Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas...

130
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE BIOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Arborização de ruas e praças em Salvador, BA. - À luz da Ecologia e Permacultura - por GABRIEL SALLES GÓES Monografia apresentada ao Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas, modalidade Ecologia: Recursos Ambientais. Salvador, BA. 2009

Transcript of Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas...

Page 1: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE BIOLOGIA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.

- À luz da Ecologia e Permacultura -

por

GABRIEL SALLES GÓES

Monografia apresentada ao Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas,

modalidade Ecologia: Recursos Ambientais.

Salvador, BA. 2009

Page 2: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

Page 3: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

Data da defesa:

20 de janeiro de 2010.

Banca examinadora:

Maria Zélia Alencar de Oliveira

Orientadora

Pesquisadora FAPESB/EBDA.

Luciano Souza dos Santos

Jardim Botânico de Salvador

Pedro Henrique Cardoso

Instituto de Permacultura da Bahia

Page 4: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo avaliar a comunidade arbórea de ruas e praças em

Salvador, BA, à luz da Ecologia e Permacultura, com base em inventários quantitativos da

arborização, registrados em relatórios técnicos e publicações científicas. Analisou-se a

riqueza, diversidade, abundância de espécies exóticas, nativas não regionais e nativas

regionais, freqüência de espécies que fornecem alimento à fauna e ocorrência de

espécies tóxicas, alergênicas e invasoras. Foram amostrados 2.469 indivíduos,

pertencentes a 61 gêneros e 27 famílias, com predomínio de Fabaceae. Verificou-se uma

grande riqueza de espécies (R = 82), com dominância de amendoeiras (Terminalia

catappa), sombreiros (Clitoria fairchildiana) e mongubas (Pachira aquatica), que juntas

representam 28,4% da comunidade. Cabe ressaltar a predominância de indivíduos de

espécies exóticas (53,3%) e os poucos representantes de espécies nativas do Domínio da

Mata Atlântica baiana (17,1%). Houve um baixo percentual de espécies que ofereciam

alimento à fauna (26,4%) e ocorreram sete espécies tóxicas e alergênicas, entre elas a

espirradeira (Nerium oleander) e chapéu-de-Napoleão (Thevetia peruviana). Foram

identificadas 11 espécies potencialmente invasoras, com maior abundância de:

amendoeiras (T. catappa), casuarinas (Casuarina equisetifolia) e sabiás (Mimosa

caesalpiniifolia). Alguns princípios e práticas da Permacultura podem ser adotados na

arborização de ruas e praças, como: emprego de espécies nativas, promoção da

sucessão natural e da diversidade, manutenção da fertilidade do solo, uso de recursos

biológicos, produção local de alimentos, zoneamento, setorização, entre outros.

Page 5: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- i -

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos à Maria Zélia A. de Oliveira, pela ajuda e confiança;

a Pedro H. Cardoso e Luciano S. dos Santos, pelas preciosas contribuições; e aos

membros do Jardim Botânico de Salvador, Parque Joventino Silva, Instituto de

Permacultura da Bahia, Superintendência do Meio Ambiente e Superintendência de

Conservação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal de Salvador-BA, por toda a ajuda

e atenção.

À minha família, por todo o cuidado e aprendizado; aos meus amigos, pelos

caminhos compartilhados; à Nicole Lellys, pelos sensatos conselhos e por todo o amor; à

Hermínia Freitas, coordenadora do Colegiado de Graduação, por toda a atenção e

paciência; a todos os professores que contribuíram na minha formação, em especial à

Marsha Hanzi, pelas sábias palavras; e ao povo brasileiro, pela universidade pública, fruto

do seu suor.

Minha gratidão ao Sol, por toda a luz, fonte da Vida; à Mãe-Terra, por todo o

alimento e proteção; aos mares, pelo ar puro e águas bentas; aos rios Paraguaçu, Joanes

e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela sua

força.

Meus profundos agradecimentos às aceroleiras de Tubarão, aos jambeiros do

Retiro de São Bento e aos abacateiros do Vale do Capão, pelos saborosos frutos de

amor; aos cajueiros do Marizá, pelo acolhimento e aprendizado; aos visgueiros da

Fazenda Caraípe, pelos momentos de contemplação; ao baobá de Porto de Galinhas,

companheiro de pôr-do-sol; às amendoeiras da minha rua, pela preciosa sombra; aos

samaneiros de Ondina, pelos momentos de reflexão; aos ipês do Cachoeirão, por sua

colorida nudez; às mangabeiras e cajueiros de Moreré, pelos momentos de conexão; e a

todas as ervas santas, pela cura e clareza.

Agradeço a todos os Eus por juntos sermos o Todo.

Page 6: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- ii -

DEDICATÓRIA

Dedico ao paraíso de nome Terra e aos filhotes dos filhotes que ainda irão nascer.

... Antigamente, quando a Criação era nova, a terra estava cheia de árvores gigantescas, cujos galhos pairavam acima das nuvens, e nelas moravam nossos Pais Antigos, os que caminhavam com os Anjos e viviam segundo a Lei Sagrada.

À sombra dos seus ramos todos os homens conviviam em paz, possuíam a sabedoria e o conhecimento, e era deles a revelação da Luz Infinita.

Através de suas florestas fluía o Rio Eterno, em cujo centro se erguia a Árvore da Vida, que não se escondia deles.

Eles comiam à mesa da Mãe Terrena, e dormiam nos braços do Pai Celestial, aliados para a eternidade com a Lei Sagrada.

Naquele tempo as árvores eram irmãs dos homens, e muito longa era a duração de sua vida na terra, tão longa quanto o Rio Eterno, que fluía sem cessar deste a Fonte Desconhecida.

Agora o deserto varre a terra com areia ardente, as árvores gigantescas, fizeram-se poeira e cinzas, e o vasto rio é uma lagoa lodosa. Pois a aliança sagrada com o Criador foi rompida pelos filhos dos homens, que foram banidos de seu lar nas árvores.

Agora o caminho para a Árvore da Vida esconde-se dos olhos dos homens, e a tristeza enche o céu vazio onde antes pairavam os galhos altaneiros.

Agora ao deserto ardente chegaram os Filhos da Luz, para trabalhar no Jardim da Irmandade.

A semente que plantam no solo árido transformar-se-á em grande floresta, e as árvores se multiplicarão e estenderão as asas virentes até que toda a terra se cubra outra vez.

A terra toda será um jardim e as árvores sobranceiras cobrirão a terra... ... Para cada filho plantarás uma árvore, para que o ventre da tua Mãe Terrena

produza vida, como produz vida o ventre da mulher. Aquele que destrói uma árvore corta os próprios membros... ... Tua majestade reúne todos aqueles que se desgarraram do verdadeiro lar, que é

o Jardim da Irmandade. Todos os homens voltarão a ser irmãos debaixo dos teus ramos desfraldados. Como o Pai Celestial tem amado todos os seus filhos, assim amaremos as árvores

e cuidaremos delas, as árvores que crescem na nossa terra, assim as guardaremos e protegeremos, para que cresçam altas e fortes e encham de novo a terra com sua beleza.

Pois as árvores são nossas irmãs, e, como irmãos, havemos de amar-nos e guardar-nos uns aos outros.

“O Evangelho Essênio da Paz”.

Page 7: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- iii -

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ................................................................................................. i DEDICATÓRIA.......................................................................................................... ii ÍNDICE DAS FIGURAS............................................................................................ iv ÍNDICE DAS TABELAS ............................................................................................ v INTRODUÇÃO..........................................................................................................1

No começo .....................................................................................................1 Salvador hoje..................................................................................................6 A importância do verde urbano.......................................................................9 Problemas na arborização urbana................................................................13 Ecologia........................................................................................................21 Permacultura ................................................................................................23 Agroecologia.................................................................................................25

OBJETIVOS............................................................................................................27 Objetivo geral ...............................................................................................27 Objetivos específicos....................................................................................27

METODOLOGIA .....................................................................................................28 Área de estudo .............................................................................................28 Clima ............................................................................................................28 Geomorfologia..............................................................................................29 Flora e fauna ................................................................................................31 Calçadas.......................................................................................................33 Métodos........................................................................................................33

RESULTADOS........................................................................................................35 Corredor da Avenida Centenário..................................................................35 Dique do Tororó............................................................................................40 Rua Miguel Calmon ......................................................................................44 Avenida Antônio Carlos Magalhães..............................................................46 Avenida Juracy Magalhães Júnior................................................................52 Avenida Vasco da Gama..............................................................................58 Universidade Federal da Bahia ....................................................................64 Macroárea Lucaia/Costeira...........................................................................71

DISCUSSÃO...........................................................................................................81 CONCLUSÕES.......................................................................................................93 RECOMENDAÇÕES...............................................................................................94 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................96 APÊNDICES .........................................................................................................109 ANEXOS ...............................................................................................................113

Page 8: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- iv -

ÍNDICE DAS FIGURAS

Figura 1 – Abertura da Avenida Garibaldi, construída entre 1968 – 1972. 3

Figura 2 – Abertura da Avenida Bonocô, inaugurada em 1970. 4

Figura 3 – Abertura da Avenida Luís Viana Filho (Paralela), inaugurada em 1974. 4

Figura 4 – Renda per capita no município de Salvador, BA, em 2000. 6 Figura 5 – Aspecto da arborização de Maringá, PR, exemplo às cidades brasileiras. 12

Figura 6 - Mapa mostrando o contraste topográfico entre as partes oeste e leste da Falha do Iguatemi. 30

Figura 7 – Abundância relativa entre as espécies da comunidade arbórea do Corredor da Centenário. 37

Figura 8 – Estrutura da comunidade arbórea do Dique do Tororó. 42 Figura 9 – Abundância relativa entre espécies da Rua Miguel Calmon. 45

Figura 10 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. ACM. 49

Figura 11 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Juracy Magalhães Jr. 55

Figura 12 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Vasco da Gama (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 27. 61

Figura 13 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da UFBA. 68 Figura 14 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Macroárea Lucaia/Costeira. 75

Figura 15 – Freqüência de indivíduos da Macroárea Lucaia/Costeira, por família botânica. 77 Figura 16 – Localização do município de Salvador e sua Região Metropolitana (RMS) 115

Figura 17 – Localização das áreas inventariadas. 116

Figura 18 – Cobertura vegetal e Áreas de Conservação e Valor Urbano Ambiental em Salvador. 117

Page 9: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- v -

ÍNDICE DAS TABELAS

Tabela 1 – Indicadores de pobreza e desenvolvimento humano, para Salvador, no ano 2000.

7

Tabela 2 - Porcentagem da Renda Domiciliar Apropriada por Faixas da População, em Salvador, no ano 2000.

7

Tabela 3 - Indicação do porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas. 14

Tabela 4 - Afastamentos mínimos necessários entre as árvores e outros elementos do meio urbano.

15

Tabela 5 - Áreas de Conservação e de Valor Urbano Ambiental em Salvador. 32

Tabela 6 - Espécies encontradas no Corredor da Centenário. 35

Tabela 7 – Percentual da soma das espécies mais abundantes no Corredor da Centenário. 38 Tabela 8 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria no Corredor da Centenário.

38

Tabela 9 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento no Corredor da Centenário. 39

Tabela 10 - Espécies encontradas no Dique do Tororó. 40

Tabela 11 – Percentual da soma das espécies mais abundantes no Dique do Tororó. 43

Tabela 12 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria no Dique do Tororó. 43

Tabela 13 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento no Dique do Tororó. 44

Tabela 14 - Espécies encontradas na Rua Miguel Calmon. 45

Tabela 15 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na R. Miguel Calmon.

46

Tabela 16 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na R. Miguel Calmon. 46

Tabela 17 - Espécies arbóreas encontradas na Av. ACM. 47

Tabela 18 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Avenida ACM. 50

Tabela 19 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. ACM.

50

Tabela 20 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. ACM. 51

Tabela 21 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Acm. 51

Tabela 22 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Juracy Magalhães Jr. 52 Tabela 23 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Av. Juracy Magalhães Jr.

56

Tabela 24 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. Juracy Magalhães Jr.

56

Tabela 25 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. Juracy Magalhães Jr. 57

Tabela 26 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Juracy Magalhães Jr. 57

Tabela 27 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Vasco da Gama. 58

Tabela 28 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Av. Vasco da Gama. 62 Tabela 29 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. Vasco da Gama.

62

Page 10: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- vi -

Tabela 30 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. Vasco da Gama. 63

Tabela 31 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Vasco da Gama. 63

Tabela 32 – Espécies arbóreas encontradas na UFBA. 65

Tabela 33 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na UFBA. 69

Tabela 34 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na UFBA. 69

Tabela 35 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na UFBA. 70

Tabela 36 – Arbustos, palmeiras e outras espécies não arbóreas encontradas na UFBA. 70

Tabela 37 – Espécies arbóreas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira. 72

Tabela 38 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Macroárea Lucaia/Costeira. 76

Tabela 39 – Famílias botânicas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira. 76

Tabela 40 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Macroárea Lucaia/Costeira.

78

Tabela 41 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Macroárea Lucaia/Costeira.

78

Tabela 42 – Comparação da riqueza entre as áreas e outros estudos no Brasil 81

Tabela 43 – Comparação da diversidade entre as áreas de Salvador. 84 Tabela 44 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Macroárea Lucaia/Costeira.

84

Tabela 45 - Origem e informações ecológicas das espécies encontradas. 109

Tabela 46 – Artigos destacados da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, da Constituição Federal brasileira.

113

Tabela 47 - Lista das espécies vegetais exóticas invasoras em ambientes terrestres registradas para o estado de Pernambuco.

114

Page 11: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 1 -

INTRODUÇÃO

No começo

Antes da chegada dos portugueses, diversos grupos de origem Tupi viviam em

amplos territórios espalhados pela Bahia, especialmente, no litoral (Oliveira et al., 2009).

No território que se estendia da costa de Sergipe até o baixo-sul da Bahia viviam os

Tupinambá (Tavares, 2001).

Eram caçadores-coletores e mantinham pequenas lavouras de mandioca, aipim,

inhame, batata-doce, abóbora, mamão, banana e algumas variedades de milho, feijão e

pimenta (Tavares, 2001). Muitos relatos ressaltam a abundância e variedade de espécies

vegetais por eles consumidas, sendo sua principal fonte de nutrientes. A proteína animal

era obtida, principalmente, da pesca. Bebidas fermentadas eram produzidas a partir da

mandioca, milho e de frutas como o caju e a mangaba (Fernandes, 2003).

Conseguiam conciliar seus interesses com a manutenção da biodiversidade. A

floresta encontrada pelos portugueses, chamada pelos índios de caá-etê, já era resultado

do manejo tupinambá (Fernandes, 2003).

Segundo Oliveira et al. (2009), são numerosas as informações etno-históricas e

arqueológicas sobre os tupis na região de Salvador. Muitos documentos fazem referência

a aldeias indígenas, do Rio Vermelho à ilha de Itaparica, desde as primeiras instalações

portuguesas.

A chegada dos portugueses se deu no dia 1º de Novembro de 1501, quando

Americo Vespucci encontrou o acidente geográfico que batizou de Baía de Todos os

Santos, em homenagem ao dia da descoberta. Somente 30 anos depois, em 13 de março

de 1531, desembarca no local a armada de Pero Lopes e Martim Afonso de Sousa.

(Tavares, 2001).

Em 1549 Tomé de Sousa começou a construir a cidade, primeira do Brasil, pois

antes só havia pequenas vilas. Estabelecido o local da administração, foram concedidas

terras para o plantio de algodão e cana-de-açúcar (Tavares, 2001).

Segundo Cardim (1978) apud Ribeiro (2009, p. 39), a população de Salvador, em

1583, era composta de oito mil índios cristianizados, três a quatro mil escravos africanos e

três mil portugueses.

Page 12: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 2 -

Nos dois primeiros séculos da história da Bahia a vida social foi quase

exclusivamente rural. A cidade do Salvador era sede dos governos-gerais e vice-reinados,

centro administrativo, religioso, militar e comercial, porto de embarque de açúcar, fumo,

algodão, entre outros, mas a maioria dos proprietários vivia nos sobrados e casas de suas

terras, mudando-se para a cidade a partir da segunda metade do século XVII (Tavares,

2001).

No período de 1750 a 1800 houve, na cidade de Salvador, a expansão da lavoura

açucareira e de culturas como o tabaco e mandioca, correlacionada ao aumento do tráfico

de escravos (Ribeiro, 2009).

Mais de cem anos depois, na primeira metade do século XX, o estado da Bahia

ainda tinha sua economia baseada no setor primário, agrário exportador, sustentado,

neste momento, na cultura do cacau e do fumo. O estado apresentava um processo de

industrialização tardio em relação ao Sudeste, o que não agradava às elites da época

(Mendes, 2006).

Com isso, a partir da década de 50, investiu-se na mudança para um modelo

industrial de desenvolvimento. Em 1954 foi implantada a Refinaria Landulfo Alves, em

São Francisco do Conde (Região Metropolitana de Salvador - RMS). A infra-estrutura

advinda com a Petrobrás facilitou a criação do Centro Industrial de Aratu e do Complexo

Petroquímico de Camaçari, ambos na RMS (Mendes, 2006).

Como retrata Peixoto (1968), a cidade foi crescendo, a partir do seu núcleo inicial,

por cima dos espigões, ao passo que os fundos dos vales eram ocupados pelas hortas,

que abasteciam parte da população. Os bairros se desenvolveram de forma isolada, em

virtude dos vales e desníveis.

Milton Santos apud Peixoto (1968, p. 11) comenta que com o crescimento da

cidade, o Centro desenvolveu-se comercialmente, o que intensificou a circulação nas

direções periféricas.

Como forma de escoar o trânsito, que já apresentava engarrafamentos diários nas

ruas do Centro, o sistema de transportes foi ocupando os vales (Peixoto, 1968). Foram

construídas grandes avenidas, para fluxo mais intenso de veículos, denominadas

parkways, ou avenidas de vale, com destaque para as avenidas: Centenário (1949),

Castelo Branco (1967), Costa e Silva (1968), Bonocô (1970), Anita Garibaldi (1977), Luis

Viana Filho (1974), entre outras (Vasconcelos, 2002, apud Mendes, 2006, p. 146). As

figuras 1, 2 e 3 mostram a abertura das Avenidas Garibaldi, Bonocô e Luís Viana Filho,

respectivamente.

Page 13: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 3 -

Figura 1 – Abertura da Avenida Garibaldi, construída entre 1968 – 1972.

Fonte: RCGR Informática (2002) apud Mendes (2006, p. 147).

Neste período, por meio do Decreto 2.181/68, da Reforma Urbana do Município, a

prefeitura pôs à venda seus terrenos, que representavam grande parte da cidade. Áreas

remanescentes de mata se tornaram vazios urbanos especulativos, à espera da

valorização com o advento de infra-estrutura (Simões, 2002).

Page 14: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 4 -

Figura 2 – Abertura da Av. Bonocô, inaugurada em 1970. Fonte: RCGR Informática (2002) apud Mendes (2006, p. 147).

Figura 3 – Abertura da Av. Luís Viana Filho (Paralela), inaugurada em 1974.

Fonte: RCGR Informática (2002) apud Mendes (2006, p. 159).

Page 15: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 5 -

Fernandes, Santos e Santo (2004) em estudo sobre a formação do bairro do

Cabula, ressaltam que até os anos 40, este local era uma importante área verde de

Salvador, mas com a expansão horizontal da cidade cresceu também a degradação

ambiental na região e os espaços verdes foram substituídos por áreas densamente

construídas.

Com a valorização dos terrenos nos vales, em virtude das obras públicas, a

população mais abastada foi colonizando-os, expulsando os antigos moradores e as

hortas. Estes passaram a habitar as encostas, cujos terrenos eram mais baratos ou

invadidos (Peixoto, 1968).

O modelo de desenvolvimento industrial, dominante até a década de 80, gerou uma

explosão demográfica na cidade, decorrente do grande fluxo migratório. Iniciou-se na

periferia a formação de uma crescente massa de mão-de-obra empobrecida (Souza,

1986). A falta de perspectiva nas cidades do interior fez da capital uma alternativa para os

excluídos, o que acarretou num intenso processo de favelização e de precarização das

relações de trabalho (Mendes, 2006).

Nos anos 90, com a elevada taxa de desemprego e falta de moradia, reduziu-se a

migração. Em virtude, também, da tendência nacional de redução da natalidade o

crescimento populacional diminuiu (Mendes, 2006).

Neste período surge um novo modelo de desenvolvimento, baseado no setor

terciário (serviços), com ênfase no turismo. Salvador se torna uma alternativa interessante

para grandes grupos estrangeiros (Mendes, 2006).

Segundo Mendes (2006), essa mudança de paradigma não trouxe benefícios à

população, o que resultou em altos índices de desemprego, baixa escolaridade e

manutenção da exclusão social. Este autor descreve o Carnaval como um grande

exemplo deste processo, onde:

“A perspectiva da exclusão pelo consumo se potencializa, à medida

que os pobres da cidade têm que se contentar com um dos cerca de

220 mil empregos temporários gerados direta ou indiretamente ao

evento, como vendedor ambulante, cordeiros, seguranças,

recepcionista, costureira ou camareira, ao tempo que já não mais

são donos do que já foi sua principal festa”.

Page 16: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 6 -

Salvador hoje

Após as expansões em torno do núcleo inicial, a cidade cresceu ao longo de toda a

orla atlântica e no “Miolo”, espaço entre a BR-324 e a Avenida Paralela. Há, em Salvador,

uma segregação espacial, entre as camadas mais abastadas da população que ocupam,

principalmente, a orla atlântica e a entrada da Baía de Todos os Santos, espaços melhor

servidos de infra-estrutura, e o restante da população, que habita o “Miolo”, a parte mais

interna da Baía e encostas e fundos de vale, muitas vezes insalubres, espalhados

desordenadamente (CONDER, 2006). A Figura 4 mostra essa segregação espacial, com

base na Renda per Capita.

Figura 4 – Renda per capita no município de Salvador, BA, em 2000. (Fonte: CONDER, 2006).

Soares (2006) define como territórios populares os espaços onde há pouca

presença do Estado e condições de vida ruins. Exemplos destes, em Salvador, ocorrem

Page 17: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 7 -

no Subúrbio Ferroviário, no Miolo Urbano e em meio aos bairros de classe média, a

exemplo de “ilhas” como o Calabar e o Nordeste de Amaralina.

Porto e Carvalho (2001) comentam que enquanto as famílias mais ricas se

concentram na estreita faixa litorânea até Camaçari, em condomínios fechados, isolados,

protegidos e agora verticalizados, na enorme mancha de pobreza, a segregação social e

econômica traz desemprego, subemprego, informalidade e a busca de negócios nos

próprios bairros.

A taxa de analfabetismo, no ano 2000, entre pessoas com mais de 25 anos era de

7,76%. Neste mesmo ano, a taxa de desemprego, entre os maiores de 15 anos, foi de

24,47% (CONDER, 2006). É grande a desigualdade social e a pobreza. Na Tabela 1

constam alguns índices.

Tabela 1 – Indicadores de pobreza para Salvador, no ano 2000 (CONDER, 2006).

Indicadores Valores % pobres 30,700 % crianças pobres 43,420 % indigentes 13,350 % crianças indigentes 20,780

A Tabela 2 mostra a porcentagem da renda domiciliar apropriada por faixas da

população, em 2000.

Tabela 2 - Porcentagem da Renda Domiciliar Apropriada por Faixas da População, em Salvador, no ano 2000 (CONDER, 2006).

Faixas da População Porcentagem da Renda Pelos 20% mais pobres 1,58% Pelos 40% mais pobres 6,12% Pelos 60% mais pobres 14,17% Pelos 80% mais pobres 29,98% Pelos 20% mais ricos 70,02% Pelos 10% mais ricos 53,59%

Fernandes (2004) ressalta o papel do Estado em impulsionar este crescimento

urbano, com exclusão social, quando constrói grandes conjuntos habitacionais em

lugares distantes e quase sem infraestrutura. Em entrevista com habitantes do Miolo de

Salvador, esta autora identificou como principais queixas o sistema de transporte público

e a violência.

Page 18: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 8 -

O transporte coletivo de Salvador é desigual e excludente (Coelho e Serpa, 2001),

assim como o acesso a serviços básicos de saúde e educação (Fernandes, 2004).

Este descaso, com parte da população, vai de encontro ao Art. 6º da Constituição

Federal de 1988:

“Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a

moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à

maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma

desta Constituição."

O Art. 225º, dessa mesma constituição, prevê outro direito essencial:

“Art. 225º. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o

dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

gerações”.

Contudo, Serpa (2006) mostra que os projetos mais recentes de

criação/requalificação de parques públicos coincidem exatamente com as áreas mais

“nobres” da cidade, a exemplo do Parque da Cidade e de Pituaçu. Estas intervenções

promovem a valorização dos terrenos nestes bairros e o “embelezamento”, como

estratégia de marketing urbano.

Estes projetos excluíram as áreas periféricas da cidade, levando suas praças e

parques ao abandono, como é o caso do Parque São Bartolomeu, remanescente de Mata

Atlântica onde nasce o Rio do Cobre, localizado no Subúrbio Ferroviário (Serpa, 2006).

Este parque está dentro da segunda maior floresta urbana do país, antes conhecida como

Floresta do Urubu, área importante do ponto de vista histórico, cultural e religioso (Serpa,

1998).

Serpa (2006) ressalta que apesar do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e

Ambiental de Salvador abordar os parques públicos do ponto de vista ambiental

(ecológico), prevalece a ótica do lazer, com estratégias que, ao invés do desenvolvimento

sustentável, visam a valorização do solo urbano e o aumento do consumo e lazer para um

público de maior poder aquisitivo.

Page 19: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 9 -

Para Simões (2002), em toda a história de Salvador, a percepção ambiental foi

incipiente e o impacto negativo que se vê sobre o território é de ordem política e técnica.

Serpa (2006) considera que “a questão da acessibilidade e da distribuição espacial

dos espaços públicos de natureza deve ser o cerne de uma discussão acadêmica

profunda”. Segundo ele o índice de áreas verdes por habitante diz muito pouco, pois um

habitante do Curuzu, bairro localizado na região administrativa com menor área verde da

cidade, deve, com razão, se perguntar onde estão seus “metros quadrados” de verde.

A importância do verde urbano

Existe muita confusão na conceituação de termos para o verde urbano (Buccheri

Filho e Nucci, 2006). As áreas verdes podem ser definidas como espaços livres com, no

mínimo, 70% de área permeável e cobertura vegetal. Canteiros, rotatórias e arborização

de ruas não estão inclusos no sistema de áreas verdes, pois são considerados “verde de

acompanhamento viário”, como parte dos espaços de integração urbana (Buccheri Filho e

Nucci, 2006).

