Arquibancada

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Arquibancada 1 Londrina | Outubro // # ED4 R$3,90 Esporte//Saúde//Bem Estar O Tubarão VOLTOU? Parceria pode ser ressurreição do Tubarão a partir de 2011 Londrina // Novembro // # ED6 R$3,90 Meligeni Saúde Tenista orienta jovens Cuidado com os joelhos dos atletas mirins Superliga estrelada Judô Rafinha e Jadson NOvembro.indd 1 18/11/2010 00:38:51

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Revista sobre Esportes e Saúde

Transcript of Arquibancada

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Arquibancada 1

Londrina | Outubro // # ED4R$3,90 Esporte//Saúde//Bem Estar

OTubarãoVOLTOU?

Parceria pode ser ressurreição do Tubarão a partir de 2011

Lond

rina

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Meligeni

Saúde

Tenista orienta jovens

Cuidado com os joelhos dos atletas mirins

Superliga estrelada

JudôRafi nha e Jadson

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sum

ário

Editor chefe Thiago Mossini Reportagens Victor Lopes, Rafael Souza Editor de Fotografia Marcos Zanutto Projeto Gráfico Marcelo De Mari Baxhix Diagramação Caio Rossato Edição de imagens Leon Cavalin Críticas, reclamações, elogios e sugestões redaçã[email protected] Anuncie na Arquibancada (43)9937-7738 | (43) 9960-7125 | (43) 9941 2676 Tiragem 3 mil exemplares Impressão Idealiza Gráfica Editora e CTP(43) 3347-3133 Circulação Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Maringá e Foz do Iguaçu

equipe

Todos os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodu-ção parcial ou integral das matérias e fotos aqui publicadas.

Olha eles Mano! Rafinha e Jadson na sua melhor fase

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RessureiçãoTubarão assina contratoe mantém esperança de títulos16

RemoRelaxa o corpo e a mente28

Bruninhoentrevista exclusiva!28

Moda EsportivaMais uma vez, os looks do momento21

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editor

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Bruninhoentrevista exclusiva!

Será que vai?

Thiago Mossini

Editor

Ah, a revista tem outros assuntos tam-bém, como uma entrevista exclusiva com o levantador da seleção brasileira campeã mundial de vôlei, Bruninho, uma matéria so-bre o londrinense que pode ser eleito o me-lhor jogador do ano na Ásia e uma reporta-gem com o rolandense que pode trazer uma medalha olímpica em Londres 2012.

Boa leitura!

A frase: “agora vai” e o Lon-drina Esporte Clube parece que nasceram um para o outro. Todo início de ano ela é incutida na cabeça

dos torcedores, que, já anestesiados por tan-to sofrimento, acreditam que vai mesmo.

Mais uma vez a esperança de que “agora vai”, chega ao coração dos sofridos simpa-tizantes do Tubarão, que chegou ao fundo do fundo do fundo do poço após uma sequ-ência de administrações incompetentes e até mal-intencionadas.

O cenário, entretanto, dessa vez, é favo-rável a que a frase , enfi m, vire realidade. A parceria com a SM Sports parece ser mesmo a última alternativa de salvação para o mal-tratado Londrina.

A empresa tem dinheiro, prestígio, estru-tura e experiência no futebol. Um dos sócios é nada mais nada menos do que o uruguaio Juan Figger, um dos homens mais poderosos do futebol mundial. Só para lembrar, o Ira-ty é um dos clubes que mais jogadores têm registrados na CBF, a exemplo do Rentistas, no Uruguai, também administrado pela em-presa.

Aos amantes do Tubarão, agora, resta cobrar uma coisa. Em Irati, a SM já demons-trou que o foco não era ganhar títulos e sim revelar e faturar com jogadores, o que tem que ser mudado no Londrina. Faturar? Sim, claro, mas competitivamente, buscando títu-los.

Para quem gosta de futebol, a cobrança deve ser outra. A empresa deve se desligar defi nitivamente do Azulão. Afi nal, é inadmis-sível a mesma administração em dois clubes do mesmo estado. Isto é antiético e imoral, no mínimo. Juram que vai ser só até maio. É o que esperamos. Assim como esperamos ver o Estádio do Café lotado novamente e o Londrina atropelando todo mundo, como já foi um dia.

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Me divirto Muito divertida a coluna Na Geral, do jornalista Cláudio Osti. Com textos que retratam nosso cotidiano, mas com uma pitada cômica na medida certa para deixar o leitor instigado pelo desfecho da crônica. Devoro a Arquibancada de ponta a ponta e a cereja do bolo é, com certeza, a coluna que fecha as edições.Parabéns pelos textos e pela revista, vida longa à Arquibancada.Gustavo SantosFoz do Iguaçu

A melhorCom certeza a edição de outubro foi a melhor de todas da Arquibancada. Muito bonita a capa com a nossa Mari. Parabéns.Roberval Monte OliveiraRolândia

Los HermanosMuito legal a matéria sobre os argen-tinos do Brasileirão. É brincadeira esses caras virem aqui no Brasil e serem os três melhores jogadores do campeonato.Márcio Figueiredo da SilvaCambé

TurismoVocês � zeram uma matéria interessante sobre turismo esportivo na primeira edição da Arquibancada e depois não � zeram mais nada. Acho interessante uma coluna nesse sentido. Felipe Bastos NevesLondrina

A edição de novembro da Arquibancada traz mais uma promoção para você, querido leitor. Desta vez, vamos presentear um de vocês com uma camisa da Junior Team. Para ganhar, envie um e-mail para [email protected] e responda o nome de pelo menos cinco jogadores do time que busca o acesso à Segunda Divisão do Estadual. Junto com a resposta, escreva uma frase sobre o técnico do time, o ex-atacante Aléssio. A melhor frase de quem acertas a resposta vai levar a camisa.

interação//cartas//leitor Críticas, reclamações, elogios e sugestões redaçã[email protected]

SurpresaEstou surpreso com a quantidade de atletas de qualidade que temos em Londrina, e o tanto que fazem sucesso lá fora. Tenho certeza que grande parte da cidade desconhece eles. Arquibancada veio pra mudar isso!Parabéns.Marcus BaxhixLondrina

Registro na históriaLondrina era carente de uma revista como a Arquibancada. Tenho certeza que já está cravada na história da cidade e da imprensa londrinense.Cristina De Mari

Fotografi asAmante por fotogra� a, cada edição � co impressionado com as fotos lindas das reportagens de Arquibancada, parabens aos fotógrafos!Leonardo Silva

PROMOÇÃOPROMOÇÃO

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PESO PESADO

Judo

Por Thiago MossiniFotos: Divulgação

Rolandense se destaque no judô mundial e é esperança brasileira em Londres-2012

Em 2012 o grande desa� o de Rafael é entrar pelo seleto grupo dos medalhistas olímpicos

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Saiu da 62ª posição para o 17º posto. O ranking define os classificados para Londres-2012. Diferentemente dos anos anteriores, a vaga para a olimpí-9ada passa a ser do atleta, e não mais do elenco.

