Aproveitamento pluvial para irrigação

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CENTRO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA APLICADA TECNOLOGIA EM PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL PROJETO INTEGRADOR O APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA IRRIGAÇÃO ANDRÉ LUIZ MARTINS GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA MARCIO ESTEVAM DA SILVA RIO CLARO – SP 2007

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O objetivo geral deste projeto é dimensionar um sistema de aproveitamento de água de chuva, para posterior instalação nas dependências da Escola Municipal Agrícola “Engº Rubens Foot Guimarães”, situada na Estrada Rio Claro-Ajapi, Km 7 – Distrito de Ajapi – Rio Claro/SP.O projeto prevê ainda alguns objetivos específicos: Obtenção de apoio de empresas parceiras, para o custeio do projeto; Tentativa de alinhamento e aceitação do Projeto pelo Instituto Carlos Roberto Hansen, por intermédio da empresa parceira Tigre S/A – Tubos e Conexões, conforme documento apresentado no Anexo 1; Elaboração de um Manual Prático de Manutenção – MPM, com informações básicas sobre a manutenção da sustentabilidade do sistema, apresentado no Anexo 2; Formatação do MPM, em modelo simplificado, com linguagem coloquial, para entrega à Instituição Escola Agrícola de Ajapi, apresentado no Anexo 5; Levantar e apresentar planilha com os custos de material a ser patrocinado pela parceira Tigre S/A, apresentada no Anexo 6; Mais do que um objetivo, firma-se o compromisso de manter o gerenciamento pelo grupo criador do projeto, mesmo após o término do Curso.Márcio Estevam da Silva

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Page 1: Aproveitamento pluvial para irrigação

CENTRO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA APLICADA

TECNOLOGIA EM PLANEJAMENTO

E GESTÃO AMBIENTAL

PROJETO INTEGRADOR

O APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA

IRRIGAÇÃO

ANDRÉ LUIZ MARTINS

GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA

MARCIO ESTEVAM DA SILVA

RIO CLARO – SP 2007

Page 2: Aproveitamento pluvial para irrigação

2

ANDRÉ LUIZ MARTINS – 31 PAA - 101212

GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA – 31PAA - 101248

MARCIO ESTEVAM DA SILVA – 31PAA - 101157

PROJETO INTEGRADOR

O APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA

IRRIGAÇÃO

Projeto de natureza interdisciplinar do Centro Brasileiro de Tecnologia Aplicada, Rio Claro – SP, do Curso de Tecnologia em Planejamento e Gestão Ambiental.

RIO CLARO – SP

2007

Page 3: Aproveitamento pluvial para irrigação

3

PROFESSORES EXAMINADORES

ARIOVALDO JOSÉ DA SILVA - _____________

MÁRIO ROBERTO BARRAZA - _____________

LÚCIA VIDOR DE SOUZA REIS - _____________

JOSÉ GUSTAVO VIEGAS CARNEIRO - _____________

RICARDO LUIZ BRUNO - _____________

Page 4: Aproveitamento pluvial para irrigação

ÍNDICE

Quebra de seção (contínua)

1 – INTRODUÇÃO ..............................................................................................................3

2 – OBJETIVOS ....................................................................................................................6

2.1 – Objetivo Geral ...............................................................................................................6

2.2 – Objetivos Específicos ....................................................................................................6

3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................7

3.1 - O ciclo das águas .....................................................................................................7

3.2 - Quanto ao Uso Racional da Água............................................................................8

3.3 - Posicionamento do Brasil no contexto Mundial....................................................11

3.4 – Opções de reuso da água .............................................................................................14

3.4.1 - Reuso direto da água .................................................................................... 14

3.4.2 - Reuso indireto da água ................................................................................. 14

3.5 – O aproveitamento de águas pluviais............................................................................15

3.6 - Legislação Ambiental Relacionada à Qualidade das Águas..................................19

3.6.1 - Constituição Federal:.................................................................................... 19

3.6.2 - Legislação Federal: ...................................................................................... 20

3.6.3 - Atos Administrativos Normativos Federais: ................................................ 20

3.6.4 - Constituição Estadual (São Paulo): .............................................................. 21

3.6.5 - Legislação Estadual (São Paulo):................................................................. 21

3.7 - Padrões de qualidade para aproveitamento da água de chuva .....................................23

4 – MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................25

4.1 - O aproveitamento de águas pluviais ............................................................................25

4.2 – Sistema de bombeamento sem consumo de eletricidade.............................................27

4.3 – Métodos aplicados no dimensionamento do sistema...................................................29

Page 5: Aproveitamento pluvial para irrigação

24.4 – Cálculos para o Projeto de Aproveitamento de Águas Pluviais na Escola Agrícola

de Ajapi. ...............................................................................................................................33

5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................40

5.1 - Sugestões para a otimização do projeto .......................................................................40

5.2 – Fluxograma das atividades do projeto .........................................................................43

6 – CONCLUSÃO...............................................................................................................44

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................46

8 – ANEXOS ........................................................................................................................49

Page 6: Aproveitamento pluvial para irrigação

3

1 – INTRODUÇÃO

O desperdício de água no Brasil é um assunto bastante discutido nos dias de hoje, uma

vez que, se consome água além do suficiente para a saudável qualidade de vida. Apesar de o

Brasil possuir a maior reserva de água doce do mundo, este recurso está se tornando um bem

de consumo de custos crescentes, devido à degradação ambiental que contamina os

mananciais, ao crescimento desordenado da população nos centros urbanos e a má

distribuição.

Por estes motivos, buscam-se freqüentemente, métodos alternativos de utilização da

água, visando à economia deste recurso.

Vale salientar que as alternativas de utilização da água devem aliar-se ao processo

educacional, voltado ao trabalho de conscientização da sociedade, e no caso deste projeto,

diretamente ao público adolescente ou em idade escolar, uma vez que torna-se impossível

colocar em prática qualquer projeto que envolva a participação da sociedade, sem antes

conscientizá-la e ensiná-la.

Como disse, já em 1999, o Senador Lúcio Alcântara (PSDB-Ceará), em

pronunciamento no Senado Federal, sobre o "Programa Nacional de Combate ao Desperdício

de Água":

“...faz-se necessária, continuada

campanha de esclarecimento a todos os cidadãos,

do valor da água limpa. A conscientização deve

começar mas escolas – fazendo parte, talvez, da

disciplina de geografia – e se estender a todas as

organizações da comunidade, como condomínios

e associações de moradores, e incluir os meios de

comunicação de massa."

Page 7: Aproveitamento pluvial para irrigação

4

O senador salientou neste pronunciamento, que sem dúvida fica impossível colocar em

prática qualquer projeto que envolva a participação da sociedade, sem antes conscientizá-la e

ensiná-la. Priorizando o foco nas escolas, através da multidisciplinaridade.

A população deve se conscientizar de que recursos devem ser economizados, mesmo

que estes não estejam em escassez, principalmente pelo fato do Brasil ser um país em

desenvolvimento. O país deve se estruturar na distribuição de seus recursos, naturais ou não,

com o intuito de alcançar um sucesso significativo e almejar a sustentabilidade no uso destes.

Para alcançar esse nível de conscientização faz-se necessária a revisão de hábitos

arraigados nos indivíduos e na coletividade, o que não é uma tarefa fácil. Por isso a

importância de investir na nova geração, nos jovens e crianças, é cada vez maior, pois, é

através da educação que se formam cidadãos conscientes.

Quanto ao Uso Racional da Água - Inúmeras entidades preservacionistas, inclusive a

Organização Mundial da Saúde – OMS, e a Organização das Nações Unidas – ONU vêem

alertando para o fato de que em algumas décadas a água doce será o recurso natural mais

escasso e disputado pela maioria dos países.

Partindo deste princípio, este projeto apresentará uma maneira de se economizar a água

que é usada no dia-a-dia, através da utilização da água de chuva, para algumas tarefas

cotidianas, como por exemplo, jardinagem e rega de pequenas áreas agrícolas.

