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UNIVERSIDADE PAULISTAUNIDADE SANTOS/RANGELENGENHARIA CIVIL 9 SEMESTRE

APS ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS 2015/1Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira

SANTOS/SP2015

CLAUDIO MACHADOTAIANE ACENSOWALDIR RICARDO VASQUESWAGNER DOS SANTOS

APS ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS 2015/1Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira

SANTOS/SP2015Trabalho de Atividades Prticas Supervisionadas, para obteno do ttulo de graduao em de Engenharia Civil apresentado Universidade Paulista UNIP.

Prof Eng Ricardo Yamana

CLAUDIO MACHADOTAIANE ACENSOWALDIR RICARDO VASQUESWAGNER DOS SANTOS

APS ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS 2015/1Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira

SANTOS/SP2015Trabalho de Atividades Prticas Supervisionadas, para obteno do ttulo de graduao em de Engenharia Civil apresentado Universidade Paulista UNIP..Aprovado em:

_________________________ - ___/___/___Prof Eng Ricardo YamanaUniversidade Paulista UNIP

Os grandes monumentos, construdos a partir do concreto e das modernas tcnicas de engenharia, s expressam seu real valor, quando se agregam a eles o simbolismo e a cultura das civilizaes que os construram, alm dos sentimentos dos seus construtores. Do contrrio, seriam mais um tipo de rocha na paisagem, do que um marco da histria humana.

(Dimos Iksilara)

RESUMO

Pontes estaiadas consistem basicamente na suspenso do tabuleiro de uma ponte atravs de cabos ancorados ao topo de torres ou ao longo destas. Este tipo de ponte possui um elevado grau de hiperestaticidade, podendo-se comparar o tabuleiro a uma viga apoiada em apoios elsticos. Este tipo de soluo capaz de vencer vos da ordem de vrias centenas de metros com sees de tabuleiro muito esbeltas, sendo elevado o nmero de combinaes de seus elementos, visto que estes possuem vrias possibilidades de geometrias, formas e disposies. Torna-se necessrio, portanto, uma boa compreenso de cada uma destas configuraes possveis na fase de pr-dimensionamento do projeto, objetivando a otimizao dos recursos e uma boa distribuio dos esforos na estrutura de uma forma global. Assim, demonstraremos como exemplo a Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, localizada em So Paulo, um marco na arquitetura nacional, por ter sido construda em um formato nico no mundo: duas pontes curvas formando um X e suspensas por estais ligados a um nico mastro, construdos em locais onde o uso dos Pilhares no aconselhado. Considerada a evoluo da tradicional Ponte Pnsil.

Palavras-chave: Engenharia Civil; Ponte Estaiada.

ABSTRACT

Cable-stayed bridges consist primarily the suspension of the board a bridge with cables anchored to the top of towers or along these. This type of bridge has a high degree of hyperstatic and may be compared to a tray supported by elastic support beam. This kind of solution is able to overcome gaps of the order of several hundred meters with very slender tray sections being high number of combinations of its elements, as these possess several possibilities geometries, shapes and arrangements. It is necessary, therefore a good understanding of each of these possible configurations in the preliminary design phase of the project, aiming at the optimization of resources and a good distribution of stresses in the structure in a comprehensive manner.So, we will show the example of the cable-stayed bridge "Octavio Frias de Oliveira, located in So Paulo, a milestone in the national architecture, having been built in a unique format in the world: two curved bridges forming an" X "and suspended for ye are linked to a single mast, built in places where the use of Pilhares is not advised. Considered the evolution of traditional suspension bridge.

Keywords: Civil Engineering; Cable-stayed bridge

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SUMRIO

ContedoRESUMO5SUMRIO71.Pontes estaiadas91.1.HISTORIA DAS PONTES ESTAIDAS91.1.1.Evoluo dos sistemas adotados para pontes estaiadas111.2.Alternativas de Pontes Estaiadas141.2.1.Sistema de cabos171.3.Torre261.4.ESTAIS281.4.1.Elementos de tensionamento281.5.Sistemas de ancoragem311.5.4.Tubo Guia321.5.5.Amortecedor321.5.6.Desviador321.6.Proteo331.6.4.Galvanizao331.6.5.Cera331.6.6.Bainha de HDPE (High Density Polyetilene)331.6.7.Tubo de HDPE (High Density Polyetilene)331.6.8.Tubo anti-vandalismo342.Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira (Complexo Real Parque)342.1.Concepo da estrutura372.1.1.Projeto Bsico372.1.2.Mastro de Estaiamento392.1.3.Tabuleiro392.1.4.Interferncias Locais402.1.5.Estaiamento402.1.6.Apoios Externos412.1.7.Arquitetura Alternativa412.1.7.1.Projeto Arquitetnico de Charles Lavigne422.1.2.Projeto Executivo452.1.2.1.Fundao482.1.2.2.Mastro492.1.2.3.Apoio extremo562.1.2.4.Estais572.1.2.5.Tabuleiro602.1.2.6.Etapas Construtivas623.concluso65Referncias67

Pontes estaiadasPontes estaiadas encontram-se cada vez mais presentes em obras brasileiras, pois alm de unirem beleza e esbeltez, conseguem vencer vos livres que chegam a centenas de metros. O projeto de pontes deste tipo envolve ambiente com mltiplos objetivos, no qual se devem atender a diversos critrios de projeto como segurana, funcionalidade e economia. Torna-se necessrio, portanto uma compreenso adequada do comportamento estrutural deste sistema. No projeto de pontes, as decises mais importantes so feitas geralmente nas fases iniciais, tornando-se fundamental, na fase de pr-dimensionamento, o entendimento do comportamento da estrutura. Para o mesmo problema, mais de uma soluo pode ser vivel, no entanto, algumas sero mais eficientes no que diz respeito ao consumo de materiais, facilidades construtivas, prazo de execuo e comportamento fsico da estrutura. O pr-projeto de uma ponte compreende, em sntese, a determinao da geometria e da configurao a ser adotada e do material utilizado em cada componente, todos eles obedecendo a um conjunto de restries e critrios de projeto. No caso de uma ponte estaiada, nos deparamos com vrias alternativas e possibilidades de projeto, sendo de extrema importncia uma ferramenta capaz de dar suporte a esse empreendimento. A determinao das configuraes geomtricas de uma ponte deste tipo e das foras de protenso nos cabos funo de alguns fatores como: a relao entre os vos livres, nmero de apoios, esttica e custos. O conhecimento da evoluo histrica da concepo estrutural e dos materiais utilizados neste tipo de ponte, bem como seus possveis arranjos, so subsdios bsicos para uma boa compreenso e anlise do comportamento das pontes estaiadas. Baseado em tudo que foi exposto at aqui, conclui-se que se torna necessrio o desenvolvimento de modelos simplificados que contemple cada caso, modelos esses capazes de auxiliar o projetista na fase de concepo inicial a fim de se comparar as diversas alternativas.