No fim de outubro, ele ajudou a seleção brasileira a conquistar a me-dalha de prata no Mundial por Equi-pes, disputado na cidade de Antalaia, na Turquia. Na final da competição, o Brasil acabou perdendo o ouro para o

Ele tem 2,03 metros de altura e é uma das espe-ranças de medalha para o Brasil em na Olimpíada de Londres, em 2012.

Não, não é nenhum jogador da sele-ção de basquete ou de vôlei. O atleta em questão é judoca. Rafael Silva, 23 anos e 145 quilos, nasceu em Campo grande, mas foi criado em Rolândia, pelos avós. Ele é um dos grandes no-mes do judô brasileiro neste ano. Está abalando o judô mundial na catego-ria peso pesado com seus resultados em 2010. Conquistou resultados ex-pressivos mundo afora, deu um salto gigantesco no ranking mundial da ca-tegoria e trouxe ao Brasil a esperança de mais uma medalha olímpica em um esporte que tantas alegrias já deu aos brasileiros.

Silva teve bastante destaque nos Grand Slams 2010. Obteve o quinto lugar em Moscou, foi terceiro em Lis-boa, ouro em Madri e segundo em São Paulo. Além disso, ajudou o Brasil a ser o terceiro colocado na primei-ra Copa do Mundo por equipes, que reuniu oito das principais escolas do judô mundial no Brasil. No Mundial Sênior, no Japão, não conseguiu me-dalha, mas seu desempenho, soman-do-se o ano todo, o fizeram dar um salto gigantesco no ranking mundial.

Japão, que venceu o confronto por 4 lutas a 1. O judô masculino do Brasil conquistou a sua quarta medalha na história do Mundial por Equipes. An-tes, ganhou bronze em 2008 e tinha sido prata em 1998 e em 2007.

O sucesso atual do rolandense de coração não é por acaso. São anos de dedicação e muito treinamento. Silva, porém, ao contrário da maio-ria dos judocas, começou no esporte tarde, com 15 anos. Seu porte físico o ajudou a conquistar bons resul-tados e a ganhar projeção entre os garotos. ‘’No começo, o tamanho ajudava, mas quando chega ao adul-to, aí a vantagem acaba’’, observou. E mesmo sem essa vantagem física, ele continuou se destacando até ser contratado pelo Pinheiros. ‘’No come-ço era complicado. A família tem que ajudar, mas aí os resultados começam a aparecer e as coisas vão melhoran-do’’, contou.

Silva divide-se entre os treina-mentos em São Paulo e períodos na Europa. No Velho Continente, tem a oportunidade de enfrentar adversá-rios mais fortes e participar de mais competições. ‘’Para mim, aqui no Brasil, não tem muita gente grande em termos de tamanho mesmo, para lutar. Lá (na Europa) dá para participar de muitas competições em vários pa-

íses devido à proximidade’’, apontou. No Pinheiros, Silva treina com ou-

tros grandes nomes do judô nacional, como Thiago Camilo e Leandro Gui-lheiro, o que, segundo ele, é muito importante para seu desenvolvimen-to, já que extrai o máximo de apren-dizado dos dois. ‘’Eles são ícones do esporte e todos almejam chegar onde eles estão. Espelho-me muito neles, que me ajudam até em detalhes téc-nicos’’.

O judoca, que também é membro do Exército Brasileiro, tem três compe-tições importantes nos próximos dois anos. No ano que vem tentará o ouro no Pan-Americano no México e nos Jogos Militares. Já em 2012, vem seu grande desafio, que é entrar pelo se-leto grupo dos medalhistas olímpicos, subindo no pódio em Londres. ‘’Meu objetivo é esse. Faltam dois anos ain-da, mas estou lutando de igual para igual com o pessoal que está entre os dez primeiros colocados no ranking. Estou cada vez mais perto deles’’, afir-mou Silva, que elegeu o francês Teddy Rimer e o japonês Kasuhiko Takahashi como seus dois grandes rivais na em-preitada.

Sede O Brasil receberá três campeo-

natos mundiais de judô nos próximos cinco anos. A Federação Internacional de Judô anunciou na Turquia, após a eleição do Comitê Executivo da enti-dade, que Salvador sediará a compe-tição por equipes em 2012; São Pau-lo, o Individual Sênior, em 2013; e o Rio de Janeiro, também o Individual Sênior de 2015.

Com isso, o País se tornará chave para definir os judocas que disputa-rão a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, já que o Mundial é o evento que mais pontua no ranking da mo-dalidade. E é justamente através des-se ranking que os participantes dos Jogos de 2016 serão definidos.

O Brasil já realizou dois mundiais: em 1965 e em 2007, ambos no Rio de Janeiro. O segundo é até hoje o Mundial com o maior número de pa-íses participantes. Desde que a com-petição foi criada em 1956, 17 países foram sede. O recordista é o Japão, com seis mundiais realizados.

PESO PESADO

Rolandense se destaque no judô mundial e é esperança brasileira em Londres-2012

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está bem representada na briga pelo título do Brasileirão

Junior Team

Volantes Henrique e Diogo tentam levar Cruzeiroe Fluminense, respectivamente, ao título nacional

Não é só na Terceira Di-visão do Campeona-to Paranaense que a Junior Team vive dias decisão. O clube lon-

drinense também assiste de camarote à briga de suas duas principais reve-lações nos tempos de parceria com o Londrina, brigando ponto a ponto pelo título do Brasileirão.Henrique e Diogo formaram a dupla de volantes titulares do Tubarão no Paranaense de 2005, quando o clube chegou pela última vez às semifi nais do torneio. Na época, eram dois ga-rotos de muito potencial, mas ainda desconhecidos, que haviam acabado de subir da base, pinçados pelo técni-co Itamar Bernardes. Os dois foram para o Figueirense, jun-to com o atacante Bolão, que lá vira-ria Soares, também cria do clube. De-pois, cada um seguiu seu caminho e hoje, cinco anos depois, duelam pelo título nacional. Henrique é peça fundamental no meio-campo cruzeirense, com quem foi vice-campeão da Libertadores da América no ano passado. Marca mui-to bem, sai para o jogo e tem um chu-te potente e certeiro. Já Diogo sofreu com lesões durante o ano, mas sempre que esteve em con-dições de jogo, foi importante para o técnico Muricy Ramalho. Na briga das revelações da Junior Team, não importa o vencedor, desde que um dos dois dê a volta a olímpica no dia 5 de dezembro.

