Aproveitamento pluvial para irrigação
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CENTRO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA APLICADA
TECNOLOGIA EM PLANEJAMENTO
E GESTÃO AMBIENTAL
PROJETO INTEGRADOR
O APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA
IRRIGAÇÃO
ANDRÉ LUIZ MARTINS
GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA
MARCIO ESTEVAM DA SILVA
RIO CLARO – SP 2007
2
ANDRÉ LUIZ MARTINS – 31 PAA - 101212
GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA – 31PAA - 101248
MARCIO ESTEVAM DA SILVA – 31PAA - 101157
PROJETO INTEGRADOR
O APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA
IRRIGAÇÃO
Projeto de natureza interdisciplinar do Centro Brasileiro de Tecnologia Aplicada, Rio Claro – SP, do Curso de Tecnologia em Planejamento e Gestão Ambiental.
RIO CLARO – SP
2007
3
PROFESSORES EXAMINADORES
ARIOVALDO JOSÉ DA SILVA - _____________
MÁRIO ROBERTO BARRAZA - _____________
LÚCIA VIDOR DE SOUZA REIS - _____________
JOSÉ GUSTAVO VIEGAS CARNEIRO - _____________
RICARDO LUIZ BRUNO - _____________
ÍNDICE
Quebra de seção (contínua)
1 – INTRODUÇÃO ..............................................................................................................3
2 – OBJETIVOS ....................................................................................................................6
2.1 – Objetivo Geral ...............................................................................................................6
2.2 – Objetivos Específicos ....................................................................................................6
3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................7
3.1 - O ciclo das águas .....................................................................................................7
3.2 - Quanto ao Uso Racional da Água............................................................................8
3.3 - Posicionamento do Brasil no contexto Mundial....................................................11
3.4 – Opções de reuso da água .............................................................................................14
3.4.1 - Reuso direto da água .................................................................................... 14
3.4.2 - Reuso indireto da água ................................................................................. 14
3.5 – O aproveitamento de águas pluviais............................................................................15
3.6 - Legislação Ambiental Relacionada à Qualidade das Águas..................................19
3.6.1 - Constituição Federal:.................................................................................... 19
3.6.2 - Legislação Federal: ...................................................................................... 20
3.6.3 - Atos Administrativos Normativos Federais: ................................................ 20
3.6.4 - Constituição Estadual (São Paulo): .............................................................. 21
3.6.5 - Legislação Estadual (São Paulo):................................................................. 21
3.7 - Padrões de qualidade para aproveitamento da água de chuva .....................................23
4 – MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................25
4.1 - O aproveitamento de águas pluviais ............................................................................25
4.2 – Sistema de bombeamento sem consumo de eletricidade.............................................27
4.3 – Métodos aplicados no dimensionamento do sistema...................................................29
24.4 – Cálculos para o Projeto de Aproveitamento de Águas Pluviais na Escola Agrícola
de Ajapi. ...............................................................................................................................33
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................40
5.1 - Sugestões para a otimização do projeto .......................................................................40
5.2 – Fluxograma das atividades do projeto .........................................................................43
6 – CONCLUSÃO...............................................................................................................44
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................46
8 – ANEXOS ........................................................................................................................49
3
1 – INTRODUÇÃO
O desperdício de água no Brasil é um assunto bastante discutido nos dias de hoje, uma
vez que, se consome água além do suficiente para a saudável qualidade de vida. Apesar de o
Brasil possuir a maior reserva de água doce do mundo, este recurso está se tornando um bem
de consumo de custos crescentes, devido à degradação ambiental que contamina os
mananciais, ao crescimento desordenado da população nos centros urbanos e a má
distribuição.
Por estes motivos, buscam-se freqüentemente, métodos alternativos de utilização da
água, visando à economia deste recurso.
Vale salientar que as alternativas de utilização da água devem aliar-se ao processo
educacional, voltado ao trabalho de conscientização da sociedade, e no caso deste projeto,
diretamente ao público adolescente ou em idade escolar, uma vez que torna-se impossível
colocar em prática qualquer projeto que envolva a participação da sociedade, sem antes
conscientizá-la e ensiná-la.
Como disse, já em 1999, o Senador Lúcio Alcântara (PSDB-Ceará), em
pronunciamento no Senado Federal, sobre o "Programa Nacional de Combate ao Desperdício
de Água":
“...faz-se necessária, continuada
campanha de esclarecimento a todos os cidadãos,
do valor da água limpa. A conscientização deve
começar mas escolas – fazendo parte, talvez, da
disciplina de geografia – e se estender a todas as
organizações da comunidade, como condomínios
e associações de moradores, e incluir os meios de
comunicação de massa."
4
O senador salientou neste pronunciamento, que sem dúvida fica impossível colocar em
prática qualquer projeto que envolva a participação da sociedade, sem antes conscientizá-la e
ensiná-la. Priorizando o foco nas escolas, através da multidisciplinaridade.
A população deve se conscientizar de que recursos devem ser economizados, mesmo
que estes não estejam em escassez, principalmente pelo fato do Brasil ser um país em
desenvolvimento. O país deve se estruturar na distribuição de seus recursos, naturais ou não,
com o intuito de alcançar um sucesso significativo e almejar a sustentabilidade no uso destes.
Para alcançar esse nível de conscientização faz-se necessária a revisão de hábitos
arraigados nos indivíduos e na coletividade, o que não é uma tarefa fácil. Por isso a
importância de investir na nova geração, nos jovens e crianças, é cada vez maior, pois, é
através da educação que se formam cidadãos conscientes.
Quanto ao Uso Racional da Água - Inúmeras entidades preservacionistas, inclusive a
Organização Mundial da Saúde – OMS, e a Organização das Nações Unidas – ONU vêem
alertando para o fato de que em algumas décadas a água doce será o recurso natural mais
escasso e disputado pela maioria dos países.
Partindo deste princípio, este projeto apresentará uma maneira de se economizar a água
que é usada no dia-a-dia, através da utilização da água de chuva, para algumas tarefas
cotidianas, como por exemplo, jardinagem e rega de pequenas áreas agrícolas.
As soluções para o desperdício da água, propostas por esse projeto são:
Conscientizar a sociedade, em especial alunos do ensino fundamental, sobre a
importância da economia da água;
Apresentar um sistema viável de aproveitamento da água, que pode ser implantado no
5
nosso dia-a-dia;
Disponibilizar dados que poderão ser usados como base nos estudos necessários para
construção de um sistema, aos interessados na implantação do mesmo;
Apresentar de maneira simples e objetiva, com a confecção de um manual, as práticas
necessárias para o bom funcionamento de um sistema instalado;
6
– OBJETIVOS
O objetivo geral deste projeto é dimensionar um sistema de aproveitamento de água de
chuva
2.2 – Objetivos Específicos
O projeto prevê alguns objetivos específicos:
ra o custeio do projeto;
Roberto Hansen,
Manutenção – MPM, com informações básicas
al, para
ocinado pela
omisso de manter o gerenciamento pelo
grupo criador do projeto, mesmo após o término do Curso.
2
2.1 – Objetivo Geral
, para posterior instalação nas dependências da Escola Municipal Agrícola “Engº
Rubens Foot Guimarães”, situada na Estrada Rio Claro-Ajapi, Km 7 – Distrito de Ajapi – Rio
Claro/SP.
