Aquarela Cultural

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Laróyè om uma abordagem multidisciplinar sobre Cas imagens produzi- das pelo fotógrafo baiano Mário Cravo Neto, sobre Exu - divindade das religiões afro- brasileiras - o trabalho dedica-se à captação dos sentidos das representações socioculturais através destas fotografias. O livro mergulha no cerne do fazer fotográfico para exter- nar toda sensibilidade que emana desse campo simbóli- co, envolvendo o sincretismo religioso, muito presente na Bahia. É um instrumento de orientação e subjetivação da arte de pensar o novo, de Foto lançamento do livro Laróyè, Exu no Rio O de Janeiro, durante XV Encontro Nacional de Cinema, na quinta-feira 22, iniciou uma nova fase na carreira da professora da Ufam, Karliane Macedo Nunes. A obra é resultado de sua dissertação de mestrado que foi edificada em uma de suas mais importantes experiências profissionais, é dedicado a analisar a obra do fotógrafo baiano Mário Cravo Neto. O livro possui narrativas holísticas sobre o universo das imagens fotográficas que inspiram a existência do orixá mensageiro, baseado no trabalho de Cravo Neto. O livro já foi lançado em Salvador, na Bahia durante o VII Enecult (Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura). Segundo a autora, esse foi um dos momentos mais emocionantes de sua vida, pois a família do fotógrafo fez questão de prestigiar o momento, Cravo Neto morreu em agosto de 2009. “Foi muito emocionante quando a filha dele me pediu que autografasse um exemplar com uma dedicatória, me pediu que eu escrevesse para ele, então comecei a chorar”, relembrou Karliane, considerando que em algum lugar sobrenatural, o autor estaria contente com aquele gesto. Para conceber uma obra baseada em toda carga imagética de Mário Cravo Neto, Karliane precisou de muito fôlego para as pesquisas e reflexões sobre o cabedal cognitivo que estava envolto às interpretações das 141 fotografias que compunham a obra original, Laróyè. Um trabalho difícil de enfrentar sozinha, por isso, ela contou com a ajuda de várias pessoas, como sua orientadora de mestrado, a Profª. Drª. Lícia Soares de Souza e seu marido Renato Izidoro. A autora também planeja fazer o lançamento do livro em Parintins, cidade onde mora e trabalha. A partir da temática do livro que narra sobre sincretismo religioso, simbologismo, manifestações culturais e destaca em suas narrativas a aceitação cultural como um organismo vivo e normal aos grupos sociais baianos, a obra também pode contribuir para fazer uma reflexão sobre a realidade local, os parintinenses podem repensar a forma como convivem com os representantes das religiões afro- Jornal experimental - distribuição interna e gratuita Ano I - Edição 01 Obra revela interpretações simbólicas e sociais com base em ilustrações fotográficas Falando nisso! AQUARELA CULTURAL “Imagens fotográficas não se referem apenas àquilo que é apresentado imediatamente pelo olhar fotográfico, mas se constituem como pano de fundo de um panorama cultural consciente e inconsciente em que estão inseridas.” descobrir o abstrato no concreto e vice-versa. Não é uma leitura partidá- rio-religiosa, mas sim, desmistificado- ra sobre muitas questões sociais. A coincidência de gestos ou expressões sociais e culturais é retratada de uma forma plural e com uma linguagem acessível, capaz de conduzir o leitor a inter- pretações fascinantes sobre elemen- tos do cotidia- no que geral- mente não fazem sentido sob a ótica concretista. Laróyè, Exu traz uma contribuição para a disseminação da diversidade, levando em conta o poder concreto que a iconicidade e a indicialidade fotográficas proporcionam ao campo simbólico, que se manifesta em diversas representações sociais. Editora Edufba Coleção Pesquisa em Artes 152 páginas Preço: R$ 30,00 aiana de Feira de Santana, Karliane é Bmovida por uma inquietação constante que só é saciada enquanto está dando vida a algum projeto ou qualquer outra atividade ocupacional capaz de lhe agregar desafio e satisfação. Apaixonada por leitura e com um espírito andarilho, talvez responsável por integrar uma vasta experiência e vivência de mundo, ela vislumbrou outros horizontes ao abandonar o curso de antropologia no segundo semestre e optar por comunicação Social na Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu a paixão pelas imagens na disciplina de fotojornalismo. Foi neste período que ela tornou-se a assistente do fotógrafo Mário Cravo Neto. Após a conclusão de sua graduação em jornalismo, karliane foi atuar como assessora de impressa e no jornalismo impresso, retornando a Salvador após um ano e meio, desta vez para o mestrado em sociedade e cultura, onde dedicou-se a analisar a obra fotográfica de Cravo Neto. Trabalho que resultou no livro lançado pela EDUFBA. Laróyè é um livro que dispõe, além das próprias fotografias, de outros recursos, que, de modo complementar, funcionam como signos de remissão aos mitos de Exu e que contribuem para reforçar o sentido desejado pelo fotógrafo ao reunir essas imagens sob a égide do orixá mensageiro”. Karliane Nunes descendentes neste município, onde a Umbanda é a principal referência. Além de divergir opiniões, a maioria da sociedade aplica preconceito à prática da Umbanda e seus seguidores, como revelou um estudo etnográfico feito por um grupo de estudantes da 4ª turma de Comunicação Social da Ufam/Parintins, em 2010. A Ufam passa por um momento importante, além de Karliane, outro professor do curso de Jornalismo, o sociólogo Gérson Albuquerque também lançará em breve o livro Favela Global, que trata de narrativas urbanas através da música e outras formas de representações estéticas da cultura juvenil. Laróyè: palavra de origem iorubana é o cumprimento usado para orixá mensageiro. Também quer dizer pessoa falante e comunicativa. Parintins, 27 de setembro de 2011

