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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia 7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar Centro de Convenes e Feiras da Amaznia Belm Par Brasil

HEXAPODArea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0001 COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO CUPIM-PRAGA Heterotermes tenuis (ISOPTERA: RHINOTERMITIDAE) FRENTE A DIFERENTES FORMAS DE APRESENTAO DO ALIMENTO Lima, J. T.; Costa-Leonardo, M. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - CAMPUS DE RIO CLARO Heterotermes tenuis uma espcie nativa de cupim pertencente famlia Rhinotermitidae e descrita como importante praga tanto em reas urbanas, onde ataca estruturas de madeira, livros, jornais e outros materiais celulsicos, como em ambientes agrcolas, onde infesta colmo de milho envelhecido, Eucalyptus vivo e cana-de-acar. Com o estabelecimento da tecnologia de isca, que leva em considerao o comportamento social dos cupins, torna-se necessrio um maior conhecimento sobre seu forrageamento, visando um controle realmente eficiente. Os cupins subterrneos so hbeis forrageadores, e vrios fatores podem afetar sua preferncia alimentar, como tamanho, composio e densidade do alimento. Porm, a maioria das pesquisas tem negligenciado a influncia da forma de apresentao do recurso na escolha alimentar dos indivduos. Assim sendo, este trabalho analisou, por meio de testes laboratoriais, o comportamento alimentar de H. tenuis frente a trs diferentes formas de apresentao do alimento: na superfcie, parcialmente e totalmente enterrado no substrato. Para tanto, foram utilizadas arenas experimentais compostas por um recipiente central (cmara "Ninho") conectado, por meio de pequenos tubos, a trs cmaras "Alimento" equidistantes entre si. Na cmara "Ninho" foram colocados 500 operrios e 17 soldados forrageiros, e em cada cmara "Alimento" colocou-se um bloco de Pinus elliottii de uma maneira diferente. Portanto, em cada arena foram testadas simultaneamente as trs variaes na colocao do alimento. Transcorrido o perodo experimental de 28 dias, verificou-se a porcentagem de consumo de cada bloco de madeira oferecido aos cupins e a sobrevivncia total dos indivduos, alm da porcentagem de operrios e soldados recrutados para cada alimento em relao sobrevivncia obtida para cada uma das 10 repeties executadas. Os dados foram analisados estatisticamente por meio do teste no-paramtrico de Kruskal-Wallis, seguido pelo teste a posteriori de Student-Newman-Keuls, quando necessrio. Os resultados mostraram que o alimento totalmente enterrado foi o mais consumido (3,05%), seguido pelo alimento na superfcie (2,20%). J o alimento parcialmente enterrado apresentou a menor taxa de consumo (1,67%). Aps as anlises estatsticas, verificou-se que o consumo do alimento totalmente enterrado foi superior quele obtido para o alimento parcialmente enterrado (P = 0,0271). Adicionalmente, observou-se um maior recrutamento de indivduos forrageiros (41,46% de operrios e 34,05% de soldados) para as cmaras contendo alimento totalmente enterrado, sendo que a porcentagem de operrios e soldados recrutados foi estatisticamente superior quela obtida para as cmaras com alimento parcialmente enterrado (P = 0,0021 e P = 0,0004, respectivamente). Alm disso, a porcentagem de soldados recrutados para o alimento na superfcie tambm foi estatisticamente superior quela obtida para o alimento parcialmente enterrado (P = 0,0448). Nessas condies, pode-se concluir que as formas de apresentao experimentadas influenciaram tanto o consumo quanto o recrutamento de indivduos para os alimentos oferecidos H. tenuis, sugerindo que, quando os forrageiros encontram recursos dentro do substrato no qual constroem suas redes de tneis, tendem a alocar seus esforos neles, evitando uma exposio desnecessria ao ambiente externo, na superfcie do solo. Palavras-Chave: Forrageamento, Cupins Subterrneos, Preferncia Alimentar Financiador: Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0002 FAUNA DE SCARABAEINAE (COLEOPTERA) DE CAMPO NATURAL DE BAG, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL (BIOMA PAMPA) Silva, P. G.; Audino, L. D.; Nogueira, J. M.; Moraes, L. P.; Mello, F. Z. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: PPG BIODIVERSIDADE ANIMAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE, PPG ENTOMOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, UNIVERSIDADE DA REGIO DA CAMPANHA, UNIVERSIDADE DA REGIO DA CAMPANHA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO A subfamlia Scarabaeinae apresenta cerca de 6.000 espcies distribudas por todo o mundo, sendo que a maior diversidade deste grupo de insetos est concentrada em florestas e savanas tropicais. No Brasil, estes besouros so conhecidos como rola-bostas devido ao hbito que muitas espcies tm de confeccionar, rolar e enterrar pequenas pores do alimento que serve de substrato para a postura de seus ovos e de alimento para a prole. Este grupo compreende besouros detritvoros que promovem a remoo e reingresso do material orgnico de que se alimentam no ciclo de nutrientes, auxiliando na limpeza do ambiente, manuteno e regulao das propriedades fsico-qumicas edfica atravs da construo de pequenas galerias no solo que permitem sua aerao e hidratao, bem como pela incorporao dos nutrientes contidos em excrementos, frutos e carcaas que so enterrados no interior dessas galerias. O Brasil possui uma extensa literatura sobre sua fauna de Scarabaeinae, contudo, nem todos seus Estados foram devidamente inventariados, e o Rio Grande do Sul, em especial a metade sul que compreende um bioma nico no pas, ocupado principalmente por uma atividade econmica onde estes insetos desempenham importantes funes (pecuria), esta entre aqueles que merecem maiores estudos. Assim, o objetivo deste estudo contribuir com novas informaes acerca das espcies de Scarabaeinae do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O estudo foi desenvolvido em rea de campo natural (30 ha, 540049O, 312110S) da Embrapa Pecuria Sul, localizada no municpio de Bag, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Bioma Pampa), entre os meses de dezembro de 2005 a novembro de 2006. A regio apresenta caracteristicamente campos naturais destinados produo agropecuria, com altitude mdia de 290 m, pluviosidade mdia 1.200 mm e temperatura mdia 17C, com fortes variaes de mnimas e mximas. Utilizaram-se 17 armadilhas de queda iscadas com fezes humanas (10), banana fermentada (4) e fgado bovino apodrecido (3), distribudas para os lados de um transecto, e duas armadilhas de interceptao de vo. Foram coletados 4.573 indivduos de Scarabaeinae pertencentes a 14 gneros e 30 espcies. As tribos desta subfamlia que estiveram representadas foram: Ateuchini (7 espcies), Canthonini (15 espcies), Coprini (2 espcies), Eurysternini (1 espcie), Onthophagini (2 espcies) e Phanaeini (3 espcies). Os gneros coletados com o respectivo nmero de espcies e indivduos foram: Ateuchus (1-24), Canthidium (5-210), Canthon (11-911), Coprophanaeus (1-19), Deltochilum (2-76), Dichotomius (1-2), Eurysternus (1-13), Gromphas (1-1), Malagoniella (1-1), Ontherus (1-403), Onthophagus (2-2.838), Sulcophanaeus (1-51), Uroxys (1-4) e Vulcanocanthon (1-5). As espcies mais abundantes foram Onthophagus aff. hirculus (62%), Canthon podagricus (10,4%), Ontherus sulcator (8,8%) e Canthidium aff. moestum (4%), que representaram mais de 85% da totalidade de Scarabaeinae coletada. Nove espcies foram classificadas como coprfagas, apenas duas foram consideradas necrfagas, as demais espcies (11), excetuando-se singletons e doubletons (oito), foram caracterizadas como generalistas entre as iscas utilizadas. A fauna de Scarabaeinae apresentou-se rica em espcies e indivduos, e novas espcies podero ser encontradas futuramente, uma vez que a curva de acumulao de espcies apresentou-se de forma levemente ascendente. Palavras-Chave: Rola-bosta, Scarabaeidae, Campos Sulinos

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0003 DESCRIO DOS MACHOS DE Ptychoderes brevis E P. jekeli COM UMA REANLISE CLADSTICA DO GNERO PTYCHODERES (COLEOPTERA, ANTHRIBIDAE) Mattos, I.; Mermudes, J. R. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: PPGB UERJ, UERJ A sistemtica de Anthribidae na regio Neotropical inclui atualmente alguns estudos filogenticos e biogeogrficos. O gnero Ptychoderes Schoenherr com 17 espcies foi recentemente revisto com uma hiptese cladstica sobre sua monofilia baseada em 14 sinapomorfias. As relaes de parentesco entre as espcies de Ptychoderes apontaram a monofilia de trs grupos de espcies: P. crustatus+; P. longicollis+; e P. mixtus+. Os machos das espcies P. brevis e P. jekeli eram desconhecidos e os caracteres destes nunca puderam ser estudados. Estas duas espcies so grupo irmo no clado P. crustatus+, considerada a linhagem mais basal no gnero. Um estudo recente do material depositado no Musum National dHistorie Naturelle, Paris, possibilitou o reconhecimento de exemplares machos no descritos destas duas espcies. Neste estudo, os machos de P. brevis e P. jekeli so descritos e ilustrados pela primeira vez e uma nova anlise cladstica para o gnero foi realizada incluindo caracteres da morfologia externa destes machos. A anlise inclui 50 caracteres e 24 txons (sete como grupo externo) e resultou em um cladograma mais parcimonioso corroborando hipteses anteriores para as relaes entre os gneros neotropicais da tribo Ptychoderini e os grupos de espcies em Ptychoderes. O macho de P. brevis caracterizado principalmente pelo rostro 1,5 vezes mais longo que a largura basal; lados do rostro no intumescidos entre o escrobo e olho; escrobo com a extenso profunda e estreita e com fvea distal profunda; antena alongada, alcanando o meio do litro; ventrito I intumescido com a mancha setgera moderadamente desenvolvida, prxima da margem apical e coberta com densa pilosidade amarelada; ventrito V com projees ltero-apicais no acuminadas. J o macho de P. jekeli apresenta o rostro pouco mais longo que a largura basal, lados no intumescidos, com a extenso do escrobo pouco profundo; antenas ultrapassam o pice elitral pelo comprimento do antenmero XI; ventrito I com macha setgera desenvolvida, prxima da margem apical e com pilosidade verde-clara; ventrito V fortemente deprimido com ngulos ltero-apicais no projetados e algo expandidos lateralmente. A relao filogentica de P. brevis e P. jekeli confirmada novamente pela presena de um nico ponto grosso na rea glabra do profmur, pronoto com tubrculo arredondado na depresso central, menos proeminente que as margens da depresso central e ventrito I com mancha setgera pequena em P. brevis e pouco mais desenvolvida em P. jekeli. Este grupo tambm foi confirmado como grupo irmo de P. crustatus, confirmando como o clado mais basal pelas seguintes sinapomorfias: lados do prosterno com faixa concolor com o revestimento dorsal e litros com depresso transversa aps as gibosidades. O cladograma obtido confirmou o seguinte relacionamento entre as espcies de Ptychoderes: ((P. crustatus (P. brevis+P. jekeli)) ((P. longicollis (P. jordani (P. obsoletus+P. magnus) (P. depressus+P. virgatus))) (P. mixtus (P. bivittatus ((P. callosus+P. rugicollis) (P. viridanus (P. antiquus (P. elongatus+P. nebulosus)))))))). Palavras-Chave: Sistemtica, Filogenia, Anthribini Financiador: CAPES, FAPERJ

