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    Reservados todos os direitos por Centro Atlntico, Lda.Qualquer reproduo, incluindo fotocpia, s pode ser feita com autorizaoexpressa dos editores da obra.

    Casas InteligentesColeco: SoluesAutores: Jos Augusto Alves e Jos Mota

    Direco grfica: Centro AtlnticoReviso final: Centro Atlntico

    Capa: Paulo BuchinhoFoto de capa: Gettyworks

    Centro Atlntico, Lda., 2003Av. Dr. Carlos Bacelar, 968 - Escr. 1 - A4764-901 V. N. Famalico

    Rua da Misericrdia, 76 - 1200-273 LisboaPortugalTel. 808 20 22 21

    [email protected]

    Design e Paginao: Centro Atlntico

    Impresso e acabamento: Inova1 edio: Abril de 2003ISBN: 972-8426-67-Depsito legal: /03

    Marcas registadas: todos os termos mencionados neste livro conhecidoscomo sendo marcas registadas de produtos e servios, foramapropriadamente capitalizados. A utilizao de um termo neste livro no

    deve ser encarada como afectando a validade de alguma marca registadade produto ou servio.O Editor e os Autores no se responsabilizam por possveis danos moraisou fsicos causados pelas instrues contidas no livro nem por endereosInternet que no correspondam s Home-Pages pretendidas.

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    ndice

    1 O QUE UMA CASA INTELIGENTE?..................................... 9

    1.1 Para qu investir numa casa inteligente? 111.2 E caro ter uma casa inteligente? 12

    2 EDIFCIOS E ESPAOS INTELIGENTES ............................... 15

    3 EDIFCIOS INTELIGENTES (INMTICA)............................... 21

    4 E O QUE A DOMTICA? ................................................ 27

    5 ADOMTICA NO MUNDO, NA EUROPA E EM PORTUGAL..... 31

    6 O FUTURO DA DOMTICA ................................................ 33

    7 FAQVERDADES E MENTIRAS ACERCA DA DOMTICA..37

    8 PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA.................. 45

    8.1 Segurana 458.1.1 Alarme 468.1.2 Intruso 498.1.3 Fuga de gs 538.1.4 Nvel e fuga de combustvel lquido 538.1.5 Inundao 55

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    6 CENTRO ATLNTICO:CASAS INTELIGENTES

    8.1.6 Incndio 568.1.7 Vigilncia 57

    8.1.8 Gesto Tcnica 608.2 Iluminao controlo e regulao 628.3 Aquecimento energias, controlo e regulao 648.4 Cortinas, Toldos e Estores 678.5 Difuso sonora / Intercomunicao 698.6 Rega controlo, regulao e automatizao de

    processos em funo de condies ambientais 718.7 Software de superviso 72

    8.8 Piscinas controlo da qualidade da gua, vigilnciae segurana 758.9 Gesto de Energia 778.10 Comandos locais 778.11 Comandos distncia (no local) 798.12 Comandos remotos (fora do local) 798.13 Rede Informtica 808.14 Central telefnica 84

    8.15 Acesso Internet 868.16 Adaptao a incapacidades 92

    9 PRINCIPAIS SISTEMAS .................................................... 93

    9.1 Echelon Lonworks 939.2 X10 959.3 EIB (European Installation Bus) 97

    9.4 Outros sistemas 101

    10 CRITRIOS DE ESCOLHA ............................................... 105

    10.1 Sistemas proprietrios fechados 10610.2 Sistemas proprietrios abertos 10710.3 Sistemas abertos 108

    11 DOMTICA E

    ARQUITECTURA

    ........................................ 111

    12 DOMTICA E AMBIENTE ................................................ 113

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    O QUE UMA CASA INTELIGENTE? 7

    13 DOMTICA E TECNOLOGIAS DE INFORMAO E

    COMUNICAO ............................................................ 115

    14 DOMTICA E SEGURANA ............................................ 119

    15 ADOMTICA EM CASAS NOVAS ..................................... 121

    16 ADOMTICA EM CASAS J CONSTRUDAS E EM CASAS

    ANTIGAS ...................................................................... 123

    17 PROJECTOEXEMPLO PRTICO ................................... 125

    17.1 Vivenda inteligente 126

    18 LINKS E CONTACTOS .................................................... 143

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    1 O QUE UMA CASA INTELIGENTE?

    As casas, e os edifcios em geral, no so nem nuncasero inteligentes, mas sim o uso que delas souber-mos fazer.

    , no entanto, corrente chamar inteligentes s casasque possuam caractersticas capazes de tornar a vidamais simples a quem nelas habita, assim agrupadasem cinco categorias principais:

    o Segurana

    o Economia

    o Conforto

    o Ecologia

    o Integrao

    Para cada indivduo, em cada momento, tero natural-mente importncias diferentes cada uma das catego-rias.

    No entanto, s cinco enunciadas juntamos a capaci-dade de adaptao das casas, tornando-as evolutivascom a tecnologia, e essencialmente com as necessi-dades e as preferncias de quem as habita.

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    A gesto dos espaos interiores e exteriores com a

    adequao do controlo de iluminao, estores, aqueci-

    mento, rega, temperatura da gua da piscina, etc., s

    condies atmosfricas ou s ordens remotas via

    Internet ou telemvel, hoje uma realidade de muitas

    habitaes em Portugal e em muitos outros pases do

    mundo.

    Imagem Siemens alusiva s funcionalidades do instabus EIB

    Ao analisarmos as funcionalidades tecnolgicas num

    edifcio comparando-as com as de qualquer veculoautomvel, equipamento de telecomunicaes, ou comum simples electrodomstico, rapidamente damos

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    O QUE UMA CASA INTELIGENTE? 11

    conta do dfice tecnolgico que ainda usual encon-trar em qualquer habitao tradicional o maior, mais

    importante e mais duradouro investimento da vida decada um.

    Neste livro pretendemos alertar para o abuso de pala-vras como domtica, inmtica, casas inteligentese edifcios inteligentes, que produzem reaces

    adversas nos proprietrios dos edifcios, patrocina-dores e grupos financeiros, que so levados a concluirque aquilo que lhes proposto no adequado sfunes pretendidas.

    Em sntese, pretendemos contribuir com alguns co-nhecimentos que permitam ao investidor, particular ou

    profissional, dominar os conceitos fundamentais destarea tecnolgica para que deles possa fazer uso,segundo os seus prprios critrios de escolha.

    1.1 Para qu investir numa casa inteli-gente?

    O investimento numa casa, seja inteligente ou no,significa normalmente longos perodos de ponderaoem busca do equilbrio entre o oramento disponvel eos requisitos especficos de cada um.

    O investimento numa casa inteligente implica no ime-diato o benefcio do usufruto das diversas funcionali-dades instaladas e, no futuro, a capitalizao da valo-

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    rizao do investimento em contraponto com a fortedesvalorizao inerente a um edifcio desactualizado,

    sem possibilidade de adaptao s necessidades tec-nolgicas de cada momento.

    Do ponto de vista do investimento, h que ter emconta que a evoluo tecnolgica e o consequenteaumento das funcionalidades, eleva as expectativasdo comprador modificando assim a tradicional evolu-o do valor de mercado imobilirio.

    Em poucos anos, decalcando alis o que se vem pas-sando no resto da Europa, o aumento da procura dascasas inteligentes levar a que o mercado se adapte,oferecendo uma vantagem que desde j est dispo-sio dos mais atentos.

    1.2 E caro ter uma casa inteligente?

    A apreciao do valor investido numa casa inteligentedepende de critrios subjectivos, e portanto fora dalgica e aritmtica que nos permitiriam de forma rigo-rosa e universal atribuir uma classificao. A dificul-dade agrava-se ainda dado o carcter tambm subjec-tivo do valor atribudo ao termo de comparao.

    caro ou barato comparado com o preo de uma casa

    tradicional, ou comparado com o preo de outros in-vestimentos?

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    O QUE UMA CASA INTELIGENTE? 13

    Na realidade, consensual considerar-se que umacasa inteligente no mais dispendiosa do que uma

    casa tradicional, levando em conta que o investimentoem tecnologia ora entre 2% e 10% do valor total dacasa, sendo normalmente inferior ao custo da cozinhaou da construo de uma pequena e simples piscinadescoberta.

    Basta assim considerarmos a segurana acrescida evalorizao adicional do imvel, para concluirmosnaturalmente tratar-se de um bom investimento, comretorno imediato e futuro.

    Porm, fundamental efectuar boas opes quandose trata de escolher os parceiros e os produtos tecno-

    lgicos a instalar em casa, pois, como em qualquernegcio, uma m escolha pode naturalmente implicarum resultado final decepcionante.

    Comparao de custos

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    O grfico representa a evoluo dos custos entre umainstalao tradicional e uma com sistema de dom-

    tica.1

    1 Quando comparados, visvel o custo mais elevado do sistema dedomtica para edifcios com funcionalidades muito reduzidas: - Zona 1.

    No entanto, ao aumento das exigncias corresponde um aumentomoderado no custo deste sistema, enquanto que o custo de uma instalaocom um sistema tradicional aumenta fortemente: - Zona2.Para exigncias muito elevadas, o custo do sistema de domtica no significativo enquanto que um sistema com tecnologia tradicional ou nosatisfaz os requisitos ou apresenta um custo brutal: - Zona 3.

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    2 EDIFCIOS E ESPAOS INTELIGENTES

    Recuemos ento um pouco at aos anos 70, onde ossistemas AVAC (Aquecimento, Ventilao e Ar Condi-cionado) foram os primeiros sistemas de edifcios a

    serem electronicamente controlados. O controlo des-tes sistemas era ento efectuado por pequenos chipscomputorizados que, atravs de sensores localizados,permitiam respostas e alteraes rpidas e mais preci-sas face s condies climatricas. Foi a partir dessaaltura que se fomentou o desenvolvimento da ideia de

    tornar os edifcios dotados de inteligncia, embora ain-da sem qualquer integrao.

    Um pouco mais tarde (j nos anos 80), apareceram ossistemas de automao de segurana, iluminao eintruso, mostrando coordenao entre componentesdo mesmo sistema.