HISTORIA DAS PONTES ESTAIDASA idia de suportar um vo atravs de cabos presos a uma torre antiga. Os egpcios j utilizavam essa idia ao projetar suas embarcaes. Alm disso, indcios arqueolgicos indicam que os ndios americanos construam passarelas pnseis de madeira. (WITTFOHT, 1984 apud TORNERI, 2002). Um carpinteiro alemo, Immanuel Lscher projetou uma ponte estaiada de madeira em 1784. Em 1817, dois engenheiros britnicos, Redpath e Brown, construram a passarela Kings Meadow, com um vo de 34 m utilizando estais de ferro. Em 1821, o arquiteto francs Poyet sugeriu que as vigas fossem suportadas por barras de ao presas a uma torre, representando o chamado arranjo em leque. Em 1840, foi proposto por Hatley, um arranjo para os cabos em que eles eram dispostos paralelamente, conhecido como arranjo em harpa. Apesar de serem sistemas antigos e apresentarem desempenho satisfatrio, alguns acidentes marcantes foram responsveis pela pouca utilizao durante um sculo (LEONHARDT, 1974 apud TORNERI, 2002). Em 1818, uma ponte construda em Dryburgh Abbey, na Inglaterra, sustentada por correntes inclinadas, entrou em colapso apenas seis meses depois do trmino de sua construo. O colapso teria sido causado pela sua instabilidade aerodinmica. Outro famoso acidente causado pelo mesmo motivo foi o ocorrido com a ponte pnsil Tacoma Narrow em 1940, nos Estados Unidos. Outro acidente que demonstra a falta de conhecimento tcnico para o projeto destas pontes ocorreu em 1825, em que uma ponte de 78 metros de vo construda sobre o rio Saale, na Alemanha, entrou em colapso quando submetido carga de multido (WALTHER et al, 1985). Em Nova York, foi construda em 1883, por J. Roeblig, uma das mais marcantes pontes suportadas por cabos, a ponte Brooklyn, com um vo central de 486,50 m e um comprimento total de 1059,90 m. Sendo que os estais ocupam um papel importantssimo ao suportarem quase toda a carga permanente. Alm disso, essa ponte foi concebida em uma poca onde os modernos procedimentos de calculo estrutural inexistiam, sendo projetada utilizando-se basicamente a intuio e o conhecimento de que os cabos inclinados aumentavam significativamente a rigidez das pontes suspensas. At meados do sculo XX as pontes estaiadas foram pouco utilizadas.Um carpinteiro alemo, Immanuel Lscher projetou uma ponte estaiada de madeira em 1784. Em 1817, dois engenheiros britnicos, Redpath e Brown, construram a passarela Kings Meadow, com um vo de 34 m utilizando estais de ferro. Em 1821, o arquiteto francs Poyet sugeriu que as vigas fossem suportadas por barras de ao presas a uma torre, representando o chamado arranjo em leque. Em 1840, foi proposto por Hatley, um arranjo para os cabos em que eles eram dispostos paralelamente, conhecido como arranjo em harpa. Apesar de serem sistemas antigos e apresentarem desempenho satisfatrio, alguns acidentes marcantes foram responsveis pela pouca utilizao durante um sculo (LEONHARDT, 1974 apud TORNERI, 2002). Em 1818, uma ponte construda em Dryburgh Abbey, na Inglaterra, sustentada por correntes inclinadas, entrou em colapso apenas seis meses depois do trmino de sua construo. O colapso teria sido causado pela sua instabilidade aerodinmica. Outro famoso acidente causado pelo mesmo motivo foi o ocorrido com a ponte pnsil Tacoma Narrow em 1940, nos Estados Unidos. Outro acidente que demonstra a falta de conhecimento tcnico para o projeto destas pontes ocorreu em 1825, em que uma ponte de 78 metros de vo construda sobre o rio Saale, na Alemanha, entrou em colapso quando submetido carga de multido (WALTHER et al, 1985). Em Nova York, foi construda em 1883, por J. Roeblig, uma das mais marcantes pontes suportadas por cabos, a ponte Brooklyn, com um vo central de 486,50 m e um comprimento total de 1059,90 m. Sendo que os estais ocupam um papel importantssimo ao suportarem quase toda a carga permanente. Alm disso, essa ponte foi concebida em uma poca onde os modernos procedimentos de calculo estrutural inexistiam, sendo projetada utilizando-se basicamente a intuio e o conhecimento de que os cabos inclinados aumentavam significativamente a rigidez das pontes suspensas. At meados do sculo XX as pontes estaiadas foram pouco utilizadas.

1.1.1. Evoluo dos sistemas adotados para pontes estaiadas Com o passar dos anos, as pontes estaiadas passaram a ficar mais esbeltas e mais flexveis. Inicialmente as pontes possuam poucos estais e eram muito espaados, que suportavam tabuleiros muito rgidos. Estes tabuleiros eram responsveis por resistir s solicitaes de flexo entre os pontos de ancoragem dos cabos. Exemplo deste tipo de ponte a ponte Knee (Figura 1), na Alemanha.

Figura1 Ponte Knee (vo central de 320 m, 1969)

Fonte: Google Imagens, 2015

Em seguida, as pontes estaiadas passaram a apresentar um grande nmero de estais, sendo eles pouco espaados. Neste caso, o tabuleiro possui um comportamento similar a uma viga apoiada em apoios elsticos, conduzindo a uma baixa rigidez flexo do tabuleiro. Neste mesmo perodo elas tambm se caracterizavam pela suspenso parcial, ou seja, os estais eram interrompidos a uma certa distncia da torre. Como exemplo, tem a ponte Friedrich Ebert (Figura 2.2), na Alemanha. At ento o comportamento mecnico destas obras podiam ser comparados ao de uma trelia, onde o tabuleiro era o elemento comprimido e os estais eram as diagonais tracionadas.

Figura 2 Ponte Friedrich Ebert (vo central de 280 m, 1967).

Fonte: Google Imagens, 2015

Logo em seguida, as pontes estaiadas passaram a apresentar mltiplos estais com suspenso total do tabuleiro, inclusive prximo s torres. Um exemplo deste tipo de ponte a ponte Pasco-Kennewick (Figura 2.3), nos Estados Unidos.

Figura 3 Ponte Pasco-Kennewick (vo central de 300 m, 1978).

Fonte: Google Imagens, 2015

Este ltimo tipo de ponte possua diversas vantagens em relao s anteriores, como por exemplo: Simplificao na transmisso dos esforos, reduzindo as foras concentradas nas ancoragens e diminuio da flexo entre os pontos de suspenso; Possibilidade da substituio dos estais quando danificados ou deteriorados sem a necessidade de interrupo da utilizao da estrutura; Facilidades construtivas, podendo a estrutura ser construda por balanos sucessivos; Reduo do peso prprio devido menor esbeltez da seo; Segundo Walther et al (1985), a utilizao de tabuleiros em concreto protendido econmica para pontes com vos em torno de 500 e 600 m e para vos superiores a 800 m a utilizao de tabuleiros mistos, ou seja, tabuleiros compostos de ao e concreto, mais econmica.

