Arrependimento mudança de caráter e de atitude

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Missão Cristã Integral ARREPENDIMENTO: MUDANÇA DE MENTALIDADE E DE ATITUDE Wolney Garcia www.missaocristaintegral.org | Missão Cristã Integral Página1 Vamos ler o evangelho segundo de Mateus no capítulo 3, onde descreve sobre discurso de João Batista sobre arrependimento. Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.” O arrependimento é o primeiro passo para os que querem ter uma vida de intimidade constante com Deus. Sem um profundo arrependimento não remissão de pecados, ou seja, o perdão só se torna evidente em nossas vidas quando houver de fato quebrantamento gerado pelo arrependimento. Comecemos este estudo com a seguinte referência: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3.2). A palavra “arrependimento” é bem destacada aqui, e se encontra no modo imperativo, ou seja, é necessário e fundamental para a habitação do reino “arrependei-vos!” A palavra no original é metanoew metanoeo que significa: mudança de mentalidade, mudar a mente para melhor. É interessante perceber que todo o processo e gestação do pecado estão na mente, assim como o pecado é gerado primeiramente em nossa mente, sua concepção no sentido de “dar à luz” se dá nas ações, nas atitudes do regenerado, e o texto principal para esta afirmação é: “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15). Um dos principais frutos gerados pelo arrependimento é a mudança de mentalidade, digo isso, porque há muitas pessoas que sempre estão confessando suas transgressões, e sempre pedindo que o Senhor as perdoe e permanecem sempre na mesma condição. Praticam as mesmas coisas, os mesmos pecados sempre. Essa atitude de permanecer nas mesmas transgressões pode levar a um estado de cauterização de suas consciências, e isso por sua vez os levam a escorar na graça dizendo: Deus é amor! Ele vai me perdoar. E tantos outros argumentos infundados na tentativa de aliviarem todo o fardo da culpa sobre suas vidas. Muitos se esquecem de que, após toda mudança de mentalidade deve haver sempre uma mudança de atitude. É a ação do homem natural pecador sendo respondida pela reação de um coração compungido gerado por Cristo em nós. Um coração arrependido e voltado completamente para o libertador de todo pecador, a esses Ele diz: “... Sede santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1.16). Veja o seguinte texto sobre a mortificação da nossa carne: “... Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19,20).

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Vamos ler o evangelho segundo de Mateus no capítulo 3, onde descreve sobre discurso de João Batista sobre arrependimento.

“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.”

O arrependimento é o primeiro passo para os que querem ter uma vida de intimidade constante com Deus. Sem um profundo arrependimento não há remissão de pecados, ou seja, o perdão só se torna evidente em nossas vidas quando houver de fato quebrantamento gerado pelo arrependimento.

Comecemos este estudo com a seguinte referência:

“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3.2).

A palavra “arrependimento” é bem destacada aqui, e se encontra no modo imperativo, ou seja, é necessário e fundamental para a habitação do reino “arrependei-vos!” A palavra no original é metanoew metanoeo que significa: mudança de mentalidade, mudar a mente para melhor.

É interessante perceber que todo o processo e gestação do pecado estão na mente, assim como o pecado é gerado primeiramente em nossa mente, sua concepção no sentido de “dar à luz” se dá nas ações, nas atitudes do regenerado, e o texto principal para esta afirmação é:

“Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15).

Um dos principais frutos gerados pelo arrependimento é a mudança de mentalidade, digo isso, porque há muitas pessoas que sempre estão confessando suas transgressões, e sempre pedindo que o Senhor as perdoe e permanecem sempre na mesma condição. Praticam as mesmas coisas, os mesmos pecados sempre. Essa atitude de permanecer nas mesmas transgressões pode levar a um estado de cauterização de suas consciências, e isso por sua vez os levam a escorar na graça dizendo: Deus é amor! Ele vai me perdoar. E tantos outros argumentos infundados na tentativa de aliviarem todo o fardo da culpa sobre suas vidas. Muitos se esquecem de que, após toda mudança de mentalidade deve haver sempre uma mudança de atitude. É a ação do homem natural pecador sendo respondida pela reação de um coração compungido gerado por Cristo em nós. Um coração arrependido e voltado completamente para o libertador de todo pecador, a esses Ele diz: “... Sede santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1.16).

Veja o seguinte texto sobre a mortificação da nossa carne:

“... Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19,20).

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“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Colossenses 3.1).

A morte de Cristo na cruz acabou com a nossa corrupção anterior. E pela sua morte fomos totalmente separados da minha antiga forma de sentir e agir, ou seja, mortos para o pecado e vivos para Deus.

Um pronome que se destaca neste texto de suma importância é a palavra “sou eu” – egw ego, que apenas é expresso na Bíblia quando algo está sendo enfatizado. Preste bem atenção que o verbo “estar” é que está sendo crucificado, e que aqui está na primeira pessoa do singular “estou crucificado”, ou seja, quem está sendo crucificado é o próprio ego, o próprio “eu”.