Obtenção de apoio de empresas parceiras, pa
Tentativa de alinhamento e aceitação do Projeto pelo Instituto Carlos
por intermédio da empresa parceira Tigre S/A – Tubos e Conexões, conforme
documento apresentado no Anexo 1;
Elaboração de um Manual Prático de
sobre a manutenção da sustentabilidade do sistema, apresentado no Anexo 2;
Formatação do MPM, em modelo simplificado, com linguagem coloqui
entrega à Instituição Escola Agrícola de Ajapi, apresentado no Anexo 5;
Levantar e apresentar planilha com os custos de material a ser patr
parceira Tigre S/A, apresentada no Anexo 6;
Mais do que um objetivo, firma-se o compr
7
3.1 - O ciclo das águas
Reciclagem significa, submeter repetidamente uma matéria a um mesmo ciclo para
efeitos deste (Dicionário da Real Academia, XX Edição, 1984,
adrid). Nada se ajusta melhor a esta definição que o ciclo hidrológico ou da água.
água dos
oceanos, mares e massas terrestres, transferindo-as à atmosfera como vapor de água. Uma vez
na atmosfera, o vapor forma as nuvens. As nuvens são transportadas por padrões do clima,
que recebem influência da topografia do terreno. Às vezes o vapor se condensa em forma de
neblina ou nuvens e eventualmente desce a Terra como precipitação, acumulando-se em águas
superficiais e sob o terreno. O processo de reciclagem, com o regresso da água para a
atmosfera, trata-se de um ato contínuo.
1. Outros processos são a respiração e a combustão.
3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
cumprir ou incrementar os
M
O ciclo hidrológico é um movimento contínuo, um processo natural de reciclagem de
moléculas de água da terra ao ar e de regresso a terra. A energia solar esquenta a
Os processos chave do ciclo hidrológico são: evaporação, transpiração, precipitação e
infiltração, conforme demonstra a Figura
8
Figura 1 – Figura ilustrativa do ciclo da água na natureza. Fonte: http://www.casal-al.com.br/ciclo.htm, acesso em maio 2007
3.2 - Quanto ao Uso Racional da Água
A terra contém cerca de 75% de superfície líquida totalizando 1,4 bilhões de km3 de
água. Porém, o volume total da água doce é de apenas 40 milhões de km3 (3% deste total),
sendo a maior parte na forma de gelo ou oculta no subsolo em profundidades que dificultam
sua exploração.
Em condições acessíveis de uso não haveria mais que 150 mil km3, pouco mais de
0,01% do total de água do planeta.
A Figura 2 ilustra a distribuição da água doce no Planeta Terra, onde se vê que em
grande parte da superfície, a escassez pode chegar muito antes do que em outras. Isto reflete
uma má distribuição deste recurso.
9
Figura 2 – Figura ilustrativa da distribuição da água doce no planeta. Fonte: Tom da Mata Web Site (2005).
Analisando esta figura, pode-se concluir que o volume de água disponível para
consumo humano é muito pequeno. E ainda existem variações de disponibilidade de água e de
populações no planeta, ocasionando situações interessantes, em que o volume per capta é alto,
decorrente de áreas com grande disponibilidade de água e com densidade populacional
pequena, e regiões com a situação inversa, com grande concentração populacional e baixa
disponibilidade desse bem. Também ocorrem situações onde existem altas disponibilidades de
recursos, mas que existe a escassez, devido a elevados níveis de consumo.
A distribuição de toda a água depositada no planeta é minuciosamente descrita no
Quadro 1.
10Quadro 1 – Distribuição de água na terra.
Volume % do Volume % do Volume Reservatório
(10³ km³) Total Água Doce
Oceanos 1.338.00 96,5370,00 9 -
Subsolo: 23.400,00 1,6883 -
Água Doce 10.530,00 0,7597 30,0607
Água Salgada 12.870,00 0,9286 -
Umidade do Solo 16,50 0,0012 0,0471
Áreas Congeladas: 24.064,00 68,6971,7362 1
Antártica 21.600,00 1,5585 61,6629
Groelândia 2.340,00 0,1688 6,6802
Ártico 83,50 0,006 0,2384
Montanhas 40,60 0,0029 0,1159
Solos Congelados 300,00 0,0216 0,8564
Lagos: 176,40 0,0127 -
Água Doce 91,00 0,0066 0,2598
Água Salgada 85,40 0,0062 -
Pântanos 11,50 0,0008 0,0328
Rios 2,10 0,0002 0,0061
Biomassa 1,10 0,0001 0,0032
Vapor D'água na Atmosfera 12,90 0,0009 0,0368
Armazenamento Total Água Salgada 1.350.95 97,4725,40 6 -
Armazenamento Total Água Doce 35.029,10 2,5274 100,00
Armazenamento Total de Água 1.385.98 4,50 100,00 -
Fonte: Revista MultiCiência – Revista dos Cent p (2
ros e Núcleos Interdisciplinares da Unicam003).
11m fator preocupante consiste no crescente consumo de água pelo mundo. Estima-
se que
Quadro 2 – Dinâmica do uso da água no mundo, por setor (km3 / ano).
Estimado
U
em 2025 o consumo mundial seja de 2.879 a 5.187 km3
/ ano (cerca de 2,87 a 5,18 X
1015 litros/ano), o que representa um crescimento de 75% em 30 anos, do volume de água
utilizado em todo o planeta. Estas informações podem ser verificadas na Quadro 2,
apresentada a seguir:
Setor Calculado
1900 1940 1950 1960 1970 1980 1990 1995 2000 2010 2025
População
(milhõe e hab) s d 2493 2963 3527 4313 5176 5520 5964 6842 8264
Área Irrigada
(milhões de h a) 47 76 101 142 173 200 243 254 264 288 329
Uso Agrícola 525 891 1124 1541 1850 2191 2412 2503 2595 2792 3162
407* 678 856 1183 1405 1698 1907 1952 1996 2133 2377
Uso Industrial 38 127 182 334 548 683 681 715 748 863 1106
3* 10 14 25 38 62 73 80 87 111 146
Abastecimento 16 37 53 83 130 208 321 354 386 464 645
4* 9 14 20 29 42 53 57 62 68 275
Reservatório 0,3 3,7 6,5 22,7 65,9 119 167 188 211 239 275
TOTAL 1066 1365 1985 2574 3200 3580 3760 3940 4360 579 5187
415* 705 894 1250 1539 1921 2196 2275 2354 2550 2879
Obs. me de água efetivam : ( * ) Volu ente consumido
Fonte: Revista MultiCiência – Revista dos Centro isciplinares da Unicamp (2003).
3.3 - Posicionamento do Brasil no contexto Mundial
A água está se tornando um bem de consumo de custo crescente, e cada vez mais
escassa. O Brasil possui a maior reserva de água do planeta, aproximadamente 8% da água
doce disponível.
s e Núcleos Interd
12
Os 20% restantes ficam responsáveis pelo abastecimento de 95% da população.
Estes dados remetem à importância dos planos de utilização racional e conservação da
o
e
toda ág
aturais. Tanto que, em 11/07/95,
editou
captação das águas pluviais, as
quais
Já em 1999, o Senador Lúcio Alcân
o "Programa Nacional de Combate ao Desp
cia e
s necessidades com
água farta e de qualidade, pelo simples gesto de
Mas a situação não é das mais confortáveis, visto que:
80% das águas nacionais estão na Amazônia, onde a população é de apenas 5%;
água nos centros urbanos, pois além da degradação ambiental que contamina os mananciais,
abastecimento mundial enfrenta outra situação crítica: o desperdício, que consome metade d
ua que é produzida para abastecer os centros urbanos.