Alternativas de Pontes EstaiadasA escolha do tipo de ponte a ser utilizado depende basicamente do vo central da obra. As pontes estaiadas so mais econmicas para vos inferiores a 1500 m, devido maior eficcia dos estais. Em pontes com vo superior a 1500 m, os esforos normais transmitidos ao tabuleiro pelos estais passam a ser muito elevados, alm disso, surgem muitas dificuldades construtivas. Para estes casos indicada a utilizao de pontes pnseis (TORNERI, 2002). As pontes estaiadas consistem basicamente de tabuleiros suspensos por cabos inclinados, que por sua vez so ancorados a torres, criando-se, deste modo, apoios intermedirios ao longo do vo do tabuleiro. Este sistema subdividido em tabuleiro (vigas de rigidez e a laje), sistema de cabos que suportam o tabuleiro, torres que suportam os cabos, e os blocos de ancoragem ou pilares de ancoragem. Os cabos de ancoragem so elementos que ligam a torre aos blocos ou pilares de ancoragem, eles so utilizados para reduzir os momentos fletores e deslocamentos da torre e do tabuleiro quando os carregamentos do vo central e lateral diferem. Estes cabos esto sujeitos a tenses muito altas e por isso merecem ateno especial.Figura 4 Elementos bsicos de uma ponte estaiada (WALTHER et al, 1985).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

A figura abaixo extrada de Walther et al (1985) ilustra trs concepes estruturais que ajudam a esclarecer como as propriedades de cada elemento alteram o caminhamento das cargas e modifica comportamento estrutural global da estrutura.

Figura 3.2 Alternativas de concepo estrutural (WALTHER et al, 1985).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

No caso da concepo (a), o tabuleiro muito rgido e h poucos estais, fazendo com que grande parte da carga caminhe pelas vigas longitudinais, causando elevados momentos fletores. Isso far com que a torre e os estais sejam submetidos a esforos menores, permitindo, portanto, sees mais esbeltas destes elementos. Na concepo (b) h uma torre muito rgida e um nmero elevado de estais, levando a baixos momentos fletores no tabuleiro, permitindo assim sees mais esbeltas. Na concepo (c), os cabos de ancoragem possuem um papel fundamental, pois equilibram as cargas do vo lateral e do vo central, levando a baixos momentos fletores no tabuleiro e apenas tenses de compresso na torre. Podendo-se adotar tabuleiros e torres com sees mais esbeltas. Recomenda-se a utilizao de distribuies simtricas dos cabos para garantia do equilbrio do peso prprio entre os vos lateral e central, evitando-se flexes exageradas no tabuleiro e na torre. Usualmente adota-se, para o vo lateral, um comprimento inferior metade do vo central.1.1.2. Sistema de cabosA configurao do sistema de cabos um dos itens fundamentais no projeto deste tipo de ponte, uma vez que responsvel pelo comportamento estrutural global. Portanto, especial ateno deve ser dada ao estudo destes elementos, pois alm de elevada importncia, possui um custo marginal se comparado ao custo global da obra, sendo da ordem de 10 a 20% do custo global da obra para estruturas de pequenos e mdios vos, mas para pontes de grandes vos as condies so totalmente diferentes (VARGAS, 2007). As principais configuraes longitudinais de cabos so ilustradas na Figura 3.3 a seguir. O sistema em harpa, no qual os estais so dispostos paralelos uns aos outros e fixados a diferentes alturas da torre, em geral, no , do ponto de vista estrutural e econmico, a melhor soluo, mas muitas vezes a adotada por fatores estticos. J o sistema em leque, onde os cabos so presos ao topo da torre, possui diversas vantagens, alm de tambm ser aceito esteticamente por diversos projetistas. Neste sistema o peso final de cabos menor se comparado ao sistema em harpa com uma altura de torre igual. Isto acontece porque os estais possuem uma inclinao maior, possuindo assim uma componente vertical da fora maior, necessitando, portanto, de sees de estais menores para suportar uma mesma carga permanente. Alm disso, essa configurao induz foras de compresso normal menores no tabuleiro, devido inclinao maior em relao ao tabuleiro. O sistema em leque tambm d mais flexibilidade horizontal estrutura no sentido transversal, incrementando estabilidade frente a aes ssmicas. Segundo Vargas (2007), a maior desvantagem do sistema em leque est no projeto e na construo dos topos das torres, direo na qual onde todos os cabos convergem. Uma convergncia ideal no pode ser atingida na prtica, necessitando estender as ancoragens a uma dimenso adequada.

Figura 3.3 Configuraes longitudinais de cabos (WALTHER et al, 1985).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

Deste modo, o sistema em harpa menos indicado para grandes vos, uma vez que ele induziria altas tenses de compresso no tabuleiro, levando necessidade de sees mais enrijecidas. Vale ressaltar tambm, que neste sistema, a linha elstica caracterizada por flechas maiores a um quarto do vo do que no meio, como se pode ver na Figura 3.4. Isto acontece porque a seo central est presa ao topo da torre, que por sua vez est preso aos blocos de ancoragem. J os demais estais esto presos ao vo lateral, que mais flexvel.Figura 3.4 Deformao de um sistema em harpa com carga disposta apenas no vo central (GIMSING, 1983).

Em projetos mais recentes, encontra-se tambm uma combinao dos dois, onde os pontos de ancoragem esto suficientemente separados para poderem ser ancorados um a um. o caso do sistema em semi-harpa ilustrado por Walther et al (1985) na Figura 3.3 (c). importante ressaltar que a configurao longitudinal dos cabos depende tambm de fatores topogrficos e do comprimento do vo. Para Vargas (2007), do ponto de vista de economia dos estais, a disposio tima seria a que fizesse um ngulo de 45 graus com a horizontal. No entanto, existe ainda uma tendncia de reduo do ngulo de inclinao dos cabos de ancoragem visando a reduo da componente vertical da fora proveniente dos estais. Na maioria dos casos, o vo lateral deve ser dimensionado com comprimento inferior a metade do vo central (WALTHER et al, 1985). Para pontes com vos muito grandes, ocorrem normalmente curvaturas elevadas dos cabos, podendo-se, nesse caso, dispor cabos secundrios que interceptam os principais em um ngulo de 90 graus. As alternativas mais usuais para configurao transversal dos cabos so ilustradas na figura a seguir.