    O primeiro edifcio da gerao daqueles que podemosapelidar de Edifcios Inteligentes foi o Lloyds Buildingconstrudo em Londres e projectado pela RichardRoger Partnership. O sistema de gesto do edifcioinclua avanados sistemas tecnolgicos mas faltava-

    -lhe integrao entre eles.Alguns outros edifcios construdos posteriormente aoLloyds Building e que tambm utilizaram conceitos

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    idnticos foram, por exemplo, o NEC Tower construdopela Nikken Sekkei no final dos anos 80, o IBM Cen-

    tury Tower construdo pela Foster Associates, Ltd noprincpio dos anos 90 ou mesmo mais recentemente oTurbine Tower Building construdo pela Richard Ro-gers.

    Actualmente, atingimos j um nvel tecnolgico em que

    as construes dos edifcios, devido s tecnologiasutilizadas e a respectiva integrao existente entre asmesmas, nos permitem j afirmar tratarem-se de ver-dadeiros edifcios inteligentes, fazendo assim jus aonome que lhes dado.

    A diferena essencial entre um edifcio inteligente, sejade habitao, indstria, comrcio ou servios, e umedifcio que utiliza tecnologias tradicionais, est na

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    EDIFCIOS E ESPAOS INTELIGENTES 17

    forma como todas as funcionalidades se integram ecomplementam, fluindo a informao entre o sistema

    de segurana, os equipamentos de climatizao, oselectrodomsticos, o controlo de acesso, a rega auto-mtica, a rede informtica, a rede telefnica, o sistemade difuso digital de udio e vdeo, etc.

    Por exemplo, num edifcio inteligente, o sinal de umsensor de abertura de janela pode ser enviado simul-taneamente ao sistema de alarme de intruso, ao sis-tema de som, e ao sistema de climatizao. O valor

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    indicado pelo termmetro da temperatura do ar exte-rior pode ser enviado simultaneamente ao sistema de

    climatizao, ao controlo automtico de estores, aosistema de aquecimento da gua da piscina, ao sis-tema de abertura e fecho da cobertura da piscina, e aum qualquer display digital instalado em qualquerponto do edifcio.

    Qualquer ocorrncia, medio ou ordem pode influen-ciar ao mesmo tempo o funcionamento de qualquersistema, conforme opo e critrio estabelecido peloprojectista, utilizador, ou habitante.

    Ao enviarmos um nico comando remoto, ou ao pres-sionarmos uma tecla, podemos acender simplesmente

    uma luz, ou activar um cenrio pr-definido, actuandosimultaneamente no comando de estores ou toldos, nocontrolo de vrios pontos de luz, no sistema de rega,no sistema de alarme, no sistema de difuso deudio/vdeo, etc...

    Estamos portanto perante um conceito tecnolgicobem definido, que alberga diferentes tecnologias paraexecuo de funes especficas, mas que garante aintegrao e interaco inteligente de todas elas.

    Podemos assim conceber o funcionamento de cadasistema em funo do resultado de uma matriz de

    eventos e resultados, concebida e adaptada s prefe-rncias e necessidades de cada indivduo, preparadapara ser ajustada dinamicamente no tempo.

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    EDIFCIOS E ESPAOS INTELIGENTES 19

    Estores

    Iluminao

    Aquecimento

    Sirene

    Rega

    ...

    Tecla 1

    Tecla 2

    Detector 1

    Detector 2

    Alarme Intruso

    Vento forte

    Temperatura

    Baixa

    Comando remoto

    Exemplo de matriz de eventos e resultados

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    3 EDIFCIOS INTELIGENTES (INMTICA)

    Poder-se- dizer que um edifcio inteligente aqueleque incorpora sistemas de informao e de comunica-es em todo o edifcio com controlo automatizado,

    monitorizao e gesto de todos os distintos sub-sis-temas ou servios do edifcio, de forma ptima e inte-grada.

    Desta forma, local ou remotamente, possvel monito-rizar e controlar totalmente o edifcio e, da mesmaforma, o edifcio informar-nos ( equipa da manuten-

    o) do seu estado actual em relao a todos os sis-temas e (mais importante) comunicar-nos a ocorrnciade qualquer situao de alarme ou crtica, permitindo asua correco, na maior parte dos casos remotamente(isto , sem termos de nos deslocar ao edifcio).

    Adicionalmente, todos os sistemas instalados nestetipo de edifcios tm de ser projectados com a mximaflexibilidade, para que seja simples e economicamenterentvel a ampliao ou implantao de futuros siste-mas, quaisquer que venham a ser.

    Um edifcio inteligente dever ser capaz de se auto-gerir, mas tambm de permitir o controlo de formadescentralizada, local ou remotamente, de:

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    o parmetros relacionados com a administraodo prprio edifcio;

    o parmetros relacionados com a administraode escritrios ou lojas existentes no mesmo.

    Relativamente ao prprio edifcio devero ser contro-lveis de forma descentralizada, local ou remotamenteos seguintes parmetros:

    o Ambiente: iluminao e climatizao;

    o Controlo energtico;

    o Sistemas de segurana: controlo de sondas esimulao das mesmas no caso de falha defuncionrios de segurana; alarmes de incn-

    dio, intruso, inundao, fumos e gazes txi-cos; monitorizao e vigilncia vdeo (CCTV):

    o Controlo de acessos: de funcionrios e de visi-tantes;

    o Sistema de distribuio de som (e de imagens);

    o Controlo de elevadores;

    o Controlo de motores: gua, extractores, injecto-res, etc.

    Relativamente ao controlo (separadamente) de escrit-rios ou lojas existentes no edifcio, devero ser con-trolveis os seguintes parmetros:

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    EDIFCIOS INTELIGENTES (INMTICA) 23

    o Todos os elementos necessrios a uma ade-quada automatizao (e futuras alteraes) do

    ambiente de trabalho, permitindo desta formaque cada utilizador possa facilmente instalar(ou ampliar) os seus prprios equipamentoscom possibilidade de interconexo com outrosequipamentos exteriores ou com outros siste-mas do edifcio (ligao a rede local LAN,

    extenso telefnica para telefone fixo ou port-til, possvel extenso de fax, possibilidade deligao ao sistema de controlo do edifcio parao controlo da iluminao e climatizao da suarea de trabalho a partir do computador, etc.);

    o As salas inteligentes permitem no s ter umareunio de negcios mas tambm apresentarum novo produto ou dar uma conferncia comagilidade e eficincia. Aqui a automatizao eas possibilidades de controlo a partir de umPC, PDA e outros dispositivos no s simplifi-

    cam estas tarefas como transmitem uma ima-gem de inovao e vanguardismo por parte daempresa em causa.

    Relativamente gesto (inteligente) do edifcio noponto de vista da poupana de energia, dever serpossvel:

    o Desligar todo o equipamento de AVAC (aqueci-mento, ventilao e ar condicionado) em pero-dos de no utilizao, ou colocar o mesmo (em

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    cada local) no seu mnimo de consumo ou (deforma automtica) em desumidificao (caso a

    mesma seja necessria para garantir um bomambiente de trabalho);

    o Controlar, ajustar e monitorizar os nveis dehumidade e temperatura do edifcio. Os con-troladores inteligentes tm a possibilidade de

    efectuarem de forma automtica os reajustesrelativamente aos valores pr-determinados emhoras em que no estejam a ser utilizados;

    o Efectuar a monitorizao dos consumos deenergia elctrica por zonas, desligando deter-minados equipamentos em horas de pico, ou

    colocando em funcionamento baterias de con-densadores por forma a compensar o factor depotncia, reduzindo assim fortemente os custosenergticos;

    o Efectuar a monitorizao dos consumos degua por zonas (ou mesmo por cada torneiraou sada), podendo desta forma facilmentedetectar eventuais fugas de gua ou actos devandalismo.

    A actual gerao de Edifcios Inteligentes possibilitaa integrao de todos os sistemas instalados com aajuda das mais avanadas tecnologias de informaoe comunicao.

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    EDIFCIOS INTELIGENTES (INMTICA) 25

    Torneira controlada por sistema EIB com controlo de

    caudal mximo, consumo mximo por partida e

    deteco de vandalismo

    A tecnologia deixou de ser impessoal, cinzenta e sobre

    coisas. Hoje em dia a tecnologia est cada vez maisincorporada em tudo o que nos rodeia e cada vez maisnos edifcios e espaos em que vivemos, havendouma cada vez maior preocupao dos fabricantes emfornecer-nos tecnologia com a qual nos saibamosrelacionar, e nos agrade faz-lo, ao contrrio da tec-nologia que existia h uns anos atrs, em que eramnecessrios verdadeiros manuais de centenas ou

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    milhares de pginas para aprendermos a manusearqualquer aparelho ou equipamento.

    O relacionamento e interligao inteligente, certa-mente a uma escala urbana, tambm uma manifes-tao espacial da economia e das inovaes tecnol-gicas.

    Hoje em dia as preocupaes na construo do edif-

    cio j no so apenas as de controlo dos sistemas deAVAC existentes ou da sua iluminao a nova gera-o de edifcios est concentrada na sensibilizaoeconmica mas tambm ecolgica, com especialateno na racionalizao das energias, optimizando oseu uso e recorrendo utilizao de energias alterna-

    tivas, como a solar, olica, etc..

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    4 E O QUE A DOMTICA?

    A palavra domtica deriva das palavras Domus (casa)e Robtica (controlo automatizado de algo), ou seja, adomtica define-se como a possibilidade de controlo

    de forma automtica das nossas casas tornando-as noque vulgarmente se costuma designar por casas inte-ligentes.

    Mas como podemos ento definir o conceito de

    inteligente?

    Inteligente aquele que capaz de realizar funeslgicas (que podem ser dadas por uma srie de condi-es pr-estabelecidas), mas tambm o que temcapacidade de aprender, sugerindo automaticamentecenrios de iluminao, climatizao, som ambiente,etc., em funo dos cenrios mais utilizados por cadautilizador, adaptando-se desta forma evoluo natu-ral das preferncias de cada um.

    Resumidamente, podemos dizer que uma casa (ou

    mesmo um edifcio destinado a habitao) no setorna inteligente s pelo facto de utilizar um (qual-quer, mesmo que avanado) sistema de domtica!

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    A inteligncia de uma casa e do seu espao envol-vente est na integrao adequada do(s) sistema(s)

    de domtica utilizado(s) com os diversos dispositivos esistemas existentes:

    sistemas de iluminao, sistemas de seguranacontra situaes de risco como incndio, inunda-o, intruso, gases txicos, etc., sistemas de

    vigilncia vdeo com comunicao digital remota,sistemas de aquecimento, ventilao e ar condi-cionado, sistemas de rega automtica, sistemas decomunicao de dados, voz e acesso Internet, etodos e quaisquer outros sistemas necessrios aonormal funcionamento da casa.

