Armando Nascimento Rosa AntÃgona Gelada com cortes

7/25/2019 Armando Nascimento Rosa Ant gona Gelada com cortes

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Armando Nascimento Rosa Antgona Gelada

1 Acto

Cena 1

TIRSIAS: Esta histria j foi contada muitasvezes. Mas nunca como hoje. uma fbua !uearranjei "ara me distrair da ce#ueira. A minham$e "%s&me o nome de Tir'sias "or!ue nasci ce#o. Mas n$o souadivinho. Ea era "rofessora de (n#uas mortas. E adorava er&me emvoz ata os mitos #re#os. )uando se cansava dees* aterava&os.A"rendi com ea a fazer o mesmo. +$o es"erem a!ui "eos enredos

do costume. Est$o bastante modi,cados. Sou en#enheiro #en'tico.Esta ' uma Ant(#ona trans#'nica. -osto de fabricar monstros.(bridos reconhec(veis. E o "rimeiro monstro em !ue a"i!uei as"es!uisas fui eu mesmo. En/ertei c'uas de mocho e de morce#o nosmeus ohos ce#os* e a#ora detectoas coisas com a uz e o radar dos seres nocturnos.Estamos em 0aronte* a maior das uas de 1ut$o* "anetades"romovido2 o astro mais on#(n!uo do sistema soar* tamb'm omais frio e ins"ito. 0aronte est coberto de #ua #eada. 1or isso se

instaou a!ui uma conia humana. 3s fundadores deram&he o nomede Tebas 4. +$o deviam t5&o feito. Isso des"ertou fantasmas anti#os.0aronte e 1ut$o s$o nomes !ue chamam a morte. +esta Tebas does"a6o* re#ressam no futuro os rostos do "assado. 0reonte #overna.di"o est em hiberna6$o* numa vida sus"ensa. Ant(#ona dorme o"rimeiro sono desde a morte dos irm$os. 1recisou de tomarcom"rimidos. Em 0aronte os mortos "ovoam o sono dos vivos... 7Sai.8

Cena 2

139I+I0ES: Ant(#ona* temos "ouco tem"o. Muitoss$o os mortos a invadir o sono dos vivos. umabarreira invis(ve !ue nos se"ara. +unca mais"odemos conversar como dantes.

A+T-3+A: 1oinices* meu irm$o. Eu !ueria tanto dormir e n$o eraca"az. Tomei uns com"rimidos !ue "rometiam via#ens de ida e votaao a'm.

;

os' = Rub'n

Rita = Ru? nos casuos sus"ensos

+o inicio som sus"ense =a!urios

Ru? = Rita 0asuos sus"ensos

Som scar? = #ua a!urios


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139I+I0ES:


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139I+I0ES: Ima#ina no "assado "essoas com os nossos nomes !uevivessem dramas id5nticos aos nossos* mas a memria deas "erdeu&se e "or isso re"etimos os seus erros.

A+T-3+A: Eu daria a minha vida "ara te arrancar da morte. Mas iston$o "assa de um sonho "rovocado "ea dro#a. )ue !ueres tu demim

139I+I0ES: )ue sejas minha m$e* "ara !ue eu nas6a outra vez.

A+T-3+A: > houve incesto a mais na nossa fam(ia. E eu n$o tenhovoca6$o de m$e.

139I+I0ES: Se #erares o meu cor"o* eu virei juntar&me a ti.

A+T-3+A: +$o "ercebo o !ue dizes.

139I+I0ES: 9o#o o sabers. Adeus* irm$. +$o temos mais tem"o. 7Eleregressa invisibilidade.8

A+T-3+A: 7Chama pelo irmo.8 1oinicesF Eu n$o sei o !ue me"edesF 1oinicesF 7Escuro.)

Cena 3Hmon est sentado a ss em casa.

Goz feminina de "orteira eectrnica: Est foraa comandante Ant(#ona.

M3+: 1odes abrir. 7Antgona entra e abra!a Hmon.8

A+T-3+A: 'mon* como foi isto "oss(ve

M3+: Eu n$o conse#ui evitar o "ior. 3 teu irm$o sentia&seenjauado.

A+T-3+A: Goc5s zan#aram&se

M3+: +ada disso* Ant(#ona. @esde !ue o meu "ai o decarouinimi#o do re#ime* ee ,cou a!ui como um se"utado vivo* a ima#inar

H

Rita = Ivo

Som #otas no a!urio

@io#o = >os' nos tecidos


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revou6es. Recusou&se a sair de 0aronte. A"enas tu e eu o"rote#(amos da morte. Mas desta vez j n$o "ude im"edi&o.

A+T-3+A: 0onta&me. Eu "reciso saber o !ue se "assou. Tive hoje um

sonho t$o estranho* em !ue ee me a"areceu.

M3+: natura !ue os nossos mortos nos invadam o sono. Mas n$ome "e6as detahes. +$o consi#o faar ainda.

A+T-3+A: @escu"a* estou a ser e#o(sta.

M3+: Se !uiseres "odes ver a #rava6$o da des"edida.. Entra somScar" EErie

Cena 4

139I+I0ES: 'monF 3nde ests +$o te escondasde mim. )uero muito !ue me oi6asF

M3+: 7Apenas se ouve a vo#.8 3 !ue vais tufazer* 1oinices

139I+I0ES: +$o "osso continuar assim. @e"endo de ti "ara tudo. +$o

' justo ser teu "arasita.

M3+: Tu n$o 's meu "arasita. s a "essoa !ue eu amo.

