rejeitar a sã doutrina (II Tm 4:3-4). Timó-teo é chamado a continuar o trabalho de Paulo (II Tm 4:5,6).

ESPIRITUALIdAdE SAdIA

Toda Escritura é útil para o ensino. (II Tm 3:16-17)A Palavra de Deus pode tornar-te sábio para a sal-

vação pela fé em Cristo Jesus. (II Tm 3:15)Aumentar o amor que vem de um coração puro, de

uma consciência limpa e de uma fé verdadeira. (I Tm 1:5)Timóteo observou e aprendeu com a experiên-

cia e os conselhos de Paulo: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (II Tm 2:15). Foi um obreiro que não se envergonhou por um trabalho de má qualidade, mas que ensinou corretamente a mensagem da verdade.

A sua missão era pregar a doutrina pura e fazer parar falsas doutrinas na igreja em Éfeso. Precisa-va fazer parar o erro (I Tm 1:3-5, 6:3-5), ensinar a verdade (I Tm 4:13 -16, 6:17-18), combater o falso ensino com a sã doutrina, ensinar a palavra de Deus e a conduta cristã, rejeitar tudo que era contra a doutrina sadia e fortalecer a doutrina sa-dia e fortalecê-la.

Precisamos entender que tudo que difere ou se opõe ao evangelho de Cristo deve ser comba-tido e rejeitado. Jesus Cristo deve ser o centro da nossa adoração e da nossa pregação. As inova-ções, os modernismos e as invenções não devem ser seguidos.

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Nos dias de hoje, no mundo evangélico, vemos um aumento de ensinos diferentes do recomenda-do pelas Escrituras Sagradas. Como boa parte des-ses ensinamentos é transmitida via TV ou Internet, possivelmente teremos, entre nós, mulheres que podem estar confusas ou até mesmo sendo enga-nadas. Os falsos ensinamentos levam as pessoas ao engano e ou à negação da fé.

Chegou o tempo em que as pessoas não escu-tam mais o verdadeiro ensinamento e ouvem dos muitos mestres apenas o que querem ouvir e o que lhes convém (II Tm 4:3). Mesmo num tempo difícil como este, é possível ter uma espirituali-dade sadia. Veremos, abaixo, algumas evidências de uma espiritualidade sadia, para que possamos buscá-la.

A Espiritualidade Sadia é abnegada1. Vivemos numa sociedade materialista em que

se valoriza a parte material e os bens que se pos-sui. Até mesmo Igrejas incentivam a prosperidade exigindo de Deus suas bênçãos. O homem moder-no quer levar vantagem em tudo acima de qual-quer coisa.

Paulo orientou Timóteo que haveria pessoas ensinando que religião é uma forma de enrique-cer. Esse pensamento dissemina inveja, brigas, calúnias, desconfianças e discussões sem fim. O apóstolo o aconselha a fugir disso, pois o amor ao dinheiro é fonte de todos os tipos de males, levan-do à desgraça e à destruição (I Tm 6:3-10).

Timóteo não fazia o seu trabalho por interes-ses próprios. Nele não se via o desejo de obter vantagens pessoais. Era um lutador, um bata-lhador com compromisso. A sua mensagem era centralizada em Cristo. A sua confiança estava em Deus. A sua fé era sincera, verdadeira, queria ver a igreja crescer. Para ele, o evangelho de Cristo era importante. Pregava e anunciava as Boas-No-tícias com paciência, cumprindo assim a sua mis-são como servo de Deus (II Tim. 4:1-5).

Ele aprendeu que a verdadeira prosperidade é depender da bondade de Deus, ter Jesus Cristo como Senhor e Salvador, não tirar o foco de Jesus, crer que ele voltará para buscar os escolhidos, que o verá e terá a glória de estar para sempre com o Senhor.

Lembre-se de Jesus Cristo, que foi ressusci-tado e que era descendente de Davi, de acor-do com a Boa-Notícia do Evangelho que eu anuncio. E sofro porque a anuncio e até estou acorrentado como se fosse um criminoso. Mas a mensagem de Deus não está presa, e por isso suporto tudo por causa do povo escolhido de Deus. Faço isso para que possam ganhar a sal-vação que está em Cristo Jesus e a glória eterna. (II Tim. 2:8-10)

Como tem sido o trabalho feminino na Sofap? Em nosso trabalho, existem interesses pessoais? Temos feito o nosso trabalho com o objetivo de receber elogios, reconhecimentos e exaltação própria ou obter vantagens? Preocupamo-nos com as outras pessoas, com as irmãs de uma for-ma geral? Procuramos o interesse dos outros? Fugimos de ensinamentos errados a respeito da prosperidade, exigindo as bênçãos de Deus?

Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios... Que cada um procure os interesses dos outros. (Fl 2:3-4)

Timóteo nos ensina com seu exemplo de ab-negação: tudo por Cristo, pelo evangelho anun-ciado, pela igreja e pela salvação de vidas.

A Espiritualidade Sadia é humilde2. Na igreja em Corinto, havia todos os dons, e,

apesar de se acharem espirituais, muitos deles eram arrogantes (II Co 10:12), orgulhosos (I Co 5:6-8), imorais (I Co 5:1, 6:18-20) e se deixavam levar pelo pecado da idolatria (I Co 10:14-22). Também havia divisões na igreja: uns gostavam de Apolo; outros, de Paulo; outros, de Pedro (I Co 1:10 -17). Paulo os orientou a que se unissem e que não houvesse divisões entre eles.

À semelhança do que acontecia em Corinto, há pessoas que se consideram muito espirituais, gostam de ser seguidas e procuradas para uma “consulta espiritual”; outras que dizem que o Se-nhor falou, quando, na verdade, houve exageros carnais; pessoas que acham que, pelo fato de se-rem mais barulhentas na oração, são mais espiri-tuais que as outras.