A cidade de Curitiba serve como exemplo na implantação de projetos de conservação
e reuso da água, apresentando soluções que visam o desenvolvimento urbano adequado, a
conservação e preservação do meio ambiente e dos recursos n
a Lei 8681, a qual, em seu Art. 9 º estabelece que:
"Os estabelecimentos que executarem
lavagem de veículos, deverão possuir uma
cisterna para
deverão ser utilizadas nos serviços de
lavagem, ficando seus prazos e parâmetros a
serem definidos em legislação específica."
tara, em pronunciamento ao Senado Federal sobre
erdício de Água", dizia que:
"...apesar de toda a advertên
conscientização, o homem comum, urbano e
moderno, que satisfaz sua
13virar
O senador salientou um assunto ba
água, ou seja, a Educação. É, sem dúvida, i
envolva a participação da sociedade, sem
Precisamos demonstrar qual o verdadeiro v que sai de nossas torneiras. Não só o
valor fi
uma torneira, costuma tomar por
natural esta disponibilidade e raramente se dá
conta de todo o processo de captação, tratamento
e distribuição que a possibilita....A cultura do
desperdício de água pode ser percebida também
nesses postos de gasolina que oferecem lavagem
gratuita para os carros, com mangueira de
pressão, o que significa um consumo muito
superior ao que seria necessário para deixar
qualquer veículo limpo e reluzente....Por tudo
isso, faz-se necessária, continuada campanha de
esclarecimento a todos os cidadãos, do valor da
água limpa. A conscientização deve começar mas
escolas – fazendo parte, talvez, da disciplina de
geografia – e se estender a todas as organizações
da comunidade, como condomínios e associações
de moradores, e incluir os meios de comunicação
de massa."
stante importante para que possamos conservar a
mpossível colocar em prática qualquer projeto que
antes conscientizar e ensinar esta sociedade.
alor da água
nanceiro, mas também a tamanha importância desse líquido para nossas vidas.
Resta, portanto, analisar os tipos de reuso aplicáveis a cada tipo de água.
14
certeza
serão encontradas no reuso da água.
O reuso da água pode ser de forma direta ou indireta, conforme se explica nos itens que
seguem:
te tipo de reuso é o mais comum, e mais utilizado atualmente. Consiste em tratar os
efluentes e ao invés de descarregá-los no meio ambiente, direcioná-los diretamente aos locais
de armazenamento para posterior reuso: nestes casos em especial, a demanda é direcionada à
é usado em ciclos fechados de sistemas industriais.
3.4.2 -
e ser um reuso do tipo planejado ou não planejado.
Considera-se não planejado o reuso da água retirada dos rios, pois este ao receber
cargas de efluentes, caminha em direção ao novo consumidor (uma cidade vizinha, por
exemplo), e neste caminho se auto-depura, ou mesmo se dilui pela conjunção com outros
rios, chegando menos contaminado ou mais puro a nova captação.
3.4 – Opções de reuso da água
Portanto, clama-se por alternativas para combater a possível escassez. Estas com
3.4.1 - Reuso direto da água
Es
agricultura e o mesmo sistema
Pode-se incluir neste caso, a reciclagem de água, que consiste em um reuso interno da
água, sem tratamento, apenas usando-a como complementação à quantidade original de água
utilizada.
Reuso indireto da água
Pod
15
m controle criterioso, na
is entre o ponto de descarga original e o
ponto de captação em questão, tentando assim, evitar a contaminação com
efluentes não interessantes ao sistema idealizado;
3.5 – O aproveitamento de águas pluviais
inclus
Esta atividade se torna possível devido à utilização de um sistema de captação e
armazenamento de água que consiste em utilizar a água precipitada sobre a área do telhado
(principal coletor da água da chuva), que por sua vez é drenada até os reservatórios térreos,
atravé
forme o uso planejado na instalação do projeto.
Consideram-se planejados os reúsos da água:
num caso semelhante ao anterior, mas com a ressalva de que os efluentes
passam por tratamento e ai sim são descartados num corpo d’água para nova
utilização mais adiante, sendo controlado este consumo e direcionado a uso
específico a ser determinado. Exigindo assim, u
tentativa de detectar descargas eventua
num caso de aproveitamento de águas pluviais, coletadas diretamente de um
telhado, ou grupo de telhados, para posterior armazenamento e uso específico
para fins não potáveis.
O aproveitamento de águas pluviais já é prática comum em muitas regiões do mundo,
ive no Brasil.
s das calhas condutoras (Figuras 3 e 4), de onde é bombeada para o reservatório elevado
para ser utilizada con
16
Figura 3 – Pequeno modelo de um sistema de coleta de água de chuva para ilustração. Fonte: dos autores.
Figura 4 – Pequeno modelo de um coletor de água de chuva para ilustração. Fonte: dos autores.
17te alternativa
para uso na irrigação de plantações, requer inicialmente a gestão da sua qualidade e
quantidade, conforme Quadros 3 e 4, respectivamente.
e água calculada pela fórmula racional, considerando o índice pluviométrico
de água, considerando os períodos admissíveis de seca; e
dentro do empreendimento, atentando às
Cabe ressaltar, no entanto, que a utilização de águas pluviais como fon
Para dimensionamento de um sistema de aproveitamento de água pluvial devem ser
considerados:
Área disponível para coleta;
Vazão d
médio da região; (Quadro 2)
Estimativa de demanda para o uso previsto;
Dimensionamento da reserva
Na maioria dos casos, seu posicionamento
questões de estética e paisagismo.
18uadro 3: Características físicas, químicas e bacteriológicas da água pluvial.
Fo
Q
nte: MAY (2004).
Água coletada na tubulação Reservatório Parâmetros
Mínimo Médio Máximo Médio Cor (UH) 20 52,5 218 23,0 Turbidez (UNT) 0,6 1,6 7,1 0,8 Alcalinidade (mg/L) 4 30,6 60 18,8 pH 5,8 7,0 7,6 6,7 Condutividade (μs/cm) 7,0 63,4 126,2 25,7 Dureza (mg/L) 4,0 39,4 68,0 19,6 Cálcio (mg/L) ND 15,0 24,3 4,7 Magnésio (mg/L) ND 1,1 2,2 0,5 Ferro (mg/L) 0,01 0,14 1,65 0,06 Cloretos (mg/L) 2,0 8,8 14,0 12,2 Sulfatos (mg/L) 2,0 8,3 21,0 5,1 Sólidos totais (mg/L) 10 88 320 25 Sólidos suspensos totais (mg/L) 2 30 183 2 Sólidos suspensos voláteis (mg/L) 0 15 72 2 Sólidos dissolvidos totais (mg/L) 2 58 177 24 Sólidos dissolvidos voláteis (mg/L) 0 39 128 24 OD (mg/L) 1,6 20 42 17,6 DBO (mg/L) 0,4 2,5 5,2 1,5Nitrato (mg/L) 0,5 4,7 20 3,1Nitrito (mg/L) 0,1 0,8 3,8 0,1 Coliformes totais1 em 100 ml (NMP) <1 > 70 > 80 > 65
ND = Não espec1= Presente em 89% da
ificado. s amostras.
em a em das amo coletada m 30% no Coliformes fecais em 100 ml aparecreservatório.