139I+I0ES: Tenho de fazer a#uma coisa sen$o dou em doido.

M3+:


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139I+I0ES: Eu tenho uma miss$o a cum"rir. 1ara o bem de todos. Eun$o "osso es"erar mais* 'mon. > n$o tenho tem"o.

M3+: Ests a esconder&me coisas. Gais sair da!ui "ara matar o

meu "ai. Ser !ue adianta mat&o +$o haver uma mutid$o deoutros 0reontes !ue he cobi6am o u#ar

139I+I0ES: Tu achas !ue sou um dees

M3+: Eu n$o disse isso. Mas o "oder ' uma dro#a "eri#os(ssima.

139I+I0ES: Tu tens "oder tamb'm sobre mim. E eu sei !ue h outrasformas de e/ercer o "oder nesta Tebas. 1or !ue ' !ue a morte de0reonte h&de dar u#ar a novos 0reontes

M3+: Se !ueres matar 0reonte* 1oinices* n$o irei im"edir&te. Maisajuda !ue esta n$o me "e6as.

139I+I0ES: 1reciso "artir. 3u ser tarde demais.

M3+: Tenho medo "or ti. 1rocuraste ao menos o conseho deAnt(#ona

139I+I0ES: +$o he disse nada.

M3+:


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A+T-3+A: +$o vi nada. @iz&me o !ue se "assaF

M3+: 0reonte ordenou a destrui6$o do cadver de 1oinices "ara

hoje. +$o tenciona devover o cor"o L fam(ia.

A+T-3+A: )ue horrorF @estru(rem&he o cadver.

M3+: Eu #ravei o discurso dee. )ueres v5&o

A+T-3+A: 0aro !ue !uero.

Cena 6

0RE3+TE: 0aros cidad$os de Tebas 4. Aconteceu hoje uma #ravetentativa de assassinato contra a minha "essoa. os' Tecidos

Som O


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M3+: Ee devia era dizer: 3bri#ado "ea vossa submiss$oF3bri#ado "ea vossa a"atiaFA+T-3+A: +$o te invejo o facto de seres ,ho de 0reonte.

M3+: > me resi#nei L ideia. @izem !ue as amas escohem os "ais"ara encarnarem. Eu n$o devo ter tido escoha nenhuma* im"in#iram&me um "ai !ue nin#u'm !ueria. 7&i$se.8

A+T-3+A: -osto de te ver rir. estranho. 3 discurso de 0reonte fez&me "erceber o !ue 1oinices me "ediu em sonhos. 7'mon ri&se8 1or!ue ' !ue n$o evas a s'rio o sonho !ue tive com eeM3+: 1or favor* tu estavas dro#ada com hi"nticos.

A+T-3+A: Tu ests com ciBmes* "or!ue 1oinices me a"areceu a

mim e n$o a ti.

M3+: A tua saBde menta "reocu"a&me. Essas "astihas "useram&te aucinada.

A+T-3+A: +$o !ueres !ue eu te d5 uma Tavez sonhasses com eetamb'm.

M3+: +$o "reciso de com"rimidos "ara sonhar com o teu irm$o.

Ee continua comi#o* onde !uer !ue esteja.

A+T-3+A: 1oinices "ediu&me "ara nascer de mim. )uer !ue eu #ereum cone seu. 3 cone !ue 0reonte "roibiu.

M3+: 0ada cone ' um indiv(duo* n$o ' uma fotoc"ia de carne. Tucriticas a Ismena "or viver com um cone da vossa m$e. E ests ase#uir o mesmo caminho da tua irm$.

A+T-3+A: S$o coisas diferentes* 'mon. 1oinices disse&me !uevinha at' mim !uando eu o tivesse no meu ventre. 3 seu es"(ritoa#uarda "eo cone !ue eu #erar "ara re#ressar L vida.

M3+: 1ara !ue !ueres tu um cone de 1oinices Isso n$o "reenchea sua aus5ncia. Dma "essoa n$o habita no cadver. 3 morto est vivonoutro s(tio. nisso !ue acredito.

A+T-3+A: 3 cor"o ' a morada dos humanos. Eu !uero #erar o cor"ode 1oinices "ara !ue ee "ossa re#ressar do outro ado.

O


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M3+: oucura nesse desejo. A fun6$o de m$e* !ue ainda n$ocum"riste* a"odera&se de ti como um buraco ne#ro.

A+T-3+A: 1oinices veio ao meu encontro. E eu vim ao teu.

M3+: 0omo "osso eu vaer&teA+T-3+A: Tens de convencer Tir'sias a "re"arar a cona#em. Semee ' im"oss(ve.

M3+: +$o ser fci.

A+T-3+A: E ent$o* o !ue ' !ue decides

M3+: Gou ajudar&te* Ant(#ona. Em memria de 1oinices. 3/a

consi#as cham&o L vida* em vez de ser ee a atrair&te L morte.

A+T-3+A:


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>30ASTA: Goc5s n$o s$o t$o diferentes como ju#as. Ismena "recisade mim "ara combater a soid$o.

A+T-3+A: E tinha de ser o#o com uma r'"ica da nossa m$e. Ea

est a usar&te* >u. Indecentemente...

>30ASTA: Eu tenho a minha vida e a Ismena tem a dea. Gim viver"ara casa da tua irm$* mas mantenho a "ro,ss$o !ue tinha.