    A implementao de uma gesto tcnica descentrali-zada garante no s a completa monitorizao doestado de toda a casa (desde quadros elctricos dedistribuio e comando, quadros elctricos socorridos,estado de funcionamento dos sistemas de AVAC,estados de alarmes e condies crticas, etc.) mastambm o estabelecimento automtico de ordens entrediferentes sistemas. A integrao completa-se median-te a parametrizao dos sistemas utilizando um nicoprotocolo de comunicao, ou com a utilizao de

    gateways entre os diferentes protocolos.

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    E O QUE A DOMTICA? 29

    Vrios aspectos do controlo de um Edifcio Inteligente

    Para tal necessrio garantir sempre um estudo pr-vio da casa (do edifcio habitacional ou empreendi-mento em causa), analisando-o, para que desde afase de projecto at sua entrada em funcionamentoefectiva, se implementem os sistemas necessriospara garantir a satisfao dos requisitos e expectativasiniciais sonhadas pelos seus habitantes.

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    30 CENTRO ATLNTICO:CASAS INTELIGENTES

    Contrariamente ao que pensam alguns leigos, adomtica no apenas mais uma infra-estrutura

    necessria nas casas de hoje, sem pensarem emqualquer integrao da mesma com os demais siste-mas.

    Existem, contudo, ainda no mercado diversas empre-sas que promovem em termos de marketing o nome

    de casas inteligentes, quando apenas utilizam algunsautomatismos isolados, sem qualquer possibilidade deintegrao ou expanso. O resultado provoca a des-confiana e saturao entre os clientes particulares ouprofissionais, ainda procura de elementos de refe-rncia numa tecnologia que ainda no conhecem.

    Uma casa inteligente aquela que promove a transfe-rncia de dados de um sistema para outro estaforma de pensar actual dos grandes grupos dedesenvolvimento tecnolgico tem desta forma evoludopara sistemas integrados para edifcios, com o objec-tivo de oferecer sistemas de controlo em que, para

    servios diferentes num edifcio, a sua organizao eintegrao tem como fundamento a obteno deoperaes comuns.

    Ao longo deste livro vamos tentar desenvolver emmaior detalhe toda esta temtica relacionada com a

    domtica no sentido de o ajudar a si, leitor, a melhorcompreender todo este conceito e o tentar ajudarassim a decidir ou melhor projectar a sua casa.

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    5 ADOMTICA NO MUNDO, NA EUROPA E

    EM PORTUGAL

    A Domtica hoje uma realidade escala mundial,extravasando mesmo a tradicional competio tecno-

    lgica entre a Europa e os Estados Unidos da Am-rica, com a emergncia de um novo continente afir-mando-se como plo dinamizador, no s capaz deimplementar eficientemente sistemas domticos emgrande escala, mas tambm capaz de competir paraliderar em entusiasmo e inovao a sia.

    semelhana de tantas outras reas econmicas etecnolgicas, no continente Europeu a Alemanha tomao papel de locomotiva de toda a evoluo da domtica,albergando simultaneamente os principais fabricantese o maior mercado dos dispositivos que a compem.

    Em Portugal, a domtica tem ainda uma expressoreduzida, restringindo-se a um pequeno grupo de pro-fissionais e utilizadores tecnologicamente esclarecidose actualizados. Estamos no entanto no ponto de vira-gem com a domtica a ocupar um lugar de destaquena comunicao social, com redobrada actualidade

    tendo em conta a necessria revitalizao do mercadoimobilirio, fortemente fustigado por um clima social eeconmico repleto de incerteza.

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    32 CENTRO ATLNTICO:CASAS INTELIGENTES

    Surge assim a domtica na linha do que antes aconte-ceu com a introduo generalizada dos vidros duplos,

    lareira, aquecimento central, hidromassagem, etc.,centrando a oferta imobiliria nos segmentos sociaismenos penalizados.

    A presente transformao dos equipamentos de tele-comunicaes, mveis e fixos, em equipamentos mul-

    tifuncionais e multimdia, representa um salto gigantena interactividade das pessoas com os edifcios, alte-rando definitivamente a actual forma de viver e usar osespaos que ocupamos.

    As novidades tecnolgicas oferecem ao quotidiano

    funcionalidades multimdia que iro revolucionar a forma

    de pensarmos e ocuparmos os espaos.

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    6 O FUTURO DA DOMTICA

    Mostra-me a tua casa, dir-te-ei quem s

    No futuro est em causa a exclusividade da domticano sector tecnolgico ligado rea da engenhariaelectrotcnica, informtica e de telecomunicaes,dando lugar a uma nova abordagem, com um papeltransversal relativamente a todas as engenharias, ar-quitectura, design e cincias-humanas.

    O carcter eminentemente tecnolgico com discussoprivada entre tcnicos especializados ser substitudopor uma nova realidade a tecnologia vulgarizadaestar ao alcance da maioria e far parte do quoti-diano de qualquer um, nas casas, nos transportes, nosedifcios de servios, nas fbricas, nos equipamentosportteis, etc.

    Hoje, nos aparelhos portteis do tamanho de um vul-gar telemvel, temos nossa disposio um telefone,uma cmara fotogrfica/filmar, um lbum fotogrfico,um leitor de MP3, uma agenda electrnica, um bloco

    de apontamentos, um processador de texto, uma folhade clculo, um software de apresentaes, um equi-pamento de GPS, acesso ao e-mail, um comando uni-

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    O FUTURO DA DOMTICA 35

    As extraordinrias capacidades de obter e trocarinformao permitem estabelecer registos digitais, que

    quando manipulados sem cautela acabaro por aten-tar contra as liberdades individuais dentro da socie-dade, organizaes e famlias.

    Assim, novos desafios se nos colocam:

    - como utilizar as novas tecnologias a nosso favor,

    sem colocar em causa liberdades ou interessesterceiros;

    - como evitar que terceiros usem as mesmas tecno-logias para nos incomodarem ou at prejudicarem;

    - como que a sociedade pode estabelecer regras

    lgicas e justas com o mesmo ritmo da evoluotecnolgica;

    - como que a tecnologia que nos rodeia de manh noite, vai interferir no nosso relacionamentohumano dentro das famlias e organizaes.

    A domtica, como elemento presente na vida de cadaum no ir fugir a estas questes. A responsabilidadede cada interveniente ser crescente acompanhandocada nova funcionalidade.

    O futuro dos edifcios no oferece dois caminhos, talcomo na sociedade de hoje no temos alternativa aouso dos telefones fixos e mveis, computadores, Inter-net e media .

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    O desafio o de explorarmos de forma inteligente ereflectida, com os olhos postos na segurana e no

    conforto. Mais do que nunca, a nossa casa revelar osnossos valores, o nosso conceito de vida e a nossarelao com a famlia e com o mundo. No futuro pode-remos afirmar:

    Mostra-me a tua casa, dir-te-ei quem s.

    Na mesma interface, a consulta da lista de alarmes, o

    correio-electrnico, a utilizao multimdia, a regulao do

    sistema de climatizao, a programao do ciclo de aber-

    tura e fecho de cortinas e estores, etc.

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    7 FAQVERDADES E MENTIRASACERCA DA DOMTICA

    - A Domtica paga-se com a poupana de energia.

    MENTIRA um clssico na apresentao dadomtica considerar recupervel o investimentosubtraindo mensalmente a poupana de ener-gia ao custo inicial do sistema. claro que adomtica possibilita a optimizao dos custosenergticos, com importantes vantagens eco-

    nmicas ecolgicas, mas ainda estamos longede aproximar sequer a poupana do valor ini-cialmente investido.

    Neste domnio ainda temos um longo caminhoa percorrer dotando a casa de intelignciadesde o seu conceito e projecto seleco dacorrecta orientao solar e boa escolha e uti-lizao dos materiais de construo. A primeirapreocupao dos tcnicos deve ser a reduoda quantidade de energia necessria para seatingir os nveis de conforto pretendidos, e sdepois pensar na forma mais eficiente de pro-duzir e gerir calor ou frio.

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    - A Domtica um mau investimento

    MENTIRA vulgar encontrar quem analisa oinvestimento na domtica/inmtica (de um edi-fcio destinado a habitao, ou um edifcio deuso profissional), como um investimento numartigo puramente de luxo, em parte ou de tododispensvel. Se assim fosse estaramos decer-

    to perante um investimento com pouco retornoque no o do prazer de adquirir um sistemamarcado pela exclusividade.

    No entanto, h que ter em conta outros facto-res:

    - O aumento da segurana d-se na protec-o contra intruso, na resposta a incndio, nafuga de gs ou inundao, na proteco dascrianas bloqueando acessos, monitorizando oseu sono e brincadeiras, vigiando a piscina,bloqueando tomadas e electrodomsticos, etc.

    E quanto vale a segurana?- A valorizao do imvel pela capacidadede acompanhar os progressos tecnolgicos,integrando novas funcionalidades, adquirindonovos patamares de segurana e conforto.

    Um edifcio com domtica vale sempre mais doque o mesmo edifcio que utilize tecnologiastradicionais.

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    - A Domtica s para especialistas

    MENTIRA Se voltarmos definio dadomtica e ao conceito apresentado para osedifcios inteligentes, somos obrigados aassumir que tal como a arquitectura, se umsistema de domtica no for confortvel paraquem o utiliza, ento porque definitivamente

    est mal concebido e executado.Um edifcio com domtica tem obrigatoria-mente de ser mais seguro, mais confortvel,mais ergonmico, mais prtico e racional, inte-grando as funcionalidades tradicionalmenteisoladas.

    Numa palavra, a domtica tem de ser absolu-tamente INTUITIVA no seu uso, sem lugarpara qualquer compromisso neste aspecto.

    - A Domtica torna os edifcios futuristas no seu

    aspecto

    MENTIRA No interior do edifcio, e ao contr-rio de um sistema tradicional, com a domticapodemos obter um elevado nmero de funcio-nalidades com um nmero mnimo de teclas de

    funes, podendo mesmo eliminar as teclaspor completo. Assim, ao arquitecto cabe atarefa de seleccionar os interfaces que enten-der que melhor se adequam ao edifcio,

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    podendo escolher livremente entre dispositivosde aspecto clssico at dispositivos de

    design inovador, sem esquecer a opo deno ter visvel qualquer dispositivo de comandoou informao.

