ARTE E INCLUSÃO
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5/13/2018 ARTE E INCLUSÃO - slidepdf.com
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Como a arte através dos princípios da Arteterapia pode produzir a inclusão escolar de alunos com necessidades especiais?
BORBA, Eloise Ferreira Faistauer de ([email protected]); VIEIRA, Sandra Corrêa ([email protected] ) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense.
Polo de Apoio Presencial do Município do Balneário Pinhal, RS
Amai a infância; favorecei suas brincadeiras, seus prazeres, seu amável
instinto. Quem de vós não teve alguma vez saudade dessa época em que o
riso está sempre nos lábios, e a alma está sempre em paz?
J.J. Rousseau
O trabalho aqui apresentado tem como seu principaltema a utilização da Arteterapia como ferramenta para ainclusão escolar de alunos com necessidades especiais.
Busca-se pensar sobre a utilização de espaços quepossibilitem a inclusão dos educandos através de oficinas decriação, sendo que o foco central do trabalho visa discutirsobre essas atividades na Educação Especial.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Analisar e descrever atividades desenvolvidas com alunos comnecessidades especiais, tendo como princípio o universo
arteterapêutico, na busca da inclusão desses sujeitos.
Objetivos específicos:
aprofundar os estudos sobre os princípios da Arteterapiacomo ferramenta de inclusão na escola;
desenvolver oficinas de criação através dos princípios daArteterapia com alunos com necessidades especiais;
relatar os proveitos que a Arteterapia proporciona emcrianças na normalidade e crianças e adultos comnecessidades especiais;
OBJETIVOS
ARTETERAPIAO uso da Arteterapia em âmbito escolar teve como pioneirasduas professoras e irmãs Margaret Naumburg e Florence Cane,no ano de 1914. Foram elas as precursoras e as primeiras autilizar a Arteterapia e a arte-educação como método depsicoterapia e pedagogia.
A ARTETERAPIA E A INCLUSÃO Ao utilizarmos a arte como terapia, proporcionamos as criançase/ou adultos com necessidades especiais a possibilidade depoder criar, resgatando e aflorando o seu potencial criativo.Muitas vezes a arte é a única forma que aluno tem paraexpressar a sua capacidade e mostrar o seu dom artístico. Aooferecer atividades artísticas como desenho, pintura,modelagem, dança, música e teatro às crianças e adultoscom deficiências teremos como principal objetivo, a
sociabilização com a probabilidade de integração/inclusão entreoutros fins sociais.
POR QUE A ARTE? A arte facilita a criatividade. A arte é útil no trabalho com a imaginação e o inconsciente. Os produtos artísticos são concretos e podem ser
examinados depois de prontos.
A arte pode ser prazerosa e isso pode levar um grupo aoprazer compartilhado. (LIEBMANN, 1994)
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O referencial teórico parte dos estudos de Pain (2009) eAndrade (2000) sobre a Arteterapia.
A metodologia consistiu na realização de oficinas decriação tendo como princípio a Arteterapia.
A coleta dos dados foi realizada através das anotações,em um diário de bordo, sobre os resultados obtidos nasatividades desenvolvidas.
A busca teórica desta pesquisa buscou ressaltar aArteterapia como metodologia ou ferramenta quecontribui para a inclusão de crianças/adultos comnecessidades especiais no contexto escolar.
A prática iniciou através de atividades com os alunos, comênfase na Arteterapia, na Escola Antônio Francisco Nunes,
no ano de dois mil e nove (2009) até os dias de hoje. As primeiras experiências em Arteterapia desenvolvidas
nesta instituição aconteceram no turno inverso. Aclientela era composta de crianças e adultos.
REFERENCIAL TEÓRICO
MEU JARDIM Diz Rubem Alves que segundo as Escrituras Sagradas, Deus estava
infeliz. Por isso teve um sonho. Sonhou em construir um jardim.