A+T-3+A: 0ontinuas a trabahar nos servi6os de hiberna6$o

>30ASTA: Sim* n$o "odia "assar sem o meu trabaho... muitotem"o !ue n$o a"areces "or .

A+T-3+A: verdade. 0usta&me tanto ver o meu "ai metido na!ueaurna metica. A utuar inerte como um feto aduto. A"etecia&meacord&o e traz5&o "ara a vida. Tebas 4 sente a fata do seu (deraut5ntico.

>30ASTA: E eu sinto a fata das nossas conversas. t$o raro termosa tua visita.

A+T-3+A: Tu bem sabes "or!u5. A minha irm$ assim o !uis. 3nde '

!ue ea est

>30ASTA: Eu n$o sei se irs es"erar ainda uns minutos7Come!am a ouvir$se suspiros de pra#er* de +smena* ,ue voaumentando progressivamente de intensidade.8

A+T-3+A: Ismena est acom"anhada

>30ASTA: @i#amos !ue n$o...

A+T-3+A: E estes #emidos* s$o mBsica ambiente

>30ASTA: Ea est a e/"erimentar um novo "ro#rama de se/ovirtua.

A+T-3+A: 1obre irm$zinha. +em tu nem 0reonte che#am "ara aevar ao 5/tase. 7-s gemidos simulam um orgasmo ruidoso.8

4

Entra som Goca = #emidos dos


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>30ASTA: +$o te vs embora* Ant(#ona. Eu vou interrom"er aIsmena.

Cena 9

ISME+A: @escu"a* Ant(#ona. +$o sabia !ueestavas L minha es"era.

A+T-3+A: +$o seria mehor re"ousaresum "ouco +$o !uero !ue tenhas umcoa"so de"ois de tanta e/cita6$o.

ISME+A: uma tera"ia anti&stress. @evias e/"erimentar. 3 se/ovirtua ' um mundo de sensa6es mais forte !ue a "resen6a f(sica.

A+T-3+A: Su"onho !ue n$o te vens online com um boneco de0reonte.

ISME+A: 0redoF 0aro !ue n$o. 1ara isso tenho a rotina do dia a dia.

A+T-3+A: Tanta #ente "oderosa no mundo e tu tinhas o#o de seramante de 0reonte* !ue ainda "or cima ' teu tio.

ISME+A: A nossa fam(ia nasceu do incesto. > n$o temos rem'dio.Mas n$o vieste a!ui "ara faar da minha vida (ntima.

A+T-3+A: Genho "edir&te ajuda* Ismena.

ISME+A: +o !ue te "uder ser Bti.

A+T-3+A: Tu n$o sofreste como eu a morte de 1oinices.

ISME+A: +$o ' de estranhar. Sofri mais a "erda do nosso Et'oces.@os dois #'meos* 1oinices era o teu favorito e Et'oces o meu.Sem"re assim foi desde !ue ees eram miBdos.

A+T-3+A: 1oinices a"areceu&me em sonhos. 1oinices !uer nasceroutra vez..

ISME+A: +$o estou a "erceber.

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Rita = 0oeGutos nos tecidos no ch$o:Ana(sa = o$o =1aua

Mantem som Giaobos =Goca = emidos

0orta todo o som L faca e cor"os saemdebai/o dos tecidos


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A+T-3+A:


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>30ASTA: +unca conheci a Terra. @izem !ue est muito destru(da. Aatmosfera j n$o ' res"irve. Eu !uero ajudar&te* Ant(#ona. Eu seionde 0reonte tem #uardado o cadver de 1oinices. 3 cor"o est no

#eo de um #aveto de ata se#uran6a* no edif(cio onde trabaho. Euhei&de arranjar meio de che#ar at' ee.

A+T-3+A: Tu achas !ue conse#ues Seria correr #rande "eri#o "orminha causa.

>30ASTA: Eu estou h muitos anos. 0onhe6o a!uea casa mehordo !ue nin#u'm.

A+T-3+A: 0omo "osso eu a#radecer a tua cora#em

>30ASTA: A#ora n$o h tem"o "ara mais. Escassas horas nosse"aram at' !ue o cor"o seja destru(do. Eu farei "or ti a coheita detecidos.

A+T-3+A: +$o h "aavras "ara #estos como o teu. 7Escuro.8

Cena 11

A+T-3+A: 7Cumprimentam$se.8 Meu!uerido Tir'sias* o tem"o correcontra ns. 'mon j te "%s ao corrente do meu sonho

TIRSIAS: > sim* Ant(#ona.

A+T-3+A: E o !ue ' !ue me dizes

TIRSIAS: +$o fa6as isso. Arriscas a tua vida* estu"idamente.

A+T-3+A: @e ti n$o es"erava essa o"ini$o.M3+: Gou dei/ar&vos ss.

A+T-3+A:


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A+T-3+A: 0om esse "robema n$o te "reocu"es. Tenho um cBm"icein,trado nos servi6os. outro o teu "a"e* Tir'sias. S tu sabes faz5&o. 1re"aras as c'uas do cone e des"ertas o meu ventre "arareceb5&as. +$o !uero #erar o meu irm$o numa incubadora* como um

fran#o de avirio. A m$e dee serei eu mesma. 7irsias estperturbado.8

M3+: Ee !uer dizer&te !ua!uer coisa mas n$o sabe como...

A+T-3+A: 3 !ue '* Tir'sias

TIRSIAS: +em eu "r"rio sei.

A+T-3+A: +$o entendo a tua hesita6$o.