A soberba e a arrogância aborreço (Pv 16:5)A arrogância, o fato de se sentir mais espiritual,

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de achar que tem o conhecimento, que já aprendeu tudo e é melhor, o orgulho, o espírito de discórdia, a insubmissão e a falta de perdão fazem parte do nosso comportamento? Os dons espirituais de-vem ser usados de forma decente e ordenada (I Co 14:39), com amor cristão (I Co 13), para edificação da igreja. É preciso ter sabedoria de Deus para evi-tar os abusos e a exaltação própria.

Sejam humildes, cada um considere os outros superiores a si mesmo. (Fl 2:3, última parte)

Timóteo recebeu de seu mestre lições de rela-cionamento na igreja:

Respeitar os idosos como se fos-• sem pai e mãe (I Tm 5:1-2).

Ser como um irmão para os jovens (I Tm 5:1). •

Ser como um irmão para as moças (I Tm 5:2). •

Agir sem preconceito e sem parcialidade • (I Tm 5:21).

Todos os irmãos que moravam em Listra e Icô-nio falavam bem de Timóteo (At 16:2). O bom re-lacionamento que tinha com Paulo, mesmo com grande diferença de idade, serve como exemplo para todos; mostra a importância da humildade. Timóteo valorizava a experiência de Paulo, via-o como um homem de Deus, respeitava sua autori-dade, e conseguia assimilar seu ensino. Nos dias de hoje, muitos não querem ouvir os mais velhos, não respeitam o pastor ou o consagrado. Timóteo não só ouviu como aprendeu com o apóstolo e seguiu seus sábios ensinamentos.

Deus resiste aos soberbos e aos humildes con-cede o seu favor. (Tg 4:6)

Temos o exemplo de Jesus, que, sendo Senhor e Mestre, lavou os pés dos seus discípulos. De-monstremos humildade como Jesus.

Sou o Senhor e Mestre e lavei os pés de vocês. Por

isso vocês devem lavar os pés uns dos outros porque

dei o exemplo para que façam o que eu fiz. Eu afirmo

que o empregado não é superior ao patrão, nem o

mensageiro é mais importante do que aquele que o

enviou. Agora vocês conhecem esta verdade e, se a

praticarem, serão felizes. (João 13: 14-17)

A Espiritualidade sadia é sofredora3. Timóteo foi um lutador, um batalhador por

Cristo, pela igreja, pelo ensino da verdade, pela propagação do evangelho, mesmo que isso o le-vasse ao sofrimento por causa de Cristo.

Paulo, prevendo o sofrimento por que Timóteo passaria, principalmente pelos falsos ensinamen-tos que viriam a enganar o povo, orientou assim:

Mas você, seja ajuizado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um prega-dor da boa notícia do Evangelho e cumpra completa-mente o seu dever como servo de Deus. (II Tm 4:5)

Jesus no sermão do monte disse aos discípulos:

Felizes os que sofrem perseguição por fazerem a vontade de Deus, pois o reino do céu é deles. (Mt 5:10)

Vemos que o autor da carta aos Hebreus men-ciona a prisão de Timóteo.

Quero que saibam que o nosso irmão Timóteo já saiu da prisão. Se ele vier logo, eu o levarei co-migo quando for ver vocês. (Hb 13:23)

Timóteo também ficou preso, mas, com cer-

teza, a mensagem da boa notícia não ficou presa, porque ela chegou até nós. O que estamos fazen-do para que a mensagem da cruz seja conhecida? Aguentamos algum tipo de sofrimento?

A Espiritualidade Sadia é ensinável4.

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (II Tm 2:15)

Quanto a você, continue firme nas verdades que aprendeu e em que creu com todo o coração. (II Tm 3:14)

Lembro-me da sua fé sincera, a mesma fé que a sua avó Loide e a sua mãe Eunice tinham. E tenho

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certeza de que você também a tem. (II Tm 1:5)

Timóteo recebeu orientações, desde pequeno, de sua mãe e de sua avó. Foi criado num lar em que havia fé sincera e espiritualidade sadia.

Há mulheres que receberam de seus pais e avós exemplos e ensinamentos para seguirem uma fé sincera e uma doutrina pura. As que rece-beram esses exemplos de vida, que permaneçam naquilo que aprenderam e que possam transmitir aos filhos e netos, de geração a geração, para que o nome de Jesus Cristo seja glorificado.

Outras mulheres não tiveram esse ensinamen-to, quando crianças, mas Jesus Cristo já libertou de todo pecado, e, agora, livres de todo mal, co-nhecem a palavra de Deus e podem dar esses ensinamentos a filhos e netos. Podem também aprender mais através da leitura e meditação da Bíblia Sagrada, do estudo das Lições Bíblicas, e, se assim desejarem, a igreja disponibilizará o curso da FATAP no Brasil todo.

O aprendizado é muito importante e a ajuda de um bom orientador é indispensável. Mesmo longe, em suas cartas, Paulo orientava Timóteo para a necessidade do ensino, até que ele voltas-se (I Tm 4:13-16). Foi muito bem orientado por Paulo, que insistia no ensino.

A Espiritualidade Sadia é solidária5.

Paulo, na sua carta aos Filipenses, fez referên-cia a Timóteo e disse que o enviaria para lá para receber boas notícias. Também afirmou que, en-tre os demais, era o que sentia junto com ele as preocupações e que, de fato, se interessava pelo bem-estar dos filipenses. (Fl 2:19-24).

Timóteo estava junto com Paulo quando este escreveu as cartas aos Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, demonstrando solidarieda-de e companheirismo. Porém, não só nos bons momentos de Paulo ele demonstrou solidarie-dade, como também quando Paulo estava preso por causa do evangelho e reclamou que alguns o abandonaram, pediu para Timóteo não demorar a ir ao seu encontro em Roma. Deu atenção até o fim ao seu orientador e mestre.

