Armand Vallin Feigenbaum 26 04 09
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
SISTEMA DA QUALIDADE E GESTÃO AMBIENTAL
GURUS DA QUALIDADE
ARMAND VALLIN FEIGENBAUM
Adair Pedro Joaquim
Almir de Bairos
Guilherme Bez Fontana Paim
Valderei Antunes dos Santos
Caxias do Sul - 2009
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ARMAND VALLIN
FEIGENBAUM
Armand Vallin Feigenbaum nasceu nos EUA em 1922. Com 24 anos já era tido como
perito em qualidade da General Electric (GE), em Nova Iorque. Em 1951 conclui seu
doutorado em Ciências pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Neste mesmo ano
lançou o best-seller Total Quality Control, obra que lhe conferiu notoriedade mundial. Em
1958 foi nomeado diretor mundial de produção da GE e vice-presidente da American Society
for Quality Control (ASQC). Três anos depois foi eleito presidente desta instituição. Em
1968 com o auxilio de seu irmão Dr. Donald S. Feigenbaum fundou a General Systems,
empresa que trata da implementação e gestão de sistemas corporativos, da qual é
presidente. Em 1986 passou a ser membro honorário da American Society for Quality Control
(ASQC), um justo prêmio para os seus 35 anos de atividade profissional ligada à qualidade,
Feigebaum foi o primeiro a tratar a qualidade sistemicamente formulando o sistema de
Controle Total da Qualidade (TQC-1951).
O conceito de Controle de Qualidade Total de Feigenbaum vai além da atuação do
setor de Gestão da Qualidade, ele afirma que esta é um trabalho de todos os processos na
organização, e que não é possível fabricar produtos de alta qualidade se a área de produção
trabalha isolada. Segundo ele diferentes áreas devem intervir nas parcelas do processo que
resultam no produto, esta colaboração varia desde o projeto do produto ao controle pós-
venda, para que assim não ocorram erros que prejudiquem a cadeia produtiva, causando
problemas ao cliente final.
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Para Feigenbaum quem determina a Qualidade é o cliente. Em suas palavras: “A
qualidade é baseada na experiência efetiva do cliente com o produto ou serviço, medida em
relação às suas necessidades mais ou menos declaradas, conscientes ou simplesmente
percebidas, tecnicamente operacionalizadas ou inteiramente subjetivas.” Segundo ele a
função da organização é buscar os meios de realizar essa qualidade esperada pelo cliente e
obter lucro, mantendo-se competitiva.
Feigenbaum considera que um sistema de qualidade total representa o resultado do
projeto, instalação e manutenção de uma série de procedimentos, onde estão descritas
ações que envolvam pessoas, maquinas e informações. A operacionalização do sistema de
qualidade exige implementação completa dos procedimentos de toda empresa e estão
muito próximos da abordagem normativa dos programas de qualidade. É uma combinação
da estrutura operacional de trabalho de toda organização documentada em procedimentos
de gestão e técnicos, efetivos e integrados, para o direcionamento de ações corretivas de
acordo com os melhores e mais práticos meios de assegurar a satisfação quanto a qualidade
e custos.
O autor do livro Total Quality Control fala que existem princípios básicos do controle
de qualidade total que são fundamentais para obtenção de êxito do programa:
1º Qualidade é um processo extensivo a toda empresa.
Qualidade não é função ou departamento técnico ou programa de conscientização, é
um processo sistêmico que envolve o consumidor e que deve ser total e rigorosamente
implementado por toda empresa e integrado com fornecedores.
2º Qualidade é o que o consumidor julga ser.
Não é o que um engenheiro ou homem de negócios declara ser. Se você deseja se
inteirar a cerca de sua qualidade, questione seu consumidor, ninguém pode incluir em
estatísticas de pesquisa de mercado, a frustração do usuário com relação ao vazamento em
seu carro novo.
3º Qualidade e custos são soma e não diferença.
