Apts de Servico Social

download Apts de Servico Social

of 21

Transcript of Apts de Servico Social

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    1/21

    Universidade Anhanguera UniderpCentro de Educao a Distncia

    Servio Social

    Filosofia Aplicada ao Servio Social

    Alessandra de Matos RA: 395576

    Debora Dias de Souza RA: 382677Josiane da Silva Lima RA: 394801

    Luciane Navegantes Brito RA 398665

    Ronaldo Figueiredo Vieira RA:395581

    Manaus / Am

    2012

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    2/21

    Introduo

    A Filosofia Hoje

    Vamos fazer um brevssimo vo sobre a Filosofia nos dias atuais.Entendemos por filosofia a razo buscando maior compreenso do real. O Mito tambm uma forma de explicao, mas com caractersticas simblicas, fantsticas, religiosas esem a racionalidade prpria da filosofia. Esta, por sua vez, apresenta os enunciados com

    base na coerncia, razoabilidade e lgica de raciocnio. A verdade de uma realidade doponto de vista filosfico atingida pela veracidade da argumentao e razoabilidade dosargumentos. Por isso podemos dizer que a filosofia se ocupa com uma explicaosistemtica do real.

    Entretanto no podemos deixar de dizer que o senso comum tambm umaforma no s das pessoas se relacionarem com o real, como tambm uma forma deconhecimento. Assim sendo, se podemos falar em conhecimento mtico-religioso econhecimento filosfico, podemos falar, tambm, em conhecimento do senso comum.

    1SENSO COMUM

    Vamos partir de uma afirmao aparentemente simples: o cotidiano no se

    explica apenas pelo binmio filosofia-mito ou filosofia-cincia. Mesmo por que nemtodas as pessoas se dedicam a criar mitos ou a anlises filosficas e poucos so os quese dedicam pesquisa cientfica. Como, ento, a maioria das pessoas se relaciona comas realidades? J que no estamos mais em tempos de explicaes mticas, o cotidianodas pessoas preenchido com explicaes do senso comum.Mas o que isso que chamamos de SENSO COMUM?Existem vrias respostas. Rubem Alves diz que prefere no definir. Apresenta,entretanto algumas noes. Comea dizendo que senso comum aquilo que no cincia e isso inclui todas as receitas para o dia-a-dia, bem como os ideais e esperanas

    que constituem a capa do livro de receitas (ALVES, 1982, p. 14. Grifo no original).Primariamente pode-se dizer que senso comum aquela explicao do povo para o

    povo. Ou seja, aquele que se baseia numa subjetividade que se generaliza: o que umapessoa pensa ser a verdade, atravs do dilogo acrtico, passa a ser visto como"verdade" de um grupo de pessoas ou mesmo de uma coletividade. Tambm se podedizer que senso comum a compreenso popular de algum aspecto da realidade.Compreenso essa que se caracteriza por ser contraditria, parcial, preconceituosa,fragmentada, tende a absolutizar um ponto de vista. Essa tendncia absolutizanteempresta ao senso comum uma caracterstica dogmtica (CHAU, 2001). Tambm se

    pode dizer que o senso comum uma primeira impresso sobre uma determinada

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    3/21

    realidade.

    O senso comum no possui uma elaborao lgico-sistemtica. Pode conterverdades, pode ser parcialmente ou completamente verdadeira, mas no se fundamenta

    na comprovao nem na razoabilidade das argumentaes, mas na opinio. So asinformaes e opinies informais que ouvimos ou emitimos nas conversas do dia-a-dia,sem a preocupao lgico-comprobatria. Baseia-se, em geral, num consenso popular enas opinies.Muitas vezes as afirmaes do senso comum so sintetizadas nos ditados populares, que

    podem ou no possuir verdades: "Homem que homem no chora"; "Filho de peixe,peixinho "; "Tal pai, tal filho"; "Lugar de mulher na cozinha".

    O Senso comum tambm pode conter os saberes populares, como nestes casos:

    "ch de folha ou broto de batata doce desinfecciona dente"; "gua com acar ajuda aacalmar, depois de um susto"; "ch de goiaba cura diarria". Em razo disso podemosdizer que assim como a filosofia, o senso comum e a cincia so expresses da mesmanecessidade bsica, a necessidade de compreender o mundo a fim de viver melhor esobreviver. (ALVES, 1982, p. 20)

    Qual o interesse da filosofia, sobre o senso comum? Acontece que a afirmaovem do sendo comum, mas a anlise do seu significado pode ser um trabalho filosfico.Esse o papel da filosofia: buscar a veracidade de cada afirmao, tanto da cincia,como da religio ou, neste caso, do senso comum.

    Portanto, cabe filosofia questionar, por prova as afirmaes do senso comum,buscando entender seu significado, suas origens, sua verdade ou parcialidade. A partirda crtica filosfica ou cientfica pode-se confirmar ou desmistificar afirmaes dosenso comum. Afirmar o que pertinente e desmistificar equvocos, mas isso sendofeito no como quem detm a verdade, mas com a finalidade de ampliar os horizontes,com novos conhecimentos e novas possibilidades.

    Eis um exemplo de tentativa de superao de uma viso de realidade. Trata-se deentender a afirmao de que passar debaixo de uma escada d azar. Em que se baseiaessa afirmao? Pode ter acontecido que ao passar debaixo de uma escada, determinada

    pessoa tenha se acidentado e, ao comentar o fato, estabeleceu-se a ligao: escada-acidente-azar. A entra a filosofia: primeiro questionando a validade dessa ligao.Depois questionando at mesmo o conceito azar. O que azar? Existe azar? Isso que sechama de azar, no se trata apenas de um conjunto de circunstncias? Ocorrendo oinverso do azar, as circunstncias levariam ao que se chama de sorte?