em médi 50% stras s e e
19uadro 4: Série Histórica de chuvas – Índices Pluviométricos da Região do Projeto Q
MUN. PREFIXO NOME ALTITUDE LATITUDE LONGITUDE BACIA Rio
Claro D4 – 112 Rio Claro -
Unesp 640.2 metros 22°22' 47°36' Ribeirão Claro
CHUVA MENSAL (mm)
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1995 297,0 552,0 172,6 135,9 53,7 17,8 34,8 0,7 13,5 142,0 155,6 232,4
1996 411,1 157,4 184,3 84,5 62,0 17,4 0,6 38,5 192,4 154,8 216,6 216,7
1997 273,6 101,7 58,8 29,5 89,1 218,0 29,1 2,0 62,1 96,0 286,0 210,7
1998 194,7 309,5 152,5 64,8 80,8 13,1 4,2 22,2 56,4 121,7 28,0 238,0
1999 489,5 336,1 210,5 56,6 34,4 78,9 0,7 0,0 100,1 50,9 77,2 169,2
2000 326,0 218,4 214,1 8,6 2,7 12,0 25,8 25,4 43,1 25,9 42,3 45,9
2001 111,6 235,7 107,0 34,1 61,3 11,6 13,3 49,8 78,3 182,6 72,1 226,3
2002 286,0 276,1 94,9 4,1 93,9 0,0 6,2 118,0 38,2 42,6 281,7 161,5
2003 436,2 113,3 124,4 71,1 45,8 15,6 3,5 16,3 25,6 109,2 229,0 227,5
2004 351,4 314,4 199,0 175,3 94,7 50,9 97,9 0,0 11,0 --- --- ---
Font 0
biental Relacionada à Qualidade das Águas
3.6.1 - onstituição Federal:
Art. 20, III - São bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em
e banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros
aíses, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;
de
gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
Art. 26, I - Incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou
subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União;
e: DAEE (2 06).
3.6 - Legislação Am
C
terrenos de seu domínio, ou qu
p
Art. 21, XIX - Competência da União para instituir sistema nacional
20
er de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
geraçõ
Decreto n° 24.643/34 - Decreta o Código de Águas.
– Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de
ualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para
a água para consumo
human
art. 21 da
ão Federal.
al no. 7.804 de 18 de julho de 1989).
Resolução CONAMA n° 357, de 17/03/2005 - Dispõe sobre a classificação das águas
doces, salobras e salinas do Território Nacional.
Art. 225, caput - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dev
es.
3.6.2 - Legislação Federal:
Decreto n° 5.440/05
q
divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade d
o.
Lei n° 9.433/97 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do
Constituiç
Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. (Já
alterada pela Lei Feder
3.6.3 - Atos Administrativos Normativos Federais:
21 - Estabelece os procedimentos e
sponsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo
human
3.6.4 - Constituição Estadual (São Paulo):
is e do Saneamento (arts. 191
a 215).
.6.5 - Legislação Estadual (São Paulo):
Estabelece normas para a contenção de enchentes e
destinação de águas pluviais. (Lei publicada em 03/01/2007, aguardando regulamentação).
olo para a proteção dos mananciais, cursos e
servatórios de água e demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana da
Grande São Paulo e dá providências correlatas.
Lei nº 5.005/86 - Institui o Sistema de Conservação do Solo e Água no Estado de São
Paulo.
eservação dos depósitos naturais de águas
subterrâneas do Estado de São Paulo e dá outras providências.
Lei nº 7.663/91 - Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos
Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Portaria do Ministério da Saúde nº 518/04
re
o e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.
Capitulo IV – Do Meio Ambiente, dos Recursos Natura
3
Lei nº 12.526 de 02/01/2007 -
Lei nº 898/75 - Disciplina o uso de s
re
Lei nº 6.134/88 - Dispõe sobre a pr
22
do Estado de São Paulo e dá
o nº 48.138/03 - Institui medidas de redução de consumo e racionalização do
uso de
ursos Hídricos (PNRH) a água pode ser considerada como:
valor econômico.
e gestão
dos recursos hídricos pode se destacar:
A Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivo assegurar o
controle qu t o exercício dos direitos de
acesso à ág ( 11).
Lei nº 9.866/97 - Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação
das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional
outras providências.
Lei nº 10.083/98 - Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.
- Decreto nº 45.805/01 - Institui o Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável e dá
providências correlatas.
Decret
água no âmbito do Estado de São Paulo.
Segundo a Lei Federal nº 9.433 de 08/01/1997 – Capítulo I, artigo 1º, que institui a
Política Nacional de Rec
Um bem de domínio público;
Um recurso natural, limitado e dotado de
Diante dessa definição, pode-se afirmar que a água por se tratar de um bem social e
econômico deve ser gerenciada de forma consciente e eficaz. Como instrumentos d
a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
e o reuso da água para fins não potáveis.
an itativo e o qualitativo dos usos da água e o efetiv
ua Lei Federal nº 9.433/97 – Seção III – Art.
23
ursos hídricos (Lei Federal nº
9.433/9
rias leis, resoluções e portarias que regulamentam a qualidade da água
para co
uso gratuito de qualquer corrente ou nascente
de águ
433/97 e
da regu
As exigências mínimas para o aproveitamento de água da chuva, dependem de seu grau
de aplicabilidade nas edificações, o que implica em critérios de qualidade impostos pela
Resolução CONAMA 357/2005 e Portaria MS 518/2004 do Ministério da Saúde, conforme
descrito abaixo:
A cobrança pelo uso da água tem como objetivos, dar ao usuário uma indicação do
real valor da água; incentivar o uso racional e a obtenção de recursos financeiros para
financiar programas e/ou projetos voltados à gestão dos rec
7 – Seção IV Art. 19).
Já o reuso de água pode ser considerado como uma ação conservacionista para o
aumento da disponibilidade dos recursos hídricos existentes e futuros, uma alternativa para o
aumento da demanda.
Atualmente no Brasil, não existe uma legislação específica (regulamentada, pois, foi
publicada em 03/01/2007 a Lei Estadual 12.526) sobre a obrigatoriedade do reuso de água.
No entanto, existem vá
nsumo humano e para fins não potáveis.
A primeira legislação sobre a água no Brasil foi o “Código de Águas”, o decreto
federal nº 24.643 de 10/07/1934 do então presidente da República Getúlio Vargas.
O Código de Águas assegura o direito de
a para “as primeiras necessidades da vida”, porém necessita de atualização,
principalmente para ser ajustado à Constituição Federal de 1988, à Lei Federal nº 9.
lamentação de muitos de seus aspectos.
3.7 - Padrões de qualidade para aproveitamento da água de chuva
24
contaminantes biológicos e químicos, incidindo sobre o meio ambiente e o
omem
s atividades antrópicas normalmente praticadas em áreas verdes não incluem
icultura e aqüicultura, publicadas em 1989, o valor numérico de 1.000
licos. Entretanto, para
ama
diretamente sobre as folhas, algumas culturas mais sensíveis podem apresentar queimaduras.
O uso preponderante das águas dessa classe é na irrigação de áreas verdes e rega
de jardins.
Neste caso, a maior preocupação do emprego da água de reúso fica condicionada às
concentrações de
h , particularmente o operário que exerce suas atividades nesse ambiente.
A
contatos primários sendo, portanto, ocasional a freqüência de interação homem-meio. Os
aspectos condicionantes para a aplicação apresentada incidem principalmente sobre a saúde
pública, a vegetação e o lado estético.
Alguns dos principais problemas relacionados com o gerenciamento da qualidade da
água são: salinidade, toxicidade de íons específicos, taxa de infiltração no solo etc. O Quadro
5 apresenta os parâmetros mais importantes que devem ser verificados para o uso de água
para irrigação.
Normalmente, concentrações de 1 mg/L, não causam problemas, porém algumas
culturas mais sensíveis sofrem danos com concentrações de 0,5 mg/L.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu nas diretrizes para o uso de
esgotos na agr
coliformes fecais/100 ml (média geométrica durante o período de irrigação), para irrigação
irrestrita de culturas ingeridas cruas, campos esportivos e parques púb
gr dos com os quais o público tenha contato direto deve ser adotado o valor numérico de
200 coliformes fecais/100 ml. Além disso, os nematóides intestinais devem ser < 1 ovo de
helminto/L.
