Arte e Arquitetura Romana

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Pintura Título: Pintura do Anfiteatro de Mérida, Caçador com leoa. Técnica: Afresco. Material: Em granito. Dimensões: 103cm de largura por 64cm de altura. Período: Século I A pintura romana, Caçador com Leoa foi encontrada em um túmulo fora do Anfiteatro de Mérida. Isso explica a sua boa conservação, estava escondida e instalada em um canto na sepultura. Pensa-se que a pintura decorava a balaustrada do "pódio" do anfiteatro. Um caçador sendo atacado por um felino representa um espetáculo comum, diante dos que eram apresentados no anfiteatro romano. Análise Esta obra em questão representa um pouco do que os romanos gostavam de ver dentro dos anfiteatros para seu entretenimento. O autor é desconhecido, mas as características são fáceis de identificar. Sobre a pintura, é uma pintura linear que possui formas com contornos fáceis de distinguir. É uma figura plana que data do século I, com representações em apenas duas dimenções e sem preocupação com a relação entre os planos da imagem, na relidade as representações de figuras planas só foram abandonadas no século XVII. A representação de uma ação específica, o motivo pelo qual a pintura foi feita e a própria ação ali descrita, o caçador sendo atacado por uma leoa e ao mesmo se defendendo com uma lança, resaltam que se trata de uma pintura fechada, que não dá margens para outras interpretações. Ainda dentro do contexto comentado anteiormente, o fato da obra ser uma representação fechada já pressupõe que estamos falando de uma unidade individual.

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Trabalho de História da Arte - Segundo Semestre de arquitetura. Análise de algumas obras do período romano.

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Pintura

Ttulo: Pintura do Anfiteatro de Mrida, Caador com leoa.Tcnica: Afresco.Material: Em granito.Dimenses: 103cm de largura por 64cm de altura.Perodo: Sculo IA pintura romana, Caador com Leoa foi encontrada em um tmulo fora do Anfiteatro de Mrida. Isso explica a sua boa conservao, estava escondida e instalada em um canto na sepultura. Pensa-se que a pintura decorava a balaustrada do "pdio" do anfiteatro. Um caador sendo atacado por um felino representa um espetculo comum, diante dos que eram apresentados no anfiteatro romano.

AnliseEsta obra em questo representa um pouco do que os romanos gostavam de ver dentro dos anfiteatros para seu entretenimento. O autor desconhecido, mas as caractersticas so fceis de identificar.Sobre a pintura, uma pintura linear que possui formas com contornos fceis de distinguir. uma figura plana que data do sculo I, com representaes em apenas duas dimenes e sem preocupao com a relao entre os planos da imagem, na relidade as representaes de figuras planas s foram abandonadas no sculo XVII.A representao de uma ao especfica, o motivo pelo qual a pintura foi feita e a prpria ao ali descrita, o caador sendo atacado por uma leoa e ao mesmo se defendendo com uma lana, resaltam que se trata de uma pintura fechada, que no d margens para outras interpretaes. Ainda dentro do contexto comentado anteiormente, o fato da obra ser uma representao fechada j pressupe que estamos falando de uma unidade individual.Talvez por ser uma obra que teria por finalidade a iustrao de um evento, a pintura do caador com a leoa possua uma clareza absoluta, onde todos os elementos da imagem cumprem claramente seu propsito.Alm de ser uma bela obra, a pintura do caador resistiu bravamente ao tempo e aos eventos histricos que poderiam comprometer sua integridade. Mesmo fazendo uma anlise superficial foi possvel sentir a profundidade dos eventos que ela representa.

Escultura

Ttulo: Gnio do Senado.Tcnica: Fundio.Material: Bronze.Dimenses: Altura de 55cm e largura mxima de 24cmPerodo: Sculo IIUma estatueta masculina de bronze representando um velho barbudo que veste um manto e por baixo uma tnica com mangas e peito visvel. Na mo esquerda ele deveria segurar algum volume e, possivelmente, fazendo um gesto apontando para a direita. Esta esttua considerada uma representao do Gnio do Senado romano por seus paralelos com outras imagens em moedas e relevos. Ele foi encontrado no "Templo de Diana" de Mrida, onde poderia ser aplicada em alguma parede, e seus descobridores crem que a escultura pode estar relacionada com a dedicao do templo ao culto imperial.