    2)- SENSO COMUM, FILOSOFIA E EDUCAO

    Como ento relacionar o senso comum e a filosofia, sabendo que a filosofia um

    processo de busca de conhecimento e que o senso comum um tipo de conhecimentodo cotidiano? Talvez dizendo que enquanto a filosofia se pauta pela busca o senso

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    4/21

    comum se caracteriza pela posse de um saber cristalizado.Alm disso, todas as pessoas possuem conhecimentos do senso comum. Cabe

    reflexo crtica da filosofia (ou cincia) question-lo. Entretanto, no seu dia-a-diatanto os filsofos profissionais como os cientistas falam e se expressam com "conceitos"do senso comum. O mesmo pode-se dizer com relao a qualquer atividade profissional, escola e ao processo educativo: Todas as prticas pedaggicas tm pelo menos algunsaspectos de Senso Comum. Ningum isento disso. No por negligncia ou pormaldade, mas por que ningum crtico o tempo todo em todos os aspectos da vida. E,

    baseado nisso pode-se afirmar que prtica pedaggica tambm se aplica esta premissae que, conseqentemente, em todas as prticas pedaggicas ou no cotidiano escolar est presente o Senso Comum.

    A mesma afirmao vale para todas as outras atividades profissionais.Funcionrios, de empresas, empresrios, especialistas de qualquer rea, inclusivecientistas podem estar restritos a formas fragmentrias do senso comum quando se

    acham presos a preconceitos, a concepes rgidas, quando sucumbem aomassificante dos meios de comunicao de massa (ARANHA; MARTINS, 1997, p.35).

    Como se comprova isso? Tomemos um exemplo do mbito da educao: Quandoum professor que se assume como conservador e d seus motivos, bem fundamentados,a partir de leituras e de estudos, justificando sua prtica conservadora, ele est sendomais crtico do que o "porra louca" que se diz libertador, ou que assume a pedagogiade Paulo Freire, ou que construtivista ou isto e aquilo..., mas que no temfundamentao terica para suas aventuras pedaggicas. No l, no estuda, no evolui.

    Fala e age por ouvir falar ou por que est na moda essa ou aquela tendncia, mas naverdade desconhece em suas particularidades tericas. Assim sendo o conservador noest dentro do Senso Comum por que fala e age a partir de uma fundamentao terica;mas o "libertador" est se baseando no senso comum, pois lhe falta fundamentao. Falano por que sabe mas por outras motivaes e modismos. Em outras atividades

    profissionais tambm ocorre o mesmo: um mdico que no se atualiza, com cursos,congressos e estudo pessoal, com o transcorrer do tempo passar a agir no mais a partirde uma fundamentao cientfica, mas do senso comum.

    Com isso dizemos que o Senso Comum no se encontra nesta ou naquela correnteou prtica pedaggica, nesta ou naquela postura profissional, neste ou naqueleargumento, mas est na falta de fundamentao terica, na falta de estudo, na falta deleituras. Da mesma forma a superao do senso comum no se d pela passagem de umacorrente ou postura para outra, mas pela qualificao, pela fundamentao, pelo estudo,

    pela dimenso terica e crtica da prtica. A superao do senso comum ocorre peloestudo, da mesma forma que a entrada no senso comum se d pela falta deaprofundamento.

    A superao do senso comum, segundo afirmam as professoras Martins eAranha (1997) se d quando desenvolvemos o bom senso. Esse processo no se d

    somente pela racionalidade cientfica ou filosfica, dizem as autoras. O primeiroestdio do conhecimento precisa ser superado em direo a abordagem crtica e

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    5/21

    coerente, caractersticas estas que no precisam ser necessariamente atributos de formasmais requintadas de conhecer, tais como a cincia ou a filosofia. Em outras palavras, osenso comum precisa ser transformado em bom senso, este entendido como aelaborao coerente do saber e como explicao das intenes conscientes dosindivduos livres (ARANHA; MARTINS, 1997, p. 35, grifo no original).

    Neste aspecto tambm pode ser lembrado o conto O Segredo de Bresa, de MalbaTahan, que mostra um personagem obcecado por um tesouro que, segundo um antigolivro, estaria escondido. E para localiz-lo o leitor do livro precisaria decifrar todos ossegredos do livro. Em sua desesperada busca o homem estudou todas as cincias e setornou um sbio e, merecedor de altos postos de comando e, com isso, conseguiu muitariqueza. Ao final, depois de anos de leitura e de estudo chegou ao fim do livro semdescobrir o mapa do tesouro escondido. Consultou, ento outro sbio para melhororienta-lo e ouviu do guru: o tesouro de Bresa j est em vosso poder, meu senhor.Graas ao livro misterioso que adquiristes um grande saber, e esse saber vos

    proporcionou os invejveis bens que j possuis. Bresa significa saber. Harbatol querdizer trabalho. Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros maiores queos que se ocultam no seio da terra ou sob os abismos do mar (TAHAN, 2006, p. 49)Podemos dizer que todas as pessoas so possuidoras de saberes. E que muitos dessessaberes so originrios do senso comum. Sendo assim inconcebvel que algum emnome de um saber, qualquer que seja ele, se coloque acima de outros pretendendo queesses outros aprendam de sua sabedoria. Como medida de superao contra essa falsasabedoria que encontramos na boca de Scrates a afirmao clebre: Sei que nadasei. No dilogo com os sofistas teria dito: Sou mais sbio que esse homem.

    provvel que nenhum de ns dois saiba algo de nobre e bom. Mas ele no tendoconhecimento pensa que sabe algo. Eu no tenho e no penso que tenho. Ele pensa quesabe e no sabe. E no sei e sei que no sei. .