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0004 PREOCUPAO COM A DISTRIBUIO DE Digitonthophagus gazella (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) E SEUS EFEITOS NAS ASSEMBLIAS LOCAIS DE SCARABAEINAE PELO BRASIL Silva, P. G.; Garcs, F. C. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: Universidade Federal de Santa Maria A invaso de espcies exticas em ambientes naturais distintos dos quais elas pertencem uma das principais causas da perda da biodiversidade biolgica em escala mundial. Esta invaso pode ser decorrente de introduo mal sucedida ou planejada, bem como acidental, onde a espcie extica acaba por se espalhar pelo novo ambiente de forma descontrolada, muitas vezes ocasionando graves efeitos nas comunidades autctones invadidas. Digitonthophagus gazella uma espcie africana de besouro coprfago amplamente utilizada para a desestruturao de massas fecais e combate de parasitos da pecuria que se desenvolvem neste material, j utilizada com xito na Austrlia e Estados Unidos da Amrica. Esta espcie foi trazida para o Brasil por tcnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa Gado de Corte CNPGC, MS) no final da dcada de 1980, com a mesma finalidade acima descrita. No entanto, Austrlia e EUA possuem uma fauna pobre em espcies se comparados com pases tropicais como o Brasil, o qual possui a fauna mais rica em Scarabaeinae das Amricas. Assim, foi realizada uma pesquisa em literatura para se conhecer a atual distribuio de D. gazella, com o objetivo de se obter bases tericas sobre possveis efeitos desta na fauna local de Scarabaeinae dos Estados brasileiros. Atualmente D. gazella j est amplamente distribuda por vrios pases da regio Neotropical, e alguns pesquisadores j comeam a se perguntar sobre a real necessidade da introduo desta espcie extica, bem como nas consequncias imediatas e futuras nas assemblias autctones do neotrpico. No Brasil, a introduo inicial foi no Estado do Mato Grosso do Sul, mas aps a reviso de vrios estudos, constatou-se que esta espcie j se distribui tambm pelo AM, BA, DF, GO, MA, MG, PA, PE e RO, e possivelmente pelos Estados entre estes, mas que no possuem registros devido falta de estudos mais recentes. A citao sobre a presena desta espcie no Rio Grande do Sul errnea, pois o espcime coletado foi re-identificado como de outra espcie por especialista. Contudo, h registros da introduo de D. gazella no Estado, mas esta no deve ter conseguido estabelecer populao devido s baixas temperaturas ali presentes. Outros estudos salientam que esta espcie ainda est em fase inicial de invaso em vrias partes do Brasil, e por isso, ainda no so encontrados fortes efeitos de D. gazella sobre as comunidades locais, nem mesmo se haver este efeito, embora a grande maioria das espcies exticas invasoras acabem por ocasionar a perda de outras, alm de desestruturar a dinmica natural do ecossistema. Por ser uma espcie adaptada s fezes bovinas e de grandes mamferos herbvoros, possuir alta taxa de reproduo e disperso, alm de estar se distribuindo por vrios novos ecossistemas a cada ano, embora no apresente ainda comprovados efeitos negativos nas assemblias coprfagas de Scarabaeinae nativas, esta espcie merece futuros programas de monitoramento. Palavras-Chave: Rola-bosta, Bioinvaso, Biomonitoramento

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0005 BIOLOGIA E COMPORTAMENTO DO PERCEVEJO-MANCHADOR Dysdercus ruficollis (HEMIPTERA: PYRRHOCORIDAE) EM CONDIES DE LABORATRIO Trindade, R. B. R.; Duarte, M. M. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFGD O percevejo manchador passou despercebido por muito tempo, pois foi controlado simultaneamente com a aplicao de defensivos agrcolas para eliminar as principais lagartas do algodo. Com a adoo de tcnicas de manejo ocorreu reduo da aplicao de agroqumicos e este inseto passou a ocorrer com maior frequncia, causando prejuzo considerveis, especialmente pelo desconhecimento de sua bioecologia. O objetivo deste trabalho foi estudar a biologia e o comportamento do percevejo manchador Dysdercus ruficollis (Hemiptera: Pyrrhocoridae) em condies de laboratrio. A criao foi iniciada com 20 casais coletados em cpula no municpio de Dourados, Mato Grosso do Sul. No laboratrio os casai foram mantidos em cmara do tipo BOD (25 1 C, UR de 80 3% e fotoperodo de 12h). Cada casal foi individualizado em frascos cnicos de polietileno transparente, contendo uma camada de 2 cm de areia esterilizada, algodo umedecido e sementes de munguba (Pachira aquatica) como alimento para obteno de posturas, sendo estes trocados diariamente. A identificao da espcie foi feita com base nos parmetros das genitlias dos machos. Atravs de observaes dirias foi determinada a durao do perodo ninfal, os perodos mdios de cpula, ps-cpula, o nmero mdio de postura/fmea e de ovos/postura. Seguido da oviposio, os ovos apresentavam colorao amarelo-claro medida que se aproximava da ecloso adquiriam cor alaranjada. Estas observaes revelaram um perodo de incubao de 5 dias. D. ryficollis, apresentou 5 estgios ninfais em laboratrio. O 1 nstar apresentou um perodo de 3 dias para ocorres a muda, nos 2 e 3 a muda ocorreu em 4 dias, o 4 nstar 6 dias e o 5 nstar 15 dias. O ciclo ovo/adulto do inseto foi de 28 dias. Durante a cpula o macho tomava a iniciativa de fazer a cote, aproximava-se da fmea, colocava-se ao lado dela e extrovertia genitlia, em rotao de 180 unindo-se a genitlia da fmea, seus corpos ficavam em direo opostas. O deslocamento do casal em cpula era definido pela fmea, que sendo maior arrastava o macho. O perodo mdio de cpula foi de 5,5 dias e o perodo de ps-cpula de 1,3 dias. O nmero mdio de postura foi de 1,08 postura/fmea, o de ovo foi de 13,2 ovos/postura. As fmeas confeccionavam ninhos sob a areia e neles depositavam seus ovos. As ninfas de 1 nstar permaneciam enterradas, apresentando um comportamento gregrio e se alimentavam dos restos dos ovos. A partir do 2 ntar, as ninfas de D. ruficollis passavam a se alimentar da planta hospedeira oferecida. Palavras-Chave: Algodo, nstar, postura

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0006 INVENTRIO DAS ESPCIES DE CERAMBYCIDAE DE VILA DOIS RIOS (ILHA GRANDE, ANGRA DOS REIS, RJ) Rodrigues, J. M. S.; Monn, M.; Mermudes, J. R. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MUSEU NACIONAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Cerambycidae uma famlia de Coleoptera das mais diversas incluindo pelo menos 4.000 gneros e 35.000 espcies no mundo, tendo nas Amricas 1.600 gneros e 9.000 espcies, e o Brasil com 1.000 gneros e 4.000 espcies. O grupo tem importncia florestal e agrcola devido principalmente ao hbito alimentar das larvas que so xilfagas, broqueando os troncos e galhos. Com relao sistemtica, o grupo relativamente bem estudado, porm so escassos os trabalhos sobre a fauna de Cerambycidae para os principais biomas do pas. O bioma da Mata Atlntica, na costa leste do Brasil, um dos 25 hotspots reconhecidos pela sua biodiversidade e prioridade para conservao e a Ilha Grande, que abriga uma importante rea de preservao da Mata Atlntica, no tem estudos relacionados entomofauna. Este trabalho teve como objetivo inventariar as espcies de Cerambycidae que ocorrem na Ilha Grande, coletados em Vila Dois Rios (no lado ocenico da ilha) e tambm fornecer novos registros de distribuio para as espcies. Durante o perodo de janeiro a dezembro de 2008 foram realizadas sete coletas manuais ativas e com guarda-chuva entomolgico nas trilhas em torno da Vila Dois Rios - (Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ). As entradas das trilhas ficam prximas ao CEADS-UERJ (Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentvel, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) - 5 m altitude; 23 11 05 S; 44 11 27 W. Para o presente trabalho tambm foram estudados exemplares depositados no Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neste inventrio foram reconhecidas trs subfamlias e 47 espcies, todas consideradas novos registros para a Ilha Grande. Para cada espcie fornecida a ficha catalogrfica, o material examinado e ilustrao. Prioninae com duas espcies em dois gneros e duas tribos, Mallaspini (Pyrodes) e Macrotomini (Mallodon), representou 4,2% do total de espcies. Cerambycinae com seis espcies em seis gneros e quatro tribos - Cerambycini (Coleoxestia, Poeciloxestia), Elaphidiini (Ambonus, Eurysthea), Heteropsini (Mallosoma), Hexoplonini (Gnomidolon)representou 12,8 % do total de espcies. Lamiinae, com 39 espcies em 27 gneros e dez tribos - Acanthocinini (Alcidion, Lophopoeum, Nealcidion, Nyssodrysina, Nyssodrysilla, Nyssodrysternum, Pentheochaetes, Trichillurges, Tropidozineus, Urgleptes), Acanthoderini (Macronemus, Oreodera, Psapharochrus) Agapanthiini (Hippopsis, Pachypeza), Anisocerini (Onychocerus), Apomecynini (Adetus, Amphicnaeia, Rosalba), Colobotheini (Colobothea), Desmiphorini (Estola), Hemilophini (Malacoscylus), Onciderini (Hesycha, Hypsioma, Ischiocentra, Peritrox) e Pteropliini (Esthlogena) representou 83% do total de espcies. Palavras-Chave: Coleoptera, Diversidade, Mata Atlntica Financiador: FAPERJ, CNPq