Como nós agimos? Somos solidárias umas com

as outras? Ou, na hora em que é necessária a nos-sa presença, nós ficamos longe ou até abandona-mos? Como é o nosso comportamento? A indife-rença, o egoísmo, o individualismo e a discrimi-nação têm feito parte de nossas vidas? Timóteo foi orientado a ensinar a igreja a fazer o bem, a praticar boas ações, ser generosa e a repartir (I Tm 6:18-19). Podemos ser solidárias como Timó-teo, ajudar a quem precisa, oferecer nossa ami-zade às pessoas que passam por momentos difí-ceis, visitar e orar por quem passa por problemas ou enfermidades, levar o pão a quem tem fome, agasalho a quem tem frio, doar ou emprestar um bom livro, fazer a doação de uma Bíblia ou de um folheto. Muitas vezes, uma palavra basta, pois é somente disso que a pessoa precisa. Para sermos solidárias, amar é fundamental.

Deus ama ao que dá com alegria. E Deus pode dar muito mais do que vocês precisam para que tenham sempre tudo o que necessitam e ainda mais do que o necessário para toda boa causa. (II Co 9:6-11)

Queremos ter uma espiritualidade sadia? Então vamos seguir o exemplo de Timóteo, que foi com-panheiro e solidário, em todos os momentos.

CONCLUSÃO

Mulheres promessistas, como estamos? O que fazemos é certo? Quando é necessário e somos corrigidas, nós aceitamos? Acatamos correções e admoestações de nossos líderes? Submetemo-nos às orientações de nossos pastores? E quando acontecem exageros? Sabemos a responsabilida-de que é o uso dos dons? Aceitamos as ordens de Deus contidas na sua Palavra? Temos o conheci-mento da palavra de Deus e o colocamos em prá-tica? Como está a nossa fé?

Timóteo recebeu orientação e as aceitou. Não questionou. Seguiu o conselho de seu velho companheiro Paulo. Que nós possamos seguir o exemplo de Timóteo, no respeito, na considera-ção e na submissão aos pastores.

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Obedeçam aos seus líderes e sigam as suas or-dens, pois eles cuidam sempre das necessidades espirituais de vocês, sabendo que vão prestar con-tas disso a Deus. Se vocês obedecerem eles farão o trabalho com alegria; porque, se eles fizerem o trabalho com tristeza, isso não ajudará vocês em nada. (Hb 13:17)

É preciso apegar-se à fidelidade da palavra de Deus, para que haja saúde espiritual entre nós (I Tm 4:6). Que as práticas não condizentes com a palavra de Deus sejam eliminadas (Ef 5:5; Fl 3:18). A nossa fé deve estar firmada em Cristo Jesus, que veio ao mundo para salvar os pecadores (I Tm 1:12-16).

Se você tem amor pelas vidas – o Espírito do Senhor nos enche de poder, de amor e de domí-nio próprio (II Tm 1:7b) –, ajude com instruções para que o falso ensinamento não prospere em nosso meio. Evite que outras pessoas sejam en-ganadas (I Tm 4:6-11).

Que haja crescimento espiritual entre as mu-lheres, que estejamos prontas para obedecer a Deus, seguirmos bons exemplos e sermos conhe-cidas por uma espiritualidade sadia.

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APRENdENdO SOBRE EVANgELISMO

Mt 28:18-20

Evangelho significa “boa notícia”. Para evan-gelizar, precisamos ensinar, pregar e proclamar as boas notícias. O evangelho de Jesus Cristo foi anunciado com grande entusiasmo e coragem pelos discípulos, no primeiro século, porque eles acreditavam realmente que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para que o mundo pudesse ser salvo (Jo 3:16-17).

É preciso falar, hoje, com a mesma convicção, a mesma mensagem de boas notícias. As palavras de Jesus, em Mt 28:18-20, devem nos encorajar a cumprir, com todas as nossas forças, o seu desejo:

Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizan-do-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito San-to, ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado, e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

Cristo direciona essas palavras a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Não é apenas ao diretor de evangelismo da igreja, ao departa-mento de evangelismo da Sofap, ao missionário ou ao responsável pelo campo. O “Ide” de Jesus está direcionado, também, a mim e a você. Precisamos colocar em prática essas palavras de Jesus e cum-prir o desejo do Mestre, nosso Salvador.

Se estamos fazendo pouco, precisamos mudar de atitude com relação ao evangelismo. Somos o povo de Deus, escolhido por ele para proclamar o amor de Deus e o evangelho de Jesus Cristo. Somos raça eleita que ele capacitou com poder para cum-prir a nossa tarefa neste mundo. Vamos abrir nos-so coração e permitir que o amor de Deus penetre, para nos compadecermos dos que estão perdidos.

Há alegria no céu quando um pecador se arre-pende (Lc 15:7,10). Os anjos se alegram, a igreja se alegra e a pessoa que está evangelizando mui-to se alegra e agradece a Deus.

POR qUE EVANgELIzAR?

Porque Jesus ordenou: “Ide” (Mc 16:15).•Porque temos recebido talentos (Rm 12: 4-8).•Porque o pecador sem Jesus está perdido •

(Lc 19:10).Porque Deus nos amou tanto e enviou •

seu Filho amado para morrer pelos nossos peca-dos. Assim como Deus nos amou, devemos amar outros e transmitir-lhes a boa notícia do evange-lho (I Jo 4:10,11-12).

Porque foi-nos dada a responsabilidade, •lembrando que é nosso dever levar a mensagem de salvação a outros (I Co 9:16).

Porque precisamos seguir o exemplo do •Mestre. Ele é o Mestre dos mestres, no que se re-fere a anunciar a salvação de Deus aos homens. Jesus veio para fazer a vontade do Pai. Realizou essa obra pregando, ensinando, curando e falando com o povo. Usou o seu tempo entre os discípulos, escribas, grupos de pessoas e indivíduos, doentes, pobres e ricos e seus próprios inimigos. O Mestre estava sempre pronto a ensinar (Mt 9:35).