    Aquela pessoa que procura maneiras diversificadas para ajudar o outro aaprender e faz isso por que aprendeu que o seu aprendiz uma pessoa que tem seussaberes que precisam ser respeitados, mas que podem ser ampliados, superou o sensocomum com a sensatez. Age respeitosamente porque seu agir parte de umafundamentao, de uma base terica que o leva a entender que todo aprendizado um

    processo. Aqui est presente a postura de quem sabe e sabe que tem algo a oferecer e

    por isso respeita aquele que ainda no aprendeu.Em sntese: est no Senso Comum todo aquele que age sem estudo, sem saberconceituar as bases de sua ao; supera o Senso Comum aquele que buscafundamentao conceitual para sua prtica. Mas, tambm bom lembrar, queconstantemente, em algum momento, em alguma postura ou afirmao, pode-se cair nosenso comum. Um caminho para se saber quando se est no Senso Comum ou numa

    postura Critica perguntar: baseado em qu se est tomando esse caminho?

    3)FILOSOFIA:PORQU

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    6/21

    Aqui nos colocamos diante de uma caracterstica diferenciadora, que faz comque a filosofia seja diferente tanto da cincia como do senso comum ou da religio.Em geral se pergunta "para que serve" determinada realidade? A questo pragmtica,utilitarista. Coloca-se o critrio da utilidade acima de tudo: tem utilidade? Ento algo

    bom que pode e deve ser preservado. No tem utilidade? Ento no presta e deve serdescartado, extinto.

    Com base nisso a pergunta feita filosofia: qual a utilidade da filosofia? E aconstatao imediata: a filosofia no tem utilidade prtica nenhuma. Ao menosnenhuma aparente! E sendo assim, algo sem utilidade, o destino da filosofia o lixo:tanto na escola como na sociedade.E o bom disso que a filosofia no se defende. No sai, por a, gritando suas virtudes.Apenas e humildemente pergunta: Por qu? Essa sua defesa: a indagao!

    Sobre a importncia da filosofia podemos ler a comparao entre este saber e a cinciadesenvolvida por R. Gomes (1982). Diz ele que a cincia, em nossos dias assumiu umcarter pragmtico: seu valor o de seus resultados em termos de tcnica. [...]. Ocientista , do ponto de vista do vigente, dispensado de defender a cidadania dacincia. (GOMES, 1982, p. 29). Mas o autor continua ao dizer que As coisas mudamquando tratamos da filosofia. [...]. Na filosofia nos deparamos com um modo de colocara existncia em questo (GOMES, 1982, p. 30)Por que existe essa forma de pensar sobre a filosofia? Por que h uma viso

    preconceituosa a respeito da filosofia? Por que existe averso filosofia? E, quando ela assumida, ou defendida, dentro de um programa escolar, por exemplo, por que isso

    acontece? Por que colocada no inicio de um curso de graduao?O fato que a filosofia pe a realidade em questo. Podemos dizer que a filosofia no seocupa com as aparncias nem com a utilidade (para que serve), mas com a essncia (oque ) dessa realidade. Uma mesa bem aceita por que til: sobre ela so colocados

    pratos e talheres; papis e livros. A mesa til. Mas no esse o interesse da filosofia.O cotidiano j definiu a praticidade, a utilidade... por isso a filosofia, s faz uma

    pergunta, que acaba gerando outras: o que a mesa? Por que na mesa de alguns hpratos e talheres e noutras mesas isso no existe? Por que em algumas mesas h o quecomer e em outras residncias nem mesa existe, menos ainda alimento? Por que alguns

    tm mesa para estudar ou trabalhar enquanto outros no tm acesso ao estudo ou aotrabalho? Por que o que no tem estudo no tem as mesmas chances de trabalho e asmesmas condies de alimentao, que o outro que estudou?Continuando a reflexo poderamos dizer que a primeira preocupao da filosofia aafirmao do real. Ao colocar a questo: o que isso? a filosofia est afirmando queessa realidade existe se no existisse no poderia ser colocada, como questo! A partirdessa afirmao-constatao, comeam os questionamentos: o que essa realidade?Qual o sentido de sua existncia? O que faz com que isso seja assim e no de uma outraforma possvel? Qual a relao dessa realidade com a vida scio-poltico-econmica das

    pessoas? Por que essa realidade vista dessa forma e no de outras formas possveis?Ou no possvel ver essa realidade de outra forma? Por que no? Pessoas com

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    7/21

    formao e situao scio-econmicas distintas podem ver a mesma realidade e tirar asmesmas concluses?Com isso j teramos elementos para outra investigao: por que existe esse preconceitocom relao filosofia? Qual a razo de ter se formado uma viso contrria filosofia?O que fez com que, num determinado perodo da histria do pas, a filosofia fosse

    banida da escola? E por que retornou grade curricular nos vrios nveis escolares? verdade que a filosofia privilgio de intelectuais? Por que se criou essa mentalidade?O fato que a filosofia, despretensiosamente, comea questionando a realidade imediatae manifesta. No pela realidade em si, nem somente para evidenciar a nudez dessarealidade, negada pela acomodao lembremo-nos do conto em que em que somente acriana viu a nudez do rei. E isso ocorreu por que a criana no tinha nenhum interessea defender nem a esconder. Ela pode ser verdadeira e manifestar sua opinio, semmedos de reprimendas.

    A filosofia questiona a realidade por que, simplesmente quer desvelar o que estpor trs do evidente. Pode-se dizer, tambm, de outra forma: filosofia interessa saber aquem interessa que a realidade seja vista dessa forma que se evidencia, ocultandooutras, possveis. Por exemplo, a maioria das pessoas aceita, passivamente a afirmaode que o trabalho dignifica o homem. Com isso as pessoas so levadas a desmerecer osque no trabalham. E, em geral, pra-se nessa constatao. Mas quantas pessoas j sederam ao luxo de parar para pensar sobre o por qu de algumas pessoas no poderemtrabalhar? Se o trabalho dignifica o homem, quem no trabalha no digno? Por queno existe oportunidade de trabalho para todas as pessoas de forma igualitria?