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0007 ARCTIINAE (LEPIDOPTERA, ARCTIIDAE) OCORRENTES NA AMAZNIA BRASILEIRA TRIBO PHAEGOPTERINI Silva, G. A.; Delfina, M. C.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR O bioma floresta tropical abriga a maior diversidade do planeta. Avaliar e inventariar toda essa riqueza torna-se indispensvel para entender o seu funcionamento e sua conservao. Um tero deste bioma encontra-se na Amaznia brasileira e no quesito biodiversidade ela considerada a mais rica do mundo. Os arctideos esto entre as principais famlias de lepidpteros noturnos utilizados em monitoramento de ecossistemas naturais. Atualmente, os Arctiidae, que ocorrem na regio Neotropical, esto constitudos por duas subfamlias, Arctiinae e Lithosiinae, sendo a primeira constituda pelas tribos Arctiini, Callimorphini, Ctenuchini, Euchromiini, Pericopini e Phaegopterini. Existem cerca de onze mil espcies de Arctiidae disseminadas mundialmente, cerca de seis mil na regio Neotropical e, para o Brasil so estimadas em torno duas mil. Os representantes da Phaegopterini so cosmopolitas, mas encontrados, principalmente, na regio Neotropical, sendo registradas para o Brasil, 485 espcies. Tendo em vista, a falta de dados sobre as espcies de Arctiidae, e em especial da tribo Phaegopterini e, aliado a impreciso dos registros sobre a distribuio destes, na regio Amaznica Brasileira, foi realizado o respectivo trabalho, baseado exclusivamente em dados da literatura sobre o assunto e acervos entomolgicos. O catlogo das espcies foi elaborado a partir de uma lista de espcies de Phaegopterini com registro de ocorrncia conhecidos para a Amaznia Brasileira. Foram feitas revises bibliogrficas em base de dados, catlogos e peridicos alm de visitas as principais colees entomolgicas nacionais. Um total de 417 txons sendo 387 espcies e 30 subespcies vlidas, distribudas em 95 gneros foi registrado. O maior nmero de espcies foi encontrado para o estado do Amazonas (293) e para a localidade Fonte Boa (225). A lista apresenta atualizao na nomenclatura de 139 espcies referidas para a Amaznia Brasileira. Trichromia Hbner, [1819] foi o gnero com o maior nmero de espcies. Cresera ilus (Cramer, 1776) a espcie com a maior distribuio na regio. Halysidota tesselaris (Smith, 1797) deixou de ser includa, por tratar-se de um erro de identificao. Palavras-Chave: Inventariamento de fauna, Insecta, Mariposas Financiador: FAPESPA Fundao de Amparo Pesquisa do Estado do Par

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0008 LISTA PRELIMINAR DAS ESPCIES DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: PAPILIONOIDEA E HESPERIOIDEA) DE MORRO DO CHAPU, BAHIA, BRASIL Taumaturgo, T. Z. B.; Bravo, F. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA O Semi-rido ocupa uma rea de aproximadamente 900.000km2, que inclui a regio Nordeste do Brasil e o norte de Minas Gerais. A Chapada Diamantina ocupa a poro central da Bahia, e constitui o principal macio montanhoso do Semirido. O municpio de Morro do Chapu, localizado ao norte da Chapada Diamantina, classificado pelo Ministrio do Meio Ambiente como uma zona de extrema prioridade para conservao, o qual possui uma tipologia vegetal de caatinga. Com o objetivo de conhecer a lepidopterofauna do municpio de Morro do Chapu, uma lista preliminar das espcies desta regio foi elaborada, a primeira para a regio do Semi-rido baiano.Foram realizadas duas incurses, uma entre os dias 30 de setembro e 02 de outubro de 2008 e a outra, entre 23 e 25 de junho de 2009. Quatro reas do municpio de Morro do Chapu foram amostradas: Capo do Pinho (113630S 410106W), Lagoa Preta (113684S 410952W), Cachoeira do Ferro Doido (113740S 410002W) e Morro (113531S 411257W). As coletas foram realizadas entre 09:00h e 17:00h totalizando 48 horas de esforo amostral. Os indivduos foram capturados com rede entomolgica, armazenados em envelopes entomolgicos e identificados no laboratrio. Os espcimes receberam um nmero de tombo e foram depositados na Coleo Entomolgica Prof. Johann Becker do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (MZUEFS), Bahia.Foram capturados 67 indivduos nas reas amostrados. Foram identificadas 35 espcies de borboletas (Lepidoptera: Papilionoidea e Hesperioidea). Protesilaus helios foi a nica espcie de Papilionidae coletada em Morro do Chapu. Em Pieridae, cinco espcies foram identificadas: Appias drusilla (1 indivduo), Eurema albula (1), E. elathea (7), Ganyra phaloe (2), Phoebis sennae (1) e Pyrisitia nise (5). Nymphalidae foi a famlia com maior representatividade, com 14 espcies registradas e 31 indivduos: Adelpha plesaure (1), Biblis hyperia (1), Eunica sp. (1)., E. macris (1), Euptoieta hegesia (4), Fountainea halice moretta (1) Heliconius erato (4), H. ethilla (2), H. sara (4), Hermeuptychia hermes (5), Junonia evarete (1), Mestra hypermnestra (2), Pharneuptychia sp. (1), P. innocentia (2), P. phares (1). Em Lycaenidae foram identificadas seis espcies: Hemiargus hanno (1), Leptotes cassius (1), Pseudolycaena marsyas (3), Strymon astiocha (1), S. bazochii (2) e S. rufofusca (1). Apenas um nico indivduo (Euselasia thucydides) de Riodinidae foi registrado. Foram coletados oito exemplares de Hesperiidae com cinco espcies: Cogia grandis (1), Onophas columbaria distigma (1), Phocides polybius (2), Pyrgus orcus (1), P. vetturius (2), Urbanus dorantes (1). At o momento no foram registradas espcies endmicas. A maioria das espcies possui ampla distribuio no Brasil. Trs espcies coletadas no Morro do Chapu representam novos registros: Protesilaus helios (Papilionidae), coletada a 1.012 m de altitude, tinha registros apenas para as regies Sul e Sudeste do Brasil, sendo, desta maneira, o primeiro registro da espcie para a Bahia e regio Nordeste; a espcie Ganyra phaloe (Pieridae) conhecida de Pernambuco, Par, Rondnia, Mato Grosso e Esprito Santo e, a espcie Cogia grandis (Hesperiidae) de Minas Gerais, Mato Grosso e Distrito Federal so novos registros para a Bahia. Palavras-Chave: Inventrio, Lepidoptera, Chapada Diamantina Financiador: Projeto PPBio/Semi-rido, CNPq

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0009 BIOGEOGRAFIA DE SCARABAEINAE (COLEOPTERA, SCARABAEOIDEA, SCARABAEIDAE) NO BRASIL Silva, P. G.; Mare, R. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA A biogeografia histrica de Scarabaeinae props padres de distribuio e irradiao de suas espcies ao nvel global. Teria surgido nas florestas do Mesozico-Cenozico de ancestrais da superfamlia Scarabaeoidea primitivamente saprfagos, acompanhando a nova disponibilidade de excrementos de dinossauros e/ou mamferos. A regio Neotropical, em especial o Brasil, apresenta estudos escassos sobre a biogeografia da maioria de suas espcies. Assim, o objetivo deste estudo apresentar a distribuio dos gneros e espcies de Scarabaeinae do Brasil, com base em aspectos histricos e ecolgicos. Foram utilizados dois bancos de dados principais para a consulta das citaes das espcies para o Brasil. Quando presente o correto local de coleta, este foi agrupado como pertencente a um dos principais biomas brasileiros (Amaznia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Pampa e Pantanal). Cada territrio brasileiro (Estados e D.F.) foi caracterizado com suas variveis biticas e abiticas a fim de se testar a predio e/ou correlao da diversidade de Scarabaeinae ser dependente ou correlata s mesmas. Utilizaram-se 737 espcies para a anlise de similaridade, destacando-se os endemismos e a distribuio dos gneros e espcies pelos territrios e biomas. Os Estados com maior riqueza de espcies foram: AM (236-32%), SP (194-26%), MG (190-25%) e PA (140-19%), enquanto que os de menor riqueza foram: SE (4-0,5%), AL (5-0,6%), CE (8-1%) e TO (9-1,2%). Os maiores nmeros de endemismos foram de: AM (27-8,3%), MG e RJ (ambos com 15-4,6%). O bioma com maior riqueza de espcies e endemismos no Brasil foi a Mata Atlntica, a qual cobre atualmente apenas 7% do territrio brasileiro, tendo sido encontradas ~350 espcies de 77 gneros e subgneros (grupos), sendo que 65 (20%) parecem ser endmicas. A Amaznia representa cerca de 60% do territrio brasileiro, possuindo ~310 espcies de 59 grupos, sendo que 45 (14%) so endmicas. No Cerrado (20% do Brasil) foi encontrado um total ~290 espcies de 70 grupos, alm de 25 (8%) endemismos. A Caatinga representa 10% do Brasil, e encontraram-se ~120 espcies de 50 grupos, sendo 5 (1,5%) endmicas. Os biomas com menores riquezas (ou desconhecidas por falta de estudos) foram o Pampa (2% do Brasil), com ~60 espcies de 35 grupos, e o Pantanal (1% do Brasil), com ~50 espcies de 20 grupos de Scarabaeinae. Encontrou-se uma forte separao entre a composio de gneros, subgneros e espcies entre o norte e a poro centro-sul do Brasil. A Amaznia e a Mata Atlntica teriam evoludo distintamente suas faunas de Scarabaeinae aps a retrao e separao destas florestas durante o Cenozico por savanas e pastagens (Cerrado atual), decorrente de eventos de glaciao, resultando na baixa similaridade atual (~55%). Nenhuma anlise de regresso e correlao foi estatisticamente significativa, levando-se em considerao as variveis ambientais (no colineares e/ou autocorrelatas) como preditoras ou correlatas distribuio atual da riqueza de Scarabaeinae pelo Brasil. A fauna de Scarabaeinae, no Brasil, apresenta forte relao com ecossistemas florestais, com a diversidade de mamferos (tipos de excrementos) e com o clima em geral. O bioma Mata Atlntica apresenta a maior diversidade at o momento conhecida dentro do territrio brasileiro. Palavras-Chave: Rola-bosta, Estados brasileiros, Biomas brasileiros

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0010 DIVERSIDADE DE ARCTIINAE (LEPIDOPTERA, ARCTIIDAE) NUMA REA ALTERADA NA AMAZNIA ORIENTAL DURANTE A ESTAO CHUVOSA Delfina, M. C.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR Esta regio da Amaznia oriental passou por uma considervel mudana em sua cobertura florestal original, devido ao antrpica na rea de influncia da rodovia Transamaznica, devido forte ocupao humana dos ltimos 30 anos, onde reas de floresta deram lugar a extensas reas de pastagem para a bovinocultura. Entre os insetos, os Lepidoptera, so importantes no monitoramento de ecossistemas, pois atuam em diversos nveis trficos, podem ser polinizadores, herbvoros e ou presas e entre estes, os Arctiidae esto entre os cinco mais utilizados no monitoramento de reas. Hoje em dia, os Arctiidae, que ocorrem no Neotrpico, esto organizados em duas subfamlias, Arctiinae e Lithosiinae, sendo a primeira constituda pelas tribos Arctiini, Callimorphini, Ctenuchini, Euchromiini, Pericopini e Phaegopterini. As coletas foram realizadas, durante a estao chuvosa, entre 30 de novembro de 2008 a 24 de maio de 2009, a cada novilnio, totalizando sete amostragens, numa rea de pastagem do stio Vista Alegre localizado no municpio de Altamira, PA, entre a latitude 030716S e longitude 521516W, possuindo altitude mdia de 160m. Foi utilizada uma armadilha luminosa EMATER/RS, modelo Santa Rosa, instalada a uma altura de 2 metros, equipada com lmpada fluorescente ultravioleta F15T8 BLB, acionada por bateria 12V, ao anoitecer e desligada na manh seguinte. No Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da UFPA, Campus Universitrio de Altamira, foi realizada a triagem, identificao e contagem dos arctineos. Na caracterizao entre os novilnios e para o perodo total durante a estao chuvosa foram utilizados os parmetros: riqueza (S), abundncia (N) e ndices de diversidade (H) e uniformidade (E) de Brillouin e dominncia de Berger-Parker (BP) calculados atravs do programa de computador Krebs Ecological Methodology for Windows. Para o perodo total da estao chuvosa foram capturados 225 espcimes (N), distribudos em 46 espcies (S), sendo os ndices de diversidade H= 3,73, uniformidade E= 0,691 e dominncia BP= 0,311. Entre os novilnios, no ms de maio encontramos 55 espcimes, 21 espcies, sendo os ndices de diversidade H= 3,16, uniformidade E= 0,802 e dominncia BP= 0,200, o qual apresentou os melhores parmetros avaliados. Palavras-Chave: Inventariamento de fauna, Biodiversidade, Mariposas