AnliseA escultura do Gnio do Senado romano uma obra em bronze que est datada do sculo II, atualmente est exposta no Museu Nacional de Arte Romana, Espanha. No muito diferente da pintura, a escultura romana apresenta contornos bem definidos, dos quais a escultura depende para expressar e ter representatividade como objeto, sendo assim pode-se dizer que a obra linear, pois, ao contrrio das esculturas do barroco, o contorno que define a sua forma. Por ser uma obra linear, pressupe-se, como na pintura, que a esttua pode ser classificada como uma figura plana, apesar de possuir elementos que lhe do bastante profundidade, como a mo esquerda que est erguida frente do corpo como se segurasse um volume. O fato de ter sido feita em bronze que possibilitou uma maior liberdade de movimentos.No h esttua livre que no tenha suas razes na arquitetura, o que diz Heinrich Wolffin, e no diferente com a nossa obra a ser analisada. O fato de ter sido encontrada no Templo de Diana serve como exemplo desta relao entre a escultura e a arquitetura. Porm, a obra aqui analisada pode ser considerada atectnica por no possuir uma integrao to clara com o plano.No preciso se estender em detalhes para compreender que a obra pode ser considerada uma unidade individual, pois no possui elementos completares ou sub elementos que, na sua falta, dificulte o entendimento do conjunto. Sendo assim, a clareza das formas e definio dos contornos fecham o ciclo da compreeno do objeto.

Arquitetura

Ttulo: Anfiteatro de Mrida.Localizao: Mrida, Espanha.Perodo: Ano 8 a.C.O Anfiteatro de Mrida, tambm conhecido como Circo de Mrida, possui um formato oval e capacidade para aproximadamente 14.000 pessoas. Era destinado a lutas entregladiadorese a corridas.O anfiteatro composto por seis partes principais: a arena, onde se davam as lutas e corridas; O local destinado s feras e aos apedrejos dos gladiadores; Os corredores; A spolania, local destinado aos gladiadores; O pdio, onde se recebiam os prmios; Os corredores de entrada e sada, que eram destinados a combates de gladiadores. O anfiteatro ainda composto por trs anis, umfossoe as bancadas para os espetadores, nas quais uma parte era reservada s autoridades que patrocinavam os espetculos e outra s entidades polticas da cidade. Este monumento esteve subterrado durante centenas de anos e s h algumas dcadas que foi descoberto, embora, infelizmente, tivesse a parte de cima destruda.

Ruinas do Anfiteatro de Mrida, Espanha.

AnlisePara analisar uma obra arquitetnica e classifica-la como linear ou pictrica no podemos faz-lo da mesma forma como na pintura, mas quando se trata de construes da antiguidade, as caractersticas lineares so justamente aquelas que te levam ao bsico da decorao interna de um ambiente, e essas caractersticas podem ser dividias entre visuais e tteis. Uma obra arquitetnica como o Anfiteatro de Mrida foi feito para fins especficos e possui caractersticas prprias que possibilitem o seu uso adequado, fazendo com que, tanto de forma visual como ttil, o usurio saiba a que fim se destina aquele espao.Empregar o conceito de plano e profundidade no mbito da arquitetura no fcil, pois toda arquitetura nos leva a percepo de profundidade, mas se levarmos em conta a forma como os elementos estruturais se organizam podemos observar que em algumas obras a percepo de profundidade fica mais evidenciada. o caso do Anfiteatro de Mrida, que mesmo estando em ruinas ainda possvel observar os detalhes que a caracteriza.As obras arquitetnicas precisam ser tectnicas, logo, considerando formas fechadas como tectnicas, pode-se dizer da obra analisada que ela se trata de obra tectnica que no nega a si mesma. No h muito que se analisar neste aspecto, pois certas caractersticas que poderiam ser opcionais em uma pintura acabam sendo obrigatrias na arquitetura.Analisando a obra, fcil chegar singularidade da sua funo como arquitetura, mas pesquisando mais a fundo observamos que existe um conjunto de elementos que se juntam para criar uma s estrutura. Assim, ao contrrio da pintura e da escultura, a arquitetura por mote uma pluralidade, mas que quando tem os seus elementos verticais e horizontais formando uma grande composio, pode ser chamado de unidade. Na obra analisada vimos que todos os seus elementos verticais e horizontais formam uma composio que a tornam claramente uma unidade. Para concluir, observamos que alm da unidade formada por seus elementos, a obra tambm possui clareza ao despertar, imediatamente, mesmo que apenas visualmente, o fim ao qual se destina o seu uso.