    Assim as realidades so vistas de uma determinada forma por que essa forma de ver aque interessa, no momento. E quando for vista de outra forma, a quem isso vaiinteressar? Basta ver nisso o exemplo de episdios corriqueiros que so superexplorados

    pela mdia enquanto outros, importantes, mal so mencionados. Quem se beneficia comesse tipo de informao? Quem prejudicado?

    4)INUTILIDADE DA FILOSOFIA

    A partir do que foi dito podemos dizer que h uma tendncia em afirmar adesnecessidade da Filosofia.

    Na verdade o que se pretende mascarar a real necessidade a partir de uma afirmaode inutilidade. Esse mascaramento manifesta-se de diversas formas: uma forma caricaturiz-la (filosofia como um cego, num quarto escuro, procurando por algo queno sabe se existe). A caricatura dessa viso preconceituosa se evidencia em suacontradio. Ningum procura pelo que no existe. Se existe busca por que h aconvico da existncia daquilo que buscado. Alm disso, o cego no quarto escuro,no teria a noo de escurido como tm os que vem. Quem fala da escurido quem av. Esse, portanto, faz um juzo a respeito do que o outro est fazendo. E se o outro

    quem procura, quem faz o juzo no tem como afirmar se o que procurado existe ou

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    8/21

    no, pois no o outro.

    Outro mascaramento ridicularizar a figura do pensador ou do cientista (veja-seo tipo de cientista representado, por exemplo, nos filmes: uma pessoa meio amalucada,

    trejeitado em um jaleco branco). O tipo, cinematogrfico ou da literatura, nocorresponde realidade do pesquisador, que na realidade uma pessoa comum, que sededica a uma atividade profissional, como qualquer outra pessoa, com sonhos,qualidades e defeitos. Enfim, existem vrias formas de mascarar e descaracterizar a realnecessidade da filosofia.

    O detalhe que hoje no s a filosofia que recebe um mascaramento. Osistema escolar tambm passa por esse problema. Embora haja um discurso em defesado ensino, a realidade aponta para outra direo. O que ocorre, efetivamente a negao

    da escola e da importncia da escolaridade. Afinal a quem realmente interessa que apopulao no seja sbia e sem escolaridade? Ou algum, em s conscincia eutilizando o bom senso, ainda acredita que, com tantas informaes sobrecomportamento, sobre processo de aprendizagem... nosso pas ainda no tenhacondies de sair das ltimas colocaes nas aferies internacionais? Ser que algumainda acredita que est nos alunos ou nos professores a causa de muitos conclurem oensino superior e permanecerem analfabetos? Ser que algum ainda acredita quemudar planos e metas, trocar ministro e redefinir rumos, assumir ou rejeitar esta ouaquela teoria educacional soluo para os problemas educacionais? Como encarar o

    fato de que os estudantes das faculdades esto saindo despreparados para o mercado detrabalho?Todas essas, juntadas a outras, so questes atuais e dependem de uma resposta dafilosofia. E a elas se pode acrescentar a indagao sobre o motivo pelo qual a filosofia ridicularizada, caricaturizada, mascarada. E assim volta a indagao sobre quem favorecido quando no se faz filosofia? Quem leva vantagem quando no se discutemos problemas? Quando algo no est bem, sempre h algum que perde e outro que saiem vantagem. Quem est levando vantagem com o descrdito tanto do sistema escolarcomo da filosofia?Vrios pontos podem ser refletidos, entretanto vale a pena fazer, antes algumasafirmaes: a filosofia no tem utilidade prtica, imediata, entretanto ela necessria

    por que permite um processo de pensar-analisar a realidade e as diversas situaes. Eprecisamos pensar sob pena de progredirmos nas conquistas cientficas e tecnolgicas eregredirmos em nossas relaes interpessoais ou na aquisio de novos valores. Como

    j foi dito a filosofia ajuda no processo de humanizao. Uma das caractersticasdefinidoras do humano o pensamento. Deixar de pensar, portanto, desumanizar-se.

    Noutras palavras: a filosofia amada ou odiada na medida em que se pretendeesclarecer ou confundir a populao. Assim, se em um perodo da histria a filosofia foi

    banida da escola era por que se pretendia que a juventude e os estudantes em geral

    permanecessem alienados, sem conscincia de seus direitos. O que se queria era dar aosestudantes frmulas prontas e que estivessem de acordo com as orientaes do governo

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    9/21

    militar-positivista, daquela poca. Entregando tudo pronto o estudante no precisavapensar. No pensando o jovem era pensado, no precisava usar a prpria cabea e osprprios critrios. O estudante, ento poderia ser conduzido para onde fosse convenienteaos governantes. A presena, hoje, da filosofia nas escolas, embora ainda deficitria,

    pode ser vista como uma tentativa de superao dessa deficincia. Mas quando h umprocesso e um trabalho filosfico bem fundamentado, o estudante levado a pensar coma prpria cabea. O estudante desafiado a buscar suas prprias convices. E assim oestudante passa a ver criticamente as aulas, os professores, a escola... e disso podernascer um novo modelo escolar, ainda a ser engendrado...Manter um processo filosofante abrir-se para o novo e aplicar-se ao debate, em buscados prprios critrios. Fechar-se filosofia manter-se alienado. Podemos retomar as

    palavras de K. Jaspers (1973): "muitos polticos vem facilitado seu nefasto trabalho,pela ausncia da filosofia. Massas e funcionrios so mais fceis de manipular quandono pensam, mas to somente usam de uma conscincia de rebanho. preciso impedir

    que os homens se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista comoalgo entediante". Ou que a filosofia seja apresentada como algo sem sentido ou perda detempo.Resumindo podemos dizer que a filosofia no til, no sentido que as pessoas possam

    pegar, usar, manipular. No entanto a filosofia necessria para mantermos um processocrtico sobre todas as informaes e realidades que nos so apresentadas. A filosofiafornece instrumentos para que sejam superadas posturas dogmticas ou vises estreitassobre a realidade ou dimenses especficas do cotidiano ou da vida. A filosofia umaimportante ferramenta para gerar o novo e fazer o novo renovar-se num processo

    constante.