Podemos tirar varias verdades dessa consideração, como por exemplo: se eu verdadeiramente estiver disposto a ter uma vida de renúncia do pecado, mortificando o meu “eu” ou ego, experimentarei então uma nova vida com o Cristo Jesus. E então poderei dizer como o autor de Gálatas: “Cristo vive em mim”. Esse viver implica em um senhorio absoluto em nossas vidas, tendo assim, o controle sobre nossa mente, vontade e coração; corpo, alma e espírito e apresentando-nos perante Deus como um sacrifício vivo perfeito e agradável a Deus.

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:17).

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).

A palavra “vivo” no texto bíblico que acabamos de ler, vem do grego zwh zoe que significa: Absoluta plenitude da vida, tanto em essência como no caráter, que pertence a Deus. Leia as seguintes referências sobre o viver de Cristo que apresentou a sua vida como um grande exemplo de um caminhar santo e agradável a Deus (João 1.1; 1.10; 1.14; 1 João 1.1; Ap 19.13).

Em João, encontramos a essência da Palavra de Deus que é Jesus Cristo, a sabedoria eterna e o poder salvador em união com Deus Pai. Ele é ministro na criação e no governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através de suas palavras e obras.

O termo “Logos” o qual foi designado a Jesus em João, é bem familiar para os judeus e na sua literatura é muito usado para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. É a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho.

É de suma importância aplicar essa palavra em nossas vidas, pois o “Logos”, o Verbo Eterno vive em nós, trazendo-nos constante transformação em nosso caráter que é a sede da nossa conduta moral. E governando nossas vidas cumprindo assim o plano de salvação em nós por meio do Seu Amor Eterno.

ARREPENDIMENTO TAMBÉM ENVOLVE AS EMOÇÕES

Para que haja o genuíno arrependimento em nós é preciso também que as nossas emoções sejam curadas, vejam o seguinte texto:

“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia” (Salmos 32.3).

Eis aí uma palavra o qual nos revela não somente o confessar dos pecados, como também pecados o qual muitos tratam como se fossem um simples “pecadinho”, se é que existe tal grau de pecado. Pecado é pecado e não existem meios termos. O texto neste salmo vai muito mais além, pois, fala-nos principalmente de pecados ocultos e não confessados, fala-nos das

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consequências que acarretam sobre aquele que encobre suas transgressões.

O autor neste relato está encontra-se extremamente enfermo pelo fato de ter permanecido em silêncio ante o seu pecado. Observem bem que, logo após esse relato e pelo fato de ter-se visto em condição de enfermidade o qual penso ser extrema. Há então, o ato de humilhar-se em quebrantamento perante Deus.

O pecado mata as emoções, fere a integridade de consciência e principalmente, nos afasta de Deus o que é mais lastimável.

O único remédio é abrir o coração numa atitude de confissão perante o Eterno Deus. Não se esquecendo de que antes de toda confissão deve vir primeiro um

genuíno arrependimento e conseguintemente uma mudança de atitude, e isso implica em mudar a rota, é dar um giro 360 graus, uma convergência rumo à Vida Eterna.

“Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado” (Salmos 32:5).

“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13).

É bastante importante compreendermos que quando confessamos nossos pecados a Deus, o fato de deixar ou abandonar as más práticas deve ser o alvo proposto de cada servo sincero.

O servo fielem Direção ao Alvo

A vida em pecadodeixada para traz

A ruptura com opecado

Alguns Alvos PropostosO Alvo Proposto pelo Pecado

Santidade

IntimidadeA Morte

Fidelidade

A Eternidade -A Nova Jerusalém

Gráfico - Alvos de Conquista Para o Servo Fiel

“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: e avançando para as que diante de mim estão,

” (Filipenses 3.13,14).esquecendo-me das coisas que para trás ficamprossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus

(O Alvo Principal)Para

A solução que o apóstolo Paulo nos apresenta é primordial para alcançarmos o alvo (a Vida Eterna – A Nova Jerusalém).

Observem bem este gráfico que mostra duas realidades: o alvo que representa o pecado e do lado oposto, o alvo que nos conduzirá ao à Nova Jerusalém.

O servo fiel em primeiro lugar procura caminhar em direção ao alvo que o Senhor tem proposto sobre sua vida, rompendo inteiramente com o pecado deixando para trás e prosseguindo sempre para uma vida

de santidade. O seu prazer é fazer a vontade do Senhor que sempre o respalda e ajuda o servo fiel a vencer barreiras, barreiras tais como: traumas, dúvidas e vícios. Assim como outras barreiras que o impedem de vencer. E é nesta tão grande perseverança que mora uma tão grande conquista. Amém!

Ministrado em Março de 2006 Anápolis-GO