COMO EVANgELIzAR?

devemos evangelizar orando•

A igreja primitiva crescia, e todo o movimento foi marcado pela oração. Os doze apóstolos dedi-caram seu tempo às duas coisas principais: à ora-ção e ao ministério da palavra de Deus. Antes de enviar homens para evangelizar, a igreja orava. Ela necessitava da ajuda divina, sabia que as palavras de Jesus eram promessas em que podiam confiar.

Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim con-vosco (Mc 11:24). Eles não duvidaram das pro-messas de Jesus e a oração tornou-se, assim, uma arma poderosa na evangelização.

Que as palavras de Jesus, neste versículo, pe-netrem bem fundo em nossos corações, para en-tendermos como é poderosa a oração da fé e que ele cumpre suas promessas.

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devemos evangelizar sendo exemplo•Paulo garante aos seus filhos na fé: Nossa carta

de recomendação são vocês mesmos (...) conhecida

e lida por todos os homens (II Co 3:2). Jesus deu ên-

fase ao exemplo, quando disse: Vocês são o sal da

terra (...) e a luz do mundo (...) Assim também a luz

de vocês deve brilhar para que outros vejam as coisas

boas que fazem e louvem o Pai que está nos céus”

(Mt 5:13a, 14 e 16).

Nossas ações falam mais alto do que nossas palavras; e, em todo tempo, somos observados em nossa conduta diária. Nosso exemplo deve dar testemunho de que Cristo vive em nós, a fim de que, dessa maneira, outras pessoas também possam vir a Cristo.

devemos evangelizar agindo•

A oração e o exemplo pessoal são importan-tes; porém, devem vir acompanhados de ação. É preciso ir, é preciso falar, anunciar as boas novas a quem ainda não conhece Jesus. Vamos deixar crescer, dentro dos nossos corações, o amor pelo próximo, a compaixão pelos perdidos.

A visão da IAP é “O Senhor Deus acrescentando o número dos salvos a cada dia em todas as igrejas Adventistas da Promessa” (At 2:47). Isso só será al-cançado quando cada uma de nós fizer a sua parte! Podemos orar e pedir a Deus que nos dê sabedoria para aproveitarmos bem as oportunidades diárias que o Senhor nos dá, e estarmos preparadas sem-pre para agirmos nesse sentido.

FORMAS dE EVANgELIzAR

Evangelismo Pessoal

É a obra do Espírito Santo, através de um cren-te salvo que se aproxima de pessoas não salvas, para falar sobre a salvação de Deus em Cristo Je-sus (At 8:26-39, 13:6-7).

quando se faz evangelismo pessoal?

É espontâneo e depende da oportunidade. Pode ocorrer a qualquer momento (II Tm 4:2). Em Atos 8:26-39, lemos a história de Filipe, que obedeceu ao “Ide” e foi para o lugar que o anjo indicou e encontrou, lá, um etíope, eunuco, lendo o Profeta Isaías. Filipe explicou o texto e anunciou Jesus. O eunuco creu em Jesus e foi batizado.

Como se faz Evangelismo Pessoal?

É no poder e na dependência do Espírito Santo, com oração e intercessão pelas pessoas a serem evangelizadas. O evangelista precisa conhecer o plano de salvação para poder transmitir aos que ainda não conhecem Jesus. Há muitas pessoas que estão próximas de nós, que precisam de uma explicação sobre o plano de salvação.

grupos de Estudo Bíblico

O evangelismo através de grupos faz com que a igreja cresça em número e também em quali-dade, pois as pessoas recebem o ensino através de estudos bíblicos, participam de momentos de adoração, louvor e oração em conjunto, o que proporciona comunhão, edificação e fortaleci-mento da fé.

Esses estudos devem acontecer sistematica-mente (uma vez por semana, por exemplo). De-vem ser utilizados os estudos recomendados pela igreja e os mais adequados ao grupo. Um grupo que não teve ainda nenhum contato com a Bí-blia, por exemplo, deve utilizar um estudo mais simples, como “Vida Feliz”. Um grupo que já tem algum conhecimento bíblico ou doutrinário pode utilizar um estudo mais detalhado, como “Tesouros da Verdade” ou “Rudimentos da Doutrina”. Podem acontecer nos lares das famílias da igreja, de pes-soas interessadas, ou na igreja, em programações específicas (de mulheres, de jovens, infantis, etc.).

O Deme (Departamento de Missões e Evangelis-mo) elaborou, neste ano, um “Guia para Implanta-ção de Grupos de Estudos Bíblicos”. Esse guia, junto

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com a Bíblia que você já conhece, não foi elaborado somente para os pastores e líderes de evangelismo, mas para você, mulher promessista, que crê pia-mente na promessa do Espírito Santo e no segundo advento de Cristo, e, com certeza, o aguarda com grande anseio. Você foi chamada por Cristo para anunciar essa promessa.

Neste guia, você verá instruções práticas de como anunciar Jesus de casa em casa, assim como a igreja de Atos fazia: ... e cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas (At 2: 46-47).

Você terá em mãos um Guia que abordará os seguintes tópicos:

l - Anunciar a salvação é um mandamento divino;

II - O preparo e as atitudes do evangelista;

III - Quanto à didática no Grupo de Estudos Bíblicos;

IV - Cuidados básicos para o bom funcionamento do Grupo de Estudos Bíblicos;

V - Passos para a implantação da metodologia do Grupo de Estudos Bíblicos e

VI - Programa do Curso Bíblico.

Você poderá esclarecer todas as suas dúvidas e ter toda orientação, de uma forma simples e prática para montar um Grupo de Estudos em sua casa ou na casa dos interessados. Depois de ler, será a hora de colocar a “mão na massa”. E olha que mulher entende muito bem disso!