    O preconceito sempre esteve presente na histria da humanidade. Sua base constituda pelo medo ou receio das diferentes situaes do seu dia-a-dia, alm disso, o

    preconceito resulta da desinformao.

    Preconceito nada mais do que uma avaliao feita precocemente, ou seja, antesde saber do que se trata realmente. Existem dois tipos de preconceito: o positivo e onegativo. O preconceito positivo realizado quando temos uma viso favorvel ao

    avaliado e negativo quando a viso desfavorecedora. A discriminao um produto dopreconceito, pois quando feita a primeira viso do outro individuo e no nos agradacomea a ocorrer a discriminao.

    Na sociedade atual, o preconceito social comum devido ao crescimento dasfavelas que abrigam classes sociais mais pobres. O problema consiste em acreditarque certas classes so inferiores a outras eu possuem mais bens.

    Se fizermos um traado histrico, percebemos que a desigualdade social no recente. Pode ser vista desde os primrdios da humanidade; com o surgimento das

    civilizaes na mesopotmia, a sociedade ficou dividida, havia uma parcela da

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    10/21

    populao com um bom poder e que era soberana parcela de baixo poder. O mesmoaconteceu no feudalismo.

    A distribuio do poder sempre foi baseada na posio dos indivduos.

    Consistindo uma pirmide social que divide a sociedade em classes alta, mdiae baixa. Os que ocupam alto poder desempenham funes valorizadas socialmente.

    O Brasil contm hoje, o terceiro pior ndice de desigualdade no mundo,causado por males polticos, econmicos, sociais, ticos e culturais.

    Segundo os historiadores, aps a assinatura da Lei urea, a liberdade a liberdadedos escravos foi concedida, porm eles no tinham conhecimento cerca dos fatosscias, desse modo, criaram sua prpria organizao, aproveitando daquilo que lheseram favorveis . Passaram a morar em montes aglomerados , assim integrando as

    favelas.A especulao mobiliria joga a populao carente nas zonas perifricas para

    ocupar terrenos vazios e, com isso, vo crescendo. Pela falta de polticas de incluso egerao de renda para essa comunidade, a maioria vive de trabalho casual, serviosdomsticos, produo em pequena escala e comrcio. bastante comum ver as portasde empresas se fechando no instante que algum declara ser morador de favela e seucurrculo jogado fora , sendo reconhecido somente como bandido . O morro passaa ser visto como local de gente perigosa e marginal.

    A falta de perspectiva no futuro e de empregos para as geraes mais novasretrata a continuidade da excluso social. O jovem da periferia, geralmente no tememprego formal , a maioria faz bicos eventuais com o trfico e outras atividadesilegais , onde podem ganhar mais dinheiro em bem menos tempo.

    Quanto ao modo de vestir, o problema se torna ainda mais alarmante.

    Quando uma pessoa entra em uma loja com roupas simples ou desgastadas, osfuncionrios do local, muitas vezes no atendem ou agem com frieza, pois pensam queo cliente um ladro ou no tem dinheiro para comprar os produtos da loja.

    Em nossa sociedade, est bem claro que a mdia tambm contribuinegativamente, o espectador obrigado a aceitar que determinada regio perigosa ealguns programas de TV como Sai de Baixo da TV Globo ,tem um personagem ( oator Miguel Falabella) que dizendo frases como Eu tenho horror a gente pobre.

    Novelas como Maria Do Bairro, retratam a vida de um personagem carente que julgada como Marginal pela antagonista.

    A msica da comunidade, geralmente formada pelo Rap . As letras funcionamcomo uma reconstruo que vivenciam, deixando implcitas as precrias condies devida e os problemas sociais .

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    11/21

    Mesmo que a sociedade pense que o morador de favela j tem o seu destinotraado, alguns jovens mostram que no sempre assim.

    No Brasil, as hierarquias so diferentes. As leis no so vlidas para todos oscidados. A criminalidade s tem aumento em decorrncia do consumo de drogas e da

    excluso social das camadas inferiores. A soluo est no governo em implantarpolticas pblicas mais eficazes e uma educao mais planejada, a escola responsvelpela incluso e formao cultural das novas geraes.

    Mulher (Sexo Frgil)

    Erasmo Carlos

    Dizem que a mulher o sexo frgil

    Mas que mentiraAbsurda!

    Eu que fao parteDa rotina de uma delas

    Sei que a fora

    Est com elas...

    Vejam como forteA que eu conheo

    Sua sapinciaNo tem preoSatisfaz meu ego

    Se fingindo submissaMas no fundoMe enfeitia...

    Quando eu chego em casa noitinha

    Quero uma mulher s minhaMas pr quem deu luzNo tem mais jeito

    Porque um filhoQuer seu peito...

    O outro j reclama

    A sua mo

    http://letras.mus.br/erasmo-carlos/http://letras.mus.br/erasmo-carlos/
  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    12/21

    E o outro quer o amorQue ela tiver

    Quatro homensDependentes e carentesDa fora da mulher...

    Mulher! Mulher!Do barro

    De que voc foi geradaMe veio inspiraoPr decantar vocNessa cano...