Dedicou-se, assim, a plantar um jardim para ficar alegre. Colocou
nesse jardim estrelas, sol, lua e foi afunilando até chegar a um lugar
bem pequeno que chamou de Paraíso. (ALVES, 2004. P.17)
Meu jardim foi o primeiro processo arteterapêutico realizado naescola.
O primeiro grupo era composto por dez crianças, do 3° ao 5°ano. Nesta turma tínhamos um menino cadeirante e um meninocom deficiência auditiva.
O projeto “Meu Jardim “ocorreu em cinco encontros.O objetivo era levar o aluno a vivenciar os cinco sentidos:
olfato, paladar, tato, visão e audição. Esses sentidos não seriamprovocados de forma simples. Os alunos seriam levados a percorrerum caminho que fizesse aflorar de dentro de cada um deles osverdadeiros sentidos. Sabemos que os sentidos funcionam o tempo
todo como verdadeiros informantes do mundo exterior.
UM EXEMPLO DETALHADO
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A primeira oficina de criação relatada nesse artigo foi escolhidapor sua característica de oferecer facilidade operacional, não era
preciso ser um artista plástico, entender de arte, o que facilitou enão agravou as já naturais defesas e resistências apresentadas emqualquer processo terapêutico. Com isso abriram-se portas para asnovas oficinas de criação.
Os benefícios notados:
As crianças levavam seus trabalhos para casa como um troféu eisso satisfez os pais.
A inclusão ocorreu de forma simples e natural. O fato deproporcionar momentos de integração entre os alunos refletiu nasala de aula. O ajudar aquele que necessita passou a ser umaatividade comum entre educandos.
A arte auxilia na inclusão. Quando utilizamos oficinas de criaçãoque não possuem cunho estético fica evidente que é menos sofridoincluir. A arte em si, não precisa ser perfeita. Qualquer manifestaçãoé aceita. Não é preciso pensar no correto, não é preciso pensar noresultado.
Pensava-se que aos alunos com necessidades especiais precisavamse adaptar a escola. Hoje se acredita que, o conceito de inclusão prevêque as escolas se adaptem para atender a necessidade de todos. Agrande mudança é que o número de matriculas em escolas regularesem dois mil e oito (2008) já ultrapassou o das escolas especiais. E omelhor de tudo isso é que há muito mais professores engajados emfazer da inclusão uma realidade e com isso preparar o aluno de hojepara no futuro ser o profissional que irá conviver de forma harmoniosae sem preconceito com a diferença.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais... Campinas, SP: Verus Editora,
2005.ANDRADE, Liomar Quinto de. Terapias Expressivas. São Paulo: Vector, 2000.ANTUNES, Celso. A prática dos quatro pilares da Educação na sala de aula.Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Marcos
Político- Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/
Secretaria de Educação especial. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2010.FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.Fundação Victor Civita. Nova Escola. As leis sobre diversidade. São Paulo, SP.Encontrado em http://revistaescola.abril.com.br/inclusao - visto em08/01/2012. LIEBMANN, Maria. Exercícios de arte para grupos: um manual de temas, jogos e
exercícios. Tradução de Rogério Migliorini. São Paulo: Summus, 2000.PAÍN, Sara. Os fundamentos da Arteterapia. Tradução de Giselle Unti. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.PAIN, Sara e JARREAU, Gladys . – Teoria e Técnica da Arteterapia – A
compreensão só sujeito – Tradução de Rosana Severino Di Lecone – Artes Medicas - Porto Alegre – 1996.PHILIPPINI, Angela. Mas o que é mesmo Arteterapia? Volume V da Coleção de
Revistas de Arteterapia “Imagens da Transformação” – Pomar – 1998.
Encontrado em http://www.arteterapia.org.br –visto em 17/01/2012
PRECIOSA, Rosane. Produção estética: notas sobre roupas, sujeitos e modo sdevida. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005.
REFERÊNCIAS