Ressalta-se que em sistemas de irrigação por aspersores, como a água incide
25Quadro 5: Parâmetros para Água de Reuso Classe III
Fonte: ANA (2005).
4 – MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 - O aproveitamento de águas pluviais
ento da pesquisa procurou-se visitar locais onde projetos de
proveitamento de água da chuva implantados já demonstram sua viabilidade.
TIGRE S/A – TUBOS E CONEXÕES, principal
arceira no projeto, que além de garantir o fornecimento de todo o material hidráulico
necessário para a implantação do mesmo, abriu suas portas e recebeu o grupo de trabalho em
suas
em descarga
sanitária e torneiras. (Figuras 5 e 6).
Para enriquecim
a
Uma visita foi feita na empresa
p
dependências, onde o Sr. Sebastião Talarico, Coordenador da Qualidade da empresa,
apresentou um modelo educativo de captação de água da chuva para utilização
26
onte: dos autore
Figura 5: Modelo educativo de uso de água de chuva. s. F
Figura 6: Modelo educativo de filtros para água de chuva. Fonte: dos autores.
O Coordenador da Qualidade apresentou também o sistema (em pleno funcionamento),
de captação e armazenagem de água da chuva instalada no prédio da administração da
empresa, alimentando as caixas de descarga dos sanitários, conforme pode ser visto na
Figura 7.
27
igura 7: Modelo de sistema de armazenagem de água de chuva (TIGRE S/A) onte: dos autores.
A área de coleta deste sistema abrange aproximadamente 1000 m2, referente à metade
o telhado do prédio administrativo, em sua parte posterior, onde fica também a área de
rmazenamento. O sistema de armazenamento é composto por 15 caixas d’água “Tigre” de
ra 1000 litros,
monstrado na Figura 7.
4.2 – Sistema de bombeamento se
ental deste projeto.
FF
d
a
P.V.C. com capacidade para 500 litros e mais 15 caixas com capacidade pa
como também ficou de
m consumo de eletricidade
A pesquisa avançou também, na busca de alternativas para o deslocamento da água
coletada e armazenada, e foi encontrada uma bomba que dispensa o consumo de energia
elétrica, viabilizando ainda mais o caráter ambi
28 para o abastecimento de
água em sítios, fazendas e chácaras e está demonstrado na Figura 8.
ue são responsáveis pelo
recalque d'água.
O Carneiro Hidráulico, ou Aríete é um equipamento ideal
No interior do bojo está instalada a Válvula de Retenção. É uma peça muito importante
porque retém no interior do bojo a água e o ar comprimido, q
Figura 8: Bomba d’água do tipo Carneiro Hidráulico Fonte: Cataventos Kenya Ltda. (2006).
De fácil instalação, este sistema de bombeamento desperta a atenção deste projeto, e
passa a ser alvo de pesquisas, sendo que o apoio do parceiro TIGRE S/A, poderá abranger
este equipamento, juntamente com o restante dos materiais a serem pregados. em
294.3 – M
ção, foram
pesquisados artigos, trabalhos, materiais hidráulicos e projetos, disponíveis na internet, em
manuais técnicos de fabricantes, bem como, as normas técnicas vigentes.
Para o dimensionamento do sistema de coleta e armazenagem de águas pluviais, dentre
s vários métodos conhecidos, este projeto utilizará o modelo matemático da empresa Tigre
S.A.
Para todos os modelos conhecidos é considerado a Vazão de Contribuição (Q
étodos aplicados no dimensionamento do sistema
Para descrever o sistema de utilização de água da chuva para irriga
o
apresentado na Ficha Técnica do Sistema Aquapluv (Anexo 3). Esse modelo é baseado
na NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais.
), que é de
A fórmula é para o cálculo da Vazão de Contribuição é dada abaixo:
Q = C x Ac x i
extrema importância para a execução do projeto, pois o fator limitante do sistema de coleta
são os bocais que conduzem a água pluvial da calha até os dutos de descida. O Sistema
Aquapluv tem a vazão máxima de 357 l/min de condução por bocal circular (21,42 m³/h).
Onde:
Q = Vazão de Contribuição
C = Coeficiente de escoamento superficial (considera-se C= 1);
Ac = Área de contribuição (m²);
nsidade pluviométrica (mm/h).
amento superficial é igual a “1” o mesmo não constará na
fórmula adotada m
i = Inte
Como o coeficiente de esco
ais adiante neste estudo.
30buição (AcPara o cálculo da Área de Contri ) devem ser considerados alguns fatores
como
;
ra este projeto, apenas serão considerados itens 1 e 2, pois a característica construtiva
do local d tram as Figuras 9 e 10.
:
1. Cobertura (projeção horizontal);
2. Incrementos devido à inclinação
3. Incrementos devido às paredes que interceptam água de chuva.
Pa
o projeto é peculiar, conforme demons
Figura 9: Desenho esquemático e Cálculo de área de contribuição para plano inclinado. Fonte: NBR 10844/89. (1989).
31
Figura 10: Vistas da área de contribuição in loco. Fonte: dos autores. (2006).
O Cálculo da Intensidade Pluviométrica deve levar em consideração os seguintes
fatores:
a fixação do período de precipitação (fixado pela NBR 10844 em = 5 min);
o período de retorno (T).
O período de retorno deve ser considerado conforme a aplicação, sendo indicado pela
NBR 10844 da seguinte forma:
T = 1 ano = Áreas pavimentadas (com tolerância de empoçamento);
T = 5 anos = Terraços e coberturas;
T = 25 anos = Coberturas ou áreas onde não são permitidos empoçamentos ou
extravasamento.
Os valores de precipitações para São Paulo são dados pelo Quadro 6.
Quadro 6: Precipitações pluviais para o estado de São Paulo.
32
T Pempo de retorno (anos) recipitações (mm/h)
1 122
5 172
25 208
Fonte: NBR 10844/89. (1989).
E por fim, é necessário especificar o número de condutores para escoar a água
coletada no telhado. Para esse cálculo, a Ficha Técnica do produto Aquapluv utiliza uma
tabela de escoamento (Quadro 7), onde determina a área máxima de escoamento (também
chamada de Área de Telhado - At) que um bocal pode conduzir, sendo esse valor obtido de
acordo com a intensidade pluviométrica de cada região.
Quadro 7: Tabela de escoamento máximo por bocal instalado na Região Sudeste
Tabela de Escoamento
Localidades Área de telhado que um bocal retangular
pode escoar (em m² At)
Área de telhado que um bocal circular
pode escoar (em m² At)
Rio de Janeiro 96,55 123,27
São Paulo 97,67 124,70
Vitória 107,69 137,49
Fonte: TIGRE S/A (2006).
Então, utilizando os valores válidos para São Paulo e considerando o emprego de
bocais redondos, obtêm-se o número de Condutores (Nc) através da seguinte fórmula:
Número de condutores = Ac / At
Onde:
Ac= área de contribuição
33At= área de telhado
O espaçamento desses condutores é dado pela fórmula:
Espaçamento = b/(Nc – 1)
Onde:
b= comprimento do telhado Nc= número de condutores 4.4 – Cálculos para o Projeto de Aproveitamento de Águas Pluviais na Escola Agrícola
de Ajapi.
Baseado nas informações coletadas, nas pesquisas, normas e materiais diversos, segue
abaixo um roteiro de cálculo utilizado para o dimensionamento do sistema de
reaproveitamento da água de chuva. Para tal, foram utilizadas as dimensões conforme detalha
a Figura 11.
Figura 11. Detalhe das cotas utilizadas nos cálculos. Fonte: dos autores (2006).
34 de contribuição são (Figura 10):
a = 5,6 m;
b = 28 m;
h = 1,6 m.