    Mulher! Mulher!Na escola

    Em que voc foiEnsinada

    Jamais tirei um 10Sou forte

    Mas no chegoAos seus ps...

    O sculo xx foi testemunha de incontveis transformaes que levaram aodesequilbrio e confuso da mulher na sociedade. Antes vista apenas como a dona decasa, a patroa, a rainha do lar, a mulher ingressou firme no mercado de trabalho e

    passou a lutar por igualdade de direitos com os homens nos diversos segmentos dasociedade.

    Hoje existem mulheres na poltica, quando nem mesmo tinham o direito de

    votar. Nas empresas, as mulheres esto assumindo posies de destaque, antes somenteocupada pelos homens.

    Atualmente, a sociedade passa por grandes transformaes socioculturais, naqual os sujeitos esto reformulando variados conceitos, que foram construdos duranteos ltimos sculos. Principalmente em relao ao papel da mulher no mundo em quevive. Sabemos que o papel da mulher na sociedade, vem se modificando gradativamentee desde os primrdios, h uma luta por uma qualidade de vida melhor e pelo seureconhecimento como pessoa ativa, numa sociedade machista e preconceituosa.

    Um novo cenrio configurou-se no final do sculo XX, o mundo ganhou outrospadres de comportamentos e outras aes nos setores econmicos, poltico e social.

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    13/21

    Este ltimo passou a ser orientado pela inteno econmica, onde seus direcionamentostornaram-se mais eficientes e produtivos dentro da sociedade. O meio social se tornoureflexos dessas polticas econmicas, onde o local e o global passaram a invadir ocotidiano das pessoas, provocando diferentes possibilidades, dentre essas, o encontro defronteiras culturais, resultando na mistura de culturas.

    E neste contexto, a relao da desigualdade social existente entre homens e mulheres,que sempre esteve muito transparente no mundo europeu, sobretudo nos ltimossculos, passou a ser questionada, uma vez que, a histria sempre fora contada ereconhecida, apenas a partir do ponto de vista masculino, deixando de lado, durantemuito tempo, as contribuies femininas. Contribuindo assim, para que a visomasculina, distorcida e preconceituosa, negasse s geraes futuras, conhecer qual era a

    posio da mulher na sociedade e em seus diversos setores e sentidos.

    Por isso, o reconhecimento dos direitos garantidos as mulheres ao longo daHistria, seja ele poltico, social, trabalhista, no fruto s de alteraes de concepesde alguns filsofos da humanidade, mas sim, de uma crescente transformaes scio-culturais, que a sociedade sofreu ao decorrer dos sculos, respaldadas nas novasnecessidades capitalistas, onde houve um aumento de mo de obra e de mercado deconsumo, obrigando assim, abrir espaos para a mulher trabalhar e que aos poucosconquistou muitos outros direitos na sociedade contempornea.

    Hoje em dia, as mulheres, vm conquistando espaos nunca antes imaginados,possibilitando atuaes em diferentes setores da sociedade. E estas conquistas so

    resultados de muitos anos de lutas e posturas assumidas em relao a sua vida pessoal eprofissional.

    Com todas essas transformaes sociais e culturais, o papel da mulher tornou-sefoco de muitas discusses, principalmente, nas ltimas dcadas do sculo XX, que foi

    palco de muitas lutas travadas pelas mulheres para garantir seu lugar de cidad na vida ena sua prpria histria, at ento ditada por homens.E muitas mulheres conseguiramdesmistificar o que sempre foi pregado pelos homens machistas de que a mulher osexo frgil e por isso inferior ao homem.

    Neste contexto, percebe-se que o papel da mulher , tornou-se mais evidente nasociedade, pois comeou assumir novas posies e atitudes quanto educao, profisso, ao casamento. No levando em conta o seu papel anterior, que era de me eboa esposa.

    A figura da mulher sempre esteve cercada por muitos mitos, na Histria da antiguidade,em algumas civilizaes, a mulher era considerada um ser sagrado e profano. Na IdadeMdia, algumas mulheres eram vistam como um ser angelical e salvadora, e outras,eram bruxas, feiticeiras. Neste ltimo caso foram imposto grandes penas ou at mesmode morte.

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    14/21

    Na Histria Moderna perceberemos os vrios momentos em que as mulheresviveram, ao longo do desenvolvimento da poltica de alguns pases e que muitos aconsideravam a herona,em alguns casos, chegando a se tornar o grande smbolo darepblica. Mas ao mesmo tempo era excluda deste processo, pelo simples dato de sermulher, vivendo numa sociedade patriarcal e machista.

    Se percebemos alm do papel de mulher herona, iremos notar tambm, vriasoutras representaes do papel da mulher, como por exemplo, o papel da esposa ouamante, santa ou prostituta, trabalhadora ou militante, cada papel nos fazem lembrar e

    perceber que cada mulher representa um universo, extenso, importante e fundamentalno mundo.

    Enfim, so inmeras as causas que levam uma mulher a assumir suas unidadesdomsticas no espao social brasileiro, que sempre foi considerado masculino porexcelncia. Mas, devido viso limitada da condio feminina no contexto dasociedade, grande o desconhecimento da sua atuao na gerncia de uma unidadedomstica.

    Comida

    Arnaldo Antunes

    Bebida gua.Comida pasto.

    Voc tem sede de que?Voc tem fome de que?

    A gente no quer s comida,A gente quer comida, diverso e arte.

    A gente no quer s comida,A gente quer sada para qualquer parte.

    A gente no quer s comida,A gente quer bebida, diverso, bal.

    A gente no quer s comida,A gente quer a vida como a vida quer.

    Bebida gua.Comida pasto.

    Voc tem sede de que?Voc tem fome de que?