No dia 24 de janeiro de 2009, foi lançado, em todas as igrejas adventistas da promessa, o proje-to: Dê trabalho para o seu pastor - Um milhão de contatos missionários. Dizemos mais: Trabalhe com o seu pastor! Comece, desde já, a oferecer um estudo bíblico. Sua parte é oferecer, e é claro que, se você tiver habilidade para ministrá-lo, não hesi-te! Faça parte de um projeto que resgatará mui-tas vidas e você, querida irmã, poderá nos ajudar muito nisso! A igreja de Deus foi estabelecida para

crescer. Então, colabore para isso. Desempenhe seu papel no corpo de Cristo e seja um canal de bênção!

Veja, a seguir, a II parte do Guia para Im-plantação de Grupos de Estudos Bíblicos, edi-tado pelo Deme, reproduzido, aqui, na íntegra:

O PREPARO E AS ATITUdES dO EVANgELISTA

Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente (Jr 48:10).

O evangelista deve, antes de tudo, estar ciente de que sua missão é divina e que, devido a isso, precisa desempenhá-la de forma que não traga escândalo para o reino de Deus. Diante disso, tal qual um homem que se prepara árdua e detalha-damente para colocar em prática um projeto pes-soal, os que militam à frente da missão divina não podem mostrar-se descuidados quanto ao prepa-ro necessário para que a tarefa seja exercida com maturidade.

A missão de quem está à frente de um Gru-po de Estudos Bíblicos é o de ensinar a salvação em Jesus Cristo, transformando seus integrantes em seus discípulos. Entretanto, no sentido de que se logre êxito na divina incumbência de ensinar tudo que o Senhor nos tem mandado (Mt 28:20), é preciso que o evangelista esteja ciente de al-guns requisitos básicos que listaremos a seguir:

Oração: 1. A oração é uma ferramenta indis-pensável no dia a dia daqueles que estão a ser-viço de Cristo, uma vez que não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os prin-cipados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espiri-tuais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6:12). Da mesma forma, devemos estar cientes de que Satanás tentará, de alguma forma, arrancar a se-mente do evangelho, que está sendo lançada nos corações dos que estiverem presentes ao estudo bíblico. Por isso, é aconselhável que se ore antes de iniciar qualquer reunião de estudo das Sagra-

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das Escrituras. Em seguida, repasse mentalmente o estudo que você pretende ministrar e peça ao Senhor Jesus Cristo que, através do Espírito San-to, conduza satisfatoriamente o estudo da lição.

Pontualidade: 2. Outro fator que não deve ser negligenciado por parte do evangelista é o que diz respeito ao início e ao fim do estudo bíblico. Neste caso, o tempo de duração deve permanecer em torno de uma hora, aproxima-damente. O estudo bíblico deve ser iniciado, im-preterivelmente, no horário combinado, pois a seriedade com que o compromisso é tratado por parte do evangelista gera credibilidade, e o res-peito demonstrado nessa atitude será bem visto por parte dos demais componentes do grupo.

Gentileza:3. Mantenha o bom humor e o bom senso. Não faça comentários negativos em relação a outras pessoas, ou mesmo a alguma outra denominação religiosa. A ética nos ensi-na que só se permite citar nomes de pessoas ou denominações religiosas no sentido de valorizar seus pontos positivos. Mesmo quando for neces-sário mostrar nossas divergências doutrinárias, a recomendação bíblica é que o façamos com se-riedade e honradez: A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um (Cl 4:6). Não demonstre irritação, quando for confrontado com algum questionamento diferente daqueles que esteja ministrando. É necessário que o evan-gelista compreenda que as pessoas que fazem parte do seu Grupo de Estudos Bíblicos têm suas próprias convicções. É possível que estejam equi-vocadas em algumas delas; entretanto, o amor e o carinho são o único caminho possível para que elas se deixem admoestar. Também, nesse caso, é bom colocar em prática a orientação das Sagradas Escrituras, que dizem: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita ira (Pv 15:1).

Entusiasmo:4. Seja entusiasmada! Mostre que você realmente gosta de ministrar cursos bí-blicos e que, sobretudo, tem convicção de que foi chamada por Deus para cumprir essa divina tarefa. Nunca reclame das dificuldades que possivelmen-

te surgirão à sua frente, quando no exercício de sua missão, principalmente perto dos não cristãos.

Preparo:5. Uma das atitudes indispen-sáveis para que se tenha uma ministração que alcance o resultado desejado é a de se prepa-rar com antecedência para isso. Dessa forma, é aconselhável que o evangelista tenha pronto, uma hora antes do início da aula, tudo o que irá usar na ocasião, e evite chegar atrasado ao estu-do. Lembre que não devemos participar de ne-nhuma atividade na igreja de Cristo para a qual não tenhamos tempo suficiente para interceder e nos preparar, pois maldito daquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente (Jr 48:10).

Postura:6. Cuide para que todos possam se sentar em cadeiras próximas umas das outras, pois isso ajuda na participação e no envolvimento geral. Não se coloque de pé (a não ser em casos especiais), à frente do grupo. Sente-se com todos, junto ao grupo. Sempre que possível, coloque as cadeias em forma de “U”, pois isso facilitará o en-sino e a dinâmica em torno do assunto exposto.

discrição:7. Seja discreto com aqueles que falam em demasia, bem como aqueles que, sendo tímidos, dificilmente terão a iniciativa de se pronunciar junto ao grupo, no sentido de não lhes causar constrangimento. Não faça per-guntas que lhes tragam embaraços, e evite pia-das. Respeite as pessoas em suas individualida-des, pois umas têm maior facilidade que outras no aprendizado. Por isso, independentemente da facilidade de aprender um determinado as-sunto, todos devem ser amados e valorizados.