Henrique é o pilar do meio-campo cruzeirense

Diogo sofreu com lesões, mas mesmo assim foidos destaques do Fluminense

Fotos: Divulgação

Junior Team

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Por onde anda

Volantes Henrique e Diogo tentam levar Cruzeiroe Fluminense, respectivamente, ao título nacional

Diogo sofreu com lesões, mas mesmo assim foidos destaques do Fluminense

Foram 13 anos e 303 gols mar-cados com a camisa alviceleste. Estes números fazem de Gau-chinho um dos maiores ídolos da história do Londrina Espor-

te Clube. Catarinense de Joaçaba, Antero Bombassaro é o maior artilheiro dos 54 anos da vida do Tubarão.Gauchinho chegou ao Londrina em 1962 vindo do Nacional de Rolândia, que o tirou ainda menino do Internacional (RS). Logo em seu primeiro ano, foi campeão para-naense e destaque do primeiro título de expressão do clube.Não à toa, o ex-jogador tem um carinho especial com o Tubarão até hoje. “Foi lá que vivi meus melhores anos como joga-dor. Foi uma experiência única em minha vida”, disse ele, que até hoje acompanha todas as notícias do ex-clube.Como bom torcedor, ele acredita que a recém-firmada parceria com a SM Sports

é a grande chance que o clube terá para se reerguer. “Tem tudo para funcionar, são pessoas sérias e competentes”, disse, não dei-xando de cobrar como todo bom torcedor apaixonado. “Mas tem que mon-tar time bom. O torcedor está louco para voltar ao estádio”.Atacante habilidoso, Gauchinho era temi-do pelos adversários pelo porte físico, mas sua grande virtude era a perfeição nas fi-nalizações. Ao longo de seus 21 anos de carreira, Gauchinho ainda atuou por Ola-ria (RJ), Prudentina (SP) e Gera (Grêmio Es-portivo Recreativo Apucaranense-PR).Fã da bola, o ex-jogador não perde um jogo pela televisão e compara o futebol jogado hoje com o da sua época e deixa a modéstia de lado quando comenta suas qualidades em campo. “Jogaria fácil no fu-tebol de hoje, que é cada vez mais físico. Pelas minhas características, hoje estaria

atuando na Europa”, falou.Em 1964, no terceiro ano de sua trajetória no Londrina, Gauchinho passou no con-curso para auditor da Receita Federal e conciliou as duas profissões até pendurar as chuteiras 11 anos mais tarde. Na Recei-ta, ele se aposentou em 2007 com 43 anos de serviços prestados na instituição.Hoje com 73 anos, Gauchinho ainda vive em Londrina. Bater uma bolinha com os amigos já não é atividade tão freqüente em sua vida. Mesmo assim, o catarinen-se não descuida da saúde. Faz academia quatro vezes por semana e caminha quase todos os dias no Zerão. “A gente tem que manter a saúde, disso eu não abro mão”, frisou.

Maior artilheiro da história do Tubarão

Gauchinho

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Por Thiago MossiniFotos: Divulgação

Gente nossa

Ele quase não é conheci-do entre os torcedores brasileiros. É discreto, não procura e nem quer holofotes. Nem faz ques-

tão de ser famoso. Porém, do outro lado do mundo, ele é tratado como rei e é uma das grandes esperanças de uma nação inteira conseguir ver seu pequenino país entrar em campo em uma Copa do Mundo. O meia-atacante londrinense Fábio Montezi-ne, 31 anos, é o principal jogador da seleção do Catar. Depois de conquis-tar os catarianos, agora ele tenta con-quistar a Ásia, pois é um dos fi nalistas do melhor de melhor jogador do ano

no continente. Ele está há cinco anos no futebol

do Catar. Tempo mais do que sufi cien-te para conquistar a simpatia dos tor-cedores, dos sheiks e a camisa 11 da seleção nacional. Fábio César, como é conhecido por lá, foi um dos grandes responsáveis por tirar o Al-Rayyan, time do técnico Paulo Autuori e do atacante Afonso Alves, da fi la de seis anos sem conquistas nacionais, ao ser decisivo com gols e assistências na campanha que culminou no título da Copa do Emir, em maio. Ele ainda foi o destaque da seleção catariana nas eliminatórias para a Copa da África do Sul e, por pouco, não conseguiu colo-

car o time nacional pela primeira vez em um mundial. O meia ainda conti-nua defendendo a seleção e marcan-do gols, como no mês passado, no empate em 1 a 1 com Omã.

O prêmio será entregue no dia 24 de novembro em Kuala Lampur, capi-tal da Malásia. A concorrência do bra-sileiro naturalizado catariano é dura. A lista de 15 jogadores fi nalistas inclui estrelas asiáticas que disputaram e se destacaram na Copa da África, como o japonês Keisuke Honda, do CSKA Moscou, o capitão da Coreia do Sul e jogador do Manchester United, Park Ji-sung, além do australiano Tim Cahill.

É a segunda vez que Fábio Cé-sar é indicado ao prêmio. Em 2008, entretanto, ele fi cou entre os 30 me-lhores. Este ano, já está entre os 15 e tem como meta ser um dos cinco primeiros. “Poderia ter feito uma tem-porada um pouco melhor. Acho que teria mais chances se o Al Rayyan ti-vesse avançado às semifi nais da Liga da Ásia”, analisou. “Quem disputou a Copa leva vantagem”.

Quase ReiFábio foi campeão paulista júnior

de 1999 e da Copa São Paulo de 2000 pelo Tricolor. Era um jovem meia arma-dor, habilidoso, promessa de craque, ao lado de nomes como Kaká e Jú-lio Baptista. Mas foi mal aproveitado, resolveu pegar a mala e tentar a vida na Itália. Jogou na Udinese, no Napoli, em um período em que o clube estava à beira da falência, e no Avelino, até

O Emirlondrinense

Fábio e Afonso Alves tiraram o Al-Rayyan da � la de seis anos sem títulos

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que apareceu o Oriente Médio na sua vida. Foi para o Al-Arabi, do Catar, em agosto de 2005.

A vida do jogador, então, mudou. No deserto, encontrou um Oásis e por lá fi cou e nem pensa em vir embora. Transferiu-se para o Umm Salal e, em 2008, veio a naturalização. Discreto, caseiro e avesso a badalações, é com os pés que Fábio César ganhou fama, dinheiro e uma vaga na seleção do país.

No início do ano, ele trocou de time novamente. O técnico Paulo Au-tuori o queria no Al Rayyan. O treina-dor pediu para que o Sheik Abdullah bin Hamad Al Thani, primeiro minis-tro do país e dono do time, buscá-lo e ele foi. Na fi nal da Copa do Emir, justamente contra seu ex-clube, deu o passe para Afonso Alves, fazer o gol do título. No dia seguinte, os rostos da dupla e de Autuori estavam estam-pados em todos os jornais de Doha, a capital do Catar. Boa parte das man-chetes os tratavam como reis. Refl e-xo do fi m do jejum de seis anos sem título.

O time, com quem tem contrata-do até o meio do ano que vem, é um dos mais tradicionais do país. Assim, a popularidade do meia-atacante au-mentou. No Umm Salal, o assédio era pequeno. ‘’Sempre tem gente espe-rando para tirar foto depois do jogo’’, contou Montezine.

Apesar de ídolo por lá, o londri-nense tem que conviver com estádios vazios nos jogos. Com exceção das fi nais dos torneios locais e um ou ou-

tro jogo importante, as partidas são acompanhadas por uma quantidade bem pequena de expectadores. Uma questão cultural.

‘’Os estádios fi cam praticamente vazios. Mas o povo segue o time de casa. É uma questão cultural que de-vagarzinho está mudando. Mas o tor-cedor ainda prefere o conforto da sala de casa a enfrentar uma temperatura em média de 45 graus na arquibanca-da. É o futebol e o chazinho em casa’’, contou o meia.

Para tentar atrair o torcedor aos estádios, o Catar despejou seus petro-dólares na contratação de estrangei-ros, principalmente brasileiros. Como todos os jogadores são registrados na Associação de Futebol do Catar (QFA), o risco de calote é praticamente nulo e somam-se a isso os altos salários oferecidos e as mordomias que os acompanha.