    A gente no quer s comer,A gente quer comer e quer fazer amor.

    http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/
  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    15/21

    A gente no quer s comer,A gente quer prazer pra aliviar a dor.

    A gente no quer s dinheiro,A gente quer dinheiro e felicidade.

    A gente no quer s dinheiro,A gente quer inteiro e no pela metade.

    Politica, retratao de atos e deveres de todos mediante a sociedade.

    Nem s de po vive o homem... (Dt 8,3)A massa pensante, formadores de uma conscincia crtica, clama por socorro urgente!

    A gente no quer s comida, a gente quer comida, diverso e arte!Voc tem sede de que? Voc tem fome de que? dessa forma que eu vejo a composio Comida de Arnaldo Antunes / MarceloFromer / Srgio Britto. Entendo que a msica reflete uma imensa crtica a umasociedade que se tornou esttica na sua principal caracterstica humana, sua forma oucondio inata de produo e recepo de cultura e arte. Sabemos que a necessidade porproduzir cultura uma das maiores formas de consolidao da identidade do gruposocial que a produz e esse aspecto, alm de caracterizar o grupo, o diferencia dos outros.

    O ser humano no deve apenas trabalhar e conseguir o mnimo necessrio parasobreviver, tais como, moradia, comida, sade, transporte. Um dos seus direitosinalienveis o do acesso a cultura e ao lazer, assim que ele se humaniza, que ele se

    percebe no outro, que ele cria e transforma a sua realidade social de forma dinmica ecriativa.

    No momento atual, a sociedade civil e os representantes dela, ou seja, osgovernos e seus polticos parecem no entender a importncia da produo cultural deum povo. A prioridade de investimento deveria ser na nossa populao, principalmente

    a mais carente e excluda, aquela que nunca teve chance de ver um espetculo teatral oumusical, e mesmo visitar um museu ou qualquer outra exposio artstica. Precisamos,sim! Sim, de "cestas bsicas" ou cestas de consumo de cultura e aproveitar para beberarte, comer arte!

    Sexto relatrio parcial

    Noticia- Justia eleitoral aplica Lei da ficha limpa nas Eleies 2012

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    16/21

    Fruto da iniciativa do povo brasileiro, determina a inelegibilidade por oito anos,de polticos condenados em processos criminais em segunda instancia, cassados ou quetenham renunciado para evitar a cassao, entre outros critrios.

    So considerados inelegveis o governador e o prefeito que perderam os cargos

    eletivos por violao a Constituio Estadual e a Lei Orgnica do Municipio. Tambemno podem se candidatar quem tenha sido condenado pela Justia Eleitoral em processode apurao de abuso do poder econmico ou poltico.

    A inelegibilidade alcana ainda os que forem condenados pelos crimes contra aeconomia popular, a fe publica, a administrao publica, o patrimnio publico, o

    patrimnio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei queregulamenta a falncia. Tambem contra o meio ambiente, a sade publica e para outroscrimes para os quais a lei determine a pena de priso.

    A lei da ficha limpa ainda torna inelegveis os que tiverem suas contas relativas aoexerccio de cargos ou funes publicas rejeitadas por irregularidade insanvel queconfigure improbidade administrativa. Esto na mesma condio aqueles detentores decargos pblicos que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econmico ou

    poltico.

    Esto includos na condio de inelegveis os que forem condenados por corrupoeleitoral, compra de votos, doao, captao ou gastos ilcitos de recursos de campanhaou por conduta vedada aos agentes pblicos em campanhas eleitorais que impliquem nacassao do registro ou do diploma.

    Os polticos que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento derepresentao ou abertura de processo por infringncia a dispositivo da ConstituioFederal, da Constituio Estadual, da Lei Orgnica do Distrito Federal ou da LeiOrgnica do municpio tambm so inelegveis. Esto na mesma condio os que foremcondenados a suspenso dos direitos polticos, por ato intencional de improbidadeadministrativa que cause leso ao patrimnio publico e enriquecimento ilcito.

    A lei inclui os que forem demitidos do servio publico em decorrncia de processoadministrativo ou judicial, e a pessoa fsica e os dirigentes de pessoas jurdicas

    responsveis por doaes eleitorais tidas por ilegais.

    So inelegveis, tambm, os magistrados e os membros do Ministrio Publico queforem aposentados compulsoriamente por sano, os que tenham perdido o cargo porsentena ou que tenham pedido exonerao ou aposentadoria voluntaria na pendncia de

    processo administrativo disciplinar.

    Portanto, a Lei da ficha limpa veio para revolucionar a poltica brasileira, pois

    atravs desta teremos mais segurana para escolher os candidatos, pois quando ocandidato possui ficha limpa significa de que tem um bom passado poltico.

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    17/21

    Moradias em reas de risco

    Uma frase dita numa discusso acalorada vazou atravs de vdeo na internet parao mundo todo: ento morra minha filha dita pelo prefeito de Manaus AmazoninoMendes. O que no se explica o contexto da discusso em que o Prefeitoextremamente preocupado com desabamentos de moradias em reas de risco deimediato foi vistoriar o local para tomar providncias. Entre elas a retirada imediata demoradores e suporte social para essas famlias. Tambm no contexto no se fala que aliesto a residir famlias miserveis migrantes de outros estados e principalmente do Par.

    Nervoso e demonstrando uma real preocupao ante a insistncia de uma moradora empermanecer no local perguntando e insistindo como iria se deslocar sem condies dali

    Amazonino respondeu duro. Apesar disso no se disse que o Prefeito estava ali pararesolver de imediato o problema daquelas famlias que dali precisam ser retiradas.Pagar o aluguel social e fornecer kits de material (madeira, etc.) para construo demoradias em locais fora da rea de risco.