As soluções para o desperdício da água, propostas por esse projeto são:

Conscientizar a sociedade, em especial alunos do ensino fundamental, sobre a

importância da economia da água;

Apresentar um sistema viável de aproveitamento da água, que pode ser implantado no

Page 8: Aproveitamento pluvial para irrigação

5

nosso dia-a-dia;

Disponibilizar dados que poderão ser usados como base nos estudos necessários para

construção de um sistema, aos interessados na implantação do mesmo;

Apresentar de maneira simples e objetiva, com a confecção de um manual, as práticas

necessárias para o bom funcionamento de um sistema instalado;

Page 9: Aproveitamento pluvial para irrigação

6

– OBJETIVOS

O objetivo geral deste projeto é dimensionar um sistema de aproveitamento de água de

chuva

2.2 – Objetivos Específicos

O projeto prevê alguns objetivos específicos:

ra o custeio do projeto;

Roberto Hansen,

Manutenção – MPM, com informações básicas

al, para

ocinado pela

omisso de manter o gerenciamento pelo

grupo criador do projeto, mesmo após o término do Curso.

2

2.1 – Objetivo Geral

, para posterior instalação nas dependências da Escola Municipal Agrícola “Engº

Rubens Foot Guimarães”, situada na Estrada Rio Claro-Ajapi, Km 7 – Distrito de Ajapi – Rio

Claro/SP.

Obtenção de apoio de empresas parceiras, pa

Tentativa de alinhamento e aceitação do Projeto pelo Instituto Carlos

por intermédio da empresa parceira Tigre S/A – Tubos e Conexões, conforme

documento apresentado no Anexo 1;

Elaboração de um Manual Prático de

sobre a manutenção da sustentabilidade do sistema, apresentado no Anexo 2;

Formatação do MPM, em modelo simplificado, com linguagem coloqui

entrega à Instituição Escola Agrícola de Ajapi, apresentado no Anexo 5;

Levantar e apresentar planilha com os custos de material a ser patr

parceira Tigre S/A, apresentada no Anexo 6;

Mais do que um objetivo, firma-se o compr

Page 10: Aproveitamento pluvial para irrigação

7

3.1 - O ciclo das águas

Reciclagem significa, submeter repetidamente uma matéria a um mesmo ciclo para

efeitos deste (Dicionário da Real Academia, XX Edição, 1984,

adrid). Nada se ajusta melhor a esta definição que o ciclo hidrológico ou da água.

água dos

oceanos, mares e massas terrestres, transferindo-as à atmosfera como vapor de água. Uma vez

na atmosfera, o vapor forma as nuvens. As nuvens são transportadas por padrões do clima,

que recebem influência da topografia do terreno. Às vezes o vapor se condensa em forma de

neblina ou nuvens e eventualmente desce a Terra como precipitação, acumulando-se em águas

superficiais e sob o terreno. O processo de reciclagem, com o regresso da água para a

atmosfera, trata-se de um ato contínuo.

1. Outros processos são a respiração e a combustão.

3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

cumprir ou incrementar os

M

O ciclo hidrológico é um movimento contínuo, um processo natural de reciclagem de

moléculas de água da terra ao ar e de regresso a terra. A energia solar esquenta a

Os processos chave do ciclo hidrológico são: evaporação, transpiração, precipitação e

infiltração, conforme demonstra a Figura

Page 11: Aproveitamento pluvial para irrigação

8

Figura 1 – Figura ilustrativa do ciclo da água na natureza. Fonte: http://www.casal-al.com.br/ciclo.htm, acesso em maio 2007

3.2 - Quanto ao Uso Racional da Água

A terra contém cerca de 75% de superfície líquida totalizando 1,4 bilhões de km3 de

água. Porém, o volume total da água doce é de apenas 40 milhões de km3 (3% deste total),

sendo a maior parte na forma de gelo ou oculta no subsolo em profundidades que dificultam

sua exploração.

Em condições acessíveis de uso não haveria mais que 150 mil km3, pouco mais de

0,01% do total de água do planeta.

A Figura 2 ilustra a distribuição da água doce no Planeta Terra, onde se vê que em

grande parte da superfície, a escassez pode chegar muito antes do que em outras. Isto reflete

uma má distribuição deste recurso.

Page 12: Aproveitamento pluvial para irrigação

9

Figura 2 – Figura ilustrativa da distribuição da água doce no planeta. Fonte: Tom da Mata Web Site (2005).

Analisando esta figura, pode-se concluir que o volume de água disponível para

consumo humano é muito pequeno. E ainda existem variações de disponibilidade de água e de

populações no planeta, ocasionando situações interessantes, em que o volume per capta é alto,

decorrente de áreas com grande disponibilidade de água e com densidade populacional

pequena, e regiões com a situação inversa, com grande concentração populacional e baixa

disponibilidade desse bem. Também ocorrem situações onde existem altas disponibilidades de

recursos, mas que existe a escassez, devido a elevados níveis de consumo.

A distribuição de toda a água depositada no planeta é minuciosamente descrita no

Quadro 1.

Page 13: Aproveitamento pluvial para irrigação

10Quadro 1 – Distribuição de água na terra.

Volume % do Volume % do Volume Reservatório

(10³ km³) Total Água Doce

Oceanos 1.338.00 96,5370,00 9 -

Subsolo: 23.400,00 1,6883 -

Água Doce 10.530,00 0,7597 30,0607

Água Salgada 12.870,00 0,9286 -

Umidade do Solo 16,50 0,0012 0,0471

Áreas Congeladas: 24.064,00 68,6971,7362 1

Antártica 21.600,00 1,5585 61,6629

Groelândia 2.340,00 0,1688 6,6802

Ártico 83,50 0,006 0,2384

Montanhas 40,60 0,0029 0,1159

Solos Congelados 300,00 0,0216 0,8564

Lagos: 176,40 0,0127 -

Água Doce 91,00 0,0066 0,2598

Água Salgada 85,40 0,0062 -

Pântanos 11,50 0,0008 0,0328

Rios 2,10 0,0002 0,0061

Biomassa 1,10 0,0001 0,0032

Vapor D'água na Atmosfera 12,90 0,0009 0,0368

Armazenamento Total Água Salgada 1.350.95 97,4725,40 6 -

Armazenamento Total Água Doce 35.029,10 2,5274 100,00

Armazenamento Total de Água 1.385.98 4,50 100,00 -

Fonte: Revista MultiCiência – Revista dos Cent p (2

ros e Núcleos Interdisciplinares da Unicam003).

Page 14: Aproveitamento pluvial para irrigação

11m fator preocupante consiste no crescente consumo de água pelo mundo. Estima-

se que

Quadro 2 – Dinâmica do uso da água no mundo, por setor (km3 / ano).

Estimado

U

em 2025 o consumo mundial seja de 2.879 a 5.187 km3

/ ano (cerca de 2,87 a 5,18 X

1015 litros/ano), o que representa um crescimento de 75% em 30 anos, do volume de água

utilizado em todo o planeta. Estas informações podem ser verificadas na Quadro 2,

apresentada a seguir:

Setor Calculado

1900 1940 1950 1960 1970 1980 1990 1995 2000 2010 2025

População

(milhõe e hab) s d 2493 2963 3527 4313 5176 5520 5964 6842 8264

Área Irrigada

(milhões de h a) 47 76 101 142 173 200 243 254 264 288 329

Uso Agrícola 525 891 1124 1541 1850 2191 2412 2503 2595 2792 3162

407* 678 856 1183 1405 1698 1907 1952 1996 2133 2377

Uso Industrial 38 127 182 334 548 683 681 715 748 863 1106

3* 10 14 25 38 62 73 80 87 111 146

Abastecimento 16 37 53 83 130 208 321 354 386 464 645

4* 9 14 20 29 42 53 57 62 68 275

Reservatório 0,3 3,7 6,5 22,7 65,9 119 167 188 211 239 275

TOTAL 1066 1365 1985 2574 3200 3580 3760 3940 4360 579 5187

415* 705 894 1250 1539 1921 2196 2275 2354 2550 2879

Obs. me de água efetivam : ( * ) Volu ente consumido

Fonte: Revista MultiCiência – Revista dos Centro isciplinares da Unicamp (2003).