Para Pivetta e Silva Filho (2002), a arborização de ruas e avenidas é um

componente muito importante, porém, pouco reconhecido. É necessária sua inclusão no

plano de desenvolvimento e expansão das cidades.

As árvores nas ruas e praças melhoram o microclima e o conforto térmico, através

da redução da incidência direta da radiação solar e consequente redução da temperatura

(Spangenberg et al., 2008; Herrmann, 2008; Barbosa, 2005; Shashua-Bar e Hoffman,

2004; Gómez et al., 2004; Gomes e Amorim, 2003; Dimoudi e Nikolopoulou, 2003;

Papadakis; Tsamis; Kyritsis, 2001; Shashua-Bar e Hoffman, 2000; Taha, 1997). Para

cumprir esta função, árvores com copas mais densas funcionam melhor, assim como

grupos de árvores em comparação a indivíduos isolados ou em linha (Spangenberg et al.,

2008).

A presença de sombreamento nas ruas, devido às árvores, afeta o padrão de

deslocamento do ar e a ventilação (Shashua-Bar e Hoffman, 2003). A evapotranspiração

incrementa a umidade atmosférica (Herrmann, 2008; Gomes e Amorim, 2003). Picot

(2004) argumenta que a vegetação é uma ferramenta realmente válida para o controle do

microclima em ambientes externos.

Page 20: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 10 -

A menor temperatura das construções contribui para redução dos gastos com

refrigeração e ventilação (Spangenberg et al., 2008; Velasco, 2007; Shashua-Bar e

Hoffman, 2004; Jensen; Boulton; Harper, 2003; Simpson, 2002; Papadakis; Tsamis;

Kyritsis, 2001). Nos EUA, Akbari, Pomerantz e Taha (2001) estimaram em

aproximadamente 20% a redução nacional no consumo de energia para refrigeração caso

fossem implantadas, em larga-escala, medidas mitigadoras de ilhas-de-calor, como

plantio de árvores e o incremento do albedo de telhados e pavimentos.

Isto, conseqüentemente, reduz a emissão de carbono e outros poluentes (Donovan

e Butry, 2009; Papadakis; Tsamis; Kyritsis, 2001; Akbari; Pomerantz; Taha, 2001). O

resfriamento do ar pelas árvores diminui a produção fotoquímica de ozônio, além de

adsorver poluentes e material particulado (Haney et al., 1997).

As árvores também contribuem diretamente para o sequestro do carbono

atmosférico (Laera, 2006). Segundo Nowak et al. (2002), a redução da concentração

atmosférica de dióxido de carbono, pela floresta urbana, pode ser maximizada,

principalmente, com a escolha de espécies de vida-longa, crescimento rápido, que exijam

baixa manutenção e com um manejo que aumente a sobrevivência e longevidade das

árvores, com reduzido uso de combustíveis fósseis.

As árvores controlam e previnem o desencadeamento de processos do meio físico,

como a erosão, e impactos ocasionados por processos antrópicos (De Angelis Neto et al.,

2006). Nas ruas, os indivíduos arbóreos interceptam a água da chuva, amenizando o

escoamento que causa alagamentos (Silva, 2008).

A vegetação ao longo das estradas traz maior conforto visual e redução de

elementos que possam distrair os motoristas (Wolf, 2003). A sombra das árvores contribui

para a melhor perfomance do pavimento das ruas, reduzindo os custos de manutenção

(McPherson e Muchnick, 2005).

Vale enfatizar que as áreas verdes interferem nos preços do mercado imobiliário,

valorizando terrenos (Baumgarten, 2006; Wolf, 2009). Laera (2006) pondera que árvores

de rua incrementam preços de imóveis.

Segundo Wolf (2009) os bens colhidos em áreas verdes podem substituir bens

comercializados. A redução das enchentes e da poluição atmosférica poupa os custos de

implantação de sistemas para tal. A presença de calçadas sombreadas e áreas verdes

estimula as pessoas a levarem uma vida menos sedentária, o que reduz a incidência de

problemas de saúde físicos e mentais.

Page 21: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 11 -

As árvores atendem a necessidades alimentares e não alimentares humanas

(Carsan; Wesonga; Wambugu, 2009). Pivetta e Silva Filho (2002) argumentam que a

questão de frutos para consumo humano é assunto polêmico, alguns acreditam estimular

a depredação e outros contestam que se deve lutar pela concientização da população.

Conforme a Prefeitura de São Paulo (2005) o uso de árvores com frutos comestíveis pelo

homem tem que ser objeto de projeto específico e monitoramento, assim como o uso de

novas espécies.

Além de todos estes benefícios proporcionados pelas árvores urbanas, Pivetta e

Silva Filho (2002) citam a redução da poluição sonora, o melhor efeito estético e maior

bem-estar psicológico, os quais contribuem para a melhoria da qualidade de vida e para o

restabelecimento da relação com o meio natural.

Os “corredores verdes” nas cidades, a exemplo de Maringá-PR (Figura 5)

contribuem para a conservação da biodiversidade (Bryant, 2003; Savard; Clergeau;

Mennechez, 2000). Plantas raras podem ser cultivadas para manutenção de um banco

genético (Savard; Clergeau; Mennechez, 2000). Rocha e Barbedo (2008) destacam a

importância da conservação ex situ do Pau-Brasil, espécie em perigo de extinção. Em

estudo destes autores, foram mapeados 67 indivíduos em Recife - PE, 35 em São Paulo -

SP e 123 no Rio de Janeiro - RJ.

As árvores nas vias garantem abrigo e diversificação de fontes de alimentação

para a fauna (Brun; Link; Brun, 2007; Silva et al., 2005; Savard; Clergeau; Mennechez,

2000). O uso de essências nativas, além de garantir a manutenção da avifauna, habituada

aos seus frutos, possibilita o resgate de espécies próximas à extinção (Lorenzi, 2002).

A cobertura arbórea nativa nas cidades serve de ponto de parada para aves

migratórias (Pennington; Hansel; Blair, 2008). Mendonça e dos Anjos (2006) ao

estudarem o comportamento alimentar de beija-flores e passeriformes em flores de

Erythrina speciosa Andrews (Fabaceae) em área urbana, verificaram que esta espécie é

um importante recurso durante o inverno. Em outro estudo destes autores, foram

encontradas 10 espécies de beija-flores em área urbana do sul do País, uma riqueza

moderada (Mendonça e dos Anjos, 2005).

Page 22: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 12 -

Figura 5 – Aspecto da arborização de Maringá, PR, exemplo às cidades brasileiras.

(Fonte: Junior e Lima, 2007).

Apesar de tantos benefícios, a arborização viária é negligenciada pelo poder

público. A legislação federal não contempla a arborização de ruas (Brun et al., 2008) e,

quando presentes, as leis são em alguns casos descumpridas (Costa e Ferreira, 2009;

Silva et al., 2008; Silva et al., 2002).

Em Salvador as poucas Leis e Decretos que tratam de árvores urbanas são:

1. Lei nº 5.493 de 19 de Janeiro de 1999, que dispõe sobre a conservação,

preservação, poda, agressão, erradicação e a reposição de árvores no

Município e dá outras providências.

2. Lei nº 4.456 de 09 de Dezembro de 1991, que obriga o plantio de árvores

frutíferas nas avenidas de vale, bem como nas avenidas que disponham de

áreas marginais favoráveis para tal.

3. Decreto nº 4.756 de 13 de Março de 1975, que delimita áreas incorporadas ao

Sistema de Áreas Verdes do Município, entre elas o conjunto de árvores do

Vale do Canela, Vale das Dorotéias, Convento de São Francisco, Monte Serrat

entre outros;

Page 23: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 13 -

4. Decreto nº 5.674 de 19 de Junho de 1979, que declara imune de corte e de

preservação permanente seis árvores situadas na Praça 2 de Julho.

5. Decreto nº 6.634 de 04 de Agosto de 1982, que declara tombado o conjunto de

edificações, árvores e paisagem do Terreiro da Casa Branca do Engenho

Velho.

6. Decreto nº 7.374 de 28 de Agosto de 1985, que reclassifica, como área

arborizada, a área não edificável nº 30, discriminada e delimitada conforme os

Decretos nº 4.524/73 e 4.756/75 e integrante do Sistema de Áreas Verdes do

Município.

7. Decreto nº 8.731 de 20 de Setembro de 1990, declara imune de corte e de

preservação permanente duas árvores situadas na atual Escola de Belas Artes-

UFBA.

Não existe um Plano Diretor de Arborização para a capital baiana e escassos são

os estudos de suas árvores. Oliveira et al. (2007) investigaram algumas espécies vegetais

nativas, com potencial paisagístico, para arborização de áreas verdes de Salvador. Outro

estudo foi realizado por Oliveira (2007) em relação às pragas e fungos patogênicos

associados à vegetação da cidade.

Carvalho, Roque e Guedes (2007) realizaram um levantamento da arborização de

espaços livres dos campi da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Maliarenko e

Brito (1996) estudaram uma proposta de intervenção para o trecho Pituba – Costa Azul,

da Orla de Salvador, utilizando-se de espécies nativas de restinga.

Problemas na arborização urbana

Salvador não é uma exceção, outras cidades brasileiras também não possuem um

Plano Diretor de Arborização (Almeida, 2009; Costa e Ferreira, 2009; Caznok, 2008;

Colleto et al., 2008; Sampaio e De Angelis, 2008; Roppa et al., 2007; Bortoleto, 2004;

Monico, 2001). É notório que algumas cidades não possuem inventário, ou apresentem

carência de trabalhos científicos sobre a arborização (Monico, 2001).

Nos casos em que não foi possível o planejamento, é importante analisar a

arborização já existente por meio de inventários quali-quantitativos que permitem

Page 24: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 14 -

conhecer as condições da arborização e de plantio. Estes inventários podem ser totais ou

parciais, aleatórios ou sistemáticos, a depender do porte e das características próprias da

cidade. O inventário é o passo inicial para o replanejamento da arborização por meio de

um Plano Diretor (Pivetta e Silva Filho, 2002).

A falta de planejamento e manutenção é um problema recorrente e muito grave

(Lira Filho et al., 2009; Moura e Santos, 2009; Teixeira; Santos; Balest, 2009; Almeida,

2009; Rodolfo Júnior et al., 2008; Sampaio e De Angelis, 2008; Silva Filho et al., 2008;

Roppa et al., 2007; Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Monico, 2001). Conforme Pivetta e

Silva Filho (2002), “A arborização bem planejada é muito importante independentemente

do porte da cidade, pois, é muito mais fácil implantar quando se tem um planejamento,

caso contrário, passa a ter um caráter de remediação, à medida que tenta se encaixar

dentro das condições já existentes e solucionar problemas de toda ordem”.

Monico (2001) encontrou, além da desarticulação entre os setores da prefeitura

responsáveis pela arborização urbana, falta de comprometimento e afeto dos técnicos

com as árvores, que são tratadas como “postes”, enxergando a questão apenas

tecnicamente, sem fundamentação filosófica.

Plantios voluntários são realizados pela população, contudo ocorrem sem respeitar

critérios técnicos (Teixeira; Santos; Balest, 2009; Colleto et al., 2008; Pires et al., 2007;

Bortoleto, 2004; Meneses et al., 2003). Cabe destacar que, na maioria das vezes, estes

optam por árvores frutíferas (Almeida; Zem; Biondi, 2008; Rocha; Leles; Oliveira Neto,

2004).

Conforme Pivetta e Silva Filho (2002), não se deve arborizar ruas estreitas (<7m de

largura) e é importante considerar para escolha do porte das árvores, a largura das

calçadas e o recuo das edificações (Tabela 3). Canteiros centrais obedecem aos mesmos

critérios, sendo que, no caso destes apresentarem largura menor que 1,5 m recomenda-

se a utilização de arbustos e palmeiras.

Tabela 3 - Indicação do porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas (Miranda apud

Pivetta e Silva Filho, 2002). Largura da rua Largura da calçada Recuo das edificações (4 m) Porte de árvore Rua estreita < 3 m sem recuo - (< 7 m) com recuo pequeno Rua larga < 3 m sem recuo pequeno (> 7 m) com recuo médio > 3 m sem recuo médio com recuo grande

Page 25: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 15 -

A distância recomendada entre as árvores e outros elementos urbanos encontra-se

abaixo (Tabela 4).

Tabela 4 - Afastamentos mínimos necessários entre as árvores e outros elementos do meio urbano (Pivetta e Silva Filho, 2002).

Elementos Distância (m) Caixas-de-inspeção e bocas-de-lobo 2,0 Cruzamentos sinalizados por semáforos ou que possam vir a ser 10,0 Encanamentos de água e esgoto e fiação subterrânea 1,0 – 2,0 Entrada de veículos 2,0 Esquinas 5,0 – 7,0 Hidrantes 3,0 Meio-fio 0,5 Pontos de ônibus 1,0 – 1,5 Portas e portões de entrada 0,5 – 1,0 Postes de iluminação pública e transformadores 4,0

A distância entre árvores varia conforme o porte. Pivetta e Silva Filho (2002)

indicam o seguinte espaçamento:

Porte Pequeno, 5 – 6 m.

Porte Médio, 7 – 10 m.

Porte Grande, 10 – 15 m.

Os canteiros devem ter no mínimo um metro quadrado (Pivetta e Silva Filho, 2002).

O Manual Técnico de Arborização Urbana (Prefeitura de São Paulo, 2005), recomenda,

para árvores de copa pequena, uma área permeável de 2 m² e para árvores de copa

grande, uma área de 3 m². O espaço livre para o trânsito de pedestres tem que ser de, no

mínimo, 1,20 m.

A ausência destes conhecimentos técnicos para a implantação da arborização e a

falta de planejamento traz muitos problemas. Espécies de grande porte são plantadas em

locais inadequados, como em canteiros pequenos (Volpe-Filik, 2009; Araújo et al., 2009;

Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009; Silva et al., 2008; Cadorin et al., 2008; Roppa et al., 2007;

Aguirre Júnior; Volpe-Filik; Lima, 2007; Faria; Monteiro; Fisch, 2007; Volpe-Filik; Silva;

Lima, 2007; Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Tudini, 2006; Silva et al., 2002), ou em

locais de conflito com a infra-estrutura urbana, como redes elétricas (Almeida, 2009;

Marek, 2008; Rodolfo Júnior et al., 2008; Cadorin et al., 2008; Melo. Lira Filho; Rodolfo

Júnior, 2007; Silva et al., 2002).

Page 26: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 16 -

Recomenda-se que a rede de energia elétrica aérea seja implantada nas calçadas

norte e oeste, e sob esta, árvores de pequeno porte. As árvores de médio porte ficariam

nas calçadas leste e sul. No caso de árvores com porte inadequado, sob fiação, a melhor

convivência destas pode ser obtida por meio de soluções de engenharia como redes

protegidas, isoladas e compactas (Pivetta e Silva Filho, 2002).

O conflito supracitado é o responsável pela necessidade de podas. Mas em muitas

cidades não existe um programa que defina critérios e técnicas, orientando como

proceder esta prática, o que explica a ausência de manutenção e a ocorrência de podas

mal-executadas, drásticas e sem necessidade (Volpe-Filik, 2009; Araújo et al., 2009;

Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009; Hasse; Shinosaka; Silva, 2008; Cadorin et al., 2008;

Faria; Monteiro; Fisch, 2007; Teixeira e Santos, 2007; Volpe-Filik; Silva; Lima, 2007;

Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Sampaio, 2006; Menegheti, 2003; Andrade, 2002;).

Algumas espécies, como palmeiras, não devem ser plantadas sob fiação, pois não

aceitam podas (Pivetta e Silva Filho, 2002).

Segundo Lorenzi et al. (2003), as árvores devem crescer livremente, na sua forma

original, e as podas só devem ser executadas para eliminar infestações por ervas-de-

passarinho ou conter o crescimento em direções indesejadas. Sugere-se retirar no

máximo 70% da copa e tentar manter o seu formato original (Pivetta e Silva Filho, 2002).

Pivetta e Silva Filho (2002) destacam os quatro tipos de poda básicos na

arborização urbana:

Poda de formação, onde os ramos laterais abaixo de 1,8 m são retirados para

não prejudicar o trânsito de pedestres e veículos.

Poda de limpeza, onde se eliminam ramos velhos, doentes, infestados,

danificados ou em excesso.

Poda de contenção, para adequação da árvore (copa) ao espaço físico, após

plantio inadequado.

Poda emergencial, para retirar partes da planta que ameaçam a segurança da

população, de edificações e redes aéreas.

A baixa sanidade de árvores urbanas é comum, principalmente em virtude de

podas executadas incorretamente, que contribuem para a entrada de patógenos e

ocorrência de pragas (Rodolfo Júnior et al., 2008; Sampaio e De Angelis, 2008).

Há doenças causadas por fungos como o cancro de tronco (De Angelis; Castro; De

Angelis Neto, 2007; Tudini, 2006), manchas foliares, seca dos ramos, podridões e até

Page 27: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 17 -

morte de plantas (Oliveira, 2007), infestações de ácaros, cochonilhas, coleobrocas,

psilídeos, pulgões, cupins, tripes (Sampaio e De Angelis, 2008; Duarte et al., 2008;

Oliveira, 2007; Sampaio, 2006; Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Tudini, 2006; Amaral,

2002;) e de plantas parasitas como ervas-de-passarinho (Andrade, 2002).

Duarte et al. (2008) encontraram, com maior frequência, cupins em árvores mais

fragilizadas, aquelas mais velhas, com injúrias mecânicas, problemas fitossanitários

graves ou mais freqüentes na comunidade.

As condições no meio urbano, como compactação do solo e poluição do ar, são

muito adversas para as árvores (Amaral, 2002). Os processos de movimentação de terra

para urbanização resultam em solos com baixa fertilidade, compactados e muitas vezes

com resíduos de construção no subsolo (Pivetta e Silva Filho, 2002).

A compactação do solo é necessária para a pavimentação e fundação dos prédios,

mas esta prejudica o desenvolvimento das plantas. Aliado a isto, o pavimento das ruas e

calçadas impede a penetração de água e ar (Pivetta e Silva Filho, 2002).

A nutrição e o rendimento vegetal dependem do desenvolvimento radicular,

intimamente associado à bioestrutura grumosa do solo, à fácil disponibilidade de água, ar

e nutrientes e à ausência de compostos tóxicos (Primavesi, 2002).

Primavesi (2002) ressalta a importância da matéria orgânica no solo para a

sanidade vegetal. Em suas palavras, quando adequadamente manejada esta ajuda a

“diversificar a vida do solo, produzir substâncias fungistáticas como fenóis e permitir a

produção de antibióticos por bactérias”. Pivetta e Silva Filho (2002) não recomendam o

controle químico de pragas e doenças no ambiente urbano.

Outro problema relacionado à arborização viária é a escolha das espécies. Pivetta

e Silva Filho (2002) elencam as seguintes condições para que uma árvore possa ser

utilizada na arborização urbana, sem trazer inconvenientes:

a. resistência a pragas e doenças;

b. velocidade de desenvolvimento média para rápida;

c. não produzir frutos grandes;

d. ter lenho resistente;

e. ser livres de espinhos;

f. não conter princípios tóxicos ou alergênicos;

g. apresentar bom efeito estético;

h. flores, de preferência, de tamanho pequeno, sem odores fortes.

i. ser nativa ou, se exótica, deve ser adaptada;

Page 28: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 18 -

j. ter folhagem de renovação e tamanho favoráveis.

k. ter copa com forma e tamanho adequados.

l. ter sistema radicular profundo.

Os organismos, de determinada espécie, são especializados em intervalos

estreitos de condições ambientais e suas adaptações morfológicas e fisiológicas estão

associadas aos mecanismos pelos quais estes interagem com o meio físico. A distribuição

geográfica de plantas é globalmente determinada pelo clima e localmente associada aos

solos e topografia (Ricklefs, 2003).

No entanto, o homem introduz espécies em áreas fora de sua distribuição original,

para os mais diversos fins: ornamental, alimento, madeira, princípios medicinais, entre

outros. Estas se desenvolvem melhor quando cultivadas em condições próximas as da

região de origem (Lorenzi et al., 2003).

Lorenzi et al. (2003) define como árvores exóticas, “aquelas oriundas de outros

países ou continentes que não pertencem à flora do País, não sendo, portanto nativas ou

indígenas”.

A vegetação nativa de nosso país sofreu milhares de anos de seleção natural,

sendo, assim, resistentes e adaptadas ao meio (Lorenzi, 2002). No entanto, as espécies

exóticas representam cerca de 80% das espécies usadas na arborização urbana (Lorenzi

et al., 2003) e são as mais abundantes em muitas cidades (Almeida, 2009; Lira Filho et

al., 2009; Oliveira et al., 2009; Silva et al., 2008; Caznok, 2008; Silva et al., 2008; Cadorin

et al., 2008; Biondi e Leal, 2008; Blum; Borgo; Sampaio, 2008; Colleto et al., 2008; Silva et

al., 2007; Silva et al., 2007; Bortoleto et al., 2007; Silva; Meunier; Freitas, 2007; Teixeira e

Santos, 2007; Bortoleto, 2004; Dantas e Sousa, 2004; Andrade, 2002).

Em muitos casos são raras as espécies nativas do bioma local (Pires et al., 2007;

Silva; Meunier; Freitas, 2007; Harder, 2002). Isernhagen, Bourlegat e Carboni (2009)

comentam a importância de se especificar em qual formação fitogeográfica a espécie é

nativa, pois o Brasil é muito rico em dinstintas formações como o Cerrado, a Caatinga e a

Floresta Amazônica.

Faltam estudos sobre a utilização de espécies nativas (Isernhagen; Bourlegat;

Carboni, 2009; Tomasini e Sattler, 2006; Machado et al., 2006; Lorenzi, 2002;). Apesar do

Brasil possuir a flora arbórea mais diversificada do mundo, espécies de grande valor

estão sendo perdidas, junto com a fauna dependente destas (Lorenzi, 2002).

Page 29: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 19 -

Alvey (2006) ressalta a necessidade de se promover a diversidade em áreas

urbanas, tendo em vista o potencial destas em sustentar uma importante biodiversidade.

O emprego de árvores exóticas na arborização de ruas e praças do Brasil foi responsável

pela quase extinção de muitas espécies de aves que não se adaptaram aos frutos

exóticos (Lorenzi, 2002).

A enorme diversidade de plantas nativas, com frutificação espalhada ao longo do

ano, garante alimento de forma contínua e equilibrada à fauna (Lorenzi, 2002). Em Recife,

Silva et al. (2005) encontraram uma frequência muito baixa de árvores que ofereciam

frutos a ornitofauna.

Desde o começo da nossa colonização, espécies exóticas foram trazidas para

arborização, mas as árvores nativas também se destacaram na história, como o próprio

nome do Brasil e o de cidades como Juazeiro (BA), Quixabeira (PE) e Cajueiro (AL)

(Lorenzi, 2002). Contudo, muitas cidades não têm identidade arbórea (Silva, 2008).

Também, são utilizadas muitas espécies invasoras (Blum; Borgo; Sampaio, 2008;

Oliveira et al., 2009; Silva et al., 2008; Biondi e Leal, 2008; Silva et al., 2007; Biondi e

Pedrosa-Macedo, 2008). Segundo Ziller (2001), o processo de contaminação biológica de

ecossistemas por plantas exóticas afeta o funcionamento natural destes, prejudica as

plantas nativas e representa hoje a segunda maior ameaça à biodiversidade, perdendo

apenas para a destruição de habitats.

Outro erro comum é o uso de espécies tóxicas, que oferecem risco à população.

Um exemplo é a espirradeira (Nerium oleander), cujas partes são todas tóxicas (Biondi e

Leal, 2008; Cavalcanti et al., 2003; Corrêa, 2006). De acordo com o SINITOX (2009), 60%

das intoxicações por plantas no país ocorrem com crianças pequenas e 80% dos casos

são acidentais.

Espécies não-recomendadas para arborização de ruas, pelos mais diversos

motivos, também são comumente usadas, a exemplo da amendoeira (Terminalia

catappa), sombreiro (Clitoria fairchildiana), cássia-siamesa (Senna siamea), figueira-

benjamina (Ficus benjamina) e flamboyant (Delonix regia), por destruírem calçadas

(Araújo et al., 2009; Rocha; Leles; Oliveira Neto, 2004; Lorenzi et al., 2003; Menegheti,

2003), o limoeiro (Citrus limon), por apresentar espinhos (Corrêa, 2006), o eucalipto

(Eucalyptus globulus) e o salgueiro (Salix babylonica), por apresentarem riscos aos

encanamentos, em virtude de suas raízes muito hidrófilas (Corrêa, 2006).

Page 30: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 20 -

Segundo Lesser (2001) muitos fatores contribuem para o enraizamento na

superfície, responsável pelos danos às calçadas, estes são: tendência natural da espécie;

irrigação superficial; canteiros pequenos; e excessiva compactação do solo.

Por esses motivos, é muito importante a orientação sobre espécies ideais (Moura e

Santos, 2009). Contudo, além do uso de espécies inadequadas, em muitos casos ocorre

baixa diversidade ou dominância de poucas espécies (Almeida, 2009; Araújo et al., 2009;

Sampaio e De Angelis, 2008; Cadorin et al., 2008; Rodolfo Júnior et al., 2008; Silva et al.,

2008; Rossatto; Tsuboy; Frei, 2008; Colleto et al., 2008; Melo; Lira Filho; Rodolfo Júnior,

2007; Lima Neto et al., 2007; Sampaio, 2006; Tudini, 2006; Menegheti, 2003; Andrade,

2002; Amaral, 2002).

Pivetta e Silva Filho (2002) citam a importância da diversificação de espécies para

reduzir a monotonia da malha urbana e evitar problemas de pragas e doenças. Estes

recomendam que a frequência de uma espécie não ultrapasse 10 ou 15% da população

total. Lorenzi (2002) ressalta que plantios homogêneos são sistemas instáveis e

vulneráveis e sua manutenção é muito mais complicada que a de bosques heterogêneos

de árvores nativas.

Em virtude da baixa diversidade animais generalistas são beneficiados, com

prejuízo para espécies de hábitos específicos (Brun; Link; Brun, 2007; Mendonça e dos

Anjos, 2005).

De acordo com o USDA Forest Service (2004), árvores de grande porte trazem

muito mais benefícios que árvores de pequeno porte, pois proporcionam maior

sombreamento, maior redução da poluição atmosférica e maior controle das águas

pluviais.