    O exterior do edifcio tem pouca ou nenhumainfluncia da domtica. No entanto, dispositi-

    vos de controlo de toldos, estores, janelas, cla-rabias, etc., ao serem comandados pelo sis-tema em funo de factores como a hora,temperatura, chuva, vento, luminosidade, pre-sena ou ausncia dos utilizadores, podem emedifcios de grandes dimenses, contribuir para

    um aspecto exterior mais organizado, valori-zando a esttica do conjunto.

    - A Domtica independente da instalao elctrica

    MENTIRA grande mentira. Ao contrrio do

    que infelizmente ainda habitual em Portugal,a domtica de um edifcio no pode ser umpostio ou uma decorao que decidida eadquirida enquanto se toma uma decisoacerca da cor dos cortinados.

    Uma obra com domtica deve comear semprecom os projectos de arquitectura e de enge-nharia, auxiliando a concepo do edifcio.

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    O projecto de electricidade deve ser executadopor uma equipa que domine as tecnologias

    relativas automao do edifcio, comunica-es, udio, vdeo e segurana. Um projectotradicional adaptado a um edifcio com dom-tica significa normalmente que o cliente est apagar um projecto que simplesmente no vaiser executado, com vrios inconvenientes b-

    vios:

    - O custo de um projecto sem qualquer be-nefcio;

    - A responsabilidade do projecto dilui-se;

    - O custo da obra aumenta pois o emprei-teiro no tem elementos para oramentar,logo o cliente no consegue negociar amelhor proposta, ou contestar os valoresdas mais valias;

    - Os registos da obra so mnimos. Qualquer

    alterao futura poder ser difcil e dispen-diosa, unicamente por falta de dados;

    - O cliente no consegue fazer valer o prazode garantia da instalao elctrica j que aresponsabilidade da obra dispersa, e porisso se mais tarde necessitar de apoio vaiter dificuldades em imputar custos.

    Um edifcio com domtica um edifcio comuma instalao elctrica tecnicamente avan-

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    ada, integrando tecnologias de informao ecomunicao.

    apenas um edifcio e uma obra; deve por-tanto ser tratado como tal. Um bom projecto dearquitectura, um bom projecto de engenharia,um bom instalador, um bom edifcio inteli-gente.

    Como distinguir e escolher os participantes naobra? A opo deve recair em equipas comexperincia comprovada, credenciados pelasentidades competentes (alvars, certificados,etc.). A qualidade dos trabalhos anteriores e asatisfao desses clientes deve ser factor

    determinante na opo a efectuar.

    - A Domtica ser substituda pela informtica

    MENTIRA de facto a informtica est cadavez mais presente no quotidiano de cada um,

    convivendo em espaos at h pouco tempo aela interditos, como por exemplo, a cozinha.Por outro lado certo que a informtica de-sempenha um papel cada vez mais importantena comunicao entre as pessoas e na formacomo organizam as suas vidas.

    Podemos assim constatar estarmos peranteduas tecnologias de futuro, e afirmar com se-

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    gurana que a domtica e a informtica estodestinadas a conviver no mesmo espao.

    No entanto, a informtica tem limites dificil-mente ultrapassveis, e assim, tal como naautomao industrial tambm na automaode edifcios a infra-estrutura que gere e pro-tege a circulao de energia est reservada a

    equipamentos especificamente fabricados paraessa funo, com caractersticas de fiabilidadesuperior.

    Apesar disso, ser cada vez mais usualencontrar interfaces da informtica a comandare a processar informao da domtica, como o

    so por exemplo os painis tcteis e os peque-nos computadores de mo.

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    8 PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA

    DOMTICA

    8.1 Segurana

    A segurana constitui uma preocupao crescentesendo cada vez maior o nmero de interessadosna domtica que colocam o assunto Seguranano topo das suas prioridades.

    A evoluo das sociedades actuais no deixaantever quaisquer melhorias neste aspecto, peloque natural haver ainda lugar para um aumentoda importncia deste assunto.

    A domtica ao integrar as diversas tecnologias emtorno de um nico sistema permite elevar ospadres de segurana, utilizando todo o potencialdas tecnologias instaladas segundo critrios deutilidade objectiva. Nestas pginas iremos apenasfocar as vantagens da domtica na gesto da

    segurana de um edifcio, prescindindo de umaabordagem exaustiva das caractersticas e porme-nores dos sistemas convencionais.

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    8.1.1 Alarme

    As centrais de alarme apresentam hoje um nveltecnolgico aprecivel, oferecendo novas funcio-nalidades, como por exemplo:

    - activao/desactivao remota por telefone,rdio ou sensor de proximidade (porta-chavesou carto de crdito);

    - sinalizao local de ocorrncia atravs de con-tactos sem tenso;

    - comunicao com sistemas de domtica, comopor exemplo, o EIB, o LON ou o X10.

    A interactividade entre o sistema de alarme e o

    sistema de domtica no mesmo terminal

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 47

    Na escolha da central deve ter em conta o tipo desistema: tradicional com cablagem ou sem fios. As

    diferenas entre os sistemas resumem-se a:

    Com fios Sem fios

    necessrio instalar os cabos de

    interligao entre a central e os

    sensores

    No tem cabos, e por isso a sua

    instalao mais simples e eco-

    nmica

    necessrio substituir as pilhas

    de 5 em 5 anos

    necessrio substituir as pilhas

    todos os anos

    Depois de instalado difcil

    adaptar o sistema sem alterar os

    cabos

    Total mobilidade dos sensores

    Grande imunidade a rudos elc-

    tricos ou electromagnticos

    Sujeito influncia de rudos

    electromagnticos

    O sistema deve prever de incio

    todos os sensores sob pena de

    obrigar a passar novos cabos

    Os sensores podem ser acres-

    centados sem qualquer inconve-

    niente

    O custo dos sensores baixo O custo dos sensores elevado

    quando comparado ao sistema

    tradicional

    Perante a deteco de uma ocorrncia, o sistema

    de domtica informado pela central de segu-rana.

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    Por exemplo: Em caso de intruso no espao exte-rior, a central sinaliza a ocorrncia que vai implicar

    uma actuao do sistema de domtica, que poderlimitar-se a enviar um aviso remoto e actuar asirene, ou poder tambm ligar os projectoresexteriores (se for de noite), ligar o sistema de rega,fechar todos os estores, ligar a iluminao interiorpor forma a simular presena, emitir uma simula-

    o sonora da chegada da polcia ou de um ata-que canino ou, se os houver, soltar automatica-mente os ces, etc.

    Se a central tiver capacidade de comunicao

    atravs do protocolo do sistema de domtica,ento a interaco perfeita.

    Todo o potencial de comunicao de e para o edi-fcio como sejam o telemvel, o PDA, o comandoremoto por infra-vermelhos ou rdio, os interfaceslocais, etc., so utilizveis pela central de alarmeatravs do sistema de domtica. Assim, em qual-quer ponto do edifcio ou do exterior, um utilizadorpode saber qual o estado da central, acti-var/desactivar uma ou mais zonas, acrescentar umnovo dispositivo de segurana, etc.

    No mesmo exemplo, o utilizador do edifcio ao serinformado da ocorrncia de uma intruso, poderemotamente verificar o que se passa atravs do

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 49

    sistema de vigilncia de vdeo, e se entenderacrescentar medidas de coaco, ou caso entenda

    tratar-se de um falso alarme, anular as medidasentretanto executadas.

    Atravs de mensagens SMS o sistema de domtica

    sinaliza remotamente uma ocorrncia

    8.1.2 Intruso

    A intruso a ocorrncia mais perturbadora de to-das.

    Todos tememos pela ideia de estranhos na nossa

    ausncia, violarem a nossa privacidade, invadindoo nosso espao, roubando e destruindo a nossapropriedade.

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    A ideia de que a intruso pode acontecer com anossa ou com a presena de quem amamos

    uma ideia ento absolutamente aterradora.

    Assim, a cada dia que passa vo-se multiplicandoas preocupaes s quais o mercado tenta res-ponder com as mais variadas solues.

    Desde a utilizao de estores de segurana, vidros

    prova de bala e portas blindadas, colocao debarreiras e detectores de intruso, com ou semmedio volumtrica, detectores de quebra devidros, detectores de abertura de janelas, portas,estores ou clarabias, tudo serve para dificultar aomximo a tarefa de quem um dia queira entrar em

    nossa casa sem permisso.

    Para alm da utilizao das tradicionais sirenes,um sistema de domtica permite articular as fun-cionalidades da casa de forma a tentar evitar aintruso, e se esta acontecer, de modo a minimizaros riscos para quem nela se encontra.

    Entre as funcionalidades mais comuns temos:

    o abertura e fecho automtico e criterioso deportas e estores, facilitando a sada dointruso mas limitando a possibilidade demovimentao no interior;

    o simulao da presena por actuao con-certada e aparentemente aleatria de ilu-minao e estores;

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 51

    o intimidao por iluminao automtica dasreas invadidas e fecho automtico de

    estores, e pela colocao nas televisesda imagem do intruso.

    Detector de movimento com comunicao com

    sistema de domtica, para montagem no exterior

    A simples recepo de pessoas desconhecidas emcasa, por exemplo nas entregas ao domiclio, umfactor de perigo acrescido. A resposta encontra-sena construo de reas semi-privadas onde oacesso pode ser concedido remotamente. Trata-sede pequenas reas com portas para o exterior einterior, onde a abertura das portas pode serefectuada a partir do interior da casa, remotamentea partir de um telemvel ou Internet ou a partir doexterior com controlo de acesso. Desta forma,quem pretender efectuar uma entrega vai limitar-sea entrar nesta rea, no podendo em momento

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    algum estabelecer contacto pessoal. A comunica-o necessria faz-se pelo sistema de vdeo, onde

    todos os movimentos so registados. Esta comu-nicao pode ainda estabelecer-se da rea semi-privada para o interior da casa ou para um telem-vel.

    No entanto, a sensao de insegurana crescente

    torna cada vez mais comum a adopo de solu-es extremas como a construo de autnticosbunker de sobrevivncia, equipados com reser-vas de ar, gua, alimentos, energia e telecomuni-caes.