Figura 3.5 Configuraes transversais dos cabos (WALTHER et al, 1985).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

Dentre os sistemas mais usuais, podemos citar: Sistema com suspenso central: do ponto de vista esttico muito valorizado, mas do ponto de vista esttico no a melhor soluo, pois cargas assimtricas no tabuleiro causam toro no tabuleiro exigindo, portanto, uma seo mais rgida. Entretanto, este sistema no deve ser descartado totalmente, pois possui a vantagem de diminuir o nmero de estais e proporciona estrutura uma boa distribuio dos esforos nos estais graas maior rigidez do tabuleiro. Outra desvantagem deste sistema que, para pontes com vos muito grandes, necessita-se de bases de torres muito largas e, ao colocar a torre no centro da pista, acabamos impondo uma seo mais larga do tabuleiro. Sistema com suspenso lateral: o sistema mais adotado para pontes estaiadas, principalmente para pontes com tabuleiros muito largos. Neste sistema os momentos torores podem ser totalmente equilibrados na seo transversal do tabuleiro, permitindo sees mais esbeltas. Neste caso, os momentos fletores transversais so mximos no meio da seo e os cortantes mximos ocorrem nas ancoragens dos estais, conforme se ilustra na Figura 3.6, devendo-se dar uma ateno especial do detalhamento das armaduras destas regies. Em tabuleiros muito largos, os momentos fletores transversais podem ser maiores que os longitudinais. Neste caso, torna-se necessrio a utilizao de trs planos de cabos (WALTHER et al, 1985). Dentre as pontes com suspenso lateral, temos ainda as com suspenso vertical, onde sua ancoragem com o tabuleiro no provoca nenhum problema com o gabarito sobre o tabuleiro e torna a construo das torres verticais simples e econmicas. J o sistema com suspenso lateral de cabos inclinados transversalmente, geralmente com torres em forma de A, possui a vantagem de diminuir consideravelmente as possveis rotaes no tabuleiro e na torre, no entanto, cria certos problemas de gabarito na direo transversal, necessitando de alargamento da seo transversal ou o uso de ancoragens em dentes salientes na lateral do tabuleiro. Temos tambm, como inconveniente, a construo de torres em forma de A, que geralmente mais complicada que as torres verticais (VARGAS, 2007).

Figura 3.6 Suspenso lateral: distribuio dos esforos transversais (WALTHER et al, 1985).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

Tem-se observado que as estruturas estaiadas modernas, onde h um nmero elevado de cabos com espaamentos curtos, apresentam numerosas vantagens. Dentre elas podem-se citar: O elevado nmero de estais leva a baixas flexes do tabuleiro, tanto durante a construo como durante a operao, necessitando de mtodos construtivos simples e econmicos, como por exemplo, balanos sucessivos; Os cabos individuais acabam sendo menores que os de uma com estais espaados, simplificando as instalaes de ancoragens; A substituio dos estais torna-se simples e rpida, sendo ela essencial apesar de serem realizadas protees, principalmente contra corroso. O ngulo de inclinao dito timo dos estais normalmente tido como 45, tendo como limite inferior 25 para os cabos mais longos e como limite superior 65 para os cabos mais curtos. Com relao aos espaamentos dos estais, o espaamento mximo depende, alm do vo intermedirio da ponte, da largura e da forma do tabuleiro e da Tem-se observado que as estruturas estaiadas modernas, onde h um nmero elevado de cabos com espaamentos curtos, apresentam numerosas vantagens. Dentre elas podem-se citar: O elevado nmero de estais leva a baixas flexes do tabuleiro, tanto durante a construo como durante a operao, necessitando de mtodos construtivos simples e econmicos, como por exemplo, balanos sucessivos; Os cabos individuais acabam sendo menores que os de uma com estais espaados, simplificando as instalaes de ancoragens; A substituio dos estais torna-se simples e rpida, sendo ela essencial apesar de serem realizadas protees, principalmente contra corroso.

O ngulo de inclinao dito timo dos estais normalmente tido como 45, tendo como limite inferior 25 para os cabos mais longos e como limite superior 65 para os cabos mais curtos. Com relao aos espaamentos dos estais, o espaamento mximo depende, alm do vo intermedirio da ponte, da largura e da forma do tabuleiro e da metodologia construtiva. Quando o tabuleiro de ao ou misto geralmente pode ser construdo por balanos sucessivos, no existindo, portanto, vantagens apreciveis em localiz-los prximos uns aos outros, adotando-se como regra geral, um espaamento entre 15 m e 25 m. J para um tabuleiro de concreto, concepes com estais espaados entre 5 m e 10 m vantajoso e podem ser essenciais em estruturas com grandes vos (VARGAS, 2007).

1.1.3. Tabuleiro O tabuleiro possui grande importncia no que diz respeito s cargas verticais. Ele responsvel pela distribuio das foras verticais entre os pontos de ancoragem do estais, que podem ser considerados como apoios elsticos intermedirios. Alm disso, influencia no comportamento global da estrutura, pois tambm responsvel pela boa distribuio dos esforos para os apoios principais, que so os pilares (GIMSING, 1983 apud TORNERI, 2002). A classificao do tabuleiro das pontes estaiadas pode ser realizada de vrias maneiras, uma delas diz respeito ao material, sendo mais comuns os tabuleiro metlicos, de concreto ou mistos. A escolha do material do tabuleiro um dos critrios dominantes quando se trata do custo global da obra, pois ele influencia no dimensionamento dos outros elementos. Segundo Vargas (2007), as seguintes quantidades podem ser utilizadas como indicadores: tabuleiro de ao de 2,5 a 3,5 kN/m, tabuleiro misto de 6,5 a 8,5 kN/m e tabuleiro de concreto de 10 a 15 kN/m.

1.1.3.1. Tabuleiros metlicos Como em qualquer outro tipo de estrutura metlica, um tabuleiro deste tipo trs consigo um maior controle dos processos executivos e da qualidade dos materiais, reduzindo desta maneira os riscos de eventuais erros construtivos. Alm disso, por ser um material mais leve e resistente, permite a utilizao de tabuleiros mais esbeltos e leves, proporcionando reduo da seo transversal de todos os outros elementos da estrutura. Uma grande desvantagem da utilizao deste material em pontes a necessidade de mo-de-obra qualificada, graas utilizao de segmentos pr-moldados na maioria dos casos.

1.1.3.2. Tabuleiros de concreto A utilizao de tabuleiros em concreto armado ou protendido em pontes estaiadas tem maior aceitao entre os projetistas e construtores. Pois apresenta processos construtivos mais simples. Alm disso, o concreto pode ser executado todo in loco. Outro aspecto levado em considerao a durabilidade deste material que, ao contrrio do ao, menos susceptvel ao ataque de agentes externos, tornando-se a necessidade de vistorias do tabuleiro menos freqentes. A utilizao do tabuleiro de concreto mais barata que a utilizao do tabuleiro de ao, no entanto, seu peso elevado aumenta as sees transversais dos estais e da torre. Segundo Vargas (2007), possvel limitar o peso prprio de um tabuleiro de ao a um valor que quase um quinto do peso do tabuleiro de concreto. Assim, a comparao entre estas alternativas deve ser realizada considerando todo o sistema da ponte, e no s o tabuleiro separadamente. Os tabuleiros de concreto podem ser moldados in loco ou pr-moldados. No caso de pr-moldados, pode-se construir o tabuleiro por meio de balanos sucessivos com auxlio de cabos permanentes.