Apesar do uso de árvores ser mais vantajoso em termos financeiros, estéticos,

climáticos, funcionais e de segurança pública que o de arbustos (Junior e Lima, 2007), um

problema recorrente é a priorização de espécies arbustivas (Bortoleto et al., 2007; Aguirre

Júnior; Volpe-Filik; Lima, 2007; Bortoleto, 2004).

Arbustos em passeios podem prejudicar o trânsito de pedestres, assim como

árvores com a primeira inserção de galhos abaixo da altura ideal (Almeida, 2009; Silva et

al., 2008; Silva et al., 2008). Além destes, as espécies utilizadas como forração são, em

alguns casos, também inadequadas (Bobrowski; Biondi; Baggenstoss, 2009).

Todos esses problemas contribuem para uma manifestação negativa dos

habitantes em relação à arborização viária (Silva et al., 2007; Silva, 2005). Lorenzo et al.

(2000) encontraram, em Louisiana (EUA), a disposição de pagar pela proteção e

Page 31: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 21 -

preservação da floresta urbana positivamente associada com a percepção dos benefícios

e negativamente associada com os transtornos. Mais de 80% dos entrevistados estavam

dispostos a pagar por este serviço. Mas, no Brasil, são raros os projetos de educação

ambiental que discutem este tema (Monico, 2001; Meneses et al., 2003).

Fraser e Kenney (2000) ressaltam a importância de se considerar a diversidade

cultural da população no planejamento. As diferentes percepções da vegetação geram

uma maior complexidade à adoção de estratégias para a floresta urbana.

Ecologia

A maior parte dos problemas vistos acima pode ser associada à inobservância de

processos e princípios básicos da Ecologia.

Segundo Ricklefs (2003), Ecologia é a ciência que estuda como os organismos

interagem entre si e com o meio físico, o prefixo “eco”, derivado do grego oikos, significa

“casa”. Para Odum (1988), Ecologia é o estudo do “lugar onde se vive”, incluindo todos os

organismos presentes e os processos que o tornam habitável.

Alguns conceitos-chave para se discutir ecologia são: população, comunidade e

ecossistema. Estes são diferentes níveis bióticos de organização e à medida que seus

componentes interagem para produzir sistemas maiores, emergem propriedades que não

existiam em níveis inferiores, ou seja, o todo é mais que a soma das partes (Odum, 1988).

Segundo Ricklefs (2003), uma população é constituída de organismos de uma

mesma espécie que vivem numa determinada área. Odum (1988) define como “qualquer

grupo de organismos da mesma espécie que ocupa um espaço determinado e é parte

funcional de uma comunidade biótica

As populações, diferente dos organismos, são potencialmente imortais. Seu

comportamento é dinâmico, devido aos nascimentos, mortes e movimentos de indivíduos,

processos estes influenciados pela interação entre os próprios organismos e com o

ambiente (Ricklefs, 2003). Odum (1988) refere-se a quatro atributos básicos de uma

população: densidade, natalidade, mortalidade e distribuição etária.

Todas as populações que vivem em uma determinada área compõem a

comunidade. Esta é, portanto, um nível biótico maior que a população. (Odum, 1988).

Page 32: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 22 -

Ricklefs (2003) chama de comunidade ecológica as “populações de diferentes tipos que

vivem no mesmo lugar”, as quais interagem de muitas formas.

A estrutura de uma comunidade pode ser medida através do número de espécies

(riqueza) e pelos índices de diversidade, que pesam a contribuição de cada espécie por

meio da abundância relativa, ou seja, sua proporção do número total de indivíduos na

comunidade. Dois índices bastante usados são o de Simpson e o de Shannon-Wiener

(Ricklefs, 2003). Para Silva Filho e Bortoleto (2005) estes indicadores são úteis nas

decisões de manejo da arborização urbana.

O conjunto de organismos e seus ambientes físico-químicos formam o ecossistema

(Ricklefs, 2003). Para Odum (1988), este é “a unidade funcional básica na Ecologia, pois

inclui tanto os organismos quanto o ambiente abiótico”.

É um sistema aberto, com entradas e saídas, cuja interação de três componentes

básicos garante sua funcionalidade: a comunidade, o fluxo de energia e a ciclagem de

materiais (Odum, 1988).

De acordo com Savard, Clergeau e Mennechez (2000), princípios usados para o

manejo e incremento da biodiversidade podem ser aplicados em ecossistemas urbanos.

Mas, é essencial a incorporação do componente sociológico.

Os ambientes humanos também são sistemas ecológicos, mas o homem consome

energia e recursos e produz rejeitos além das suas necessidades biológicas. Os impactos

principais disto são a interrupção de processos ecológicos, com conseqüente

exterminação de espécies, e a deterioração dos próprios ambientes humanos, pela forte

pressão sobre os sistemas ecológicos que os sustentam (Ricklefs, 2003).

As cidades, principalmente as industrializadas, são ecossistemas incompletos que

dependem de amplas áreas externas para obter energia, água, alimentos e outros

materiais. Estas apresentam um metabolismo bastante intenso por unidade de área, o

que exige um grande influxo de energia e materiais e resulta em ambientes de saída

carregados de resíduos tóxicos (Odum, 1988).

Ricklefs (2003) ressalta o impacto da população humana na Terra. Segundo ele,

cada indivíduo usa tanta energia e tantos recursos que a maior parte da superfície

terrestre e dos oceanos está sobre controle direto da humanidade.

Odum (1988) defende que o reconhecimento da base ecológica do conflito entre a

meta humana e a tendência de desenvolvimento de sistemas naturais é o primeiro passo

para a construção de políticas racionais de gerenciamento ambiental.

Page 33: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 23 -

Permacultura

O termo “Permacultura” foi originalmente proposto por Bill Mollison e David

Holmgreen na década de 70 (Morrow, 1993). É definido por Mollison e Slay (1998) como

“um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis”.

Segundo Morrow (1993), este integra a Ecologia na criação de comunidades

humanas, projetando assim, ambientes que possam prover as necessidades básicas,

bem como as infra-estruturas que as apóiam.

Para Mollison e Slay (1998) estes sistemas ecologicamente corretos e

economicamente viáveis, são capazes de suprir suas necessidades, sem exploração e

poluição, garantindo, portanto, a sustentabilidade a longo prazo.

O cerne da Permacultura é o design, ou conexão entre os elementos. Baseia-se na

observação de sistemas naturais, na sabedoria dos sistemas produtivos tradicionais e no

conhecimento científico e tecnológico moderno, para criação de um sistema de apoio à

vida por meio das qualidades inerentes dos organismos e das características naturais dos

terrenos e construções, ou seja, trabalhando com a natureza e não contra esta (Mollison e

Slay, 1998).

O design permacultural sustenta-se numa ética de cuidado com a Terra, ou seja,

cuidado com todas as coisas vivas e não-vivas. Reconhece o valor de tudo que é vivo,

mesmo que não haja valor comercial. Esta ética básica implica no cuidado com as

pessoas e no cuidado com a distribuição do excedente de tempo, dinheiro e materiais

para alcançar esses fins (Mollison e Slay, 1998).

Dentro desta ética, os projetos permaculturais, em qualquer clima, condição cultural

e escala, podem adotar leis e princípios básicos, em conjunto com práticas e técnicas

locais (Mollison e Slay, 1998). Estes autores destacam os seguintes princípios:

cada elemento é posicionado em relação a outro de forma que se auxiliem

mutuamente (Localização relativa);

cada elemento executa muitas funções;

cada função importante é apoiada por muitos elementos;

planejamento eficiente do uso de energia para a casa e os assentamentos

(zonas e setores);

preponderância do uso de recursos biológicos sobre o uso de combustíveis

fósseis;

Page 34: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 24 -

reciclagem local de energias (humanas e combustíveis);

utilização e aceleração da sucessão natural de plantas visando o

estabelecimento de sítios e solos favoráveis;

policultura e diversidade de espécies, objetivando um sistema produtivo e

interativo;

utilização de bordas e padrões naturais para um melhor efeito.

Para Morrow (1993), o planejamento de ecossistemas produtivos e que exijam o

mínimo de manutenção deve levar em conta processos como: fluxos de energia,

reciclagem de matéria, teias alimentares, sucessão ecológica, empilhamento de espécies

no espaço e fatores limitantes do clima e do solo.

Na região metropolitana de Porto Alegre, o Centro Experimental de Tecnologias

Habitacionais Sustentáveis (CETHS), traz uma proposta de assentamento urbano para

populações de baixa renda, que leva em conta princípios da Permacultura (Tomasini e

Sattler, 2006).

No CETHS, além das estratégias como captação de águas pluviais, tratamento e

reciclagem de resíduos, uso de materiais de construção e fontes de energia alternativa, o

projeto busca a integração do paisagismo à produção local de alimentos, agregando,

assim, mais funções à vegetação. É proposto o uso de espécies de importância para o

ecossistema local ou que produzam bens para o homem e que sirvam de instrumento de

educação ambiental (Tomasini e Sattler, 2006). Para Mollison e Slay (1998) tornou-se

símbolo de status as fachadas não produtivas, com gramados e arbustos sem função.

A produção de alimentos, em virtude da necessidade de espaço, tem sido excluída

dos centros urbanos, para a zona rural distante. As cidades se tornaram incapazes de

suportarem suas necessidades de alimento e energia, pois consomem além do que

podem produzir (Mollison e Slay, 1998).

Em pesquisa com a população do CETHS, constatou-se a convergência entre a

busca da sustentabilidade e o uso de espécies nativas na arborização urbana, que além

de incrementar a biodiversidade pode representar importante fonte de recursos (Tomasini

e Sattler, 2006).

Segundo Drescher, Jacob e Amend (2009), a produção de alimentos para as

populações urbanas pode se dar na própria cidade, através de atividades como

horticultura, criação de animais, coleta, silvicultura, entre outras.

Page 35: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 25 -

Árvores podem ser plantadas em pomares públicos para a produção de frutas,

castanhas, sementes ou óleo. Mas deve-se adotar uma visão de longo-prazo, com o

planejamento da futura retirada de seus produtos e das próprias árvores (Morrow, 1993).

Nas palavras de Mougeot (2009) “a característica principal da agricultura urbana,

que a distingue decisivamente da agricultura rural, é sua integração no sistema

econômico e ecológico urbano” ou ecossistema urbano.

Altieri (2004) traz o conceito de “agroecossistema” e ressalta que a produção

sustentável deste depende do equilíbrio entre plantas, solo, luz solar, água e todos os

organismos vivos coexistentes. A Agroecologia estuda os agroecossistemas, numa visão

multidimensional.

Agroecologia

Segundo Altieri (2004), “a agroecologia fornece uma estrutura metodológica de

trabalho para a compreensão mais profunda tanto da natureza dos agroecossistemas

como dos princípios segundo os quais eles funcionam. Trata-se de uma nova abordagem

que integra os princípios agronômicos, ecológicos e socioeconômicos à compreensão e

avaliação do efeito das tecnologias sobre os sistemas agrícolas e a sociedade como um

todo”.

Caporal, Costabeber e Paulus (2006) abordam a Agroecologia como “uma ciência

que pretende contribuir para o manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis, em

perspectiva de análise multidimensional (econômica, social, ambiental, cultural, política e

ética). Entendida a partir de seu enfoque teórico e metodológico próprio e com a

contribuição de diversas disciplinas científicas, a ciência Agroecológica passa a constituir

uma matriz disciplinar integradora de saberes, conhecimentos e experiências de distintos

atores sociais, dando suporte à emergência de um novo paradigma de desenvolvimento

rural”.

Segundo Petersen (2009), a agroecologia é “um enfoque científico que fornece as

diretrizes conceituais e metodológicas para a orientação de processos voltados à

refundação da agricultura na Natureza por meio da construção de analogias estruturais e

funcionais entre os ecossistemas naturais e os agroecossistemas”.

Page 36: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 26 -

Mas a sustentabilidade só é possível com a preservação da diversidade cultural

que mantém as agriculturas locais. Dentro de uma organização social que proteja os

recursos naturais e zele pela harmonia entre sociedade, agroecossistemas e ambiente. A

participação da comunidade deve ser a força geradora do desenvolvimento (Altieri, 2004).

Portanto, considerando-se a importância da Ecologia e da Permacultura na

construção de uma sociedade sustentável e os benefícios proporcionados por uma

arborização urbana planejada e eficiente.

Em respeito aos artigos 6º e 225º da Constituição Federal brasileira (citados na

página oito); e em respeito à Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, também desta

Constituição, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma

Mata Atlântica, com destaque para os artigos 6º e 7º (na Tabela 46 dos Anexos).

Justifica-se a realização deste trabalho que tem por finalidade o estudo da

arborização de Salvador, fundamentado em bases ecológicas e permaculturais.

Page 37: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 27 -

OBJETIVOS

Objetivo geral

Analisar a comunidade arbórea de ruas e praças em Salvador-BA, à luz da

Ecologia e Permacultura, com base em inventários quantitativos da arborização.

Objetivos específicos

i. Analisar a riqueza e diversidade da comunidade arbórea.

ii. Analisar a abundância de espécies exóticas, nativas não regionais e nativas

regionais.

iii. Analisar a freqüência de espécies que forneçam alimento à fauna (incluso o

homem).

iv. Detectar a ocorrência de espécies tóxicas, alergênicas e invasoras.

Page 38: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 28 -

METODOLOGIA

Área de estudo

O município de Salvador localiza-se na latitude 12°58’16’’ S e longitude 38°30’39’’

W (Salvador, 2004). É a capital do estado da Bahia (BA) e sua região metropolitana

(RMS) é composta de dez municípios, cuja área total é de 2.186,61 km² e a população,

em 2001, era de 3.021.572 habitantes. Além da capital, a RMS inclui: Camaçari,

Candeias, Dias D'avila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do

Conde, Simões Filho e Vera Cruz. (CONDER, 2006). A Figura 16 dos Anexos mostra a

RMS.

No ano de 2000, a cidade de Salvador apresentava uma população de 2.443.107

habitantes, distribuídos nos 313 km² do município, cujo perímetro é de 193,06 km. A

densidade demográfica era de 7.805 hab/km² (CONDER, 2006).

Clima

Seu clima é tropical úmido, com alta pluviosidade, do tipo Af na classificação de

Köppen (Bittencourt, 1971). A temperatura média anual é de 24°C a 26ºC, sendo que a

máxima nunca ultrapassa 36ºC. Os meses de temperatura mais amena são, geralmente,

junho e julho, sendo que a média do mês mais frio varia de 20º a 24ºC (IBGE, 1977).

Mesmo no período com menor freqüência de chuvas, os constantes alísios de SE e

L tem ação refrescante (IBGE, 1977), como retrata Peixoto (1968): “As brisas marinhas e

os alísios vêm atenuar o carácter tórrido do clima soteropolitano, à medida que a posição

e a orientação das casas lhes permitem. Isto quer dizer que no interior da cidade, os

fundos de uma boa parte dos vales são quentes. O tipo de construção das casas, o

material empregado, vêm ligeiramente compensar este inconveniente ou, ao contrário,

agravá-lo mais ainda.”

Salvador situa-se no domínio dos alísios que, regularmente sopram de SE, ao

longo do ano, com maior freqüência em julho e agosto. Sua circulação é ultrapassada, em

freqüência, pelos ventos de NE, de outubro a dezembro, e de L de dezembro a fevereiro.

(Peixoto, 1968). Os ventos de Sul são os mais fortes (Bittencourt, 1971).

Page 39: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 29 -

As chuvas de inverno são produzidas pelas massas polares, que começam em

abril e dominam em julho. As precipitações de outono são produzidas pela massa

equatorial Norte e as de verão pela massa equatorial continental (Peixoto, 1968).

Os índices pluviométricos anuais estão entre 1750 a 2000 mm. O máximo de

pluviosidade se dá no Outono (mais freqüentemente) ou no Inverno, sendo o trimestre

mais chuvoso os meses de Abril-Maio-Junho. O mínimo se dá na Primavera ou Verão,

mas não há estação seca (IBGE, 1977).

Geomorfologia

Segundo Ricklefs (2003), os padrões climáticos mais gerais, são sobrepostos por

condições ambientais locais, dependentes da topografia e geologia.

Salvador e seus arredores apresentam três domínios geológicos principais: a Bacia

Sedimentar do Recôncavo, limitada ao leste pela Falha de Salvador; a Margem Costeira

Atlântica; e o Alto de Salvador, que separa a Bacia do Recôncavo do Oceano Atlântico

(Barbosa et al., 2005). Peixoto (1968) define três elementos topográficos principais na

cidade: a Orla da Baía de Todos os Santos, o Planalto e o Litoral.

O planalto é recortado pelas diferentes bacias que drenam a região, gerando um

relevo bastante acidentado, formado por vales profundos e encostas íngremes (Peixoto,

1968). As principais bacias hidrográficas do município são: do Camaragibe, com 37 km²;

do Cobre, com 17 km²; do Ipitanga, com 59 km²; do Jaguaribe, com 58 km²; do Lucaia,

com 18 km²; e do Pituaçu, com 28 km² (Salvador, 2004).

As características do solo resultam das influências da rocha, subjacente, e do clima

e vegetação acima dele (Ricklefs, 2003). O Alto de Salvador é dominado por rochas

metamórficas do Pré-Cambriano, com alto grau de metamorfismo, como granulitos ácidos

e básicos com veios de diabásio. A espessura do manto de intemperismo é, quase

sempre, superior a 10 m (Fujimori, 1968, apud Bittencourt, 1971). Este manto tem caráter

argiloso, mas os fundos dos vales apresentam, geralmente, areias finas misturadas às

argilas decorrentes da última transgressão marinha (Peixoto, 1968).

Sub-paralela à Falha de Salvador, há uma zona rúptil, chamada Falha do Iguatemi

(Figura 6), a oeste da qual as altitudes são maiores (>60 m) e a leste, em direção ao

Page 40: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 30 -

Oceano Atlântico, são menores (>30 m) (Barbosa et al., 2005). No Norte da cidade os

morros atingem em média 90 m de altura (Peixoto, 1968).

Figura 6 - Mapa mostrando o contraste topográfico entre as partes oeste e leste

da Falha do Iguatemi. (Fonte: Barbosa et al., 2005).

Ao pé do escarpamento que divide as cidades Alta e Baixa, estende-se a orla da

Baía de Todos os Santos, uma estreita e rasa planície, alargada pelo homem ao longo

dos séculos (Peixoto, 1968).

A Margem Costeira Atlântica é formada pelo acúmulo, pouco espesso, de

sedimentos argilosos, arenosos e areno-argilosos, (Barbosa et al., 2005). Pode ser

dividida em duas partes: um trecho que vai da Barra até Amaralina e outro de Amaralina

em direção ao Norte (Peixoto, 1968).

O primeiro trecho caracteriza-se por colinas que avançam em direção ao mar,

terminando em falésias. Na outra parte, as formas de relevo continentais encontram-se

mais afastadas da praia (de 500 m a 1 km) (Peixoto, 1968). Neste trecho as dunas

ocorrem desde a Pituba, com grande desenvolvimento em Itapuã. Após as dunas, em

Page 41: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 31 -

direção à praia, há planícies arenosas, com leves ondulações. Em vários pontos, a costa

é margeada por um cordão arenoso (Bittencourt, 1971).

Flora e fauna

Como disposto na Lei nº 11.428, de 22 de Dezembro de 2006, da Constituição

Federal, disposto no seu Art. 2º, o Bioma Mata Atlântica integra as seguintes formações

florestais e ecossistemas associados: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista;

Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional

Decidual, manguezais, vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e

encraves florestais do Nordeste. A cidade de Salvador está dentro do seu domínio (MMA,

2002).

A Mata Atlântica apresenta altos índices de biodiversidade e endemismo. Os dois

maiores recordes mundiais de diversidade de plantas lenhosas foram registrados no Sul

da Bahia. Apesar disto, sua conservação enfrenta grandes desafios. No domínio da Mata

Atlântica habita 70% da população do país e localizam-se as maiores cidades e pólos

industriais (MMA, 2002).

Dentro do município de Salvador estão presentes quatro Áreas de Proteção

Ambiental: APA Lagoas e Dunas do Abaeté, APA Bacia do Cobre – São Bartolomeu, APA

Joanes-Ipitanga e a APA Baía de Todos os Santos (CRA, 2002).

A APA Baía de Todos os Santos possui uma área de 800 km², abrangendo 13

municípios e 54 ilhas. Serve à proteção de remanescentes de Mata Atlântica, restingas e

manguezais. Suas águas abrigam uma fauna diversa e algumas de suas ilhas são

verdadeiros santuários ecológicos, com destaque para as ilhas: das Vacas, do Medo, dos

Frades e de Bimbarra. Habitam as ilhas desta APA aves como juriti (Geotrygon sp.),

gavião-carrapateiro (Milvago chimachima), garça–azul (Egretta caerulea), murucututu

(Pulsatrix perspicillata), carcará (Polyborus plancus), papagaio-verdadeiro (Amazona

aestiva) e irerê (Dendrocygna viduata), além de outros animais, como a iguana (Iguana

iguana) e o mico-de-tufos-brancos (Callithrix jaccus) (CRA, 2002).

A APA Joanes-Ipitanga, possui 64 mil hectares e abrange os municípios de

Camaçarí, Simões Filho, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Candeias, São

Sebastião do Passé, Salvador e Dias D’Ávila. Apresenta remanescentes de floresta

ombrófila, dunas e restingas, cuja proteção é essencial à boa qualidade da água que

Page 42: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 32 -

abastece a RMS. Em suas matas habitam, entre outros animais, mamíferos como a

raposa (Cerdocyon thous) e o quati (Nasua nasua) (CRA, 2002).

Nas proximidades da RMS destacam-se como áreas de alta importância biológica

para a conservação: a área metropolitana de Salvador, a APA Litoral Norte e matas

circunvizinhas (para a flora); a RMS, restingas ao Norte de Salvador e a Ilha de Itaparica

(para invertebrados); as matas de Conde, Jandaíra e Santo Amaro (para as aves); e os

remanescentes florestais do Recôncavo Baiano (para mamíferos) (MMA, 2002).

A cobertura vegetal da parte continental do município é de 9.382,30 hectares, o

que equivale a 33,19% desta área (Salvador, 2004), conforme Figura 18 dos Anexos.

Simões (2002) ressalta a importância das seguintes áreas verdes do município:

Ilha dos Frades, Parque São Bartolomeu/ Pirajá, Parque de Pituaçu, Parque da Cidade,

Dunas de Itapuã e áreas do entorno da Avenida Paralela.

O PDDU ao tratar de Áreas de Conservação e de Valor Urbano Ambiental, dentro

do município, destaca os seguintes espaços e suas categorias (Tabela 5) (Salvador,

2004). O mapa com a localização destas consta nos Anexos (Figura 18).

Tabela 5 - Áreas de Conservação e de Valor Urbano Ambiental em Salvador (Salvador, 2004). Aratu Cobre São Bartolomeu Abaeté Dunas de Armação Vale do Cascão

Parques da Natureza

Manguezal do Rio Passa Vaca Lagoas e Dunas do Abaeté Joanes/Ipitanga Baía de Todos os Santos APAs Estaduais

Lagoa da Paixão e Bacia do Cobre Cascão Cobre/Pirajá Jaguaribe Aratu

Áreas de Proteção de Recursos Naturais

São Marcos Zoobotânico de Ondina Joventino Silva Pituaçu Lagoa da Paixão Vale da Mata Escura e do Prata Mata dos Oitis (Jardim Botânico)

Parques Urbanos

Sócio-Ambiental de Canabrava Dique do Tororó Jardim dos Namorados Costa Azul Jardim de Alah

Parques de Recreação

Aeroclube

Page 43: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 33 -

Calçadas

Brito (2008) estudou as calçadas de diferentes bairros em Salvador. Segundo ele,

a cidade começou a ter ruas pavimentadas um século depois de sua fundação. Em

meados do século XIX foram implantados os passeios, com largura inferior a 1 m,

seguindo modelo francês. Áreas centrais como o Pelourinho ainda preservam isso. A Lei

de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (LOUOS), de 1984, definiu a largura

mínima dos passeios entre dois a 2,5 m. Cabe à iniciativa privada a manutenção das

calçadas na frente dos imóveis.

Na Rua Chile as calçadas apresentaram largura média de 2 m, predominando 2,2

m, em contraste com o resto do centro antigo com largura predominante inferior a 1 m.

Isto se deve a uma reforma do início do século XX. Na Ladeira da Preguiça predominam

calçadas de um a 1,5 m.

Na Avenida Tancredo Neves, centro moderno, as calçadas apresentaram em

média dois metros. Estas, quando não estreitas, apresentavam-se repletas de obstáculos.

Na Estrada da Liberdade a largura predominante foi de 2,5 m. Na Rua do Curuzu

predominavam calçadas com menos de 1 m, em alguns trechos com apenas 0,5 m.

Na Rua da Graça a largura média foi de 2,5 m. Na Vitória as calçadas tiveram em

média três metros. No Jardim Apipema, apesar de ser um bairro recente, criado na

metade do século XX, foram encontradas ruas estreitas e calçadas com pouco mais de

um metro.

Métodos

A busca por inventários quantitativos, com a frequência de indivíduos por espécie,

foi efetuada em periódicos e publicações da área como a Revista da Sociedade Brasileira

de Arborização Urbana, Revista Brasileira de Botânica, resumos de congressos, entre

outros, e em relatórios técnicos disponíveis nos órgãos municipais responsáveis pela

arborização e áreas verdes (SMA – Superintendência de Meio Ambiente; SUCOP –

Superintendência de Conservação e Obras Públicas; Jardim Botânico de Salvador e no

Parque Joventino Silva).

Page 44: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 34 -

Os nomes científicos foram adotados conforme TROPICOS (2009), sendo feitas,

quando possíveis, as devidas correções. Subespécies e variedades foram consideradas

em nível de espécie. A classificação das famílias segue APG II (2003), como adotado por

Souza e Lorenzi (2005).

Foram excluídas da análise as espécies não-arbóreas, como arbustos, palmeiras

(Arecaceae), entre outras. Apesar de sua importância paisagística e ecológica, estas não

proporcionam tantos benefícios quanto às árvores, devido ao reduzido tamanho da copa e

por prejudicar o trânsito de pedestres (no caso de arbustos e touceiras).

Os índices de diversidade de Simpson (D) e de Shannon-Wiener (H) foram

adotados conforme Ricklefs (2003). A densidade de espécies (R/N) segue Odum (1988).

A classificação quanto à origem dividiu as espécies em três grupos: exóticas do

Brasil (EX); nativas do Brasil, mas não regionais (BR); e aquelas nativas regionais do

Domínio da Mata Atlântica no estado da Bahia (NR). Esta classificação é parecida à

adotada por Isernhagen, Bourlegat e Carboni (2009), que separam em exóticas, nativas e

nativas regionais.