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Revista ufam, jornalismo, 2009

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Laróyè

om uma abordagem multidisciplinar sobre Cas imagens produzi-

das pelo fotógrafo baiano Mário Cravo Neto, sobre Exu - divindade das religiões afro-brasileiras - o trabalho dedica-se à captação dos sentidos das representações socioculturais através destas fotografias. O livro mergulha no cerne do fazer fotográfico para exter-nar toda sensibilidade que emana desse campo simbóli-co, envolvendo o sincretismo

religioso, muito presente na Bahia. É um instrumento de orientação e subjetivação da arte de pensar o novo, de

Foto

lançamento do livro Laróyè, Exu no Rio Ode Janeiro, durante

XV Encontro Nacional de Cinema, na quinta-feira 22, iniciou uma nova fase na carreira da professora da Ufam, Karliane Macedo Nunes. A obra é resultado de sua dissertação de mestrado que foi edificada em uma de suas mais importantes experiências profissionais, é dedicado a analisar a obra do fotógrafo baiano Mário Cravo Neto. O livro possui narrativas holísticas sobre o universo das imagens fotográficas que inspiram a existência do orixá mensageiro, baseado no trabalho de Cravo Neto.O livro já foi lançado em Salvador, na Bahia durante o VII Enecult (Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura). Segundo a autora, esse foi um dos m o m e n t o s m a i s emocionantes de sua vida, pois a família do fotógrafo fez questão de prestigiar o momento, Cravo Neto morreu em agosto de 2009. “Foi muito emocionante quando a filha dele me pediu que autografasse um e x e m p l a r c o m u m a dedicatória, me pediu que eu escrevesse para ele, então comecei a chorar”, r e l e m b r o u K a r l i a n e , considerando que em

algum lugar sobrenatural, o autor estaria contente com aquele gesto.Para conceber uma obra baseada em toda carga imagética de Mário Cravo Neto, Karliane precisou de muito fôlego para as pesquisas e reflexões sobre o cabedal cognitivo que estava envolto às interpretações das 141 f o t o g r a f i a s q u e c o m p u n h a m a o b r a or ig ina l , Laróyè. Um trabalho difícil de enfrentar sozinha, por isso, ela contou com a ajuda de várias pessoas, como sua orientadora de mestrado, a Profª. Drª. Lícia Soares de Souza e seu marido Renato Izidoro.A autora também planeja fazer o lançamento do livro em Parintins, cidade onde mora e trabalha. A partir da temática do livro que narra sobre sincretismo religioso, s i m b o l o g i s m o , manifestações culturais e destaca em suas narrativas a aceitação cultural como um organismo vivo e normal aos grupos sociais baianos, a obra também pode contribuir para fazer uma reflexão sobre a r e a l i d a d e l o c a l , o s pa r in t i nenses podem repensar a forma como c o n v i v e m c o m o s r e p r e s e n t a n t e s d a s r e l i g i õ e s a f r o -

Jornal experimental - distribuição interna e gratuita

Ano I - Edição 01

Obra revela interpretações simbólicas e sociais com base em ilustrações fotográficas

Falando nisso!