1.1.3.3. Tabuleiros Mistos Segundo Walther et al (1985), as pontes com sees mistas no so uma boa concepo estrutural, pois as vigas longitudinais em ao esto submetidas a elevadas tenses de compresso, que so acentuadas pela fluncia e retrao da laje do tabuleiro, podendo causar problemas de instabilidade local. Ele recomenda, portanto, a utilizao do concreto em elementos que so predominantemente comprimidos, como lajes e vigas longitudinais, e o ao em elementos submetidos trao e flexo, como vigas transversais e contraventamentos.

1.1.3.4. Sees transversais Os tipos mais usuais de seo transversal so as ilustradas na figura a seguir:

Figura 3.7 Quatro configuraes bsicas para a seo transversal (GIMSING, 1983).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

Para sees abertas, como o caso das sees (a) e (c), torna-se necessrio um sistema de cabos que oferea uma maior rigidez toro. No caso de sees fechadas, como o caso das sees (b) e (d), o prprio tabuleiro capaz de resistir toro imposta. Para pontes com suspenso lateral mltipla, podem-se conseguir sees de tabuleiro muito esbeltas, pois os esforos de flexo longitudinal so relativamente baixos e, graas suspenso lateral, o tabuleiro no requer uma rigidez toro elevada. Neste tipo de soluo, o dimensionamento da seo condicionado pelos momentos transversal e pelos esforos cortantes atuantes nas ancoragens, sendo que estes dois crescem com o aumento da largura do tabuleiro. Para sees muito largas, seria mais conveniente a utilizao de trs planos de cabos, ao invs de se aumentar a rigidez do tabuleiro.

TorreA configurao da torre tem ligao direta com o tipo de tabuleiro. Uma ponte com uma torre esbelta, e conseqentemente tendo pouca resistncia s solicitaes de momentos fletores longitudinais, necessita de um tabuleiro mais rgido. J para uma torre mais rgida, podem-se adotar tabuleiros mais esbeltos, desde que sejam dispostos um nmero suficiente de estais, de modo que este no fique submetido a grandes esforos de flexo. Este ltimo o caso das pontes mais recentes aliado a uma configurao simtrica dos cabos para manter o peso prprio equilibrado. O comportamento da torre regido pela sua interao com os demais elementos da ponte. O sistema de cabos utilizado influi diretamente na rigidez longitudinal exigida para a torre. Para sistema de cabos em harpa, normalmente utiliza-se torres com rigidez flexo mais elevadas para poder resistir a cargas assimtricas no tabuleiro. J no sistema em leque, os momentos fletores longitudinais so transferidos aos cabos de ancoragem, assim, a rigidez longitudinal das torres tem pouca influncia no comportamento estrutural do conjunto (TORNERI, 2002). A altura da torre est diretamente ligada configurao adotada para os cabos, pois ela quem definir a inclinao dos estais e, portanto, sua eficincia. Diversas so as recomendaes para a proporo entre a altura da torre e o vo central. Normalmente adota-se uma altura de torre de 20% a 25% do vo central. No estudo paramtrico de Walther et al (1985) adotou-se uma altura de torre de 23,5% do vo central. A altura da torre tambm definir a inclinao dos cabos. Aconselha-se que o ngulo de inclinao entre o cabo mais longo e a horizontal no seja inferior a 25, caso contrrio, as deflexes no tabuleiro se tornaro muito altas. O caminhamento dos esforos deve ser o mais simples possvel, logo, a estrutura deve ser projetada de modo que apenas solicitaes normais sejam aplicadas s torres. Existem dois tipos principais de torres, sendo elas ilustradas na Figura 3.8 e na Figura 3.9 a seguir:

Figura 3.9 Configuraes usuais para torres com dois mastros (WALTHER et al, 1985).

Fonte: TORNERI, P. Comportamento estrutural de pontes estaiadas. 2002

A Figura 3.8 ilustra torres de mastro nico, podendo ela ter um ou dois planos de cabos. J na Figura 3.9, ilustram-se torres com dois mastros. Neste caso podem-se utilizar planos de cabos inclinados. A fim de se eliminar problemas com a flexo transversal da torre comum usar-se vigas de travamento (Figura 3.9-c).A seo transversal da torre depende basicamente da solicitao normal a que ela estar sujeita, uma vez que esta predomina sobre as demais. usual a utilizao de sees caixo com elevadas espessuras das paredes. Com relao s condies de apoio da torre, podemos citar trs tipos bsicos. Um deles a torre fixa base, onde so gerados elevados momentos de flexo, porm, esta soluo leva a um aumento da rigidez da estrutura global. Um outro tipo seria a torre fixa superestrutura, utilizado normalmente em pontes com um nico plano de estais e um tabuleiro com seo caixo, as torres so geralmente fixas ao caixo. E a terceira condio de apoio seria a torre articulada na base na direo longitudinal, reduzindo os momentos de flexo na torre, utilizado normalmente em estruturas com ms condies de solo de fundao. Independente do nmero de vos, as pontes estaiadas comportam-se normalmente como pontes totalmente suspensas no sentido longitudinal. Portanto, as torres devem possuir estabilidade suficiente para resistir aos esforos de freadas de veculos, foras do vento, atrito diferencial e aes ssmicas, garantindo ao mesmo tempo a estabilidade global. Portanto, pontes estaiadas so sistemas que oferecem inmeras possibilidades de concepes estruturais e aplicaes inovadoras, sendo papel do projetista combinar estas possibilidades com intuito de otimizar o comportamento global da mesma.

ESTAISOs estais so elementos encarregados de transferir os esforos advindos do tabuleiro para as torres. Ele composto basicamente pelo sistema principal de tensionamento, pelos sistemas de ancoragem e pelos itens necessrios sua proteo.

1.1.4. Elementos de tensionamento1.1.4.1. BarrasSo componentes produzidos com o intuito de serem pr-tracionados. O estai pode ser composto por uma nica barra ou por um conjunto delas paralelas entre si. As barras empregadas em obras estaiadas devem estar em conformidade com as especificaes presentes na ASTM A722. Alm disso, elas devem atender a todos os critrios e exigncias impostas atravs da realizao de ensaios estticos e dinmicos (PTI, 2001 apud NOGUEIRA NETO, 2003). Para cada lote de 20 toneladas de ao, necessria a realizao de ensaios estticos, devendo-se obedecer aos seguintes requisitos:

Mnima resistncia ltima trao: fs = 1035 MPaMnima tenso de escoamento: fy = 0,85fs Mdulo de elasticidade: E = (2000005%) MPa

Caso contrrio, todo o lote deve ser rejeitado. Para a realizao do ensaio dinmico, deve-se coletar uma amostra de 5 metros para cada 20 toneladas de ao, sendo o comprimento mnimo de 20 dimetros, mas no inferior a 61 cm. O corpo de prova ento exposto a uma tenso superior a 45% de fs com uma variao de tenso dada em funo do nmero de ciclos a que a amostra submetida.Encerrado o ensaio de fadiga, a amostra submetida a um ensaio esttico, onde a tenso de ruptura no deve ser inferior a 95% de fs.Caso o corpo de prova seja rejeitado em um dos testes, uma nova amostra coletada, se obtiver novamente um resultado negativo, todo o lote de onde se obteve a amostra deve ser rejeitado.Normalmente as barras so utilizadas em passarelas, onde o a variao de tenses baixa, pois h uma dificuldade de se garantir que a barra apresente dobras durante sua montagem, que levaria a um comprometimento de seu comportamento.