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0011 DIVERSIDADE DE ESFINGDEOS (LEPIDOPTERA, SPHINGIDAE) EM REA ALTERADA NA AMAZNIA ORIENTAL Trevisan, E.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR A Amaznia considerada uma das zonas biogeogrficas mais ricas em espcies do planeta, entretanto, sua parte oriental encontra-se hoje sobre forte impacto antrpico, pois, a ao humana tem rapidamente convertido os hbitats naturais. Os esfingdeos esto entre os principais grupos de lepidpteros utilizados como bioindicadores, havendo espcies que somente so encontradas em ambientes naturais e outras que preferem ambientes alterados, alm de serem extraordinrios polinizadores especializados, cujas flores so adaptadas para receberem visitas destas mariposas. Objetivando avaliar a fauna de esfingdeos numa rea antrpica, foi realizado o presente estudo. As coletas foram realizadas durante dois anos, entre 10 de agosto de 2007 e 23 de julho de 2009, por duas noites a cada fase de lua nova, com auxlio de uma armadilha luminosa EMATER/RS, modelo Santa Rosa, instalada a uma altura de 2 metros, equipada com lmpada fluorescente ultravioleta F15 T8 BLB, acionada por bateria 12 volts, ligada ao anoitecer e desligada na manh seguinte, em reas de pastagem e pomar no stio Vista Alegre localizado no municpio de Altamira, PA, entre a latitude 03 07 16 S e longitude 52 15 16 W, possuindo altitude mdia de 160 m. No Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da Universidade Federal do Par, Campus Universitrio de Altamira, foi realizada a triagem, contagem e montagem dos espcimes em alfinetes entomolgicos. Foram avaliados os parmetros riqueza (R), abundncia (S), diversidade e uniformidade de Brillouin (H e E) e dominncia de Berger - Parker (BP), calculados com auxlio do programa Krebs Ecological Methodology. Como resultado, foram capturados 46 exemplares (R) distribudos em 13 espcies (S), a diversidade de Brillouin foi H = 2,32 e a uniformidade de Brillouin E = 0,67 e, dominncia de Berger - Parker BP = 0,413. Mais de 50 % das espcies ocorreram com somente um exemplar. A espcie Manduca sexta paphus (Cramer, 1779), foi dominante, com 42 % do total capturado, tambm foi a mais freqente ocorrendo em 54 % do perodo total de coleta. Palavras-Chave: Inventariamento de fauna, Insecta, Mariposas

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0012 DIVERSIDADE DE ARCTIINAE (LEPIDOPTERA, ARCTIIDAE) NUM FRAGMENTO FLORESTAL NA AMAZNIA ORIENTAL Novaes, J. B.; Delfina, M. C.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR O desflorestamento da Amaznia conduz a perda da biodiversidade, que totalmente irreversvel. As espcies que ocorrem na Amaznia no so largamente distribudas, pois elas raras e so restritas, suas populaes so pequenas e muito sensveis a modificaes em seus hbitats naturais. Desta forma, os fragmentos florestais podem servir como refgios para a lepidopterofauna amaznica. Os lepidpteros esto entre os principais grupos de insetos utilizados no monitoramento de ambientes. Arctiidae esto entre as cinco famlias mais utilizadas nos estudos de monitoramento de reas, pois so relativamente fceis de capturar e identificar. Atualmente, os Arctiidae, que ocorrem na regio Neotropical, esto divididos em duas subfamlias, Arctiinae e Lithosiinae, sendo a primeira constituda pelas tribos Arctiini, Callimorphini, Ctenuchini, Euchromiini, Pericopini e Phaegopterini. Este estudo teve o objetivo de avaliar a diversidade da lepidopterofauna de Arctiinae num fragmento florestal na Amaznia Oriental. As coletas foram realizadas entre 11 de dezembro de 2007 e 27 de novembro de 2008, a cada novilnio, totalizando treze amostragens, na rea de floresta do 51 BIS (Batalho de Infantaria de Selva) localizado no municpio de Altamira, PA, entre a latitude 031155S e longitude 521015W, possuindo altitude mdia de 195m. Foi utilizada uma armadilha luminosa EMATER/RS, modelo Santa Rosa, instalada a uma altura de 3 metros, equipada com lmpada fluorescente ultravioleta F15 T8 BLB, acionada por bateria 12 volts, ao anoitecer e desligada na manh seguinte. No Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da UFPA, Campus Universitrio de Altamira, foi realizada a triagem, identificao e contagem dos arctineos. Na caracterizao e para a comparao entre a estao da chuva e seca, foram utilizados os parmetros: riqueza (S), abundncia (N) e ndices de diversidade (H) e uniformidade (E) de Brillouin e dominncia de Berger-Parker (BP) calculados atravs do programa de computador Krebs Ecological Methodology for Windows. Para o perodo total foram capturados 248 espcimes (N), distribudos em 60 espcies (S), sendo os ndices de diversidade H= 3,60; uniformidade E= 0,621 e dominncia BP= 0,395. Para estao da chuva encontramos 133 espcimes, 32 espcies, sendo os ndices de diversidade H= 2,63; uniformidade E= 0,539 e dominncia BP= 0,534 j para estao seca encontramos 115 espcimes, 41 espcies, sendo os ndices de diversidade H= 3,85; uniformidade E= 0,781 e dominncia BP= 0,235, o qual apresentou os melhores valores para riqueza, diversidade, uniformidade e dominncia. Palavras-Chave: Inventariamento de fauna, Insecta, Mariposas Financiador: FAPESPA Fundao de Amparo Pesquisa do Estado do Par, PIBIC, PIBIC

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0013 CTALOGO DAS ESPCIES DE ACROCERIDAE (DIPTERA) DO BRASIL Gillung, J. P.; Carvalho, C. J. B. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE DE SO PAULO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN Acroceridae uma pequena famlia de Diptera que compreende atualmente cerca de 520 espcies descritas em 51 gneros e trs subfamlias (Acrocerinae, Panopinae, Philopotinae). Encontra-se distribuda por todas as regies biogeogrficas, predominando, sobretudo, nas zonas tropicais. Na fase larval as espcies de Acroceridae so endoparasitides de aranhas, enquanto os adultos de muitas espcies so visitantes florais e podem ser importantes polinizadores. Apesar de sua ampla distribuio pelo mundo e importncia ecolgica, o grupo tem sua taxonomia negligenciada, em especial na regio Neotropical. At o momento no existe um Catlogo para as espcies Neotropicais, tampouco uma listagem das espcies com ocorrncia no Brasil. Para suprir esta necessidade, neste trabalho foi elaborado um Catlogo das espcies de Acroceridae do Brasil, objetivando-se reunir a informao taxonmica at ento muito dispersa sobre o grupo. O levantamento das espcies foi realizado atravs de uma extensa busca de publicaes taxonmicas em bibliotecas nacionais e em diversas bases de dados nacionais e internacionais (Ex.: Dedalus, Scielo, Science Direct, Web of Knowledge, Web of Science, Zoological Record). Tambm so fornecidas informaes acerca da distribuio das espcies, do material-tipo, bem como as referncias das descries originais de cada gnero e espcie. Dentro das subfamlias, os gneros foram organizados em ordem alfabtica, bem como as espcies. Foram encontrados nove gneros e 33 espcies com ocorrncia no Brasil. A subfamlia Panopinae apresentou maior representatividade no pas, contendo 17 espcies includas nos gneros Lasia Wiedemann, Exetasis Walker, Ocnaea Erichson, Pialea Erichson e Pterodontia Gray. Philopotinae representada no Brasil pelos gneros Philopota Wiedemann e Terphis Erichson, que contabilizam um total de 14 espcies. Por fim, Acrocerinae apresenta os gneros Acrocera Meigen e Ogcodes Latreille, cada um com uma espcie brasileira. Palavras-Chave: Neotropical, Sistemtica, Taxonomia Financiador: CNPq

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0014 ESFINGDEOS (LEPIDOPTERA, SPHINGIDAE) OCORRENTES EM ALTAMIRA, PA, BRASIL Trevisan, E.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPA CAMPUS UNIVERSITRIO DE ALTAMIRA A regio da Transamaznica e do Xingu, na Amaznia Oriental, vem, especialmente nas ltimas dcadas sofrendo com a expanso das atividades humanas, exercendo assim uma forte presso sobre as reas naturais. O papel desempenhado pelos invertebrados, fez com que os mesmos passassem a ser, cada vez mais empregados como instrumentos auxiliares em estudos de meio ambiente, assim a classe Insecta tem grande valor na conservao, gerenciamento ambiental ou nas estratgias de monitoramento dos ecossistemas. As mariposas da famlia Sphingidae, esto entre as principais famlias de Lepidoptera e, por sua vez, constitui tambm um importante grupo bioindicador. Os esfingdeos so mariposas com atividade predominantemente noturna, sendo conhecidas mais de 1.200 espcies no mundo, das quais 180 ocorrem no Brasil. O presente estudo objetivou identificar e verificar a fenologia dos esfingdeos ocorrentes em Altamira, na Amaznia Oriental. As coletas, realizadas de agosto de 2007 a agosto de 2009, foram efetuadas em diferentes ambientes do municpio, tanto em reas alteradas quanto, em fragmentos florestais. Utilizou-se armadilha luminosa EMATER/RS, modelo Santa Rosa, instalada a uma altura de 2 metros, equipada com lmpada fluorescente ultravioleta F15 T8 BLB, acionada por bateria 12 volts, ligada ao anoitecer e desligada na manh seguinte. No Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da Universidade Federal do Par, Campus Universitrio de Altamira, foi realizada a triagem, contagem e montagem dos espcimes em alfinetes entomolgicos. Como resultado foram coletadas dezessete espcies distribudas nos seguintes gneros: Adhemarius (1), Aellopos (1), Callionima (1), Cocytius (1), Enyo (1), Erinnyis (2), Eumorpha (3), Manduca (1), Pachylia (1), Perigonia (1), Protambulyx (1) e Xylophanes (3). Com relao fenologia os gneros Manduca, presente em 14 meses e Xylophanes, presente em 10 meses, foram os que apresentaram as maiores freqncias, 56% e 40%, respectivamente. A grande maioria dos gneros (9) apresentou freqncias muito baixas, estando presentes em no mximo durante 3 meses. Palavras-Chave: Inventariamento de fauna, Insecta, Fenologia

