Arte egípcia: os mistérios da mumificação. parte 3

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Arte egípcia: os mistérios da mumificação. Parte 3 Máscara mortuária do faraó TUTANKHAMON Museu do Cairo Egito.

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Arte egípcia: os mistérios

da mumificação.

Parte 3

Máscara mortuária do faraó TUTANKHAMON – Museu do Cairo – Egito.

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O corpo sagrado – a mumificação.

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Aos humildes restavam ser enterrados na areia com a roupa da diária, o clima quente e árido do deserto, favoreceram a

conservação dos corpos, se transformaram em múmias de baixo poder aquisitivo.

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Muitos animais eram sacrificados para serem mumificados pelos sacerdotes que vendiam aos devotos dos deuses para oferecer aos seus deuses o seu animal preferido. Essa

prática foi comum mil anos a.C.

Gatos oferecidos a deusa Bastet.

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Aos faraós e aos seus parentes, servos do palácio e sacerdotes a técnica luxuosa da mumificação.

Até mesmo os animais de estimação eram mumificados.

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1 – O corpo é levado para uma sala sagrada chamada ibu – para uma lavagem com essências aromática, purificação.

Depois abriam um corte no lado esquerdo do corpo para retirada dos órgãos. A exemplo da imagem abaixo.

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2 – Depois o corpo era deixado no natrão (uma composição química extraída dos lagos do Nilo, ou seja, sesquicarbonato de ferro, cálcio, alumínio, magnésio e sulfato de sódio) por 40 dias.

As partes internas eram colocadas em canopos de pedra, com a representação dos filhos do deus Hórus.

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Neste canopo com rosto de homem, ficava guardado mumificado, o fígado, simbolizava o deus AMSET, filho do deus Hórus, uma espécie de vigia de plantão 24 horas, no túmulo, era posicionado para o lado sul, associado a deusa ÍSIS, mãe de Hórus.

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Neste canopos com rosto de babuíno, ficava os pulmões, simbolizava o outro filho, o deus HAPI, posicionado para o leste, associado a deusa NEIT.

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Este canopo, era depositado o estômago, representava o deus DAUMUTET, posicionado para o norte, associado a deusa NÉFTIS, sua tia.

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3 – Depois de saído do natrão, após 40 dias, o corpo estava ressecado, lavavam e passava uma camada de betume, óleos conservantes, a exemplo do óleo de cedro que possuía propriedade antibacteriana e conservante, óleos aromáticos, tudo para agradar aos deuses.

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3 .1 - O corpo perfeito para ser usado na outra vida. Era feito o enchimento do corpo com tecido natural, depois enrolado com 300 metros de puro linho, de alta tecnologia, pois o tempo seria incapaz de decompô-lo, sob orientação da deusa TAYET, com vários amuletos para facilitar a passagem para a eternidade.

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Para substituir os olhos era colocada uma pedra pintada de branco. Os amuletos protegiam contra inimigos e demônios do mundo subterrâneo. Por última, a máscara mortuária.

TAYET: Deusa da tecelagem, quem preparava as ataduras de linho embebecidos em goma para enrolar o corpo. Representada sempre conduzindo uma bandeja com linho.

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Amuletos: que faziam parte do ritual da mumificação

ANKH – Cruz ansata – vida eterna.

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DJED – Representa a coluna vertebral de OSÍRIS, simbolizava a estabilidade e a durabilidade.

Que a vida continua, e que a alma se erguerá sobre o declínio da morte.

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Olho de Hórus: A luta do bem contra o mal.

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Khepri, escaravelho.

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4 – Momento do sarcófago, armazenar a múmia para viagem eterna. Usavam o ouro para afastar os maus espíritos, e porque acreditavam que os deuses tinham a pele de ouro.

Máscara mortuária preparada para tal simbolismo sagrado.

Máscara mortuária – 304 a.C. – Museu Nacional do Rio de Janeiro - Brasil.

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Usava sobre a cabeça um tecido listrado chamado de NEMES, OU SEJA Klaft ou Klaphe, que servia para proteger contra as oftalmias (inflamações dos olhos).

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Sarcófago da cantora do deus AMON, Sha-amum-em-su – 750 a.C. Doado a Dom Pedro II em visita ao Egito, em 1876. Museu Nacional do Rio de Janeiro - Brasil.