1.1.4.2. Fios o componente bsico para a confeco de cordoalhas e cabos. Os fios empregados em obras estaiadas devem estar em conformidade com as especificaes presentes na ASTM A421. Segundo Nogueira Neto, 2003, a principio, os fios de relaxao baixa so mais indicados para compor os estais. Segundo o Post-Tensioning Institute, 2001, os fios que compem os estais tambm devem passar por ensaios estticos e dinmicos. Para cada lote de 25 toneladas de ao, necessria a realizao de ensaios estticos, devendo-se obedecer aos seguintes requisitos:

Mnima resistncia ltima trao: fs = 1655 MPaMnima tenso de escoamento: fs = 0,90 Mpa (Relaxao Baixa)Mnima tenso de escoamento: fs = 0,85 Mpa (Relaxao Normal)Mdulo de elasticidade: E = (2000005%) MPa

Caso contrrio, todo o lote deve ser rejeitado.Para a realizao do ensaio dinmico de fadiga, deve-se coletar uma amostra de 5 metros para cada 10 toneladas de ao, sendo o comprimento mnimo de 30 cm. O corpo de prova ento exposto a uma tenso superior a 45% de fs com uma variao de tenso dada em funo do nmero de ciclos a que a amostra submetida. Encerrado o ensaio de fadiga, a amostra submetida a um ensaio esttico, onde a tenso de ruptura no deve ser inferior a 95% de fs.Caso o corpo de prova seja rejeitado em um dos testes, dois novos ensaios devem ser realizados com a mesma amostra, se obtiver novamente um resultado negativo, todo o lote de onde se obteve a amostra deve ser rejeitado.

1.1.4.3. CordoalhasAs cordoalhas caracterizam-se basicamente por serem formadas de uma montagem de fios que circundam helicoidalmente um fio central em uma ou mais camadas. A ASTM A416 descreve as caractersticas de fabricao das cordoalhas empregadas em obras estaiadas.Segundo o Post-Tensioning Institute, 2001, as cordoalhas que compem os estais tambm devem passar por ensaios estticos e dinmicos.Para cada lote de 10 toneladas de ao, necessria a realizao de ensaios estticos, devendo-se obedecer aos seguintes requisitos:

Mnima resistncia ltima trao: fs= 1860 MPaMnima tenso de escoamento: fy 0,90 fsMdulo de elasticidade: E = (1970005%) MPa

Caso contrrio, todo o lote deve ser rejeitado.Para a realizao do ensaio dinmico de fadiga, deve-se coletar uma amostra de 5 metros para cada 10 toneladas de ao, sendo o comprimento mnimo de 100 cm. O corpo de prova ento exposto a uma tenso superior a 45% de fs com uma variao de tenso dada em funo do nmero de ciclos a que a amostra submetida.Encerrado o ensaio de fadiga, a amostra submetida a um ensaio esttico, onde a tenso de ruptura no deve ser inferior a 95% de fs.Caso o corpo de prova seja rejeitado em um dos testes, dois novos ensaios devem ser realizados com a mesma amostra, se obtiver novamente um resultado negativo, todo o lote de onde se obteve a amostra deve ser rejeitado.Atualmente, tem-se utilizado com grande freqncia feixes de cordoalhas paralelas na composio dos estais.4. Cabos Os cabos caracterizam-se basicamente por serem formadas de uma montagem de cordoalhas que circundam helicoidalmente em torno de uma cordoalha central ou um outro cabo. A ASTM A603 descreve as caractersticas de fabricao dos cabos empregadas em obras estaiadas. A principal vantagem das cordoalhas reside no fato de apresentar maior resistncia trao e maior mdulo de elasticidade. Porm, os cabos so mais flexveis, podendo realizar maiores curvaturas no topo das torres. Devidos estas caractersticas, as cordoalhas so mais utilizadas em pontes estaiadas e os cabos mais utilizados em pontes pnseis (NOGUEIRA NETO, 2003).

1. Sistemas de ancoragem A ancoragem o dispositivo responsvel por transferir as cargas dos cabos aos apoios onde esta ancorada, seja o tabuleiro ou a torre. As ancoragens podem ser ativas, onde se realiza a atividade de tensionamento, ou passiva, onde a ancoragem sofrer a atividade de tensionamento. Normalmente as ancoragens ativas esto no tabuleiro e as passivas nas torres devido a facilidade de acesso e trabalho, mas nada probe que a ancoragem da torre tambm seja ativa. As cordoalhas so tensionadas individualmente e sua ancoragem tambm individual atravs de cunhas de ao (dispositivo semelhante s ancoragens convencionais). Aps todas as cordoalhas terem sido ancoradas, um ajuste na tenso pode ser realizada simultaneamente em todas as cordoalhas de um estai atravs de uma anel de ajuste presente na parte externa do dispositivo de ancoragem. Com isso, pode-se alongar ou afrouxar simultaneamente todas as cordoalhas em uma nica operao, aumentando ou aliviando a tenso no estai. O sistema de ancoragem deve ser submetido a um ensaio visando verificar a resistncia corroso.

2. Tubo Guia O tubo guia o tubo metlico existente a partir da placa de ancoragem, com a funo de proteger o trecho inicial das cordoalhas, alm de definir o ngulo de partida do estai. O tubo guia deve estar em conformidade com as exigncias da ASTM A53, sendo todos os ensaios descritos pela ASTM A673. A espessura de sua parede deve ser suficiente para resistir aos esforos provocados pelo manuseio e transporte, alm da presso interna provocada eventualmente pelo seu preenchimento com grout. No entanto, esta espessura no deve ser inferior a 10mm (PTI, 2001 apud NOGUEIRA NETO, 2003).

2. Amortecedor Este dispositivo tem a principal funo de amenizar o efeito da fadiga, reduzindo a amplitude de oscilao das tenses atuantes nas cordoalhas devido ao das cargas acidentais. Este sistema posicionado no interior do tubo guia na extremidade oposta a placa de ancoragem. O amortecedor composto de vrios anis de elastmeros entre chapas metlicas.