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0015 LEVANTAMENTO DAS BORBOLETAS FRUGVORAS (LEPIDPTERAS, NYMPHALIDAE) DA RPPN KLAGESI, REGIO NORDESTE DO ESTADO DO PAR. Jauffret, J. D. C. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: FACULDADE IPIRANGA Atualmente grande parte da floresta amaznica prxima a regio metropolitana de Belm encontra-se disseminada em fragmentos de diversos tamanhos. Pondo em risco a biodiversidade dessas reas. O presente trabalho teve por objetivo fazer um levantamento das borboletas, frugivoras, encontrados na RPPN Klagesi, contribuindo dessa forma para o conhecimento da fauna dos lepidpteros da regio nordeste do estado do Par e para conservao dos ambientes naturais desta regio. A rea apresenta florestas nativas tpica da regio bem preservada, o entorno da reserva constitudo por reas descampadas com culturas de subsistncia e plantaes de Dend. Transformando a rea em um refgio para fauna remanescente dessa regio. O esforo amostral para registro de borboletas visualizadas foi padronizado em 12 horas-rede / local. A composio dos Nymphalidae frugivoros foi comparada aos registros existentes em outras reas. A amostragem foi realizada em um perodo de 14 meses (maio de 2008 a julho de 2009) com expedies, semanais, utilizando armadilhas modelo Van Someren-Rydon. Foram utilizadas 12 armadilha suspensas distribudas em diversos pontos, dispostas na altura de 1,5 a 5,0 metros do solo. O mtodo de captura por armadilha com isca de frutas reduz a probabilidade de capturas ao acaso, j que as borboletas dessa famlia so atradas por seu alimento. As espcies que apresentavam uma identificao fcil foram catalogadas e soltas, somente eram capturadas as que apresentavam um grau maior de dificuldade para a identificao, sendo que uma vez coletada e identificada a mesma espcie no era mais capturada. Em um total de 672 horas, foram registradas 74 espcies distribudas em 31 gneros, Antirrhea, Morpho, Bia, Brassolis, Caligo, Catoblepia, Dynasto, Eryphanis, Osiphanis, Selenophanes, Narope, Consul, Polygrapha, Siderone, Zaretis, Fountainea, Menphis, Archaeoprepona, Prepona, Catonephele, Eunica, Nessaea, Ectina, Hamadryas, Temenis, Calicore, Diaethria, Baeotus, Colobura, Historis, Tigrina nica das quatro RPPNs existentes no Estado prxima a regio metropolitana da grande Belm, que enfrentam srios problemas com a explorao ilegal dos recursos florestais, a caa de animais silvestres e o comprometimento dos cursos dgua. Essas presses tm comprometido a sobrevivncia de espcies, muitas ainda desconhecidas. As informaes trazidas neste inventario, podero nortear gestores, pesquisadores e o poder publico no planejamento e manejo da rea, bem como viabilizar a tomada de decises, rumo ao cumprimento dos objetivos estabelecidos na criao dessa unidade de conservao, ou seja, a conservao da biodiversidade da regio. Nesse trabalho no foram includas representantes da Subfamlia Satyrinae, uma vez que no foi possvel juntar ate o momento uma documentao mnima que permiti-se uma identificao precisa. A diversidade de Nymphalidae encontrada na RPPN Klagesi superior as encontradas em outras reas com caractersticas semelhantes principalmente se levado em considerao que nesse inventrio no foi includa os Satyrinae. Tais registros fornecem subsdios que evidenciam a necessidade urgente de proteger essa Unidade de Conservao. Palavras-Chave: Borboletas, Biodiversidade, Ecologia

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0016 EXTRAO DE AREIA, UM RISCO A BIODIVERSIDADE: UMA ANLISE EM UMA POPULAO DE Theope (LEPIDPTERA - RIODINIDAE) Jauffret, J. D. C. E-mail: [email protected] O crescimento dos grandes centros urbanos tem aumentado a necessidade cada vez maior de recursos naturais e, em especial, por recursos minerais. As atividades de extrao mineral so de grande importncia para o desenvolvimento social, mas tambm so responsveis por impactos ambientais negativos de grandes propores. A minerao de areia para a construo civil vem provocando danos ao meio ambiente, transformado a paisagem de modo irreversvel, agravando-se mais quando essas atividades so praticadas de forma ilegal. O presente trabalho visa estudar o impacto ambiental provocado pela extrao de areia, sobre e uma populao de lepidpteras, da famlia Riodinidae, gnero Theope. No decore de 36 meses, em uma rea de Campina localizada no municpio de Santo Antonio do Tau (S. 01 09 137- W. 048 06 846- z=17m), a 60 km de Belm capital do estado do Par, regio nordeste, no perodo de junho de 2006 a agosto de 2009. Usando como metodologia, a observaes de campo sistemtica padronizado em 12 horas-rede / local, identificao visuais com eventuais coletas qualitativas com pus, uma vez identificada, a mesma espcie no era mais capturada. Os resultados obtidos possibilitaram identificar vinte e trs espcies de Theope, conhecidas. T. excelsa, T. barea, T mundula, T. aureonitens, T. sericea, T. terambus, T. theritas,T. janus, T. discus, T.decorata, T. lycaenina, T. foliorum, T. pedias, T. eudocia, T. syngenes, T. phaeo, T. thootes, T. sobrina, T. guillaumei, T. thestias, T. leucanthe, T. amicitiae, T. aff. wallacei. Mais uma espcie nova T. campinensis totalizando vinte e quatro espcies e uma subespcie nova. Correspondendo a 31,5% das 76 espcies existentes, o que corresponde a maior concentrao conhecida desse gnero. Verificou-se no entanto em trs anos de trabalho peridicas o desaparecimento gradativo da maioria das espcies de Theope dessa regio. Desde o final de 2008, no foi encontrado mais nenhum exemplar de qualquer espcie de Theope que habitavam essa rea, inclusive o rarssimo Theope sericeae, descrito do Par (Santa Maria de Belm do Gro Par) em 1868, representado somente por 13 exemplares (11 machos e 2 fmeas)conservado nos maiores museus do mundo e que era observado o ano todo com uma certa freqncia e o Theope campinensis. Conhecido apenas do casal da descrio, que se encontram depositados na coleo entomolgica do Museu Paraense Emilio Goeldi. Os resultados demonstram a incrvel riqueza da fauna Amaznica, e o perigo em que ela se encontra uma vez que infelizmente pode ser constata da a completa ausncia de gesto por parte do poder pblico. Os locais de minerao no possuem em sua grande maioria, licenciamentos ambientais nem tampouco de estudo tcnicos dos impactos gerados por essas atividades. Sendo necessrias aes urgentes para tentar preservar o que ainda sobra da riqueza e peculiaridade da fauna dessa extraordinria regio. Palavras-Chave: Biodiversidade, Impactos ambientais, Theope

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0017 UTILIZAO DAS TAXAS ANDROCONIAIS PARA A SEPARAO DAS ESPCIES DO GNERO Semomesia (LEPIDOPTERA - RIODINIDAE) Jauffret, J. D. C. E-mail: [email protected] Os Riodinidae representam a famlia de borboletas mais diversificadas depois dos Nymphalidae, contudo o grupo de lepidpteros menos estudados. Possui uma grande diversidade morfolgica, em geral so pequenas, de vos rpido errticos e freqentemente ativos durante apenas parte do dia sendo mais facilmente observados e amostrados quando visitam flores. Muitas espcies ocorrem em microhbitats restritos. Comumente formam agrupamentos em especial os machos. Em geral apresentam dificuldade na identificao. O Gnero Semomesia uns dos menores da famlia Riodinidae, formado por dez espcies, S. geminus,S. croesus, S. meana, S. alyattes, S. capanea,S. marisa,S. macaris,S. optima, S. nesti e S. wallacei Sp. nova, apresentam dificuldade na identificao. Os machos geralmente apresentam colorao azulada com listra preta, as fmeas possuem colorao predominantemente marrom com listras brancas de tamanho grande para os padres dos Riodinidae, pela sua bela colorao um dos gneros que chama mais ateno nessa famlia, porem so mal representados nos grandes museus do mundo, por serem extremamente localizadas, e habitam regio de mata fechada. A semelhana no padro de colorao tanto dos machos que das fmeas, tem contribudo para a gerao de erros de identificao das espcies desse gnero. Este estudo teve como objetivo encontrar caractersticas que labore como ferramenta no auxilio da identificao das espcies do gnero Semomesia. Foi feito um estudo detalhado na morfologia externa visando encontrar um padro de caractersticas que permitisse uma identificao das espcies com uma maior preciso. O material utilizado consistiu-se em espcimes secas montados em alfinetes, de diversas localidades. Foram examinadas aproximadamente 300 exemplares de Semomesias das espcies geminus, croesus, meana, alyattes, capanea, marisa, nesti e wallacei Sp. Nova, conservadas nas colees do MPEG, J.Y.Gallard Guiana Francesa e UFPR. Os resultados obtidos mostram que as taxas androconiais, as quais so usadas para a separao dos gneros Semomesia e Mesosemia, por serem muito prximos, habitam a mesma regio, apresentando comportamento e padro de colorao muito similar. No entanto somente as Semomesias possuem androconias. E que apresentam um padro fixo para cada espcie, quanto a forma e posicionamento sobre o difusor. Essas caractersticas se mostraram eficiente na separao das espcies para os machos. Verificou se, no entanto que nas fmeas no apresentam um nico carter que possa levar a uma identificao precisa, mas sim de um conjunto de caractersticas. Palavras-Chave: caractersticas morfolgicas, borboleta, taxas androconias

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0018 COLETA DE RECURSOS FLORAIS DE DUAS ESPCIES DE Xylocopa (HYMENOPTERA: APIDAE) DURANTE A ESTAO SECA E CHUVOSA EM UMA REA DE RESTINGA NA BAHIA Figueiredo, N. A.; Gimenes, M.; Oliveira-Rebouas, P.; Miranda, M. D.; Almeida, G. F. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, UEFS, Dunas e restingas so reas abertas, prximas ao mar, que apresentam uma vegetao herbcea arbustiva, adaptada s condies de alta salinidade e elevada irradiao solar. Abelhas de grande porte, como as espcies do gnero Xylocopa, esto geralmente associadas com a polinizao das plantas nestes ambientes. Este trabalho visa investigar as interaes entre as abelhas X. subcyanea e X. cearensis e as plantas utilizadas na coleta dos recursos florais, durante as estaes seca e chuvosa. O trabalho de campo foi desenvolvido em Baixio, Esplanada, BA (APA do Litoral Norte), durante dois dias, das 6:00 s 18:00 h mensalmente, de abril/08 a maro/09. As abelhas foram coletadas durante 5 a 10 min. em cada planta florida. Ao longo do trabalho, foram feitos registros fotogrficos e herborizao das plantas visitadas pelas espcies de Xylocopa. O total de precipitao na rea de estudo foi 1127,5mm. O trimestre definido como chuvoso (48,88% do total de precipitao anual) abrangeu os meses de abril, maio e junho/2008, e o seco (11,61%) os meses de janeiro, fevereiro e maro/2009. No trimestre seco, X. subcyanea e X. cearensis iniciaram suas atividades de coleta de recurso floral mais cedo, entre 7:00 e 8:00 h em relao ao trimestre chuvoso, aps s 8:00 h X. subcyanea coletou em 5 espcies de plantas na estao chuvosa e em 4 na estao seca e X. cearensis em 9 espcies de plantas em ambas as estaes. Destas, Cuphea brachiata e Croton sellowii foram as plantas mais utilizadas para coleta de nctar pelas duas espcies de abelhas em ambas as estaes. Neste estudo foi coletado um maior nmero de indivduos de X. cearensis que tambm utilizou um maior nmero de plantas para coleta de recursos do que X. subcyanea em ambas as estaes. Para a comunidade da restinga as abelhas de grande porte como espcies de Xylocopa so importantes na polinizao das plantas, como C. brachiata e C. sellowii que so fontes de recursos importantes para a manuteno das abelhas na restinga, tanto na estao seca quanto na chuvosa. Palavras-Chave: Restinga, Xylocopa subcyanea, Xylocopa cearensis Financiador: UEFS, FAPESB, CAPES