O Emirlondrinense

Fábio César Montezine é praticamente um Sheik no Catar e briga pelo título de melhor da Ásia

Boa parte dos clubes tem técnicos brasileiros. Grandes brasucas também dão as cartas em quase todos os ti-mes, como Juninho Pernambucano e Araújo no Al Gharafa, atual campeão nacional e dirigido por Caio Júnior, e muitos outros.

Além de brigar pelo Prêmio de melhor jogador da Ásia, Fábio tem outra missão importante este mês: ajudar o Catar a vencer a Copa do Golfo. O torneio tem início marcado para o próximo dia 22 de novembro e reunirá oito seleções do Oriente Médio. Será sediado pela primeira vez pelo Iêmen. A Copa do Golfo de 2010 está dividida em dois grupos de quatro times cada. No Grupo A estão Iêmen, Kuwait, Catar e Arábia Saudita. No Grupo B, Omã Iraque, Emirados Árabes Unidos e Bahrein se enfrentam. Em janeiro, ocorrem os Jo-gos Asiáticos.

Conseiderados Reis nos Emirados

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Seleção

Olha eles Mano!Londrinenses Jadson e Rafinha vivem boa fase na Europa e esperam uma chance na seleção brasileira

Dois londrinenses de destaque no fute-bol europeu vivem um período diferen-te na carreira. Com

a mudança no comando técnico da seleção brasileira, o início de um novo ciclo visando a Copa de 2014 e a anunciada reformulação, o meia Jadson, do Shakhtar Donetsk, e o lateral-direito Rafi nha, do Genoa, so-nham com uma nova oportunidade no time nacional.

Comandante do meio-campo do time ucraniano, Jadson vem sendo fundamental para seu time na Liga os Campeões e tem motivos de so-bra para sonhar em ver seu nome em convocações futuras, já que o técnico

Mano Menezes mostrou que está obser-vando o que acontece no Leste europeu, geralmente esquecido, pois levou para o período de treinamentos em Barcelona, em setembro, dois companheiros dele de clube, os também meio-campistas Fer-nandinho e Douglas Costa.

‘’Estou trabalhando para isso. Desde a conquista da Copa Uefa (em maio de 2009), fi z bons jogos e fi quei esperando uma oportunidade, mas não tive. Conti-nuei trabalhando e, quem sabe, o Mano não olha só para mim como para os ou-tros brasileiros que estão aqui. As con-vocações do Fernandinho e do Douglas Costa foi um bom sinal’’, afi rmou o ex-jo-gador do Atlético-PR. Na volta da seleção, Fernandinho, que também é londrinense, sofreu uma fratura na perna e está em fase de recuperação.

Jadson foi o grande nome do time na conquista da antiga Copa Uefa, hoje Liga Europa, da temporada 2008/2009. Foi dele, inclusive, o gol do título, na prorro-

Por Thiago MossiniFotos: Divulgação

Ra� nha foi considerado a principal contratação do Genoa para a temporada 2010/2011

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Olha eles Mano!Londrinenses Jadson e Rafinha vivem boa fase na Europa e esperam uma chance na seleção brasileira

gação, contra o Werder Bremem. O meia até tentou voltar a atu-

ar no Brasil para aparecer antes da Copa e, quem sabe, ganhar uma chance com o então técnico Dun-ga. Interessados no futebol do jo-gador não faltaram. Porém, o pre-sidente do clube, Rinat Akhmetov, considerado um dos homens mais ricos de toda a Europa, não liberou o jogador, que renovou contrato no ano passado e tem vínculo por mais quatro temporadas com o clube ucraniano.

Já Rafi nha trocou de clube e de país na janela de transferências. O Genoa pagou 9milhões de euros (cerca de R$ 21 milhões na época) ao Schalke 04 para contar com seu futebol. Na Alemanha, vinha con-vivendo com problemas com seu ex-treinador, o alemão Felix Ma-gath, conhecido como ditador na Bundesliga.

No Genoa, vem atuando no meio-campo, mas reforça que con-tinua sendo lateral e que é assim que quer que Mano Menezes o veja. Nas quatro convocações já realizadas pelo novo treinador, Da-niel Alves, do Barcelona, foi lem-brado em todas e esteve entre os titulares. Rafael, do Manchester United, e Mariano, do Fluminense, foram os outros dois que tiveram oportunidade. ‘’Sou lateral, não mudei de posição. Tenho a certeza de que se fi zer meu papel, vou ter minha chance também’’, analisou o jogador. ‘’A gente fi ca na expec-tativa de mudanças, de renovação na seleção com o Mano. Sou novo, tenho 25 anos, já servi a seleção nas categorias de base, já joguei na principal e sei que vou ter minha chance’’, disse o jogador, que foi medalha de bronze na Olimpíada de Pequim com a seleção brasileira.

Jadson vem sendo decisivo para o Shakthar na Liga dos Campeões da Europa

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Musas do Esporte

ONDE TEMLarissa SaderiTriatletaPeso: 53 kg

Altura: 1,58m

Nascimento: 18/01/1993

Naturalidade: Londrina – Pr

Esporte que pratica: Triath-lon

Média de treinos semanais: 12km natação, 150km ciclismo, 40km corrida

Onde treina: Academia Gustavo Borges

Quando começou a praticar triathlon? Em 2007, com 14 anos de idade.

O que motiva você a praticar esporte? Superação. Cada segundo é uma vitória.

Desafi o em 2011: IronMan Brasil 2011

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Arquibancada 15Arquibancada 15

Vai � car de fora?

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Será? especial CAPA

Quatro de novembro de 2010. A data fi-cará marcada na história do Londrina Esporte Clube. Não

por algum título expressivo dentro de campo. Mas sim pelo recomeço. A tão aguardada assinatura do con-trato de parceria com a SM Sports marca o início de uma nova era no Tubarão, que nos últimos cinco anos sofreu muito com as más administra-ções e dívidas sem fim.

O namoro entre LEC e SM Sports teve vários capítulos antes de tornar-se casamento. A relação começou ainda em 2009, quando o empresá-rio Sérgio Malucelli, um dos donos da SM, entrou na disputa com o grupo paulista Universe para administrar o futebol do Tubarão. Malucelli perdeu a briga pelo tempo de contrato pro-posto – 9 anos – e assistiu de perto ao fracasso da concorrente, que não durou nem seis meses à frente do clube.

Após a ruptura do contrato com a Universe, que sequer conseguiu levar o time de volta à primeira divisão es-tadual, em julho deste ano, Malucelli voltou a mostrar interesse em assu-mir o Londrina. De lá para cá, foram várias reuniões com o Conselho de Representantes e com a Justiça do Trabalho na tentativa de formalizar o acordo.

Mas sabe aquele ditado que diz “o que é para ser, será”. Exatamente um ano após o início da intervenção judicial, que afastou o presidente Pe-ter Silva do poder, Sérgio Malucelli, enfim, assume a missão de tirar o Londrina Esporte Clube do fundo do poço.