2. Desviador Tem a principal finalidade de garantir o paralelismo entre as cordoalhas no interior do tubo guia. um cilindro plstico posicionado junto ao amortecedor. Este recebe furos de acordo com o nmero de cordoalhas que compem o estai fazendo com que cada orifcio do desviador tenha uma respectiva cordoalha na placa de ancoragem. Garantindo assim, que toda cordoalha que atravessa o desviador tenha sua ortogonalidade com a placa de ancoragem.

1. Proteo A proteo dos elementos de tensionamento de fundamental importncia, pois imperfeies na superfcie do ao provocam o aparecimento de pontos de concentrao de tenso, que podem levar ao aparecimento de uma tenso superior admissvel.

3. Galvanizao Proteo realizada atravs da imerso a quente do fio, proporcionando camadas de cobertura de zinco. Este tipo de proteo possui a vantagem de no ser danificada facilmente com o manuseio e de possuir o preo relativamente baixo se comparado aos outros tipos de proteo (PODOLNY; SCALZI, 1976). A ASTM A586 E A603 classificam esta proteo em razo da espessura da camada de revestimento, sendo classificada em A, B ou C.Segundo Podolny e Scalzi, 1976, o processo de galvanizao altera as propriedades mecnicas do ao, pois a tenso de ruptura pode apresentar uma reduo em torno de 5%. No entanto, os valores de tenso ltima de resistncia citados pela Post-Tensioning Institute, 2001 j consideram a influncia da proteo dos elementos tensionados.

3. Cera A aplicao da cera deve ser realizada completamente entre todos os fios que compem a mesma cordoalha. Este material, alm de proteger o fio, deve ser quimicamente estvel e no reativo com o ao (NOGUEIRA NETO, 2003).

3. Bainha de HDPE (High Density Polyetilene) Assegura total impermeabilidade gua. Este material no deve reagir com o grout e nem com a cera que envolve os fios, alm de possuir suas caractersticas inalteradas quando exposto a elevadas temperaturas.

3. Tubo de HDPE (High Density Polyetilene) Alm de possuir as caractersticas j descritas para a bainha de HDPE, deve ser resistente a ao dos raios ultravioletas. Segundo Nogueira Neto, 2003, uma placa de HDPE com espessura de 1,0mm proporciona a mesma proteo contra os raios ultravioletas verificada em um muro de concreto de 1,8 m de espessura. As especificaes da HDPE so encontradas na ASTM D3035 e ASTM F714. Segundo a Post-Tensioning Institute, 2001, a espessura do tubo de HDPE no deve ser inferior a 1/18 de seu dimetro externo.Um aspecto positivo deste tipo de proteo que ele tambm proporciona um menor coeficiente de arrasto quando comparado ao coeficiente de arrasto equivalente ao conjunto de cordoalhas.

3. Tubo anti-vandalismo Consiste de um revestimento de ao de 6 mm de espessura na base do estai, junto ao tabuleiro, com o intuito de proteger mecanicamente o estai contra danos acidentais ou intencionais.

Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira (Complexo Real Parque)

Ficha Tcnica:Contratante: EMURB Empresa Municipal de Urbanizao SP

Projeto Estrutural:Enescil Engenharia e Projetos LtdaANTW Engenharia de Projetos LtdaAntranig Muradian LtdaEng. Cato F. Ribeiro ; Heitor Afonso Nogueira Neto ; Antranig MuradianProjeto Virio:Geomtrica Engenharia de Projetos LtdaEng. Leonardo Pedro Lorenzo

Construtora:Contrutora OAS LtdaEng. Csar de Arajo Mata Pires Filho ; Eldio Alves ; Francisco GermanoEstudo em tnel de vento:Prof. Joaquim Blessmann - LAC / UFRGSEng. Acir Mercio Loredo-Souza

Arquitetura:Valente, Valente ArquitetosArq. Joo Valente Filho

Caractersticas Comprimentos por seo:Alas de acesso -Margem esquerda: 639 metrosAlas Jos Bonifcio de Oliveira -Margem direita: 1.668 metrosPonte Estaiada:580 metrosComprimento total:2.887 metros

Volume de concreto por frente de servioAlas de acesso -Margem esquerda: 12.200 mAlas Jos Bonifcio de Oliveira -Margem direita: 32 mil metrosPonte Estaiada:6.100 mMastro:8.500 mVolume total:58.800 m

Peso de ao por frente de servioAlas de acesso - Margem esquerda:1.200,00 toneladasAlas Jos Bonifcio de Oliveira -Margem direita: 3.300 toneladasPonte Estaiada:650 toneladasMastro:1.000 toneladasPeso total:6.150 toneladas

Principais caractersticasAltura do mastro:138 metrosFundao do mastro:112 (28 x 4) estaes, com dimetro de 1,30 metro e comprimento mdio de 25 metros + 40 (10 x 4) estacas raiz com dimetro de 410 milmetros e comprimento mdio 25 metrosQuantidade de cabos (estais):18 x 2x 4 = 144Peso dos cabos de estaiamento:492 toneladasPrincipais comprimentos dos estais:entre 79 e 195 metrosQuantidade de cabos por estai:entre 10 e 25 unidadesBainhas PEAD -(Polietileno de alta densidade) proteo contra corroso e radiao solar serve com guia para as cordoalhas.Tubo anti-vandalismo -3 metrosMacaco tipo monocordoalha -Tenciona cada cabo, para protenso. A quantidade de cabos varia conforme a distancia para o mastro, e fora de cada conjunto varia entre 40 e 60 tf.Ao de protenso:785 toneladas ou 378 mil metrosQuantidade total de aduelas:80 unidades (40 em cada ponte)Comprimento aproximado das aduelas:7 metrosQuantidades mdia e mxima de funcionrios:450 e 650 funcionrios respectivamente.Iluminao pblica e monumental:142 LED's + 20 projetores de 1000 W + 206 postes com 6,00 m de altura e lmpadas de 140

1.3.5. So grandiosas e imponentesQualidades seguidamente aplicadas, no somente Ponte Octavio Frias de Oliveira, por razes bvias, como tambm quela que a maior cidade das Amricas em populao 11,2 milhes, responsvel por 15% do PIB brasileiro apesar de contar com apenas com 6% da populao, e com uma renda per capita 70% superior do resto do Pas. Nmeros imponentes. Como a ponte.

1.3.6. Pelas mos do homemEsse um orgulho da cidade de So Paulo. Sem belezas naturais tpicas, apesar do grande nmero de parques verdes (54 no total), a cidade de So Paulo chegou ao posto de principal centro econmico e de eventos da Amrica Latina por conta do rduo trabalho de seus moradores, paulistanos ou no, brasileiros ou estrangeiros, que aqui nasceram ou vieram para desenvolver a cidade e criar uma histria de amor com a maior metrpole brasileira.