Apelo sem apelação:8. Ninguém pode ser evangelizado à força, nem ser constrangido a fazer algum tipo de sinal favorável à mensagem de Cristo, caso seu coração não esteja realmen-te convencido desta verdade. Atitudes que visam forçar algo nesta direção só conduzem o pecador contra o evangelho. Mesmo as verdades que nos parecem mais cristalinas poderão ser vistas de ou-tra forma pelo aluno. Entretanto, caso se faça ne-cessário, repasse os ensinamentos da forma que

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possa lhe parecer mais compreensível, e somente quando a compreensão lhe tenha sido suficiente, siga avante com os demais estudos. Recomenda-se que o apelo para que a pessoa aceite a verdade exposta seja gentil. Não faça apelo com apelação.

Vestir-se com moderação: 9. A simplicidade deve ser uma preocupação constante de todos os servos de Deus. Nesse caso em particular, é aconse-lhável que se evite ostentação quanto à vestimenta.

higiene pessoal: 10. Em se tratando da apa-rência, todos os cuidados devem ser tomados, tanto em relação à vestimenta quanto à higiene pessoal.

Manter um tom de voz agradável: 11. Evite o tom de mando e de exortação. Fale com mansi-dão e respeito; utilize uma tonalidade de voz que não agrida os tímpanos das pessoas que estão sendo ministradas.

COMO SE TORNAR UMA BOA

COMPONENTE dE gRUPOS dE ESTUdO BíBLICO

Acreditar no sucesso do ministério da •visitação.

Desenvolver o seu potencial, preparando-•se adequadamente: espiritual e didaticamente, manejando bem a Palavra da verdade (II Tm 2:15).

Ser corajosa, perseverante, saber fazer •amizade, mostrar simpatia.

Saber guardar segredo, exercitar a fé, visi-•tar no poder do Senhor.

Orar sempre. Procure consagrar-se ao Se-•nhor, intercedendo pelo grupo e por si mesma.

COMO ENCONTRAR CONTATOS

Uma visão ampla e um coração cheio de amor resultarão em contatos. É interessante fazer uma lista com o nome de conhecidos:

Amigos pessoais:• que não fazem parte do Corpo de Cristo e não frequentam a igreja.

Cônjuges:• amigos casados, ou um dos cônjuges que não seja cristão. O cônjuge cristão pode ajudar.

Filhos:• muitas famílias da igreja têm filhos que ainda não obedecem à palavra de Deus.

Parentes:• quando não cristãos, com cer-teza respeitam você pela sua fidelidade a Cristo. Então, aproveite a oportunidade para ensinar.

Vizinhos:• eles devem notar que sua vida é dedicada a Deus e a sua Igreja. São ótimos con-tatos para evangelização.

Visitantes na igreja: • aja com os visitantes como se estivesse recebendo uma visita em sua própria casa; converse com eles. A presença deles mostra que têm interesse na vida espiritual. O vi-sitante tem prioridade sempre.

Assistência social da igreja: • O serviço de assistência social pode resultar em bons contatos de evangelismo.

ONdE EVANgELIzAR?

Cerimônias de casamento: • aproveitar a oportunidade para receber bem os convidados para que queiram retornar.

Funerais:• neste momento, as pessoas ficam mais sensíveis e dispostas a ouvir sobre a palavra de Deus.

No trabalho:• temos oportunidade para mostrar Cristo através de uma vida reta no de-sempenho de nosso serviço. O seu companheiro de trabalho vai notar a sua honestidade e vai se interessar por saber mais da vida cristã.

hospitais:• todos apreciam atenção e cari-nho, especialmente na hora da doença. Ore com eles, deixe um folheto com o endereço da igreja.

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Em outros lugares:• nas filas do banco, do supermercado, e outras; nos transportes coleti-vos, nas escolas, em restaurantes e comércio em geral, enfim, onde você estiver, deve evangelizar. O importante é ensinar, plantar a semente. Deus dará o crescimento no tempo certo.

COMO AgIR EM VISITAS A hOSPITAIS

Entrar somente com autorização da por-•taria, sempre em horário de visita.

A visita deve ser rápida.•

Não forçar, se a visita estiver proibida por •recomendação médica.

Não sentar na cama do doente.•

Não contar seus problemas ao doente.•

Não ficar ao pé da cama, mas ao lado do •doente.

Nunca ajudar o paciente a deitar-se ou •sair da cama.

Nunca visitar, se você estiver com uma •doença transmissível.

Mostrar-se alegre.•

Dizer palavras amáveis as outras pessoas •no quarto.

Deixar o aposento, quando solicitado.•

Oferecer-se para orar com o paciente, e •fazê-lo de maneira discreta.

Ter disponível literatura ou folhetos que •possam ser oferecidos aos pacientes.

Ao sair, agradecer a quem permitiu a entrada.•

O EVANgELISMO dINÂMICO NO MINISTÉRIO FEMININO

(PRÁTICA)

PARA AS REUNIÕES dA SOFAP

Para que haja empenho, compromisso, dedi-cação e participação ativa de todas as mulheres promessistas, sugerimos que, numa reunião da Sofap, a dinâmica abaixo seja realizada, a fim de conscientizar sobre a importância do nosso papel na evangelização.

Dinâmica de Evangelismo (Conscientização)

objetivo: Levar o grupo a refletir sobre a for-ma de assimilarmos a palavra de Deus.

Material: uma bolinha de isopor, um giz, um vidro vazio (de remédio, por exemplo), uma es-ponja e uma vasilha com água.

Primeiro passo: explicar que a água represen-ta a palavra de Deus e os objetos representam cada um de nós.

Segundo passo: colocar a água na vasilha e pedir para alguém colocar a bolinha de isopor na água. Compartilhar com o grupo o que acontece: o isopor não afunda e nem absorve a água.

Refletir: Somos também impermeáveis? Te-mos encontrado na palavra de Deus verdades que se aplicam sempre as outras pessoas e não a nós? Temos reconhecido os defeitos dos outros e não os nossos? Será que, quando vemos a situação das pessoas no mundo, ficamos apáticas, não nos deixamos atingir com a situação de miséria, com a falta de amor, de paz, com a falta de Deus para a humanidade?

