Arquivos E Bib Digitais Apr 1

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Arquivos e Bibliotecas Digitais Arquivos e Bibliotecas Digitais Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais Universidade do Porto Universidade de Aveiro Professora Doutora Fernanda Ribeiro Professora Doutora Maria Manuel Borges

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Arquivos e Bibliotecas DigitaisArquivos e Bibliotecas Digitais

Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais

Universidade do Porto Universidade de Aveiro

Professora Doutora Fernanda Ribeiro

Professora Doutora Maria Manuel Borges

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O fim das instituições sociais na Utopia é de (…) deixar a

cada um o maior tempo possível para se libertar da

servidão do corpo, cultivar livremente o espírito,

desenvolvendo as suas faculdades intelectuais pelo

estudo das ciências e das letras. É neste

desenvolvimento completo que eles põem a verdadeira

felicidade.

Thomas More, 1516: 22

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Missão e objectivos da Biblioteca Missão e objectivos da Biblioteca Escolar Escolar

Mission of the School LibraryMission of the School Library, IFLA (International Federation of Library Associations), IFLA (International Federation of Library Associations)

•A biblioteca escolar (BE) disponibiliza serviços de aprendizagem, livros e recursos que

permitem a todos (…) tornarem-se pensadores críticos e utilizadores efectivos da

informação em todos os suportes (…).

•A equipa da BE apoia a utilização de livros e outras fontes de informação, desde obras

de ficção a obras de referência, impressas ou electrónicas, presenciais ou remotas.

(…) enriquecem os manuais (…).

•Quando os bibliotecários e os professores trabalham em conjunto, os alunos atingem

níveis mais elevados de literacia, (…). Aos utilizadores que, por qualquer razão, não

possam utilizar os serviços e materiais comuns da biblioteca, devem ser

disponibilizados serviços e materiais específicos.

•O acesso aos serviços e fundos documentais deve orientar-se pela Declaração

Universal dos Direitos e Liberdades do Homem, aprovada pelas Nações Unidas, e não

deverá ser sujeito a nenhuma forma de censura ideológica, política ou religiosa ou a

pressões comerciais. (…)

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Objectivos da Biblioteca Escolar (IFLA)Objectivos da Biblioteca Escolar (IFLA)

•apoiar e promover os objectivos educativos definidos de acordo com as

finalidades e currículo (…);

•criar e manter nas crianças o hábito e o prazer da leitura, da aprendizagem

(…);

•proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação (…);

•apoiar os alunos na prática de avaliação e utilização da informação (…);

•providenciar acesso aos recursos locais, regionais, nacionais e globais (…);

•organizar actividades que favoreçam a consciência para as questões de

ordem cultural e social;

•liberdade intelectual e acesso à informação – cidadania e participação na

democracia;

•promover a leitura (…);

•seleccionar e adquirir recursos, proporcionando acesso material e intelectual

a fontes de informação apropriadas, disponibilizando equipamentos e dispondo

de pessoal qualificado. (…)

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A informação digital(izada)A informação digital(izada) e a propriedade intelectual e a propriedade intelectual

• esquema Dublin Core – o criador de informação disponibiliza o recurso e sinopse.

• Problema – direitos de autor e negociação de licenças sobre fontes de informação digital (em linha ou fora dela) que a bibl. disponibiliza.

• Creative commons / fair use – entre os direitos de autor e o interesse público; copyright com regras de uso especificadas pelo autor.

(Borges, 2008: 225-2232)

• Educação como interesse público merecedora de > acesso a documentação digital, com o compromisso de respeito pelo uso especificado pelos autores.

• K12EdCom - promover e publicar material curricular educativo (p/ crianças e jovens dos 5 aos 18 anos) sob a licença CC.

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Desafio para as BEDesafio para as BEna era digitalna era digital

• Formação dos utilizadores em literacia da informação,

• Promoção da leitura,

• Utilização de aplicações e plataformas digitais,

• Library 2.0 – termo cunhado por Mike Casey (apud Anderson, 2007: 36):

• Centrada no utilizador, a biblioteca convida o utilizador à participação na criação de

serviços virtuais,

• Instalando-se em ambientes digitais,

• Facilitando e atraindo as pesquisas em OPAC (catálogos digitais de acesso livre), de

preferência com disponibilização digital de documentos integrais.

• Ex: portal próprio, OPAC, plataformas sociais, blogues e wikis, plataformas de

ensino à distância.

• Melhores pesquisas e catalogação facilitada com o pleno funcionamento da “Web

semântica”, que organiza dados de uma maneira lógica, por conteúdos semânticos.

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Proposta de trabalho

Objectivos:Objectivos:

• (Procura de argumentação para) criação de propostas de legislação que

favoreça a digitalização de recursos com propriedade intelectual registada

de interesse educacional para uso expresso por/com utilizadores de e nas

bibliotecas escolares.

• Contribuir para o desenvolvimento de competências literácicas em

informação nas escolas de ensino não superior portuguesas.