1.3.7. Muito concretoForam usados na sua construo quase 60 mil metros cbicos de concreto. Mas o material no lembrado com tanta intensidade s quando se fala da ponte, mas em vrias referncias a So Paulo. Para entender o porqu, basta olhar a quantidade de prdios, de todas as pocas, que formam a skyline da capital paulista. Seja para quem olha da janela de um avio, do alto de um prdio, ou apenas de um carro entrando na cidade por muitas de suas estradas ou circulando por uma das avenidas marginais.1.3.8. VanguardistaCom sua arquitetura arrojada, a Ponte Estaiada mais uma referncia do maior centro vanguardista brasileiro, a cidade de So Paulo, que dita tendncias para toda a Amrica Latina, recebe aquele que o maior evento de moda da regio, o SP Fashion Week, e foi palco de movimentos que revolucionaram os costumes, a cultura e as artes brasileiras. Entre eles a Semana de Arte Moderna, os festivais da cano que lanaram os grandes dolos da MPB, a Jovem Guarda, a Tropiclia e muitos outros.1.3.9. Como funcionam os estais que sustentam as pontes?A sustentao das pontes feita por estais, que so feixes de cabos que variam de 15 a 25 cordoalhas de ao, revestidas por uma bainha de polietileno amarelo, cuja finalidade proteger os estais da chuva, do vento e dos raios do sol. So 492 toneladas de ao, que se fossem colocadas lado a lado daria para percorrer 378 mil metros, equiparvel distncia entre a cidade de So Paulo e a de Ourinhos (370 km). O maior estai tem 195 metros e o menor 78 metros. A distncia entre os estais de 7 metros do lado do rio, e de 6,5 metros do lado do sistema virio. Conforme o arquiteto Joo Valente, projetista da ponte estaiada, a cor amarela dos estais foi escolhida por razes estticas. A idia foi montar uma espcie de rede de luz no meio do cu.

1.3.10. Onde Fica?Na Marginal Pinheiros, entre as pontes do Morumbi (Caio Pompeu de Toledo) e Engenheiro Ari Torres, em uma regio que se tornou o mais novo plo econmico da capital. Situada na zona sul, est nas proximidades das avenidas Luiz Carlos Berrini e Naes Unidas.1.3.11. Como so as pontes?O comprimento das pontes de 2.887 metros. Os vos estaiados possuem 290 metros, com 16 metros de largura, sendo 10,5 metros para as trs faixas de rolamento.A ponte mais alta, sentido avenida Jornalista Roberto Marinho para a Marginal Pinheiros, tem um vo de 23,4 metros de altura, e a mais baixa, sentido Marginal Pinheiros para avenida Jornalista Roberto Marinho, tem 12 metrosO asfalto utilizado nas pontes da categoria SMA (Stone Mastic Asphalt), mesmo tipo usado no Autdromo Jos Carlos Pace (Interlagos). Essa pavimentao apresenta alta resistncia a impactos e a cargas em movimento. Tambm permite maior drenagem e evita deformaes do asfalto.Nos 290 metros estaiados de cada lado foram colocadas placas de alumnio chamadas de narizes de vento, utilizadas para dissipar o vento nas pistas. Tanto as pontes quanto o mastro so pintados com um verniz antipichao que permite at quatro lavagens consecutivas.As pontes possuem um sistema de drenagem de guas pluviais que faz com que a gua passe por caixas de passagem antes de ser lanada ao solo, o que evita a sujeira nas pistas.A ponte estaiada virou ponto de referncia na cidade antes mesmo de ficar pronta. Durante a construo, diversas equipes de revistas, televises e agncias de publicidade de todo o pas usaram a obra como pano de fundo para fotos de catlogos de moda, e gravaes de propagandas comerciais. Alunos de engenharia e arquitetura deuniversidadespaulistanas tambm visitaram a ponte.

1.3.12. O Que h de to especial?Segundo os especialistas, a Ponte Octavio Frias de Oliveira a primeira do mundo que une duas pistas curvadas conectadas mesma torre. a nica ainda com o mastro principal em formato de X. Isso porque quando a pista (ou tabuleiro) faz curva necessrio um clculo especfico e diferente para cada um dos cabos ou estais.As outras grandes pontes que seguem o mesmo conceito arquitetnico, em geral, so construdas em linha reta ou conjugadas com outros trechos onde os pilares do a sustentao.J existem pontes estaiadas em curva, porm com apenas uma pista.Mais um ineditismo de So Paulo.

Concepo da estrutura

1.3.13. Projeto BsicoDuas pontes independentesO Cruzamento entre as duas pontes ocorre prximo a Av. Jornalista Roberto marinho. Cada tabuleiro estaiado suportado por um mastro.

Figura 3.9 Configuraes usuais para torres com dois mastros (WALTHER et al, 1985).

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1.3.14. Mastro de Estaiamento

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1.3.15. TabuleiroCada torre possui 105m acima do tabuleiro.

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- 2 faixas de 3,50m ; 1 acostamento de 2,00m. - 2 faixas de segurana de 0,60m.- 2 passeios de emergncia de 1,00m.

1.3.16. Interferncias Locais

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1.3.17. Estaiamento- 2 vos simtricos de 143,0m de comprimento. - 2x22 estais em cada vo.- Estais espaados longitudinalmente a cada 6,0m.

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1.3.18. Apoios Externos- Travessa circular. - Ligao monoltica com o tabuleiro.

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1.3.19. Arquitetura AlternativaParticipao de dois novos profissionais: Eng. Guy Fremont (Jean Muller International) Arq. Charles Lavigne (Charles Lavigne Architecte)

1.3.19.1. Projeto Arquitetnico de Charles Lavigne

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Unio Europia

O Arquiteto baseou-se na Unio entre os povos, tirando exemplos de como as pontes significam unio entre as naes, abaixo demonstra vrias moedas que utilizaram imagens de pontes com esse simbolismo.

Hong Kong

Macao

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3. Projeto Executivo- O Cruzamento entre as duas pontes ocorre no mastro (margem do rio Pinheiros). - Ambos os tabuleiros estaiados so suportados por um nico mastro.

Uma nica Obra

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O mastro em X nasceu da necessidade estrutural e no arquitetnica !!!Pont de Terenez Charles Lavigne

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Cada Tabuleiro curvo necessita de um mastro inclinado para ser equilibrado.

Como o cruzamento entre os tabuleiros ocorre junto ao mastro, as torres inclinadas se interceptam, contraventando-se entre si.

Com isso a sobreposio dos tabuleiros nasceu da necessidade geomtrica e no arquitetnica.

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20. Fundao

Interferncias locais Linha de transmisso Canal de aduo Rio Pinheiros - CPTM Marginal Pinheiros (Av. Naes Unidas)

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28 estaces 130cm 10 estacas raiz 41cm]

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20. MastroCom altura de 138,0m, altura elevada quando comparada com outras pontes de mesmo vo, porm necessria para assegurar o gabarito mnimo de 6,0m.

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Mastro: N