3.3 - Posicionamento do Brasil no contexto Mundial

A água está se tornando um bem de consumo de custo crescente, e cada vez mais

escassa. O Brasil possui a maior reserva de água do planeta, aproximadamente 8% da água

doce disponível.

s e Núcleos Interd

Page 15: Aproveitamento pluvial para irrigação

12

Os 20% restantes ficam responsáveis pelo abastecimento de 95% da população.

Estes dados remetem à importância dos planos de utilização racional e conservação da

o

e

toda ág

aturais. Tanto que, em 11/07/95,

editou

captação das águas pluviais, as

quais

Já em 1999, o Senador Lúcio Alcân

o "Programa Nacional de Combate ao Desp

cia e

s necessidades com

água farta e de qualidade, pelo simples gesto de

Mas a situação não é das mais confortáveis, visto que:

80% das águas nacionais estão na Amazônia, onde a população é de apenas 5%;

água nos centros urbanos, pois além da degradação ambiental que contamina os mananciais,

abastecimento mundial enfrenta outra situação crítica: o desperdício, que consome metade d

ua que é produzida para abastecer os centros urbanos.

A cidade de Curitiba serve como exemplo na implantação de projetos de conservação

e reuso da água, apresentando soluções que visam o desenvolvimento urbano adequado, a

conservação e preservação do meio ambiente e dos recursos n

a Lei 8681, a qual, em seu Art. 9 º estabelece que:

"Os estabelecimentos que executarem

lavagem de veículos, deverão possuir uma

cisterna para

deverão ser utilizadas nos serviços de

lavagem, ficando seus prazos e parâmetros a

serem definidos em legislação específica."

tara, em pronunciamento ao Senado Federal sobre

erdício de Água", dizia que:

"...apesar de toda a advertên

conscientização, o homem comum, urbano e

moderno, que satisfaz sua

Page 16: Aproveitamento pluvial para irrigação

13virar

O senador salientou um assunto ba

água, ou seja, a Educação. É, sem dúvida, i

envolva a participação da sociedade, sem

Precisamos demonstrar qual o verdadeiro v que sai de nossas torneiras. Não só o

valor fi

uma torneira, costuma tomar por

natural esta disponibilidade e raramente se dá

conta de todo o processo de captação, tratamento

e distribuição que a possibilita....A cultura do

desperdício de água pode ser percebida também

nesses postos de gasolina que oferecem lavagem

gratuita para os carros, com mangueira de

pressão, o que significa um consumo muito

superior ao que seria necessário para deixar

qualquer veículo limpo e reluzente....Por tudo

isso, faz-se necessária, continuada campanha de

esclarecimento a todos os cidadãos, do valor da

água limpa. A conscientização deve começar mas

escolas – fazendo parte, talvez, da disciplina de

geografia – e se estender a todas as organizações

da comunidade, como condomínios e associações

de moradores, e incluir os meios de comunicação

de massa."

stante importante para que possamos conservar a

mpossível colocar em prática qualquer projeto que

antes conscientizar e ensinar esta sociedade.

alor da água

nanceiro, mas também a tamanha importância desse líquido para nossas vidas.

Resta, portanto, analisar os tipos de reuso aplicáveis a cada tipo de água.

Page 17: Aproveitamento pluvial para irrigação

14

certeza

serão encontradas no reuso da água.

O reuso da água pode ser de forma direta ou indireta, conforme se explica nos itens que

seguem:

te tipo de reuso é o mais comum, e mais utilizado atualmente. Consiste em tratar os

efluentes e ao invés de descarregá-los no meio ambiente, direcioná-los diretamente aos locais

de armazenamento para posterior reuso: nestes casos em especial, a demanda é direcionada à

é usado em ciclos fechados de sistemas industriais.

3.4.2 -

e ser um reuso do tipo planejado ou não planejado.

Considera-se não planejado o reuso da água retirada dos rios, pois este ao receber

cargas de efluentes, caminha em direção ao novo consumidor (uma cidade vizinha, por

exemplo), e neste caminho se auto-depura, ou mesmo se dilui pela conjunção com outros

rios, chegando menos contaminado ou mais puro a nova captação.

3.4 – Opções de reuso da água

Portanto, clama-se por alternativas para combater a possível escassez. Estas com

3.4.1 - Reuso direto da água

Es

agricultura e o mesmo sistema

Pode-se incluir neste caso, a reciclagem de água, que consiste em um reuso interno da

água, sem tratamento, apenas usando-a como complementação à quantidade original de água

utilizada.

Reuso indireto da água

Pod

Page 18: Aproveitamento pluvial para irrigação

15

m controle criterioso, na

is entre o ponto de descarga original e o

ponto de captação em questão, tentando assim, evitar a contaminação com

efluentes não interessantes ao sistema idealizado;

3.5 – O aproveitamento de águas pluviais

inclus

Esta atividade se torna possível devido à utilização de um sistema de captação e

armazenamento de água que consiste em utilizar a água precipitada sobre a área do telhado

(principal coletor da água da chuva), que por sua vez é drenada até os reservatórios térreos,

atravé

forme o uso planejado na instalação do projeto.

Consideram-se planejados os reúsos da água:

num caso semelhante ao anterior, mas com a ressalva de que os efluentes

passam por tratamento e ai sim são descartados num corpo d’água para nova

utilização mais adiante, sendo controlado este consumo e direcionado a uso

específico a ser determinado. Exigindo assim, u

tentativa de detectar descargas eventua

num caso de aproveitamento de águas pluviais, coletadas diretamente de um

telhado, ou grupo de telhados, para posterior armazenamento e uso específico

para fins não potáveis.

O aproveitamento de águas pluviais já é prática comum em muitas regiões do mundo,

ive no Brasil.

s das calhas condutoras (Figuras 3 e 4), de onde é bombeada para o reservatório elevado

para ser utilizada con

Page 19: Aproveitamento pluvial para irrigação

16

Figura 3 – Pequeno modelo de um sistema de coleta de água de chuva para ilustração. Fonte: dos autores.

Figura 4 – Pequeno modelo de um coletor de água de chuva para ilustração. Fonte: dos autores.

Page 20: Aproveitamento pluvial para irrigação

17te alternativa

para uso na irrigação de plantações, requer inicialmente a gestão da sua qualidade e

quantidade, conforme Quadros 3 e 4, respectivamente.

e água calculada pela fórmula racional, considerando o índice pluviométrico

de água, considerando os períodos admissíveis de seca; e

dentro do empreendimento, atentando às

Cabe ressaltar, no entanto, que a utilização de águas pluviais como fon

Para dimensionamento de um sistema de aproveitamento de água pluvial devem ser

considerados:

Área disponível para coleta;

Vazão d

médio da região; (Quadro 2)

Estimativa de demanda para o uso previsto;

Dimensionamento da reserva

Na maioria dos casos, seu posicionamento

questões de estética e paisagismo.

Page 21: Aproveitamento pluvial para irrigação

18uadro 3: Características físicas, químicas e bacteriológicas da água pluvial.

Fo

Q

nte: MAY (2004).

Água coletada na tubulação Reservatório Parâmetros

Mínimo Médio Máximo Médio Cor (UH) 20 52,5 218 23,0 Turbidez (UNT) 0,6 1,6 7,1 0,8 Alcalinidade (mg/L) 4 30,6 60 18,8 pH 5,8 7,0 7,6 6,7 Condutividade (μs/cm) 7,0 63,4 126,2 25,7 Dureza (mg/L) 4,0 39,4 68,0 19,6 Cálcio (mg/L) ND 15,0 24,3 4,7 Magnésio (mg/L) ND 1,1 2,2 0,5 Ferro (mg/L) 0,01 0,14 1,65 0,06 Cloretos (mg/L) 2,0 8,8 14,0 12,2 Sulfatos (mg/L) 2,0 8,3 21,0 5,1 Sólidos totais (mg/L) 10 88 320 25 Sólidos suspensos totais (mg/L) 2 30 183 2 Sólidos suspensos voláteis (mg/L) 0 15 72 2 Sólidos dissolvidos totais (mg/L) 2 58 177 24 Sólidos dissolvidos voláteis (mg/L) 0 39 128 24 OD (mg/L) 1,6 20 42 17,6 DBO (mg/L) 0,4 2,5 5,2 1,5Nitrato (mg/L) 0,5 4,7 20 3,1Nitrito (mg/L) 0,1 0,8 3,8 0,1 Coliformes totais1 em 100 ml (NMP) <1 > 70 > 80 > 65