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0019 A FAUNA DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APIDAE) DO PARQUE ESTADUAL DE CAMPINHOS, PARAN, BRASIL Weiss, G.; Melo, G. A. R. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPR Neste estudo a fauna de abelhas de uma rea de Floresta Ombrfila Mista, localizada no Parque Estadual de Campinhos (PR) foi inventariada, seguindo a metodologia padronizada proposta por Sakagami et al. (1967) para levantamentos de abelhas em reas restritas. De acordo com esta metodologia, o coletor percorre a rea de estudo de maneira uniforme ao longo do dia capturando, com auxlio de rede entomolgica, quaisquer abelhas que estiverem em visita s flores. As coletas foram realizadas quinzenalmente em trilhas pr-estabelecidas (transeco) de outubro de 2007 a setembro de 2008. Os principais objetivos do presente trabalho foram: aumentar o conhecimento sobre a fauna de abelhas nativas no Brasil, investigar os padres de riqueza e abundncia das abelhas na rea de estudo alm de comparar os resultados com o de outras reas estudadas. Foram coletados 689 indivduos de abelhas nativas, pertencentes a 133 espcies. Os indivduos da espcie extica Apis mellifera foram contados em 241, totalizando 930 abelhas registradas pertencentes a 134 espcies. As 134 espcies de abelhas levantadas na rea esto distribudas em 64 gneros e entre as cinco subfamlias de Apidae presentes no Brasil. A subfamlia Apinae foi a mais abundante com 81,4%, seguida de Halictinae (10,6%), Andreninae (4,6%), Megachilinae (2,4%) e Colletinae (1%). Os gneros nativos mais abundantes foram Ceratina (12,9%), Trigona (6,1%) e Bombus (4,6%). Em termos de riqueza os gneros Ceratina com 12 espcies (8,8%), Augochlora 10 espcies (7,3%), Augochloropsis e Dialictus com 7 espcies cada (5,1%) foram os mais representativos. A principal famlia de planta visitada por estas abelhas foi Asteraceae. Porm, a espcie mais visitada foi Cuphea carthagenensis (Jacq) Macbr. (Lythraceae). Resultados obtidos com o estimador de riqueza Jackknife 1 indicam que o levantamento foi adequado e o nmero de coletas pode ser considerado suficiente para estimar o nmero de espcies que ocorrem na rea. A anlise de correspondncia mostrou que os levantamentos realizados em diferentes regies fitogeogrficas so congruentes e que h relao entre riqueza de espcies nos gneros e ambientes ocupados pelos mesmos. Palavras-Chave: levantamento, Floresta Ombrfila Mista, Anlise de Correspondncia Financiador: CNPq

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0020 DESCRIO DE NOVE ESPCIES DO GNERO Edessa FABRICIUS, 1803 (HETEROPTERA, PENTATOMIDADE, EDESSINAE) Santos, B. T. S.; Fernandes, J. A. M. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR Descrio de nove espcies do gnero Edessa Fabricius, 1803 (Heteroptera, Pentatomidade, Edessinae). Pentatomidae uma das maiores famlias de Heteroptera e formada pelos percevejos (tambm conhecidos como maria-fedida, fedefede, etc.). Edessinae composta pelos gneros Edessa (259 espcies), Olbia (4 espcies), Pantochlora (1 espcie), Brachystethus (10 espcies) e Peromatus (7 espcies). Esta subfamlia uma das maiores de Pentatomidae em nmero de espcies e possuem uma distribuio Neotropical, embora a maior parte das espcies ocorra na regio Amaznica. Suas espcies so bastante conhecidas por seu tamanho e cor e apresentam como sinapomorfias um processo em forma de escudo no metasterno e a presena de um processo no pigforo. O pequeno conhecimento taxonmico deste grupo pode ser explicado por identificaes equivocadas feitas nas ltimas dcadas, a grande quantidade de espcies descritas e novas para cincia (mais de 350spp.), a dificuldade em levantar a literatura e ver os tipos, entre outros. Neste trabalho foi feito o estudo de 55 exemplares, de diversas colees no pas e exterior, pertencentes a nove espcies (Edessa paravinula, Edessa morbosa, Edessa florida, Edessa cordifera, Edessa bfida e quatro espcies novas para cincia) includas em cinco grupos de espcies de Edessa. Os exemplares foram descritos, medidos e algumas partes desenhadas (processo do metasterno e genitlia externa de machos e fmeas). As descries e ilustraes seguem um padro adotado para Pentatomidae. Este estudo morfolgico comparado revelou alguns dos processos evolutivos ocorridos dentro de Edessa e contribuiu para o avano no conhecimento dos grupos de espcies e do prprio gnero. Palavras-Chave: Taxonomia, Edessa, Regio Amaznica. Financiador: PIBIC/UFPA

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0021 DESCRIO DE QUATRO ESPCIES DO GNERO Edessa FABRICIUS, 1803 (HETEROPTERA, PENTATOMIDADE, EDESSINAE) Santos, B. T. S.; Fernandes, J. A. M. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR Heteroptera corresponde a mais diversa ordem entre os insetos hemimetbolos. Dentro desta ordem a quarta famlia mais diversa Pentatomidae conhecidas vulgarmente por percevejos (maria-fedida, fede-fede, etc.). A subfamlia Edessinae composta pelos gneros Edessa (259 espcies), Olbia (4 espcies), Pantochlora (1 espcie), Brachystethus (10 espcies) e Peromatus (7 espcies). Esta subfamlia uma das maiores de Pentatomidae em nmero de espcies e possui uma distribuio Neotropical, sendo bastante diversa no Mxico. Suas espcies so bastante conhecidas por seu tamanho e cor e apresentam como sinapomorfias um processo em forma de escudo no metasterno bifurcado anteriormente e a presena de um processo no pigforo. O pequeno conhecimento taxonmico deste grupo pode ser explicado por identificaes equivocadas feitas no passado, a grande quantidade de espcies descritas e novas para cincia (mais de 350spp.), a dificuldade em levantar a literatura e ver os tipos, entre outros. Neste trabalho foi feito o estudo de 13 exemplares, de diversas colees do exterior, pertencentes a um grupo que corresponde a nove espcies onde 6 so novas e 3 j conhecidas para a cincia (Edessa godmani, Edessa pudibunda, Edessa picticornis). Este grupo restrito da Amrica central e os ltimos estudos taxonmicos desta fauna datam do final do sculo XIX. Os exemplares foram descritos, medidos e algumas partes desenhadas (processo do metasterno e genitlia externa de machos e fmeas). As descries e ilustraes seguem um padro adotado para Pentatomidae. Este estudo morfolgico comparado revelou alguns dos processos evolutivos ocorridos dentro de Edessa e a possibilidade de definir um novo grupo dentro do gnero contribuindo tambm para o avano no conhecimento das espcies e do prprio gnero. Palavras-Chave: Taxonomia, Edessa, Amrica Central Financiador: PIBIC/UFPA

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0022 ANLISE CLADSTICA DO GNERO Messiasia DANDRETTA (DIPTERA, MYDIDAE) Almeida, J. C.; Lamas, C. J. E.; Nihei, S. S. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE DE SO PAULO, MUSEU DE ZOOLOGIA - USP, UNIVERSIDADE DE SO PAULO Mydidae (Diptera, Asiloidea) uma famlia de moscas que inclui 65 gneros e 461 espcies amplamente distribudas. O gnero Messiasia dAndretta, objeto central deste estudo, exclusivo das Amricas e inclui atualmente 18 espcies, sendo o segundo gnero mais diverso da subfamlia Mydinae. At o momento, nenhuma anlise cladstica havia sido realizada para este gnero, ou mesmo para Mydinae. Os objetivos principais deste trabalho foram a) testar a monofilia do gnero Messiasia, e b) verificar o relacionamento entre suas espcies, e destas em relao a outros grupos de Mydinae. Como txons terminais, foram includas as 18 espcies de Messiasia, alm de mais 9 espcies representativas de outros gneros de Mydinae (Baliomydas, Ceriomydas, Dolichogaster, Gauromydas, Mapinguari, Mydas, Phyllomydas, Protomydas, Stratiomydas) e de mais 3 espcies representativas de outras subfamlias de Mydidae (Apiophorinae, Megascelinae e Rhopalinae). Foram utilizados dados da morfologia externa e da terminlia das espcies estudadas. A confeco da matriz de dados foi realizada com o auxlio dos programas Delta e Winclada, e a anlise cladstica com pesagem igual dos caracteres foi realizada com o programa NONA. Como resultado principal, verificou-se que Messiasia, da maneira como est composto atualmente, um txon polifiltico, incluindo pelo menos duas linhagens distintas de espcies uma associada a reas abertas e outra a ambientes florestais. Apesar do nmero relativamente pequeno de espcies de outros gneros de Mydinae ter sido utilizado na anlise, h indcios de que a classificao atual da subfamlia em tribos e subtribos esteja inadequada, j que os agrupamentos encontrados neste trabalho so incongruentes com esta classificao. Palavras-Chave: Mydinae, sistemtica, morfologia Financiador: CAPES, FAPESP