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Hipótese de trabalho de investigaçãoHipótese de trabalho de investigação

Estratégias:Estratégias:

• Análise quantitativa e qualitativa do uso de tecnologias e

documentos digitais em Bibliotecas Escolares em actividades de

promoção da leitura e da literacia da informação, tendo por base

evidências recolhidas ao longo de 2 anos em escolas portuguesas

e outros documentos, como os relativos à Avaliação das

Bibliotecas Escolares (vd. anexo contendo parte do modelo de

auto-avaliação das Bibliotecas escolares em vigor).

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Bibliografia consultada

Anderson, Paul (2007): What is Web 2.0? Ideas, technologies and implications for education. Disponível em:

http://www.jisc.ac.uk/whatwedo/services/services_techwatch/techwatch/techwatch_ic_reports2005_published.aspx , último acesso: 04/11/2009.

Barrett, Lynn (2004), “New guidelines, new challenges in schools”, in Chartered Institute of Library and Information Professionals, September 2004, updated in

January 2006. Disponível em: http://www.cilip.org.uk/publications/updatemagazine/archive/archive2004/september/article2.htm, último acesso: 12/11/2009.

Bogel, Gayle (2006): “School Libraries Play an Active, Transformational Role in Student Learning and Achievement”, in Evidence Based Library and Information

Practice, Vol. 1, No 4. Disponível em: http://ejournals.library.ualberta.ca/index.php/EBLIP/article/view/91, último acesso: 12/11/2009.

Borges, Maria Manuel (2003): “Biblioteca Digital : Materialização e Utopia”, in Revista da Faculdade de Letras: Ciências e Técnicas do Património. ISSN 1645-4936.

Vol. 2, p. 653-664.

Calixto, José António (2004): “Literacia da Informação: um desafio para as bibliotecas”, in Estudos em homenagem ao Professor Doutor José Marques, 26 e 27 de

Junho de 2003: Actas do colóquio Memória do Curso de Especialização em Ciências Documentais (1985-2003) , Porto, Faculdade de Letras, ISBN 972-9350-84-

1, p.1-13.

IFLA / UNESCO (2002): School Libraries Guidelines, Disponível em: http://archive.ifla.org/VII/s11/pubs/sguide02.pdf , último acesso: 27/01/2010.

 

Ministério da Educação (2009): “Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho”, in: Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de Julho de 2009, pp. 4488-4491.

More, Thomas (1516), Utopia. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/ texto/cv000070.pdf, último acesso: 16/10/2009.

Romaní, C. C. e Kuklinski, H. P. (2007): Planeta Web 2.0. Inteligencia colectiva o medios fast food., Grup de Recerca d'Interaccions Digitals, Universitat de Vic.

Flacso México. Barcelona/México DF. http://www.planetaweb2.net/, 2007

 

Saw, Grace and Todd, Heather (2007): Library 3.0: where art our skills? World Library and Information Congress: 73 rd IFLA General Conference and Council 19-23

August 2007, Durban, South Africa. Disponível em: http://ifla.queenslibrary.org/IV/ifla73/papers/151-Saw_Todd-en.pdf, Último acesso: 13/11/2009.

 

Todd, Ross (2001): “Transitions for preferred futures of school libraries”. The 2001 IASL Conference, Auckland, New Zealand, 9-12 July, disponível em:

http://www.iasl-online.org/events/conf/virtualpaper2001.html, último acesso: 16/12/2009.

 

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Anexo Anexo Alguns domínios e descritores de avaliação das Bibliotecas EscolaresAlguns domínios e descritores de avaliação das Bibliotecas Escolares

A. 2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital

OBJECTIVOS ACÇÕES

A.2.1. Organizar actividades de formação de utilizadores.

• Organizar com os Directores de Turma um calendário de sessões de formação de utilizadores com as respectivas turmas. • Produzir e partilhar materiais para a formação com outras escolas.

A.2.2. Promover o ensino em contexto de competências de informação.

• Introduzir uma política no Agrupamento orientada para o ensino sistemático e em contexto curricular de competências de informação. • Planear antecipadamente com os professores o trabalho de pesquisa a realizar na BE.

• Incentivar a formação dos docentes e das equipas das BE na área da literacia da informação.

• Estabelecer um plano articulado e progressivo (ao longo dos vários anos de escolaridade) para o desenvolvimento das competências de informação.

A.2.3. Promover o ensino em contexto de competências tecnológicas e digitais.

• Reforçar a articulação da BE com as Áreas de Projecto e outras áreas de carácter transversal que fomentem a utilização contextualizada das TIC. • Aumentar o nível de incorporação das TIC nos serviços informativos e educativos oferecidos pela BE.

• Inscrever no Guia de Utilizador da BE um conjunto de orientações para o uso responsável dos recursos de informação. • Implicar a BE nos projectos, planos e políticas existentes na escola na área das TIC e da gestão de informação.

A.2.4. Proporcionar aos alunos a aquisição de competências tecnológicas e de informação.

• Introduzir uma política na escola orientada para o ensino sistemático e em contexto curricular de competências tecnológicas, digitais e de informação. • Incentivar a formação dos docentes e das equipas das BE na área das TIC e da literacia da informação.