“É o melhor que consideramos para o Londrina. Viramos a página e rasgamos uma página mal escrita. Te-nho certeza de que vai dar tudo certo

agora, com um grupo que todos co-nhecem”, discursou o procurador do Ministério Público do Trabalho, Heiler Natali, que conduziu toda a negocia-ção com Malucelli e o Conselho de Representantes do clube.

A parceria, com duração de 10 anos, já tem sua primeira missão: re-colocar o clube na primeira divisão já em 2011. Para isso, Malucelli já con-firmou que trará de Irati a base do time londrinense para a Segundona do ano que vem. Segundo o empre-sário, após o término da primeira divisão, o time completo, mais a co-missão técnica e alguns juniores cam-peões da Copa Tribuna deste ano, vêm para Londrina com esta missão.

“O que podemos prometer é mui-to trabalho. Sabemos que teremos uma responsabilidade muito grande daqui pra frente, mas este é o nosso trabalho. Estamos muito confiantes nesta parceria”, disse o empresário na solenidade de assinatura do con-trato. Trabalho este que já começou.

Malucelli e seu sócio, o uruguaio Juan Figger, um dos empresários mais fortes do mundo da bola, firmaram um acordo com o Lanús, atual cam-peão argentino para o intercâmbio de jogadores. No entanto, esta troca só passaria a valer após a volta do Tu-barão para a Primeirona do Estadual.

Apoio da Prefeitura, sempre re-clamado nas últimas administrações do clube, também não vai faltar des-sa vez. Pelo menos no que depender do discurso do prefeito Barbosa Neto (PDT), torcedor assumido do clube e um dos principais defensores da par-ceria, a SM e o próximo presidente do clube podem ficar tranqüilos.

Barbosa, que participou ativa-

Por Rafael SouzaFotos: Marcos Zanutto

Parceria pode serressurreicãodo Tubarão

Depois de chegar ao fundo do poço, Londrina firma parceria com grupo milionário para tentar se reerguer

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mente das negociações e esteve presente na assinatura do contrato, anunciou patrocínio da Sercomtel para o time já a partir de janeiro, mesmo o time ficando inativo até maio. Serão R$ 420 mil durante todo o ano, R$ 35 mil por mês.

As outras benfeitorias anuncia-das pelo prefeito são a reforma das cadeiras cativas do Estádio do Café, onde cinco mil serão substituídas e mais três instaladas, aumentando a capacidade do setor para oito mil. A obra toda custará R$ 700 mil. No outro estádio, o VGD, o prefeito anunciou que renovará a conces-são ao Londrina, vencida ano pas-sado. O clube poderá usar o local para treinos e jogos das categorias de base.

Problema do Tubarão nos últi-mos anos, estrutura é o que não vai faltar nesta “nova era”. O CT da SM Sports, construído na zona sul de Londrina, no antigo Horto Tropical, não fica devendo em nada para os maiores clubes do Brasil. O espaço recém-inaugurado conta com um miniestádio com dimen-sões oficiais e iluminação e outros seis campos de futebol, além de refeitório, lavanderia, dois vestiá-rios, sala de musculação, rouparia, piscina e quatro campos de futebol

suíço. Tudo isso estará à disposição do LEC a partir de janeiro.

“Queremos dar o melhor ao Londrina. Sabemos que para alcan-çar objetivos no futebol, é preciso estrutura”, reforçou o presidente da SM Sports.

Ainda fora de campo, o Con-selho de Representantes do Londri-na já aprovou o novo estatuto do clube e agendou as eleições para o próximo dia 27.

Os candidatos é que ainda pre-cisam ser definidos. Nos bastidores, o trabalho é intenso. É bem pro-vável que haja um bate-chapa. O nome preferido de Malucelli para a presidência era o do ex-atacante Él-ber, que por enquanto prefere não assumir tal responsabilidade em ra-zão dos compromissos com o fute-bol que ainda lhe tomam boa parte do tempo. “Para ser um presiden-te ausente, melhor não ser. Quem sabe mais para frente”, disse.

Isso faz com que Malucelli e sua cúpula lance mão de um pla-no B, o empresário londrinense Cláudio Canuto, irmão do meia Silvinho, que defendeu o LEC ano passado. Já a “oposição” promete lançar um candidato também, que seria o também empresário Getúlio Castilho.

ressurreicãodo Tubarão

Depois de chegar ao fundo do poço, Londrina firma parceria com grupo milionário para tentar se reerguer

Sérgio Malluceli (direita) terá muito trabalho para reerguer o LEC

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Volei

Liga das estrelas

Toda estrelada, a Super-liga de vôlei masculino edição 2010/2011 pro-mete ser a melhor da história. O torneio tem

início neste mês de novembro com o objetivo de ser o principal campeo-nato nacional de clubes do mundo. Para isso, os investimentos das equi-pes foram pesados, mas contou a favor também a valorização do real, que fez com que os salários do Brasil fi cassem mais próximos do que pa-gam os clubes europeus.

Assim, serão 11 tricampeões mundiais em quadra. Além deles, Campeões olímpicos, mundiais em anos anteriores, estrelas brasileiras e estrangeiras. São 15 times, dividi-dos por seis estados: São Bernardo, Campinas, Pinheiros, Santo André, São Caetano, Sesi e Vôlei Futuro, de São Paulo; Blumenau e Florianópolis, de Santa Catarina; Montes Claros, Cruzeiro e Minas, de Minas Gerais; Sogipa, do Rio Grande do Sul; Lon-drina/Sercomtel, do Paraná; e Volta

Redonda, do Rio de Janeiro.Dos 14 campeões mundiais na

Itália mês passado, somente Dante, Theo e João Paulo bravo seguem atuando no exterior. Eleito melhor jo-gador do mundo, Murilo é o principal astro do torneio, ocupando o posto que sempre pertenceu ao londrinen-se Giba, outra estrela da competição.

Entre as equipes, o Pinheiros/Sky, de Giba, é um dos mais caros do torneio. Obviamente, é favorito ao título. ‘’Fazendo uma análise bem superfi cial, acho que pelo menos sete equipes entram na competição com chances de chegar à fi nal. Nós sabe-mos que a responsabilidade é gran-de. O Giba, o Gustavo, o Marcelinho e eu temos ciência que a cobrança para chegar à decisão será enorme. Estamos preparados para encarar esse desafi o’’, apontou o meio-de-rede Rodrigão, da equipe paulistana.

Da lista dos favoritos, não dá para deixar de fora o atual tricam-peão Cimed/Florianópolis. O time do levantador Bruninho e do oposto João Paulo Tavares, campeões com a seleção na Itália, defende a hegemo-nia com um londrinense no elenco, o oposto Rafael Araújo, que foi cam-

Superliga tem início recheada de astros do vôlei mundial e com expectativa de ser a mais forte e equilibrada de todas

Por Thiago MossiniFotos: Divulgação/CBV

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Liga das estrelas

peão sul-americano com a seleção brasileira juvenil recentemente.

‘’Sabemos que, dessa vez, a di-fi culdade será muito maior. O Vôlei Futuro, o Pinheiros, o Sesi, o Sada Cruzeiro, o Minas e Montes Claros se reforçaram e serão adversários muito difíceis”, apontou o levantador Bru-no Rezende.