M3+:


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A+T-3+A: +unca "ercebi "or!ue ,zeram esse horror L minha m$e.)uem #anharia com o si5ncio dea Eu era crian6a !uando tudo sedeu. oana = 1atricia = Ru?

>oana no tecido es! = Ru?tecido dta


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sentada a beber uma caneca de chocolate. 1evanta$se para abrir aporta ,uando Antgona toca.

A+T-3+A: 3* m$eF 7Abra!a (ocasta e esta /ca surpreendida.8

>30ASTA: s minha ,haA+T-3+A: Sou sim. > te es!ueceste outra vez.

>30ASTA: 1ois '. Tens a certeza !ue n$o te en#anaste na "orta @evehaver outras m$es a viver neste "r'dio.

A+T-3+A: +$o me en#anei. s tu a minha m$e.

>30ASTA: Ent$o est bem. Eu #osto de visitas. Estou sem"re sozinha

mais ee. )ueres chocoate Est !uentinho.

A+T-3+A: +$o* obri#ada. Sou a'r#ica ao cacau desde beb'.

>30ASTA: Eu devia embrar&me disso* n$o ' > !ue 's minha ,ha72ara Crisipo* ,ue come!ou a /car agitado.8 G5 tu. @iz !ue sou m$edea. 1ois '. Eu acho !ue tive ,hos* mas j foi h tanto tem"o

A+T-3+A: Tiveste ao todo cinco ,hos. Tr5s ra"azes e duas

ra"ari#as.

>30ASTA: IhhhF... Tanta crian6a. 0inco vezes andei "renha e n$o meembro de nada* nadinha.A+T-3+A: 1or !ue ' !ue est "reso com a#emas 30ASTA: +$o* ,ha. Ee ' muito bom "ara mim. Mas !uando n$otoma os com"rimidos* diz !ue se embra de tudo* ,ca vioento* "araee e "ara mim. @$o&he acessos de raiva.


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Maior de Tebas 4 "ertencer L escria #en'tica dos mutantes ocasta serviua"enas a mentira o,cia dos media.

A+T-3+A: Tu 's ouco 0risi"o. Tenho muita "ena de ti.

0RISI13: "or ser ouco !ue te di#o a verdade. Sou a#ressivo. Dmabesta de #uerra como a minha m$e. Gai&te acontecer o mesmo com aidade.

A+T-3+A: Ser eu a neta de um monstro Ter em cada c'ua docor"o os teus #enes aberrantes Isso ' demasiado horr(ve.

0RISI13: +$o desdenhes de mim nem da tua estir"e. s comandantemiitar. Entendes isto mehor do !ue nin#u'm. +o tem"o em !ue 9aio#overnava* o Minist'rio da @efesa fabricou um ser h(brido com #eneshumanos e feinos e asas de ave de ra"ina. 3 #uerreiro indestrut(ve.@eram&he o nome de Es,n#e* como nos mitos anti#os.


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0RISI13: 1ara !u5 #erares o cone de um mutante como tu 1oinicesmatou o irm$o e entre#ou&se aos ca"an#as do teu tio. Sabes "or!u5

A+T-3+A: A tua m$e s tinha um eni#ma. Mas os teus n$o t5m ,m.

0RISI13: 1oinices estava a transformar&se num monstro como eu.7Antgona come!a a apertar$lhe o pesco!o.8 Sai som rumpetG5sF >come6aste a evar a s'rio a nossa histria de fam(ia.

A+T-3+A: Acabas de roubar a minha vida. 1or !ue n$o "osso euroubar a tua0RISI13: Sou o teu av%* minha "e!uena.

A+T-3+A: Ent$o si#o o e/em"o do meu "ai. +$o dizes tu !ue ee

matou a av

0RISI13: > ' a voz dos nossos #enes assassinos a faar em ti.7Entra (ocasta e a5ige$se com o ,ue v6* correndo para a4astarAntgona de Crisipo.8

Cena 14

>30ASTA: 0redo* ,haF )ue ests tu a fazer ao meu homem 72ara

Crisipo* depois de este estar livre das mos de Antgona.8 Ea fez&tema Res"ira fundoF

A+T-3+A: Tu embras&te dos teus maridos* mas n$o te embras dosteus ,hos. 7(ocasta mune$se dos comprimidos* como se no aouvisse.)

>30ASTA: Acabou&se a brincadeira. Gais emborcar as dro#as docostume. Eu n$o te !uero a#emado no meio da casa. 7Antgona

apara$lhe a saliva para a amostra.8 )ue ests tu a fazer

A+T-3+A: )uero con,rmar se ee faa a verdade.

>30ASTA: E "or !ue n$o havia de faar +$o nos venhas arranjar"robemas. Temos uma "ens$o de invaidez !ue d "ara a comida e"ara os rem'dios. Givemos os dois em "az neste bairro. 7Crisipocome!a a /car sonolento.8

A+T-3+A: Est descansada* m$e. Gou&me embora.

;O

>oana = 1atricia = Ru?


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>30ASTA: +$o !ueres chocoate

A+T-3+A: Sou a'r#ica.

>30ASTA: Ai* j me es!uecia. Mas este cacau ' muito bom.


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M3+: Se Ant(#ona for condenada* tens menos uma o"ositora.

ISME+A: +unca desejaria isso L minha irm$* "or muito !ue discorde

dea.

M3+: Ent$o "rova&me o !ue ests a dizer.

ISME+A: +$o "reciso "rovar&te nada.