• Adoptar um modelo de pesquisa uniforme para toda a escola.

• Produzir guiões e outros materiais de apoio à pesquisa e utilização da informação pelos alunos

• Reforçar a articulação entre a BE e o trabalho de sala de aula.

A.2.5. Participar no desenvolvimento de valores e atitudes indispensáveis à formação da cidadania e à aprendizagem ao longo da vida.

• Envolver os alunos na vida da BE, criando um grupo de monitores ou “amigos” da biblioteca

• Valorizar o papel dos procedimentos e atitudes nos processos de aprendizagem.

• Mobilizar a escola para a criação e aplicação de um código de conduta, coerente e de aplicação generalizada.

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B. Leitura e Literacia OBJECTIVOS ACÇÕES

B.1 Promover a leitura na escola

• Programar visitas dos elementos da equipa à BM e às livrarias para conhecimento de novidades editoriais.

• Utilizar a WEB e outras fontes de informação na prospecção e identificação de materiais do interesse das crianças e dos jovens e dos adultos. • Realizar avaliações periódicas da colecção, no sentido de identificar limitações. • Promover o diálogo informal com as crianças e os jovens utilizadores da BE, incentivando-os à leitura. • Promover actividades de leitura em voz alta, de leitura partilhada ou animações que cativem as crianças e os jovens e induzam comportamentos de leitura. • Criar grupos ou comunidades de leitores que partilhem gostos e leituras. • Definir um plano integrado de actividades que melhorem os índices de leitura. Comunicá-lo à escola, apresentando sugestões que envolvam o trabalho articulado e a colaboração dos docentes. • Consolidar o trabalho articulado com departamentos, docentes e a abertura a projectos externos. • Reforçar a formação dos elementos da equipa nas áreas da literatura infantil e juvenil e da sociologia da leitura. • Encontrar parcerias com a Biblioteca Municipal ou com outras instituições. • Alargar o horário de abertura da BE fazendo-o coincidir com a permanência de alunos na escola.

B.2 Integrar as estratégias e programas de leitura ao nível da escola.

• Sensibilizar a escola para a importância da leitura como suporte às aprendizagens e à progressão nas aprendizagens. • Trabalhar articuladamente com departamentos e docentes. • Convidar especialistas; organizar colóquios ou seminários sobre a leitura, a literacia e o papel da BE. • Direccionar projectos e actividades a novos públicos emergentes de reestruturação curricular ou do sistema de ensino. • Promover o diálogo com os docentes no sentido de garantir um esforço conjunto para que o desenvolvimento de competências de leitura, estudo e investigação seja adequadamente inserido nos diferentes currículos e actividades. • Dialogar com os alunos com vista à identificação de interesses e necessidades no campo da leitura e da literacia. • Encorajar a participação dos alunos em actividades livres no âmbito da leitura: clubes de leitura, fóruns de discussão, jornais, blogues, outros.

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D.3. Gestão da Colecção/da Informação

OBJECTIVOS ACÇÕES D.3.1 Planear a colecção de acordo com as necessidades curriculares e dos utilizadores.

• Elaborar ou rever um documento que oriente a gestão da colecção.

• Planificar, afectar verbas e executar as acções decorrentes dessa planificação, por forma a manter a colecção actualizada e adequada às necessidades das populações que serve.

D.3.2 Adequar os livros e outros recursos de informação (no local e online) às necessidades curriculares e de informação dos utilizadores.

• Detectar os pontos fracos da colecção e reforçar as áreas com carências.

• Fazer consultas aos departamentos/ professores acerca da colecção e dos fundos a adquirir.

• Explorar e difundir o uso de recursos online e incentivar o recurso de dispositivos da web para produzir e difundir informação. • Estabelecer parcerias inter e intra escolas/ agrupamentos com vista ao desenvolvimento cooperativo da colecção (digital e impressa). • Melhorar a diversidade de fundos através da partilha/ circulação/ empréstimo de fundos entre bibliotecas e com a biblioteca Municipal.

D.3.3. Promover o uso da colecção pelos utilizadores.

• Promover e divulgar a colecção e difundir a informação, nomeadamente implementando o empréstimo domiciliário.

• Possibilitar a consulta autónoma do catálogo online.

• Organizar os recursos de informação por temáticas de âmbito formativo, recreativo ou curricular.

D.3.4 Organizar a informação. Informatizar a colecção.

• Afectar os membros da equipa necessários e com competências adequadas ao cumprimento destas tarefas

• Solicitar apoio técnico à Biblioteca Municipal.

• Continuar a catalogação da colecção no OPAC (catálogo de acesso público online) da Rede Municipal de Bibliotecas, com auxílio do SABE.

D.3.5. Difundir a informação.

• Definir e implementar uma estratégia de promoção e de difusão da informação.

• Criar as condições tecnológicas e materiais necessárias.

• Aproveitar as possibilidades da Web e recorrer aos novos dispositivos para produzir, difundir e comunicar a informação.