ND = Não espec1= Presente em 89% da

ificado. s amostras.

em a em das amo coletada m 30% no Coliformes fecais em 100 ml aparecreservatório.

em médi 50% stras s e e

Page 22: Aproveitamento pluvial para irrigação

19uadro 4: Série Histórica de chuvas – Índices Pluviométricos da Região do Projeto Q

MUN. PREFIXO NOME ALTITUDE LATITUDE LONGITUDE BACIA Rio

Claro D4 – 112 Rio Claro -

Unesp 640.2 metros 22°22' 47°36' Ribeirão Claro

CHUVA MENSAL (mm)

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1995 297,0 552,0 172,6 135,9 53,7 17,8 34,8 0,7 13,5 142,0 155,6 232,4

1996 411,1 157,4 184,3 84,5 62,0 17,4 0,6 38,5 192,4 154,8 216,6 216,7

1997 273,6 101,7 58,8 29,5 89,1 218,0 29,1 2,0 62,1 96,0 286,0 210,7

1998 194,7 309,5 152,5 64,8 80,8 13,1 4,2 22,2 56,4 121,7 28,0 238,0

1999 489,5 336,1 210,5 56,6 34,4 78,9 0,7 0,0 100,1 50,9 77,2 169,2

2000 326,0 218,4 214,1 8,6 2,7 12,0 25,8 25,4 43,1 25,9 42,3 45,9

2001 111,6 235,7 107,0 34,1 61,3 11,6 13,3 49,8 78,3 182,6 72,1 226,3

2002 286,0 276,1 94,9 4,1 93,9 0,0 6,2 118,0 38,2 42,6 281,7 161,5

2003 436,2 113,3 124,4 71,1 45,8 15,6 3,5 16,3 25,6 109,2 229,0 227,5

2004 351,4 314,4 199,0 175,3 94,7 50,9 97,9 0,0 11,0 --- --- ---

Font 0

biental Relacionada à Qualidade das Águas

3.6.1 - onstituição Federal:

Art. 20, III - São bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em

e banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros

aíses, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos

marginais e as praias fluviais;

de

gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;

Art. 26, I - Incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou

subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as

decorrentes de obras da União;

e: DAEE (2 06).

3.6 - Legislação Am

C

terrenos de seu domínio, ou qu

p

Art. 21, XIX - Competência da União para instituir sistema nacional

Page 23: Aproveitamento pluvial para irrigação

20

er de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

geraçõ

Decreto n° 24.643/34 - Decreta o Código de Águas.

– Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de

ualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para

a água para consumo

human

art. 21 da

ão Federal.

al no. 7.804 de 18 de julho de 1989).

Resolução CONAMA n° 357, de 17/03/2005 - Dispõe sobre a classificação das águas

doces, salobras e salinas do Território Nacional.

Art. 225, caput - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dev

es.

3.6.2 - Legislação Federal:

Decreto n° 5.440/05

q

divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade d

o.

Lei n° 9.433/97 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do

Constituiç

Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. (Já

alterada pela Lei Feder

3.6.3 - Atos Administrativos Normativos Federais:

Page 24: Aproveitamento pluvial para irrigação

21 - Estabelece os procedimentos e

sponsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo

human

3.6.4 - Constituição Estadual (São Paulo):

is e do Saneamento (arts. 191

a 215).

.6.5 - Legislação Estadual (São Paulo):

Estabelece normas para a contenção de enchentes e

destinação de águas pluviais. (Lei publicada em 03/01/2007, aguardando regulamentação).

olo para a proteção dos mananciais, cursos e

servatórios de água e demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana da

Grande São Paulo e dá providências correlatas.

Lei nº 5.005/86 - Institui o Sistema de Conservação do Solo e Água no Estado de São

Paulo.

eservação dos depósitos naturais de águas

subterrâneas do Estado de São Paulo e dá outras providências.

Lei nº 7.663/91 - Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos

Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Portaria do Ministério da Saúde nº 518/04

re

o e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.

Capitulo IV – Do Meio Ambiente, dos Recursos Natura

3

Lei nº 12.526 de 02/01/2007 -

Lei nº 898/75 - Disciplina o uso de s

re

Lei nº 6.134/88 - Dispõe sobre a pr

Page 25: Aproveitamento pluvial para irrigação

22

do Estado de São Paulo e dá

o nº 48.138/03 - Institui medidas de redução de consumo e racionalização do

uso de

ursos Hídricos (PNRH) a água pode ser considerada como:

valor econômico.

e gestão

dos recursos hídricos pode se destacar:

A Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivo assegurar o

controle qu t o exercício dos direitos de

acesso à ág ( 11).

Lei nº 9.866/97 - Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação

das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional

outras providências.

Lei nº 10.083/98 - Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.

- Decreto nº 45.805/01 - Institui o Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável e dá

providências correlatas.

Decret

água no âmbito do Estado de São Paulo.

Segundo a Lei Federal nº 9.433 de 08/01/1997 – Capítulo I, artigo 1º, que institui a

Política Nacional de Rec

Um bem de domínio público;

Um recurso natural, limitado e dotado de

Diante dessa definição, pode-se afirmar que a água por se tratar de um bem social e

econômico deve ser gerenciada de forma consciente e eficaz. Como instrumentos d

a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

e o reuso da água para fins não potáveis.

an itativo e o qualitativo dos usos da água e o efetiv

ua Lei Federal nº 9.433/97 – Seção III – Art.

Page 26: Aproveitamento pluvial para irrigação

23

ursos hídricos (Lei Federal nº

9.433/9

rias leis, resoluções e portarias que regulamentam a qualidade da água

para co

uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de águ

433/97 e

da regu

As exigências mínimas para o aproveitamento de água da chuva, dependem de seu grau

de aplicabilidade nas edificações, o que implica em critérios de qualidade impostos pela

Resolução CONAMA 357/2005 e Portaria MS 518/2004 do Ministério da Saúde, conforme

descrito abaixo:

A cobrança pelo uso da água tem como objetivos, dar ao usuário uma indicação do

real valor da água; incentivar o uso racional e a obtenção de recursos financeiros para

financiar programas e/ou projetos voltados à gestão dos rec

7 – Seção IV Art. 19).

Já o reuso de água pode ser considerado como uma ação conservacionista para o

aumento da disponibilidade dos recursos hídricos existentes e futuros, uma alternativa para o

aumento da demanda.

Atualmente no Brasil, não existe uma legislação específica (regulamentada, pois, foi

publicada em 03/01/2007 a Lei Estadual 12.526) sobre a obrigatoriedade do reuso de água.

No entanto, existem vá

nsumo humano e para fins não potáveis.

A primeira legislação sobre a água no Brasil foi o “Código de Águas”, o decreto

federal nº 24.643 de 10/07/1934 do então presidente da República Getúlio Vargas.

O Código de Águas assegura o direito de

a para “as primeiras necessidades da vida”, porém necessita de atualização,

principalmente para ser ajustado à Constituição Federal de 1988, à Lei Federal nº 9.

lamentação de muitos de seus aspectos.

3.7 - Padrões de qualidade para aproveitamento da água de chuva

Page 27: Aproveitamento pluvial para irrigação

24

contaminantes biológicos e químicos, incidindo sobre o meio ambiente e o

omem

s atividades antrópicas normalmente praticadas em áreas verdes não incluem

icultura e aqüicultura, publicadas em 1989, o valor numérico de 1.000

licos. Entretanto, para

ama

diretamente sobre as folhas, algumas culturas mais sensíveis podem apresentar queimaduras.

O uso preponderante das águas dessa classe é na irrigação de áreas verdes e rega

de jardins.

Neste caso, a maior preocupação do emprego da água de reúso fica condicionada às

concentrações de

h , particularmente o operário que exerce suas atividades nesse ambiente.

A

contatos primários sendo, portanto, ocasional a freqüência de interação homem-meio. Os

aspectos condicionantes para a aplicação apresentada incidem principalmente sobre a saúde

pública, a vegetação e o lado estético.