A origem das espécies e aquelas fornecedoras de alimento à fauna, foram

levantadas com base em Lorenzi (2002), Lorenzi et al. (2003; 2006). Quanto ao

provimento de alimento, foram consideradas tanto aquelas espécies que fornecem

alimento somente à fauna, quanto aquelas com produtos comestíveis para o homem.

As espécies invasoras (Tabela 46 dos Anexos) foram levantadas com base no

estudo “Contextualização sobre espécies exóticas invasoras – Dossiê Pernambuco”

(Almeida et al., 2009), levando-se em conta a proximidade geográfica deste estado.

As espécies tóxicas e com princípios alergênicos foram levantadas a partir do

SINITOX (2009), Lorenzi (2002), Lorenzi et al. (2003, 2006), Lorenzi e Souza (2004).

A discussão se fundamentou, principalmente, em estudos e princípios da Ecologia

e Permacultura, considerando a importância destes na construção de uma sociedade

sustentável.

Page 45: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 35 -

RESULTADOS

Corredor da Avenida Centenário

O laudo técnico “SPJ – Corredor da Centenário” apresentou inventário quali-

quantitativo das árvores presentes nas avenidas Centenário e Vale dos Barris, ruas Airosa

Galvão, Doutor Artur Neiva, Plínio Moscoso, Deocleciano Barreto, Martagão Gesteira,

Engenheiro Celso Torres, Beirute, Doutor Arlindo de Assis e praças do IBIT, dos Reis

Católicos e Doutor João Mangabeira (Chão Verde, 2002).

Estas ruas e praças localizam-se em duas Regiões Administrativas: Centro e

Barra/Ondina (CONDER, 2006). A Figura 17 dos Anexos mostra a localização do

Corredor da Centenário, na cidade de Salvador. Nesta, estão destacadas apenas as

Avenidas Centenário e Vale dos Barris, Praça dos Reis Católicos e Dr. João Mangabeira.

As outras ruas são circunvizinhas.

Foram reportados diversos problemas fitossanitários como: afloramento da raiz

(79,05% dos indivíduos); infestações (48,13%); e infecções (67,84%).

Do total das 482 árvores analisadas, foram identificadas 31 espécies, dispostas em

13 famílias. Não foram amostradas as Arecaceae. A relação das espécies encontradas e

suas abundâncias encontram-se na Tabela 6.

Tabela 6 - Espécies encontradas no Corredor da Centenário (P – Abundância , Pi - Abundância relativa). Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 1 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 88 18,30 2 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 70 14,50 3 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 43 8,92 4 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 42 8,71

5 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Cássia-siamesa 35 7,26

6 Triplaris pachau Mart. Polygonaceae Triplaris 29 6,02

7 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 26 5,39

8 Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Bignoniaceae Caraibeira 23 4,77 9 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 20 4,15 10 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 17 3,53 11 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 12 2,49

12 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae Canafístula 12 2,49

13 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 12 2,49 14 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 7 1,45 15 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 6 1,24

Page 46: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 36 -

Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%)

16 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae Árvore-

samambaia 5 1,04

17 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 5 0,62 18 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 3 0,62

19 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 3 0,62

20 Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake Fabaceae Guapuruvu 3 0,62

21 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 3 0,62

22 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 2 0,41

23 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 2 0,41 24 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 2 0,41

25 Hibiscus pernambucensis Arruda Malvaceae Algodão-da-praia 2 0,41

26 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 1 0,21

27 Sterculia foetida L. Malvaceae Chichá-fedorento 1 0,21

28 Ficus guaranítica Chodat Moraceae Figueira-branca 1 0,21 29 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 1 0,21 30 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 1 0,21

31 Albizia julibrissin Durazz. Fabaceae Acácia-de-Constantinópola 1 0,21

32 Não Identificadas N.I. N.I. 4 0,83 Total 482 100,00

Ou seja, as dez espécies mais abundantes foram:

1) Clitoria fairchildiana (Sombreiro)

2) Pachira aquatica (Monguba)

3) Terminalia catappa (Amendoeira)

4) Delonix regia (Flamboyant)

5) Senna siamea (Cássia-siamesa)

6) Triplaris pachau (Triplaris)

7) Tabebuia avellanedae (Ipê-rosa)

8) Tabebuia caraiba (Caraibeira)

9) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra)

10) Mangifera indica (Mangueira)

O gráfico da Figura 7 mostra as abundâncias relativas entre as espécies da

comunidade arbórea do Corredor da Centenário.

Page 47: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 37 -

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

Espécies

Pi (%

)

Figura 7 – Abundância relativa entre as espécies da comunidade arbórea do Corredor da Centenário

(Pi – Abundância relativa), conforme Tabela 6.

Page 48: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 38 -

Como pôde ser observado, existe uma dominância de poucas espécies, pois as

duas mais abundantes, C. fairchildiana e P. aquatica, representaram 32,8% do total de

indivíduos, os quais somados as populações de T. catappa e D. regia, corresponderam a

metade da comunidade arbórea. Dez espécies apresentaram dois indivíduos ou menos.

O índice de diversidade de Simpson encontrado foi D=11,14 e os índices de

Shannon-Wiener foram H=0,794 e eH=15,67. A Tabela 7 mostra o percentual da

comunidade representado pela soma das espécies mais abundantes.

Tabela 7 – Percentual da soma das espécies mais abundantes no Corredor da Centenário.

Nº espécies Pi (%) 1 18,30 2 32,80 3 41,72 4 50,43 5 57,69 6 63,71 7 69,10 8 73,87 9 78,02

10 81,55

Quanto à origem, as árvores exóticas dominaram tanto em relação ao número de

espécies (45%) quanto ao número de indivíduos (39,6%), mas a abundância relativa dos

indivíduos nativos não regionais (37,3%) foi próxima a dos exóticos.

As espécies nativas regionais representaram somente 11,2% do total de indivíduos

e 25,8% das espécies encontradas, conforme Tabela 8.

Tabela 8 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria no Corredor da Centenário (NR- Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado).

Origem P espécies Pi (%) P indivíduos Pi (%) NR 8 25,8 54 11,2 BR 6 19,4 180 37,3 EX 14 45,0 191 39,6 N.I. 3 9,7 57 11,8 Total 31 100,0 482 100,0

Page 49: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 39 -

As espécies nativas regionais encontradas foram:

1) T. avellanedae (Ipê-rosa)

2) P. dubium (Canafístula)

3) S. mombin (Cajazeira)

4) C. peltophoroides (Sibipiruna)

5) S. parahyba (Guapuruvu)

6) L. tomentosa (Oiti-mirim)

7) H. pernambucensis (Algodão-de-praia)

8) G. americana (Jenipapo)

Quanto à funcionalidade, das 31 espécies encontradas, somente 10 fornecem

alimento à fauna, o que em número de indivíduos representa 29,9% do total, conforme

Tabela 9.

Tabela 9 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento no Corredor da Centenário (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa).

P Pi (%) Espécies 10 31,25 Indivíduos 144 29,90

Entre estas as mais abundantes foram, respectivamente:

1. Pachira aquatica (Monguba)

2. Terminalia catappa (Amendoeira)

3. Mangifera indica (Mangueira)

4. Syzygium cumini (Jamelão)

5. Artocarpus heterophyllus (Jaqueira)

Page 50: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 40 -

Dique do Tororó

No relatório “Vistoria da Arborização do Dique do Tororó” consta a relação de

indivíduos arbóreos e palmeiras que circundam o Dique, com uma avaliação do estado

fitossanitário e recomendações de manejo (Oliveira; Nakagawa; Figueiredo, 2000).

Esta área situa-se na Região Administrativa - Centro (CONDER, 2006). Sua

localização consta na Figura 17 dos Anexos.

Do total de 127 indivíduos, foram identificadas 20 espécies, dispostas em 8

famílias. A composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na

Tabela 10.

Tabela 10 - Espécies encontradas no Dique do Tororó (P – Abundância total, Pi - Abundância relativa). Nº Espécie Família Nome Popular P Pi (%) 1 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 50 39,40 2 Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Bignoniaceae Caraibeira 12 9,45 3 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 12 9,45

4 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 11 8,66

5 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 9 7,09 6 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 6 4,72 7 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 6 4,72 8 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 3 2,36 9 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 3 2,36 10 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae Canafístula 3 2,36 11 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Malvaceae Paineira-rosa 2 1,57 12 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 2 1,57 13 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 1 0,79

14 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 1 0,79

15 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 1 0,79 16 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 1 0,79

17 Ficus benjamina L. f. Moraceae Figueira-benjamina 1 0,79

18 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 1 0,79

19 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 1 0,79

20 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 1 0,79 Total 127 100,00

Portanto as dez espécies mais abundantes foram, em ordem:

1) Delonix regia (Flamboyant)

2) Tabebuia caraiba (Caraibeira)

3) Ceiba pentandra (Sumaúma)

Page 51: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 41 -

4) Ficus elastica (Seringueira-de-jardim)

5) Casuarina equisetifolia (Casuarina)

6) Terminalia catappa (Amendoeira)

7) Clitoria fairchildiana (Sombreiro)

8) Cassia javanica (Cássia-javanesa)

9) Mangifera indica (Mangueira)

10) Peltophorum dubium (Canafístula)

Além destas espécies arbóreas, ocorreram representantes da família Arecaceae,

sendo um indivíduo de Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook e de Dypsis lutescens (H.

Wendl.) Beentje & J. Dransf, e 16 indivíduos de Cocos nucifera L.

A Figura 8 mostra as abundâncias relativas entre as espécies da comunidade

arbórea do Dique do Tororó.

Page 52: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 42 -

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Espécies

Pi (%

)

Figura 8 – Estrutura da comunidade arbórea do “Dique do Tororó” (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 10.

Page 53: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 43 -

A espécie D. regia dominou a área em questão, com 39,4% do total de indivíduos.

Metade das espécies respondeu por 90,57% do total de indivíduos, como se pode ver na

Tabela 11.

A outra metade das espécies apresentou apenas um ou dois indivíduos. O índice

de diversidade de Simpson encontrado foi D=5,19 e os índices de Shannon-Wiener foram

H=0,74 e eH=9,04. A Tabela 11 mostra o percentual da comunidade representado pela

soma das espécies mais abundantes.

Tabela 11 – Percentual da soma das espécies mais abundantes no Dique do Tororó.

Nº espécies % total 1 39,40 2 48,85 3 58,30 4 66,96 5 74,05 6 78,77 7 83,49 8 85,85 9 88,21

10 90,57

Relativo à origem, houve grande dominância de espécies exóticas, representando

metade das espécies encontradas e 67,7% do total de indivíduos. O número de espécies

nativas não regionais foi próximo ao das nativas regionais, contudo o número de

indivíduos desta última representou apenas 4,72% do total, conforme Tabela 12.

Tabela 12 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria no Dique do Tororó (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). Origem Nº espécies P (%) P P(%) NR 4 20 6 4,72 BR 5 25 23 18,00 EX 10 50 86 67,7 N.I. 1 5 12 9,45 Total 20 100 127 100,00

As quatro espécies nativas regionais encontradas foram:

1) P. dubium (Canafístula)

2) T. avellanadae (Ipê-rosa)

3) S. mombin (Cajazeira)

4) C. echinata (Pau-Brasil)

Page 54: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 44 -

Das 20 espécies encontradas, apenas cinco fornecem alimento à fauna (Tabela

13), o que em número de indivíduos significa 9,45% da comunidade.

Tabela 13 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento no Dique do Tororó (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa).

P Pi (%) Espécies 5 25,00 Indivíduos 12 9,45

Estas foram em ordem decrescente de abundância:

1) Terminalia catappa (Amendoeira)

2) Mangifera indica (Mangueira)

3) Artocarpus heterophyllus (Jaqueira)

4) Spondias mombin (Cajazeira)

5) Syzygium cumini (Jamelão)

Rua Miguel Calmon

O relatório técnico “Diagnóstico da vegetação da Rua Miguel Calmon”, apresenta

inventário quali-quantitativo das árvores da referida rua (Longa; Barbosa; Oliveira, 1998).

Esta se situa na Região Administrativa - Centro (CONDER, 2006). Sua localização consta

na Figura 17 dos Anexos.

Os problemas encontrados nas árvores diagnosticadas foram: falta de espaço para

o sistema radicular e impermeabilização; injúrias antrópicas; infestações de cupins e

formigas; crescimento externo anormal, “galhas” de nematóides; e manchas foliares,

causadas por fungos.

Ao todo foram analisadas 46 árvores, pertencentes a três espécies, uma de cada

família. Ocorreram também 4 indivíduos de Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook.

A Tabela 14 mostra a relação destas com suas respectivas abundâncias.

Page 55: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 45 -

Tabela 14 - Espécies encontradas na Rua Miguel Calmon (P – Abundância total, Pi - Abundância relativa). Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 1 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 36 78,26

2 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 9 19,60

3 Fícus benjamina L. f.. Moraceae Figueira-benjamina 1 2,17 Total 46 100,00

A Figura 9 mostra as abundâncias relativas entre as espécies da comunidade

arbórea da Rua Miguel Calmon.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1 2 3

Espécies

Pi (%

)

Figura 9 – Abundância relativa entre espécies da Rua Miguel Calmon, conforme Tabela 14.

Houve grande dominância da espécie P. aquatica, cujos indivíduos representaram

78,26% do total. A segunda espécie mais abundante foi a L. tomentosa, com (19,6%),

seguida da F. benjamina com apenas um indivíduo.

O índice de diversidade de Simpson encontrado foi D=1,54 e os índices de

Shannon-Wiener foram H=0,54 e eH=1,81.

Quanto à origem, as três espécies encontradas pertencem uma a cada categoria

(Tabela 15). Ou seja, só ocorreu um indivíduo exótico (F. benjamina), enquanto houve 36

Page 56: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 46 -

indivíduos de P. aquatica, nativa não-regional, e 9 indivíduos de L. tomentosa, nativa

regional.

Tabela 15 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na R. Miguel Calmon (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX – Exótica). Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) NR 1 33,3 9 19,60 BR 1 33,3 36 78,26 EX 1 33,3 1 2,17 Total 3 100 46 100,00

As espécies L. tomentosa e P. aquatica fornecem alimento à fauna. A soma dos

seus indivíduos representou 97,8% do total, conforme Tabela 16.

Tabela 16 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na R. Miguel Calmon (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa). P Pi (%) Espécies 2 33,33 Indivíduos 45 97,80

Avenida Antônio Carlos Magalhães

O relatório “Caracterização de vias de circulação. Avenida Antonio Carlos

Magalhães - Itaigara” apresenta relação das espécies vegetais e suas freqüências na

área especificada (SPJ, 2008).

A Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM) situa-se nas Regiões Administrativas:

Pituba/Costa Azul e Brotas (CONDER, 2006). Sua localização consta na Figura 17 dos

Anexos.

Foram identificados 821 indivíduos arbóreos, pertencentes a 44 espécies e 16

famílias. A composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na

Tabela 17.

Page 57: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 47 -

Tabela 17 - Espécies arbóreas encontradas na Av. ACM (P – Abundância total, Pi - Abundância relativa). Nº Espécie Família Nome vulgar P Pi (%) 1 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 136 16,60 2 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 121 14,70 3 Lagerstroemia indica L. Lythraceae Resedá 79 9,62 4 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 68 8,28 5 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 58 7,06 6 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 51 6,21 7 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-

benjamina 41 4,99

8 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 39 4,75 9 Filicium decipiens (Wight & Arn.)

Thwaites Sapindaceae Árvore-

samambaia 34 4,14

10 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl.

Bignoniaceae Ipê-amarelo 23 2,80

11 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 22 2,68 12 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-

rosa 21 2,56

13 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 15 1,83 14 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 11 1,34 15 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 10 1,22 16 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-

sogra 8 0,97

17 Prosopis ruscifolia Griseb. Fabaceae Algarobo 8 0,97 18 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-

espinho 7 0,85

19 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 7 0,85 20 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 6 0,73 21 Simarouba amara Aubl. Simaroubaceae Pau-paraíba 6 0,73 22 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 5 0,61 23 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 5 0,61 24 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-

javanesa 4 0,49

25 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 4 0,49 26 Peltophorum dubium (Spreng.)

Taub. Fabaceae Canafístula 3 0,37

27 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 3 0,37 28 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Malvaceae Chichá-do-

cerrado 3 0,37

29 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 3 0,37 30 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 3 0,37 31 Araucaria excelsa (Lamb.) R. Br. Araucariaceae - 2 0,24 32 Ficus Iyrata Warb. Moraceae Figueira-lira 2 0,24 33 Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Embira 2 0,24 34 Anadenanthera macrocarpa

(Benth.) Brenan Fabaceae Angico 1 0,12

35 Artocarpus integrifolia L. f. Moraceae Jaqueira 1 0,12 36 Senna macranthera (DC. ex

Collad.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Fedegoso 1 0,12

37 Dillenia indica L. Dilleniaceae Árvore-da-pataca

1 0,12

38 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 1 0,12 39 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de- 1 0,12

Page 58: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 48 -

Nº Espécie Família Nome vulgar P Pi (%) jardim

40 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 1 0,12 41 Leucaena leucocephala (Lam.) de

Wit Fabaceae Leucena 1 0,12

42 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 1 0,12 43 Samanea tubulosa (Benth.)

Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 1 0,12

44 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 1 0,12 Total 821 100,00

As dez espécies mais abundantes foram respectivamente:

1) Terminalia catappa (Amendoeira)

2) Clitoria fairchildiana (Sombreiro)

3) Lagerstroemia indica (Resedá)

4) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo)

5) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna)

6) Cassia fistula (Chuva-de-ouro)

7) Ficus benjamina (Figueira-benjamina)

8) Pachira aquatica (Monguba)

9) Filicium decipiens (Árvore-samambaia)

10) Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo)

A Figura 10 mostra a abundância relativa entre as espécies da comunidade arbórea da

Avenida ACM.

Page 59: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 49 -

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43

Espécies

Pi (%

)

Figura 10 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. ACM. (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 17.

Page 60: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 50 -

Houve dominância das espécies T. catappa e C. fairchildiana, as quais

representaram, em número de indivíduos, 31,3% da comunidade. Estas, somadas às

populações de L. indica e T. pentaphylla foram responsáveis por quase metade (49,2%)

dos indivíduos da área, conforme Tabela 18.

Onze espécies apresentaram apenas um indivíduo. O índice de diversidade de

Simpson encontrado foi D=11,89 e os índices de Shannon-Wiener foram H=0,758 e

eH=17,58. A tabela abaixo mostra o percentual da comunidade representado pela soma

das espécies mais abundantes.

Tabela 18 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Avenida ACM.

Nº espécies % total 1 16,60 2 31,30 3 40,92 4 49,20 5 56,26 6 61,25 7 66,00 8 70,14 9 72,94

10 75,62

Quanto à origem, predominaram as exóticas com 47,7% do total de espécies e

60,5% do total de indivíduos. O número de espécies nativas não regionais (9) foi um

pouco menor que o das nativas regionais (12), contudo estas apresentaram quase 2,5

vezes menos indivíduos (11,4% do total), como mostra a Tabela 19.

Tabela 19 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. ACM (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) NR 12 27,30 94 11,40 BR 9 20,50 225 27,40 EX 21 47,70 497 60,50 N.I. 2 4,55 5 0,61 Total 44 100,00 821 100,00

Entre as espécies nativas regionais, as mais freqüentes foram:

1) C. peltophoroides (Sibipiruna)

2) C. ferrea (Pau-ferro)

Page 61: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 51 -

3) S. amara (Pau-paraíba)

4) A. occidentale (Cajueiro)

5) C. echinata (Pau-Brasil)

6) L. tomentosa (Oiti-mirim)

Dezesseis das 44 espécies encontradas fornecem alimento à fauna (Tabela 20), o

que representou 27,2% do total de indivíduos.

Tabela 20 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. ACM (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa). P Pi (%) Espécies 16 36,4 Indivíduos 223 27,2

Entre estas, as oito mais abundantes foram:

1) T. catappa (Amendoeira)

2) P. aquatica (Monguba)

3) M. indica (Mangueira)

4) P. ruscifolia (Algarobo)

5) S. amara (Pau-paraíba)

6) A. occidentale (Cajueiro)

7) S. striata (Chichá-do-cerrado)

8) T. indica (Tamarindeiro)

Neste relatório também consta a identificação de 652 arbustos e palmeiras

presentes na área (Tabela 21).

Tabela 21 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Acm (P – Abundância total).

Espécie Família P Murraya exotica L. Rutaceae 399 Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 63 Cocos nucifera L. Arecaceae 60 Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Bignoniaceae 32 Veitchia joannis H. Wendl. Arecaceae 20 Roystonea regia (Kunth) O.F. Cook Arecaceae 13 Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 11 Caryota mitis Lour. Arecaceae 9

Page 62: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 52 -

Espécie Família P Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Fabaceae 8 Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 6 Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. ex Mart. Arecaceae 5 Syagrus coronata (Mart.) Becc. Arecaceae 4 Caryota urens L. Arecaceae 3 Chrysalidocarpus lutescens H. Wendl. Arecaceae 3 Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 3 Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton Asclepiadaceae 3 Areca triandra Roxb. ex Buch.-Ham. Arecaceae 2 Sabal causiarum (O.F. Cook) Becc. Arecaceae 2 Calliandra brevipes Benth. Fabaceae 2 Plumeria rubra L. Apocynaceae 2 Nerium oleander L. Apocynaceae 1 Veitchia montgomeryana H.E. Moore Arecaceae 1 Total 652

Avenida Juracy Magalhães Júnior

O relatório “Caracterização de vias de circulação. Avenida Juracy Magalhães

Júnior” apresenta relação das espécies vegetais e suas freqüências na área especificada

(SPJ, 2007).

Esta avenida situa-se entre as Regiões Administrativas: Rio Vermelho/ Federação

e Brotas (CONDER, 2006). Sua localização consta na Figura 17 dos Anexos.

Foram encontrados 493 indivíduos arbóreos, pertencentes a 46 espécies e 16

famílias. A composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na

Tabela 22.

Tabela 22 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Juracy Magalhães Jr. (P – Abundância total, Pi - Abundância relativa). Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 1 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 55 11,20 2 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 48 9,74

3 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 43 8,72

4 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 40 8,11

5 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 26 5,27

6 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 24 4,87 7 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 23 4,67 8 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 23 4,67 9 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 20 4,06

10 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 19 3,85

11 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 17 3,45

Page 63: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 53 -

Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 12 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 15 3,04 13 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 11 2,23 14 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 11 2,23

15 Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae São-João 10 2,03

16 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 10 2,03 17 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 9 1,83 18 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 9 1,83

19 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 8 1,62

20 Ficus guaranítica Chodat Moraceae Figueira-branca 7 1,42 21 Triplaris gardneriana Wedd. Polygonaceae Pajaú 7 1,42 22 Byrsonima stipulacea A. Juss. Malpighiaceae Murici-do-litoral 6 1,22 23 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 6 1,22 24 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 6 1,22 25 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 5 1,01 26 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 4 0,81 27 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 3 0,61 28 Pithecellobium tortum Mart. Fabaceae Tataré 3 0,61 29 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 3 0,61 30 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 2 0,41 31 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 2 0,41

32 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae Árvore-

samambaia 2 0,41

33 Prosopis ruscifolia Griseb. Fabaceae Algarobo 2 0,41 34 Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae - 2 0,41

35 Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae Jacarandá-da-

Bahia 1 0,20

36 Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Tamboril 1 0,20

37 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 1 0,20 38 Ficus Iyrata Warb. Moraceae Figueira-lira 1 0,20

39 Ficus microcarpa L. f. Moraceae Figueira-lacerdinha 1 0,20

40 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 1 0,20 41 Hymenaea courbaril L. Fabaceae Jatobá 1 0,20

42 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Fabaceae Leucena 1 0,20

43 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 1 0,20 44 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 1 0,20 45 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 1 0,20 46 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 1 0,20 Total 493 100,00

As dez espécies mais abundantes foram em ordem:

1) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra)

2) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo)

3) Tabebuia avellanedae (Ipê-rosa)

4) Terminalia catappa (Amendoeira)

5) Ficus benjamina (Figueira-benjamina)

Page 64: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 54 -

6) Caesalpinia echinata (Pau-Brasil)

7) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna)

8) Pachira aquatica (Monguba)

9) Caesalpinia ferrea (Pau-ferro)

10) Bauhinia variegata (Pata-de-vaca-rosa)

A Figura 11 mostra a abundância relativa entre as espécies arbóreas da Avenida

Juracy Magalhães Jr.

Page 65: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 55 -

0

2

4

6

8

10

12

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45

Espécies

Pi (%

)

Figura 11 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Juracy Magalhães Jr. (Pi = abundância relativa), conforme

Tabela 22.

Page 66: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 56 -

As quatro espécies predominantes representaram 37,77% dos indivíduos e um

pouco mais da metade da população (52,58%) correspondeu a apenas sete espécies.

Do total de 46 espécies, dezessete apresentaram apenas um ou dois indivíduos. O

índice de diversidade de Simpson encontrado foi D=18,22 e os índices de Shannon-

Wiener foram H=0,841 e eH=24,98. A Tabela 23 mostra o percentual da comunidade

representado pela soma das espécies mais abundantes.

Tabela 23 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Av. Juracy Magalhães Jr.

Nº espécies % total 1 11,20 2 20,94 3 29,66 4 37,77 5 43,04 6 47,91 7 52,58 8 57,25 9 61,31

10 65,16

Quanto à origem, o número de espécies entre as categorias foi próximo, contudo, o

total de indivíduos de exóticas representou quase metade da população (48,3%). As

nativas regionais responderam por 31,8% dos indivíduos, como ilustra a Tabela 24.

Tabela 24 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. Juracy Magalhães Jr. (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). Origem P espécies P (%) P indivíduos P(%) NR 16 34,80 157 31,80 BR 12 26,10 98 19,90 EX 17 37,00 238 48,30 N.I. 1 2,17 2 0,41 Total 46 100,00 493 100,00

As espécies nativas regionais mais freqüentes foram:

1) T. avellanedae (Ipê-rosa)

2) C. echinata (Pau-Brasil)

3) C. peltophoroides (Sibipiruna)

4) C. ferrea (Pau-ferro)

Page 67: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 57 -

5) C. pachystachya (Embaúba)

6) S. mombin (Cajazeira)

7) B. stipulacea (Murici-do-litoral)

8) G. americana (Jenipapo)

Dezessete espécies fornecem alimento à fauna (Tabela 25), o que representou

25,4% dos indivíduos da comunidade.