Para calcular a Área de Contribuição (Ac):
As dimensões da área
Ac = (a+h/2) x b
Substituindo se obtém: (5,6+1,6/2) x 28 = 179,2 m².
Para calcular a máxima vazão de contribuição:
Q = i x Ac
Q = (208 mm/h* x 179,2 m²) / 60** = 621,23 l/min
* 208 mm/h = Considerando o maior período de retorno, ou seja, 25 anos;
** 60 = convertendo horas para minutos.
Para calcular o número de condutores (Nc):
Nc = Ac / At
Nc = 179,2 m² / 124 m² = 1,44 condutores (serão considerados 2 condutores)
O espaçamento (d) entre os condutores, é dado por:
d = b / (Nc –1)
35d = 28 / (2 -1) = 28 m.
ara a seleção da área de contribuição (telhado), foram verificadas diversas situações,
sobre vários enfoques:
seria a melhor área, esteticamente
níveis, sendo que a área de contribuição prevista
2
P
Paisagismo, ou seja, definição de qual
falando, para a instalação do sistema. Foi necessária a realização de duas
reuniões com representantes da Escola Municipal Agrícola, para se chegar à
escolha que atendesse tanto as necessidades do projeto, quanto aos anseios e
disponibilidades da entidade;
A extensão dos telhados dispo
no projeto deveria exceder o valor mínimo de 100 m . As Figuras 12 e 13
ilustram algumas opções de áreas disponíveis, mas rejeitadas pelo
empreendedor.
Figura 12: Área de contribuição rejeitada pelo empreendedor. Fonte: dos autores. (2006).
36
Figura 13: Área de contribuição rejeitada pelo empreendedor. Fonte: dos autores. (2006).
lação à vegetação (árvores),
scolha de vários setores do empreendimento, como pode ser visto
A posição da área de contribuição, em re
inviabilizou a e
na Figura 14;
Figura 14: Áreas de contribuição rejeitadas devido à proximidade de árvores. Fonte: dos autores. (2006).
37
A área escolhida deveria comportar, em seu entorno, o sistema térreo de
armazenamento (caixas d’água), e facilitar o seu cercamento, para proteção do
mesmo e limitação do acesso de pessoal não envolvido no projeto, instalação,
manuseio ou manutenção, como pode ser verificado na Figura 15.
Esta mesma figura apresenta a área escolhida, em consenso, como a mais apropriada,
encaixando-se dentro de todos os pressupostos acima descritos, e compreendendo uma área
útil de telhado (área de contribuição) de 179,2 m2.
positivos). Figura 15: Área de contribuição definitiva (de fácil cercamento e demais enquadramentos
Fonte: dos autores. (2006).
A Figura 16 mostra a parte não utilizada do telhado do mesmo bloco. A sua rejeição
provém do fato da presença de árvores próximas e do fato de não possuir área de entorno
livre, para instalação dos reservatórios térreos de água.
38
Figura 16: Segunda metade (outra água) da área de contribuição, não utilizada. Fonte: dos autores. (2006).
Para dimensionamento do sistema de armazenamento, foram executados cálculos
baseados na série histórica de dados pluviométricos da base de monitoramento prefixo D4-
112 – Rio Claro-Unesp (Quadro 2), dos últimos dez anos disponíveis (1995-2004). A
coletânea dos cálculos está demonstrada no Quadro 8.
Quadro 8: Cálculos de capacidade de captação de água de chuva
Fonte: dos autores (2006).
39
as águas e do cercamento da área do
sistem gina inteira para atentar-se aos detalhes.
Ainda se tratando do sistema de armazenamento, segue na Figura 17, croqui da área de
armazenamento, ilustrando o posicionamento dos reservatórios de 1000 litros, dos coletores
(calhas), dos condutores, dos separadores de primeir
a. Sendo que, o Anexo 4 traz o desenho em pá
Figura 17: Croqui do sistema de armazenamento térreo.
Para o monitoramento da qualidade da água coletada, serão considerados os
parâmetros fornecidos pela ANA - Agência Nacional de Águas – em seu Manual de
Conservação e Reuso da Água em Edificações, como visto no Quadro 3.
O projeto contará com o apoio do Laboratório Água Viva Química e Serviços, que
fará (em forma de apoio e cortesia) as análises necessárias para verificação da qualidade da
água armazenada, na instalação do projeto.
Fonte: dos autores (2006).
40Dados e parâmetros de qualidade, cronogramas de limpeza e de amostragem de
água, farão parte do MPM - Manual Prático de Manutenção (Anexo 2), um dos objetivos que
serão propostos para a etapa seguinte deste projeto.
O projeto necessário para instalação do reservatório elevado, com capacidade nominal
de 15 m3, contará com o apoio da empresa Geoma Consultoria.
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 - Sugestões para a otimização do projeto
A água da chuva, inicialmente, deve ser vista como uma fonte abundante, mas exige
a é totalmente imprópria para fins
rá ser usada exclusivamente para os fins propostos de irrigação em
pequenas áreas. Porém sua qualidade pode ser potencializada, adotando-se medidas
preven
P
a de PVC da fabricante TIGRE S/A). Deve-se
instalar
a para a área de armazenagem, como pode ser
isto n
volume coletado superar o
extravasado pelo fundo. Esta carga adicional de água fará o separador encher até transbordar
alguns cuidados básicos para a sua captação. Esta águ
potáveis, e neste caso, deve
tivas, como a separação das águas precipitadas nos momentos iniciais de uma chuva,
que servem apenas para carrear impurezas tanto da atmosfera, quanto do telhado para os
condutores, e assim contaminar o sistema.
ara evitar a entrada desta fração indesejada de chuva no sistema de armazenamento, foi
idealizado um sistema de separação para esta porção inicial de chuva, que consiste no uso de
um reservatório de 500 litros (caixa d’águ
uma saída na parede do reservatório com medida de ½” a ¾ ” a uma altura de 5 cm
da base (saída de fundo), e uma segunda saída sifonada lateral, (a uma altura de 40 cm da
base) com medida de 3”, para direcionar a águ
v a Figura 18. O sistema consiste em desprezar a água de pequenas chuvas pela saída de
fundo, e com chuvas mais pesadas ou de maior duração, o
41e irá selecionar a água para armazenamento,
mente após a lavagem do telhado por uma quantidade inicial (400 litros), que foi
pela saída sifonada lateral, o que na verdad
so
desprezada no separador.
Figura 18: Modelo do “separador” de primeiras águas de chuva. Fonte: dos autores (2006).
Como parte da pesquisa deste projeto, será testado ainda, um segundo modelo de
separador de primeiras águas de chuva, cujo princípio de funcionamento é muito simples.
Para isso, serão utilizados os seguintes materiais:
01 conexão Tê reto de Esgoto de 100 mm;
01 Redução Excêntrica de 100 x 50 mm;
01 Terminação
Cap de 100 mm;
02 m de Tubo de Esgoto 100 mm.
O detalhe do separador montado é mostrado na Figura 19:
42
Figura 19: Segundo modelo de separador de primeiras águas de chuva. Fonte
folhas ou grandes objetos que
possam vir a carreados com a chuva. A água é armazenada no reservatório e após a saturação
do mesmo, a válvula fecha a passagem até o reservatório, a partir daí, o caminho a ser seguido
pela água
O r estimado para a lavagem do telhado, sendo esse
valor det serem efetuados.A concepção inicial contará
va, o reservatório se esvaziará por ação de um orifício no Cap, que será
drenado para o sistema de extravasamento central.
: dos autores (2006).