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Dentro do caixão era todo escrito com textos em hieróglifos do livro dos mortos, para orientar o morto no caminho para a eternidade.

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Ritual final: Antes de ser colocado no túmulo, um sacerdote celebrava a cerimônia de abertura dos olhos e da boca, a fim de devolver a vida todos os sentidos. Ritual este simbólico.

Esse ritual facilitava a chegada da alma no mundo dos mortos, para o juízo final.

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Muitas estátuas eram colocada dentro da tumba com o nome gravado do morto, com a intenção de assegurar eternidade, pois se a vida não pudesse permanecer na múmia poderia se refugiar na estátua.

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A partir de 1800 a.C. foram encontrados nos túmulos várias imagens, conhecidas como shabtis, ou sejam, servidores funerários, com a função de substituir o morto nos trabalhos mais pesados no além-túmulo.

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Muitas vezes o morto era enterrado com uma coleção inteira de shabtis, com todas as representações das profissões.

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Julgamento de OSÍRIS – Juízo Final

Mesmo com o coração dentro da múmia, aqui está a representação do caminho para entrar na outra vida.

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O julgamento. Esse momento muito difícil para a alma do morto, o peso do seu coração. Pois na presença de Osíris, seria julgado por 42 deuses e deusas, representados enfileirados no centro da imagem.

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Seu coração numa balança deverá ser igual ao peso de uma pluma de avestruz, que simbolizava a verdade.

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Se durante a vida terrena tivesse agradado aos seus semelhantes, aos desuses e a si mesmo teria a vida plena, caso contrário Anúbis atiraria o seu corpo para ser devorado por Ammut, monstro híbrido das profundezas do mundo subterrâneo.

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Retrato de múmia

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Pintura realista

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Essa cultura da imortalidade durou até 700 anos após a morte de Cristo. Não mais com essa mesma grandiosidade de detalhes e luxuria.

A mumificação tornou-se uma técnica não mais reservada aos sacerdotes, mais se espalhou até pela Roma antiga.

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Os exemplos a seguir foi uma alternativa para a classe média, a mumificação deixa de ser algo sagrado para se tornar um negócio.

O sarcófago é substituído por longas metragens de linho bem tramados e a mascar de ouro substituída por uma tábua pintada de forma realista. União da cultura egípcia e romana.

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Retratos de múmias

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A pintura é bem realista, comparável a técnica clássica dos gregos.

O Artista deveria ter uma aproximação com a família para retratar o morto.

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Frei Donatello afirmou em uma reportagem para o Fantástico que na Itália existe aproximadamente 8 mil múmias desde 1599.

Em virtude do próprio clima úmido favoreceu a conservação dos corpos, principalmente dos padres enterrados nas igrejas de Palermo.

O mais curioso é que o corpo de uma criança Rosália de 2 anos de idade foi embalsamado por Alfredo Saláfia, em 1920 e encontra-se em perfeito estado. Isso nos chama muito atenção, considerou o frei Donatello.

Múmia da era moderna? Descoberta fabulosa

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Rosália, a múmia de Palermo – Itália, 1920.

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Qual foi a técnica de mumificação utilizada por Saláfia?

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Ele injetou na veia da criança morta glicerina para hidratar, álcool e ácido salicílico para desinfetar e sais de zinco para rigidez ao tecido. Sem retirar qualquer órgão e o sangue.

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Para o estudioso em múmias de santos da igreja católica Prof. ElzioFulcheri, a mumificação da menina é uma obra de arte.

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Sarcófago de Santa Catarina de Gênova, 1510 – Itália.

Outro exemplo de mumificação é a de Santa Catarina de Genova, que morreu em 1510 e permanece exposta em um caixão de cristal.

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Sarcófago de Santa Catarina de Gênova, 1510 – Itália.

Logo a igreja exibem suas múmias como obras da fé. Fulcheri acrescenta que Cristo também passou por processo de mumificação, quando seu corpo foi lavado com aloe-vera e mirra, procedimento comum da cultura judaica.

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Arte egípcia – Parte 3

Este trabalho, foi produzido pelo Especialista em Artes Visuais, Artista Plástico e Crítico de Arte. (Referencial encontra-se na última parte da série)

Gilson Nunes Campina Grande, 18 de junho de 2009.

1ª -Atualizado, 02 de maio de 2010.

2ª - Atualização, 02 de junho de 2010.

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