AQUARELA CULTURALAQUARELA CULTURAL

“Imagens fotográficas não se referem apenas àquilo que é apresentado imediatamente pelo olhar fotográfico, mas se constituem como pano de f u n d o d e u m p a n o r a m a c u l t u r a l c o n s c i e n t e e inconsciente em que estão inseridas.”

d e s c o b r i r o abs t ra to no c o n c r e t o e vice-versa. Não é uma leitura partidá-r io-rel ig iosa, m a s s i m , desmistificado-ra sobre muitas q u e s t õ e s s o c i a i s . A

coincidência de gestos ou expressões sociais e culturais é retratada de uma forma plural e com uma linguagem

a c e s s í v e l , c a p a z d e c o n d u z i r o leitor a inter-p r e t a ç õ e s f asc inan tes sobre elemen-tos do cotidia-no que geral-m e n t e n ã o fazem sentido sob a ótica

concretista. Laróyè, Exu traz uma contribuição para a disseminação da diversidade, levando em conta o poder concreto que a iconicidade e a indicialidade fotográficas proporcionam ao campo simbólico, que se manifesta em diversas representações sociais.

Editora Edufba

Coleção Pesquisa em Artes

152 páginas

Preço: R$ 30,00

aiana de Feira de Santana, Karliane é Bmovida por uma

inquietação constante que só é saciada enquanto está dando vida a algum projeto ou qualquer outra atividade ocupacional capaz de lhe a g r e g a r d e s a f i o e satisfação.Apaixonada por leitura e com um espírito andarilho, talvez responsável por i n t e g r a r u m a v a s t a experiência e vivência de mundo, ela vislumbrou outros hor izontes ao abandonar o curso de antropologia no segundo semestre e optar por comunicação Social na Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu a paixão pelas imagens na d i s c i p l i n a d e fotojornalismo. Foi neste

período que ela tornou-se a assistente do fotógrafo Mário Cravo Neto.Após a conclusão de sua graduação em jornalismo, karliane foi atuar como assessora de impressa e no jornalismo impresso, retornando a Salvador após um ano e meio, desta vez para o mestrado em sociedade e cultura, onde dedicou-se a analisar a obra fotográfica de Cravo N e t o . Tr a b a l h o q u e resultou no livro lançado pela EDUFBA.

“Laróyè é um livro que dispõe, além das próprias fotografias, de outros recursos, que, de modo complementar, funcionam como signos de remissão aos mitos de Exu e que contribuem para reforçar o sentido desejado pelo fotógrafo ao reunir essas imagens s o b a é g i d e d o o r i x á mensageiro”.Karliane Nunes

d e s c e n d e n t e s n e s t e m u n i c í p i o , o n d e a Umbanda é a principal referência. Além de divergir opiniões, a maioria da s o c i e d a d e a p l i c a preconceito à prática da U m b a n d a e s e u s seguidores, como revelou um estudo etnográfico feito p o r u m g r u p o d e estudantes da 4ª turma de Comunicação Social da Ufam/Parintins, em 2010. A Ufam passa por um momento importante, além d e K a r l i a n e , o u t r o professor do curso de Jornalismo, o sociólogo G é r s o n A l b u q u e r q u e também lançará em breve o livro Favela Global, que trata de narrativas urbanas através da música e outras formas de representações estéticas da cultura juvenil.

Laróyè: palavra de origem iorubana é o cumprimento usado para orixá mensageiro. Também quer dizer p e s s o a f a l a n t e e comunicativa.