Tabela 25 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. Juracy Magalhães Jr. (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa).

P Pi (%) Espécies 17 37,0 Indivíduos 125 25,4

Entre estas, as dez mais abundantes foram:

1) T. catappa (Amendoeira)

2) P. aquatica (Monguba)

3) C. pachystachya (Embaúba)

4) S. mombin (Cajazeira)

5) F. guaranitica (Figueira-branca)

6) B. stipulacea (Murici-do-litoral)

7) M. indica (Mangueira)

8) G. americana (Jenipapo)

9) S. terebinthifolia (Aroeira)

10) P. ruscifolia (Algarobo)

Além das espécies arbóreas foram encontrados 269 arbustos e palmeiras, listados

abaixo (Tabela 26).

Tabela 26 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Juracy Magalhães Jr. (P – Abundância total) Espécie Família P Bougainvillea spectabilis Willd. Nyctaginaceae 36 Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 31 Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 27 Cocos nucifera L. Arecaceae 25 Areca triandra Roxb. ex Buch.-Ham. Arecaceae 24 Caryota mitis Lour. Arecaceae 21

Page 68: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 58 -

Espécie Família P Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 21 Euterpe oleracea Mart. Arecaceae 20 Calliandra brevipes Benth. Fabaceae 19 Caryota urens L. Arecaceae 19 Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 16 Aiphanes aculeata Willd. Arecaceae 6 Veitchia joannis H. Wendl. Arecaceae 3 Nerium oleander L. Apocynaceae 1 Total 269

Avenida Vasco da Gama

O relatório “Caracterização de vias de circulação. Avenida Vasco da Gama”

apresenta relação das espécies vegetais e suas freqüências na área especificada (SPJ,

2008).

Esta avenida situa-se entre as Regiões Administrativas: Brotas e Rio Vermelho/

Federação (CONDER, 2006). Sua localização consta na Figura 17 dos Anexos.

Foram encontrados 500 indivíduos, pertencentes a 53 espécies e 20 famílias. A

composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na Tabela 27.

Tabela 27 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Vasco da Gama (P – Abundância total, Pi - Abundância relativa). Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%)

1 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 79 15,8 2 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 41 8,2 3 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 35 7,0 4 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 28 5,6

5 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 27 5,4

6 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 27 5,4 7 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 23 4,6 8 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 20 4,0 9 Jacaranda mimosifolia D. Don Bignoniaceae Ipê-roxo 20 4,0

10 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 20 4,0 11 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 18 3,6 12 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 13 2,6 13 Lagerstroemia indica L. Lythraceae Resedá 13 2,6 14 Ficus benjamina L. Moraceae Ficus-benjamina 10 2,0

15 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 10 2,0

16 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 9 1,8

17 Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae Quaresmeira 9 1,8

Page 69: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 59 -

Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 18 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 8 1,6

19 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 8 1,6

20 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae Árvore-samambaia 7 1,4

21 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 6 1,2 22 Hovenia dulcis Thunb. Rhamnaceae Uva-japonesa 5 1,0 23 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 5 1,0

24 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 5 1,0

25 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 5 1,0

26 Parkinsonia aculeata L. Fabaceae Turco 4 0,8 27 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 3 0,6

28 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Fabaceae Leucena 3 0,6

29 Salix babylonica L. Salicaceae Chorão 3 0,6

30 Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 3 0,6

31 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 3 0,6

32 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 3 0,6

33 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 2 0,4 34 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 2 0,4 35 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 2 0,4

36 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Malvaceae Chichá-do-cerrado 2 0,4

37 Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae Mamiqueira 2 0,4 38 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 2 0,4 39 Annona muricata L. Annonaceae Graviola 1 0,2

40 Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Moraceae Fruta-pão 1 0,2

41 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 1 0,2

42 Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae São-João 1 0,2

43 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 1 0,2 44 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Malvaceae Paineira-rosa 1 0,2

45 Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae Jacarandá-da-

Bahia 1 0,2

46 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 1 0,2

47 Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Anacardiaceae Aroeira-branca 1 0,2

48 Peschiera fuchsiaefolia (A. DC.) Miers Apocynaceae Leiteira 1 0,2

49 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-espinho 1 0,2

50 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 1 0,2 51 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 1 0,2 52 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 1 0,2 53 Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae Pau-Pólvora 1 0,2

Total 500 100,0

Page 70: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 60 -

As dez espécies mais abundantes foram respectivamente:

1) Bauhinia variegata (Pata-de-vaca-rosa)

2) Terminalia catappa (Amendoeira)

3) Caesalpinia ferrea (Pau-ferro)

4) Delonix regia (Flamboyant)

5) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna)

6) Pachira aquatica (Monguba)

7) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra)

8) Ceiba pentandra (Sumaúma)

9) Jacaranda mimosifolia (Ipê-roxo)

10) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo)

A Figura 12 mostra a abundância relativa entre as espécies da comunidade

arbórea da Av. Vasco da Gama.

Page 71: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 61 -

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53

Espécies

Pi (%

)

Figura 12 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Vasco da Gama (Pi = abundância relativa),

conforme Tabela 27.

Page 72: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 62 -

Houve grande dominância da espécie B. variegata, com 15,8% dos indivíduos da

comunidade, seguida de T. catappa com 8,2%. As sete espécies mais abundantes

representaram um pouco mais da metade da comunidade (52%), como mostra a Tabela

28.

Das 53 espécies, vinte e uma apresentaram somente um ou dois indivíduos. O

índice de diversidade de Simpson (D) encontrado foi D=17,17 e os índices de Shannon-

Wiener foram H=0,823 e eH=26,29. A tabela abaixo mostra o percentual da comunidade

representado pela soma das espécies mais abundantes.

Tabela 28 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Av. Vasco da Gama.

Nº espécies % total 1 15,8 2 24,0 3 31,0 4 36,6 5 42,0 6 47,4 7 52,0 8 56,0 9 60,0

10 64,0

Quanto à origem, houve predomínio de exóticas, com 45,3% das espécies e 61%

do total de indivíduos (Tabela 29). As nativas regionais representaram 21% da

comunidade arbórea e ocorreram em número de espécies (15) próximo as nativas não

regionais (13).

Tabela 29 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. Vasco da Gama (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado).

Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) NR 15 28,30 105 21,0 BR 13 24,50 87 17,4 EX 24 45,30 305 61,0 N.I. 1 1,89 3 0,6 Total 53 100,00 500 100

As espécies nativas regionais mais abundantes foram:

1) C. ferrea (Pau-ferro)

2) C. peltophoroides (Sibipiruna)

3) C. echinata (Pau-Brasil)

Page 73: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 63 -

4) T. granulosa (Quaresmeira)

5) S. terebinthifolia (Aroeira)

6) T. avellanedae (Ipê-rosa)

7) S. mombin (Cajazeira)

8) C. pachystachya (Embaúba)

As espécies fornecedoras de alimento à fauna foram 21, o que siginificou 23% do

total de indivíduos (Tabela 30).

Tabela 30 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. Vasco da Gama (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa).

P Pi (%) Espécies 21 39,6 Indivíduos 115 23,0

Entre estas, as dez mais abundantes foram:

1) T. catappa (Amendoeira)

2) P. aquatica (Monguba)

3) P. americana (Abacateiro)

4) M. indica (Mangueira)

5) H. dulcis (Uva-japonesa)

6) S. terebinthifolia (Aroeira)

7) S. tubulosa (Alfarobo)

8) C. pachystachya (Embaúba)

9) S. cumini (Jamelão)

10) P. guajava (Goiabeira)

Além das árvores, foram encontrados 243 arbustos e palmeiras, listados abaixo

(Tabela 31).

Tabela 31 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Vasco da Gama (P – Abundância total). Espécie Família P Cocos nucifera L. Arecaceae 48 Tibouchina candolleana Cogn. Melastomataceae 40 Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Arecaceae 21 Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum. Apocynaceae 18 Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 14

Page 74: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 64 -

Espécie Família P Phoenix roebelenii O'Brien Arecaceae 13 Nerium oleander L. Apocynaceae 10 Senna alata (L.) Roxb. Fabaceae 9 Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. ex Mart. Arecaceae 8 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arecaceae 8 Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Bignoniaceae 8 Borassus aethiopum Mart. Arecaceae 7 Calliandra haematocephala Hassk. Fabaceae 7 Syagrus coronata (Mart.) Becc. Arecaceae 7 Calliandra tweediei Benth. Fabaceae 5 Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 5 Caryota mitis Lour. Arecaceae 4 Areca triandra Roxb. ex Buch.-Ham. Arecaceae 3 Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 3 Calliandra brevipes Benth. Fabaceae 2 Chrysalidocarpus lutescens H. Wendl. Arecaceae 2 Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 1 Total 243

Universidade Federal da Bahia

O estudo “Levantamento das espécies arbóreas da Universidade federal da Bahia,

Salvador, Bahia” foi feito por Carvalho, Roque e Guedes (2007) nos campi da UFBA dos

bairros de Ondina, Federação, São Lázaro e Canela. Foi realizado o levantamento

florístico dos espaços livres, excluindo remanescentes de mata e áreas em estágio

relativamente avançado de sucessão. O maior esforço de coleta deu-se em jardins,

praças e arborização de vias.

Estas áreas amostradas encontram-se na Região Administrativa – Barra/Ondina

(CONDER, 2006). Suas localizações constam na Figura 17 dos Anexos.

Segundo Carvalho, Roque e Guedes (2007), com base em entrevistas e no

histórico de ocupação da universidade, não houve um planejamento destes espaços e

sua arborização foi fruto de iniciativas isoladas de diferentes setores da comunidade

acadêmica.

Excluindo-se as espécies não arbóreas, foram analisados 1723 indivíduos,

pertencentes a 103 espécies, distribuídas em 30 famílias. A Tabela 32 mostra a relação

das espécies e suas respectivas abundâncias.

Page 75: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 65 -

Tabela 32 – Espécies arbóreas encontradas na UFBA (P - Abundância total, Pi - Abundância relativa).

Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 1 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 203 11,80 2 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 175 10,20 3 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 104 6,04 4 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 101 5,86 5 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 99 5,75 6 Leucaena leucocephala (Lam.) de

Wit Fabaceae Leucena 74 4,29

7 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 65 3,77 8 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 55 3,19 9 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 46 2,67 10 Peltophorum dubium (Spreng.)

Taub. Fabaceae Canafístula 38 2,21

11 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 36 2,09 12 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-

espinho 36 2,09

13 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 36 2,09 14 Pithecellobium dulce (Roxb.)

Benth. Fabaceae Ingá-doce 33 1,92

15 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 32 1,86 16 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 29 1,68 17 Sterculia foetida L. Malvaceae Chichá-fedorento 27 1,57 18 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 27 1,57 19 Bowdichia virgilioides Kunth Fabaceae Sucupira 21 1,22 20 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 20 1,16 21 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin &

Barneby Fabaceae Cássia-siamesa 19 1,10

22 Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Embira 17 0,99 23 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 17 0,99 24 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 16 0,93 25 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanacea

e Oiti-mirim 16 0,93

26 Erythrina variegata L. Fabaceae Eritrina-indiana 15 0,87 27 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 14 0,81 28 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 14 0,81 29 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 14 0,81 30 Manilkara zapota (L.) P. Royen Sapotaceae - 13 0,75 31 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 13 0,75 32 Bougainvillea glabra Choisy Nyctaginaceae Primavera-arbórea 12 0,70 33 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-

jardim 12 0,70

34 Bauhinia monandra Kurz Fabaceae Pata-de-vaca 12 0,70 35 Tabebuia roseoalba (Ridl.)

Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 12 0,70

36 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 11 0,64 37 Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Mart. Moraceae Figueira-da-pedra 10 0,58 38 Prosopis juliflora (Sw.) DC. Fabaceae Algaroba 10 0,58 39 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 9 0,52 40 Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae Pau-Pólvora 9 0,52 41 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A.

DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 9 0,52

42 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 9 0,52

Page 76: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 66 -

Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 43 Filicium decipiens (Wight & Arn.)

Thwaites Sapindaceae Árvore-samambaia 8 0,46

44 Erythrina indica Lam. var. picta B. & M. Fabaceae Eritrina-verde-

amarela 8 0,46

45 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 8 0,46 46 Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae Pau-pombo 8 0,46 47 Syzygium malaccense (L.) Merr. &

L.M. Perry Myrtaceae Jambo-vermelho 7 0,41

48 Eugenia uniflora L. Myrtaceae Pitanga 7 0,41 49 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 7 0,41 50 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 7 0,41 51 Lonchocarpus cultratus (Vell.)

A.M.G. Azevedo & H.C. Lima Fabaceae - 6 0,35

52 Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Tamboril 6 0,35

53 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 6 0,35 54 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 5 0,29 55 Ficus obtusifolia Kunth Moraceae - 5 0,29 56 Theobroma cacao L. Malvaceae Cacau 5 0,29 57 Ficus guaranitica Chodat Moraceae Figueira-branca 4 0,23 58 Swietenia macrophylla King Meliaceae Mogno 4 0,23 59 Erythrina velutina Willd. Fabaceae Mulungu 4 0,23 60 Dalbergia miscolobium Benth. Fabaceae Sapuvussu 4 0,23 61 Tabebuia avellanedae Lorentz ex

Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 4 0,23

62 Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 4 0,23

63 Labramia bojeri A. DC. Sapotaceae Abricó-da-praia 3 0,17 64 Morus nigra L. Moraceae Amora-preta 3 0,17 65 Maclura tinctoria (L.) D.Don. ex

Steud. Moraceae Taiúva 3 0,17

66 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 3 0,17 67 Schefflera morototoni (Aubl.)

Maguire, Steyerm. & Frodin Araliaceae Morototó 3 0,17

68 Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson Apocynaceae Janaúba 3 0,17

69 Annona squamosa L. Annonaceae Pinha 3 0,17 70 Chrysophyllum gonocarpum (Mart.

& Eichler ex Miq.) Engl. Sapotaceae Caxeta 2 0,12

71 Zanthoxylum caribaeum Lam. Rutaceae - 2 0,12 72 Averrhoa carambola L. Oxalidaceae Carambola 2 0,12 73 Averrhoa bilimbi L. Oxalidaceae Biri-biri 2 0,12 74 Azadirachta indica A. Juss. Meliaceae Niim 2 0,12 75 Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex

Walp. Fabaceae Gliricídia 2 0,12

76 Erythrina poeppigiana (Walp.) O.F. Cook Fabaceae Mulungu-do-alto 2 0,12

77 Inga laurina (Sw.) Willd. Fabaceae Ingá-branco 2 0,12 78 Inga minutula (Schery) T.S. Elias Fabaceae - 2 0,12 79 Pithecellobium tortum Mart. Fabaceae Tataré 2 0,12 80 Tabebuia aurea (Silva Manso)

Benth. & Hook. f. ex S. Moore Bignoniaceae Ipê-amarelo-do-cerrado 2 0,12

81 Sapindus saponaria L. Sapindaceae Saboneteiro 1 0,06 82 Ziziphus joazeiro Mart. Rhamnaceae Juazeiro 1 0,06

Page 77: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 67 -

Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 83 Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae - 1 0,06 84 Eugenia luschnathiana (O. Berg)

Klotzsch ex B.D. Jacks. Myrtaceae Pitomba-da-Bahia 1 0,06

85 Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Moraceae Fruta-pão 1 0,06

86 Melia azedarach L. Meliaceae Cinamomo 1 0,06 87 Cedrela fissilis Vell. Meliaceae Cedro 1 0,06 88 Theobroma grandiflorum (Willd. ex

Spreng.) K. Schum. Malvaceae Cupuaçu 1 0,06

89 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 1 0,06 90 Inga flagelliformis (Vell.) Mart. Fabaceae 1 0,06 91 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia Javanica 1 0,06 92 Eschweilera ovata (Cambess.)

Miers Lecythidaceae Biriba 1 0,06

93 Couroupita guianensis Aubl. Lecythidaceae Abricó-de-macaco 1 0,06 94 Sapium glandulatum (Vell.) Pax Euphorbiaceae Pau-de-Leite 1 0,06 95 Dillenia indica L. Dilleniaceae Árvore-da-pataca 1 0,06 96 Cupressus lusitanica Mill. Cupressaceae Cipreste 1 0,06 97 Conocarpus erectus L. Combretaceae - 1 0,06 98 Protium heptaphyllum (Aubl.)

Marchand Burseraceae Almecegueira 1 0,06

99 Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett Burseraceae Imburana 1 0,06

100 Spathodea nilotica Seem. Bignoniaceae Espatódea 1 0,06 101 Araucaria columnaris Hook. Araucariaceae Pinheiro-de-Natal 1 0,06 102 Schefflera actinophylla (Endl.)

Harms Araliaceae Árvore-guarda-chuva 1 0,06

103 Annona muricata L. Annonaceae Graviola 1 0,06 Total 1723 100,00

As dez espécies mais abundantes foram em ordem decrescente:

1) Mangifera indica (Mangueira)

2) Clitoria fairchildiana (Sombreiro)

3) Spondias monbim (Cajazeira)

4) Terminalia catappa (Amendoeira)

5) Cecropia pachystachya (Embaúba)

6) Leucaena leucocephala (Leucena)

7) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo)

8) Schinus terebinthifolia (Aroeira)

9) Pachira aquatica (Monguba)

10) Peltophorum dubium (Canafístula)

A Figura 13 mostra a abundância relativa entre as espécies arbóreas da UFBA.

Page 78: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 68 -

0

2

4

6

8

10

12

14

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101

Espécies

Pi (%

)

Figura 13 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da UFBA (Pi = abundância relativa), conforme

Tabela 32.

Page 79: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 69 -

Houve grande dominância de duas espécies, M. indica e C. fairchildiana, que juntas

representaram 22% do total de indivíduos da área. As oito espécies mais abundantes,

responderam por metade da comunidade arbórea (50,9%).

Das 103 espécies, trinta e quatro apresentaram apenas 1 ou 2 indivíduos. O índice

de diversidade de Simpson (D) encontrado foi D=22,36 e os índices de Shannon-Wiener

foram H=0,794 e eH=39,56. A Tabela 33 mostra o percentual da comunidade

representado pela soma das espécies mais abundantes.

Tabela 33 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na UFBA.

Nº espécies % total 1 11,80 2 22,00 3 28,04 4 33,90 5 39,65 6 43,94 7 47,71 8 50,90 9 53,57

10 55,78

Quanto à origem, as exóticas foram predominantes com 40,8% das espécies e

46,1% dos indivíduos (Tabela 34). O número de espécies entre as nativas não regionais

(24) e as nativas regionais (28) foi próximo, mas estas últimas apresentaram maior

quantidade de indivíduos (30,9 % do total).

Tabela 34 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na UFBA (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%)

NR 28 27,20 532 30,90 BR 24 23,30 364 21,10 EX 42 40,80 795 46,10 N.I. 9 8,74 32 1,86

Total 103 100,00 1723 100,00

As espécies nativas regionais predominantes foram:

1) S. mombin (Cajazeira)

2) C. pachystachya (Embaúba)

3) S. terebinthifolia (Aroeira)

4) P. dubium (Canafístula)

Page 80: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 70 -

5) P. guajava (Goiabeira)

6) G. guidonia (Bilreiro)

7) B. virgilioides (Sucupira-do-campo)

8) G. ulmifolia (Embira)

9) C. ferrea (Pau-ferro)

10) L. tomentosa (Oiti-mirim)

Das 103 espécies, 41 fornecem alimento à fauna, o que representou 47% da

comunidade (Tabela 35).

Tabela 35 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na UFBA (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa). P Pi (%) Espécies 41 39,8 Indivíduos 809 47,0

Entre estas, as dez mais abundantes foram:

1) M. indica (Mangueira)

2) T. catappa (Amendoeira)

3) C. pachystachya (Embaúba)

4) S. terebinthifolia (Aroeira)

5) P. aquatica (Monguba)

6) P. guajava (Goiabeira)

7) P. dulce (Ingá-doce)

8) G. guidonia (Bilreiro)

9) S. foetida (Chichá-fedorento)

10) A. heterophyllus (Jaqueira)

Também foram encontradas 27 espécies não arbóreas, como arbustos, palmeiras,

entre outras, num total de 565 indivíduos (Tabela 36).

Tabela 36 – Arbustos, palmeiras e outras espécies não arbóreas encontradas na UFBA (P – Abundância total). Espécie Família P Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 71 Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J. Dransf. Arecaceae 69 Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Arecaceae 68 Roystonea borinquena O.F. Cook Arecaceae 60

Page 81: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 71 -

Calliandra brevipes Fabaceae 51 Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 42 Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 39 Cocos nucifera L. Arecaceae 39 Thevetia thevetioides (Kunth) K. Schum. Apocynaceae 29 Carica papaya L. Caricaceae 22 Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Fabaceae 13 Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Bignoniaceae 12 Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 11 Caryota mitis Lour. Arecaceae 10 Plumeria rubra L. Apocynaceae 9 Ravenala madagascariensis Sonn. Strelitziaceae 5 Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton Asclepiadaceae 3 Euterpe oleracea Mart. Arecaceae 2 Caryota urens L. Arecaceae 2 Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Fabaceae 1 Sabal maritima (Kunth) Burret Arecaceae 1 Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. ex Mart. Arecaceae 1 Dypsis decaryi (Jum.) Beentje & J. Dransf. Arecaceae 1 Coccothrinax barbadensis (Lodd. ex Mart.) Becc. Arecaceae 1 Borassus aethiopum Mart. Arecaceae 1 Bismarckia nobilis Hildebrandt & H. Wendl. Arecaceae 1 Acrocomia intumescens Drude Arecaceae 1 Total 565

Macroárea Lucaia/Costeira

Após a análise isolada das sete áreas, far-se-á aqui a análise em conjunto. Pelo

fato destas localizarem-se na Macroárea Lucaia/Costeira (CONDER, 2006), conforme

Figura 17 dos Anexos, essa amostragem será assim denominada.

Contudo é importante ressaltar um fato. Os resultados obtidos a partir dos estudos

de Carvalho, Roque e Guedes (2007) na Universidade Federal da Bahia, em comparação

com as outras áreas de Salvador, demonstram que esta apresenta uma arborização

bastante diferenciada, pelos seguintes motivos:

51 espécies ocorreram exclusivamente na UFBA, sendo que o número de

espécies exclusivas de outras áreas é de oito, na Av. Vasco da Gama, quatro, nas

Avenidas Centenário, Juracy Magalhães Jr. e ACM, e uma no Dique do Tororó;

A riqueza encontrada na UFBA (103 espécies) é maior que aquela encontrada

nas outras áreas juntas (82 espécies), mesmo considerando o total de

indivíduos amostrados, 1723 e 2469 respectivamente.

A freqüência de espécies nativas regionais é bem maior na UFBA que nas

outras áreas (à exceção da Av. Juracy Magalhães Jr.).

Page 82: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 72 -

Por esses aspectos e pelo fato da arborização da UFBA estar historicamente

desvinculada da intervenção da Prefeitura Municipal de Salvador, entende-se que esta

não pode ser analisada juntamente com as outras áreas.

Então, far-se-á a análise em conjunto das outras seis áreas amostradas (Corredor

da Centenário, Dique do Tororó, R. Miguel Calmon, Avenidas ACM, Juracy Magalhães Jr.

e Vasco da Gama).

Ao todo, foram amostrados 2469 indivíduos, pertencentes a 82 espécies, 61 gêneros,

dispostos em 27 famílias. A relação destas e suas abundâncias encontram-se na Tabela 37.

A Tabela 45 dos Apêndices apresenta informações ecológicas e sobre a origem

das espécies encontradas.

Tabela 37 – Espécies arbóreas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira (P - Abundância total, Pi - Abundância relativa). Nº Espécies Família Nome popular P Pi (%) 1 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 266 10,80

2 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 239 9,68

3 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 195 7,90

4 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 136 5,51

5 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 132 5,35 6 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 119 4,82

7 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 111 4,50

8 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 106 4,29 9 Lagerstroemia indica L. Lythraceae Resedá 92 3,73 10 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 86 3,48

11 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 82 3,32

12 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 75 3,04

13 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 65 2,63 14 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 62 2,51

15 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae Árvore-

samambaia 48 1,94

16 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 43 1,74

17 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 40 1,62

18 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 39 1,58

19 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Cássia-siamesa 35 1,42

20 Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Bignoniaceae Caraibeira 35 1,42

21 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 34 1,38 22 Triplaris pachau Mart. Polygonaceae Triplaris 29 1,17 23 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 24 0,97

24 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 22 0,89

Page 83: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 73 -

Nº Espécies Família Nome popular P Pi (%) 25 Jacaranda mimosifolia D. Don Bignoniaceae Ipê-roxo 20 0,81 26 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 19 0,77 27 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 19 0,77

28 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae Canafístula 18 0,73

29 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 17 0,69

30 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 16 0,65

31 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 16 0,65

32 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 13 0,53 33 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 12 0,49 34 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 11 0,45

35 Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae São-João 11 0,45

36 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 10 0,41 37 Prosopis ruscifolia Griseb. Fabaceae Algarobo 10 0,41 38 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 9 0,36

39 Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae Quaresmeira 9 0,36

40 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-espinho 8 0,32

41 Ficus guaranítica Chodat Moraceae Figueira-branca 8 0,32 42 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 7 0,28 43 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 7 0,28 44 Triplaris gardneriana Wedd. Polygonaceae Pajaú 7 0,28

45 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 6 0,24

46 Simarouba amara Aubl. Simaroubaceae Pau-paraíba 6 0,24 47 Byrsonima stipulacea A. Juss. Malpighiaceae Murici-do-litoral 6 0,24

48 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Fabaceae Leucena 5 0,20

49 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 5 0,20 50 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 5 0,20 51 Hovenia dulcis Thunb. Rhamnaceae Uva-japonesa 5 0,20

52 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Malvaceae Chichá-do-cerrado 5 0,20

53 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 4 0,16

54 Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 4 0,16

55 Parkinsonia aculeata L. Fabaceae Turco 4 0,16 56 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 3 0,12

57 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 3 0,12

58 Salix babylonica L. Salicaceae Chorão 3 0,12 59 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 3 0,12 60 Ficus Iyrata Warb. Moraceae Figueira-lira 3 0,12

61 Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae Jacarandá-da-

Bahia 3 0,12

62 Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake Fabaceae Guapuruvu 3 0,12

63 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 2 0,08 64 Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Embira 2 0,08 65 Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae - 2 0,08

Page 84: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 74 -

Nº Espécies Família Nome popular P Pi (%) 66 Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae Mamiqueira 2 0,08

67 Araucaria excelsa (Lamb.) R. Br. Araucariaceae - 2 0,08

68 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Malvaceae Paineira-rosa 2 0,08

69 Hibiscus pernambucensis Arruda Malvaceae Algodão-da-praia 2 0,08

70 Sterculia foetida L. Malvaceae Chichá-fedorento 1 0,04 71 Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae Pau-Pólvora 1 0,04

72 Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Tamboril 1 0,04

73 Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Moraceae Fruta-pão 1 0,04

74 Annona muricata L. Annonaceae Graviola 1 0,04 75 Dillenia indica L. Dilleniaceae Árvore-da-pataca 1 0,04 76 Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Anacardiaceae Aroeira-branca 1 0,04

77 Peschiera fuchsiaefolia (A. DC.) Miers Apocynaceae Leiteira 1 0,04

78 Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Fabaceae Angico 1 0,04

79 Hymenaea courbaril L. Fabaceae Jatobá 1 0,04

80 Ficus microcarpa L. f. Moraceae Figueira-lacerdinha 1 0,04

81 Albizia julibrissin Durazz. Fabaceae Acácia-de-constantinópola 1 0,04

82 Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Fedegoso 1 0,04

83 N.I. - - 4 0,16 Total 2469 100,00

As dez espécies mais abundantes foram, respectivamente:

1) Terminalia catappa (Amendoeira) 2) Clitoria fairchildiana (Sombreiro) 3) Pachira aquatica (Monguba)

4) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo) 5) Delonix regia (Flamboyant) 6) Bauhinia variegata (Pata-de-vaca-rosa) 7) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna)

8) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra) 9) Lagerstroemia indica (Resedá)

10) Cassia fistula (Chuva-de-ouro)

A Figura 14 mostra a abundância relativa entre as espécies arbóreas no total das

áreas, excluída a UFBA.