M3+: 0onvence 0reonte a ceder o cor"o L fam(ia. Tu fazes "artedea. Tens obri#a6$o mora de o e/i#ir.ISME+A: 1oinices era inimi#o da ordem "Bbica. Merece ser "unido.

M3+: +$o che#ou j a morte "ara "uni&o 7Aparece Creonte.8

Cena 16

ISME+A: A#ora tenho de desi#ar. Adeus. 7Hmon desaparece.8

0RE3+TE: Era o 'mon

ISME+A: 1or !ue n$o faas com ee

0RE3+TE: Ee !uer !ue eu he entre#ue o cadver do amante "ara seamentar em "Bbico da sua viuvez. 'mon n$o merece !ue eu he d5esse "razer.

ISME+A: 1or !ue n$o mandas destruir de imediato o cor"o de1oinices

0RE3+TE: 3 !ue ' !ue te "arece s uma muher "ers"icaz.

ISME+A: Anuncias a "roibi6$o de conar o cor"o. @izes !ue o vaisdestruir mas entretanto encerra&o num #aveto de con#ea6$o* de umor#anismo "Bbico. Estimuas a fome "eo fruto "roibido.

0RE3+TE: Achas !ue desejo a infrac6$o da ei !ue eu "r"riodecretei

ISME+A: +$o s desejas como a ests a "rovocar. 3 teu avo chama&se Ant(#ona.

;4


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0RE3+TE: Ant(#ona Achas !ue ' "or causa dea !ue atrasei aeimina6$o do cadver

ISME+A: Sim* 0reonte. Se a minha irm$ cometesse a im"rud5ncia derecoher tecidos do morto* tu terias uma bea ocasi$o "ara he acabarcom a carreira. Ant(#ona ' uma miitar de "rest(#io. uma amea6aviva ao teu "oder.

0RE3+TE: Teorias da cons"ira6$o

Cena 17

Antgona est diante do habitculo vtreo onde 7dipo hiberna* imersoem l,uido.

A+T-3+A: 1udesse eu acordar&te* desse sono !ue escoheste. 1recisode res"ostas.

METE03: @eseja a#uma coisa* comandante 7Antgona olha para8eteco* en4urece$se e encosta$o agressivamente contra a parede.8

A+T-3+A: Gieste atrs de mim "ara ver o efeito das tuas mentiras1or !ue ' !ue n$o te a"ertei o "esco6o at' ao ,m +$o te bastacomeres a imbeci da minha m$e 0anahaF A#ora divertes&te L minhacusta. 3nde ' !ue dei/aste as asas* 0risi"o

METE03: )ue ' isto* comandante 78eteco acciona um alarmesonoro.8 Est a confundir&me com outra "essoa. Eu n$o tenho asasnem "'s de e$o como a es,n#e. 3s meus "ais n$o s$o mutantes.7Antgona larga$o.8

A+T-3+A: Mas tavez os meus sejam 7(ocasta aparece.8

Cena 18

>30ASTA: 3 !ue se "assa* Meteco

METE03: A comandante est fora do seu ju(zo. Atacou&me assim semraz$o. 0hamou&me "or um nome !ue n$o ' o meu.

1atr(cia = >o$o

oana = >o$o = 1atr(cia


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>30ASTA: Gai* Meteco. +$o decares isto no teu reatrio de servi6o.A comandante ,cou transtornada "ea morte dos irm$os. 1recisa danossa com"reens$o.

METE03: Ent$o conv'm !ue v ao m'dico. Se a#ora foi comi#o*amanh$ "ode atacar um civi indefeso. 7Sai.8

Cena 19

A+T-3+A: Eu n$o estou a ,car ouca. Eu n$o "osso ,car ouca. )uese "assa comi#o* >u 7%esesperada* abra!a (ocasta.8

>30ASTA: 0onfundiste o #uarda Meteco com 0risi"o. natura. Eest5m fei6es "arecidas.

A+T-3+A: Mas eu n$o "odia rea#ir assim* como um animaseva#em. Achas !ue j me estou a transformar

>30ASTA: Em !u5

A+T-3+A: +um mutante de #uerra como a m$e de 0risi"o.

>30ASTA: )ue tem a Es,n#e a ver conti#o

A+T-3+A: 0risi"o insiste em dizer !ue ' meu av%.

>30ASTA: 0risi"o ' um demente. Gais desistir do teu "ano "or causados de(riosdee 1assemos ent$o ao !ue interessa. Tens neste frasco a coheitade tecidos do cadver. 3 #uarda Meteco foi meu cBm"ice. 9eva issoao Tir'sias. 3 resto ' com ee. 7Antgona parece ,uerer di#er algomais* mas /ca blo,ueada.8 3 !ue !ueres ainda de mim 30ASTA: 1or!ue "ensei !ue 0risi"o soubesse coisas im"ortantes do

"assado. 0oisas ca"azes de e/"usar 0reonte do car#o !ue ocu"a.

;

>oana = 1atr(cia


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Mas "eos vistos saiu tudo ao contrrio. 3 !ue 0risi"o te contou n$onos serve de nada.

im do 1 Acto

2 ActoCena 20

Hmon est a testar o som para o espectculo da noite no Sileno9ar.: Entra Antgona.

M3+: )uiseste fazer&me uma sur"resa. 3 meu shoU ' s o#o Lnoite* +$o te es"erava t$o cedo.

A+T-3+A: Estou hoje em estado de sur"resa "ermanente. )ueria!ue "arassem as sur"resas. 0ome6o a ter medo do !ue vem a se#uir.

