Arquitetura Brasileira

47
ARQUITETURA BRASILEIRA

Transcript of Arquitetura Brasileira

Page 1: Arquitetura Brasileira

ARQUITETURA BRASILEIRA

Page 2: Arquitetura Brasileira

A arquitetura no Brasil começa a se desenvolver com características do movimento barroco a partir do século XVIII ao início do século XIX, época em que na Europa esse estilo já havia sido abandonado.

Page 3: Arquitetura Brasileira

Um só, “vários” BarrocosO Barroco brasileiro varia de uma região para outra. Nas regiões que enriqueceram com a mineração e com o comércio de açúcar – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco-, encontramos igrejas com talhas douradas e esculturas refinadas, feitas por artistas de renome. Já nas regiões onde não havia açúcar nem ouro – como São Paulo -, as igrejas apresentam trabalhos modestos de artistas menos experientes.

Page 4: Arquitetura Brasileira

Expressões do Barroco brasileiro

Profundamente ligado à religião católica, o Barroco brasileiro está presente, até hoje, em inúmeras igrejas construídas por todo o país. Mas está também em muitas outras construções, como prédios públicos, moradias, chafarizes.

Page 5: Arquitetura Brasileira

Chafariz no largo de Marília. Ouro Preto, Minas Gerais.

Page 6: Arquitetura Brasileira

Antiga casa de Câmara e Cadeia. Mariana. Minas Gerais.

Page 7: Arquitetura Brasileira

Escultura complementando a arquitetura

As talhas – ornamentos esculpidos em madeira, mármore, marfim ou pedra – são muito presentes nas igrejas barrocas brasileiras. Aparecem em altares, arcos, tetos e janelas, recobrindo praticamente todo o interior da construção. Podem ter motivos florais, figuras de anjos, aspirais; enfim, formas que sugerem movimento e quebram a monotonia das linhas retas.

Page 8: Arquitetura Brasileira

Retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco em

São João del-Rei

Page 9: Arquitetura Brasileira

Azulejos, mais que decoração

No século XVII eram comuns grandes painéis azuis e brancos com cenas religiosas, figuras mitológicas ou, ainda, cenas históricas ou da literatura, formadas pela junção de muitos azulejos. Mas que um simples elemento decorativo, essas era uma forma de a igreja Católica transmitir, à população de maioria analfabeta, mensagens religiosas e mensagens bíblicas.

Page 10: Arquitetura Brasileira

Na imagem, note como temos a impressão de profundidade, com algumas figuras em primeiro plano; outras mais atrás; e outras, ainda mais afastadas. Veja também as molduras de azulejos do painel: parecem colunas e as partes mais altas das fachadas da igrejas barrocas.

Page 11: Arquitetura Brasileira
Page 12: Arquitetura Brasileira

O Barroco de Pernambuco

A partir de 1759 Recife teve grande crescimento econômico. Entre suas construções barrocas mais bem cuidadas está a igreja São Pedro dos Clérigos.

Page 13: Arquitetura Brasileira

A igreja de São Pedro dos Clérigos, iniciada em 1728 segundo projeto de Manuel Ferreira Jàcome, as obras dessa igreja só foram concluídas em 1782. Observe a fachada barroca de pedra e a verticalidade do edifício, incomum nas igrejas brasileiras do século XVIII.

Page 14: Arquitetura Brasileira

O Barroco da primeira capital do país

Na segunda metade do século XVII, Salvador era o centro econômico da região mais rica do Brasil e também a capital do país. Aí encontramos igrejas riquíssimas, como a de São Francisco.

Page 15: Arquitetura Brasileira

Fachada da igreja de São Francisco Salvador, Bahia.

Page 16: Arquitetura Brasileira
Page 17: Arquitetura Brasileira

Observe, na imagem as linhas curvas lembrando flores e conchas. Veja ainda, as linhas contorcidas. Na fachada da igreja, as inúmeras figuras de santos, anjos e motivos florais esculpidos em pedra.

Page 18: Arquitetura Brasileira

O Barroco do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro só viria a ter destaque econômico e cultural no início da extração do ouro em minas Gerais, no século XVIII. Com seu porto, a cidade passou a centro de intercâmbio entre a região da mineração e Portugal. Em 1763, tornou-se a nova capital do país. A partir daí foram erguidas muitas construções.