Page 85: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 75 -

0

2

4

6

8

10

12

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82

Espécies

Pi (%

)

Figura 14 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea do total (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 37.

Page 86: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 76 -

Houve predomínio de T. catappa, C. fairchildiana e P. aquatica, que juntas

representaram 28,38% da comunidade. Das 82 espécies, as 14 mais abundantes

responderam por 71,56% do total de indivíduos.

Vinte espécies tiveram apenas uma ou duas ocorrências. O índice de diversidade

de Simpson encontrado foi D=20,85 e os índices de Shannon-Wiener foram H=0,785 e

eH=32,11. A Tabela 38 mostra o percentual da comunidade representado pela soma das

espécies mais abundantes.

Tabela 38 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Macroárea Lucaia/Costeira.

Nº espécies % total 1 10,80 2 20,48 3 28,38 4 33,89 5 39,24 6 44,06 7 48,56 8 52,85 9 56,58

10 60,06

No total das áreas amostradas foram encontradas 27 famílias botânicas (Tabela

39), as cinco mais abundantes foram: Fabaceae (Pi=44%), Bignoniaceae (Pi=13,1%),

Malvaceae (Pi=11%), Combretaceae (Pi=10,8%) e Moraceae (Pi=4,95%).

Merece destaque o fato de Combretaceae estar representada por apenas uma

espécie, T. catappa. Famílias como Cannabaceae e Annonnaceae apresentaram apenas

um indivíduo.

Tabela 39 – Famílias botânicas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira (P – abundância; Pi – abundância relativa).

Família Espécies P Pi (%) Fabaceae 31 1085 44,00 Bignoniaceae 6 322 13,10 Malvaceae 7 272 11,00 Combretaceae 1 266 10,80 Moraceae 7 122 4,95 Lythraceae 1 92 3,73 Anacardiaceae 5 79 3,20 Sapindaceae 1 48 1,95 Polygonaceae 3 38 1,54 Casuarinaceae 1 34 1,38 Cecropiaceae 1 19 0,77 Myrtaceae 3 17 0,69

Page 87: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 77 -

Família Espécies P Pi (%) Chrysobalanaceae 1 17 0,69 Lauraceae 1 10 0,41 Melastomataceae 1 9 0,37 Simaroubaceae 1 6 0,24 Malpighiaceae 1 6 0,24 Rubiaceae 1 5 0,20 Rhamnaceae 1 5 0,20 Salicaceae 1 3 0,12 Meliaceae 1 2 0,08 Rutaceae 1 2 0,08 Araucariaceae 1 2 0,08 Annonaceae 1 1 0,04 Cannabaceae 1 1 0,04 Dilleniaceae 1 1 0,04 Apocynaceae 1 1 0,04 N.I. - 4 0,16 Total 82 2469 100,00

A Figura 15 mostra a distribuição do total de indivíduos entre as famílias.

Fabaceae

Bignoniaceae

Malvaceae

Combretaceae

Moraceae

Lythraceae

Anacardiaceae

Outras

Figura 15 – Freqüência de indivíduos da Macroárea Lucaia/Costeira, por família botânica.

Quanto à origem, houve predomínio de exóticas tanto em relação ao número de

espécies (36,6%) quanto ao número de indivíduos, que representou um pouco mais da

metade do total (53,3%).

Page 88: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 78 -

O número de espécies nativas não regionais (21) foi um pouco inferior ao das

nativas regionais (25), mas estas últimas representaram apenas 17,1% do total de

indivíduos (Tabela 40).

Tabela 40 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Macroárea Lucaia/Costeira (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). Origem Nº espécies P espécies (%) Nº indivíduos P indivíduos (%) NR 25 30,50 423 17,1 BR 21 25,60 651 26,4 EX 30 36,60 1316 53,3 N.I. 6 7,32 79 3,2 Total 82 100,00 2469 100,0

Entre as nativas regionais, as mais freqüentes foram:

1) C. peltophoroides (Sibipiruna)

2) T. avellanedae (Ipê-rosa)

3) C. ferrea (Pau-ferro)

4) C. echinata (Pau-Brasil)

5) S. mombin (Cajazeira)

6) C. pachystachya (Embaúba)

7) P. dubium (Canafístula)

8) L. tomentosa (Oiti-mirim)

9) S. terebinthifolia (Aroeira)

10) T. granulosa (Quaresmeira)

11) A. occidentale (Cajueiro)

12) S. amara (Pau-Paraíba)

Das 82 espécies levantadas, apenas 30 fornecem alimento à fauna (Tabela 41), o

que representou 26,45% do total de indivíduos.

Tabela 41 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Macroárea Lucaia/Costeira (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa). P Pi (%)

Espécies 30 36,1 Indivíduos 653 26,45

Page 89: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 79 -

Entre estas, as espécies mais abundantes foram:

1) T. catappa (Amendoeira)

2) P. aquatica (Monguba)

3) M. indica (Mangueira)

4) C. pachystachya (Embaúba)

5) L. tomentosa (Oiti-mirim)

6) S. cumini (Jamelão)

7) P. americana (Abacateiro)

8) P. ruscifolia (Algarobo)

9) S. terebinthifolia (Aroeira)

10) F. guaranitica (Figueira-branca)

Quanto à ocorrência de espécies invasoras, foi detectada a presença das seguintes

espécies arbóreas:

1) Artocarpus heterophyllus (Jaqueira);

2) Azadirachta indica (Nim);

3) Casuarina equisetifolia (Casuarina);

4) Leucaena leucocephala (Leucena);

5) Mangifera indica (Mangueira);

6) Mimosa caesalpiniifolia (Sabiá);

7) Terminalia catappa (Amendoeira).

Além destas, as seguintes palmeiras e espécies arbustivas invasoras também

estiveram presentes:

1) Calotropis procera;

2) Tecoma stans (Ipê-amarelo-de-jardim);

3) Elaeis guineensis (Dendezeiro).

Quanto à presença de plantas tóxicas ou com princípios alergênicos, foram

encontradas as seguintes espécies arbustivas, arbóreas e palmeiras:

Thevetia peruviana (Chapéu-de-Napoleão);

Page 90: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 80 -

Nerium oleander (Espirradeira);

Melia azedarach (Cinamomo);

Schinus terebinthifolia (Aroeira);

Lithrea molleoides (Aroeira-branca);

Ficus microcarpa (Figueira-lacerdinha);

Caryota urens (Arecaceae)

Page 91: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 81 -

DISCUSSÃO

A discussão a seguir busca analisar os resultados obtidos em Salvador, em

comparação com outros estudos no Brasil, à luz da Ecologia e Permacultura.

Ao todo, foram amostrados 2469 indivíduos, pertencentes a 82 espécies, 61

gêneros e 27 famílias. A Tabela 42 mostra a riqueza das áreas de Salvador e de outros

estudos no Brasil. Essa comparação deve levar em conta a diferença de amostragem,

pois conforme aumenta o número de indivíduos amostrados, mais espécies são

descobertas (Ricklefs, 2003).

Tabela 42 – Comparação da riqueza entre as áreas e outros estudos no Brasil (N – nº indivíduos; R – Riqueza; R/N – densidade de espécies; MC – Rua Miguel Calmon; DT – Dique do Tororó; CC – Corredor da Centenário; JMJ – Av. Juracy Magalhães Jr.; VG – Av. Vasco da Gama; ACM – Av. Antonio Carlos Magalhães; MLC – Macroárea Lucaia/Costeira). Local N R R/N Referência MC* 46 3 0,065 - DT* 127 20 0,157 - Patos-PB 164 12 0,073

Jacareí-SP 295 28 0,095 Faria; Monteiro; Fisch, 2007.

Pombal-PB 212 8 0,038 Rodolfo Júnior et al., 2008.

Campina Grande-PB 360 24 0,067 Araújo et al., 2009.

Taubaté/SP 415 50 0,120 Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009.

Mariópolis/PR 424 20 0,047 Silva et al., 2008. Franca/SP 479 72 0,150 Silva et al., 2008. CC* 482 31 0,064 - JMJ* 493 46 0,093 - VG* 500 53 0,106 -

Sete de Setembro/RS 773 60 0,780 Coletto; Müller; Wolski, 2008.

ACM* 821 44 0,054 - Campos de Jordão-SP 836 32 0,038 Andrade, 2002.

Aracaju/SE 1076 23 0,021 Lima Neto et al., 2007.

Norte do MT 1210 37 0,031 Almeida, 2009. Uberlândia-MG 1329 30 0,023 Silva et al., 2002. Pato Branco/PR 1677 55 0,033 Cadorin et al., 2008. UFBA* 1723 103 0,060 -

Assis/SP 1915 54 0,028 Rossatto; Tsuboy; Frei, 2008.

MLC* 2469 82 0,033 - Americana-SP 2551 76 0,030 Silva, 2005.

Maringá/PR 93.261 87 0,001 Blum; Borgo; Sampaio, 2008.

* áreas em Salvador-BA.

Page 92: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 82 -

Entre as áreas de Salvador a que apresentou maior número de espécies foi a

UFBA (103), seguida das Avenidas Vasco da Gama (53) e Juracy Magalhães Jr. (43),

contudo este fato sofre influencia do grande número de indivíduos amostrados na UFBA

(1723) e do diferencial desta como campus universitário (conforme demonstrado nos

Resultados).

A densidade de espécies (R/N) refere-se ao número de espécies encontradas em

relação ao total de indivíduos (Odum, 1988). O Dique do Tororó foi o local com maior

densidade em Salvador (0,157), seguido da Avenida Vasco da Gama (0,106) e da Juracy

Magalhães (0,093), mas esse número é favorecido pela baixa amostragem dessa área.

O Dique do Tororó apresentou densidade de espécies equiparável à encontrada

por Silva et al. (2008) em Franca-SP (0,15) e um pouco superior a de Taubaté-SP (0,12),

estudada por Minhoto, Monteiro e Fisch (2009).

As Avenidas Vasco da Gama e Juracy Magalhães Jr. apresentaram uma riqueza

maior do que a encontrada em áreas de Campos de Jordão-SP (Andrade, 2002), Aracaju-

SE (Neto et al., 2006), norte do Mato Grosso (Almeida, 2009) e Uberlândia-MG (Silva et

al., 2002), mesmo considerando a maior amostragem destes estudos.

A riqueza de espécies amostradas na Macroárea Lucaia/Costeira em Salvador

(R=82) foi maior do que a encontrada por Silva (2005) em Americana-SP (R=76) e

consideravelmente elevada se comparado à de Maringá-PR (R=87), conforme Blum,

Borgo e Sampaio (2008), levando-se em conta o grande número de indivíduos

amostrados nesta (93.261).

Essa elevada riqueza é favorável ao equilíbrio e sustentabilidade pois proporciona

um sistema mais interativo, onde cada função importante é apoiada por diversos

elementos (Mollison e Slay, 1998).

Nas áreas amostradas em Salvador, a família mais abundante em número de

indivíduos foi Fabaceae (44%), seguida de Bignoniaceae (13,1%) e Malvaceae (11%).

Faria, Monteiro e Fisch (2007) encontraram um maior número de espécies de

Fabaceae e Bignoniaceae, em Jacareí-SP, sendo que em número de indivíduos

predominaram as leguminosas. Bortoleto (2004) encontrou na Estância de Águas de São

Pedro-SP, predomínio de Fabaceae, seguida de Bignoniaceae e Moraceae, considerando

árvores, arbustos e palmeiras.

Machado et al. (2006) também encontrou predominância de leguminosas entre as

árvores nativas de Teresina-PI, assim como Melo e Chagas (2008), no Campus da

Page 93: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 83 -

UNIFEOB, em São João da Boa Vista-SP, onde a freqüência de Fabaceae foi em torno de

43%, sendo as outras famílias mais freqüentes Myrtaceae e Bignoniaceae.

Em Franca (SP) Silva et al. (2008) encontraram uma maior abundância de Rutaceae

(15%), seguida de Fabaceae-Caesalpinoideae (11,9%), Anacardiaceae (10,6%), Oleaceae

(10,2%) e Moraceae (8,9%). As famílias Moraceae e Anacardiaceae tiveram relativa

representatividade em Salvador com 4,95% e 3,2% de freqüência, respectivamente.

No Horto Municipal da Barreirinha, em Curitiba-PR, Biondi e Leal (2008)

encontraram, entre árvores, arbustos e trepadeiras, mais espécies de Fabaceae (37),

Myrtaceae (13) e Bignoniaceae (8). Ou seja, assim como ocorre em Salvador, é comum a

alta freqüência de leguminosas e bignoniáceas na arborização de ruas do país.

Fabaceae é uma das maiores famílias de angiospermas, ocorrendo no Brasil cerca

de 200 gêneros e 1500 espécies. É a principal família usada na arborização urbana do

Brasil e muito importante economicamente (Souza e Lorenzi, 2005).

Está incluída entre as principais famílias na maioria dos ecossistemas naturais

brasileiros e tem como uma importante função ecológica a fixação de nitrogênio, por meio

da associação com bactérias do gênero Rhyzobium (Souza e Lorenzi, 2005).

Mollison e Slay (1998) destacam o papel das leguminosas, principalmente das

pioneiras, na construção do solo e fornecimento de matéria orgânica e abrigo para

árvores de crescimento lento.

O uso de recursos biológicos é uma ótima estratégia, sempre que possível, para

economizar energia, a exemplo da utilização da adubação verde ao invés de fertilizantes

nitrogenados e o emprego de plantas no combate de pragas (Mollison e Slay, 2008).

Contudo, a adubação verde, por si só, não enriquece o teor de matéria orgânica do

solo, pois, pelo fato de ser uma adubação nitrogenada, acaba consumindo-a (Primavesi,

2002).

Diversidade

Mollison e Slay (1998) ressaltam a importância de se praticar a diversidade

policultural, que traz estabilidade e prepara o sistema para eventuais mudanças sociais e

ambientais.

A comparação da diversidade entre as áreas estudadas deve levar em conta a

diferença de amostragem. O índice de diversidade de Simpson é dependente do tamanho

Page 94: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 84 -

da amostra. Seu valor máximo é o número de espécies encontradas (Ricklefs, 2003).

Comparando-se as três áreas de Salvador com amostras de tamanho parecido, concluiu-

se que a Av. Juracy Magalhães apresenta maior diversidade (D=18,22), seguida da Vasco

da Gama (17,17) e do Corredor da Centenário (11,14).

O índice de Shannon-Wiener (h) é relativamente independente da amostragem

(Odum, 1988). A ordem acima se confirma com o cálculo deste, onde as três áreas

apresentam-se com os maiores índices de diversidade (0,841; 0,823; e 0,794,

respectivamente). A UFBA mostrou diversidade semelhante ao Corredor da Centenário

(H=0,794), a Av. ACM ficou em quarto lugar com H=0,758, seguida do Dique do Tororó

com H=0,74 e da R. Miguel Calmon (H=0,54), como ilustra a Tabela 43.

Tabela 43 – Comparação da diversidade entre as áreas de Salvador (N – nº indivíduos; D – Índice de diversidade de Simpson; H – Índice de Shannon-Wiener).

Local N D H R. Miguel Calmon 46 1,54 0,540 Dique do Tororó 127 5,19 0,740 Corredor da Centenário 482 11,14 0,794 Av. Juracy Magalhães Jr. 493 18,22 0,841 Av. Vasco da Gama. 500 17,17 0,823 Av. ACM 821 11,89 0,758 UFBA* 1723 22,36 0,794 Macroárea Lucaia/Costeira 2469 20,85 0,785

Para comparação com outras cidades brasileiras, será levada em conta a

porcentagem do total de indivíduos representada pelas espécies mais abundantes. Os

resultados obtidos na Macroárea Lucaia/Costeira, em Salvador, encontram-se na Tabela

44. Houve predomínio de amendoeiras (T. catappa), sombreiros (C. fairchildiana) e

mongubas (P. aquatica), que juntas representaram 28,38% da comunidade.

Tabela 44 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Macroárea Lucaia/Costeira.

Nº espécies % total 1 10,80 2 20,48 3 28,38 4 33,89 5 39,24 6 44,06 7 48,56 8 52,85 9 56,58

10 60,06

Page 95: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 85 -

Algumas cidades brasileiras apresentam baixíssima diversidade, com dominância

de poucas espécies. Rodolfo Júnior et al. (2008) na cidade de Pombal-PB, encontrou

predomínio de F. benjamina e S. siamea que juntas foram responsáveis por

aproximadamente 77% do total de indivíduos. No norte do Mato Grosso, Almeida (2009)

encontrou que as três espécies mais frequentes representavam 79,1% do total de

indivíduos, das cidades estudadas. Andrade (2002) encontrou que 87,8% dos indivíduos

arbóreos de Campos de Jordão pertenciam a duas espécies. Das 12 espécies

encontradas em Patos-PB, somente duas foram responsáveis por 83,53% das árvores

amostradas (Melo; Lira Filho; Rodolfo Júnior, 2007). Estes valores de dominância são

muito superiores aos encontrados na capital baiana.

Na Macroárea, em Salvador, as oito espécies mais abundantes responderam por

um pouco mais da metade (52,85%) da comunidade arbórea. Em Jacareí-SP as quatro

espécies mais freqüentes representaram em torno de 52% dos indivíduos (Faria;

Monteiro; Fisch, 2007), assim como em Taubaté-SP (Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009). No

bairro estudado por Araújo et al. (2009), em Campina Grande-PB, a espécie F. benjamina

foi a mais freqüente (51,95%) e as cinco mais abundantes totalizaram 83,62% da

comunidade arbórea. Em Uberlândia-MG as cinco espécies mais frequentes

representaram 67,2% do total de indivíduos (Silva et al., 2002). Sete espécies respondiam

por 70% da arborização de Sete de Setembro-RS (Coletto; Müller; Wolski, 2008).

As dez espécies mais freqüentes, em Salvador-BA representaram 60,06% do total

da comunidade arbórea. Valor próximo ao de Franca-SP, 64,5% (Silva et al., 2008).

Em Assis-SP, Rossatto, Tsuboy e Frei (2008) encontraram predomínio de L.

tomentosa (21,41%) e as dez espécies mais frequentes foram responsáveis por 82,77%

dos espécimes. Em Maringá-PR, as dez espécies mais frequentes responderam por

74,76% da arborização de vias públicas (Sampaio e De Angelis, 2008).

Em Águas de São Pedro-SP, ocorreu maior diversidade que em Salvador, pois a

soma das dez espécies mais abundantes respondeu por 48,33% do total de indivíduos,

apesar de C. peltophoroides apresentar freqüência de 13,63% (Bortoleto et al., 2007).

Portanto, a Macroárea Lucaia/Costeira, em Salvador, apresenta considerável

diversidade em comparação a outras cidades brasileiras, mas está longe do ideal, devido

à dominância de poucas espécies e presença de muitas espécies com poucos indivíduos.

Para Silva et al. (2008) o baixo número de indivíduos de algumas espécies é decorrente

de plantios realizados pelos próprios moradores.

Page 96: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 86 -

A estabilidade, obtida através da diversidade, depende da cooperação entre as

espécies. É necessário que estas não causem prejuízos umas às outras. Alguns detalhes

importantes a serem conhecidos na hora da escolha de árvores para crescerem juntas

são: a estrutura da árvore madura, o que interfere no sombreamento dos indivíduos ao

redor; a tolerância à sombra; a altura das árvores na maturidade, para decidir a

localização e necessidades de espaço; a necessidade de umidade; e a ocorrência de

alelopatia (Mollison e Slay, 1998).

As espécies

Sempre que possível, deve-se utilizar espécies nativas ou aquelas adaptadas e

reconhecidas como benéficas (Mollison e Slay, 1998). Deve ser respeitada a aptidão

ecológica de cada espécie (Lorenzi, 2002).

As plantas distinguem-se em relação ao seu comportamento ambiental. As

pioneiras só crescem na mata jovem (capoeira). As secundárias predominam no estágio

intermediário e as clímaxes crescem e reproduzem-se somente na floresta madura

(Lorenzi, 2002).

A natureza encarrega-se de transformar numa floresta qualquer área coberta com

solo e sem vegetação. Nos primeiros anos desenvolvem-se apenas herbáceas anuais,

herbáceas perenes e arbustivas perenes. Somente depois de quatro anos surgem as

primeiras arbóreas pioneiras e após o sombreamento da área aparecem as espécies

secundárias e clímaxes (Lorenzi, 2002). As plantas iniciais da sucessão modificam o

ambiente e facilitam o estabelecimento das espécies mais tardias, ou seja, “cada estágio

pavimenta o caminho para o próximo” (Ricklefs, 2003).

Mollison e Slay (1998) destacam a importância de se promover a sucessão natural,

ao invés de lutar contra este processo à custa de trabalho e energia.

Quanto à origem das espécies, na amostragem de Salvador houve predomínio de

exóticas tanto em relação ao número de espécies (36,6%) quanto ao número de

indivíduos (53,3%). O número de espécies nativas não regionais (21) foi um pouco inferior

ao das nativas regionais (25), mas estas últimas representaram apenas 17,1% do total de

indivíduos.

Muitos autores não fazem distinção entre as espécies nativas regionais e não

regionais. Melo e Chagas (2008) encontraram, na UNIFEOB, em São João da Boa Vista,

Page 97: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 87 -

19 espécies nativas e 9 exóticas. Faria, Monteiro e Fisch (2007) encontraram igual

número de espécies entre nativas e exóticas (sendo a maior parte destas, frutíferas

plantadas pela população). Em Assis-SP, o número absoluto de árvores nativas foi quatro

vezes maior que o de exóticas, apesar do número de espécies exóticas ser maior

(Rossatto; Tsuboy; Frei, 2008). Estes estudos, portanto, subestimaram a presença de

organismos exóticos ao bioma local.

Porém, mesmo quando não há distinção entre nativas regionais e não regionais, na

maior parte dos estudos prevalece o predomínio de exóticas ao Brasil. Araújo et al. (2009)

encontrou o dobro de espécies exóticas em relação a nativas. Almeida (2009) em cidades

do norte do Mato Grosso encontrou que 56,8% das espécies eram exóticas. Na Estância

Turística de Águas de São Pedro, houve predomínio de espécies exóticas (61,33%)

(Bortoleto et al., 2007), assim como em Sete de Setembro-RS com 58,3% das espécies

(Coletto; Müller; Wolski, 2008). Teixeira e Santos (2007) encontraram 71,7% de indivíduos

exóticos. Segundo Lorenzi et al. (2003) as exóticas representam cerca de 80% das

espécies usadas no país.

Considerando-se a importância das variações regionais, dentro do mesmo país,

muitos autores fazem a separação daquelas espécies do bioma local. Contudo, essa

definição varia em virtude do território considerado.

Silva et al. (2008) encontrou em Franca-SP, 68,5% dos indivíduos exóticos e 31,5%

nativos do Brasil. Destes, apenas 8,3% eram nativos da região. Blum, Borgo e Sampaio

(2008) encontraram em Maringá muitas espécies exóticas ao Brasil (55,2%), além de

20,7% exóticas ao ecossistema natural de Maringá.

Silva et al. (2008) mostraram que as espécies mais abundantes na arborização de

Mariopólis não têm nenhuma identidade com o bioma local. No total, ocorreram oito

espécies nativas do Brasil, três do bioma local e 12 exóticas (sendo seis destas

consideradas invasoras no Paraná).

Das 55 espécies inventariadas por Cadorin et al. (2008), em Pato Branco-PR, 25

são nativas e apenas 11 são do bioma local, sendo a freqüência de indivíduos arbóreos

nativos bem menor que a de exóticas.

Em Salvador ocorreu boa representatividade das espécies nativas regionais (17,1%

do total de indivíduos), em comparação a outras localidades do Brasil. Contudo deve-se

levar em conta o amplo território considerado (Domínio da Mata Atlântica no estado da

Bahia).

Page 98: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 88 -

Blum, Borgo e Sampaio (2008) ressaltam que nem toda espécie exótica traz

prejuízos ambientais, mas é preciso valorizar a riqueza florística regional. Machado et al.

(2006) encontraram 48 espécies nativas em parques e praças de Teresina-PI, mas

afirmam a importância do estudo de espécies com potencial para arborização de calçadas

laterais.

Lorenzi (2002) argumenta que nem todas as espécies de árvores nativas são

adequadas para o plantio em áreas urbanas, contudo, a maior parte pode ser plantada em

grandes avenidas, praças e parques. A indisponibilidade de mudas é a principal

dificuldade para o uso destas.

Funcionalidade

A importância da diversidade em um sistema não está somente no número de

elementos presentes, mas, principalmente, na quantidade de conexões funcionais entre

estes (Mollison e Slay, 1998).

“Cada elemento no sistema deverá ser escolhido e posicionado de forma a

executar o maior número possível de funções” (Mollison e Slay, 1998). Segundo estes, as

árvores podem servir para: controle da erosão, condicionamento do solo, controle do

clima, manutenção da vida selvagem, como ornamentais, quebra-ventos, para

fornecimento de sementes, alimento, remédios, entre outras funções.