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0023 ESPCIES DE MESEMBRINELNEOS (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) ENCONTRADAS NA RESERVA BIOLGICA DO TINGU, NOVA IGUAU, RJ Gadelha, B. Q.; Ferraz, A. C. P.; Silva, A. B.; Coelho, V. M. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ZOOLOGIA, MUSEU NACIO, PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM BIOLOGIA ANIMAL, UNIV, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A Reserva Biolgica do Tingu compreende a maior concentrao de Mata Atlntica primria do estado do Rio de Janeiro e serve como refgio para muitas espcies de insetos assinantrpicos, ou seja, que esto mais adaptados ao ambiente florestal e pouco adaptados a ambientes modificados pelo homem. O objetivo deste estudo foi identificar as espcies de mesembrinelneos encontrados em quatro diferentes pontos de coleta em relao a borda da mata na unidade de conservao analisada. Foram distribudas oito armadilhas contendo sardinha, no perodo de 48 horas para captura dos exemplares. Estas armadilhas foram distribudas aos pares nos seguintes pontos: Ponto A, na borda da mata; Ponto B a 1000 metros para o interior da mata; Ponto C a 500 metros; e Ponto D a 2000 metros. Os califordeos coletados foram triados no Laboratrio de Estudos de Dpteros e os mesembrinelneos foram identificados taxonomicamente. Foram coletados 2150 mesembrinelneos de 10 espcies, com prevalncia de fmeas. As espcies consideradas comuns e constantes foram Laneela nigripes, Mesembrinella bellardiana, Mesembrinella semihyalina e Eumesembrinella pauciseta, em ordem de abundncia. Mesembrinella batesi, Eumesembrinella quadrilineata e Huascaromusca aeneiventris foram as espcies com menor abundncia e frequncia, sendo consideradas raras e acidentais, enquanto E. besnoiti foi rara e acessria. Por outro lado, Huascaromusca purpurata e Mesembrinella bicolor foram consideradas intermedirias e acessrias. Eumesembrinella pauciseta, M. bellardiana, M. semihyalina e M. bicolor foram mais coletadas no Ponto B, enquanto L. nigripes foi mais coletada no Ponto C. Huascaromusca aeneiventris foi a nica espcie que foi mais coletada no vero (2008) em comparao com as demais estaes, encontrados apenas dois indivduos no ponto D (Doubletons), demonstrando estar menos adaptada aos pontos prximos a borda. As espcies E. quadrilineata e M. batesi foram coletadas com apenas um indivduo cada no ponto da borda, demonstrando possivelmente estarem adaptadas s novas condies oferecidas pela fragmentao. Os quatro pontos de coleta apresentaram populaes similares, de acordo com o ndice de Jaccard. O Ponto B atravs da Correlao de Pearson apresentou relao positiva e substancial entre abundncia e riqueza; em C a correlao foi positiva e fraca e no houve correlao nos pontos A e D. A anlise da influncia dos fatores abiticos na captura dos mesembrinelneos (Correlao de Pearson) revelou que a umidade do ar e a temperatura influenciaram a abundncia de forma positiva e substancial, e negativa e fraca, respectivamente; a riqueza apresentou correlao apenas com a temperatura e a precipitao, de forma negativa e fraca. Palavras-Chave: Diversidade, Efeitos de borda, Mata Atlntica Financiador: CNPq, FAPERJ, FINEP

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0024 RIQUEZA E DIVERSIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA - FORMICIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE FLORESTA SEMI-DECDUA DA MATA ATLNTICA NA REGIO SUL DO ESTADO DA BAHIA Resende, J. J.; Santos, G. M. M.; Nascimento, I. C.; Silva, E. M. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA A crescente fragmentao e destruio das paisagens naturais figuram entre os principais problemas do sculo XXI. Os remanescentes de Mata Atlntica do sul do Estado da Bahia so cada vez mais escassos e os fragmentos restantes fortemente afetados por aes antrpicas, causando alteraes nas suas condies originais. Essa situao torna urgente os estudos que busquem descrever a biodiversidade dos ambientes naturais e fundamental para os estudos que busquem determinar/explicar o efeito da modificao ambiental nas comunidades naturais. Neste contexto as formigas destacam-se como objeto de estudo: so encontradas em quase todos os hbitats terrestres, apresentam grande nmero de funes nos ecossistemas (e.g. predao, disperso de sementes, herbvoria) e so facilmente amostradas. Este estudo teve por objetivo analisar os padres das comunidades de formigas epigias em diferentes fisionomias da Floresta Atlntica no sul da Bahia, avaliando o potencial destes insetos como bioindicadores do grau de conservao/degradao das reas estudadas. O estudo foi realizado na Reserva Ecolgica de Michelin, reserva legal e servido florestal, localizada no municpio de Ituber, Bahia. Entre dezembro de 2007 a setembro de 2008 foram realizadas quatro incurses regio e foram analisadas as comunidades de formigas associadas a trs fisionomias: fragmento de mata conservada, fragmento de capoeira e sistema agro-florestal seringal-cacau, utilizando-se armadilhas de serapilheira e pit-fall. Foram coletadas 159 espcies de formigas, distribudas em 10 subfamlias, 43 gneros e 21 tribos. Myrmicinae foi a subfamlia com maior riqueza (97 espcies), seguida por Ponerinae (23), Formicinae (15), Ectatomminae (10), Dolichoderinae (07) e Amplyoponinae (03). Cerapachyinae, Heteroponerinae, Proceratinae e Pseudomyrmicinae foram representadas por uma espcie. A curva do coletor demonstrou que a riqueza de espcies foi subestimada e que os ambientes estudados apresentam nmero de espcies esperada maior que o observado; esses dados corroboram a literatura especifica e, a no estabilizao da curva do coletor para comunidades de formigas, em florestas tropicais, evento comum diante da multiplicidade de recursos alimentares e stios de nidificao. A predominncia da subfamlia Myrmicinae pode ser explicada por ser mais abundante e por ser um grupo de formigas aptas aos mais diversos nichos ecolgico na regio Neotropical. Nas amostras de serapilheira foi coletado um total de 73 espcies, sendo a espcie Prionopelta sp01a mais abundante (19 registros), seguida por Strumigenys sp02 (16). tpico para o estrato de serapilheira um nmero maior de registros para Amplyoponinae e Myrmicinae. Nas amostras de pit-fall foi coletadas 23 espcies (14,4%), Ectatomma edentatum, espcie tpica de reas abertas, a mais abundante com nove registros, cinco dos quais ocorreram no sistema agro-florestal. Os dois tipos de armadilhas apresentaram em comum um total de 63 espcies (39,6%), sendo Solenopsis sp04 a mais abundante. O gnero Pheidole foi o que apresentou o maior nmero de morfoespcies (29), seguido por Pachycondyla (10) e Solenopsis (09). As formigas mais abundantes pertencem a guildas de predadoras generalistas (Subfamlias Myrmicinae e Ponerinae), que apresentam uma grande diversidade de hbitos, e com potencial para explorar um grande numero de nichos. Palavras-Chave: Formicidae, serapilheira, comunidades Financiador: Plantaes Michelin da Bahia LTDA,Apoio: CNPq Edital MCT/CNPq/CT-Infra/CT-Petro/Ao Transversal IV,

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0025 DIVERSIDADE DE ARTRPODES ASSOCIADOS AO GUANDU (Cajanus cajan) NUM SISTEMA AGROFLORESTAL NA AMAZNIA ORIENTAL Souza, E. S.; Sousa, D. R.; Augusto, S. G.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPA CAMPUS UNIVERSITRIO DE ALTAMIRA O levantamento populacional de insetos presentes nas culturas um importante passo para estudos de manejo de pragas, como tambm para estudos ecolgicos. Os insetos tm-se mostrado um dos indicadores ecolgicos mais importantes nos estudos relacionados conservao, devido sua diversidade, ciclo biolgico e capacidade de adaptao, que geralmente ocorre num curto espao de tempo. Diversos insetos so associados ao feijo guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp), entretanto no Brasil, so escassos os estudos sobre esta entomofauna. O gandu uma planta originria das regies tropicais da frica, sia e algumas ilhas dos mares do Sul e comumente cultivada em todo o Brasil, principalmente em pequenas propriedades rurais para alimentao humana, animal e para adubao verde melhorando as caractersticas fsica, qumica e biolgica do solo. Objetivando avaliar a fauna de artrpodes associados num Sistema Agroflorestal (SAFs) na Amaznia Oriental foi realizado o seguinte trabalho. Os parmetros utilizados foram: abundncia, riqueza, diversidade e uniformidade de Shannon (H e U) e dominncia de Berger-Parker (BP), calculados atravs do programa de computador Krebs Ecological Methodology for Windows. As coletas foram realizadas durante a estao chuvosa, entre novembro de 2008 a abril de 2009 no Sitio Irmos Calvi, localizado no distrito de Princesa do Xingu em Altamira, PA, nas coordenadas geogrficas (0310' S e 52 25' W), cuja rea possui 5.500 m2 em SAFs com caf conilon, cacau, guaran, aa e essncias florestais em consrcio com feijo guandu. As amostragens mensais, realizadas entre as 8 e 15 horas, com pano de batida, foram realizadas numa linha da cultura com 78 plantas, sendo selecionadas, cada vez 16 plantas ao acaso. A triagem, contagem e identificao dos artrpodes foi realizada no Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da UFPA, Campus Universitrio de Altamira. Os artrpodes foram conservados em lcool 70 % em frascos de vidro hermeticamente vedados e esto depositados na coleo zoolgica do referido laboratrio. Foram capturados 1.610 exemplares distribudos em 14 ordens de artrpodes. A diversidade e uniformidade de Shannon foi H = 2,71 e U = 0,712, respectivamente, e dominncia de Berger-Parker BP = 0,224. As ordens Hemiptera com 360 exemplares (22,4 %), Hymenoptera com 352 (21,9 %) e Coleoptera com 347 (21,5 %) foram as mais abundantes. Palavras-Chave: Arthropoda, Entomologia Agrcola, Amaznia

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0026 FORMICDEOS (INSECTA, HYMENOPTERA) ASSOCIADOS AO GUANDU (Cajanus cajan) NUM SISTEMA AGROFLORESTAL NA AMAZNIA ORIENTAL Souza, E. S.; Sousa, D. R.; Augusto, S. G.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPA CAMPUS UNIVERSITRIO DE ALTAMIRA As formigas constituem 1,5 % da fauna de insetos, somando mais de 10 % da biomassa de todos os animais. A associao entre formigas e plantas tem sido documentada, principalmente, em plantas com nectrios extraflorais, cuja secreo fornece uma fonte rica em carboidratos, a interao torna interessante quando os formicdeos passam a receber alimento ou abrigo das plantas e as protegem contra herbvoros, predadores e parasitas, aumentando sucesso reprodutivo das plantas hospedeiras. Este trabalho tem como objetivo avaliar a abundncia e a variao populacional de formigas associadas ao guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp) num Sistema Agroflorestal (SAFs). As coletas foram realizadas durante a estao chuvosa, entre novembro de 2008 a abril de 2009 no Sitio Irmos Calvi, localizado no distrito de Princesa do Xingu em Altamira, PA, nas coordenadas geogrficas (0310' S e 52 25' W), cuja rea possui 5.500 m2 em SAFs com caf conilon, cacau, guaran, aa e essncias florestais em consrcio com feijo guandu. As amostragens mensais, realizadas entre as 8 e 15 horas, com pano de batida, foram realizadas numa linha da cultura com 78 plantas, sendo selecionadas, cada vez 16 plantas ao acaso. A triagem, contagem e identificao das formigas foi realizada no Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da UFPA, Campus Universitrio de Altamira. Os formicdeos foram conservados em lcool 70 % em frascos de vidro hermeticamente vedados e esto depositados na coleo entomolgica do referido laboratrio. Com o resultado foram capturados 261 exemplares de formigas, distribudas nas seguintes subfamlias: Myrmicinae com 200 (76,6 %), Formicinae com 25 (9,6 %), Dolichoderinae com 21 (8,1 %) e Pseudomyrmicinae com 15 (5,7 %). Em relao variao populacional, no ms de abril encontramos o maior pico, devido maior captura de exemplares das subfamlias Myrmicinae (68) e Pseudomyrmicinae (10). Palavras-Chave: Arthropoda, Entomologia Agrcola, Formicidae