Alguns dos principais problemas relacionados com o gerenciamento da qualidade da

água são: salinidade, toxicidade de íons específicos, taxa de infiltração no solo etc. O Quadro

5 apresenta os parâmetros mais importantes que devem ser verificados para o uso de água

para irrigação.

Normalmente, concentrações de 1 mg/L, não causam problemas, porém algumas

culturas mais sensíveis sofrem danos com concentrações de 0,5 mg/L.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu nas diretrizes para o uso de

esgotos na agr

coliformes fecais/100 ml (média geométrica durante o período de irrigação), para irrigação

irrestrita de culturas ingeridas cruas, campos esportivos e parques púb

gr dos com os quais o público tenha contato direto deve ser adotado o valor numérico de

200 coliformes fecais/100 ml. Além disso, os nematóides intestinais devem ser < 1 ovo de

helminto/L.

Ressalta-se que em sistemas de irrigação por aspersores, como a água incide

Page 28: Aproveitamento pluvial para irrigação

25Quadro 5: Parâmetros para Água de Reuso Classe III

Fonte: ANA (2005).

4 – MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 - O aproveitamento de águas pluviais

ento da pesquisa procurou-se visitar locais onde projetos de

proveitamento de água da chuva implantados já demonstram sua viabilidade.

TIGRE S/A – TUBOS E CONEXÕES, principal

arceira no projeto, que além de garantir o fornecimento de todo o material hidráulico

necessário para a implantação do mesmo, abriu suas portas e recebeu o grupo de trabalho em

suas

em descarga

sanitária e torneiras. (Figuras 5 e 6).

Para enriquecim

a

Uma visita foi feita na empresa

p

dependências, onde o Sr. Sebastião Talarico, Coordenador da Qualidade da empresa,

apresentou um modelo educativo de captação de água da chuva para utilização

Page 29: Aproveitamento pluvial para irrigação

26

onte: dos autore

Figura 5: Modelo educativo de uso de água de chuva. s. F

Figura 6: Modelo educativo de filtros para água de chuva. Fonte: dos autores.

O Coordenador da Qualidade apresentou também o sistema (em pleno funcionamento),

de captação e armazenagem de água da chuva instalada no prédio da administração da

empresa, alimentando as caixas de descarga dos sanitários, conforme pode ser visto na

Figura 7.

Page 30: Aproveitamento pluvial para irrigação

27

igura 7: Modelo de sistema de armazenagem de água de chuva (TIGRE S/A) onte: dos autores.

A área de coleta deste sistema abrange aproximadamente 1000 m2, referente à metade

o telhado do prédio administrativo, em sua parte posterior, onde fica também a área de

rmazenamento. O sistema de armazenamento é composto por 15 caixas d’água “Tigre” de

ra 1000 litros,

monstrado na Figura 7.

4.2 – Sistema de bombeamento se

ental deste projeto.

FF

d

a

P.V.C. com capacidade para 500 litros e mais 15 caixas com capacidade pa

como também ficou de

m consumo de eletricidade

A pesquisa avançou também, na busca de alternativas para o deslocamento da água

coletada e armazenada, e foi encontrada uma bomba que dispensa o consumo de energia

elétrica, viabilizando ainda mais o caráter ambi

Page 31: Aproveitamento pluvial para irrigação

28 para o abastecimento de

água em sítios, fazendas e chácaras e está demonstrado na Figura 8.

ue são responsáveis pelo

recalque d'água.

O Carneiro Hidráulico, ou Aríete é um equipamento ideal

No interior do bojo está instalada a Válvula de Retenção. É uma peça muito importante

porque retém no interior do bojo a água e o ar comprimido, q

Figura 8: Bomba d’água do tipo Carneiro Hidráulico Fonte: Cataventos Kenya Ltda. (2006).

De fácil instalação, este sistema de bombeamento desperta a atenção deste projeto, e

passa a ser alvo de pesquisas, sendo que o apoio do parceiro TIGRE S/A, poderá abranger

este equipamento, juntamente com o restante dos materiais a serem pregados. em

Page 32: Aproveitamento pluvial para irrigação

294.3 – M

ção, foram

pesquisados artigos, trabalhos, materiais hidráulicos e projetos, disponíveis na internet, em

manuais técnicos de fabricantes, bem como, as normas técnicas vigentes.

Para o dimensionamento do sistema de coleta e armazenagem de águas pluviais, dentre

s vários métodos conhecidos, este projeto utilizará o modelo matemático da empresa Tigre

S.A.

Para todos os modelos conhecidos é considerado a Vazão de Contribuição (Q

étodos aplicados no dimensionamento do sistema

Para descrever o sistema de utilização de água da chuva para irriga

o

apresentado na Ficha Técnica do Sistema Aquapluv (Anexo 3). Esse modelo é baseado

na NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais.

), que é de

A fórmula é para o cálculo da Vazão de Contribuição é dada abaixo:

Q = C x Ac x i

extrema importância para a execução do projeto, pois o fator limitante do sistema de coleta

são os bocais que conduzem a água pluvial da calha até os dutos de descida. O Sistema

Aquapluv tem a vazão máxima de 357 l/min de condução por bocal circular (21,42 m³/h).

Onde:

Q = Vazão de Contribuição

C = Coeficiente de escoamento superficial (considera-se C= 1);

Ac = Área de contribuição (m²);

nsidade pluviométrica (mm/h).

amento superficial é igual a “1” o mesmo não constará na

fórmula adotada m

i = Inte

Como o coeficiente de esco

ais adiante neste estudo.

Page 33: Aproveitamento pluvial para irrigação

30buição (AcPara o cálculo da Área de Contri ) devem ser considerados alguns fatores

como

;

ra este projeto, apenas serão considerados itens 1 e 2, pois a característica construtiva

do local d tram as Figuras 9 e 10.

:

1. Cobertura (projeção horizontal);

2. Incrementos devido à inclinação

3. Incrementos devido às paredes que interceptam água de chuva.

Pa

o projeto é peculiar, conforme demons

Figura 9: Desenho esquemático e Cálculo de área de contribuição para plano inclinado. Fonte: NBR 10844/89. (1989).

Page 34: Aproveitamento pluvial para irrigação

31

Figura 10: Vistas da área de contribuição in loco. Fonte: dos autores. (2006).

O Cálculo da Intensidade Pluviométrica deve levar em consideração os seguintes

fatores:

a fixação do período de precipitação (fixado pela NBR 10844 em = 5 min);

o período de retorno (T).

O período de retorno deve ser considerado conforme a aplicação, sendo indicado pela

NBR 10844 da seguinte forma:

T = 1 ano = Áreas pavimentadas (com tolerância de empoçamento);

T = 5 anos = Terraços e coberturas;

T = 25 anos = Coberturas ou áreas onde não são permitidos empoçamentos ou

extravasamento.

Os valores de precipitações para São Paulo são dados pelo Quadro 6.

Quadro 6: Precipitações pluviais para o estado de São Paulo.

Page 35: Aproveitamento pluvial para irrigação

32

T Pempo de retorno (anos) recipitações (mm/h)

1 122

5 172

25 208

Fonte: NBR 10844/89. (1989).

E por fim, é necessário especificar o número de condutores para escoar a água

coletada no telhado. Para esse cálculo, a Ficha Técnica do produto Aquapluv utiliza uma

tabela de escoamento (Quadro 7), onde determina a área máxima de escoamento (também

chamada de Área de Telhado - At) que um bocal pode conduzir, sendo esse valor obtido de

acordo com a intensidade pluviométrica de cada região.

Quadro 7: Tabela de escoamento máximo por bocal instalado na Região Sudeste

Tabela de Escoamento

Localidades Área de telhado que um bocal retangular

pode escoar (em m² At)

Área de telhado que um bocal circular

pode escoar (em m² At)

Rio de Janeiro 96,55 123,27

São Paulo 97,67 124,70

Vitória 107,69 137,49

Fonte: TIGRE S/A (2006).