Das 82 espécies levantadas em Salvador, apenas 30 fornecem alimento à fauna, o

que representou 26,45% do total de indivíduos. Silva et al. (2008) encontraram, em

Franca-SP, 65% dos indivíduos com potencial para alimentação de aves e morcegos,

número bastante superior ao encontrado na capital baiana. Contudo, em Salvador não foi

considerado o alimento para visitantes florais.

Morrow (2003) julga necessário, para a sustentabilidade, trazer a produção de

alimentos de volta às cidades, usar o máximo da capacidade de tudo e ajudar a tornar as

pessoas independentes.

Sobre a alimentação humana, Rossato et al. (2008) encontraram, em Assis-SP, 11

indivíduos de frutíferas, que correspondiam a 0,5% da comunidade, o que para eles indica

pouca interferência da população. Coletto, Müller e Wolski (2008) encontraram

significativo número de espécies frutíferas (16), compondo 12% do total de indivíduos.

Page 99: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 89 -

Para eles o plantio destas, em geral, é feito de forma espontânea pela população, visando

à alimentação.

O uso de espécies com frutos grandes em calçadas é inviável (Pivetta e Silva Filho,

2002), contudo estas podem ser usadas em canteiros largos e praças, como proposto

pela Lei Municipal nº 4.456 de 09 de Dezembro de 1991, que trata do plantio de árvores

frutíferas nas avenidas de vale, bem como nas avenidas que disponham de áreas

marginais favoráveis para tal.

Deve-se levar em conta que cada elemento do sistema, para funcionar

eficientemente, deve estar posicionado no lugar certo, de forma que facilite suas

interações com outros elementos (Mollison e Slay, 1998), estes autores destacam as

seguintes questões para basear estratégias:

“Que uso tem os produtos deste elemento, em particular, para as necessidades

dos outros elementos?”;

“Quais serão as necessidades deste elemento que serão supridas pelos

outros?”;

“De que forma este elemento é incompatível com os outros?”;

“De que forma este elemento beneficia outras partes do sistema?”.

Espécies com folhas caducas em calçadas prejudicam o sistema de drenagem e,

assim como frutos grandes, trazem muita sujeira (Pivetta e Silva Filho, 2002). Devem,

portanto, ser evitadas, assim como a introdução de espécies potencialmente invasoras,

que podem romper o balanço natural do ambiente (Mollison e Slay, 1998).

Ocorreram na cidade de Salvador, 11 espécies potencialmente invasoras, entre

árvores, arbustos e palmeiras, com destaque para a amendoeira (T. catappa), espécie de

maior freqüência na cidade.

Em via pública de Pato Branco-PR, a espécie predominante também foi invasora

(Silva et al., 2007). Coletto, Müller e Wolski (2008) encontraram 11 espécies invasoras em

Sete de Setembro-RS. Blum, Borgo e Sampaio (2008) levantaram 16 em Maringá-PR.

No Horto Municipal da Barreirinha, Curitiba-PR, 6,67% das espécies produzidas

eram consideradas invasoras no Brasil e 3,03% no Paraná (Biondi e Leal, 2008).

Blum, Borgo e Sampaio (2008) levantaram que 5,5% da arborização de Maringá é

composta por 16 espécies consideradas invasoras no estado do Paraná. Na área urbana

de Curitiba, Biondi e Macedo (2008) encontraram, entre plantas de todos os hábitos, 23

espécies consideradas invasoras no Brasil e oito invasoras para a região.

Page 100: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 90 -

Das espécies que ocorreram em Salvador merecem destaque as mangueiras (M.

indica) e jaqueiras (A. heterophyllus), fornecedoras de alimento; e o dendezeiro (E.

guineensis), de importância cultural para a cidade. O uso destas pode ser feito se não

oferecer risco de contaminação em áreas de conservação da flora local.

As outras espécies encontradas devem ter seu uso evitado, são elas: amendoeira

(T. catappa); casuarina (C. equisetifolia); leucena (L. leucocephala); sabiá (M.

caesalpiniifolia); nim (A. indica); ipê-amarelo-de-jardim (T. stans); e C. procera.

Quanto à presença de plantas tóxicas ou com princípios alergênicos, foram

encontradas sete espécies, arbustivas, arbóreas ou palmeiras.

Entre as plantas produzidas no Horto Municipal de Barreirinha (Curitiba-PR), 15

espécies apresentaram princípios tóxicos (Biondi e Leal, 2008). Cavalcanti et al. (2003)

encontraram que 4,4% das espécies arbóreas e 19% dos outros vegetais ornamentais

produzidos no Horto Florestal Lauro Pires Xavier, em Campina Grande-PB, apresentavam

algum princípio tóxico.

Entre as plantas encontradas em Salvador, estão as espirradeiras (Nerium

oleander) e chapéu-de-Napoleão (Thevetia peruviana), espécies amplamente usadas no

paisagismo (Lorenzi, 2001), porém, muito tóxicas, podendo levar à morte (SINITOX,

2009).

Outras plantas tóxicas, cujo uso deve ser evitado, foram: o cinamomo (Melia

azedarach), a aroeira-branca (Lithrea molleoides), Caryota urens (Arecaceae) e a figueira-

lacerdinha (F. microcarpa). Esta última tem suas folhas, geralmente, atacadas por trips

que causam incômodos respiratórios e aos olhos (Lorenzi, 2003).

Entre as alergênicas é importante comentar sobre a aroeira (S. therebinthifolia),

uma espécie nativa regional, pioneira, medicinal, que proporciona alimento para a fauna,

mas pode provocar alergia em pessoas sensíveis (Lorenzi, 2002; Lorenzi e Matos, 2000),

portanto o uso desta, em virtude de tantos benefícios, deve ser feito de forma criteriosa,

em locais onde não haja fluxo constante de pessoas.

Sobre o uso de espécies arbustivas e palmeiras, no total das Avenidas ACM,

Juracy Magalhães Jr. e Vasco da Gama, foram amostrados 1164 indivíduos não-

arbóreos, junto aos 1814 indivíduos arbóreos. Volpe-Filik, Silva e Lima (2007), também

encontraram grande número de arbustos e palmeiras, inclusive prevalecendo sobre as

árvores.

Arbustos não proporcionam os mesmo benefícios que árvores, mas ajudam no

estabelecimento de condições microclimáticas e na supressão de capins. Porém, não

Page 101: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 91 -

devem ser plantados tão próximos das árvores para não competirem (Mollison e Slay,

1998)

Um ponto importante a ressaltar é o uso de coqueiros (Cocos nucifera). Suas

grandes palhas e frutos (cocos) os tornam inviáveis para áreas de trânsito de pedestres.

O plantio nestes lugares exige constante manutenção e, portanto, um custo energético

(econômico).

Como destaca Morrow (2003), devem-se buscar soluções, não problemas,

trabalhar onde vale a pena e minimizar os gastos com manutenção e energia.

Outro ponto importante do planejamento energético eficiente é o posicionamento

dos elementos em zonas e setores. As zonas tratam da freqüência com que os elementos

são visitados e os setores tratam das energias, não controláveis, que vêm de fora do

sistema (Mollison e Slay, 1998).

Os componentes que exigem observação rotineira, visitas frequentes e trabalho

intensivo devem ser posicionados próximos ao centro de atividades, ou perde-se muito

tempo, esforço e energia visitando-os (Mollison e Slay, 1998).

Com base nisso, sugere-se posicionar os órgãos da Prefeitura responsáveis pela

manutenção da arborização de forma que não sejam necessários grandes deslocamentos

para alcançar todos os pontos da cidade, podendo inclusive criar-se mais de um centro de

atividades. A produção local de mudas (por meio de um Viveiro Municipal), também

diminui os custos com deslocamento, assim como a produção local de adubo (composto).

O planejamento de setores envolve energias e elementos como o sol, vento, chuva

e fluxo de água (Mollison e Slay, 1998), em Salvador merecem destaque fatores como

ventos frios e salinos e áreas sujeitas a enchentes.

Um bom design permacultural faz uso das energias naturais que entram no sistema

e daquelas geradas dentro deste, visando interromper fluxos de nutrientes e energias que

saem do local e transformá-los em ciclos completos (Mollison e Slay, 1998).

A regeneração dos nutrientes em ambientes terrestres ocorre no solo. A

produtividade das plantas depende da reciclagem da serrapilheira e de outros detritos

orgânicos (Ricklefs, 2003). É extremamente necessário o retorno da matéria orgânica ao

solo. Sua reposição periódica é indispensável, devido à rápida decomposição desta em

clima tropical úmido. A incorporação de palha ou qualquer outro material celulósico, na

superfície, é adequada (Primavesi, 2002).

Apesar da pobreza mineral dos solos tropicais, não há problemas enquanto a

bioestrutura for boa. A conservação desta condição depende, entre outras ações, da

Page 102: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 92 -

proteção contra chuvas e insolação, reposição de matéria orgânica, manutenção de clima

favorável e utilização de técnicas que evitem a compactação e adensamentos (Primavesi,

2002)

Portanto, a matéria orgânica resultante da poda em canteiros largos, se mantida no

solo, melhora sua fertilidade e, consequentemente, o desempenho da vegetação. Deve-

se, porém, separar o lixo que, por ventura, esteja presente.

Com a devida informação, pode-se pensar de forma multidisciplinar e projetar

sistemas sustentáveis, produtivos e que economizem energia e dinheiro (Mollison e Slay,

1998), segundo estes autores:

“A Permacultura não é intensiva em energia ou em capital, mas o é na informação”.

Page 103: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 93 -

CONCLUSÕES

Em virtude do exposto, conclui-se que na comunidade arbórea analisada em ruas e

praças de Salvador-BA há:

grande riqueza de espécies, em comparação com outras localidades do Brasil;

dominância de poucas espécies, mas a diversidade mostrou-se maior que a de

muitas cidades brasileiras;

predomínio de espécies e indivíduos exóticos e baixa representatividade de

espécies nativas regionais;

baixa freqüência de espécies que oferecem alimento à fauna;

espécies potencialmente invasoras, tóxicas e alergênicas.

Além disso, percebeu-se que há um considerável predomínio de leguminosas

(Fabaceae) e que a arborização dos campi da Universidade Federal da Bahia, em

Salvador, diferencia-se do restante da cidade, em virtude da riqueza e composição

específica.

Alguns princípios e práticas da Permacultura podem ser adotados na arborização

de ruas e praças (ver Recomendações), como: uso de espécies nativas, promoção da

sucessão natural e da diversidade, manutenção da fertilidade do solo, uso de recursos

biológicos, produção local de alimentos, zoneamento, setorização, entre outros.

Page 104: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 94 -

RECOMENDAÇÕES

Para uma arborização sustentável e, portanto, ecológica, algumas diretrizes podem

ser seguidas (baseado em Odum, 1988; Mollison e Slay, 1998; Morrow, 2003; Ricklefs,

2003):

Implementar um Plano Diretor de Arborização Urbana.

Planejar a arborização do município a longo prazo, para a remoção e substituição

de árvores.

Usar espécies nativas do bioma local, ou adaptadas benéficas.

Não usar espécies invasoras ou tóxicas.

Usar grande diversidade de espécies.

Preservar a diversidade genética.

Estudar a possibilidade de implantação de corredores ecológicos.

Evitar podas drásticas e desnecessárias.

Realizar podas com orientação técnica qualificada.

Não usar espécies que exijam constante manutenção.

Evitar grandes deslocamentos no manejo da arborização, por meio da criação de

macroáreas com distintos centros de atividades.

Minimizar o uso de combustíveis fósseis no trato da arborização.

Implantar um Viveiro Municipal para produção de mudas.

Implantar uma Usina de Compostagem Municipal para produção de composto.

Preservar a vida e fertilidade do solo.

Incorporar restos de poda e capinas na superfície do solo.

Evitar o uso de agroquímicos no tratamento fitossanitário, priorizando métodos

alternativos.

Usar recursos biológicos, como adubação verde e biofertilizantes.

Priorizar a manutenção de áreas permeáveis e subsolo livre em calçadas.

Promover a sucessão natural.

Respeitar a aptidão ecológica de cada espécie.

Promover o uso de quebra-ventos e sombreamento de espécies secundárias.

Posicionar os elementos urbanos de forma a beneficiar ou não prejudicar as

árvores, como redes de distribuição de energia compactas ou subterrâneas.

Page 105: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 95 -

Priorizar a permanência das árvores quando em situações de conflito com

elementos urbanos, sempre que possível.

Selecionar espécies que possuam diversos atributos (ornamentação, conservação

da fauna e flora, alimentação, artesanato, entre outros).

Ter pleno conhecimento do ecossistema local quanto aos fatores abióticos, no

planejamento da arborização urbana.

Fazer plantios densos e estratificados em canteiros de grandes dimensões.

Promover a educação ambiental e a ecopedagogia no sentido de desenvolver uma

relação harmônica entre a população e as árvores.

Promover a auto-suficiência e responsabilidade comunitária.

Page 106: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 96 -

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIRRE JÚNIOR, J. H. de; VOLPE-FILIK, A; LIMA, A. M. L. P. Programa amiga árvore: plantio de árvores em vias públicas na cidade de Piracicaba/SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 2, n. 2, 2007. AGUIRRE JÚNIOR, J. H. de; ,LIMA, A. M. L. P. Uso de árvores e arbustos em cidades brasileiras. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 2, n. 4, p. 50-66, 2007. AKBARI, H.; POMERANTZ, M.; TAHA, H. Cool surfaces and shade trees to reduce energy use and improve air quality in urban areas. Solar Energy, Great Britain, v. 70, n. 3, p. 295–310, 2001. ALMEIDA, D. N. de. Análise da arborização urbana de cinco cidades da região Norte do estado de Mato Grosso. 2009. 62 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) - Curso de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, Faculdade de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. 2009. ALMEIDA, A. R. de; ZEM, L. M.; BIONDI, D. Relação observada pelos moradores da cidade de Curitiba-PR entre a fauna e árvores frutíferas. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 1, p. 3-20, 2008. ALMEIDA, W. R. de et al. Contextualização sobre Espécies Exóticas Invasoras: Dossiê Pernambuco. AMANE/TNC/CEPAN/CI-Brasil, Recife-PE. 2009. ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 4 ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. ALVEY, A. A. Promoting and preserving biodiversity in the urban forest. Urban Forestry & Urban Greening, München, v. 5, p. 195–201, 2006. AMARAL, R. D. de A. M. Diagnóstico da ocorrência de cupins xilófagos em árvores urbanas do bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo. 2002. 85 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2002. ANDRADE, T. O. de. Inventário e análise da arborização viária da estância turística de Campos do Jordão, SP. 2002. 129 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2002. ARAÚJO, A. C. de et al. Análise quali-quantitativa da arborização no Bairro Presidente Médici, Campina Grande-PB. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 1, p. 133-144, 2009. BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambiente urbanos: estudo em microclimas de Maceió (AL). 2005. 135 f. Dissertação (Mestrado Ciências da Engenharia Ambiental) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. 2005.

Page 107: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 97 -

BARBOSA, J. S. F. et al. Petrografia e Litogeoquimica das Rochas da Parte Oeste do Alto de Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo - SP, v. 35, 2005. BAUMGARTEN, H. A administração das áreas verdes públicas e espaços livres nas cidades alemãs. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, 2006. BIONDI, D.; LEAL, L. Caracterização das Plantas Produzidas no Horto Municipal da Barreirinha - Curitiba / PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba-SP, v. 3, n. 2, p. 20-36, 2008. BIONDI, D.; PEDROSA-MACEDO, J. H. Plantas invasoras encontradas na área urbana de Curitiba (PR). Floresta, Curitiba - PR, v. 38, n. 1, 2008. BITTENCOURT, A. C. da S. P. Alguns aspectos da sedimentação recente na Costa Atlântica de Salvador. 1971. Dissertação (Mestrado em Geociências) – Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador. 1971. BLUM, C. T.; BORGO, M.; SAMPAIO, A. C. F. Espécies exóticas invasoras na arborização de vias públicas de Maringá-PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 2, p.78-97, 2008. BOBROWSKI, R.; BIONDI, D.; BAGGENSTOSS, D. Composição de canteiros na arborização de ruas de Curitiba (PR). Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, p. 44-61, 2009. BORTOLETO, S. Inventário quali-quantitativo da arborização viária da Estância de Águas de São Pedro-SP. 2004. 99 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2004. BORTOLETO S.; SILVA FILHO, D. F. da; LIMA, A. M. L. P. Prioridades de manejo para a arborização viária da Estância de Águas de São Pedro-SP, por setores. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, 2006. BORTOLETO, S. et al. Composição e distribuição da arborização viária da Estância de Águas de São Pedro-SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 3, 2007. BRITO, F. L. Direito à calçada: o espaço e o pedestre na cidade de Salvador. 2008. Dissertação (Mestrado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social) – Universidade Católica do Salvador, Salvador. 2008 BRUN, F. G. K.; LINK, D.; BRUN, E. J. O emprego da arborização na manutenção da biodiversidade de fauna em áreas urbanas. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 1, 2007. BRUN, F. G. K. et al. Legislações municipais do Rio Grande do Sul referentes à arborização urbana – estudo de casos. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 3, n. 3, p. 44-64, 2008.

Page 108: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 98 -

BRYANT, M. M. Urban landscape conservation and the role of ecological greenways at local and metropolitan scales. Landscape and Urban Planning, USA, v. 76, p. 23–44, 2006. BUCCHERI FILHO, A. T.; NUCCI, J. C. Espaços livres, áreas verdes e cobertura vegetal no Bairro Alto da XV, Curitiba/PR. Revista do Departamento de Geografia, Rio de Janeiro - RJ, v. 18, p. 48-59, 2006. CADORIN, D. A. et al. Características da arborização dos bairros Cadorin, Parzianello e La Salle em Pato Branco – PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 3, n. 4, p. 40-52, 2008. CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A.; PAULUS G. Agroecologia: matriz disciplinar ou novo paradigma para o desenvolvimento rural sustentável. 2006. Brasília, DF. Disponível em: http://www.itcp.usp.br/drupal/files/itcp.usp.br/Agroecologia.pdf . Acesso em: 15 dez. 2009. CARSAN, S.; WESONGA, G.; WAMBUGU, M. Promovendo a integração da agrossilvicultura na cidade e periferia de Kisumu. Revista Agricultura Urbana. Havana, n. 13. Acesso em: dez. 2009. Disponível em: http://www.ipes.org/index.php?option=com_content&view=article&id=111&Itemid=135. CARVALHO, G. M. de; ROQUE, N.; GUEDES, M. L. S. Levantamento das espécies arbóreas da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia. Sitientibus. Série Ciências Biológicas, Feira de Santana – BA, v. 7, n. 4, p. 377-387, 2007. CAVALCANTI, M. L. F et al. Identificação dos vegetais tóxicos da cidade de Campina Grande-PB. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande – PB, v. 3, n. 1, 2003. CAZNOK, J. Arborização urbana no município de Criciúma, Santa Catarina: potencialidade das espécies nativas. 2008. 78 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma. 2008. CHÃO VERDE Ltda. SPJ – Corredor da Centenário. SPJ/PMS. Salvador, BA. 2002. COELHO, S. dos S.;SERPA, A. Transporte coletivo nas periferias metropolitanas: estudos de caso em Salvador, Bahia. Geografia, Rio Claro - SP, v. 26, n. 2, p. 91-126, 2001. COLETTO, E. P.; MÜLLER, N. G.; WOLSKI, S. S. Diagnóstico da arborização das vias públicas do município de Sete de Setembro – RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 2, p.110-122, 2008. CONDER - Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia. Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador. — Salvador: CONDER. PNUD. Fund. João Pinheiro, 2006.

Page 109: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 99 -

CORRÊA, L. da R. Relação entre o critério socioeconômico e parâmetros ecológicos relativos à arborização viária de Canoas, Brasil. Pesquisas, Botânica. São Leopoldo - RS, n. 57, p. 303-318, 2006. COSTA, R. G. S.; FERREIRA, C. C. M. Análise do índice de áreas verdes (IAV) na área central da cidade de Juiz de Fora, MG. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 1, p. 39-57, 2009. CRA - Centro de Recursos Ambientais (BA). Baía de Todos os Santos e Litoral Norte. Salvador: CRA, 2002. v. 3. Série Áreas de Proteção Ambiental. DANTAS, I. C.; SOUZA, C. M. C. de. Arborização urbana na cidade de Campina Grande - PB: Inventário e suas espécies. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande – PB, v. 4, n. 2, 2004. DE ANGELIS, B. L. D.; CASTRO, R. M. De; DE ANGELIS NETO, G. Ocorrência do cancro de tronco em árvores de acompanhamento viário na cidade de Maringá, Paraná. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 2, 2007. DE ANGELIS NETO et al. O controle de processos em áreas urbanas com uso da vegetação. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, 2006. DIMOUDI, A.; NIKOLOPOULOU M. Vegetation in the urban environment: microclimatic analysis and benefits. Energy and Buildings, USA, v. 35, p. 69-76, 2003. DONOVAN, G. H.;BUTRY, D. T. The value of shade: Estimating the effect of urban trees on summertime electricity use. Energy and Buildings, USA, v. 41, p. 662-668, 2009. DRESCHER, A. W.; JACOBI, P.; AMEND, J. Segurança Alimentar Urbana - Agricultura urbana, uma resposta à crise? Revista Agricultura Urbana, Havana, n. 1. Disponível em: http://www.ipes.org/index.php?option=com_content&view=article&id=111&Itemid=135. Acesso em: dez. 2009. DUARTE, F. G. et al. Cupins (insecta: isoptera) na arborização urbana da Zona 1 de Maringá-PR. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, Maringá - PR, v. 1, n. 1, p. 87-99, 2008. FARIA, J. L. G.; MONTEIRO, E. A.; FISCH, S. T. V. Arborização de vias públicas do município de Jacareí – SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 2, n. 4, p. 20-33, 2007. FERNANDES, J. A. De cunhã a mameluca: a mulher tupinambá e o nascimento do Brasil. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003. FERNANDES, R. B. Processos recentes de urbanização/segregação em Salvador: O Miolo, região popular e estratégica da cidade. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, Barcelona, v. 9, n. 523, 2004.

Page 110: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 100 -

FERNANDES, R. B.; SANTOS, R. L.; SANTO, S. M. O crescimento urbano em Salvador e os impactos ambientais na formação do Cabula, bairro popular estratégico da cidade. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, Barcelona, v. 9, n. 521, 2004. FRASER, E. D. G.; KENNEY, W. A. Cultural background and lanscape history as factors affecting perceptions of the urban Forest. Journal of Arboriculture, UK, v. 26, n. 2, 2000. GOMES, M. A. S.; AMORIM, M. C. de C. T. Arborização e conforto térmico no espaço urbano: estudo de caso nas praças públicas de presidente Prudente (SP). Caminhos de Geografia, Uberlândia - MG, v. 7, n. 10, p. 94-106, 2003.

GÓMEZ, F.; GIL, L.; JABALOYES, J. Experimental investigation on the thermal comfort in the city: relationship with the green areas, interaction with the urban microclimate. Building and Environment, USA, v. 39, p. 1077-1086, 2004. HARDER, I. C. F. Inventário quali-quantitativo da arborização e infra-estrutura das praças da cidade de Vinhedo (SP). 2002. 140 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. HASSE, I.; SHINOSAKA, T. J.; SILVA, L. M. Avaliação da presença de cupins na arborização da Região Central de Pato Branco-PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 1, p. 9-18, 2008. HERRMANN, C. R. A. A qualidade do sombreamento de espécies arbóreas e sua influência no microclima do entorno imediato em ambientes urbanos. 2008. 160 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia do Meio Ambiente) - Escola de Engenharia Civil, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2008. IBGE. Geografia do Brasil – Região Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. V. 2. ISERNHAGEN, I.; BOURLEGAT, J. M. G. Le; CARBONI, M. Trazendo a riqueza arbórea regional para dentro das cidades: possibilidades, limitações e benefícios. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 2, p. 117-138, 2009. JENSEN, R. R.;BOULTON, J. R.; HARPER, B. T. The relationship between urban leaf area and household energy usage in Terre Haute, Indiana, U.S. Journal of Arboriculture, UK, v. 29, n. 4, 2003. LAERA, L. H. N. Valoração econômica da arborização - a valoração dos serviços ambientais para a eficiência e manutenção do recurso ambiental urbano. 2006. 132 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Ambiental) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental, Universidade Federal Fluminense, Niterói. 2006. LESSER, L. M. Hardscape damage by tree roots. Journal of Arboriculture, UK, v. 27, n. 5, 2001. LIMA NETO, E. M de et al. Análise das áreas verdes das praças do Bairro Centro e principais avenidas da cidade de Aracaju-SE. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 1, 2007.

Page 111: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 101 -

LIRA FILHO, J. A. de et al. Experiência piloto em arborização participativa em duas cidades de pequeno porte do semi-árido brasileiro. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, p. 1-15, 2009. LONGA, C. M. O.; BARBOSA, M. do C. F.; OLIVEIRA, M. Z. A. de. Diagnóstico da vegetação da Rua Miguel Calmon. SUAVE/PMS. Salvador, BA. 1998. LORENZI, H. Árvores Brasileiras - manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. V. 1. LORENZI, H. Árvores Brasileiras - manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. V. 2. LORENZI, H. et al. Árvores Exóticas no Brasil - madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2003. 384 p. LORENZI, H. et al. Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2004. 432 p. LORENZI, H. et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura). São Paulo: Instituto Plantarum, 2006. 672 p. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2000. LORENZI, H; SOUZA, H. M. de. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2001. LORENZO, A. B. et al. Assessing residents' willingness to pay to preserve the community urban forest: a small-city case study. Journal of Arboriculture, UK, v. 26, n. 6, 2000. MACHADO, R. R. B. et al. Árvores nativas para a arborização de Teresina, Piauí. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, 2006. MALIARENKO, L.; BRITO, R. C. de. A introdução da vegetação de restinga na arborização urbana da Orla Marítima de Salvador. In: III Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, 1996, Salvador – BA, Resumos...Salvador: SBAU/COELBA, 1996. 207 p. MAREK, C. F. Os impactos da arborização viária sobre a rede de distribuição de enrgia elétrica: estudo de caso da Zona 7 de Maringá/PR. 2008. 90 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana, Universidade Estadual de Maringá, Maringá. 2008. MCPHERSON, G.; J. MUCHNICK . Effects of street tree shade on asphalt concrete pavement performance. Journal of Arboriculture, UK, v. 31, n. 6, 2005.