M3+: @o !ue ' !ue tens medo

A+T-3+A: Sinto medo de ser o !ue sou. 7Hmon abra!a$a ao v6$lato 4ragili#ada.8

M3+: Se os meus bra6os te consoarem* "odes contar com ees.

A#ora !ue ,!uei s* h u#ar "ara ti na minha casa* se !uiseres.Tavez 1oinices deseje a nossa uni$o. +$o ' bom estares isoada* e avida do !uarte n$o te ajuda a ser m$e.

A+T-3+A: Eu "reciso resover isto sozinha. +em sei se "assarei o diade hoje.

M3+: )ue conversa ' essa

@io#o = 1atr(cia

Som +ichoas >aar amor bandido


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A+T-3+A: +ada. uma maneira de dizer. @escu"a ter interrom"idoo teu ensaio. 1aranias minhas. +$o i#ues ao !ue di#o. Adeus.7Hmon impede$a de sair.8

M3+: +$o es"eravas !ue eu te convidasse "ara viveres comi#o*"ois n$o >u#avas&me se/uamente inofensivo. Gias&me s como oviBvo do teu irm$o.

A+T-3+A: @ei/a&te disso.

M3+: Tu s tens amor "eo teu morto.

A+T-3+A: E tu* 'mon* devias se#uir o meu e/em"o.

M3+: 7Envolve$a num abra!o* mas ela repele$o.8 1or!u5* Ant(#ona1or !ue ' !ue ne#as a vida

A+T-3+A: 1ra com issoFM3+: S$o muitos os "a"'is !ue a vida nos reserva. Se n$oestiveres rece"tiva "ara os desem"enhares* a vida fo#e&te das m$os.

A+T-3+A: Se ea me fu#ir* n$o ' #rave a "erda. 7'mon a"ro/ima&se8 Tenho de ir ter com Tir'sias L c(nica. +$o "osso "erder tem"o.

Cena 21

(ocasta visita irsias na clnica.

TIRSIAS: 30ASTA: 1odemos faar L vontade

TIRSIAS: +esta saa n$o h #ravadores.

>30ASTA: Eu n$o "odia dizer&te* sem ser assim* frente a frente* semcmaras nem ecr$s a vi#iar&nos.

TIRSIAS: muito tem"o !ue n$o nos encontrvamos.

>30ASTA: E foi desta c(nica !ue eu sa( "ara o mundo.

TIRSIAS: > n$o me embro* >u. astimve.

H

os' = Ruben = >oana

Som varinha m#ica


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>30ASTA: A amn'sia ' o destino dos vivos. Mas eu sei* Tir'sias. 30ASTA: Tu "reviste !ue isso iria suceder. E !uando Ant(#ona me"ediu ajuda* essas memrias des"ertaram.

TIRSIAS: 3 criador #uardou se#redos na sua criatura* se#redos !ueee "r"rio desconhece.

>30ASTA: 7Entrega um chi" a irsias.8 Tens a!ui tudo o !ueencontrei c dentro. A reconstitui6$o do "assado. Temos mat'ria desobra "ara 0reonte a"anhar uma "ena das "esadas.

TIRSIAS: Afast&o do "oder seria j bastante.

>30ASTA: 3i6o vozes* Tir'sias. G5 tu "or ti o !ue a( est.


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A+T-3+A: 3 'mon veio comi#o. fui "ior. Muito "ior. G5s a#um defeito nas minhastuba#ens

TIRSIAS: Esta m!uina n$o me "arece em condi6es.

A+T-3+A: )ua m!uina A minha

TIRSIAS: +$o* eu referia&me a esta m!uina de utra&sons. A ima#em!ue me d no ecr$ est ie#(ve. +$o sei o !ue se "assa.

A+T-3+A: Ent$o e a#ora* o !ue ' !ue se faz

K


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TIRSIAS: 3 @r. )u(ron tem uma m!uina id5ntica na saa dee* a!uineste "iso. Eu aviso&o e ee faz&te a eco#ra,a.

A+T-3+A: Eu "referia !ue fosses tu a faz5&o.TIRSIAS: 0om o )u(ron ests em boas m$os. Ee veio "ara coaborarconnosco.

Cena 23

Entra Hmon.M3+: 3 !ue ' !ue se "assa com Ant(#ona

TIRSIAS: 1edi ao )u(ron "ara he fazer o e/ame. @escu"ei&me comuma avaria no sistema. +$o conse#ui dizer&he o !ue vi. Ea !ueriamuito im"antar hoje o cone. Gai ,car destro6ada.

M3+: 3 !ue ' !ue viste de t$o #rave

TIRSIAS: 3 ventre de Ant(#ona n$o "ode #erar ,hos.

M3+: E n$o h sou6$o "ara isso

TIRSIAS: 3 "robema ' o tem"o* ,ho* o tem"o... Ant(#ona !uercome6ar hoje a #erar o cone do irm$o. E nem !uer ouvir faar emincubadoras...

M3+: Eu sei... desde !ue teve a!uee madito sonho. Ea acredita!ue se n$o come6ar hoje a #ravidez* o es"(rito de 1oinices j n$ore#ressa ao mundo dos vivos.

TIRSIAS: Ea sem"re foi muito teimosa e vunerve.

Cena 24

Antgona entrou sem ,ue irsias e Hmon se apercebam.TIRSIAS: 7Chama a aten!o de Hmon para ,ue ele olhe para umecr de monitor.8 3ha "ara a!ui.