    Atravs do sistema de domtica do edifcio, torna-

    -se possvel articular a gesto dos recursos comas restantes funcionalidades da casa como a auto-nomia de energia, combustvel e gua, a vigilnciavdeo, a intercomunicao, etc., optimizando assima eficcia da utilizao dorefgio.

    Detector de movimento com

    comunicao com sistema de

    domtica, para montagem no

    interior

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 53

    8.1.3 Fuga de gs

    Com a distribuio generalizada de gs no territ-rio continental, a utilizao desta forma de energiamais limpa e econmica, acarretou novas preocu-paes relacionadas com a segurana, ainda agra-vadas pelo facto de o gs canalizado ser incuo.

    So muitas as aplicaes deste combustvel a

    nvel domstico, no aquecimento, preparao dealimentos e at na secagem de roupa.

    Se a qualidade do projecto e a qualidade do insta-lador so os factores de segurana mais relevan-tes, em caso de fuga fundamental dispormos de

    meios de deteco com corte automtico de abas-tecimento, e aviso local e remoto da ocorrncia.

    Por precauo, em caso de ausncia prolongadados habitantes, por exemplo um perodo de frias,o edifcio dever permitir o corte do abastecimento.

    Antecipando o regresso, o abastecimento serautomaticamente restabelecido para que o aque-cimento central volte a aquecer o edifcio, natural-mente no caso de o gs ser o combustvel utili-zado.

    8.1.4 Nvel e fuga de combustvel lquido

    Em alternativa ao gs, normalmente em edifcioscom expectativa de consumos elevados de energia

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    ou onde o gs canalizado no exista, cada vezmais frequente a opo por combustveis lquidos

    derivados do petrleo, como por exemplo, o gas-leo.

    O armazenamento destes combustveis deve sercuidadosamente estudado, nomeadamente o tipode reservatrio, o local de instalao, a necessi-

    dade de ventilao, a capacidade de deteco defuga e o volume da bacia de reteno (nunca infe-rior ao volume do prprio depsito).

    Em caso de fuga, a ocorrncia deve ser imediata-mente assinalada local e remotamente, em simul-tneo com a colocao fora de servio da caldeira.

    Caso exista um sistema alternativo de aqueci-mento, o sistema de domtica ir accion-lo evi-tando a diminuio dos nveis de conforto.

    A monitorizao do nvel de combustvel relacio-nada com a evoluo do consumo de energia

    permite calcular a autonomia, e assinalar a neces-sidade de compra de mais combustvel caso estaseja inferior ao limite estabelecido.

    A informao de necessidade de compra pode sersimultnea com o envio por e-mail, sms ou fax danota de encomenda ao fornecedor habitual.

    Quando este apresentar a factura, a quantidade docombustvel facturado poder ser confrontada coma quantidade efectivamente fornecida, calculada

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    pelo sistema atravs da diferena de nvel antes eaps o enchimento.

    8.1.5 Inundao

    As inundaes quando ocorrem, trazem normal-mente associados prejuzos elevados com repara-es e reposies de pavimentos, tectos, mqui-

    nas, tapetes, etc.

    Para alm dos prejuzos econmicos directos,temos de contabilizar tambm os prejuzos devidosao tempo desperdiado e devidos aos transtornosprovocados pela impossibilidade de utilizao do

    edifcio. A deteco de inundaes, normalmente instala-das nas casas de banho, cozinhas, casa dasmquinas das piscinas, etc., permite ao sistemaefectuar o corte automtico da gua e emitir umaviso local e remoto da ocorrncia.

    O abastecimento da gua s reposto quando aanomalia identificada e resolvida, garantindo-seassim a mxima proteco.

    As fugas de gua com caudais extremamentereduzidos devem-se a fugas no autoclismo ou tor-

    neiras, ou a fugas na tubagem. Embora insignifi-cantes do ponto de vista do valor da gua, aolongo do tempo podem provocar prejuzos muitoelevados em paredes, tectos ou louas sanitrias.

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    A sua deteco efectuada atravs da quantifica-o de gua gasta durante os perodos em que

    no deva haver consumos, ou seja na ausnciadas pessoas e descontando a gua gasta na regae na reposio da gua da piscina. Em caso dedeteco de fuga, o sistema repete o procedi-mento da deteco de inundao, embora s devacortar o abastecimento por opo do utilizador.

    8.1.6 Incndio

    Qualquer sistema de segurana permite a detec-

    o de incndio, por deteco de fumo ou tempe-ratura, e activa as sirenes em simultneo com oenvio de alarmes remotos.

    Um sistema de domtica permite em caso deincndio actuar sobre os equipamentos elctricos,por exemplo, abrindo imediatamente os estores

    para facilitar a sada, e desligando todos osequipamentos no absolutamente imprescindveis,devendo os restantes ter a sua alimentaoelctrica estabelecida por cabos com elevadaresistncia ao fogo.

    Permite ainda multiplicar as formas de envio dosalarmes remotos, atravs do recurso ao envio dee-mail, fax, mensagens sms, etc..

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 57

    Detector de fumo com comunicao com sistema de

    domtica

    8.1.7 Vigilncia

    Ao ser instalado um sistema de vigilncia no inte-rior ou exterior de um edifcio necessrio ter emconta diversos factores. Depois de clarificado oobjectivo do sistema, h que optar pelo tipo decmara, tipo de controlo, e tipo de registo.

    A escolha do nmero e tipo de cmaras, bemcomo da respectiva montagem, deve ter em contaas seguintes questes:

    o necessrio usar cmaras a preto e

    branco ou cor? Ou ambas?

    o Quais as reas a necessitar de cobertura?

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    o Qual o perodo de funcionamento dascmaras e qual a autonomia que pretendo?

    o Quantas cmaras so necessrias?

    o Quais os tipos de locais onde vo ser insta-ladas, interior, exterior, intemprie, etc.?

    o necessrio usar cmaras wireless (sem-fios)?

    Ao contrrio das cmaras tradicionais, as cmarassem fios com viabilidade de aplicao na segu-rana so recentes no mercado, e derivam dascmaras USB utilizadas para vdeo-conferncia.

    Embora ainda no satisfaam os requisitos dosprofissionais mais exigentes, so j uma excelentealternativa para os amantes da Internet, dada afacilidade de acesso directo a partir de qualquerponto do globo.

    Relativamente aos registos, actualmente o registodigital o mais utilizado, j que relativamente aosregistos analgicos, so cada vez mais autno-mos, mais eficazes e cada vez mais econmicos.

    Nos registos digitais, a configurao do sistema ea manipulao das imagens torna-se totalmenteintuitiva, permitindo com toda a facilidade a execu-o de arquivos digitais em CD ou DVD.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 59

    Por outro lado, estes sistemas utilizam totalmenteos recursos das novas tecnologias, permitindo a

    visualizao remota das imagens, e a consultaremota dos registos atravs de um vulgar softwarede acesso Internet browser, como o Nets-cape ou o Internet Explorer, por exemplo.

    Cmara wireless com ligao Ethernet

    Outra caracterstica importante destes sistemas a capacidade de enviar via e-mail o registo dequalquer ocorrncia, anexando para tal as respec-tivas imagens.

    As ocorrncias podem ser definidas atravs deentradas de sinais, por exemplo, sinal de intrusoa partir da central de alarme, ou podem ser defi-nidas automaticamente a partir da deteco demovimento pela anlise digital das imagens.

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    8.1.8 Gesto Tcnica

    A gesto tcnica deve garantir a eficiente monitori-zao do estado do funcionamento e anomalias detodos os aparelhos de proteco elctrica.

    Para isso, necessrio projectar e equipar osquadros elctricos dos dispositivos necessriospara que o sistema de domtica conhea o estado

    de funcionamento dos diversos aparelhos de pro-teco, e em caso de disparo, avaria ou interven-o tcnica, possa actuar conforme os procedi-mentos estabelecidos.

    Podemos estabelecer trs nveis diferentes de

    prioridades, divididas da seguinte forma:o Nvel 1: a ocorrncia origina um alarme genera-

    lizado com mensagens para todos da lista usado, por exemplo, nos aparelhos de protec-o dos sistemas de segurana, aparelhos deproteco contra descargas atmosfricas, ou

    aparelhos de proteco dos circuitos dos frigo-rficos e arcas congeladoras.

    o Nvel 2: a ocorrncia origina um alarme parcialcom mensagens apenas para parte da lista usado, por exemplo, nos aparelhos de protec-

    o de circuitos de iluminao no essenciaispara a segurana

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    o Nvel 3: a ocorrncia apenas origina um registono sistema de superviso, sem qualquer

    notificao de alarme usado, por exemplo,em aparelhos de proteco a circuitos deiluminao decorativa.

    A boa gesto tcnica de uma instalao elctrica fundamental para assegurarmos o bom funciona-

    mento elctrico de todos os equipamentos instala-dos, e consequentemente das suas funcionalida-des. Normalmente, a gesto tcnica est integradano resto do sistema, existindo um nico softwarede superviso e gesto de todo o edifcio.

    Qualquer ocorrncia assinalada com indicao

    do local onde foi detectada

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    8.2 Iluminao controlo e regulao

    A magia dos cenrios

    Embora a domtica seja muito mais do que umsistema de controlo de iluminao, nesta funoque muitas vezes assume a sua face mais visvel.

    Uma nica tecla pode ser programada at dez funes de

    comando directo ou at dez cenrios. A tecla distingue

    toque curto e longo, e possui receptor de infra-vermelhos.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 63

    Nos espaos de passagem, a iluminao pode seraccionada atravs de detectores de movimento,

    sendo regulvel o nvel de luminosidade mnima eo tempo de funcionamento aps a deteco. Paramximo conforto, o fluxo luminoso dos aparelhosde iluminao comandados pelos detectores podealternar em dia e noite, para que durante o perodonocturno (entre as 1h00 e as 7h00, por exemplo),

    o fluxo luminoso seja o mnimo suficiente para acirculao.

    Nas divises, a iluminao pode ser activada pelasimples presena de algum, mediante um pro-

    grama preestabelecido, como por exemplo:

    o Quartos durante o perodo de dia a ilumina-o s liga nas teclas de comando, desde quea luminosidade ambiente seja suficiente para acirculao normal. Quando a luminosidade reduzida, a entrada de algum implica a liga-o automtica da iluminao com um fluxoluminoso baixo. Se a pessoa pretenderaumentar o fluxo de iluminao ou apagar aluz, basta para isso que carregue numa tecla,tal como o faria numa instalao tradicional.