Ainda engatinhando, o jovem time de Londrina já considera um grande feito avançar aos playoffs. O Londrina/Sercomtel, caçula do torneio, conta com o líbero reserva da seleção brasileira, Alan. Principal nome do time, ele acredita que as sete primeiras vagas no playoffs já estão defi nidas, restando a Londrina, brigar com outras sete equipes pela última vaga. ‘’Vôlei Futuro, Sesi, Pi-nheiros, Sada, Minas, Montes Claros e Cimed vão se classifi car. Resta bri-gar pela oitava vaga. Vai ser muito difícil’’, avaliou o líbero.

O líbero Alan (esquerda), campeão mundial com a seleção , é o principal nome do Londrina/Sercomtel

Com 11 tricampeões mundiais, Superliga promete ser a mais equilibrada da história

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Sai desconfi ança Campeão mundial, Bruninho cala os críticos, afasta sombra de Ricardinho

e mostra que não está na seleção por ser filho do técnico

Ser fi lho do técnico sempre gera polêmicas. Ainda mais se esse técnico dirige a melhor sele-ção de vôlei do mundo. É inevitá-vel a desconfi ança, os comentários de que está no time só porque o pai era o técnico. Conviver com isso não foi nada fácil para o le-vantador Bruno Rezende, fi lho de Bernardinho. Ainda mais quando se tem a sombra de Ricardinho, um monstro da posição.

Bruninho, 24 anos, chegou ao Campeonato Mundial de vôlei na Itália como reserva após uma ir-regular Liga Mundial. Mas contou com a sorte para recuperar a posi-ção. O então titular, Marlon, sofreu um sério problema intestinal e ele acabou se tornando o único joga-dor da posição em boa parte do torneio. Ele não decepcionou e fez com primor seu papel. Logo no seu mundial de estreia, foi o terceiro na estatística dos levantadores.

De volta para tentar coman-dar o seu Cimed/Florianópolis ao quarto título seguido da Superliga, Bruninho falou sobre tudo isso e muito mais com exclusividade à ARQUIBANCADA. Confi ra a entrevista:

Por Thiago MossiniFotos: Divulgação/FIVB

Volei

Bruninho se desmancha nos braços do veterano londrinense Giba após a conquista

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Sai desconfi ança Campeão mundial, Bruninho cala os críticos, afasta sombra de Ricardinho

e mostra que não está na seleção por ser filho do técnico

Arquibancada: Como você avalia seu desempenho no Mun-dial?

Bruninho: Acho que fi z um bom mundial. Consegui jogar com regularidade e o mais importante é que todos na equipe foram bem, o que culminou com o título.

A: O que passou pela sua ca-

beça quando sentiu o tornozelo contra a Itália? O risco de perder a � nal era grande.

B: Durante a semifi nal, quando ainda tentava voltar ao jogo, fi quei preocupado, pois não estava conse-guindo me movimentar. Durante a noite passei muitas horas com gelo e fazendo fi sioterapia e rezei muito para que a dor diminuísse um pouco e pudesse jogar. Mas conversei com o Marlon e sabia que se ele jogasse iria dar tudo certo também. Graças a Deus as coisas aconteceram da me-lhor forma.

A: Apesar de você estar con-

solidado como grande levanta-dor, muita gente ainda faz essa ligação com seu pai. Isso ainda te incomoda ou já assimilou?

B: A preferência por outros joga-dores às vezes feita por alguém não me incomoda, pois isso faz parte. Agora, duvidarem da ética do meu pai isso ainda incomoda um pouco.

A: Você fez uma fase � nal de

Liga Mundial ruim. O que mudou em dois meses, do � m da Liga para o início do Mundial?

B: O que mudou foi a fase que tive para descansar, principalmente mentalmente e poder estar tranquilo para o Mundial. Tivemos apenas uma semana entre a Superliga e a Liga Mundial e acho que minha cabeça não estava legal naquele momento.

A: Esse título mundial, com

você como titular quase todo o campeonato vai fazer com que você seja visto de forma diferen-te?

B: Não sei se serei visto diferen-te, mas sinto que essa geração um pouco renovada já esta mostrando muita coisa. Isso é importante, pois conseguimos manter os resultados da última geração, que foi a melhor de todos os tempos. O que importa é a equipe sempre.

A: Você esperava uma reno-

vação na seleção vitoriosa como está sendo?

B: Por todo o nosso sacrifício e nosso trabalho diário, sabia que iría-mos chegar entre os melhores. Mas vencer todas as competições em 2009 e 2010 foi acima do que pen-sava.

A: E a Superliga? São 11 tri-

campeões mundiais. Qual sua avaliação do torneio?

B: Temos um dos melhores cam-peonatos do mundo e isso vai fazer com que o público esteja cada vez mais nos ginásios e nosso esporte cresça.Tem tudo para ser uma Super-liga maravilhosa.

A: Vai ser difícil manter a he-

gemonia?B: Sem dúvida. Como em todos

os anos anteriores vai ser muito difí-cil. As equipes têm orçamentos maio-res que os nossos e investiram muito para montarem grandes equipes. Mas trabalharemos muito para con-seguirmos chegar a mais uma fi nal.

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das quadrasO guerreiro

Fernando Meligeni ga-nhou respeito no Brasil com suas jogadas espeta-culares e pela dedicação em quadra. Tudo normal,

não fosse ele um argentino. Pode ser engraçado, mas a rivalidade entre as duas nações não o atrapalhou em nada em sua carreira.

O “hermano” naturalizado brasi-leiro está na lista dos maiores tenis-tas do País. Sua melhor colocação no ranking mundial da ATP foi um 25º lugar em 1999, quando foi semifina-lista do badalado torneio de Roland Garros, na França, e já na reta final da carreira foi capitão da Seleção Brasileira na Copa Davis.

Meligeni deixou as quadras em 2003, mas ainda continua arrastan-do fãs por onde passa. Foi assim em Londrina no final de outubro, quan-do veio ministrar palestras e clínicas para tenistas participantes do mês do tênis, realizado durante todo o mês passado nas quadras do Londrina Country Club, com o Arthrom Cup e

Copa Raul Fulgêncio.Sua rotina continua ligada diaria-

mente ao tênis. Quando não está em quadra disputando jogos exibição, o ex-tenista ataca de “jornalista”, co-mandando um blog. A história que começou na brincadeira ganhou ares mais sérios. Seus comentários sobre tênis contam com cerca de 150 mil acessos mensais.

“É muito legal. Tem uma intera-tividade com o fã, que sempre pede comentários sobre os acontecimen-tos do tênis brasileiro e internacio-nal. Além disso, é uma maneira de eu me manter ligado à minha pai-xão, o tênis”, comenta Meligeni.

Mas ultimamente, Meligeni ad-mite que gostaria de tecer comen-tários mais animadores sobre o tênis brasileiro. A derrota para a Índia na Copa Davis e a polêmica em que se envolveu o número 1 do Brasil, Tho-maz Bellucci, quando desvalorizou os técnicos brasileiros, não o deixa-ram muito a vontade.