    Na verdade, Amazonino um poltico que se notabilizou pela preocupao com osocial e por isso se mantm eleito h vrias dcadas. Construiu ao longo de seusgovernos estaduais e municipais moradias e urbanizou esses locais provendo escolas

    padro e postos de sade e segurana. Note-se que como governador estruturou modelosde escolas delegacias, postos de sade e at hospitais por arquitetos vinculados ao

    governo em diferentes dimenses de acordo com a necessidade.

    J em 2009 novamente na prefeitura, assinou convnio com a CEF para provermoradias a populao de baixa renda no Programa Minha Casa que previa a construode 22 mil moradias, 17 mil das quais para pessoas com nenhuma renda at 3 salriosmnimos, atravs do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), comiseno de tributos, facilitao da aprovao do projeto e aquisio do terreno. Noacordo assinado, o Governo Federal, atravs da Caixa Econmica, faz o financiamento,a Prefeitura faz a construo, paga a entrada desse financiamento e a famlia paga uma

    prestao mensal que deve girar em torno de R$ 30,00.Em outro programa, o Programa Municipal de Moradias Populares no h previso

    do nmero de casas a serem construdas. Disse o prefeito:

    - Vamos construir quantas forem necessrias. um programa de grande alcance social,idntico ao que foi desenvolvido quando estive no Governo do Estado, quando foramconstrudas mais de 4 mil casas. A idia substituir habitaes que estejam localizadasem reas de risco.

    E fcil entender a preocupao do governador depois da tragdia ocorrida no Rio de

    janeiro. L a defesa civil com a polcia interditou e comeou a retirada compulsria demoradores que no queriam sair compulsoriamente visando a proteo d vida dos

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    18/21

    mesmos. Ter que ser assim em Manaus para se evitar tragdias maiores. Mas aexemplo de locais que sofreram com a devastao das chuvas necessrio um novo

    plano diretor para a captao de recursos indicando a excluso das moradias de reas derisco. Isso ser fcil pois a prefeitura j realizou contrato para a identificao dessasreas. O que preciso agora a incluso de um plano de recuperao e preservao dasreas comprometidas.

    A moradia em rea de risco e uma questo social que ainda se faz presente nonosso cotidiano, no so no estado do Amazonas mas em outros estados brasileirostambm. Para minimizar essa situao social, e preciso que os governantes polticosativem polticas publicas que beneficiem os moradores, como programas sociaisvoltados para a habitao.

    Exigncia das relaes entre cidadania, democracia e tica.

    Democracia no sentido original significa uma doutrina poltica ou forma degoverno baseada na soberania do cidado, no seu acesso cena pblica, na pluralidadede idias e expresso de suas opinies, na possibilidade de intervir politicamente.Enfim, a democracia aceita em seus prprios princpios, o aparecimento do imprevisvel

    e da livre atuao poltica de seus cidados. A possibilidade de articulao pblicaigualitria, ou seja, todos tem direito a opinar no exclui, como alguns confundem, adiferenciao social e poltica pelo talento. A democracia admite, nem todos so iguais.A oportunidade igual em opinar no elimina o prprio direito a diferena entre as

    pessoas

    A democracia um processo, uma conquista incessante da razo e da liberdade sobre aviolncia.

    Valores ticos esto na sua origem e constituem sua base, pois sua natureza , nofundi uma opo tica; mas tambm seus frutos, no corpo poltico e social, soigualmente comportamentos e valores ticos. a lei de tudo quanto vivo, tanto naordem da natureza como na ordem da cultura: seu agir e sua produo consistem, antesde tudo, em reproduzir-se a si mesmo, em constituir-se e reconstruir

    Continuamente sua prpria forma.

    E assim, reproduzindo-se, se esfora por perpetuar sua natureza atravs do tempo.

    A cidadania plena - com direitos e deveres - o privilgio do cidado quandoeste possui liberdades fundamentais, e no tem qualquer tipo de direito caado ou

    restrito pelo governo/governante; Qualquer outro regime, de fora ou de meia-liberdade,tem como meta a limitao dos direitos da cidadania, substituindo-os pela obrigao

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    19/21

    para com o estado e assegurando ao estado o direito de determinar quem mais oumenos cidado.

    Cidadania so as pessoas exercerem de seus direitos e tambm terem plenoconhecimento de seus deveres e assim, decidir o rumo de seu pas. Cidadania so as

    pessoas terem seus direitos preservados como educao, sade, emprego e segurana eetc.

    Concluso

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    20/21

    O homem um ser social por natureza e poltico. Assim dizia Aristteles, nasceupara viver em grupo, que faz parte de sua natureza instintiva, que se denomina deinstinto gregrio. A falta da convivncia social causaria transtornos de ordem psquicas,sociais, culturais, polticas, desagregao de valores, da famlia, do progresso do seu

    pas, enfim das civilizaes, como um todo.

    Bibliografia

    ALVES, Rubem. Filosofia d Cincia, 3 ed. So Paulo: Brasiliense, 1982ARANHA, Maria Lcia de A.; MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando, Introduo filosofia,

  • 7/29/2019 Apts de Servico Social

    21/21

    1997.CHAU, M.. Convite Filosofia. 5ed. S. Paulo: tica, 1995.GOMES, Roberto. Crtica da Razo Tupiniquim, 5 ed. So Paulo: Cortez. 1982JASPER, Karl. Introduo ao pensamento filosfico. So Paulo: Cultrix, 1973.TAHAN, Maba. Os melhores contos. 22 ed. Rio de Janeiro: Best Seller. 2006.

    Neri de Paula Carneiro Mestre em EducaoFilsofo, Telogo, Historiador

    Outras reflexes do professor Neri:http://falaescrita.blogspot.com/http://ideiasefatos.spaces.live.comhttp://www.webartigos.com/http://www.artigonal.com/