Então, utilizando os valores válidos para São Paulo e considerando o emprego de

bocais redondos, obtêm-se o número de Condutores (Nc) através da seguinte fórmula:

Número de condutores = Ac / At

Onde:

Ac= área de contribuição

Page 36: Aproveitamento pluvial para irrigação

33At= área de telhado

O espaçamento desses condutores é dado pela fórmula:

Espaçamento = b/(Nc – 1)

Onde:

b= comprimento do telhado Nc= número de condutores 4.4 – Cálculos para o Projeto de Aproveitamento de Águas Pluviais na Escola Agrícola

de Ajapi.

Baseado nas informações coletadas, nas pesquisas, normas e materiais diversos, segue

abaixo um roteiro de cálculo utilizado para o dimensionamento do sistema de

reaproveitamento da água de chuva. Para tal, foram utilizadas as dimensões conforme detalha

a Figura 11.

Figura 11. Detalhe das cotas utilizadas nos cálculos. Fonte: dos autores (2006).

Page 37: Aproveitamento pluvial para irrigação

34 de contribuição são (Figura 10):

a = 5,6 m;

b = 28 m;

h = 1,6 m.

Para calcular a Área de Contribuição (Ac):

As dimensões da área

Ac = (a+h/2) x b

Substituindo se obtém: (5,6+1,6/2) x 28 = 179,2 m².

Para calcular a máxima vazão de contribuição:

Q = i x Ac

Q = (208 mm/h* x 179,2 m²) / 60** = 621,23 l/min

* 208 mm/h = Considerando o maior período de retorno, ou seja, 25 anos;

** 60 = convertendo horas para minutos.

Para calcular o número de condutores (Nc):

Nc = Ac / At

Nc = 179,2 m² / 124 m² = 1,44 condutores (serão considerados 2 condutores)

O espaçamento (d) entre os condutores, é dado por:

d = b / (Nc –1)

Page 38: Aproveitamento pluvial para irrigação

35d = 28 / (2 -1) = 28 m.

ara a seleção da área de contribuição (telhado), foram verificadas diversas situações,

sobre vários enfoques:

seria a melhor área, esteticamente

níveis, sendo que a área de contribuição prevista

2

P

Paisagismo, ou seja, definição de qual

falando, para a instalação do sistema. Foi necessária a realização de duas

reuniões com representantes da Escola Municipal Agrícola, para se chegar à

escolha que atendesse tanto as necessidades do projeto, quanto aos anseios e

disponibilidades da entidade;

A extensão dos telhados dispo

no projeto deveria exceder o valor mínimo de 100 m . As Figuras 12 e 13

ilustram algumas opções de áreas disponíveis, mas rejeitadas pelo

empreendedor.

Figura 12: Área de contribuição rejeitada pelo empreendedor. Fonte: dos autores. (2006).

Page 39: Aproveitamento pluvial para irrigação

36

Figura 13: Área de contribuição rejeitada pelo empreendedor. Fonte: dos autores. (2006).

lação à vegetação (árvores),

scolha de vários setores do empreendimento, como pode ser visto

A posição da área de contribuição, em re

inviabilizou a e

na Figura 14;

Figura 14: Áreas de contribuição rejeitadas devido à proximidade de árvores. Fonte: dos autores. (2006).

Page 40: Aproveitamento pluvial para irrigação

37

A área escolhida deveria comportar, em seu entorno, o sistema térreo de

armazenamento (caixas d’água), e facilitar o seu cercamento, para proteção do

mesmo e limitação do acesso de pessoal não envolvido no projeto, instalação,

manuseio ou manutenção, como pode ser verificado na Figura 15.

Esta mesma figura apresenta a área escolhida, em consenso, como a mais apropriada,

encaixando-se dentro de todos os pressupostos acima descritos, e compreendendo uma área

útil de telhado (área de contribuição) de 179,2 m2.

positivos). Figura 15: Área de contribuição definitiva (de fácil cercamento e demais enquadramentos

Fonte: dos autores. (2006).

A Figura 16 mostra a parte não utilizada do telhado do mesmo bloco. A sua rejeição

provém do fato da presença de árvores próximas e do fato de não possuir área de entorno

livre, para instalação dos reservatórios térreos de água.

Page 41: Aproveitamento pluvial para irrigação

38

Figura 16: Segunda metade (outra água) da área de contribuição, não utilizada. Fonte: dos autores. (2006).

Para dimensionamento do sistema de armazenamento, foram executados cálculos

baseados na série histórica de dados pluviométricos da base de monitoramento prefixo D4-

112 – Rio Claro-Unesp (Quadro 2), dos últimos dez anos disponíveis (1995-2004). A

coletânea dos cálculos está demonstrada no Quadro 8.

Quadro 8: Cálculos de capacidade de captação de água de chuva

Fonte: dos autores (2006).

Page 42: Aproveitamento pluvial para irrigação

39

as águas e do cercamento da área do

sistem gina inteira para atentar-se aos detalhes.

Ainda se tratando do sistema de armazenamento, segue na Figura 17, croqui da área de

armazenamento, ilustrando o posicionamento dos reservatórios de 1000 litros, dos coletores

(calhas), dos condutores, dos separadores de primeir

a. Sendo que, o Anexo 4 traz o desenho em pá

Figura 17: Croqui do sistema de armazenamento térreo.

Para o monitoramento da qualidade da água coletada, serão considerados os

parâmetros fornecidos pela ANA - Agência Nacional de Águas – em seu Manual de

Conservação e Reuso da Água em Edificações, como visto no Quadro 3.

O projeto contará com o apoio do Laboratório Água Viva Química e Serviços, que

fará (em forma de apoio e cortesia) as análises necessárias para verificação da qualidade da

água armazenada, na instalação do projeto.

Fonte: dos autores (2006).

Page 43: Aproveitamento pluvial para irrigação

40Dados e parâmetros de qualidade, cronogramas de limpeza e de amostragem de

água, farão parte do MPM - Manual Prático de Manutenção (Anexo 2), um dos objetivos que

serão propostos para a etapa seguinte deste projeto.

O projeto necessário para instalação do reservatório elevado, com capacidade nominal

de 15 m3, contará com o apoio da empresa Geoma Consultoria.

5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 - Sugestões para a otimização do projeto

A água da chuva, inicialmente, deve ser vista como uma fonte abundante, mas exige

a é totalmente imprópria para fins

rá ser usada exclusivamente para os fins propostos de irrigação em

pequenas áreas. Porém sua qualidade pode ser potencializada, adotando-se medidas

preven

P

a de PVC da fabricante TIGRE S/A). Deve-se

instalar

a para a área de armazenagem, como pode ser

isto n

volume coletado superar o

extravasado pelo fundo. Esta carga adicional de água fará o separador encher até transbordar

alguns cuidados básicos para a sua captação. Esta águ

potáveis, e neste caso, deve

tivas, como a separação das águas precipitadas nos momentos iniciais de uma chuva,

que servem apenas para carrear impurezas tanto da atmosfera, quanto do telhado para os

condutores, e assim contaminar o sistema.

ara evitar a entrada desta fração indesejada de chuva no sistema de armazenamento, foi

idealizado um sistema de separação para esta porção inicial de chuva, que consiste no uso de

um reservatório de 500 litros (caixa d’águ

uma saída na parede do reservatório com medida de ½” a ¾ ” a uma altura de 5 cm

da base (saída de fundo), e uma segunda saída sifonada lateral, (a uma altura de 40 cm da

base) com medida de 3”, para direcionar a águ

v a Figura 18. O sistema consiste em desprezar a água de pequenas chuvas pela saída de

fundo, e com chuvas mais pesadas ou de maior duração, o

Page 44: Aproveitamento pluvial para irrigação

41e irá selecionar a água para armazenamento,

mente após a lavagem do telhado por uma quantidade inicial (400 litros), que foi

pela saída sifonada lateral, o que na verdad

so

desprezada no separador.

Figura 18: Modelo do “separador” de primeiras águas de chuva. Fonte: dos autores (2006).

Como parte da pesquisa deste projeto, será testado ainda, um segundo modelo de

separador de primeiras águas de chuva, cujo princípio de funcionamento é muito simples.

Para isso, serão utilizados os seguintes materiais:

01 conexão Tê reto de Esgoto de 100 mm;

01 Redução Excêntrica de 100 x 50 mm;

01 Terminação

Cap de 100 mm;

02 m de Tubo de Esgoto 100 mm.

O detalhe do separador montado é mostrado na Figura 19:

Page 45: Aproveitamento pluvial para irrigação

42

Figura 19: Segundo modelo de separador de primeiras águas de chuva. Fonte

folhas ou grandes objetos que

possam vir a carreados com a chuva. A água é armazenada no reservatório e após a saturação

do mesmo, a válvula fecha a passagem até o reservatório, a partir daí, o caminho a ser seguido

pela água

O r estimado para a lavagem do telhado, sendo esse

valor det serem efetuados.A concepção inicial contará

va, o reservatório se esvaziará por ação de um orifício no Cap, que será

drenado para o sistema de extravasamento central.

: dos autores (2006).

A água coletada passa por uma tela para a separação de

é pelo duto de condução à caixa de 500 l.

eservatório, tem o volume de água

erminado somente através de testes à

com um volume de 7 litros, sendo intercambiável até 20 litros.

Após a chu

Page 46: Aproveitamento pluvial para irrigação

435.2 – Fluxograma das atividades do projeto

A Figura 20 mostra um fluxograma que demonstra as atividades desenvolvidas

em todas as fases deste projeto.

Figura 20: Fluxograma das atividades desenvolvidas desde o início do projeto. Fonte: dos autores (2007).

Escolha do tema a ser abordado no projeto

Pesquisa sobre a situação da água no Brasil e no mundo

Pesquisa de Métodos Opções de reuso de aproveitamento de

águas pluviais da água

Pprodutos e materiais a

esquisa sobre

serem utilizados no aproveitamento

Apresentação do projeto

dos professores e parceiros

para análise/aprovação

Definição do prazo de implantação do projeto

Escolha do local a ser implantado o sistema

Autorizações necessárias para início

do projeto

Escolha da área de coleta dentro do empreendimento

Busca de parceiros para implantação do

sistema

Page 47: Aproveitamento pluvial para irrigação

44

A uti

e áreas agrícolas ou para armazenagem de água pluvial para

fins industriais. E se trata de um sistema que visa racionalizar o uso da água tratada, ou

encanada, a fim de preservar os recursos hídricos e proporcionar economia ao consumidor.

Cabe salientar que num projeto voltado a questões ambientais, seja ele de qualquer

proporção, deve-se atentar sempre, em primeiro plano, a sua sustentabilidade, com relação

direta ao seu tempo de vida após a implantação. O que remete à fundamental importância de

dois pontos abordados:

A Educação Ambiental: pelo fato de trazer para dentro do projeto, alunos da

entidade, transformando-os em colaboradores, após o recebimento de

informações básicas sobre a necessidade da preservação dos recursos hídricos, a

iminência de uma futura escassez e a preocupação com as gerações futuras; e,

Os procedimentos que serão elaborados e registrados no MPM serão ferramentas

importantes para sustentabilidade do projeto.

A comunicação entre as partes envolvidas é determinante para o sucesso de qualquer

projeto, sendo possível citar problemas resolvidos simplesmente atentando-se a este item:

A escolha da entidade que seria o alvo da instalação do projeto:

A aceitação da entidade com relação ao projeto;

O entendimento das necessidades da entidade escolhida com relação ao consumo

Obter o apoio de empresas parceiras com Consciência Ambiental destacada, (o

que pode reduzir o impacto financeiro que um projeto dessa magnitude pode

trazer: custo de cisternas e/ou reservatórios).

6 – CONCLUSÃO

lização da água da chuva, através do sistema apresentado neste projeto, pode ser

facilmente aplicada na irrigação d

de recursos hídricos, e adaptá-las à disponibilidade do projeto;

Page 48: Aproveitamento pluvial para irrigação

45 considerações feitas até este ponto e para esse projeto específico,

pode-se afirmar que este é um projeto viável, exeqüível e de objetivos claramente definidos,

expos

Avaliando todas as

tos e cumpridos, dentro de um cronograma adaptado à disposição das empresas

parceiras, sendo que a responsável pelo material (tubos, conexões, etc), Tigre Tubos e

Conexões S/A, não conseguiu o alinhamento com a o Instituto Carlos Roberto Hansen, em

tempo hábil para a real instalação do sistema.

Fica o compromisso, portanto, do grupo e seus colaboradores, de fechar o cronograma,

efetivando a instalação do projeto, mesmo depois de encerrado o período letivo deste curso.

Fato este, que não impedirá de maneira alguma o comprometimento de qualquer uma das

partes envolvidas no projeto.

Page 49: Aproveitamento pluvial para irrigação

46

7 – REF

ABNT – NBR10844. Instalações Pred

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Page 52: Aproveitamento pluvial para irrigação

49

– MPM, modelo técnico.

Planilha de custo de material a ser patrocinado pela parceira Tigre S/A .

8 – ANEXOS

1. Ata de reunião: alinhamento do projeto com Instituto Carlos Roberto Hansen.

2. Manual de Procedimentos de Manutenção

3. Ficha técnica do sistema Aquapluv.

4. Croqui do sistema de armazenamento térreo.

5.

Page 53: Aproveitamento pluvial para irrigação

20

Design by Márcio Estevam [email protected]

MANUAL PRÁTICO DE MANUTENÇÃO

SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Page 54: Aproveitamento pluvial para irrigação

2

INTRODUÇÃO 4 LIMPEZA 5 TELHADO 6 Como limpar o telhado? 6 O que se deve usar na limpeza? 7 Como ficar seguro durante este trabalho? 7 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 7 CALHAS E CONDUTORES 8 Como limpar as calhas e condutores? 8 O que se deve usar na limpeza? 9 Como ficar seguro durante este trabalho? 9 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 9 CAIXAS DE SEPARAÇÃO DE ÁGUA SUJA (PRIMEIRAS CHUVAS) 10 Como limpar as caixas de separação? 10 O que se deve usar na limpeza? 11 Como ficar seguro durante este trabalho? 11 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 11

19

ÁREAS TEMPO

TELHADO 06 MESES

CALHAS E CONDUTORES 03 MESES

CAIXAS SEPARADORAS 01 MÊS

CAIXAS D’ÁGUA 03 MESES

PÁTIO DAS CAIXAS D’ÁGUA QUANDO NECESSÁRIO

RESERVATÓRIO SUSPENSO 06 MESES

TABELA DE TEMPO ENTRE CADA LIMPEZA

Page 55: Aproveitamento pluvial para irrigação

18

IDEALIZADORES

ANDRÉ L.UIZ MARTINS GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA

MÁRCIO ESTEVAM DA SILVA

3

CAIXAS D’ÁGUA (ÁREA DE ARMAZENAMENTO) 12 Como limpar as caixas de separação? 12 O que se deve usar na limpeza? 13 Como ficar seguro durante este trabalho? 13 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 13 PÁTIO DAS CAIXAS (ÁREA DO ENTORNO) 14 Como limpar o pátio do entorno? 14 O que se deve usar na limpeza? 14 Como ficar seguro durante este trabalho? 15 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 15 TUBULAÇÃO DE ÁGUA RESERVADA 15 RESERVATÓRIO SUSPENSO 16 Como limpar o reservatório suspenso? 16 O que se deve usar na limpeza? 16 Como ficar seguro durante este trabalho? 17 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 17 TABELA DE TEMPO ENTRE CADA LIMPEZA 19

Page 56: Aproveitamento pluvial para irrigação

4

INTRODUÇÃO

Este manual tem por objetivo:

Demonstrar práticas necessárias para manutenção do Sistema de Aproveitamento de Águas Pluviais, visando o seu bom funcionamen-to;

Indicar procedimentos que visem manter o sistema de armazena-mento o mais livre possível de impurezas, que por sua vez estão presentes por toda a área de coleta (telhado), portanto é por ele que este manual começa suas recomendações.

17

Como ficar seguro durante este trabalho?

Botas e luvas de borracha ou PVC;

Óculos de segurança, de preferência o modelo ampla visão;

Cinto de segurança do tipo pára-quedista, no caso de haver ponto de ancoragem. Caso este ponto não exista, providenciar a instala-ção do mesmo, para segurança do operador do equipamento.

De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?

A limpeza do reservatório suspenso deve ser feita, no mínimo, a cada 06 meses.

Page 57: Aproveitamento pluvial para irrigação

16

RESERVATÓRIO SUSPENSO A área em volta do reservatório deve estar sinalizada para evitar acidentes e ter seu acesso restrito. O local deve obedecer aos mes-mos procedimentos de limpeza já descritos para o pátio das caixas d’água. A limpeza do reservatório suspenso contribuirá, e muito, com a manutenção da qualidade da água que nele será armazena-da, e portanto, livre de riscos à saúde.

Como limpar o reservatório suspenso?

Esvaziar totalmente o reservatório;

Usar máquina de alta pressão para lavar as paredes e o fundo, sem adicionar qualquer produto químico;

Retirar toda a água de lavagem, usando sucção ou com a ajuda de panos ou de espumas para retirada de todos os resíduos e água de lavagem;

Enxaguar todo o interior do reservatório, com água limpa;

O que se deve usar na limpeza?

Máquina de alta pressão (tipo Wap ou Karcher, por exemplo);

Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano), para abastecimento do equipamento de alta pressão;

Panos limpos ou novos e baldes;

5

LIMPEZA

A eficiência de todo o sistema depende totalmente da sua boa higie-ne, portanto, é muito importante obedecer aos procedimentos de limpeza, que serão descritos em cada parte do mesmo.

Os métodos que serão descritos tentam simplificar ao máximo as tarefas, com objetivo de tornar possível a qualquer pessoa, funcio-nários ou grupo de alunos, executá-los, desde que usando os princi-pais itens de segurança individual, que também serão sugeridos adiante.

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6

TELHADO

Fazer a limpeza do telhado para garantir o fluxo contínuo da água, evitando possíveis entupimentos de calhas e condutores, e para que as caixas não recebam água contaminada por sua sujeira.

Como limpar o telhado?

Varrer todo o telhado para tirar os resíduos maiores (galhos, folhas, etc). Usar máquina de alta pressão para lavar as telhas, sem adicio-nar qualquer produto químico (o que poderia contaminar á água do sistema, mais tarde).

IMPORTANTE: No momento da lavagem, devem-se desligar os condutores das calhas para evitar que a água suja, gerada da lava-gem, caia dentro das caixas.

15

Como ficar seguro durante este trabalho?

Luvas de borracha ou PVC;

Óculos de segurança.

De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?

A limpeza do entorno deve ser feita, assim que for notado o cresci-mento de mato, acúmulo de folhas, areia e/ou qualquer resíduo pro-veniente da ação do tempo.

TUBULAÇÃO DE ÁGUA RESERVADA

Os tubos que levam a água das caixas até o reservatório suspenso deverão estar sinalizados a fim de evitar acidentes e colocar em risco a integridade das pessoas. Esse local deve permanecer limpo e desobstruído proporcionando assim um melhor funcionamento e durabilidade do material.

Page 59: Aproveitamento pluvial para irrigação

14

PÁTIO DAS CAIXAS (ÁREA DO ENTORNO) O lugar onde o sistema de armazenamento fica dentro do empreen-dimento, deve ter acesso restrito, por motivos de higiene e seguran-ça. Bem como, ter uma área livre em sua volta, não muito extensa, mas suficiente para o deslocamento do pessoal treinado para a ma-nutenção do sistema.

Como limpar o pátio do entorno?

Varrer o local;

Carpir ou aplicar “mata-mato” (herbicida).

O que se deve usar na limpeza?

Vassouras;

Sacos plásticos para lixo (capacidade de 60 litros, por exemplo);

Enxadas e pás;

Pulverizador e herbicidas (no caso, é melhor contratar empresa especializada).

7

O que se deve usar na limpeza?

Vassouras;

Sacos plásticos para lixo (capacidade de 60 litros, por exemplo);

Máquina de alta pressão (tipo Wap ou Karcher);

Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano), para abastecimento do equipamento de alta pressão.

Como ficar seguro durante este trabalho?

Botas de borracha (de solado antiderrapante, para não escorregar em cima do telhado);

Luvas de borracha ou PVC;

Óculos de segurança, de preferência o modelo ampla visão;

Cinto de segurança do tipo pára-quedista, no caso de haver ponto de ancoragem. Caso este ponto não exista, providenciar a instala-ção do mesmo, para segurança do operador do equipamento.

De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?

A limpeza dos telhados deve ser feita, no mínimo, a cada 06 meses.

Page 60: Aproveitamento pluvial para irrigação

8

CALHAS E CONDUTORES

A limpeza das calhas evitará acúmulo de sujeira, o que pode causar o entupimento dos condutores, e o mau funcionamento do sistema.

Como limpar as calhas e condutores?

Varrer ou catar a sujeira das calhas e depois lavar com água em alta pressão.

Podem-se usar escadas ou andaimes, e ao escolher entre os dois equipamentos, deve-se prestar muita atenção à segurança da pes-soa que vai executar o trabalho.

13

O que se deve usar na limpeza?

Baldes;

Panos limpos ou novos;

Esponjas de limpeza (do tipo usado para lavar louças);

Bomba de sucção (se for o caso);

Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano).

Como ficar seguro durante este trabalho?

Luvas de borracha ou PVC;

Óculos de segurança.

De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?

A limpeza das caixas separadoras deve ser feita, no mínimo, a cada 03 meses.

Page 61: Aproveitamento pluvial para irrigação

12

CAIXAS D’ÁGUA (ÁREA DE ARMAZENAMENTO)

As caixas devem permanecer sempre muito limpas, para manter a qualidade da água. Elas deverão permanecer sempre fechadas, para evitar a presença de algas e a formação de criadouros de mosquito da dengue.

Como limpar as caixas d’água?

Esvaziar totalmente as caixas;

Esfregar as paredes internas e o fundo da caixa com esponja de “lavar louça”, sempre enxaguando com água para evitar que a sujei-ra seque e grude de novo nas paredes;

Retirar toda a água de lavagem, usando sucção ou com a ajuda de panos ou de espumas para secagem;

Enxaguar todo o interior da caixa, com água limpa;

Fechar a tampa da caixa.

9

O que se deve usar na limpeza?

Vassouras;

Sacos plásticos para lixo (capacidade de 60 litros, por exemplo);

Máquina de alta pressão (tipo Wap ou Karcher, por exemplo);

Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano), para abastecimento do equipamento de alta pressão.

Como ficar seguro durante este trabalho?

Botas de borracha (de solado antiderrapante, para não escorregar em cima do telhado);

Luvas de borracha ou PVC;

Óculos de segurança, de preferência o modelo ampla visão;

Cinto de segurança do tipo pára-quedista, no caso de haver ponto de ancoragem. Caso este ponto não exista, providenciar a instala-ção do mesmo, para segurança do operador do equipamento.

De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?

A limpeza das calhas deve ser feita, no mínimo uma vez por mês. E os condutores no mínimo a cada 03 meses.

Page 62: Aproveitamento pluvial para irrigação

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CAIXAS DE SEPARAÇÃO DE ÁGUA SUJA

(PRIMEIRAS CHUVAS)

A limpeza destas caixas evitará a entrada de resíduos na área de armazenamento, o que certamente, prejudicaria muito a qualidade de todo o sistema.

Como limpar as caixas de separação?

Esvaziar totalmente as caixas;

Esfregar as paredes internas e o fundo da caixa com esponja de “lavar louça”, sempre enxaguando com água para evitar que a sujei-ra seque e grude de novo nas paredes;

Retirar toda a água de lavagem, usando sucção ou com a ajuda de panos ou de espumas para secagem;

Enxaguar todo o interior da caixa, com água limpa;

Fechar a tampa da caixa.

11

O que se deve usar na limpeza?

Baldes;

Panos limpos ou novos;

Esponjas de limpeza (do tipo usado para lavar louças);

Bomba de sucção (se for o caso);

Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano).

Como ficar seguro durante este trabalho?

Luvas de borracha ou PVC;

Óculos de segurança.

De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?

A limpeza das caixas separadoras deve ser feita, no mínimo, uma vez por mês.