Terceiro passo: Pedir para alguém mergulhar o giz na água. Compartilhar com o grupo o que acontece: o giz retém a água só para si.

Refletir: E nós? Estamos agindo como o giz, ao retermos os ensinamentos da palavra de Deus só

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para nós, sem compartilhar com outras pessoas? Vamos à igreja, ouvimos falar do amor de Deus, da paz e do poder de transformação que o evangelho produz, mas esquecemos a voz do mestre, que nos diz: Ide e pregai a toda criatura! (Mc 16:15).

quarto passo: Encher o vidro com água e, em seguida, esvaziá-lo, diante do grupo. Comparti-lhar com o grupo sobre o que acontece: o vidro ficou vazio!

Refletir: o vidro até esteve cheio de água, mas esvaziou-se, foi incapaz de reter um pouco para si. Assim agem as pessoas que se expõem à palavra de Deus, sem se deixarem trabalhar por ela. Até frequentam as escolas bíblicas, ouvem as men-sagens proferidas nos cultos, mas não guardam nada do que ouvem, nem aplicam seu conteúdo a sua própria vida.

quinto passo: Mergulhar a esponja na água e, em seguida, espremê-la de forma a eliminar a água.

Compartilhar com grupo o que acontece: a es-ponja cede grande parte da água, mas permane-ce molhada.

Refletir: Assim devemos absorver a palavra de Deus! Enchemo-nos e nos fortalecemos do poder de Deus. Devemos querer compartilhá-la, transmi-tir aos outros as boas novas do evangelho de Cristo e as ricas bênçãos que ele tem para nos oferecer. Porém, precisamos permanecer “molhadas”.

EVANgELIzANdO MULhERES

Através de grupos de Estudo Bíblico:

Ao convidar suas amigas, pense numa ma-neira especial para fazê-lo. Faça um convite bem bonito! Nós, mulheres, gostamos de beleza e sim-plicidade. Então, capriche! Se não souber fazer, peça ajuda. Temos muitas irmãs habilidosas que podem nos auxiliar. No primeiro encontro, inicie com uma dinâmica (quebragelo). Isso vai propor-cionar a descontração e apresentação das partici-pantes. Segue dois exemplos:

Batata quente bíblica: Forme um círculo com todas as participantes. Você preparará um brinde que deverá ter várias embalagens (uma sobre a outra). Oriente o grupo que deverá passar o paco-te de mão em mão, enquanto ouve uma música. Quando a música for interrompida, a participante que segura o pacote, deverá abri-lo, tirar um pa-pel, dizer o seu nome, e continuar a brincadeira. Comunique que aquela que tirar a última emba-lagem realizará uma tarefa. A tarefa é ficar com o brinde! Sugerimos que o brinde seja uma Bíblia.

Sorteio diferente: Anotar, em papéis, os no-mes de todos que chegarem para a realização de um sorteio diferente. Explicar que o ganhador do presente vai ser o último papel sorteado. À me-dida que forem sorteadas, você pode solicitar que cada participante levante a sua mão; assim o grupo irá se conhecendo. A partir daí, siga as orientações contidas no “Guia para implantação de Grupos de Estudos Bíblicos”.

Através de Chás ou encontros evangelísticos:

Pode ser na casa de uma sócia ou na igreja. Esta pode ser uma excelente oportunidade para levá-las a ouvir a palavra de Deus. A ideia é que cada sócia da Sofap convide uma amiga para o Chá da Tarde, quando, num batepapo, poderão ser abordados temas específicos (depressão, saúde da mulher, educação de filhos, beleza, etiqueta, etc.). Pode-se falar da importância da amizade e reforçar que o melhor amigo que alguém pode ter é o Senhor Jesus Cristo. O modelo de planejamento que você pode adaptar a sua realidade é o seguinte:

O QUÊ? Encontro de mulheres. 1.

POR QUÊ? Para estabelecer um relacio-2. namento com as convidadas e as mulheres pro-messistas.

QUAL FINALIDADE? Evangelística.3.

QUANDO? Agendar uma data em reunião.4.

QUEM? A Sofap5.

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COMO? Com oração, jejum e envio de 6. convites. Cada irmã deve trazer, no mínimo, uma convidada.

QUANTO? Fazer o orçamento de gastos 7. (Tesouraria da Sofap).

ONDE? A definir.8.

SUgESTÃO dE ITENS PARA A PROgRAMAçÃO:

Saudação•

Louvores•

Leitura Bíblica•

Oração•

Meditação Bíblica•

Poesias•

Curiosidades sobre algumas mulheres da Bíblia•

Dicas de Saúde•

Palestras•

Apelo•

É ACONSELhÁVEL:

Confeccionar convites para serem entre-•gues com antecedência.

Preparar uma ficha de identificação das •participantes, contendo basicamente os seguintes dados: nome completo, endereço (rua, nº, bairro, cidade, CEP, telefone, email) e quem a convidou.

Providenciar brindes para sorteios.•

Lembrancinhas para o final.•

Doação de Bíblias para não crentes.•

É IMPRESCINdíVEL:

Qualquer trabalho evangelístico precisa •de um programa de consagração prévia, conten-do muita oração, jejum e perseverança. Todas as sócias precisam ser envolvidas.

EVANgELIzANdO CRIANçAS

Instrui o menino no caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv 22:6)

As crianças também precisam da salvação. Em nosso contato diário com elas, somos o tem-po todo observadas. Elas nos copiam, querendo imitar-nos em tudo. Por isso, temos que vigiar em nossa maneira de ser, falar, agir e vestir, a fim de sermos sempre bons exemplos para elas. Muitas mães querem trabalhar para o Senhor, e se des-cuidam da missão de evangelizar seus próprios fi-lhos. Precisamos cuidar para que isso não aconte-ça e proporcionar-lhes acesso à palavra de Deus:

EM CASA:

Devemos ensinar às crianças que elas precisam da salvação, que o caminho para alcançá-la é Jesus e que o maior presente que Deus nos concedeu foi a salvação, através de seu filho.