Page 112: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 102 -

MELO, R. R. de; LIRA FILHO, J. A. de; RODOLFO JÚNIOR, F. Diagnóstico qualitativo e quantitativo da arborização urbana no bairro Bivar Olinto, Patos, Paraíba. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 1, 2007. MELO, G. A. M. de; CHAGAS, E. P. Angiospermas utilizadas na arborização do Campus II da UNIFEOB, São João da Boa Vista, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 3, n. 4, p. 75-87, 2008. MENDES, V. M. O. A problemática do desenvolvimento em Salvador: Análise dos planos e práticas da segunda metade do século XX (1950-2000). 2006. 274 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) - Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2006. MENDONÇA, L. B.; DOS ANJOS, L. Beija-flores (Aves, Trochilidae) e seus recursos florais em uma área urbana do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba - PR, v. 22, n. 1, p. 51–59, 2005. MENDONÇA, L. B.; DOS ANJOS, L. Feeding behavior of hummingbirds and perching birds on Erythrina speciosa Andrews (Fabaceae) flowers in a urban area, Londrina, Paraná, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba - PR, v. 23, n. 1, p. 42-49, 2006. MENEGHETTI, G. I. P. Estudo de dois métodos de amostragem para inventário da arborização de ruas dos bairros da orla marítima do município de Santos, SP. 2003. 115 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2003. MENESES, C. H. S. G. et al. Análise da arborização dos bairros do Mirante e Vila Cabral na cidade de Campina Grande – PB. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande – PB, v. 3, n. 2, 2003. MINHOTO, E. S.; MONTEIRO, E. A.; FISCH, S. T. V. Arborização viária na cidade de Taubaté, SP: no centro comercial histórico e um bairro Residencial Moderno. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 2, p. 82-96, 2009 MMA (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE). Biodiversidade brasileira: avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. Secretaria de Biodiversidade e Florestas, MMA, Brasília, 2002. MOLLISON, B.; SLAY, R. M. Introdução à Permacultura. Brasília: MA/SDR/PNFC, 1998. 204 p. MONICO, I. M. Árvores e arborização urbana na cidade de Piracicaba/SP: um olhar sobre a questão à luz da educação ambiental. 2001. 184 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2001. MORROW, R. Permacultura Passo a Passo. Ecocentro IPEC: PAL. 1993.

Page 113: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 103 -

MOUGEOT, L. J. A. Agricultura Urbana - conceito e definição. Revista Agricultura Urbana, Havana, n. 1. Acesso em: dez. 2009. Disponível em: http://www.ipes.org/index.php?option=com_content&view=article&id=111&Itemid=135. MOURA, T. de A.;SANTOS, V. L. L. V. Levantamento quali-quantitativo de espécies arbóreas e arbustivas na arborização viária urbana dos bairros Centro e Centro Norte, Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n.1, p. 97-117, 2009. NOWAK, D. J. et al. Effects of urban tree management and species selection on atmospheric carbon dioxide. Journal of Arboriculture, UK, v. 28, n. 3, 2002. ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A. 1988. OLIVEIRA, A. P. P. L. Estado da arte das pesquisas arqueológicas sobre a Tradição Tupiguarani. Juiz de Fora: EDUFJUF, 2009. 158 p. OLIVEIRA, F. A. C. de et al. Inventário da arborização do Campus Pato Branco da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 1, p. 93-106, 2009. OLIVEIRA, M. Z. A. de. Levantamento de pragas e fungos patogênicos como subsídio para o gerenciamento das áreas verdes de Salvador – Bahia. In: PEREIRA, T. S.; COSTA, M. L. M. N. da; JACKSON, P. W. (Orgs). Recuperando o verde para as cidades: a experiência dos Jardins Botânicos brasileiros. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2007. OLIVEIRA, M. Z. A. de et al. Identificando espécies vegetais nativas, com potencial paisagístico, para arborização de áreas verdes da cidade de Salvador – Bahia. In: PEREIRA, T. S.; COSTA, M. L. M. N. da; JACKSON, P. W. (Orgs). Recuperando o verde para as cidades: a experiência dos Jardins Botânicos brasileiros. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2007. OLIVEIRA, M. Z. A. de; NAKAGAWA, H.; FIGUEIREDO, L. A. Vistoria da Arborização do Dique do Tororó. GEROP/PMS. Salvador, BA. Julho, 2000. PAPADAKIS, G.; TSAMIS, P.; KYRITSIS, S. An experimental investigation of the effect of shading with plants for solar control of buildings. Energy and Buildings, USA, v. 33, p. 831-836, 2001. PEIXOTO, C. S. Os fatôres físicos condicionantes dos problemas da cidade do Salvador. 1968. 165 f. Tese (Livre Docência da Cadeira de Geografia Física) - Faculdade de Filosofia, Universidade Federal da Bahia. 1968. PENNINGTON, D. N.; HANSEL, J.; BLAIR, R. B. The conservation value of urban riparian areas for landbirds during spring migration: Land cover, scale, and vegetation effects. Biological Conservation, USA, v. 141, p. 1235-1248, 2008.

Page 114: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 104 -

PEREIRA, G. A. et al. O uso de espécies vegetais, como instrumento de biodiversidade da avifauna silvestre, na arborização pública: o caso do Recife. Atualidades Ornitológicas, Ivaiporã - PR, n. 125, p. 10, 2005. PETERSEN, P. Agricultura familiar camponesa na construção do futuro. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2009. 168 p. PICOT, X. Thermal comfort in urban spaces: impact of vegetation growth Case study: Piazza della Scienza, Milan, Italy. Energy and Buildings, USA, v. 36, 2004. PIRES, N. A. M. T. et al. Diagnóstico da Arborização Urbana do Município de Goiandira, Goiás. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre - RS, v. 5, p. 537-539, 2007. PIVETTA, K. F. L.; SILVA FILHO, D. M. Arborização Urbana. Boletim Acadêmico. Série Arborização Urbana. Jaboticabal, SP: UNESP/FCAV/FUNEP, 2002. PORTO E.; CARVALHO E. Concentração e descentralização na Região Metropolitana de Salvador. RDE - Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador – BA, ano III, n. 4, 2001. PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Manual Técnico de Arborização Urbana. 2 ed. São Paulo: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, 2005. PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. São Paulo: Nobel, 2002. 549 p. RIBEIRO A. V. A cidade de Salvador: estrutura econômica, comércio de escravos e grupo mercantil (c.1750 – c.1800). 2009. 266 f. Tese (Doutorado em História Social) - Programa de Pós-Graduação em História Social, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2009. RICKLEFS, R. E. A Economia da Natureza. 5 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2003. 503 p. ROCHA, Y. T.; BARBEDO, A. S. C. Pau-Brasil (Caesalpinia echinata Lam., Leguminosae) na arborização urbana de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Piracicaba – SP, v. 3, n. 2, p. 58 – 77, 2008. ROCHA, R. T.; LELES, P. S. dos S.; OLIVEIRA NETO, S. N. de. Arborização de vias públicas em Nova Iguaçu, Rj: o caso dos Bairros Rancho Novo e Centro. Revista Árvore, Viçosa - MG, v. 28, n. 4, p. 599-607, 2004. RODOLFO JÚNIOR, F. et al. Análise da arborização urbana em bairros da cidade de pombal no Estado da Paraíba. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 3, n. 4, p. 3-19, 2008. ROPPA, C. et al. Diagnóstico da Percepção dos Moradores sobre a Arborização Urbana na Vila Estação Colônia – Bairro Camobi, Santa Maria – RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 2, 2007.

Page 115: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 105 -

ROSSATTO D. R.; TSUBOY, M. S. F.; FREI, F. Arborização urbana na cidade de Assis-SP: uma abordagem quantitativa. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 3, p. 1-16, 2008. SALVADOR. Lei nº 6.586/2004. Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município do Salvador – PDDU e dá outras providências. Anexos...2004. SAMPAIO, A. C. F. Análise da Arborização de Vias Públicas das principais zonas do Plano Piloto de Maringá-PR. 2006. 117 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá. 2006. SAMPAIO, A. C. F.; DE ANGELIS, B. L. Inventário e Análise da Arborização de Vias Públicas de Maringá-PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 1, p. 37-57, 2008. SAVARD, J. P. L.; CLERGEAU, P.; MENNECHEZ, G. Biodiversity concepts and urban ecosystems. Landscape and Urban Planning, USA, v. 48, 2000. SERPA, A. Fatores Sócio-Culturais na Avaliação de Impactos Ambientais: O Caso da Periferia de Salvador. Cadernos do EXPOGEO, Salvador - BA, v. 9, n. 9, p. 23-33, 1998. SERPA, A. Gestão Territorial do Sistema de Parques Públicos em Salvador, Bahia: Contradições e Paradoxos. Revista RA´E GA, Curitiba - PR, n. 12, p. 7-19, 2006. SHASHUA-BAR, L.; HOFFMAN, M. E. Geometry and orientation aspects in passive cooling of canyon streets with trees. Energy and Buildings, USA, v. 35, p. 61-68, 2003. SHASHUAR-BAR, L.; HOFFMAN, M. E. Quantitative evaluation of passive cooling of the UCL microclimate in hot regions in summer, case study: urban streets and courtyards with trees. Building and Environment, USA, v. 39, 2004. SHASHUAR-BAR, L.; HOFFMAN, M. E. Vegetation as a climatic component in the design of an urban street - an empirical model for predicting the cooling effect of urban green areas with trees. Energy and Buildings, USA, v. 31, 2000. SILVA, L. F. da. Situação da arborização viária e proposta de espécies para os bairros Antônio Zanaga I e II, da cidade de Americana/SP. 2005. 81 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2005. SILVA, L. F. da. Interceptação da chuva nas espécies de Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa DC.) e Tipuana (Tipuana tipu O. Kuntze). 2008. 61 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2008. SILVA, E. M. da et al. Estudo da arborização urbana do Bairro Mansour, na Cidade de Uberlândia-MG. Caminhos de Geografia, Uberlândia – MG, v. 3, n. 5, 2002.

Page 116: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 106 -

SILVA, L. F. da et al. Participação comunitária no planejamento viário de alguns bairros da cidade de Americana/SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 3, 2007. SILVA, L. M. Reflexões sobre a identidade arbórea das cidades. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 3, n. 3, p. 65-71, 2008. SILVA, L. M. et al. Arborização de vias públicas e a utilização de espécies exóticas: o caso do bairro Centro de Pato Branco/PR. Scientia Agraria, Curitiba - PR, v. 8, n. 1, p. 47-53, 2007. SILVA, L. M. et al. Inventário e Sugestões para Arborização em via Pública de Pato Branco/PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 1, 2007. SILVA, L. M. et al. Arborização dos bairros Pinheiros, Brasília e Bancários em Pato Branco/PR. Scientia Agraria, Curitiba - PR, v. 9, n. 3, p. 275-282, 2008. SILVA, L. M. et al. Inventário da Arborização em Duas Vias de Mariópolis/PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Piracicaba - SP, v. 3, n. 1, p. 36-53, 2008. SILVA, L. R.; MEUNIER, I. M. J.; FREITAS, A. M. de M. Riqueza e Densidade de Árvores, Arvoretas e Palmeiras em Parques Urbanos de Recife, Pernambuco, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 2, n. 4, p. 34-49, 2007. SILVA, M. D. M. Avaliação da Arborização de Vias Públicas de uma Área da Região Oeste da Cidade de Franca/SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 1, p. 19-35, 2008. SILVA FILHO, D. F. da; BORTOLETO S. Uso de indicadores de diversidade na definição de plano de manejo da arborização viária de Águas de São Pedro – SP. Revista Árvore, Viçosa - MG, v. 29, n. 6, p. 973-982, 2005. SILVA FILHO, D. F. et al. Levantamento do Potencial de Arborização e Proposta para Três Bairros no Município de Piracicaba/SP, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 3, n. 4, p. 20-39, 2008. SIMÕES, M. L. A política ambiental de Salvador: 1972-1997. 2002. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, UFBA, Salvador. 2002. SIMPSON, J. R. Improved estimates of tree-shade effects on residential energy use. Energy and Buildings, USA, v. 34, 2002. SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Disponível em: http://www.fiocruz.br/sinitox . Acesso em: 12 de out. de 2009. SOARES, A. M. de C. “Territorialização” e Pobreza em Salvador – BA. Estudos Geográficos, Rio Claro - SP, v. 4, n. 2, p. 17-30, 2006.

Page 117: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 107 -

SOUZA, G. A. A. de. Proletário e migrante: livre para a subordinação. Revista Brasileira de Estudos de População, Campinas - SP, v. 3 n. 1, p. 25-40, 1986. SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2005. 640 p. SPANGENBERG, J. et al. Simulation of the Influence of Vegetation on Microclimate and Thermal Comfort in the City of São Paulo. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba - SP, v. 3, n. 2, p. 1-19, 2008. SPJ. Caracterização de vias de circulação. Avenida Juracy Magalhães Júnior. SPJ/PMS. Salvador, BA. 2007. SPJ. Caracterização de vias de circulação. Avenida Antonio Carlos Magalhães – Itaigara. SPJ/PMS. Salvador, BA. 2008. SPJ. Caracterização de vias de circulação. Avenida Vasco da Gama. SPJ/PMS. Salvador, BA. 2008. TAHA, H. Urban climates and heat islands: albedo, evapotranspiration, and anthropogenic heat. Energy and Buildings, USA, v. 25, 1997. TAHA, H.; DOUGLAS S.; HANEY, J. Mesoscale meteorological and air quality impacts of increased urban albedo and vegetation. Energy and Buildings, USA, v. 25, 1997. TAVARES, L. H. D. Historia da Bahia. 10 ed. Salvador: EDUFBA, 2001. TEIXEIRA, I. F.; SANTOS, N. R. Z. dos; BALEST, S. de S. Percepção ambiental dos moradores de três loteamentos particulares em Santa Maria (RS) quanto à arborização de vias públicas. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 4, n. 1, p. 58-78, 2009. TEIXEIRA, I. F.; SANTOS, N. R. Z. dos. Áreas de lazer públicas – caracterização qualitativa da cidade de Veranópolis (RS). Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 2, 2007. TOMASINI, S. L. V.; SATTLER, M. A. Arborização Urbana e Sustentabilidade: Uma Proposta para o Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis (CETHS). Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 1, n. 1, 2006. TROPICOS. Missouri Botanical Garden. Disponível em: http://www.tropicos.org. Acesso em: 17 dez. 2009. TUDINI, O. G. A arborização de acompanhamento viário e a verticalização na Zona 7 de Maringá-PR. 2006. 150 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá, Maringá. 2006.

Page 118: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 108 -

USDA FOREST SERVICE. The Large Tree Argument: The Case for Large-Stature Trees vs. Small-Stature Trees. California: Center for Urban Forest Research, Pacific Southwest Research Station. 2004. VELASCO, G. del N. Potencial da arborização viária na redução do consumo de energia elétrica: definição de três áreas na cidade de São Paulo – SP, aplicação de questionários, levantamento de fatores ambientais e estimativa de Graus-Hora de calor. 2007. 13 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2007. VOLPE-FILIK, A. Trincas nas calçadas e espécies muito utilizadas na arborização: comparação entre Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa DC.) e Falsa-murta (Murraya paniculata (L.) Jacq.), no município de Piracicaba/SP. 2009. 97 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2009. VOLPE-FILIK, A.; SILVA, L. F. da; LIMA, A. M. L. P. Avaliação da Arborização de Ruas do Bairro São Dimas na Cidade de Piracicaba/SP através de Parâmetros Qualitativos. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v. 2, n. 1, 2007. WOLF, K. L. Freeway roadside management: the urban forest beyond the white line. Journal of Arboriculture, UK, v. 29, n. 3, 2003. WOLF, K. L. A economia e o valor público das florestas urbanas. Revista de Agricultura Urbana, Havana, n. 13. Acesso em: dez. 2009. Disponível em: http://www.ipes.org/index.php?option=com_content&view=article&id=111&Itemid=135. ZILLER, S. R. Plantas exóticas invasoras: a ameaça da contaminação biológica. Ciência Hoje, Rio de Janeiro - RJ, v. 30, n. 178, p. 77-79, 2001.

Page 119: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 109 -

APÊNDICES

Tabela 45 - Origem e informações ecológicas das espécies encontradas (EX – exótica; BR – nativa não-regional; NR – nativa regional; DE – decídua; SD – semidecídua; PE – perene).

Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos Alimento

p/ fauna Outras info.

FABACEAE

Acacia farnesiana (L.) Willd. Vinhático-de-espinho BR DE JUN-SET OUT-JAN - -

Adenanthera pavonina L. Carolina EX SD MAR-ABR - - -

Albizia julibrissin Durazz. Acácia-de-Constatinópla - - - - - -

Albizia lebbeck (L.) Benth. Língua-de-sogra EX DE OUT-FEV - - -

Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Angico NR DE SET-NOV AGO-SET - Melífera.

Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca-rosa EX SD JUN-SET - - -

Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil NR SD SET-OUT NOV-JAN - Tintura extraída do lenho.

Caesalpinia ferrea Mart. Pau-ferro NR SD NOV-FEV JUL-SET - Ramos facilmente quebrados pelo vento.

Caesalpinia peltophoroides Benth. Sibipiruna NR SD AGO-NOV JUL-SET - -

Cassia fistula L. Chuva-de-ouro EX DE SET-OUT - - -

Cassia grandis L. f. Cássia-grande BR DE AGO-NOV AGO-SET - Frutos muito grandes.

Cassia javanica L. Cássia-javanesa EX SD OUT-JAN - - -

Clitoria fairchildiana R.A. Howard Sombreiro BR DE DEZ-MAI MAI-JUL - - Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth.

Jacarandá-da-Bahia NR DE SET-NOV AGO-SET - -

Delonix regia (Bojer) Raf. Flamboyant EX DE OUT-JAN - - - Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Tamboril NR DE SET-NOV JUN-JUL - -

Hymenaea courbaril L. Jatobá NR SD OUT-DEZ JUL Sim -

Page 120: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 110 -

Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos Alimento

p/ fauna Outras info.

Inga edulis Mart. Ingá-cipó NR SD OUT-JAN MAIO Sim - Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Leucena EX SD SET-OUT - - -

Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sabiá BR DE NOV-MAR SET-NOV - Melífera. Parkinsonia aculeata L. Turco BR PE AGO-DEZ OUT-JAN - Melífera. Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Canafístula NR DE DEZ-FEV MAR-ABR - - Pithecellobium diversifolium Benth. - - - - - - - Pithecellobium tortum Mart. Tataré BR DE OUT-NOV AGO-SET - - Prosopis ruscifolia Griseb. Algarobo BR DE SET-OUT NOV-DEZ Sim - Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Alfarobo BR DE AGO-NOV MAI-JUL Sim -

Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake Guapuruvu NR DE AGO-OUT ABR-JUL - Ramos facilmente

quebrados pelo vento. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby Fedegoso BR DE DEZ-ABR JUL-AGO - -

Senna siamea (Lam.) H.S. Cássia-siamesa EX PE JAN-JUN - - -

Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby São-João BR DE DEZ-ABR AGO-SET - -

Tamarindus indica L. Tamarindo EX SD SET-OUT DEZ-MAR Sim - Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Tipuana EX DE SET-DEZ - - -

MALVACEAE

Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Sumaúma BR DE AGO-SET OUT-NOV - Pluma para bóias, colchões e etc.

Chorisia speciosa A. St.-Hil. Paineira-Rosa BR DE DEZ-ABR AGO-SET - Paina usada em colchões e travesseiros

Guazuma ulmifolia Lam. Embira NR SD SET-NOV AGO-SET Sim -

Hibiscus pernambucensis Arruda Algodão-da-praia NR PE AGO-JAN FEV-ABR - -

Pachira aquatica Aubl. Monguba BR PE SET-NOV ABR-JUN Sim -

Sterculia foetida L. Chichá-fedorento EX DE MAR-ABR - Sim Flores mal-cheirosas;

produz óleo.

Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Chichá-do-cerrado BR DE DEZ-MAR JUN-AGO Sim -

Page 121: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 111 -

Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos Alimento

p/ fauna Outras info.

MORACEAE

Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Fruta-pão EX PE OUT-SET SET-MAR Sim - Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira EX PE JUN-AGO SET-MAR Sim -

Ficus benjamina L. Figueira-benjamina EX PE - OUT-DEZ - Sistema radicular vigoroso.

Ficus elastica Roxb. Seringueira-de-jardim EX PE - - - -

Ficus guaranitica Chodat Figueira-branca BR PE SET-OUT DEZ-JAN Sim -

Ficus Iyrata Warb. Figueira-lira EX PE - TODO ANO - -

Ficus microcarpa L. f. Figueira-lacerdinha EX PE - OUT-NOV - Sistema radicular vigoroso.

BIGNONIACEAE

Jacaranda mimosifolia D. Don Jacarandá-mimoso EX DE DEZ-MAR - - -

Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Ipê-rosa NR DE JUN-AGO AGO-NOV - -

Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau - - - - - - - Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Ipê-amarelo BR DE AGO-SET SET-OUT - -

Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Ipê-bálsamo EX SD AGO-OUT - - - Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Ipê-branco BR DE AGO-OUT OUT - - ANACARDIACEAE

Anacardium occidentale L. Caju NR DE JUN-NOV SET-JAN Sim -

Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Aroeira-branca BR PE AGO-SET NOV-JAN - Melífera; Causa alergia em

pessoas sensiveis; Mangifera indica L. Mangueira EX PE JUN-SET NOV-FEV Sim -

Schinus terebinthifolia Raddi Aroeira NR PE SET-JAN JAN-JUL Sim Folhas podem causar alergias; Melíferas;

Spondias monbim L. Cajazeira NR SD AGO-DEZ OUT-JAN Sim -

Page 122: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 112 -

Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos Alimento

p/ fauna Outras info.

MYRTACEAE

Psidium cattleianum Sabine Araçá NR PE JUN-DEZ SET-MAR Sim - Psidium guajava L. Goiabeira NR SD SET-NOV DEZ-MAR Sim - Syzygium cumini (L.) Skeels Jamelão EX PE SET-NOV JAN-FEV Sim -

OUTRAS

Annona muricata L. Graviola EX PE SET-DEZ SET-JAN Sim - Araucaria excelsa (Lamb.) R. Br. - - - - - - -

Byrsonima stipulacea A. Juss. Murici-do-litoral NR PE MAR-JUN AGO-OUT Sim -

Casuarina equisetifolia L. Casuarina EX PE - - - - Cecropia pachystachya Trécul Embaúba NR PE SET-OUT MAI-JUN Sim -

Dillenia indica L. Árvore-da-pataca EX DE DEZ-ABR - - -

Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites

Árvore-samambaia EX PE JUL-AGO - - -

Genipa americana L. Jenipapo NR SD OUT-DEZ NOV-DEZ Sim - Guarea guidonia (L.) Sleumer Bilreiro NR PE DEZ-MAR DEZ-NOV Sim - Hovenia dulcis Thunb. Uva-japonesa EX DE OUT-DEZ - Sim - Lagerstroemia indica L. Resedá EX DE NOV-FEV - - - Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Oiti-mirim NR PE JUN-AGO JAN-MAR Sim - Persea americana Mill. Abacateiro EX PE AGO-OUT JAN-AGO Sim - Peschiera fuchsiaefolia (A. DC.) Miers Leiteira BR PE OUT-NOV MAI-JUN Sim -

Salix babylonica L. Chorão EX DE - - - - Simarouba amara Aubl. Pau-paraíba NR SD AGO-SET NOV-DEZ Sim - Terminalia catappa L. Amendoeira EX DE SET-DEZ - Sim -

Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Quaresmeira NR PE JUN-AGO DEZ-MAR

JUN-AGO ABR-MAI - -

Trema micrantha (L.) Blume Pau-pólvora NR PE SET-JAN JAN-MAI Sim Melífera. Triplaris brasiliana Cham. - - - - - - - Triplaris gardneriana Wedd. Pajaú BR DE JUL-AGO AGO - Melífera. Triplaris pachau Mart. - - - - - - - Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamiqueira NR SD OUT-NOV MAR-JUN Sim Melífera.

Page 123: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 113 -

ANEXOS

Tabela 46 – Artigos destacados da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, da Constituição

Federal brasileira.

Art. 6o A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral o

desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a salvaguarda da

biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do

regime hídrico e da estabilidade social.

Parágrafo único. Na proteção e na utilização do Bioma Mata Atlântica, serão

observados os princípios da função socioambiental da propriedade, da eqüidade

intergeracional, da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, da transparência

das informações e atos, da gestão democrática, da celeridade procedimental, da

gratuidade dos serviços administrativos prestados ao pequeno produtor rural e às

populações tradicionais e do respeito ao direito de propriedade.

Art. 7o A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica far-se-ão dentro de

condições que assegurem:

I - a manutenção e a recuperação da biodiversidade, vegetação, fauna e regime

hídrico do Bioma Mata Atlântica para as presentes e futuras gerações;

II - o estímulo à pesquisa, à difusão de tecnologias de manejo sustentável da

vegetação e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de

recuperação e manutenção dos ecossistemas;

III - o fomento de atividades públicas e privadas compatíveis com a manutenção do

equilíbrio ecológico;

IV - o disciplinamento da ocupação rural e urbana, de forma a harmonizar o

crescimento econômico com a manutenção do equilíbrio ecológico.

Page 124: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 114 -

Tabela 47 - Lista das espécies vegetais exóticas invasoras em ambientes terrestres registradas para o estado de Pernambuco (Almeida et al., 2009).

Arbóreas

Acacia mangium Artocarpus integrifólia Azadirachta indica Casuarina equisetifolia Citrus limon Leucaena leucocephala Mangifera indica Mimosa caesalpiniifolia Prosopis juliflora Psidium guajava* Tecoma stans Terminalia catappa

Arbustivas Calotropis procera Opuntia ficus-indica Ricinus communis

Herbáceas

Agave sisalana Arundo donax Bambusa vulgaris Cenchrus ciliaris Digitaria decumbens Furcraea foetida Urochloa humidicola

Palmeiras Elaeis guineensis

* apesar desta espécie estar classificada como exótica invasora por Almeida et al. (2009), neste trabalho foi adotada como nativa regional, conforme Lorenzi (2002).

Page 125: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 115 -

Figura 16 – Localização do município de Salvador e sua Região Metropolitana (RMS). (Fonte: CONDER, 2006)

Page 126: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 116 -

Figura 17 – Localização das áreas inventariadas (adaptado de CONDER, 2006).

Page 127: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 117 -

Figura 18 – Cobertura vegetal e Áreas de Conservação e Valor Urbano Ambiental em Salvador (adaptado de Salvador, 2004).

Page 128: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

- 118 -

Creative Commons 3.0 Brasil License

Atribuição - Uso Não-Comercial - Vedada a Criação de Obras Derivadas.

http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/

Page 129: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Page 130: Arborização de ruas e praças em Salvador, BA.livros01.livrosgratis.com.br/ea000665.pdf · e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo