Areas Urbanas

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 OBJECTIVOS: 1. Diferenciar espaço rural de espaço urbano. 2. Referir os critérios nacionais de definição de centro urbano, de vila e de cidade. 3. Analisar a complementaridade entre o espaço urbano e o espaço rural. 4. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de plantas. 5. Caracterizar as áreas funcionais do espaço urbano. 6. Relacionar as principais funções das diferentes áreas urbanas com as características da população residente. 7. Relacionar a diferenciação do espaço urbano com os transportes urbanos. 8. Relacionar a localização das diferentes funções urbanas com o valor do solo (renda locativa). 9. Explicar a interdependência locativa das diferentes funções. 10. Localizar a indústria no espaço urbano.

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OBJECTIVOS:

1. Diferenciar espaço rura l de espaço urbano.

2. Referir os critérios nacionais de definição de centro urbano, de vila e de cidade.

3. Anal isar a complementaridade entre o espaço urbano e o espaço rural.

4. Identif icar e caracterizar os diferentes t ipos de plantas.5. Caracter izar as áreas func ionais do espaço urbano.

6. Relacionar as principais funções das diferentes áreas urbanas com ascaracterísticas da população residente.

7. Relacionar a diferenciação do espaço urbano com os transportes urbanos.

8. Relacionar a local ização das diferentes funções urbanas com o valor do solo(renda locativa).

9. Expl icar a interdependência locativa das diferentes funções.

10. Local izar a indústria no espaço urbano.

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Durante muitos séculos foi fácil identificar uma cidade.

“Lugar de concentração de determinadas actividades económicas, como, por exemplo,

artesãos, comerciantes, militares, as cidades estavam, ainda protegidas por muralhas.”

Contudo, o aumento da população e o desenvolvimento dos transportes, da indústria

conduziram ao crescimento das cidades e à sua expansão para fora dos antigos l imites,

invadindo as áreas rurais.

As trocas entre a cidade e o campo intensificaram-se e muitas áreas rurais começaram

a apresentar uma diversificação profissional e funcional

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Na real idade cada um de nós tem uma imagem mental da cidade, a qual, no

entanto, nem sempre corresponde a uma definição rigorosa.

Não existe uma definição precisa e universal de cidade, o que explica as

dif iculdades que sentimos sempre que pretendemos uti l izar algum rigor nesta

matéria.

Cada país recorre a cr itér ios diferentes para atr ibuir a um centro urbano a

categoria de cidade, sendo os mais uti l izados:

A POULAÇÃO ABSOLUTA, A DENSIDADE POPULACIONAL E A DISTRIBUIÇÃO DA

POPULAÇÃO ACTIVA PELOS DIFERENTES SECTORES DE ACTIVIDADE.

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Portugal regista valores baixos quanto à taxa de

urbanização, quando comparado com os restantes parceiros

europeus.

Este atraso assenta no tardio desenvolvimento industrial do

nosso país e na manutenção da agricultura como principal

actividade até à década de 60 do século passado.

As aglomerações urbanas portuguesas têm em geral raízes

históricas longínquas e desenvolveram-se em duas grandes

áreas geográficas do País:

NA FAIXA LITORAL – Entre Viana do Castelo e Setúbal.

NA REGIÃO FRONTEIRIÇA – com destaque para as cidades

com funções defensivas localizadas em pontos altos da

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OS ESPAÇOS RURAL E URBANO MANTÊM RELAÇÕES DE COMPLEMENTARIDADE EM QUECADA UM FORNECE AO OUTRO EXACTAMENTE AQUILO DE QUE NECESSITA.

ESPAÇO URBANO

Centro de escoamento de

produtos agrícolas;Centro de informação para as

actividades produtivas;

Pólos de atracção para

indústrias agro-alimentares;

Centros de divulgação cultural;

Centros de controlo da vida

política e económica

ESPAÇO RURAL

Produtos alimentares;

Áreas diversificadas de recreioe lazer;

Contacto com o ambiente

natural;

Disponibilidade de mão-de-

obra

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Delimitar o que é uma cidade é uma tarefa complexa pois envolve váriascomponentes e pode assentar em diversos critérios:

ESTATÍSTICOS OU DE MÍNIMOS POPULACIONAIS – baseia-se no número dehabitantes e pode ir de 200 a 30 000 consoante os países.

ADMINISTRATIVOS E POLÍTICOS (Históricos) – Por ter capacidade dedecisão, ser capital regional ou distrital ou ter beneficiado de forais ouconcessões régias.

FUNCIONAIS – Caracterizam-se pelo predomínio de actividades económicasnão agrícolas.

DENSIDADE POPULACIONAL – Relaciona as maiores densidades populacionaiscom o habitat urbano em contraste com o rural mais disperso.

PAISAGÍSTICO OU FISIONÓMICO – Prende-se com o tipo de construçãodominante e os materiais uti l izados, as características das ruas, o tráfego oua poluição.

MODO DE VIDA – Inclui formas de vestir, ritmos de vida ou comportamentossociais.

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PARA SER CIDADE EM PORTUGAL:

-Mais de 8000 eleitores em aglomerado contínuo;

-Pelo menos metade dos seguintes equipamentos:

Instalações hospitalares

com serviço depermanência;

Farmácias

Corporação de Bombeiros

Sala de espectáculos ecentro cultural

Museu e Biblioteca

Instalações de hotelaria

Estabelecimento de ensinopreparatório e secundário

Estabelecimento de ensino pré-primário e infantário

Transportes públicos urbanos esuburbanos

Parques ou jardins públicos

 

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O estudo da morfologia urbana faz-se pela anál ise da planta das cidades,que tendo conhecido uma grande evolução ao longo do tempo apresentamplantas mistas em que se misturam os diferentes tipos. Os principais tiposde plantas são:PLANTA ORTOGONAL OU EMQUADRÍCULA

Caracteriza-se por apresentarcruzamentos em forma de ângulosrectos.

Nesta morfologia as casasagrupam-se em quarteirões.

Este tipo de traçado generalizou-se na fase industrial, facilitando acirculação dos transportesmodernos e a ampliação que ascidades conheceram nesta época.

As ruas tornam-se muito ventosasdificultando a orientação devido àsemelhança das mesmas.

 

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PLANTA RADIOCONCÊNTRICA

Teve a sua origem nas cidades

medievais pelo facto de ter de se

adaptar a uma topografia irregular.

As ruas mais importantes partem do

centro e dirigem-se radialmente

para as portas do recinto

fortificado.

Outras ruas secundárias fazem

círculo à volta do centro ligando

entre si as primeiras.

 

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PLANTA IRREGULAR

É um traçado típico das cidades muçulmanas, onde se privilegia acasa relativamente à rua.

As ruas são estreitas, tortuosas, com um traçado caótico e semorganização.

Estas ruas terminam muitas vezes em becos ou pátios sem saída. 

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FUNÇÃO URBANA – Actividade económica, político-administrativa ousocial, que se desenvolve no centro urbano.

ÁREAS FUNCIONAIS – são áreas que se distinguem por apresentaremuma certa homogeneidade em termos de funções.

DIFERENCIAÇÃO FUNCIONAL – Consiste na diversidade de áreasfuncionais existentes numa cidade.

BAIXA OU CBD (Central Business District) – Área localizada no centroda cidade, por vezes coincidente com o núcleo histórico, de grandeacessibilidade e onde existe uma grande concentração de edifíciosocupados por funções terciárias.

ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA – Sempre que se verifica um fortedesequilíbrio entre a oferta e a procura, quando a procura é muitosuperior à oferta os preços do solo atingem valores muito elevados emuito superiores ao seu valor real.

RENDA LOCATIVA – É a teoria que defende que as rendas ou valor do

solo urbano diminuem com a distância ao centro, observando-seassim, um decréscimo com a distância.

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O CENTRAL BUSINESS DISTRICT (CBD)

O CBD caracteriza-se pela boa acessibilidade em termos de transportes

colectivos, pela grande concentração de actividades terciárias e pelo

intenso tráfego de veículos e peões.

Entre as actividades terciárias que podemos encontrar no CBD

destacam-se as do terciário superior (sedes dos bancos, Bolsa de

Valores, companhias de seguros, níveis superiores da Administração

Pública, Ministérios, Governos Regionais, etc.)

 

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A DIFERENCIAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES

• A diferenciação funcional no espaço urbano está relacionada com

alguns factores, nomeadamente a variação do preço do solo e a

acessibilidade.

• O centro da cidade é o local privilegiado em termos de

acessibilidade e de concentração de actividades, sendo por isso, a

área da cidade onde se registam os valores mais elevados do solo.

• A grande concorrência e a concentração das actividades terciárias

numa área restrita conduzem a uma forte competição pelo espaço

gerando um desequilíbrio entre a oferta e a procura. Esta situação

conduz:

 

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A acessibil idade não é uniforme emtodo o espaço urbano sendo este

um dos factores mais importantesna variação do solo urbano.Verifica-se uma diminuição daacessibil idade do centro da cidadepara a periferia e, logicamente,uma diminuição do preço do solo.

O centro da cidade por ser a áreamais central e de maioracessibil idade é a mais cara.

Este processo de subida do preço

do solo levou a que as baixas dasmaiores cidades passassem a serquase exclusivamente ocupadas poractividades terciárias perdendo asua dimensão residencial umprocesso designado por

SEGREGAÇÃO FUNCIONAL. 

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A forte concentração de actividades numa

área relativamente restrita leva a uma intensa

competição pelo espaço e ao elevado valor do

solo.

Este facto conduziu ao desenvolvimento dosedifícios em altura, com a substituição de

edifícios por outros mais altos com uma

arquitectura diferente mais adaptada ás novas

necessidades.

No zonamento vertical observa-se o

predomínio do comércio no rés-do-chão e 1ºandar, correspondem a funções que

necessitam de grande contacto com o

consumidor.

As funções com menor necessidade de

contacto com o público ocupam os andares

superiores, como armazéns e algumapequenas unidades industriais.

A habitação está confinada aos andares

superiores podendo ser ocupada por uma

população envelhecida e de fracos recursos

ou por uma população com uma boa situação

económica.

 

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O ZONAMENTO HORIZONTAL

Para além das ruas principais e secundárias, o zonamento horizontal

traduz-se na presença de áreas especializadas e na distribuição das

mesmas.

O centro financeiro distingue-se do centro de comércio e do centro de

diversões.

Nas áreas limítrofes do centro pode ainda formar-se uma área dominada

pelo comércio grossista, agências de navegação, de importação e

exportação e de serviços de saúde.

 

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A EXPANSÃO DO CBD: DESCENTRALIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES TERCIÁRIAS

A elevada concentração de actividades terciárias no centro é o “ex-libris” dacidade, é o seu cartão de visita nacional e internacional.

A pressão sobre as baixas das cidades está a provocar algumasconsequências:

Despovoamento destes espaços;

Fluxo intenso de trânsito e dificuldade de estacionamento;

Ambiente insalubre (excesso de fumos);

Ruas do centro histórico pequenas para a intensidade de tráfego;

Edifícios pouco funcionais e até degradados.

Insegurança nocturna devido despovoamento.

Criam-se condições para o aparecimento de outros centros de actividadesterciárias levando a uma descentralização das mesmas.

Esta descentralização dá-se para áreas mais espaçosas e bem servidas detransportes preferencialmente ao longo de grandes eixos de circulaçãoradiais, logo de grande acessibil idade.

Nestes espaços as actividades terciárias podem usufruir de boaacessibi l idade solos mais baratos edifíc ios mais modernos e estacionamento

 

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O comércio sempre foi a actividade mais dominantenas baixas das cidades.

No entanto com o aumento do trânsito, neste sector

da cidade, a falta de estacionamento leva a umaquebra de acessibi l idade nesta área.

Assim, esta quebra de acessibil idade associada aoselevados preços do solo urbano levou a que ocomércio se deslocasse para áreas mais exteriorescom especialização comercial por ruas ou porbairros.

Nos anos 80 aparecem as novas formas de comércioem Portugal:

O CENTRO COMERCIAL E O HIPERMERCADO

Estas novas formas de comércio apresentamvantagens pois:

Concentram uma grande variedade decomércio no mesmo local;

Têm horários de funcionamento muitoalargados.

Têm bom acesso rodoviário (localizando-senos principais eixos) e facil idade deestacionamento.

Alguns dos inconvenientes deste tipo de comérciosão a dif íci l articulação com a rede de transportes euma certa despersonalização no atendimento.

 

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A função residencial foi sempre importante nas cidades europeias ao

contrário das cidades norte-americanas que por serem mais modernas têm asua área central quase exclusivamente ocupada pelo sector terciário.

Em Portugal o despovoamento do CBD deu-se um pouco mais tarde do que

no resto da Europa embora sempre houve na cidade bairro ricos e bairros

pobres. É possível afirmar que as cidades definem um processo de SEGREGAÇÃO

SOCIAL delimitando áreas de acordo com as características sociais da

população que nelas habitam. Esta diferenciação social resulta de factores

como:

 O valor do solo;

A qualidade ambiental;

 O enquadramento paisagístico;

A acessibil idade ao centro ;

 A roximidade de e ui amentos 

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A localização das áreas residenciais no espaço urbano foi determinadaem função da distância ao centro que influencia toda a organização dacidade.

Com a ocupação do centro pelas actividades terciárias a função

residencial foi-se distribuindo pelo espaço intra-urbano estabelecendoespaços muito bem definidos em termos residenciais. 

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Com a apropriação do centro pelas actividades económicas, as áreas residenciais foram-se distribuindo pelo espaço intra-urbano organizando-se de acordo com ascaracter ísticas do mesmo em função:

Da acessibi l idade ;Da qual idade ambiental; Das infra-estruturas de apoio

Estabelecem-se assim espaços bem definidos em termos residenciais:

Optam por local izações com boa

acessibil idade em locais com bons

equipamentos e um comércio

diversificado e requintado. Nestesbairros podemos encontrar

habitações unifamiliares e

plurifamiliares, com uma

arquitectura agradável e atraente,

apartamentos espaçosos e luxuosos,espaços exteriores aprazíveis, com

jardins e espaços verdes. Estes

bairros apresentam baixas

densidades populacionais, fraca

intensidade de trânsito e baixos

índices de poluição. 

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São os bairros de classe média queocupam a maior parte do solo urbano. Adiminuição do preço do solo com oaumento da distância em relação ao

centro e a menor acessibilidade tornampossível à classe média suportar ospreços da habitação.

Estes bairros são plurifamiliares e nãoapresentam a harmonia e qualidade

arquitectónica dos bairros das classesmais elevadas, registando as habitaçõesuma área inferior.

 

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As classes de menos recursos habitamnormalmente em de habitação social,construídos pelas autarquias ou pelo Estado.Estes bairros apresentam, por vezes,grandes carências ao nível dosequipamentos e das actividades terciárias.

Outra localização possível das classes maisbaixas são os antigos bairros residenciais naimediações do centro histórico que se foramdegradando devido ao aumento da poluição,excesso de trânsito e falta de espaçosverdes. Aqui habita uma população idosa ourecém-chegada à cidade que ocupam osandares superiores, sótãos e quartos, emcondições de habitabil idade muito precárias.

Finalmente podemos ainda encontrar osbairros clandestinos ou de lata. Constituídospor barracas, sem o mínimo de condiçõessituam-se e antigas l ixeiras, pedreirasdesactivadas ou na fronteira entreconcelhos. Estes bairros estão associados a

problemas como a toxicodependência e amarginalidade.

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A indústria no espaço urbano remonta à época medieval em que as

oficinas de artesãos e artífices se localizavam nas cidades pois era

aqui que havia maior poder de compra. A própria toponímia estava

associada às actividades aí desenvolvidas ( Ex. Rua dos Caldeireiros,

Rua dos Correeiros).

Com a revolução industrial do século XIX a cidade viu aumentar a

presença da indústria que aqui encontra:

Mão-de-obra abundante e barata.

Proximidade dos locais de consumo.

Proximidade dos serviços de apoio. Infra-estruturas de transporte, alojamento, educação.

Terreno disponível.

 

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Com o crescimento urbano a instalação da indústria na

cidade passa ater grandes inconvenientes:

Dificuldade em ampliar as instalações. Difícil acesso devido ao congestionamento de tráfego.

Dificuldade de estacionamento.

Salários mais altos e mão-de-obra mais reivindicativa.

Restrições ambientais para as indústrias mais poluentes.

 

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É preciso encontrar uma nova localização, na periferia das cidades, nas áreasrurais ou até mesmo no estrangeiro onde se possa encontrar:

Salários mais baixos

Faci l idades de acesso e de estacionamento.

Solo barato e em grande quantidade.Impostos mais baixos.

GERA-SE ASSIM O ABANDONO DAS UNIDADES INDUSTRIAIS NACIDADE

DESCONCENTRAÇÃOINDUSTRIAL

O sector produtivodesloca-se para áreasmais afastadas f icando asede na cidade.

DESCENTRALIZAÇÃOINDUSTRIAL

Existe um total abandono doespaço urbano, mesmo os

escritórios saem juntamente como sector produtivo

A indústria ao deixar espaço no interiordas cidades tem contr ibuído aRENOVAÇAÕ URBANA deixando terrenosna cidade que podem contr ibuir para a