M3+: 3 !ue ' !ue isso si#ni,ca

N

Som escurid$o

os' = Ruben = @io#o

Som escurid$o

os' = Ruben = 1aua =


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TIRSIAS: Si#ni,ca !ue n$o temos not(cias boas "ara dar a Ant(#ona.G5s a eitura #en'tica do A@+ de 0risi"o* o mutante ,ho daEs,n#e. Ao ado* tens a se!u5ncia do A@+ de Ant(#ona. Ambos"artiham muitos #enes em comum.

M3+: E n$o ' isso "r"rio da es"'cie humana

TIRSIAS: Sim* ,ho* mas neste caso si#ni,ca !ue Ant(#ona 'descendente de 0risi"o. Ee n$o mentiu ao dizer&he !ue era av% dea.

A+T-3+A:


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TIRSIAS: Gou ter com o )u(ron. Temos de trabahar contra o tem"o.72ara Hmon.8 Tenta tu dar es"eran6a a Ant(#ona. do !ue ea"recisa a#ora. 7Sai.8

Cena 25

A+T-3+A: +$o vae a "ena "erderes tem"o comi#o. Gai "re"arar oteu sho'.

M3+: Tu "recisas de ajuda. E o meu sho' est ensaiado.

A+T-3+A: Sabes* 'mon* acho !ue encontrei ,namente o sentidodo sonho.

M3+: 1ara !ue insistes nisso


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Cena 26

;ma ve# a ss* Antgona 4a# um tele4onema.A+T-3+A: )uero fazer uma denBncia Ls autoridades... )uem eu sou

n$o interessa. Casta !ue "rocedam de acordo com o meu aviso.@entro de um !uarto de hora* "oder$o deter uma infractora !ue fezcoheita de c'uas no cadver de 1oinices. Essa muher encontra&seno Instituto de iberna6$o de Tebas 4. "rovve !ue no momento dadeten6$o ea j esteja #rvida com o cone do morto. jovem e vestede "reto. Eu n$o a conhe6o. +$o sei o nome dea. 7%esliga e sai.8

Cena 27

(-CASA e 8eteco no +nstituto de Hiberna!oMETE03: ouve uma denBncia annima feita "or uma voz de muher.Recebi ordens da "o(cia "ara deter uma jovem vestida de "reto !ueir a"arecer a!ui no Instituto nos "r/imos minutos.

>30ASTA: @e !ue ' !ue acusam a mo6a

METE03: @a!uio em !ue fui cBm"ice consi#o.

>30ASTA: A coheita no cadver

METE03: Sim. E se a#u'm nos viu

>30ASTA: +ada tens a temer.

METE03: )uem ser a denunciante

>30ASTA: Tavez a "r"ria jovem !ue veste de "reto.

METE03: E se a jovem de "reto for !uem eu receio !ue seja

>30ASTA: Ters de "roceder L deten6$o em !ua!uer caso* se!uiseres savar a "ee e o em"re#o.

Cena 28

Antgona chega oana = >o$o

Som scar?

1aua = >o$o

Som scar?


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METE03: 0omandanteF

A+T-3+A: 1odes "render&me* Meteco.

METE03: Mas "or!u5

A+T-3+A: 1or!ue eu sou a jovem vestida de "reto "or !uem tues"eras.

METE03: A comandante ' inocente.

A+T-3+A: +$o e/istem inocentes* Meteco. Eu estou #rvida com ocone "roibido e fui eu !ue sabotei as cmaras de vi#ia "ara retirarc'uas do cor"o do meu irm$o.

METE03: Sim* comandante. Mas isso n$o ' justo.

A+T-3+A: 3ra Meteco* a justi6a ' m(o"e e "erdeu os cuos da( j"odes adivinhar a !uaidade das suas senten6as.

METE03: A sua verdade isenta&me de toda a cu"a.

A+T-3+A: o !ue se chama uma verdade correcta. 1odes dar o

aarme de !ue acabas de "render&me.

METE03: Tem a certeza

A+T-3+A: Ests L es"era !ue eu fuja

Cena 29

Creonte chega


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0RE3+TE: 1or !ue insistes em "rovocar&me +$o bastou atentarescontra a minha autoridade

A+T-3+A: A tua autoridade ' ie#(tima.

0RE3+TE: A "ena "or infrin#ir o interdito ' a hiberna6$o "or tem"o ade,nir em assembeia do senado.

A+T-3+A: Tu vais condenar L con#ea6$o n$o uma* mas duas"essoas* "or!ue eu j tra#o o embri$o de 1oinices no meu ventre.

0RE3+TE: +$o te incomodes com isso. A hiberna6$o n$o vai fazer maao teu cone. Ir$o dormir os dois um sono on#o e #acia. E !uandoacordarem outra vez* intactos* tavez eu "r"rio nem esteja j vivo"ara ver nascer o du"o desse homem !ue tanto me odiava. @ou&vosuma chance de viverem no futuro im"revis(ve. 72ara 8eteco.8

A+T-3+A: 0reonte* tu n$o te enver#onhas da!uio !ue me fazes

0RE3+TE: @eves ' estar&me #rata.

Cena 30

+smena chega a casa onde (ocasta a aguarda.

ISME+A: +$o foi fci "ara mim sair dos estBdios. 3s servi6osnoticiosos est$o num avoro6o. Dma muher acaba de ser detida noteu Instituto. Es"ero !ue Ant(#ona n$o tenha "erdido o ju(zo.