Do alto de seus 39 anos, e com a “malandragem” de quem dedi-cou já 26 deles ao tênis, o ex-tenista preferiu não entrar em atrito com Bellucci, mas deixou no ar uma res-

Fernando Meligeni sempre foi símbolo de raça e agora, cobra de seus sucessores postura parecida para reerguer o tênis brasileiro

Tênis

Fotos: Divulgação/ Angelita Niedzieiko

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posta ao jovem tenista paulista. “Ele ainda é novo, acho que não quis di-zer aquilo. Quando se é número 1 do Brasil, é preciso tomar cuidado com o que se diz”, recomendou. “Para mim, o Brasil tem melhores técnicos que jogadores”, opinou.

Já sobre a derrota para a Índia, Meligeni criticou a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), pela falta de transparência após o estranho re-vés para os indianos, longe de serem tradicionais no circuito mundial.

“Foi uma coisa bem estranha. Ficamos sem saber o que aconte-ceu, sem os motivos reais daquela derrota. Uma derrota assim precisa trazer uma reflexão, ver o que está errado”, apontou Fininho.

Outro assunto que ele cansa de responder em suas viagens pelo Brasil afora é as promessas do tênis brasileiro. Torcedores, imprensa, fãs, todos querendo saber quem pode o próximo Meligeni ou Gustavo Kuer-ten. Segundo ele, pretendes ao pos-to não faltam, mas é preciso cautela com os jovens tenistas.

“É difícil apontar quem vai ser

o próximo tenista brasileiro de des-taque no cenário mundial. Apostas temos muitas, como o Marcelo De-moliner, e os Tiagos, Fernandes e Monteiro. São todos bons, mas no tênis há um caminho longo para eles percorrerem ainda”, finalizou.

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Remandocontra o sedentarismo

Conheça o esporte

Remo é uma boa pedida para quem querexercitar os músculos e a cabeça

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Por Thiago MossiniFotos: Marcos Zanutto

Você e o barco. Sen-sação de liberdade. Os exercícios fazem bem ao corpo e à mente e podem ser

feitos em qualquer idade. Esse é o remo, um esporte que apesar de ter chegado primeiro que o futebol no Brasil, ainda não tem tanta tradição no país, mas que vem sendo usado pelos cidadãos comuns, atrás não de resultados, mas de qualidade de vida. A prática do remo é uma das atividades mais perfeitas e comple-tas para o aprimoramento físico, uma vez que exercita todos os mús-culos do corpo, principalmente, os do abdome, infl uenciando o sistema digestivo de forma positiva.

O remo oferece uma ginástica perfeita para todas as articulações, o que condiciona o bom funciona-mento do sistema respiratório e a circulação, ao colocar a massa cor-poral para trabalhar.

Apesar de exigir toda uma ope-ração muscular para seu desenvol-vimento, o remo não é um esporte pesado. É, inclusive, indicado para obesos e diabéticos. Pode ser prati-cado por pessoas de todas as idades e ambos os sexos.

Para obter uma boa performan-ce, o atleta de remo deve praticar bastante, para atingir quatro metas: velocidade, agilidade, resistência e força. Para que tudo funcione de forma equilibrada e funcional, o atle-ta deve transformar o meio aquático em ponto de apoio para seguir em frente, coordenando seu movimen-to juntamente com o dos demais. A falta de habilidade pode fazer o que os remadores chamam de “enforcar a remada”, ou seja, fazer com que o ritmo seja quebrado.

A técnica do atleta se baseia tan-to na maneira de usar o remo, como

na melhor forma de entrar no bar-co sem causar oscilações. O corpo da pessoa - sentada em um assento com rodas (carrinho), que se movi-menta sobre um trilhos - deve estar inclinado, os joelhos afastados e os calcanhares devem estar em contato com a barra dos pés.

“Os braços alongados devem segurar o cabo do remo sem muita rigidez. É muito importante manter a sintonia entre os movimentos de braços e pernas para não remar er-rado”, orienta o professor de canoa-gem e remo do Iate Clube de Londri-na, Gelson Moreira. “O movimento das pernas, braços e costas do atleta determinará a potência da remada”, completa.

O remo, apesar de pouco conhe-cido entre a população brasileira, surgiu antes que o futebol no país. Quem trouxe a modalidade para cá, em 1880, foram os imigrantes ale-mães do Rio Grande do Sul e, pos-teriormente, italianos do Estado de São Paulo.

Com a criação da Federação Bra-sileira das Sociedades de Remo, em 1931, a Confederação Brasileira de Desportos em 1914, clubes de todo o Brasil passam a se fi liar. As compe-tições passam a ser feitas com mais freqüência, bem como a participa-ção dos brasileiros em campeonatos internacionais.

Crianças e idosos podem prati-car o remo. Por este motivo, a faixa

etária dos atletas e dos alunos varia muito. É por isso também que o nú-mero de mulheres em treinamento está crescendo.

A reportagem da Arquibancada se arriscou nas águas do Lago Igapó nas aulas de remo. A coordenação motora é a principal inimiga no iní-cio, mas logo você vence essa bata-lha e ganha como prêmio a possibi-lidade de remar pelo belo cenário da região.

Os tipos de barcos ofi ciais utili-zados são constituídos por 1, 2, 4 ou 8 remadores. Na fase de apren-dizado, geralmente se utilizam dois tipos de barcos: palamenta simples e palamenta dupla. O primeiro se rema com um e o segundo com dois remos.

Os barcos são do tipo single-skiff , double-skiff e four-skiff, de pala-menta dupla. Eles podem ter timo-neiro, que é a pessoa responsável pelo comando da guarnição e que, através do equilíbrio, guia o leme, podendo fi car na proa do barco ou deitado na ré.

O instrutor Gelson Moreira acompanha de perto as remadas dos iniciantes, como o repórter Thiago Mossini (direita)

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Ai! Meu joelho!Aumenta o número de lesões

de joelho em crianças e

adolescentes na última década;

ortopedista Rodrigo Medeiros

explica as causas do fenômeno Elas são as grandes vi-lãs de muitos atletas profissionais. Quando ocorrem, podem aca-bar com a carreira de

quem deseja manter um nível eleva-do nos esportes de alto rendimento ou mesmo atrapalhar quem pratica apenas atividades físicas nos finais de semana.

Entretanto, as famosas lesões de joelho vêm atingindo um públi-co, digamos, diferente nos últimos dez anos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Joelho do Hospital do Coração (HCor), o número de fraturas e torções no local aumentou 15% ao ano entre crianças e adolescentes no período.

Por Victor LopesFotos: Marcos Zanutto

Reflexão

Os pais devem se conscientizar que cada exigência tem seu tempo, inclusive no esporte.

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Ai! Meu joelho!

Estatística que preocupa ortopedis-tas de todo o País. A reportagem da Revista Arquibancada conversou com um especialista no assunto para descobrir as causas do problema.

O ortopedista Rodrigo Medei-ros, do Instituto de Videoartros-copia, Ortopedia e Traumatologia (Ivot) explica que a carga exaustiva de treinamentos em crianças é um dos principais fatores para o au-mento desse número de lesões. “A exigência da família e a precocida-de para conquistar resultados ainda pequenos acabam afetando os mais jovens, que ainda estão com o es-queleto imaturo para isso”, avalia o especialista.