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0027 ARTRPODES ASSOCIADOS A UM AGROECOSSISTEMA CACAUEIRO NA AMAZNIA ORIENTAL Sousa, D. R.; Souza, E. S.; Teston, J. A. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UFPA CAMPUS UNIVERSITRIO DE ALTAMIRA Os artrpodes so considerados bons indicadores dos nveis de impacto ambiental, devido a sua grande diversidade de espcies, alm de sua importncia nos processos biolgicos dos ecossistemas naturais. Esses animais respondem rpido s perturbaes nos recursos de seu hbitat e s mudanas na estrutura e funo dos ecossistemas, sendo assim, importantes na indicao da qualidade do ambiente. A converso de ecossistemas naturais para sistemas de produo agropecuria ocasiona mudanas na estrutura da fauna, porm, quando os sistemas derivados tm uma estrutura similar do sistema original, essa comunidade tende a mantm maior equilbrio com o meio. Nos agroecossistemas cacaueiros (Theobroma cacao L.) so evidentes perturbaes que surgem na interao entre a fauna e a planta, devido ao antrpica no ambiente. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a diversidade da fauna de artrpodes associada a um agroecossistema cacaueiro na Amaznia Oriental. Nesta avaliao foram utilizados os parmetros: abundncia, riqueza, diversidade e uniformidade de Shannon (H e U) e dominncia de Berger-Parker (BP), calculados atravs do programa de computador Krebs Ecological Methodology for Windows. O estudo foi realizado no municpio de Medicilndia, PA, no Sitio Trs Lagoas localizado na rodovia Transamaznica Km 75, Gleba 23. Na captura dos artrpodes foram utilizadas quatro armadilhas tipo bandeja dgua, com colorao amarela, de 30 cm de dimetro, dispostas sobre o solo, formando um quadrado, distantes 30 metros uma da outra e instaladas quinzenalmente durante seis meses, na estao seca, no perodo de 08 de junho a 23 de novembro de 2008 das 7 s 17 horas. A triagem, contagem e identificao dos artrpodes foi realizada no Laboratrio Integrado de Biologia e Educao Ambiental (LIBEA) da Faculdade de Cincias Biolgicas da UFPA, Campus Universitrio de Altamira. Os artrpodes foram conservados em lcool 70% e esto depositados na coleo entomolgica do referido laboratrio. Como resultado foi coletado um total de 5.184 exemplares, distribudos em 14 ordens de artrpodes. A diversidade e uniformidade de Shannon foi de H = 2,12 e U = 0,557, respectivamente, e a dominncia de Berger-Parker foi de BP = 0,524. As ordens de maior abundncia foram Diptera com 2.715 exemplares (52,4 %) e Hymenoptera com 861 exemplares (16,6 %), trs ordens apresentaram as menores abundncias, sendo elas, Neuroptera, Phasmatodea e Trichoptera, com um exemplar cada (0,02 %). Palavras-Chave: Arthropoda, Entomologia Agrcola, Theobroma cacao

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0028 REVISO TAXONMICA DO GNERO Lyroneurus (DIPTERA: DOLICHOPODIDAE: DIAPHORINAE) Capellari, R. S.; Amorim, D. S. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: FFCLRP USP Dolichopodidae uma das famlias mais especiosas de Diptera, contando com mais de 7500 espcies descritas, espalhadas por todo o globo, exceto Antrtida. Possuem corpo esguio, longas pernas, colorao geralmente metlica e venao alar relativamente reduzida. Atualmente, cerca de 15 subfamlias so reconhecidas dentro de Dolichopodidae. Diaphorinae uma das mais ricas e complexas, com mais de 830 espcies descritas, reconhecida pela seguinte combinao de caracteres: antenas usualmente inseridas no meio da cabea; parte posterior do mesonoto no achatado; asa com M no ramificada e ngulo anal freqentemente desenvolvido; fmures sem cerdas pr-apicais; pulvilos anteriores do macho freqentemente desenvolvidos; hipopgio encapsulado. A subfamlia, entretanto, carece de limites mais precisos num mbito global, de modo que revises taxonmicas de seus gneros serviriam como base para essa redefinio. O caso de Lyroneurus Loew particularmente interessante, pois autores ora o sinonimizam com Diaphorus Meigen, ora com Chrysotus Meigen, os gneros mais abundantes e tambm mais problemticos da subfamlia. O presente estudo faz uma reviso taxonmica do gnero Lyroneurus, cuja distribuio exclusivamente Neotropical. Material de 14 das 17 espcies conhecidas foi estudado e suas terminlias, masculinas e femininas, so descritas e ilustradas pela primeira vez. Sinonmias e novas combinaes so propostas, bem como a remoo de uma espcie (fssil) do gnero, tida agora como incertae sedis em Dolichopodidae. O estudo morfolgico comparativo permitiu a proposio de uma diagnose mais completa para o txon, incluindo caractersticas derivadas compartilhadas apenas por suas espcies. Desse modo, a manuteno de Lyroneurus com status genrico se mostra til por promover a subdiviso de Diaphorus e Chrysotus em unidades monofilticas menores, contribuindo, assim, para uma delimitao mais precisa de Diaphorinae. Palavras-Chave: Diptera, Dolichopodidae, Taxonomia Financiador: FAPESP

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0029 COLONIZAO DE VIDEIRA EM PERNAMBUCO PELA CIGARRINHA Homalodisca spottii (HEMIPTERA: CICADELLIDAE, CICADELLINAE), POTENCIAL VETORA DE Xylella fastidiosa Filho, W. S. A.; Ringenberg, R.; Lopes, J. R. S.; Botton, M.; Paranhos, B. A. J. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - UCS / CARVI, UNIVERSIDADE DE SO PAULO / ESALQ, UNIVERSIDADE DE SO PAULO / ESALQ, EMBRAPA UVA E VINHO, EMBRAPA SEMI-RIDO O mal de Pierce, provocado pela bactria Xylella fastidiosa em videira, uma doena de importncia quarentenria A1 ainda no registrada no Brasil. O fitopatgeno representa uma grande ameaa vitivinicultura, pela possibilidade de disseminao natural por cigarrinhas (Cicadellidae: Cicadellinae). A cigarrinha Homalodisca spottii foi encontrada recentemente em nveis populacionais elevados em vinhedos localizados no estado de Pernambuco. Este trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de H. spottii colonizar a cultura da videira (Vitis vinifera). Adultos de H. spottii foram observados em ramos de videira (avaliaes visuais de 2 min; n = 20), na Fazenda So Paulo, localizada em Santa Maria da Boa Vista, PE de 16 a 18/08/2006. As avaliaes foram realizadas em dois perodos do dia (manh/tarde) em duas pocas aps a poda de produo (20-30 dias/31-40 dias). As mdias de insetos visualizados em cada avaliao foram comparadas pelo teste de Tukey ao nvel de 5% de probabilidade (programa SAS 9.1/1999). No perodo de 20-30 dias ps-poda, foram observados em mdia, 1,95 adultos ( 0,18) a cada dois minutos de avaliao pela manh, diferindo estatisticamente (P>0,05) do registrado no perodo da tarde (1,10 adultos; 0,18). No perodo ps-poda de 31-40 dias, no foi observada diferena estatstica (P>0,05) nos dois perodos do dia, sendo encontrados, em mdia, 1,6 adultos tanto para o perodo da manh ( 0,25), como para o perodo da tarde ( 0,22). No foram observados danos diretos provocados por H. spottii videira. Contudo, a avaliao visual detectou a presena de posturas na face abaxial das folhas, alm de ninfas e adultos se alimentando junto a folhas e ramos. Tambm foram registradas cigarrinhas em cpula no interior do vinhedo. Estas informaes demonstram a capacidade de H. spottii colonizar a cultura da videira, sendo uma espcie potencial vetora de X. fastidiosa caso a doena seja introduzida na regio. Palavras-Chave: Cicadelneo, Vetor, Mal de Pierce Financiador: CNPq

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0030 FLUTUAO POPULACIONAL DE Homalodisca spottii (HEMIPTERA: CICADELLIDAE, CICADELLINAE), POTENCIAL VETORA DE Xylella fastidiosa, EM VIDEIRA NO VALE DO SO FRANCISCO, BRASIL Filho, W. S. A.; Ringenberg, R.; Lopes, J. R. S.; Botton, M.; Paranhos, B. A. J. E-mail: [email protected] Instituies dos autores: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - UCS / CARVI, UNIVERSIDADE DE SO PAULO / ESALQ, UNIVERSIDADE DE SO PAULO / ESALQ, EMBRAPA UVA E VINHO, EMBRAPA SEMI-RIDO O mal de Pierce uma sria doena da videira nas Amricas, causada por uma estirpe da bactria Xylella fastidiosa ainda no relatada no Brasil. Por ser uma bactria restrita aos vasos do xilema das plantas, o fitopatgeno transmitido por cigarrinhas (Hemiptera: Auchenorrhyncha) pertencentes aos grupos Cicadellidae (subfamlia Cicadellinae) e Cercopidae. No plo produtor de uvas de mesa de Juazeiro/Petrolina, um levantamento populacional demonstrou a abundncia do cicadelneo Homalodisca spottii. Neste trabalho apresentada a flutuao populacional dessa espcie em vinhedos localizados na regio. As amostragens foram realizadas com cartes adesivos amarelos instalados em quatro vinhedos (Vitis vinifera) no municpio de Petrolina (cultivar Itlia) e Santa Maria da Boa Vista (cultivar Rubi). Em cada pomar foram instalados 20 cartes, distribudos em 10 pontos (dois cartes por ponto - 45 cm do solo e 45 cm acima da lmina foliar). Os cartes foram trocados no perodo de junho de 2005 a junho de 2007. Durante a amostragem, coletou-se um total de 4.106 espcimes (Cicadellidae), com predominncia de H. spottii (3.965 indivduos). Em relao altura das armadilhas, os espcimes de H. spottii foram coletados quase que exclusivamente a 45 cm acima da lmina foliar da videira (3.718 indivduos). A populao da espcie aumentou a partir de janeiro de 2006, nas quatro reas, apresentando picos populacionais entre os meses de fevereiro a junho. Em 2007, o nmero de espcimes coletados foi menor comparado a 2006; mesmo assim, a populao aumentou a partir de janeiro. A menor populao da cigarrinha foi observada entre os meses de setembro a novembro, com pequenas variaes em relao ao nmero de espcimes coletados entre os parreirais nos dois anos. A poda tem importante papel na regulao da populao da espcie nas reas. Foi possvel constatar que H. spottii prevalente nos vinhedos e o primeiro semestre do ano a poca de maior ocorrncia. A espcie j foi apontada como um possvel vetor de X. fastidiosa para os pomares de citros no nordeste, podendo exercer papel semelhante em vinhedos se uma estirpe da bactria patognica videira for introduzida na regio. Palavras-Chave: Vetor, Mal de Pierce, Uva Financiador: CNPq

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rea: HEXAPODA Cdigo: HEXA0031 ANLISE FAUNSTICA DAS ESPCIES DE GYPONINAE (HEMIPTERA: CICADELLIDAE) ASSOCIADAS CULTURA DA VIDEIRA NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Filho, W. S. A.; Ringenberg, R.; Lopes, J. R. S.; Botton, M. E-m