A água coletada passa por uma tela para a separação de
é pelo duto de condução à caixa de 500 l.
eservatório, tem o volume de água
erminado somente através de testes à
com um volume de 7 litros, sendo intercambiável até 20 litros.
Após a chu
435.2 – Fluxograma das atividades do projeto
A Figura 20 mostra um fluxograma que demonstra as atividades desenvolvidas
em todas as fases deste projeto.
Figura 20: Fluxograma das atividades desenvolvidas desde o início do projeto. Fonte: dos autores (2007).
Escolha do tema a ser abordado no projeto
Pesquisa sobre a situação da água no Brasil e no mundo
Pesquisa de Métodos Opções de reuso de aproveitamento de
águas pluviais da água
Pprodutos e materiais a
esquisa sobre
serem utilizados no aproveitamento
Apresentação do projeto
dos professores e parceiros
para análise/aprovação
Definição do prazo de implantação do projeto
Escolha do local a ser implantado o sistema
Autorizações necessárias para início
do projeto
Escolha da área de coleta dentro do empreendimento
Busca de parceiros para implantação do
sistema
44
A uti
e áreas agrícolas ou para armazenagem de água pluvial para
fins industriais. E se trata de um sistema que visa racionalizar o uso da água tratada, ou
encanada, a fim de preservar os recursos hídricos e proporcionar economia ao consumidor.
Cabe salientar que num projeto voltado a questões ambientais, seja ele de qualquer
proporção, deve-se atentar sempre, em primeiro plano, a sua sustentabilidade, com relação
direta ao seu tempo de vida após a implantação. O que remete à fundamental importância de
dois pontos abordados:
A Educação Ambiental: pelo fato de trazer para dentro do projeto, alunos da
entidade, transformando-os em colaboradores, após o recebimento de
informações básicas sobre a necessidade da preservação dos recursos hídricos, a
iminência de uma futura escassez e a preocupação com as gerações futuras; e,
Os procedimentos que serão elaborados e registrados no MPM serão ferramentas
importantes para sustentabilidade do projeto.
A comunicação entre as partes envolvidas é determinante para o sucesso de qualquer
projeto, sendo possível citar problemas resolvidos simplesmente atentando-se a este item:
A escolha da entidade que seria o alvo da instalação do projeto:
A aceitação da entidade com relação ao projeto;
O entendimento das necessidades da entidade escolhida com relação ao consumo
Obter o apoio de empresas parceiras com Consciência Ambiental destacada, (o
que pode reduzir o impacto financeiro que um projeto dessa magnitude pode
trazer: custo de cisternas e/ou reservatórios).
6 – CONCLUSÃO
lização da água da chuva, através do sistema apresentado neste projeto, pode ser
facilmente aplicada na irrigação d
de recursos hídricos, e adaptá-las à disponibilidade do projeto;
45 considerações feitas até este ponto e para esse projeto específico,
pode-se afirmar que este é um projeto viável, exeqüível e de objetivos claramente definidos,
expos
Avaliando todas as
tos e cumpridos, dentro de um cronograma adaptado à disposição das empresas
parceiras, sendo que a responsável pelo material (tubos, conexões, etc), Tigre Tubos e
Conexões S/A, não conseguiu o alinhamento com a o Instituto Carlos Roberto Hansen, em
tempo hábil para a real instalação do sistema.
Fica o compromisso, portanto, do grupo e seus colaboradores, de fechar o cronograma,
efetivando a instalação do projeto, mesmo depois de encerrado o período letivo deste curso.
Fato este, que não impedirá de maneira alguma o comprometimento de qualquer uma das
partes envolvidas no projeto.
46
7 – REF
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CBTA. Rio Claro. 3º semestre/2006. 37 p.
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MAY. Manual de Conservação e Reuso de Água em Edificações. 152 p. 2004.
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2003.
48
ORNELAS, Pedro. Reuso de água em edifícios públicos. Dissertação (Mestrado Profissional
Revista MultiCiência (On Line) – Revista dos Centros e Núcleos Interdisciplinares da
Disponível em:
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www.tomdamata.org.br/mata/cicloagua. Acesso em: 12 jul 2005.
49
– MPM, modelo técnico.
Planilha de custo de material a ser patrocinado pela parceira Tigre S/A .
8 – ANEXOS
1. Ata de reunião: alinhamento do projeto com Instituto Carlos Roberto Hansen.
2. Manual de Procedimentos de Manutenção
3. Ficha técnica do sistema Aquapluv.
4. Croqui do sistema de armazenamento térreo.
5.
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MANUAL PRÁTICO DE MANUTENÇÃO
SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS
2
INTRODUÇÃO 4 LIMPEZA 5 TELHADO 6 Como limpar o telhado? 6 O que se deve usar na limpeza? 7 Como ficar seguro durante este trabalho? 7 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 7 CALHAS E CONDUTORES 8 Como limpar as calhas e condutores? 8 O que se deve usar na limpeza? 9 Como ficar seguro durante este trabalho? 9 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 9 CAIXAS DE SEPARAÇÃO DE ÁGUA SUJA (PRIMEIRAS CHUVAS) 10 Como limpar as caixas de separação? 10 O que se deve usar na limpeza? 11 Como ficar seguro durante este trabalho? 11 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 11
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ÁREAS TEMPO
TELHADO 06 MESES
CALHAS E CONDUTORES 03 MESES
CAIXAS SEPARADORAS 01 MÊS
CAIXAS D’ÁGUA 03 MESES
PÁTIO DAS CAIXAS D’ÁGUA QUANDO NECESSÁRIO
RESERVATÓRIO SUSPENSO 06 MESES
TABELA DE TEMPO ENTRE CADA LIMPEZA
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IDEALIZADORES
ANDRÉ L.UIZ MARTINS GABRIEL GAROFOLO DA COSTA OLIVEIRA
MÁRCIO ESTEVAM DA SILVA
3
CAIXAS D’ÁGUA (ÁREA DE ARMAZENAMENTO) 12 Como limpar as caixas de separação? 12 O que se deve usar na limpeza? 13 Como ficar seguro durante este trabalho? 13 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 13 PÁTIO DAS CAIXAS (ÁREA DO ENTORNO) 14 Como limpar o pátio do entorno? 14 O que se deve usar na limpeza? 14 Como ficar seguro durante este trabalho? 15 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 15 TUBULAÇÃO DE ÁGUA RESERVADA 15 RESERVATÓRIO SUSPENSO 16 Como limpar o reservatório suspenso? 16 O que se deve usar na limpeza? 16 Como ficar seguro durante este trabalho? 17 De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza? 17 TABELA DE TEMPO ENTRE CADA LIMPEZA 19
4
INTRODUÇÃO
Este manual tem por objetivo:
Demonstrar práticas necessárias para manutenção do Sistema de Aproveitamento de Águas Pluviais, visando o seu bom funcionamen-to;
Indicar procedimentos que visem manter o sistema de armazena-mento o mais livre possível de impurezas, que por sua vez estão presentes por toda a área de coleta (telhado), portanto é por ele que este manual começa suas recomendações.
17
Como ficar seguro durante este trabalho?
Botas e luvas de borracha ou PVC;
Óculos de segurança, de preferência o modelo ampla visão;
Cinto de segurança do tipo pára-quedista, no caso de haver ponto de ancoragem. Caso este ponto não exista, providenciar a instala-ção do mesmo, para segurança do operador do equipamento.
De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?
A limpeza do reservatório suspenso deve ser feita, no mínimo, a cada 06 meses.