>30ASTA: Ainda bem !ue vieste. Se eu te disser !ue sei "or!ue '!ue >ocasta e Tir'sias foram sujeitos a ava#ens ao c'rebro. Se eu tedisser !ue tenho na m$o dados su,cientes "ara condenar 0reonte Lhiberna6$o com"usiva...

ISME+A: 3nde foste tu buscar informa6es dessas

>30ASTA: @escobri&as em mim* na memria !ue Tir'sias me inseriuao fabricar&me.1edi a 0reonte "ara vir a!ui a casa e tu vais "resenciar a nossaconversa "eas cmaras de se#uran6a. 3u muito me en#ano ou seruma #rava6$o com interesse "ara o jorna da noite.

Cena 31

Entra Creonte. ;sa luvas negras.

H;

>oana = 0oe

Som dubste"

>oana = Ana(sa

Som EectrorocV


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0RE3+TE: A vossa entrada est Ls escuras. 3 !ue ' !ue se "assa

>30ASTA: 3 sistema eectrnico de se#uran6a avariou&se h meiahora. > i#uei "ara a assist5ncia t'cnica* mas o "i!uete s "ode vir

da!ui a duas horas.

0RE3+TE: Ests sozinha em casa

>30ASTA: Sim. A Ismena vai ,car nos estBdios at' tarde.

0RE3+TE: )ue cons"ira6$o ' essa de !ue me faaste

>30ASTA: uma cons"ira6$o anti#a.

0RE3+TE: +$o entendo o !ue dizes.

>30ASTA: @evias ibertar Ant(#ona. Ea est inocente da ac6$o !uediz ter "raticado.

0RE3+TE: )ue #arantias tens tu disso

>30ASTA: 30ASTA: +$o ' "r"rio de um "ai abusar se/uamente de uma ,ha.

0RE3+TE: )uem ' !ue semeou essa infmia na tua cabe6a de cone

>30ASTA: +in#u'm. Sou eu !ue me recordo de tudo* como se fossecomi#o. Armazeno memrias de outras "essoas. Memrias !ue tudestru(ste neas* mas !ue sobrevivem n(tidas na minha cabe6a decone. A ima#em na memria de >ocasta !uando te encontrou emcasa a vioar a "e!uena Ant(#ona.

H


33/37

0RE3+TE: As verdades s$o borboetas incmodas. @evem sercoeccionadas como eas* mortas e inertes* es"etadas num e/"ositorcom e#endas.


34/37

7Chegam os polcias.8

Cena 33

Antgona e 8eteco esto no +nstituto te ohaste bem no es"eho

Gestido ou des"ido* tanto faz. Somos seres horr(veis. -ainhasde"enadas* sem bico nem asas.

METE03: Eu n$o acho !ue o cor"o humano seja assim t$o feio. beeza na nossa anatomia.

A+T-3+A: 1recisas de cuos. 3ho "ara ees e "ara eas* Ceose/em"ares de uma es"'cie "rimitiva. 0heiramos ma de todos osburacos.

HJ

1aua = >o$o


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E de"ois o se/o. Esta coisa de se fazer amor com os canos de es#oto.E o mia#re do nascimento ' como evacuar uma "edra dos rins. Dm"edre#uho aos berros.

METE03: Tenho de injectar&he o souto hiberna. Est na hora damudan6a de turno.

A+T-3+A: 1ara mim tamb'm* o turno terminou.


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+smena d uma con4er6ncia de imprensa.ISME+A: 3bri#ada "or terem com"arecido. Resovi convocar estaconfer5ncia de im"rensa "or!ue como a"oiante !ue fui de 0reonte*im"e&se !ue cari,!ue a minha "osi6$o* "erante os factos #raves

hoje reveados do seu "assado* bem como "eo homic(dio "or ee"raticado !ue eu "r"ria testemunhei.0reonte n$o "ossui mais condi6es "ara e/ercer o car#o de"residente da conia. Mas en!uanto 0reonte a#uarda ju#amento em"ris$o hibernante* um novo cico se abrir na nossa vida coectiva.Anuncio "or isso desde j a minha inteira dis"onibiidade "ara mecandidatar L "resid5ncia de Tebas 4.Sinto !ue "osso e devo dar o meu contributo "essoa L nossacomunidade numa conjuntura "enosa e traumtica como ' a!uea!ue hoje se manifestou diante de todos. 3bri#ada "ea vossa aten6$o.

Cena 36

TIRSIAS: 72ara Creonte.8 +$o te "esa nem um "ouco a consci5ncia*ao veres Ant(#ona morta

0RE3+TE: 9aboram todos no mesmo erro. Mas vou ser "iedosoconvosco. Abro&vos os ohos "ara contem"arem o vazio. @e facto*nenhum de vs e/iste. +$o somos mais !ue o "assatem"o virtua deum en#enheiro cibern'tico* em noites de insnia. +unca se"er#untaram "ea raz$o dos nossos nomes e dos nossos enredosSomos todos imita6es baratas de outra #ente antes de ns. > houveoutros Tir'sias e outras Ant(#onas* outras Ismenas e outros 0reontes*a viverem farsas e tra#'dias "arecidas com as nossas* noutroscenrios e rou"a#ens. A nossa vida n$o ' ori#ina. o$o7desmaiado8 = 0oe =Ana(sa

Som +ave = a!urio


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0reonte nem deve ser se!uer o meu nome "r"rio.ISME+A: 0he#a* 0reonteF

Armando Nascimento Rosa AntÃgona Gelada com cortes

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