    Neste caso, o sistema mantm a iluminaoescolhida at que esta seja anulada, e recolo-cada em automtico;

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    o Salas, cozinha e piscina funciona de formaidntica aos quartos, mas com maior riqueza

    de cenrios. Por exemplo, numa sala, podeescolher ao entrar que o sistema accioneautomaticamente um cenrio que o mais uti-lizado. Caso queira optar por outro, ter entoque pressionar uma tecla tal como faria numainstalao tradicional.

    8.3 Aquecimento energias, controlo eregulao

    Quando se pensa em conforto dentro de um edif-cio pensamos obrigatoriamente tambm em clima-tizao.

    A integrao tecnolgica de um sistema de dom-tica permite gerir o funcionamento do sistema declimatizao, tendo em conta as informaes rela-

    tivas aos restantes sistemas.

    Por exemplo:

    o Alarme a climatizao pode dependerno s da temperatura interior mas tambmdo facto da central de alarme estar ou no

    armada. Por exemplo, quando a central dealarme armada o aquecimento comutaimediatamente para um patamar de funcio-

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 65

    namento mnimo, ou simplesmente colo-cado fora de servio;

    o Janelas quando o sistema de domticadetecta a abertura de uma janela, desligaimediatamente o aquecimento nessa divi-so, permitindo assim a reduo do con-sumo de energia que doutra forma seria

    desperdiada;o Central meteorolgica O sistema de

    aquecimento actua no s em funo datemperatura interior vs temperatura pre-tendida, mas tem em conta o valor da tem-peratura exterior, antecipando a influncia

    que esta iria ter no seu desempenho.

    Vlvula de controlo proporcional para comando de

    radiadores, com ligao directa a sistema de domtica

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    A regulao do sistema de climatizao dependedo tipo de climatizao escolhido.

    Em edifcios de habitao, os mais usuais so ossistemas de aquecimento central utilizando radia-dores dispersos no edifcio, ou utilizando pisosradiantes. Os sistemas de arrefecimento maisusuais so os de ar condicionado, que assim ser-

    vem tambm para aquecimento, embora sejacrescente a percentagem de habitaes que utili-zam o tecto radiante, onde uma serpentina colo-cada sob o tecto, percorrida por gua a umatemperatura ligeiramente inferior temperaturaambiente.

    O controlo da temperatura efectuado automati-camente a partir de medies dispersas pelo edif-cio, ou segundo instrues dadas pelo utilizadoratravs de termostatos, teclas, telemveis ou con-solas com software de superviso.

    Nas instalaes mais dispendiosas as mediespodem ser feitas diviso a diviso, enquanto que omais usual termos medies nas zonas maisnobres e mais importantes do edifcio, como, porexemplo, salas e quartos.

    Os programas automticos so escolhidos e alte-

    rados pelo utilizador, sendo normalmente consti-tudos por ciclos de funcionamento horrio, di-

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 67

    rio/semanal, levando em conta o estado da centralde alarme e a temperatura exterior.

    O sistema de superviso, software de apoio explorao do sistema, representa um papel fun-damental na afinao dos sistemas de climatiza-o. Registando e apresentado em grfico a evo-luo da temperatura em cada diviso onde

    existem termmetros, aos tcnicos cabe decidir daimportncia de uma interveno sobre as regula-es mecnicas ou das eventuais alteraes prpria programao.

    8.4 Cortinas, Toldos e Estores

    Controlo e regulao

    O controlo da abertura e fecho de estores umafuncionalidade tpica dos sistemas de domtica,devendo o seu funcionamento ser parte integrantede todo o sistema.

    Assim, o controlo da abertura e fecho de estoresdeve ser acompanhado pelo efectivo controlo daposio respectiva, sendo regulado por factoresto diversos como:

    o ciclo dirio/semanal

    o intruso

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    o quebra de vidros

    o

    luminosidade mximao luminosidade constante

    o comandos gerais locais e remotos

    o comandos distncia

    o simulao de presena, etc.

    Exemplo: Nos espaos com controlo de lumi-nosidade constante, uma sala de exposies, umgabinete, etc., a posio dos toldos ajustadaautomaticamente em funo da incidncia solar.

    A seleco do cenrio de iluminao implica a regulao

    automtica do fluxo luminoso de cada circuito de

    iluminao e da posio das persianas em funo da

    luminosidade exterior.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 69

    Pormenor das indicaes apresentadas no display

    8.5 Difuso sonora / Intercomunicao

    Os sistemas de difuso sonora mais vulgares soconstitudos por uma rede de comunicao ondetransmitem digitalmente os dados: msica, voz,sinais, etc.

    A evoluo tecnolgica do analgico para o digital

    permitiu a incluso de um grande nmero de funci-onalidades, como por exemplo:

    o intercomunicao;

    o vigilncia de bebs;

    o estabelecimento de chamadas telefnicas

    dentro do sistema e para fora do sistema;

    o telefone porteiro, etc.

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    Em cada zona o utilizador pode escolher a fontesonora central que pretende escutar, ou optar por

    introduzir uma fonte sonora local. Pode tambmescolher o volume sonoro, afinar os graves e osagudos, programar a hora de despertar, o perodode adormecer, etc.

    No mesmo terminal o controlo do sistema de difusosonora, do vdeo-porteiro, e do software de superviso.

    Permite o acesso Internet estando j equipada com

    cmara de vdeo.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 71

    Embora normalmente os resultados obtidos sejamsatisfatrios, h que ter especial cuidado na esco-

    lha dos altifalantes cuja m qualidade pode impli-car resultados finais muito pobres.

    A integrao destes sistemas nos sistemas de do-mtica permite a difuso automtica de avisos dealarme, sob a forma de mensagem de voz.

    8.6 Rega controlo, regulao e auto-matizao de processos em funode condies ambientais

    Os sistemas de domtica podem associar o con-trolo da rega, introduzindo na sua gesto dadosrelativos aos restantes sistemas. Assim, a regaser efectuada segundo procedimentos que esta-belecem regras em funo da temperatura ehumidade do ar, vento, luminosidade, etc. Outros

    factores podem no entanto associar-se, inibindo arega em caso de falha do abastecimento de gua,em caso de deteco de presena, ou em caso deuma zona do jardim estar em manuteno e noprecisar de ser regada.

    A introduo de adubos lquidos pode ser autom-tica em funo de um programa semanal, mensalou anual, com o registo histrico de todos os dose-amentos por tipo de produto, de forma a auxiliar a

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    tomada de decises relativas dosagem dosprodutos.

    Todos os valores so registados, permitindo assimquantificar consumos e custos por m2, e melhorara gesto dos processos associados gesto dojardim.

    8.7 Software de superviso

    imagem do que acontece em qualquer sistemade automao industrial, na automao de edif-cios deve existir um software de superviso que

    permite a alterao de parmetros de conforto esegurana, consulta de eventos, anlise de grfi-cos de tendncia, etc.

    Ecr inicial de software de superviso

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 73

    Local e remotamente, o utilizador pode consultaros registos dos alarmes tcnicos ou de segurana,

    visualizar as imagens captadas no edifcio, ou vi-sualizar a evoluo das temperaturas no interior eexterior ou o teor de cloro residual na gua potvelou na gua da piscina, etc.

    Atravs desta ferramenta, ao utilizador permitido

    adaptar o seu sistema de domtica s neces-sidades e rotinas dirias, em tarefas como:

    o simulao de presena

    o controlo de acessos

    o cenrios de conforto

    o programas horrios de climatizao

    o horrio dirio/semanal de despertar

    o ciclos de rega

    o ciclos de tratamento da gua da piscina,etc.

    O aspecto de um software de superviso deve seramigvel e intuitivo, no carecendo de formaoespecfica para o manuseamento das suas fun-es principais.

    Existem diversas interfaces possveis:

    o PC, fixo ou porttil;

    o PC com displaytctil de encastrar;

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    o Consola tctil com comunicao com o sis-tema de domtica;

    o PDA, computador de mo;

    o Tablet PC.

    Com gesto de utilizadores e controlo de ps-swords, o software de superviso uma ferramen-ta extremamente eficaz, optimizando a utilizaoracional dos recursos tecnolgicos dos edifcios.

    Terminal remoto com ecr tctil

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 75

    8.8 Piscinas controlo da qualidade dagua, vigilncia e segurana

    O controlo do funcionamento das piscinas atravsdo sistema de domtica permite a seleco dacapacidade de desinfeco e filtrao da gua,ajustando-a s necessidades de cada momento,em funo do tipo e intensidade de utilizao.

    Por exemplo: Se aps uma tarde de uso intenso,eventualmente com muitas crianas, a gua reve-lar necessidade de cuidados especiais, com umsimples toque numa tecla o sistema inicia um pro-

    grama de tratamento da gua de forma intensiva.No dia seguinte, a piscina est pronta a ser utili-zada em condies mximas de segurana e con-forto.

    Permite tambm monitorizar a temperatura dagua, registando-a para anlise do comportamentodo sistema de aquecimento, e monitorizar e regis-tar a evoluo dos valores de cloro livre e do pH.

    Em caso de anomalia, ou de variao dos valoresde pH e cloro para fora dos intervalos fixadoscomo aceitveis, gerado um alarme e anunciadaa falha nos displays e consolas de superviso.

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    A temperatura da gua de cada chuveiro pode ser reguladaautomaticamente pelo sistema de domtica, segundo

    programao local ou pr-programao, podendo tambm

    variar segundo a identificao do utilizador do duche.

    Sendo as piscinas locais extremamente perigosospara as crianas, podemos vigiar a sua utilizao

    atravs do sistema de vigilncia de vdeo digital, apartir de qualquer ponto da casa, ou remotamentevia Internet.

    Utilizando os sensores de movimento, eventual-mente j existentes para a segurana contra intru-

    so, podemos ser avisados da aproximao dascrianas atravs de sinais acsticos e de avisosnos displays.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 77

    8.9 Gesto de Energia

    A exigncia da optimizao dos consumos ener-gticos uma realidade que implica no a ausn-cia do consumo, mas sim a sua gesto e quandonecessrio a sua racionalizao.