Ore com seus filhos. Isso deve ser fei-•to num momento tranquilo, sem brincadeiras, mas com expressão de amor, pois, através da ora-ção, elas aprenderão a ter intimidade com Deus.

Ajude-os no estudo diário da lição bíblica infantil• .

Ajude-os a memorizar versículos bíblicos.•

Ajude-os a crescerem na fé em Deus, •dando-lhes a oportunidade de exercitarem-na, no dia a dia da família.

Incentive-os a participarem da Escola Bí-•blica (e outras atividades da igreja), sendo bons exemplos neste item. Se os pais não valorizam

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sua própria participação, não conseguirão ensinar isso aos filhos.

ATRAVÉS dE gINCANAS E BRINCAdEIRAS:

Testes bíblicos: quem encontra o livro do •versículo citado mais rápido.

Batata quente: fala •de cor o versículo ou repete com ajuda da mãe a criança que estiver com o ob-jeto, quando a música parar.

Complete o versículo: você inicia e quem •terminar corretamente ganha.

Quem consegue, num determinado tem-•po, dizer o maior número de nomes de persona-gens bíblicos.

APROVEITANdO AS FÉRIAS ESCOLARES:

Aproveite o período das férias escolares, para receber, em casa, amiguinhos de seus filhos e falar-lhes do amor de Deus. Através de músicas, brincadeiras e histórias bíblicas, você poderá plantar nos corações destas crianças o amor por Deus. Se tiver dificuldades de comunicação com as crianças, peça ajuda a alguém do Dijap de sua igreja.

EVANgELIzANdO ATRAVÉS dA dIS-TRIBUIçÃO dE FOLhETOS:

O folheto evangelístico é uma ótima ferramen-ta, acessível a qualquer uma de nós. Precisamos adquirir o hábito de ter sempre alguns exempla-res conosco, que podem ser utilizados nos mais variados lugares e ocasiões, como:

Na ida ao mercado, à feira, à padaria, à •farmácia, etc.

Colocando dentro das caixas de correio •dos vizinhos.

Ao buscar as crianças na escola.•

No percurso de ida (ou de volta) para o •trabalho.

EVANgELIzANdO ATRAVÉS dO ENVIO dE CARTAS:

Cartas para irmãs presidiárias:•

É também possível enviar uma carta do pró-prio punho, como fez Jeremias ao usar Baruque (Jr 36:17-18). Essa estratégia foi largamente usada pelos apóstolos (l Co 16:21; Gl 6:11). Temos nossas irmãs presidiárias, que anseiam receber mensagem de apoio, amor e fé. Podemos auxiliar, desta forma, o ministério da capelania prisional.

Cartas para os nossos vizinhos:•

Mais vale o vizinho perto do que o irmão lon-ge (Pv 27:10b). Envie cartas para os vizinhos com palavras de bênçãos, falando do grande amor de Deus. Há muitos testemunhos de pessoas que fo-ram socorridas, altas horas da noite, pelo vizinho mais próximo, quer seja com um remédio, com uma carona ao hospital, etc. Também é correto convidar os vizinhos a participarem da alegria que Jesus Cristo nos proporciona, ao encontrarmos a ovelha que perdemos: Alegrai-vos comigo; achei minha ovelha perdida (Lucas 15:6).

Devemos ser participantes em momentos de dificuldade, seja com alimentos, seja com pala-vras. Com bom testemunho, será mais fácil que ele aceite seu convite para um grupo de estudo bíblico, um culto, etc.

METOdOLOgIA:

Primeiro passo: Faça uma lista com os nomes dos vizinhos mais próximos (da direita e da es-querda).

Segundo passo: Adquira minivioletas e ela-bore cartinhas com um texto específico sobre o amor de Deus, com uma chamada impactante:

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Quer conhecer melhor este amor? Compareça dia ____ às 15h, no _____(seu endereço)___ .

Terceiro passo: No dia e horário marcado, es-teja pronta para recebê-los com alegria, seguindo as orientações para realização de um Chá da Tar-de, por exemplo. Esse poderá ser o início de um grupo de estudo bíblico.

quarto passo: providencie um caderno, que deverá ser seu caderno de oração. Nele, você po-derá registrar os pedidos de oração, ao final de cada encontro.

CONCLUSÃO

O próprio Senhor Jesus nos diz: E será prega-do este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24:14). Vamos, então, evangelizar e dizer: Vem Senhor Jesus! Ora vem Senhor Jesus! (Ap 22:20).

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REFERêNCIAS BIBLIOgRÁFICAS:

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BUCKLAND, A. R. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: Editora Vida, 1996.

SILVA, Genilson S. da. A fé sincera. In: de onde foi tirado o artigo. Cidade: Editora, ano.

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. In: Estudo preparado para os pastores batistas. Cabo Frio, 2004.

Evangelismo – Amor em Ação

Garner Allen Dutton

Momento Missionário

Lições Bíblicas da IAP; Edição 270 – Jan/Fev/Mar/05

Departamento de Missões e Evangelismo da IAP. Guia para implantação de Grupos de Estudos

Bíblicos - Parte II. São Paulo, Editora A Voz do Cenáculo, 2009.

GARDNER, Paul. Quem é Quem na Bíblia Sagrada. São Paulo: Vida, 2002.

CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São

Paulo: Milenium, 1986.

CHAMPLIN, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos,

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FARIAS Fº, José Lima. Priscila, uma mulher de coragem. In: Vidas que Ensinam. Lições para

Estudo Bíblico da Igreja Adventista da Promessa. Editora A Voz do Cenáculo, 2008.

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