Eles são companheiros, não adversários, e a melhor maneira de fabricar produtos e
oferecer serviços de forma mais rápida e barata tornando-os melhores. Qualidade constitui
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estratégia comercial fundamental e excepcional oportunidade para alto retorno sobre
investimentos para o qual identificação criteriosa de custos da qualidade é diretriz essencial.
4º Qualidade exige zelo individual e conjunto.
Qualidade é tarefa atribuível a todos, no entanto, torna-se uma tarefa de ninguém
sem uma infra estrutura definida que suporte os trabalhos na qualidade, tanto individual
como em equipe entre departamentos. O maior problema apresentado por muitos
programas da qualidade é que são apenas “ilhas” de aperfeiçoamento da qualidade isoladas.
5º Qualidade é um modo de gerenciamento.
Gerenciamento satisfatório foi considerado como a tarefa de conduzir idéias
de um posto ao outro.
Gerenciamento satisfatório significa liderança pessoal no fortalecimento de
conhecimento sobre qualidade. A crença de que qualidade viaja com único passaporte
nacional, ou que possui identidade geográfica ou cultura única, é um mito.
6º Qualidade e inovação são mutuamente dependentes.
A chave para lançamentos bem sucedidos de novos produtos é associar a qualidade
ao desenvolvimento de produtos desde o inicio. E não usá-la como uma ferramenta ou
mecanismo retardatário voltado à problemas de desenvolvimento.
É essencial incluir primeiramente a determinação das atitudes de consumidores com
referencia ao novo produto ou serviço, pois consumidores não podem falar seriamente
acerca de suas preferências ou aversões até que conheçam e utilizem o produto, estudos no
papel não alcançam tais informações.
7º Qualidade é ética.
O objetivo de excelência, reconhecimento de que o que se esta fazendo esta certo, é
o motivador emocional das pessoas, que é o mais forte em qualquer organização e constitui
o fator básico na liderança real na qualidade. Programas da qualidade baseados apenas em
mapas e gráficos nunca são suficientes.
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8º Qualidade exige aperfeiçoamento continuado.
Qualidade é uma meta cujo movimento ascendente é uma constante.
Aperfeiçoamento continuado é um componente integral ao longo do tempo.
9º Qualidade é o caminho mais efetivo em custo e menor intensivo em capital no rumo da
produtividade.
Algumas empresas mais fortes do mundo conseguiram esconder seus esforços de
competidores concentrando-se na eliminação de suas plantas ocultas, parte da organização
que existe em virtude de trabalho inadequado.
Eles fizeram isso alterando o antigo conceito de produtividade introduzido por
Frederick Taylor – uma palavra com 4 letras M-A-I-S - e acrescentaram liderança na
qualidade, fazendo uma troca de palavras tirando uma que continha 4 por outra que usa
apenas 3 B-O-M, como conceito mais satisfatório de produtividade e qualidade.
Tudo isso juntamente com novas técnicas e processos da qualidade.
10º Qualidade é implementada com sistema total, associado a clientes e fornecedores.
Isso é o que torna a liderança na qualidade real numa empresa. Aplicando uma
metodologia sistemática de forma ininterrupta faz com que a empresa consiga gerenciar sua
qualidade ao invés de deixa- lá acontecer.
Estes princípios tornam a qualidade um meio de fazer com que a empresa se volte
totalmente para seus clientes, quer eles sejam um usuário final ou apenas um homem ou
mulher no próximo escritório ou estação de trabalho.
Segundo Feigenbaum, nos mercados atuais, excelência em qualidade é exigência com
valor global que inclui não somente expectativas de função adequada, intrínseca ao produto,
como também característica extrínsecas satisfatórias de suporte e assistência técnica a ele, a
serem coordenadas pela empresa para os consumidores de todos os seus produtos.
A questão é que as exigências de compradores quanto a valor global na qualidade
requerem não somente as reduções das falhas – conceito antigo de controle da qualidade-
como também um aumento nos acertos de nosso atual conceito de qualidade total.
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Nas palavras de Armand Vallin Feigenbaum “a qualidade assim como o preço é o que
motiva as vendas atualmente, a qualidade é o fator que proporciona o retorno do cliente
pela segunda, terceira e décima quinta vez”.