Parintins, 27 de setembro de 2011

EditorialO b s e r v a n d o a

necessidade natural de comunicação, o anseio de estar bem informado e, p r i n c i p a l m e n t e , a necessidade de abastecer a cidade de Parintins de c o n t e ú d o c u l t u r a l e informativo, apresentamos à c o m u n i d a d e o j o r n a l AQUARELA CULTURAL. Esse veículo nasce com a idéia de verificar, analisar e d i v u l g a r a s d i v e r s a s manifestações culturais da sociedade local. Este produto é iniciativa da disciplina Jornalismo Cultural, ministrada pela professora Deise de Araújo Rocha como forma de unir teoria e prática jornalística, e conta com pa rce r i a da d i sc i p l i na jornalismo impresso II. Abordagens leves, mas com c o n t e ú d o s r e l e v a n t e s , compõem esse produto jornalístico, que pretende contribuir para a edificação de um novo olhar sobre o povo de Parint ins, buscando entendê-los como atores sociais deste complexo sistema miscigenado de culturas e costumes.Quando se fala em cultura, o que se vê em Parintins é uma escassez de espaço para outras manifestações. Os investimentos nesta área só são vistos durante o Festival e exclusivo para ele – o que é equivocado -, assim como acreditar que as expressões populares parintinenses se encerram nisso. Pena que nem um louco grita em alto e bom som. O que nos falta, é fazer valer na prática todo a q u e l e d i s c u r s o d e bumbódromo. Toda aquela beleza pré-datada, que termina ao final de junho. Além do cunho analítico, o AQUARELA CULTURAL é o s e u g u i a d e l a z e r , e n t r e t e n i m e n t o e d e programações culturais. Trocando em miúdos, o que Parintins tem realmente a mostrar, a gente mostra. I r o n i c a m e n t e , t a m b é m a s s u m i m o s a q u i o compromisso de agregar o conhecimento científico a prática jornalística. Parabéns leitor!

Amazônia é rica em costumes, tradições e Ai n g r e d i e n t e s . A

gastronomia tem um papel de destaque na região e vem se mostrando um dos maiores fatores de identidade cultural. Entre os pratos típicos amazônicos está o acarai - bodó, ou simplesmente, bodó, peixe popular encontrado em águas rasas na época da vazante. Durante os meses de agosto e setembro a oferta do peixe aumenta, bem como sua facilidade de captura. É também o período em que o animal se apropria de mais nutrientes, propiciados pela vegetação de várzea ou dos igapós, ambientes recorridos pelo bodó. O bodó está entre os peixes mais vendidos nas feiras periféricas de Parintins, devido ao seu baixo custo e ao d e l i c i o s o s a b o r s ã o comercializadas diariamente, cerca de cem unidades, e durante o festival a demanda triplica. Apesar de muito c o n s u m i d o o b o d ó é

raramente encontrado nos cardápios de restaurantes e se tornou um peixe para ser apreciado em casa.Essa prática é atribuída à má aparência do peixe e do jeito desconcertado de comê-lo inteiro, mesmo que esteja assado, frito ou cozido. No caldo de tucupi, na caldeirada ou assado, são as três formas mais comuns de servir o bodó. A partir do piracui de bodó é possível produzir outras derivações culinárias, como bolinhos por exemplo. Esses quitutes se tornaram tão populares quanto o peixe.Como diz o ditado popular “comida se aprecia com os olhos”, devido à aparência pré-histórica e com a falsa premissa de que o bodó se a l i m e n t a d e m a t é r i a s inorgânicas, o peixe sofre preconceito da população que o apelidou de chuteira e sapato do diabo. A culinária é terreno fértil para as mentes privilegiadas, e para driblar a estética negativa do bodó, algumas regiões da Amazônia

como os restaurantes das cercanias do deserto do Jalapão, em Tocant ins, preparam o peixe em bife e com alto requinte regional, o prato é o líder na preferência dos turistas. Após quebrar a casca do bodó, aparece a agradável surpresa: uma carne macia e saborosa, com poucos espinhos, de cor rosada que logo se faz esquecer a aparência nem um pouco

Bodó - Identidade cultural de delicioso sabor

simpática do peixe. A quem diga que um bom bodó deve s e r c o m i d o a s s a d o , acompanhado apenas por farinha e um providencial vinagrete. Outros dizem não ter coisa melhor do que uma bela e verdureira caldeirada. De um jeito ou de outro, o bicho feio é saboroso. Afinal, o bodó tem público certo. Então, capriche na receita e garanta seu prato. O que não dá mesmo é pra ficar sem bodó.