Tal intensidade nas atividades entre os pequenos pode gerar lesões difíceis de serem tratadas e causar

prejuízos para a vida toda, tanto físi-cos quanto psicológicos. “Você aca-ba tirando o potencial de um atleta e ainda fazendo com que ele desista do esporte precocemente”, comen-ta Medeiros.

Além da intensidade, a falta de exercícios regularmente também

prejudica a garotada. Como ficam tempos sem se exercitar, quando fa-zem atividades de alto impacto, aca-bam se lesionando. “Alia-se a isso o aumento da taxa de obesidade em crianças e adolescentes, o que é bem preocupante”, ressalta o ortopedista.

Dentre as modalidades que mais trazem crianças até as clínicas de or-topedia do País estão o vôlei, basque-te, skate e principalmente o futebol. “O futebol é muito praticado e acaba expondo demais ao contato físico, por isso a taxa de lesão acaba sendo elevada”, explica Rodrigo.

Para atenuar esse tipo de proble-ma, recomenda-se exigir menos do esporte nesse período de crescimen-to, para que os jovens sintam o pra-zer da atividade sem nenhum tipo de pressão maior. Associa-se a isso alter-

nar atividades de impacto com outras que estimulem o alongamento. “Os pais devem se conscientizar que cada exigência tem seu tempo, inclusive no esporte. Para crianças que realmente competem, é necessário possuir um treinamento específico e com profis-sionais”, complementa o especialista.

Atividades por faixa etária

NATAÇÃOPode ser praticada até por bebês de meses, de forma lúdica. Com fins de desempenho, 5 anos é a idade mínima.

VÔLEI, BASQUETE, FUTEBOLMelhor após 8 anos, quando a criança já tem disciplina para trabalhar em grupo, além de noção de posicionamento.

JUDÔ, CAPOEIRAA partir de 3 anos, para estimular disciplina e concentração, mas não a competição.

BALÉTambém a partir dos 3 anos, para desenvolver disciplina, postura e equi-líbrio.

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Moda Esportiva

Desc

olad

o, n

a m

oda

eco

m a

titud

e!Pólo listrada branca Adidas Bermuda de sarja Timberland cinzaCrocs marrom

Camiseta gola “V” Ecko rosaBermuda Billabong branca e cinzaTênis Oakley Flak LowBoné Oakley cinzaMochila Billabong camufl ada

Bermuda Timberland marromCamiseta gola “V” Billabong listrada Tênis Converse cru

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Chinelo ou tênis no pé, bermu-das coloridas e camisetas com estampas dife-renciadas com

a cara do verão. Todo homem,

independente da idade, gosta de

vestir looks des-pojados, muitas vezes sonhando em fugir da calça jeans e camisas mais pesadas do dia a dia.

Nesta edição de novembro da Re-vista Arquiban-cada, a equipe

da Bolivar Sport Wear preparou

seis combinações especiais para estes homens

descolados, que buscam asso-

ciar conforto ao estilo. Os clicks

são do fotógrafo Marcos Zanutto.

Por Victor Lopes

Bermuda Billabong vermelha e pretaCamiseta Billabong brancaTênis Oakley Teeth branco

Bermuda Mormaii brancaCamiseta Nike preta com detalhes Chinelo Adidas

Camiseta Billabong brancaBermuda Mormaii listrada Tênis Adidas Light MarromBoné Billabong preto e azul

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Não tem transmissão de televisão que se iguale à vibração, à energia e à diversão que é assistir uma partida de futebol num estádio. Tudo bem que tem gente que não gosta, mas estádio é um dos poucos lugares onde você encontra pessoas de todas as classes sociais sofrendo igual, xingando igual, fes-tejando igual, torcendo pelo seu clube.

Está certo que tem gente que chega de BMW, Mercedes, carros populares e até espremido no Gol (Grande Ônibus Lo-tado). Mas, independente de como você chegou, depois que coloca a bunda (no caso dos endinheirados poderíamos usar outros termos como glúteos ou nádegas) na arquibancada, o poder do dinheiro, a escola sofisticada, o curso de pós-gradu-ação na Europa, o carteado no tunguete, tudo é esqueci-do. Todos são iguais perante a imprevisibilidade do jogo. Todos são iguais ao criticar aquele árbitro Fdp que só porque o nosso lateral deu um toco no atacante deles, fazendo voar a caneleira do adversário, sangrando parte da perna e arrancando um metro quadrado de grama, deu falta próxima a área que acabou resultando no primeiro gol da partida.

Por outro lado, o pênalti duvidoso, marcado no último mi-nuto da partida, para o nosso glorioso time redime o árbitro-herói nosso de cada partida.

Pois é meu amigo. A explosão de alegria no momento do gol do seu time, a tensão, esse clímax, você só encontra no estádio e em algumas camas de motéis, mas aí o tema foge um pouco da Arquibancada.

Já se você assiste o jogo em casa é um drama. Fala sério. A primeira providência é se esparramar no sofá, prejudicando a sua coluna vertebral, pega o controle remoto, coloca o saco de pipoca feito no microondas, e se prepara. Dez minutos de jogo e seu filho quer saber se não dá para mudar de canal que ele quer ver desenho.

- Não, não dá. Hoje é domingo e a TV é do pai. O atacante chuta, a bola segue sua trajetória em direção ao

gol e quando o ato vai ser consumado... sua filha passa entre você e a televisão.

- Perdi o gol de novo, droga. Tudo bem que já inventaram o replay, mas não é a mesma

coisa. É o mesmo que rir da piada duas horas depois, sozinho no banheiro.

Minutos depois, parece até cronometrado, a mulher recla-ma:

- E aí, hoje é domingo, não vai comparecer? E você, na maior cara-de-pau:

- Só depois do futebol, isso se meu time ganhar, caso contrário, considere-se descomparecida.

Confesse, quantas vezes isso não aconteceu na sua casa? Todo domingo?

No estádio não, você se concentra na partida, mas também pode – ulha!!!! - desconcentrar-se olhando as jovens que, cada vez mais,

comparecem aos jogos. Loiras, morenas, ruivas, negras, mu-latas, altas, baixas, médias, mignon, longilíneas, cheinhas, ma-grinhas, no ponto, bem passadas, mal passadas...

E a pipoca então? Ah a pipoca!!! Ela é feita daquele jeiti-nho antigo, com óleo velho. A cerveja, carregada por aqueles ambulantes que insistem em parar exatamente na sua frente para atender toda a torcida do Flamengo, quando está gelada, está morna; mas quando ela está morna está mesmo é quente; gelada, gelada, só quando você acerta a sorte grande. Mas o normal mesmo é você lembrar do goró no dia seguinte abra-çado a Santa Neosaldina.

Viu? Arquibancada é tudo de bom. Programaço!!!Agora, se você quer ficar em casa, esparramado no sofá,

suando o barrigão, babando no travesseiro... e, pior, não com-parecendo...

Estádio sim, TV não

NA GERAL // CLÁUDIO OSTI

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NA GERAL // CLÁUDIO OSTI

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Arquibancada 32 www.unifil.br - Londrina PR

Vestibular

UniFil 2011Vestibular

UniFil 2011Vestibular

UniFil 2011

Provas28 de novembro, as 9h

26 de novembro26 de novembro

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