Page 19: Arquitetura Brasileira

O Barroco de uma região pobre: São Paulo

Fundada no século XVI, a cidade de São Paulo e seus arredores não tiveram o mesmo desenvolvimento que outras regiões no período colonial. No século XVII, os paulistas organizaram as bandeiras e seguiram para minas Gerais, lançando-se às atividades de mineração.

Page 20: Arquitetura Brasileira

Enquanto isso, São Paulo permaneceu estagnada por todo o século XVIII, e as ordens religiosas apenas ergueram modestas igrejas barrocas.

Hoje há poucas construções barrocas na cidade de São Paulo. Delas, destaca-se o conjunto formado pela igreja e pelo convento de Nossa Senhora da Luz.

Page 21: Arquitetura Brasileira

Igreja e convento da Nossa Senhora da Luz (séc. XVIII). São Paulo.

Page 22: Arquitetura Brasileira

A igreja de Nossa Senhora da Luz

Essa igreja, que começou a ser construída por volta de 1600 e passou por várias reconstruções, é um dos poucos exemplos da arquitetura colonial de São Paulo. Em 1970, aí instalou-se o Museu de Arte Sacra de São Paulo, que reúne um conjunto de importantes peças – o que restou de imagens, talhas, castiçais, cálices, candelabros e outras peças de igrejas de várias regiões do país, principalmente das igrejas paulistas que com o tempo foram destruídas.

Page 23: Arquitetura Brasileira

O Barroco mineiro: tem início uma arquitetura brasileira

Foram os bandeirantes paulistas que desbravaram as terras mineiras, começaram a explorar ouro e pedras preciosas e fundaram os primeiros arraias da região de Minas Gerais. Um desses bandeirantes foi Antônio Dias, que em 1698 chegou a Vila rica, hoje Ouro Preto. Desde essa época, vilarejos como Mariana, Sabará, Congonhas do Campo, São João del-Rei, Caeté e Catas altas começaram a desenvolver-se e a construir seus primeiros edifícios importantes.

Page 24: Arquitetura Brasileira

A arte barroca em Ouro Preto

A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. Primeiro tentou-se utilizara técnica construtiva paulista da taipa de pilão. O terreno mineiro, porém, é duro e pedregoso, pobre em terras argilosas. Mais tarde tentaram-se outros processos até chegar às construções com muros de pedra.

Page 25: Arquitetura Brasileira

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. Congonhas do Campo, Minas Gerais.

Page 26: Arquitetura Brasileira

O santuário do Bom Jesus de Matosinho

Esse santuário é construído por uma igreja em cujo adro estão esculturas de pedra-sabão de doze profetas: Isaías, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséas, Jonas, Joel, Andias, Herbacuque, Amós e Naum. Cada um deles está em uma posição diferente, fazendo gestos que se coordenam. O resultado disso é muito interessante, pois o observador tem a forte impressão de que as figuras de pedra estão se movendo, gesticulando e dirigindo-se a ouvintes.

Page 27: Arquitetura Brasileira

Na ladeira em frente à igreja foram construídas seis capelas, três de cada lado. Em cada uma delas, um conjunto de estátuas de madeira em tamanho natural narra um passo da paixão de Cristo.

Há ainda inúmeras obras de artistas anônimos pela espalhadas pelas diversas regiões do país. Isso confirma a importância do Barroco em nossa história como um marco do início de uma nova arte que procura afirmar seu próprio valor.

Page 28: Arquitetura Brasileira

Modernismo Brasileiro

As velhas formas e os velhos sistemas já fizeram sua época. É mister que o artista crie alguma coisa de novo e que consiga maior fusão entre o que é estrutura e o que é decoração; para conseguir isto o artista deve ser também técnico; Para conseguir isto o artista deve ser também técnico; ma só mente inventiva e não mais o trabalho combinado do artista que projeta e do técnico que executa. Rino Levi 

Page 29: Arquitetura Brasileira

Moderna arquitetura brasileira

Se, em vários campos das artes, a Semana de arte Moderna iniciou um processo de superação do passado, o mesmo não foi possível na arquitetura. O trabalho de um pintor, escritor ou escultor pode ser independente, mas a arte de um arquiteto não depende apenas dele; depende antes de tudo do cliente.