m Parintins, existem outras formas de cultura além do EBoi Bumbá. Muitos jovens,

têm procurado alternativas para expressar seus gostos, estilos e formas de ver o mundo. Existem grupos que curtem rock, skate, hip hop, grafite, entre outras preferências espalhadas pela ilha.Essas manifestações podem ser chamadas de tribos urbanas - grupos de jovens que se envolvem dentro do contexto social vivido e buscam amigos que tenham afinidade de estilos, preferências, formas de pensar, agir e viver o mundo.Segundo Gérson Albuquerque, sociólogo e pesquisador da Ufam, essas manifestações “são fo rmas que rec lamam o reconhec imento de seus membros como legí t imos moradores da cidade. Estão e n v o l v i d o s n u m a l u t a propriamente simbólica onde tentam impor uma definição de mundo social conforme os seus interesses”.Aos sábados à noite é possível encontrar rockeiros na praça da liberdade, que já se reunem há quatro anos, para se divertir e

buscar outra rotina cultural. “Nunca tivemos apoio para realizar nossos encontros e nem para estar na praça, somos muito ma l v i s tos não só pe la sociedade, mas pelo próprio poder público, tanto que nossos eventos são feitos quase que de forma independente”, comenta u m d o s i n t e g r a n t e s d a Assoc iação Cu l tu ra l dos Roqueiros de Parintins (Ascrop), Ronan de Souza.Durante a semana, é comum se deparar com skatistas que utilizam a praça dos Bois para praticar o esporte. A tribo do skate já consegue, em parte, se libertar do preconceito, e adquire cada vez mais o respeito da sociedade.O grafite está diretamente ligado a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para eles, o grafite é a forma de expressar t oda a op ressão que a h u m a n i d a d e v i v e , pr inc ipalmente os menos favorecidos, o grafite reflete a realidade das ruas. Na cidade, o único representante do Grafite é o B. boy, Pito, o estudante de artes plást icas da Ufam, Glebison Silva. Para ele o

desenho em Parintins ainda é muito voltado para o boi-bumbá, e que o grafite ainda é visto com maus olhos porque é confundido com a pichação ou vandalismo. "Muita gente confunde o grafite, o que é belo é grafite, o que não é vandalismo. Não é isso, o grafite não tem o objetivo de ser belo, tudo é arte, sendo o grafite uma arte aplicada onde se precisa expressar algo como injustiça social, através das letras trançadas e do desenho ou uma

manifestação cultural. Hoje os artistas estão voltados a fazer o bonito, e não expressar quase nada”, enfatiza o grafiteiro.As universidades também vêm contribuindo para que estes jovens se encontrem, pois além das praças o campus é um lugar de interação para que as tribos c o n v e r s e m s o b r e s u a s preferencias e marquem seus encontros noturnos aos finais de semana.

Jovens buscam alternativas para se expressar na ilha

Foto: Igor Braga

SABORES DA TERRA

EXPRESSÕES URBANAS

ILHA ANTENADA

Gleilson MedinsGustavo SaunierPhelipe Reis

Uaicurapá – A praia está fervendo, no último final de semana, nove embarcações atracaram na região. Todos os sábados os barcos saem para praia, o valor da passagem é R$15,00.

Quermesse – De 1 a 4 de outubro, tem festa na Igreja de São Francisco de Assis, comidas típicas, bingos e banda local fazem parte da atração do evento, no bairro Emílio Moreira.

Mulheres, museus e memórias – o evento organizado pelo Instituto Memorial de Parintins, em parceria com instituições museológicas, promoveu na cidade discussões, m e s a s r e d o n d a s , f i l m e s e exposições artísticas.

Festival SWU - De 12 a 14 de novembro ocorre em Paulínia-SP o festival SWU, um dos maiores eventos de conscientização a favor

da sustentabilidade do mundo. Além de shows a festa contará com Fórum Mundial de Sustentabilidade.

“100% limpo” - segundo os organizadores do SWU, os lugares onde ocorrem as atividades do festival causaram impacto zero, serão 100% limpos. Se for verdade, já esta na hora de transformar o SWU no Festival Folclórico de Parintins.

Expediente:Aquarela CulturalProfª Deise de Araújo RochaDisciplina – Jornalismo Cultural

Reportagem/Responsáveis:Laróyè - Talita BrilhanteSabores da Terra – Juliana FerreiraIlha Antenada –Lurian FerreiraExpressões Urbanas – Yasmin GattoEditorial – Gustavo SaunierFotografia – Igor BragaProjeto Gráfico/Diagramação:Gabriel Leal.Edição de textos: Yasmin Gatto, Juliana Ferreira, Gleilson MedinsTiragem: 250 cópiasImpressão em HP k 8600