Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)
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Famílias lingüísticas nas terras baixas (Nimuendaju)
OMODELO
CARDÍACODE
LATHRAP
“O MODELO STANDARD”
Gasoduto Urucu-Manaus
CRONOLOGIA CERÂMICA
• Fase Guarita• (900 – 1600 DC)
• Fase Paredão• (700 – 1250 DC)
• Fase Manacapuru• (400 – 900 DC)
• Fase Açutuba• (300 BC – 400 DC)
FaseAçutuba 300 AC –
400 DC
Sítio Hatahara – Contextos Manacapuru/Paredão in situ
SILOS FASE PAREDÃO
Sítio Hatahara, Sepultamento(foto Val Moraes)
Sítio Laguinho – Montículo I
SILOS ESCAVADOS – SÍTIO LAGUINHO
PADRÕES NA AMAZÔNIA CENTRAL•
• 1) A presença de ocupações antigas, sempre enterradas, as vezes com um só componente, as vezes subjacentes a outras ocupações, sem terra preta, associadas à fase Açutuba.
• 2) a ocorrência de depósitos espessos com ocupações Manacapuru e/ou Paredão com a presença superficial de ocupações Guarita.
• 3) a ocorrência de depósitos espessos com ocupações Manacapuru e/ou Paredão sem a presença superficial de ocupações Guarita.
• 4) o menor tamanho das áreas de distribuição de fragmentos Guarita quando comparadas às áreas de distribuição das ocupações anteriores, da fase Paredão.
• 5) a ocorrência de sítios Guarita sem depósitos de terras pretas.
PROJETO AMAZÔNIA CENTRAL DATAS RADIOCARBÔNICAS
(1500 BC – 1600 DC)
Sítio Osvaldo – Peso concentrações cerâmicas (Chirinos 07)
Montículos no sítios da fase Paredão
Montículos no sítios da fase Paredão
Sítio Lago Grande – reconstituição hipotética do crescimento da aldeia, séculos VII-XI DC
(Moraes 07)
Sítio Hatahara - P disponível por níveis artificiais de 10 cm. (Mehlich) (Rebellato 07)
Cerâmicas Guarita,
fotoMaurício de Paiva
Sítio Açutuba - Vala defensiva na extermidade Sul (Neves 07)
Sítio Lago Grande - Vala defensiva (Neves 07)
Comparação das áreas de dispersão de cerâmicas da fase Guarita (vermelho) com ocupações precedentes (bege e preto)
SÍNTESE DA HISTÓRIA AMAZÔNIA CENTRAL (500 BC – 1500 DC)
• 1) Ocupação inicial por grupos ceramistas nômades com origem provável no norte da América do Sul (fase Açutuba),
• 2) Estabelecimento de ocupações sedentárias, de longa duração, associadas a construção de montículos, terras pretas, sistemas regionais e aldeias circulares (fases Manacapuru e Paredão),
• 3) Ruptura desse padrão com ocupações associadas à fase Guarita: aumento da mobilidade, redução do tamanho dos assentamentos, guerra,
• 4) Na Amazônia central, portanto, as fases são bons indicadores da variabilidade cultural e social no passado.
EXPANSÃO POLÍCROMA
A EXPANSÃO POLÍCROMA AO LONGO DO RIO SOLIMÕES
• 1) Rapidez e ritmo semelhantes ao da expansão Tupinambá no litoral Atlântico (processos ribeirinho e costeiro),
• 2) Sub-tradição Tupinambá tem origem na bacia do alto rio Madeira,
• 3) Fase Guarita também tem origem no alto rio Madeira (fase Jatuarana),
• 4) Presença de grupos (Omágua) no alto Amazonas no séc. XVI produzindo cerâmica semelhante à Guarita (fase Napo) falando uma língua da família Tupi-Guarani.
CONCLUSÕES:• 1) Fases, tradições, horizontes etc. são conceitos
heurísticos que, se bem empregados, podem apreender a variabilidade cultural no passado,
• 2) O uso, no Brasil, do método Ford de seriações cerâmicas criou uma falsa associação entre esse recurso classificatório e a construção de categorias mais inclusivas como fases,
• 3) Fases, no entanto, podem ser estabelecidos a partir de outros atributos que funcionem como indicadores da variabilidade cultural e social no passado. Abordagem contextual e não apenas em objetos,
CONCLUSÕES
• 4) Sem tais categorias, a arqueologia, pelo menos a dos grupos ceramistas, corre o risco de se tornar um exercício meramente descritivo,
• 5) Classificações são sempre um meio e nunca um fim,6) O fim, nesse caso, é construir narrativas de histórias de longa duração a partir do estudo do registro arqueológico.