    Se isto verdade quando temos alimentaoelctrica a partir do distribuidor, quando estaspreocupaes se prendem apenas com factoreseconmicos e ecolgicos, muito mais verdadequando estamos dependentes de sistemas deemergncia como UPS ou grupos electrogneosde socorro.

    Nesta situao, o sistema dever seguir procedi-mentos de deslastramento de cargas conformeautonomia do gerador (em funo do combustvelno depsito), aumentando a restrio ao consumocom a diminuio da autonomia. Para o conseguir,o sistema tem de conhecer as potncias das car-

    gas instaladas, classificando-as por prioridades.

    8.10 Comandos locais

    A interface mais tradicional num edifcio o co-

    mando local, resumindo-se quase sempre a teclasde uma ou duas funes bsicas: ligar e desligar.

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    Nos sistemas de domtica, as interfaces so tipi-camente mais evoludas, constitudas por teclas de

    elevado design e segurana, incluindo termstatosdigitais, sensores de infravermelhos, displays digi-tais, etc.

    Outro tipo de interfaces so os painis tcteis,cada vez mais comum a cores, com apresentao

    grfica dos estados dos circuitos (ligado, desliga-do, aberto, fechado, etc.), e com a evoluo dasdiversas variveis analgicas como, por exemplo,nvel de gasleo na caldeira, temperatura interior eexterior, cloro na gua da piscina, etc.

    Estes painis comportam-se como autnticos inter-

    faces Web e multimdia, possibilitando a visualiza-o de imagens vdeo das cmaras de vigilncia,de um leitor de DVD, a leitura de ficheiros de msi-ca, o acesso Internet e gesto do correio elec-trnico.

    Tecla com comunicao com sistema de

    domtica, de aspecto inovador

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 79

    8.11 Comandos distncia (no local)

    A utilizao de comandos distncia to naturalque a sua presena rapidamente se tornou indis-pensvel para tarefas simples como mudar de ca-nal na TV, saltar de msica no Hi-Fi, ou filme noleitor de DVD. Outras tarefas seguem-se como ocontrolo de estores, cortinas ou toldos, o controlo

    de iluminao ou do sistema de climatizao.

    A nova gerao de aparelhos para comandos distncia vem dotada de capacidade de no mesmoterminal serem programados todas as funes dosrestantes comandos, estabelecendo cenrios pr-definidos que integram simultaneamente funesmultimdia, de conforto e segurana.

    8.12 Comandos remotos (fora do local)

    A necessidade de utilizao de comandos remotosest a tornar-se cada vez mais vulgar, permitindoaos utilizadores dar ordens de actuao de cir-cuitos como ligar iluminao, actuar sistemas derega, ligar/desligar sistemas de aquecimento ou dear condicionado, ligar o micro-ondas, entre outros.

    O controlo remoto de uma casa pode hoje em diaser efectuado via telemvel, Internet, WAP, etc.

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    A casa por sua vez pode2 comunicar com os seusutilizadores em situaes crticas como o so a ac-

    tuao de alarmes (intruso, incndio, inundao,etc.) ou o disparo de disjuntores de circuitos impor-tantes como o frigorfico, arca frigorfica, etc. envi-ando dados completos do ocorrido.

    Em certas circunstncias, o sistema pode enviar

    fotos digitais do local da ocorrncia, anexadas amensagens de e-mail geradas automaticamente.

    8.13 Rede Informtica

    Quer para a utilizao da superviso quer para oacesso Internet imprescindvel hoje em diapensar-se na ligao de mais do que um computa-dor em nossa casa, mediante a criao de umarede de dados, permitindo desta forma que dife-rentes computadores partilhem ficheiros e aplica-

    es entre si, mas tambm que tenham acesso Internet de forma partilhada, pagando assim ape-nas uma ligao e no vrias.

    Existem duas formas essenciais de ligar os com-putadores em rede numa casa: criando uma rede

    2 Desde que equipada com um sistema de domtica actual e com totalintegrao tecnolgica entre sistemas. No caso de a comunicao serefectuada via Internet haver necessidade de utilizar uma gateway quepermita a comunicao de dados entre o sistema de domtica utilizado e oTCP/IP (protocolo utilizado na transmisso de dados via Internet).

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 81

    com fios designada cablagem estruturada, ou umarede sem fios (WLAN ou Wireless Local Area Net-

    work).

    Mas quais as principais diferenas entre estasduas opes?

    Cablagem estruturada

    Uma rede cablada LAN (cablagem estruturada)exige a passagem de cabos para todas as divisesonde possam vir a existir computadores ou outrosdispositivos computarizados ligados rede. Paraum apartamento ou pequena moradia normal uti-

    lizar-se cablagem de categoria 5 ou 5E. noentanto j vulgar a opo por uma soluo Catego-ria 6 para as instalaes de vivendas ou outrosedifcios de maiores dimenses, uma vez que osStandards de Categoria 5 e 5E apresentam desdej algumas limitaes em tecnologias recentes.

    As melhorias existentes numa soluo Categoria 6face a uma soluo Categoria 5E so muito signifi-cativas nomeadamente em parmetros como: Ate-nuao; Diafonia nas extremidades (NEXT); Rela-o Atenuao/Diafonia (ACR); Perda de Retornoe balanceamento na transmisso.

    Uma soluo Categoria 6 permite utilizar velocida-des at 250 MHz. Esta frequncia permitir a utili-zao de aplicaes de rede emergentes como por

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    exemplo 1000BaseTx (sem limitao da distncia),1,2 Gigabit ATM e 2,4 Gigabit ATM. Permite ainda

    a utilizao de sinais de vdeo a altas-frequncias.

    O standard de Categoria 5 de 1995 encontra-seneste momento em "fim de carreira", existindo jalguns fabricantes de solues de cablagem que jdescontinuaram componentes Categoria 5 e 5E,

    substituindo-os por Categoria 6 e anunciam j ofim de toda a linha de produtos Categoria 5E.

    Dada a diferena de preo entre as duas solues(menor que 10%) no de todo recomendado quese invista numa cablagem Categoria 5/5E numainstalao nova, correndo o risco de limitaes tc-

    nicas a curto prazo.

    Rede sem fios

    Uma rede sem fios (tambm designada por WLAN

    ou Wireless Local Area Network) um meio flex-vel de comunicao de dados implementado comoalternativa (ou, por vezes como uma extenso) auma rede cablada LAN dentro de uma casa ou deum qualquer edifcio.

    As redes sem fios transmitem os dados sobre o ar,utilizando ondas electromagnticas, minimizandodesta forma a necessidade de ligaes fsicas porcabo.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 83

    A vantagem principal de uma rede sem fios estno facto de garantir a conectividade de dados, com

    a mobilidade dos utilizadores (por exemplo, aceder Internet com um computador porttil sentadonum banco do jardim, enviar um e-mail com umPDA enquanto apanha sol junto piscina, verificaro estado de um alarme ou acender luzes no inte-rior da casa calmamente no seu jardim) e, atravs

    de configuraes simplificadas permitem a criaode LAN mveis. Desta forma permite-se o acesso rede em tempo real em qualquer lugar dentro dasua casa ou no espao exterior circundante mesma.

    As redes wireless oferecem grandes vantagens deprodutividade, servio, convenincia e custo, rela-tivamente s solues de cablagem estruturada.

    A instalao de uma rede sem fios pode ser muitorpida e fcil pelo facto de se evitar a necessidadede passar cabos por paredes e tectos e, desta

    forma, no ser necessrio pensar neste pontodurante a construo de uma casa. Tem a vanta-gem adicional de chegar onde os cabos no che-gam (jardim, piscina, etc.).

    As redes sem fios tm um investimento em equi-

    pamento de rede wireless superior ao de uma redecablada. Contudo, o custo global da instalao eas despesas do tempo de vida da rede podem sersignificativamente mais baixos, trazendo assim

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    grandes benefcios de longo prazo em ambientesdinmicos e com grande mobilidade.

    Estas redes sem fios podem ser construdas deforma escalvel, evoluindo de redes peer-to-peerpara poucos utilizadores (no caso de uma casa oude uma pequena empresa) at redes com infra-estruturas complexas para centenas de utilizado-

    res que cobrem reas mais vastas (grandes edif-cios de escritrios, condomnios fechados, espa-os de lazer e multiusos, complexos tursticosjunto faixa costeira em que mesmo possvel oacesso rede a partir de um barco ou iate emdistncia at aos 3 ou 4 Km do empreendimento).

    8.14 Central telefnica

    A instalao em vivendas (e mesmo em aparta-mentos) de pequenas centrais telefnicas digitais

    (RDIS) comea j tambm a ser vulgar, principal-mente quando as casas so grandes e tm muitasdivises.

    Com a colocao de telefones nas principais divi-ses da casa possvel no s efectuar telefone-mas de vrios locais diferentes para o exterior(podendo mesmo estarem a ser efectuadas emsimultneo mais do que uma chamada com umacesso bsico RDIS pode estabelecer duas comu-

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 85

    nicaes em simultneo, por exemplo, 2 chama-das de voz, 1 telefonema e 1 envio de fax, etc.)

    mas tambm telefonar sem quaisquer custos entrediferentes pontos da casa (por exemplo telefonardo quarto para a cozinha e pedir para nos tra-zerem uma refeio quando estamos doentes;telefonar da sala para o escritrio a avisar que vaicomear um filme de qualidade).

    tambm cada vez mais vulgar a adopo emnossas casas de telefones portteis (normalmenteDECT RDIS) com ligao sem fios a uma centraltelefnica, permitindo-nos assim telefonar emmobilidade de qualquer ponto da casa (e mesmo

    do jardim).Quando dispomos de uma central telefnica vul-gar ligarmos o sinal de som do vdeo porteiro auma extenso (normalmente analgica) da centraltelefnica e possibilitar assim o atendimento dechamadas do vdeo porteiro em qualquer telefone

    (extenso telefnica) e mesmo dar ordem deabertura da porta (com a simples marcao de umconjunto de dgitos no teclado do telefone).

    Nestas situaes tambm vulgar injectar-se osinal de vdeo proveniente do vdeo porteiro na

    instalao de distribuio de sinal de TV existentena casa, permitindo-nos desta forma ver a imagem(num canal) de quem est porta, facilitandoassim o reconhecimento da pessoa em causa.