16
RESERVATÓRIO SUSPENSO A área em volta do reservatório deve estar sinalizada para evitar acidentes e ter seu acesso restrito. O local deve obedecer aos mes-mos procedimentos de limpeza já descritos para o pátio das caixas d’água. A limpeza do reservatório suspenso contribuirá, e muito, com a manutenção da qualidade da água que nele será armazena-da, e portanto, livre de riscos à saúde.
Como limpar o reservatório suspenso?
Esvaziar totalmente o reservatório;
Usar máquina de alta pressão para lavar as paredes e o fundo, sem adicionar qualquer produto químico;
Retirar toda a água de lavagem, usando sucção ou com a ajuda de panos ou de espumas para retirada de todos os resíduos e água de lavagem;
Enxaguar todo o interior do reservatório, com água limpa;
O que se deve usar na limpeza?
Máquina de alta pressão (tipo Wap ou Karcher, por exemplo);
Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano), para abastecimento do equipamento de alta pressão;
Panos limpos ou novos e baldes;
5
LIMPEZA
A eficiência de todo o sistema depende totalmente da sua boa higie-ne, portanto, é muito importante obedecer aos procedimentos de limpeza, que serão descritos em cada parte do mesmo.
Os métodos que serão descritos tentam simplificar ao máximo as tarefas, com objetivo de tornar possível a qualquer pessoa, funcio-nários ou grupo de alunos, executá-los, desde que usando os princi-pais itens de segurança individual, que também serão sugeridos adiante.
6
TELHADO
Fazer a limpeza do telhado para garantir o fluxo contínuo da água, evitando possíveis entupimentos de calhas e condutores, e para que as caixas não recebam água contaminada por sua sujeira.
Como limpar o telhado?
Varrer todo o telhado para tirar os resíduos maiores (galhos, folhas, etc). Usar máquina de alta pressão para lavar as telhas, sem adicio-nar qualquer produto químico (o que poderia contaminar á água do sistema, mais tarde).
IMPORTANTE: No momento da lavagem, devem-se desligar os condutores das calhas para evitar que a água suja, gerada da lava-gem, caia dentro das caixas.
15
Como ficar seguro durante este trabalho?
Luvas de borracha ou PVC;
Óculos de segurança.
De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?
A limpeza do entorno deve ser feita, assim que for notado o cresci-mento de mato, acúmulo de folhas, areia e/ou qualquer resíduo pro-veniente da ação do tempo.
TUBULAÇÃO DE ÁGUA RESERVADA
Os tubos que levam a água das caixas até o reservatório suspenso deverão estar sinalizados a fim de evitar acidentes e colocar em risco a integridade das pessoas. Esse local deve permanecer limpo e desobstruído proporcionando assim um melhor funcionamento e durabilidade do material.
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PÁTIO DAS CAIXAS (ÁREA DO ENTORNO) O lugar onde o sistema de armazenamento fica dentro do empreen-dimento, deve ter acesso restrito, por motivos de higiene e seguran-ça. Bem como, ter uma área livre em sua volta, não muito extensa, mas suficiente para o deslocamento do pessoal treinado para a ma-nutenção do sistema.
Como limpar o pátio do entorno?
Varrer o local;
Carpir ou aplicar “mata-mato” (herbicida).
O que se deve usar na limpeza?
Vassouras;
Sacos plásticos para lixo (capacidade de 60 litros, por exemplo);
Enxadas e pás;
Pulverizador e herbicidas (no caso, é melhor contratar empresa especializada).
7
O que se deve usar na limpeza?
Vassouras;
Sacos plásticos para lixo (capacidade de 60 litros, por exemplo);
Máquina de alta pressão (tipo Wap ou Karcher);
Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano), para abastecimento do equipamento de alta pressão.
Como ficar seguro durante este trabalho?
Botas de borracha (de solado antiderrapante, para não escorregar em cima do telhado);
Luvas de borracha ou PVC;
Óculos de segurança, de preferência o modelo ampla visão;
Cinto de segurança do tipo pára-quedista, no caso de haver ponto de ancoragem. Caso este ponto não exista, providenciar a instala-ção do mesmo, para segurança do operador do equipamento.
De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?
A limpeza dos telhados deve ser feita, no mínimo, a cada 06 meses.
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CALHAS E CONDUTORES
A limpeza das calhas evitará acúmulo de sujeira, o que pode causar o entupimento dos condutores, e o mau funcionamento do sistema.
Como limpar as calhas e condutores?
Varrer ou catar a sujeira das calhas e depois lavar com água em alta pressão.
Podem-se usar escadas ou andaimes, e ao escolher entre os dois equipamentos, deve-se prestar muita atenção à segurança da pes-soa que vai executar o trabalho.
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O que se deve usar na limpeza?
Baldes;
Panos limpos ou novos;
Esponjas de limpeza (do tipo usado para lavar louças);
Bomba de sucção (se for o caso);
Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano).
Como ficar seguro durante este trabalho?
Luvas de borracha ou PVC;
Óculos de segurança.
De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?
A limpeza das caixas separadoras deve ser feita, no mínimo, a cada 03 meses.
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CAIXAS D’ÁGUA (ÁREA DE ARMAZENAMENTO)
As caixas devem permanecer sempre muito limpas, para manter a qualidade da água. Elas deverão permanecer sempre fechadas, para evitar a presença de algas e a formação de criadouros de mosquito da dengue.
Como limpar as caixas d’água?
Esvaziar totalmente as caixas;
Esfregar as paredes internas e o fundo da caixa com esponja de “lavar louça”, sempre enxaguando com água para evitar que a sujei-ra seque e grude de novo nas paredes;
Retirar toda a água de lavagem, usando sucção ou com a ajuda de panos ou de espumas para secagem;
Enxaguar todo o interior da caixa, com água limpa;
Fechar a tampa da caixa.
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O que se deve usar na limpeza?
Vassouras;
Sacos plásticos para lixo (capacidade de 60 litros, por exemplo);
Máquina de alta pressão (tipo Wap ou Karcher, por exemplo);
Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano), para abastecimento do equipamento de alta pressão.
Como ficar seguro durante este trabalho?
Botas de borracha (de solado antiderrapante, para não escorregar em cima do telhado);
Luvas de borracha ou PVC;
Óculos de segurança, de preferência o modelo ampla visão;
Cinto de segurança do tipo pára-quedista, no caso de haver ponto de ancoragem. Caso este ponto não exista, providenciar a instala-ção do mesmo, para segurança do operador do equipamento.
De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?
A limpeza das calhas deve ser feita, no mínimo uma vez por mês. E os condutores no mínimo a cada 03 meses.
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CAIXAS DE SEPARAÇÃO DE ÁGUA SUJA
(PRIMEIRAS CHUVAS)
A limpeza destas caixas evitará a entrada de resíduos na área de armazenamento, o que certamente, prejudicaria muito a qualidade de todo o sistema.
Como limpar as caixas de separação?
Esvaziar totalmente as caixas;
Esfregar as paredes internas e o fundo da caixa com esponja de “lavar louça”, sempre enxaguando com água para evitar que a sujei-ra seque e grude de novo nas paredes;
Retirar toda a água de lavagem, usando sucção ou com a ajuda de panos ou de espumas para secagem;
Enxaguar todo o interior da caixa, com água limpa;
Fechar a tampa da caixa.
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O que se deve usar na limpeza?
Baldes;
Panos limpos ou novos;
Esponjas de limpeza (do tipo usado para lavar louças);
Bomba de sucção (se for o caso);
Água limpa (preferencialmente a água utilizada para consumo hu-mano).
Como ficar seguro durante este trabalho?
Luvas de borracha ou PVC;
Óculos de segurança.
De quanto em quanto tempo deve-se fazer esta limpeza?
A limpeza das caixas separadoras deve ser feita, no mínimo, uma vez por mês.