Page 30: Arquitetura Brasileira

uma obra conhecida da arquitetura brasileira é a casa que o ucraniano Gregori Warchavik (1896-1972) construiu em 1928, na Vila Mariana, bairro paulistano. Ele divulgou entre os paulistanos e estilo futurista, que utilizava formas geométricas. O interior das casas começou a ser decorado com obras modernas, e os móveis, vitrais e tapeçarias passaram a expressar esse estilo.

Page 31: Arquitetura Brasileira
Page 32: Arquitetura Brasileira

O prédio MartinelliAssim como os Estados Unidos, na primeira metade do século XX o Brasil começou a construir arranha-céus. O primeiro deles no Brasil e na América Latina foi o prédio Matinelli, concebido pelo italiano Giuseppe Martinelli e construído em São Paulo entre 1022 e 1029. com 130 metros de altura e trinta andares, ele representou uma inovação técnica e arquitetônica e foi precursor dos altos edifícios que hoje dominam a paisagem urbana de são Paulo.

Page 33: Arquitetura Brasileira
Page 34: Arquitetura Brasileira

  O que melhor caracteriza a arquitetura moderna é a utilização de formas simples, geométricas, e desprovida de ornamentação, valoriza-se o emprego dos materiais em sua essência como o concreto aparente, em detrimento do reboco e da pintura.

Materiais como o aço e o concreto armado dão aos arquitetos possibilidades inéditas de criação, o que faz com que este estilo se torne completamente diferente de tudo que se viu até então. 

Page 35: Arquitetura Brasileira

Le Corbusier

Teoria acerca do modernismo, na qual se destacam os 5 pontos da arquitetura modera:

1) Pilotis;

2) Terraço Jardim;

3) Planta livre;

4) Janela em fita;

5) Fachada livre. 

Alguns desses 5 pontos são claramente notados no Ministério da Educação, um edifício projetado por Lucio Costa com a consultoria de Le Corbusier ( ajudado por uma equipe de profissionais como Oscar Niemeyer,

Page 36: Arquitetura Brasileira

Le Corbusier lançou, em seu livro Vers une architecture (Por uma arquitetura, na tradução em português), as bases do movimento moderno de características funcionalistas.

Page 37: Arquitetura Brasileira

Pilotis

Page 38: Arquitetura Brasileira

Terraço Jardim

Page 39: Arquitetura Brasileira

Planta Livre

Page 40: Arquitetura Brasileira

Janela em fita e Fachada livre

Page 41: Arquitetura Brasileira

CONTEXTO HISTÓRICO 

A arquitetura moderna no Brasil emerge em uma época de contradições e ambiguidades políticas: foi o período de Vargas a Kubistchek, do rádio a televisão, do Rio de Janeiro até vésperas do concurso de Brasília, entre tantas outras.    

Page 42: Arquitetura Brasileira

O Ministério da Educação, que teve como ideólogo principal o arquiteto modernista brasileiro Lucio Costa e a consultoria de Le Corbusier. Centro da cidade do Rio de Janeiro.  

Page 43: Arquitetura Brasileira

Lúcio Costa

Page 44: Arquitetura Brasileira
Page 45: Arquitetura Brasileira
Page 46: Arquitetura Brasileira

Brasília Utopia da Modernidade

Super quadras Sonho de dom Bosco (misticismo) “Cidade para homens felizes”

Page 47: Arquitetura Brasileira

Dom Bosco e BrasíliaEm um sonho, vê, entre os paralelos 15 e 20 do hemisfério sul, um lugar de muita riqueza, próximo a um lago:

“Tra il grado 15 e il 20 grado vi era un seno assai lungo e assai largo que partiva di un punto che formava un lago. Allora una voce disse ripetutamente, quando si verrano a scavare le miniere nascoste in mezzo a questi monti di quel seno apparirà qui la terra promessa fluente latte e miele, sarà una ricchezza inconcepibilie. (Memorie Biografiche, XVI, 385-394).”

Esse lugar é atribuído por alguns intérpretes como sendo Brasília, motivo pelo qual São João Bosco é um considerado um dos padroeiros dessa cidade brasileira.