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    A instalao em nossa casa de uma central telef-nica digital permite reencaminhar para o nosso

    telemvel (por exemplo) como chamada telefnicao som aps um toque no vdeo porteiro se fordetectado que no momento no est ningum emcasa (ex: o alarme est ligado e o sistema dedomtica est programado para, nesta situao,no deixar tocar os telefones internos mas antes

    os reencaminhar para um nmero de telemvel ououtro telefone pr-estabelecido).

    Se, adicionalmente, tivermos instalado em casaum pequeno servidor de vdeo, podemos adicio-nalmente reencaminhar por e-mail uma fotografia

    (imagem digital normalmente em formato JPEG)de quem est porta e ver a mesma no PC donosso local de trabalho ou mesmo num PDA comacesso Internet. Pode-se ainda enviar essamesma imagem para um telemvel com possibili-dade de recepo de MMS.

    8.15 Acesso Internet

    Hoje em dia, com mais de 600 milhes3 deutilizadores da Internet a nvel mundial e em Por-

    3 Segundo a Nua, Ltd. existem (estatsticas de Setembro/2002) 605,6milhes de utilizadores.

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    tugal com 50% da populao conectada, per-feitamente vulgar termos em nossas casas pelo

    menos um computador com acesso Internet.

    Acessos Internet N de Utilizadores %

    Total no Mundo 605,6 milhes 100%

    Europa 190,91 milhes 31,52%

    sia/Pacifico 187,24 milhes 30,92%

    EUA e Canad 182,67 milhes 30,16%

    Amrica Latina 33,35 milhes 5,51%

    frica 6,31 milhes 1,04%

    Mdio Oriente 5,12 milhes 0,85%

    Dados da Nua, Ltd. Setembro 2002

    Portugal 5.165.057 0,85%

    Dados da Anacom Dezembro 2002

    De entre os tipos de acesso Internet utilizados no

    mercado habitacional, os mais vulgares so a utili-zao de modems (normalmente a 56Kbps), liga-es RDIS (a 64Kbps utilizando um canal RDIS oumesmo a 128Kbps utilizando os 2 canais de umacesso bsico), ligaes por cabo (tipo NetCabo) eligaes ADSL (mais recentemente e que podem

    utilizar velocidades desde os 256Kbps at 1Mbps).

    Em alguns condomnios fechados e edifcios deapartamentos destinados ao segmento com maior

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    poder de compra (luxo) comeam tambm j aexistir casas com pr-instalao de rede em

    cablagem estruturada com ligaes em fibra pticaentre os principais edifcios e blocos de vivendasque, por sua vez, tm contratada uma ligaopermanente Internet que faz j parte do condo-mnio.

    No mercado, em empreendimentos habitacionaisdestinados ao segmento mdio-alto (sobretudo emcasas destinadas a executivos), comea a sertambm vulgar a colocao em cada casa noapenas de um ponto de rede mas antes a distribui-o em rede nas principais divises (ex: escritrio,

    salas, quartos, cozinha) todos ligados a um con-centrador (HUB) de comunicaes e por sua vezeste estar ligado a um equipamento de comunica-es (Router) que permita o acesso Internet(Router RDIS, de Cabo ou mesmo ADSL), permi-tindo desta forma que, simultaneamente, diferen-

    tes utilizadores (ou mais do que um computador)partilhem uma mesma ligao Internet e semacrscimo de custos.

    Futuramente esto previstos tambm outros tiposde ligao Internet como a ligao via televisodigital interactiva e a ligao via empresa fornece-

    dora de energia elctrica (EDP em Portugal),sendo a comunicao de dados efectuada sobreas normais linhas de energia elctrica.

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 89

    Terminal com superviso de sistema de domtica e acesso Internet

    A Internet tem j em Portugal uma taxa de pene-trao bastante significativa. Contudo, o nmerode utilizadores de telemveis bastante superior(mesmo maior do que a mdia europeia)

    Utilizadores em Portugal (Dezembro/2002)

    (Dados de INE e Anacom)

    5.165

    .057

    1.256

    .000

    3.361

    .000

    4.354

    .100

    8.528

    .900

    7.528

    .000 1

    0.318

    .084

    0

    2.000.000

    4.000.000

    6.000.000

    8.000.000

    10.000.000

    12.000.000

    Utilizadores

    Internet

    UtilizadoresTV

    porCabo

    Alojamentos

    cablados

    Acessos

    Telefnicos

    Fixos

    Telemveis

    Populaocom

    15ou+anos

    PopulaoTotal

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    90 CENTRO ATLNTICO:CASAS INTELIGENTES

    e tudo indica que, devido s novas tecnologias decomunicaes de dados atravs de equipamentos

    mveis (como o GPRS e, brevemente, o UMTS)venham nos prximos anos a existir mais utilizado-res de comunicaes de dados (como o acesso Internet e ao e-mail) em ambiente de mobilidadedo que utilizadores em ambiente fixo (com PC).

    Embora Portugal tenha j mais de 5 milhes deutilizadores de Internet, a lngua portuguesa ainda muito pouco utilizada na Internet.

    Dados da Global Reach

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    PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DA DOMTICA 91

    Segundo a Unesco4, o portugus a sexta lnguamaterna mais falada no mundo. No entanto, tal uti-

    lizao na Internet significativamente mais redu-zida, ocupando apenas o 9 lugar entre as lnguasmais utilizadas, depois (por ordem) do ingls, chi-ns (mandarim e wu), japons, espanhol, alemo,coreano, italiano e francs com apenas 3,0% (19milhes de utilizadores) de penetrao (como ln-

    gua principal) entre os utilizadores da Internet anvel mundial. Podemos ainda verificar que alngua inglesa j s representa pouco mais de 1/3do total e com tendncia para decrescer para me-nos de 30% devido sobretudo ao forte crescimentoque esto a ter em termos de novos utilizadores as

    lnguas asiticas e mesmo as europeias.

    Lngua usadana Internet

    Acesso Net(milhes) %

    Previso acessoem 2004 (milhes) %

    1. Ingls 230,6 36,4% 280 29,9%

    2. No-Ingls 403,5 63,6% 657 70,1%

    2.1. Lnguas Europeias

    (excepto Ingls)

    224,1 35,3% 328 35,0%

    2.2. Lnguas Asiticas 179,4 28,3% 329 35,1%

    Dados da Global Reach Set/2002

    4 Segundo estatsticas da Unesco (Organizao das Naes Unidas para aEducao, Cincia e Cultura), o portugus a sexta lngua materna maisfalada no mundo (em 2000, a Unesco estimou em mais de 176 milhes onmero de falantes de portugus no mundo). Segundo a Unesco as lnguas

    mais faladas no mundo so, por ordem: mandarim (com 874 milhes defalantes), hindi (366 milhes), espanhol (358 milhes), ingls (341 milhes),bengali (289 milhes), portugus (176 milhes), russo (167 milhes),

    japons (100 milhes) e wu (China, 77 milhes). O portugus lnguaoficial de oito pases - Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau,Moambique, So Tom e Prncipe e Timor Leste.

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    8.16 Adaptao a incapacidades

    Definimos como conceito fundamental da domticaa capacidade de adaptao aos novos desenvol-vimentos tecnolgicos em face das novas necessi-dades. Vamos agora explorar as capacidades dadomtica como meio de contornar as dificuldadestemporrias ou permanentes, fsicas ou mentais.

    Atravs da domtica possvel simplificar astarefas do quotidiano como comandar circuitos deiluminao, estores ou o aquecimento atravs decomandos de voz, limitar automaticamente o cau-dal das torneiras e o tempo de abertura das mes-mas, preparar automaticamente o banho tempe-ratura correcta, e disponibilizar meios expeditos deenvio de alarmes em caso de emergncia mdicaou de segurana.

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    9 PRINCIPAIS SISTEMAS

    9.1 Echelon Lonworks

    LON ou LonWorks uma

    topologia de rede criadapela Echelon.

    Esta topologia de rede foiconcebida com o intuito de

    solucionar o problema de controlo de sistemas,sobretudo ao nvel do controlo industrial onde havia

    necessidade de uma gesto centralizada, e de criarsolues de controlo baseadas em ligaes ponto aponto e lgica hierrquica de sistemas.

    A topologia de rede LonWorks soluciona muitos pro-blemas de arquitectura, construo, instalao, con-

    trolo e manuteno de redes. Esta pode operar entre 2e at 32.000 aplicativos e pode ser utilizada em quasetodo o tipo de edifcios de mdia e grande enverga-

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    dura, existindo actualmente em funcionamento emmais de 2.500 edifcios distribudos pelo mundo inteiro.

    A topologia de rede LonWorks uma plataformaaberta. Cada n da topologia inclui computao local,fontes prprias e pode ser ligado a diversos dispositi-vos sensores e actuadores.

    Com taxas de transmisso elevadas, at 1,25 Mbps, oLON beneficia actualmente de um grande nmero defabricantes a fornecerem um leque variado de hard-ware e software, suportando o seu desenvolvimento.

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    PRINCIPAIS SISTEMAS 95

    A Echelon, na sua topologia de rede LonWorks, temdesenvolvido aproximaes que permitem maior flexi-

    bilidade com o intuito de obter um elevado grau desimplicidade na sua implementao, existindo mais de700 empresas associadas a este standard.

    9.2 X10

    O protocolo actualmente mais utilizadono mundo (principalmente em pequenashabitaes) est presentemente bastan-

    te desenvolvido, tendo no entanto algu-mas limitaes.

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    O protocolo funciona sobre as normais linhas elctri-cas de uma casa enviando dados (bits) a cada passa-

    gem por zero da corrente alternada (AC) de uma fase(220v).

    O X10 um protocolo decomunicao para aplicaeselctricas de controlo remoto.

    Est designado para comunica-es entre transmissores e re-ceptores X10, atravs de com-dutores standard. Os transmis-

    sores enviam comandos tais como "turn on", "turn off"ou "dim" precedidos pela identificao da unidade

    receptora a ser controlada.

    Os comandos so enviados porbroadcast, que entra na rede decomunicaes da casa. Cadareceptor est relacionado comuma identificao de unidade, e

    sreage aos comandos quelhe so endereados.

    Podem contudo ser en-contrados problemas du-rante as comunicaes no

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    PRINCIPAIS SISTEMAS 97

    caso da rea suportada pela rede ser superior a 185metros, podendo